O documento discute conceitos e abordagens sobre centros históricos na América Latina. Apresenta três principais correntes teóricas: 1) as cartas internacionais que estabelecem normas de preservação, 2) influências de teorias europeias adaptadas à realidade latino-americana, 3) uma nova perspectiva que analisa o espaço, tempo e patrimônio de forma integrada. Também aborda a tensão entre preservação e desenvolvimento nos centros históricos.
1. Centros históricos da América
Latina e Caribe
Fernando Carrión Mena.
Coordenador do programa de estudos da Cidade de FLASCO,
sede Equador; Presidente da Organização Latinoamericana e do
Caribe de Centros Históricos (OLACCHI); Concelheiro do Distrito
Metropolitano de Quito e Editor do Diario Hoje.
Formação: Graduação em Arquitetura na Universidade Central
do Equador, e Mestrado em Desenvolvimento Urbano Regional
no Colégio do México.
Suas áreas de especialização são os Centros históricos,
Segurança pública, Políticas urbanas, Desenvolvimento local,
Estudos sobre futebol, Desenvolvimento urbano, e
Planejamento de políticas.
2. Meio século no caminho ao 3ºmilênio:
“Os centros históricos na América Latina”
“ A questão dos centros históricos tornou-se um assunto de debate e
discussão, dentro das políticas urbanas na América Latina.”
Contradição sobre a cidade (Preservação X desenvolvimento)Deteriorização das
áreas históricas das cidades;Conseqüência de situações sociais econômicas e
naturais = processos de modernização
DEGRADAÇÃO = problemas de identidade, ajustes econômicos,redução das
políticas sociais e políticas de privatização, descentralização, diminuíção da
presença do estado nacional, empobrecimento da população menos favorecida,que
desenvolvem estratégias de inserção residencial, contando com as zonas mais
favorecidas de equipamentos e serviços.
AS ZONAS CENTRAIS DA CIDADE
Riquesa Histórico Cultural X Pobresa Econômico Social.
Formação de uma nova consciência para promover o desenvolvimento e a
preservação dos centros históricos e culturais das nossas cidades, modificando a
agenda urbana, para melhoria das condições de vida através de assistência técnica
e financiamento para a manutenção. A mídia para difundir defender e legitimar
socialmente os valores sociais e novo conceito de planejamento urbano, dentro de
suas prioridades, os temas de centro histórico ou urbano, incorporando respeito as
diversas identidades etno - culturais.
3. O urbanismo que se desenvolveu na América Latina durante o século XX, fundado no
assentamento periférico entra numa nova etapa:
A introspecção, uma mutação na tradicional tendência de desenvolvimento urbano,
REURBANIZAÇÃO, devido a transição demográfica,o desenvolvimento dos meios de
REURBANIZAÇÃO
comunicação, e a consolidação dos mercados globais.
Novo padrão de urbanização, pela existência de consciência pública e privada da
degradação dos centros históricos tende a revalorizar a centralidade histórica e
aumentar o desafio de desenvolver novas metodologias técnicas e teorias que
sustentem outros, esquemas de interpretação e atuação sobre eles .
Novas perspectivas analíticas para intervenções nos centros históricos da América
Latina, superação dos paradigmas do monumental , como um fato definitivo,
abstraído os contextos, econômicos sociais e históricos.
R$ 1,73 milhão do BNDES,
através da Lei Rouanet. Além da
liberação do BNDES, serão
investidos R$ 3,2 milhões no
projeto de reforma, sendo R$ 800
mil do MEC, R$ 588 mil do Grupo
Votorantim e mais R$ 158 mil de
recursos próprios da UFPE.
(
http://acertodecontas.blog.br/atualidades/
/ )
4. Os conceitos
A mudança de funcionalidade, a necessidade de revisar os conceitos da teoria e
da prática da sua reabilitação, porque se observam ausências temáticas e
fragilidades metodológicas a serem superadas.
Os conceitos de metropolização, periferização, planificação urbana, etc, rendem-
se aos novos conceitos da concorrência , planificação estratégica, poder local
descentralização, globalização e comospolismo.
Vivemos um momento de transição do tema, alguns autores já afirmam que
assistimos a mudança de paradigma .
As principais Correntes
Em geral, o desenvolvimento teórico e conceitual no campo dos centros
históricos é muito limitado a medida que prevalece, o empirismo, o
voluntarismo e uma certa confusão,é importante desassociar a definição
do objeto empírico ‘CENTRO HISTÓRICO”, com o de sua
intervenção, pois existe o equívoco que conduz a não diferenciar entre o
objeto a se intervir, seu conhecimento e a lógica da intervenção, com a qual
cada uma destas definições se desnaturalizam e terminam confundidas
como se fossem uma só.
5. É necessário um processo de Reconceitualização, permitindo um
prático quadro teórico para que o trabalho possa ser dividido entre
sistematizar as principais abordagens que possam apontar para:
As chamadas cartas
Correntes gênero epistolares representam a opinião da comunidade
elitista da restauração, registrada em cartas internacionais
institucionais (ICOMAS OU UNESCO). As determinadas cartas, são
acordos e recomendações que surgem de certas reuniões internacionais, que
operam como referência para compreensão e intervenção nos centros
históricos, são implantados sistematicamente e sem crítica como as normas de
atuação padrão.
As grandes Influências
Se baseia em outros conceitos e desenvolvimentos teóricos de outras latitudes,
como na Europa: “O tema tem sido um processo importante da América Latina,
considerando que as realidades são distintas.”O fato que faz a diferença, vem
da origem própria ou por causa da deterioração dos centros históricos da
Europa. O fato devastador como a guerra ou refuncionalização urbana no
âmbito do desenvolvimento urbano.
Na América Latina, serão as características socioeconômicas da
urbanização.
A nova perspectiva
É o ponto de partida metodológico para entender o centro histórico na América
Latina e o sentido social particular que tem;
Três categorias são chaves: espaço, tempo e patrimônio.
6. Se analisará o conceito de Centro Histórico em primeiro lugar, separando seus
componentes: centro(espaço) e história(tempo), em seguida integrá-los na
categoria de relação social que permite vincular tempo(história) e
espaço(território)
O espaço físico tem uma grande influência dentro da temática.
Se baseia na concepção monumental, e sua autonomia de espaço e
se expressa através de suportes físicos, sejam arquitetônicos(edifícios), ou
urbanos(ruas).
O Monumentalismo é a principal corrente e sua intervenção se realiza
a partir da arquitetura ou urbanismo.
Há outro ponto de vista que vê o espaço de forma dependente do social
(teoria do reflexo),o qual se conduz a um determinismo do social no
espacial, onde a organização territorial é explicada a partir da reflexão que
produz a estrutura social, é mais desenvolvida na análise da intervenção e
as principais disciplinas são história, sociologia e antropologia.
Entre outras a noção de patrimônio imaterial, produz um corte
metodológico onde ocorre a divisão entre tangíveis e
intangíveis.
7. O intangível, por sua essência, mas não por oposição ao que não é (não
tangível). Assim, esvazia o tangível do caráter social (e histórico) que contém o
patrimônio tangível e intangível,qual faz perder a materialidade.
Algo semelhante acontece ao tentar resolver o 'espacialismo ” mediante a
“integridade" patrimonial, que é realizada pela soma das variáveis s ociais e
econômicas ao conceito de centro histórico ".
Neste caso, o social aparece em duas formas :
Adição ou além do objeto físico espacial preexistente (algo mais para o
mesmo) ou como a análise;
Social que tem a função de 'contexto' do monumental. Em qualquer caso o
conceito espacial, se expressa na noção de centro ou centralidade, é um conceito
relativo(sempre se é centro de algo).
Centro é um ponto no interior do círculo, do qual se distanciam todos da
circunferência”.(Dicionário da língua espanhola)
8. • No campo dos centros históricos, a condição de centro, se define em duplo
ambito: o urbano(espaço), e o histórico(tempo), uma politíca de centro
histórico deve contemplar ao círculo e a circunferência, para serem
íntegros.
•
Periferia
C e n t r o h is t ó r i c o
centro
Cidade
circunferencia
Ponto
Centro
9. Um lugar ou cenário em relação com o histórico pela concepção
espacial subjacente, é a que define o atributo histórico.
Questão central, são os valores arquitetônicos e por extensão,
urbanos.
Os Atributos da centralidade , e as relações que o configuram como
um eixo dentro de um todo, que definem , então, o Centro Histórico.
As visões mais difundidas partem do privilégio físico espacial, através dos
significados:
- Monumentos arquirtetônicos isolados: Religiosos e cívis, então logo
fundamentalmente arquitetônico –monumental;
- Visão de monumento, dentro de um entorno urbano exterior(praça ou
altura da edificação vizinha), se incorpora ao contexto, principalmente o
arquitetônico.
- Reconhecimento deste entorno, como monumento.
Um conjunto monumental com atributos arquitetônicos;
- Inexistência de continuídade espacial histórica, entre monumentos
singulares. Reconhecem certos núcleos urbanos e monumentos isolados,
provenientes de períodos distintos ao da fundação. Ex. Da colônia ou da
república, sem qualquer proximidade e nem continuidade espacial entre
eles. Permanece enclausurada na visão original monumentalista, a
qual se adiciona uma gestão maniqueísta da história, quando se reserva
sua exclusividade onde habitam os setores de altos recursos econômicos.
10. Esta necessidade de legitimar uma história oficial, a partir da cidade e do poder
local.
O monumentalismo tem sido um dos melhores instrumentos de legitimidade
urbana,passa da lógica inicial nascida do costume e da vida cotidiana e segue
pela comemorativa histórica, chegando na atualidade regida pela necessidade
da gestão(Inventários). (Carrion – 1999)
Da Temporalidade a historicidade
CENTROS HISTÓRICOS = Referência simultanêa ao moderno e ao
antigo Passado(antigo) e Futuro(moderno), tendo como ponto de partida o
existente.
“O que existe é uma soma de tempos ou histórias como base de sua
projeção para a inovação.”
Temos os que Privilegiam o moderno sobre o antigo, de 3 formas:
Funcionalistas (visão urbana);procurando se adaptar a nova centralidade e as
novas condições do urbanismo moderno.
Progressistas (visão cultural)um freio a modernidade e desenvolvimento
cultural da cidade, leva a ações simbólicas como mudança da pedra pelo
pavimento nas vias, ou a superação da arquitetura colonial pela moderna;
Desenvolvistas(visão econômica) encontrar justificativa para um suposto
crescimento econômico, que estaria por cima do patrimonial e pode ser
introduzido por atividades econômicas como o TURISMO, indústria da
construção ou desenvolvimento industrial.
11. A tradição é substituída e a continuidade histórica é quebrada . A
construção nova ou reabilitação se esvazia das referências históricas.
O patrimônio aparece então, como obstáculo da modernização e
desenvolvimento urbano e sua antítese é a posição
conservacionista ao extermo .
Neste caso, o que aparece como proposta é uma tentativa de
congelamento da história no momento de origem.
Para a política de intervenção , a busca do retorno para este momento
com base de um suposto historicismo. É a forma de chamar o passado
no lugar que mais muda na cidade : O centro histórico.
O temporal se conceitua como um lugar, um marco, momento ou
período.É uma proposta de retorno as condições iniciais do local
de seu nascimento.
Quanto a temporalidade pode encontrar no passado o que aparece
como uma proposta de recuperar os privilégios e valores que o
processo social se encarregou de reduzir certos sujeitos
patrimoniais. Ao recriar o passado, a associação é como se
fossem similares ao centro histórico ou centro colonial .
Desta forma, o colonial perde sua condição de relação social
histórica particular e se restringe ao espacial, para um estillo
arquitetônico.
Sua definição implica no reconhecimento de uma cidade
pluritemporal, portadora de processos históricos e conflitos que
tenham milhares de anos de existência, em permanente
transformação.
12. As versões da temporalidade:
Tecnocrática: posições conservacionistas extremos, mediante a conceitos
urbanos arquitetonicos, ao jargão “re”: reconstrução,
reabilitação,recuperação, revitalização, recaptura, renovação, restauro, etc.
Historicista – São considerados como testemunho ou memória , exclusiva
do passado imutável, dos casos com uma função urbana
menor(bairros). As políticas se concretizam nas propostas de
padronização, realização de museus, remoção de vendedor
ambulante.
Reminiscente – Coloca ênfase no passado, sobre a visão nostágica de
que o passado foi melhor.
Relacionando os conceitos centro e história, o centro é um lugar
homogênio, primeiramente arquitetônico, construído em um momento
determinado, as três imprecisões ou mitos, dentro da mesma
fórmula, que o centro histórico encarna uma realidade homogênia,
espacial e estática.
Entende - se que o centro histórico é um local de encontro e que através
da sua atual presença integra o passado ao futuro desejado .
Este é um processo Social, que contém distintas fases históricas , pelas
quais atravessa uma parte especial da cidade , articulada ao todo .
13. Também podem se desenvolver
novas zonas, graças a
incorporação de um valor histórico,
que conduza a definir outros locais
históricos.
Centro Belas Artes, México
Convento de São Francisco, Lima
Como os casos de México,
Guatemala, La Paz e Lima, que
temos a presença simultânea de
períodos e ordens pré
hispânicas,colonial, republicana e
moderna, cada um dos quais, junto
ao urbano como resistência,
articulação ou subjunção.
14. • Do legado a Patrimônio
Quadro dominante e teórico, que define o termo que é usado com o histórico, sob a
forma de herança, seja cultural ou natural. De caráter físico material,
distante do social.
Podem ser monumentos,conjuntos, lugares; e também formações geológicas e
fisiográficas.Para definir o caráter do patrimônio que inclui o histórico, é
necessário responder as seguintes perguntas:
O que é herdado? Ou, Qual é o objeto de transferência?
Quem são os sujeitos sociais que o transferem? E os destinatários ou herdeiros?
Qual é a sociedade que transfere, e a que recebe? Como, e quando é
transferido? Ou, Como você define políticas de reabilitação?
Respondendo, é possível compreender o conteúdo de patrimônio dos centros
históricos, de uma dupla definição:
- A definição do sujeito patrimonial, com suas respectivas tensões, interesses e
relacionamentos;
- A transferência sócio generacional de valor patrimonial, na perspectiva de ser.
Isto é a natureza da sustentabilidade, de continuidade e mudança, uma cultura de
consevação, manutenção e o desenvolvimento urbano.
15. • O conceito “patrimônio”, refere-se a construção da sustentabilidade dos
centros históricos, deduzida da transferência patrimonial de um período, e
uma comunidade específica, para um momento, e uma sociedade
diferente.
Os princípios ordenadores
Com a sistematização sobre as concepções dominantes, a necessidade
de redefinição do conceito de centro histórico e as políticas de
intervenção;
Desenvolvimento teórico e empírico a campo, do qual intervém nele.
O centro histórico é uma entidade social com relação social mutante e
histórica, com um complexo de relação mais amplo, a cidade.
Os centros históricos existem, na medida em que a cidade lhe dá existência,
é o núcleo e essência da mesma. A relação entre história e cidade são
inseparáveis, porque são produtos históricos, com relacionamento, onde a
cidade é a condição de existência do centro histórico, que é a origem da
cidade.
Existe assimetria na relação: centro, cidade, história;
Enquanto o centro histórico da cidade envolve diferentes relações sociais,
percebemos que existem assimetrias entre eles. A Funcionalidade pode ser
mudada da condição inicial, quando o centro histórico é a cidade.
- A centralidade urbana de uma cidade, ou bairro, que define a sua
posição de centro.
16. • Todas as cidades são históricas
Assumindo que a cidade é um produto social histórico, todas as cidades são históricas.
As características que definem, as relações que constituem a condição de centralidade é
a metodologia a ser seguida para o centro histórico.
• Os limites de Centro histórico
A definição empírica de centro histórico, é um ato político urbano com a ação
do sujeito patrimonial ao desejo consciente.
O problema é especificado e a metodologia faz: Os atributos urbanos
arquitetônicos, do tradicional a partir das relações, para o novo.
• Centro histórico e sua pluralidade
Não se pode haver apenas um centro histórico, porque cada cidade tem sido
socialmente produzida num processo longo e histórico, com crescimento e
transformação.
A cidade tem uma existência “policentral”, transportadoras de histórias. Deve
ser colocado em questão : É tudo o histórico da cidade, ou apenas a sua
centralidade?
• Integração de centros históricos
O fato de haver diversos locais em uma cidade, deve se considerar a
importância da coexistência dos centros históricos, provenientes das várias
funções e áreas que se relacionam entre si, de forma complexa, pois cada
um deles tem uma velocidade distinta, devido a diversidade de conteúdo.
(social, histórico, econômico e tecnológico)
17. • Respeito a lógica de múltiplas velocidades
O caráter dinâmico dos centros históricos, produz articulação de tempos
históricos diferentes(colônia ou república), com conteúdo sócio-
econômicos(alta e baixa renda) e atividades concentradas(comércio ou
indústria) definidos por um local diferente(centro ou periferia).Esta
articulação, necessita de políticas de reabilitação, sob critérios a
diversidade e mudança constante. A cidade está em processo de
REfuncionalização que deve ser reconhecido.
• As dinâmicas do Centro histórico
Centralidade + mudança constante = história dos centros hitóricos
Se qualquer momento for histórico, pode ser periférico e vice-versa.
“Centro e periferia são deslocamentos permanentes ”(Silva
1998:61).
Existe também o paradoxo: periferia está no centro, ou o centro urbano que
se desenvolve na periferia.
Cruzamento de vários tipos de centralidades de distintas ordens =
Multiplicidade territorial simbólica justaposta. (Justaposição:
Agregação sucessiva de novas moléculas ao núcleo primitivo, nos corpos
inorgânicos, Dicionário Michaellis)
18. A compreensão temporal - A compreensão integra o passado, com o futuro
desejado e com o atual presente.O centro histórico deve ser entendido como um
processo social com 3 fases distintas, fazendo a soma de valores. Nele
concentram diversidades de temporalidades porque são pluritemporais.
Os conceitos ordenadores – organizam tempo(história), e espaço(campo), no
caráter (patrimônio) e forma (reabilitação) do processo.
• Para o histórico,
O antigo e o moderno, tem que ser conceitos
excluentes e muito menos
contraditórios.Não se trata de momentos
distintos e diferenciados de existência, nem
devemos entender sob a evolutiva Havana, Cuba.
sequencia linear.
A intervenção nos centros históricos começam
em algum momento, e nunca devem
terminar.
o Territorial,
O centro histórico nesta perspectiva é uma
organização local, apoiada pelo processo
social que tem duas opções, em funções
aos atos voluntários com objetivos
concientes (políticas): transformação ou
preservação.
E o Patrimonial
Herança x sustentabilidade é a categoria que
permite articular o histórico com o territorial.
19. • O conceito do Centro Histórico
Método: temática e o integral – é impossível entender a totalidade de
uma vez, a “tematização” aparece como um recurso metodológico de
maneira ordenada sob perspectiva global. Ter uma visão de
totalidade construída de maneira implicita ou explícita.Uma aproximação
desde a ordem de pensamento implícito, ou não.
Esta situação varia ao longo do tempo, qualquer disciplina muda, conforme se
modificam os objetos empíricos e teóricos.
É importante organizar idéias sobre a reconstrução da unidade de análise, para
fornecer a sua integridade.E mais tarde dividir novamente em temas.
No caso dos centros históricos, em sua definição, existem múltiplas
entradas:
Das disciplinas (economia, história, arquitetura, etc) dos
paradigmas(liberal, neoclássico, marxista), as demandas sociais
(por atores), desde o estado, a conjuntura , o financiamento,
entre outros, cada um dos quais tem uma forma particular de
segmentar o objeto.
Três itens determinantes da temática:
- O estado é um elemento fundamental, na “tematização” em peso
que tem as diversas políticas públicas, e os dispositivos que a
sustentam.
20. - A situação que representa a realidade como se fosse o
paradigma, conduz a um conhecimento e atuação próximos ao seu objeto
de estudo onde a realidade se impõe ao tema. São as políticas, que levam
as declaratórias patrimoniais da definição dos limites, para as zonas
históricas e financiamento. É uma temática que vai além do curto prazo e
utilitarismo de certos sujeitos patrimoniais residentes, ou usuários da zona
e demais, porque os discursos da restauração tem até agora sido bastante
elitista e muito pouco, em termos social.
- Os paradigmas, se apresentam como organizadores externos da
problemática, gerando temas desde a teoria aos métodos; Esses temas se
persistem, renovam-se, enquanto outros , emergem. A
”integridade”evolui e a cada momento se tem diversas concepções do
integral, levando a temas prioritários e mudanças no enfoque temático.
A evolução da integridade ocorre em 3 momentos:
• Na década de 30 começou a busca da integridade, incorporando a visão
monumentalista que as Cartas de Atenas(1931), chamou de ameaças de
agentes externos. Fatores considerados degradantes do
patrimônio: clima(calor, humidade), eventos(terremotos
erupções), e materiais(tecnologia),entre outros.
21. As Cartas de Atenas consigna a “integridade”, quando afirma “a
colaboração em cada país, dos conservadores de monumentos
e arquitetos com os representantes das ciencias físicas,
químicas e naturais, para alcançar os resultados seguros na
aplicação.(Torres 1994,15).
A concepção do Integral, desenvolvem temas nos países de urbanização
precoce, graças a ação de elites culturais, relacionada a arquitetura,
história e cultura: Argentina, Chile, Brasil e México, exemplo de
industrialização e urbanização precoce.
Assim os temas centrais são: A restauração de imóveis, inventários
arquitetônicos, demarcações urbanas, planejamento urbano e histórico-
cultural. Neste ponto, é discutido se os centros históricos são um bairro ou
um centro particular da cidade com características monumentais.
• Num segundo Momento: é colocado a década de 70, com a
transferência da população do campo para a cidade,e a localização da
periferia pela expansão, renovação urbana e a centralidade social, pela
renovação social do patromônio. Se urbaniza então o conceito”centro
histórico”, como conjunto monumental, considerando os aspectos
físicos(incorporados anteriormente), unidos ao social, sendo uma
planificação urbana, se considera mais por adição do que redefinição do
objeto,dos temas urbanos, turísticos, de habitação, comércio de rua,
explicável no contexto descrito.
22. • A 3 º etapa, é a relação de entre a globalização e o comportamento
demográfico que contrapõem a centralidade urbana e histórica, e como
se integram as redes de cidades e a fluxos mundiais de informação bens
serviços e pessoas. Os temas privilegiados são internacionalização,
segurança, serviços, competitividade, histórico do governo, entre outros;
Os tópicos
Os temas clássicos dos centro histórico, giram em torno do
monumentalismo, peso que assinam as elites culturais do estado.
Se modifica, a partir do momento em que outras disciplinas como a sociologia,
economia, e antropologia começam a discussão entre sociedade e
estado na construção do marco institucional de intervenção.
Restauração – Tem sido questão fundamental do campo arquitetônico, na
América Latina, tem sobrevivido até agora,renovando-se, e mantendo
um peso significativo.Nesta perspectiva está o subtema de inventário
arquitetônico, que na prática, aparece como um insumo básico de
conservação arquitetônico, e das políticas gerais.Tem evoluido da
ruptura a principio da imutabilidade, de 3 maneiras:
Mudança de conteúdo no monumento a ser restaurado,quando gera
incorporação e transformação dos usos e funcionalidades do solo, em
edifícios e espaços públicos a exemplo de igrejas e conventos
transformados em bibliotecas(México), Centros Culturais(Olinda),
hotéis(Porto Rico), etc.
23. Se desenvolve uso de tecnologias de ponta e novos materiais de
construção para maneira que foram construídos os centros históricos ao
longo do tempo, agregação de valores que dão vida e sentido.
Se incorpora variáveis sociais ao processo, fornecendo um novo conteúdo
para restauração arquitetonica e urbana. Não tem sido inteiramenete
satisfatório porque o social aparece como contexto e não se expressa de
forma integrada na perspectiva de redefinir o objeto;
A restauração é baseada na demarcação da área patrimonial, do
centro histórico(urbanismo) e do inventário(arquitetura), ligados
pela mesma concepção e pela necessidade de diagnosticar o
objeto, com finalidade política; Daí, surge a concepção
monumentalista, com o reconhecimento dos valores e atributos
artísticos, simbólicos, institucional e histórico dos edifícios ou área
da cidade, para que a política de conservação seja implantada;
Inventários – recolocação de informações do estado que se encontra a
edificação, estabele os níveis de restauração arquitetônico.
As manifestações sócio-culturais definidas como intangíveis, expressões
como a festa, comida, a tradição, como o campo espacial tem origem
históricas distintas e levanta a coexistência de diferentes sítios históricos ou
monumentos isolados.
24. O avanço sobre o tema, mostra que a partir deste momento se pode entender
a cidade como continuidade histórica, composta por múltiplos tempos que
dão lugar a vários centros históricos, dentro de uma mesma cidade;
b) Planejamento Urbano
Consignado em 1967, nas normas de Quito, pela necessidade de inserir ações
de restauração no contexto de planejamento urbano.
Salto monumental da arquitetura para o urbano, perspectiva
multidisciplinar(Arquitetura, urbanismo, sociologia, economia). Relação com
as políticas públicas (educação, saúde, habitação, empregos),
CONJUNTO URBANO.
Em 1991 o plano diretor de centro histórico de Quito supera a orientação do
monumental e enfrenta os problemas sociais e econômicos do conjunto de
áreas históricas que tem distrito metropolitano da cidade (Hardoy e
Gutman,1992).
O caminho do planejamento urbano dos centros históricos, o obejto de atuação
adquirem variedades de denominações, cada uma das quais tem uma
concepção particular. Graças a énfase cultural existente de uma
população residente, que manifeste fortes identidades.
25. A particularidade é dada pelas características da arquitetura , e não por
sua funcionalidade urbana . Em contraposição, está o conceito que é
atribuído a mais funções urbanas que arquitetonicas para a área.
Denominações: distrito central, cidade velha(Montevidéu), Antiga(Panamá),
Colonial(São Domingo), tem noção de antiguidade, que conduz ao momento
de fundação da cidade como qualidade determinante de existência.
“É importante, frisar a diferença entre as atividades do Urbanismo e do
Planejamento Urbano. O Urbanismo, segundo definição de Souza (2000),
pertenceria essencialmente à tradição do saber arquitetônico, aos aspectos
estéticos e funcionais concernentes ao espaço urbano, enquanto o
Planejamento Urbano sugere um contexto mais amplo, incluíndo as
relações e os processos sociais, nas suas dimensões econômica, política e
cultural, além dos condicionamentos espaciais para extrair proposições a
respeito de caminhos válidos para a mudança social. O Urbanismo, dentro
dessa definição, seria um subconjunto do planejamento urbano.”
http://www.prodema.ufc.br/dissertacoes/095.pdf
26. c) Hitórico e Cultural
Levar os centro históricos a reunir aos
outros temas é histórico cultural.
O passado visto com nostalgia. É a época
da definição do patrimônio, como
artístico e cultural da arquitetura, vista
como produtora de obras de arte e da
contrução de uma pintura ou escultura.
Mantidas até o presente, este conceito
evoluí através da renovação do foco
temático que produz ao introduzir
conceitos de identidades, mudanças
culturais, o imaginário, a diversidade, a Cúpulas da Catedral em Cuenca
hibridação, entre outros. As
reevindicações do cultural são vistas
como lírica e insustentável, porque
esta provém da justificação econômica,
nascido de estudos de viabilidade de
auto financiamento.
,
d) Turismo
A evolução do turismo, é de longa data e muito interessante, as elites locais
mostram-se ao mundo, vão mais além do nível provinciano justo.
O Turismo, se inicia com um enfoque setorial culturalista, toma ênfase
econômica, consumo de bens e serviços que realizam os grupos sociais externos
da área.
As políticas de turismo são expressas através da construção de museus, centro
culturais, ruas de pedestres, desenvolvimento de uma imagem
27. O fachadismo, proposta elitista com curso social que requer a eliminação do comércio rua e de
favelas. Há uma discussão que tem 3 implicações que devem ser analizadas no turismo:
1 ) “Nomadismo” – Reabilitação estrangeira que não gera atribuições sociais ao centro histórico,
porque é uma população em tráfego, que não tem compromisso com o local.
2 ) Permite recuperar investimentos e captar recursos com maior agilidade, gerando peso
diferente aos outros temas e desenvolvimento assimétrico.Podendo levar a perda de gerir a
totalidade da cidade.
3 ) Desenho de uma política alternativa de Tursimo, que produz reforço de consciência dos
habitantes e fortalecimento das identidades múltiplas da população residente.O turismo pode
ser uma forma de aumentar a cultura local.
28. e) A habitação
A maioria das habitações dos centros históricos é composto por casas.
Com efeito, no simpósio de Quito (1977), dentro do conceito de política de conservação
integral, se estabelece “incorporação das políticas oficiais de habitação, programas
específicos de reabitação de centros históricos, como forma de manter o patrimônio
habitacional do país.(Torres 1994:70)
Acrescenta a intervenção social, que vai mais além do edifício.
Amplia a integridade, e dá a dimensão do social. Com a habitação, chegam os temas
urbanos(solo,acessibilidade,serviços), econômicos(mercado imobiliário, subsídios,
impostos, produção) sociais(qualidade de vida, emprego, senso de comunidade,
demografia), política(organizações, instituíções, atores) cultural(identidade, bairros,
residentes, etc).Vai mais além, quando se articula a habitação, com um conceito que
liga ao circuito geral de vida, e ao contexto que insere o habitat.
f) O Comércio de rua
Os vendedores de rua tendem a se desenvolver fortemente nos centros históricos,
porque a centralidade que portam se expressam a uma importante concentração de
demanda. Suas considerações aparecem quando se produz distorções no mercado
formal, graças a quem não paga impostos(Predial, renda, iptu, tarifas); afeta o
expectador externo, corroí o valor turístico, e transpassa limiar o tolerável da
privatização do espaço público respectivo em outros usos e atividades, no contexto
de imagem puramente popular. Há quem veja desde a perspectiva do turismo, do
comércio formal do conceito de espaço público e imagem construtora de identidades,
e quem os vê como uma solução alternativa ao desemprego e baixo mecanismo de
fornecimento dos setores de serviço popular, com os preços mais baixos para
moradores do centro.
29. g) A segurança pública
A violencia sempre existiu nos centros das cidades, urbanos ou históricos hoje
se tornou um dos fatores explicativos do desenvolvimento urbano. Nesse
espaço a violência encontra terreno fértil, e é espressa atravéz da
depredação do patrimônio, e na concentração de um tipo particular de
crimes, conhecidos como “violência social”.
A violência nos centros históricos produzem os efeitos:
- Diminuíção na qualidade de vida de vida da população, não só para
homicídios e roubos, mas angústias e medos gerados.O sentido de
comunidade se rompe, comprometendo a qualidade de cidadania;
- Externalidades negativas que conduzem ao aumento de custos dos
conjuntos de atividades que estão na área, redução de atividades do
turismo;
- Imagem violenta que tenha sido construída junto a deteriorização sofrida
pelo centro, e a condição popular que o sustenta; A Antiguidade com
imagem popular distorcida de sociedade da pobreza, densidade, ruínas e
violência, e todos os componentes da insegurança;
- Redução do tempo e espaço; em certas horas em alguns lugares, é
impossível andar pelos centros hitóricos;
30. h) A internacionalização dos centros históricos
Se inicia com as declarações da cidade como patrimônio da humanidade,
embora seja justo dizer que o germen ou antecedente se encontra no
turismo. As declarações da UNESCO, assume a condição de promotor e
cuida do patrimônio tornando- se o sujeito patrimonial proativo.
i) Ambiente e riscos naturais
A transformação dos espaços naturais do sítio de implantação da cidade
atravéz da história (espaço artificial) coloca em tema dos centro
históricos em discussão.Devemos gerar uma cultura de prevenção em
amplo sentido. E também, se devem estudar as mudanças que
produzem o desenvolvimento urbano na natureza, com consecutivos
problemas ambientais e de erosão,para o patrimônio natural;
j) A Cidade do conhecimento, ou o tema da Universidade
Atualmente se repensa a relação entre a cidade, e a universidade, porque a
sociedade entra fortemente numa economia baseada na produtividade
de conhecimento e informação. A vida estudantil dentro do centro
histórico, é um elemento que dá vida a cidade, se pensarmos que a
universidade é parte do saber , a universidade deve saber o que está
acontecendo no centro histórico;
31. k) A comunicação
Variedade de fenômenos, podemos concluir que eles são sistemas complexos
ou globais de intercâmbio de informações. Eles são um meio de
comunicação formidável, se apresentando como lugares e fóruns
privilegiados para a troca de comunicação e informação. Por ser um fluxo
contínuo de informação, tornam-se um sistema global de intercâmbio, entre
os pontos próximos e distantes.
Comunicação é essencial para um fluxo de pessoas, levam conhecimento,
informação, serviços e produtos comerciais, bens e finanças cotidianos.
As mensagens são atemporais no sentido de que a leitura é feita atravéz de
simbolos construídos em algum momento da história, diferente do momento
que se lê, graças ao passar do tempo, permitindo notar o ocorrido ao longo
dos tempos de origem e desenvolvimento do ambiente urbano.
Os centros históricos são núcleos informativos e interativos. Temos que
construir uma mensagem sobre os centros históricos,que possa ser
captado pelos sujeitos patrimoniais, e que levem implicita democratização
das informações do patrimônio.
32. Outras questões importantes:
A Tecnologia – ver como projetam o futuro desde o passado;
Serviços – Possibilidade de novos serviços e novas modalidades de
informação;
Economia – definir o papel econômico, no contexto histórico.
Conclusões Temáticas
Se antes os centros históricos estavam priorizados pela restauração
arquitetônica, hoje existe uma multidiciplicidade de entrada, temas e
posições que tenham tido debate significativo.
Há uma entrada mullti-variada, de disciplinas e profissões que levam a
convergência de arquitetos, planejadores, sociólogos, antropólogos,
economistas, advogados, etc. A multiplicação dos temas, e a confrontação
de posições, conduzem ao aumento de sujeitos patrimôniais, porque por
tráz de cada tema, existem sujeitos patrimoniais portadores.
33. • O objeto centro histórico
O universo dos centros históricos na América Latina, é caracteriza do por
grande diversidade de situações que leva a dificuldade e a incoveniência de
trata-los como se fosse uma realidade única e homogênea, expressa atravéz
da heterogeneidade de situações que geram centros históricos diferentes.
Os seguintes critérios a seguir, mostram a heterogeneidade de situações:
• A distinta qualidade patrimonial (por exemplo, entre Medellín e Lima), o
tempo da intervenção, (recente ou antiga), o número de pessoas "(um
residente, usuário ou um turista), faixas diferentes de cidades (Capital,
Metropolitana, média e pequena), o tipo de instituições que atuam (nacional
ou locais, públicos ou privados) ou as origens históricas.
• Há centros históricos, que são iniciados por exemplo, nos períodos: pré-
hispânico (Cuzco), colonial (Popayan), Republicano (Santiago), ou moderno
(Brasília), o que leva a entender que por um lado, pode ter diversas origens
centros históricos, distintas no interior de uma cidade, e também centros
históricos que se são criados ao longo da história e não, como se pensa,
apenas em um período e associado, em geral, na fundação da cidade. Fica
fácil de notar a heterogeneidade se levarmos em conta a lista de centros
históricos declarados Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO.
34. É necessário construir uma história dos centros históricos da América
Latina, para identificar estas características, saber o que foi feito e em que
estado se encontram. Devemos construir a memória dos centros históricos, e
não apenas vê-los como lembrança. Para fazer isso, inicie uma discussão sobre
os critérios a serem utilizados para realizar o exercício, na qual as entradas
devem ser definidos como:
• Primeiro, poderia vir a partir das mesmas cidades.
Inicialmente para construir tipologias(Tipos ideais) de acordo com critérios
anteriores e, em seguida,a existência de cidades paradigmáticas em
momentos-chave na história, entre as que são Cuzco, Santo Domingo, México,
Bahia e Quito. A formulação será usada para reconhecer o papel
desempenhado pelas cidades, e também para mostrar como é perigoso ter
referências ou modelos que pouco têm a ver com outras realidades.
• Um segundo, deve relacionar-se com a evolução dos conceitos e metodologias
utilizados: o monumentalismo conservacionista, a função das 'cartas',as
influências e insumos holísticos, onde o social e econômico tem um peso
único. Mas tambem, respeito a evolução das questões estruturais campo.
• Uma terceira, através dos mecanismos de gestão ou de intervenção.
Afirma-se que há uma tendência adicional de certos 'notáveis‘, a institucionalização
de políticas públicas no nível central- nacional, e mais tarde descentralizar aos
municípios, e promover a privatização;
• A quarta, a partir dos atores sociais do processo para ver como eles se
tornaram sujeitos patrimóniais, como eles interagem e como têm diversificado.
35. • Relação do centro da cidade histórica
Os centros históricos não existiram sempre, são um produto histórico que tem um
nascimento e desenvolvimento (eles têm um fim?). Se assim for, é importante
considerar, como ponto de partida, as seguintes perguntas:
• Quando nasceram os centros históricos? Quando constituir e tornar-se fim em
particular e específico de estudo e intervenção dentro da estrutura urbana da cidade?
Devemos levar em conta, pelo menos, dois aspectos inter-relacionados: Primeiro,
reconhecer que a relevância da questão vem da definição centro histórico
como um conceito histórico, processual e dinâmico que tem origem e
desenvolvimento; portanto, requer uma matriz conceitual, que mantenha as
mesmas considerações para capturar o movimento real. Isto é, tendo um corpo
conceitual que o delimite, construa, reconheça e transforme;
O centro histórico é um objeto mutável e histórico, que se expressa e resulta de sua
relação dialética com a cidade, é possível encontrar a relação centro –histórico,
cidade, assimetrias que poderiam definir períodos específicos.
A distinção entre a cidade e o centro urbano, distinção entre histórico e centro
urbano, e o centro histórico na era da globalização.
A definição é realizada sobre a base das tendências gerais que mostram o
processo. Isto significa que não uma análise linear é também referido a um
tratamento, caso por caso.