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Centros históricos da América
       Latina e Caribe
      Fernando Carrión Mena.
      Coordenador do programa de estudos da Cidade de FLASCO,
      sede Equador; Presidente da Organização Latinoamericana e do
      Caribe de Centros Históricos (OLACCHI); Concelheiro do Distrito
      Metropolitano de Quito e Editor do Diario Hoje.

      Formação: Graduação em Arquitetura na Universidade Central
      do Equador, e Mestrado em Desenvolvimento Urbano Regional
      no Colégio do México.

      Suas áreas de especialização são os Centros históricos,
      Segurança pública, Políticas urbanas, Desenvolvimento local,
      Estudos sobre futebol, Desenvolvimento urbano, e
      Planejamento de políticas.
Meio século no caminho ao 3ºmilênio:
       “Os centros históricos na América Latina”

“   A questão dos centros históricos tornou-se um assunto de debate e
     discussão, dentro das políticas urbanas na América Latina.”

     Contradição sobre a cidade (Preservação X desenvolvimento)Deteriorização das
    áreas históricas das cidades;Conseqüência de situações sociais econômicas e
    naturais = processos de modernização

    DEGRADAÇÃO = problemas de identidade, ajustes econômicos,redução das
    políticas sociais e políticas de privatização, descentralização, diminuíção da
    presença do estado nacional, empobrecimento da população menos favorecida,que
    desenvolvem estratégias de inserção residencial, contando com as zonas mais
    favorecidas de equipamentos e serviços.

AS ZONAS CENTRAIS DA CIDADE
Riquesa Histórico Cultural X Pobresa Econômico Social.
       Formação de uma nova consciência para promover o desenvolvimento e a
  preservação dos centros históricos e culturais das nossas cidades, modificando a
  agenda urbana, para melhoria das condições de vida através de assistência técnica
  e financiamento para a manutenção. A mídia para difundir defender e legitimar
  socialmente os valores sociais e novo conceito de planejamento urbano, dentro de
  suas prioridades, os temas de centro histórico ou urbano, incorporando respeito as
  diversas identidades etno - culturais.
O urbanismo que se desenvolveu na América Latina durante o século XX, fundado no
 assentamento periférico entra numa nova etapa:

  A introspecção, uma mutação na tradicional tendência de desenvolvimento urbano,
 REURBANIZAÇÃO, devido a transição demográfica,o desenvolvimento dos meios de
 REURBANIZAÇÃO
 comunicação, e a consolidação dos mercados globais.

Novo padrão de urbanização, pela existência de consciência pública e privada da
degradação dos centros históricos tende a revalorizar a centralidade histórica e
aumentar o desafio de desenvolver novas metodologias técnicas e teorias que
sustentem outros, esquemas de interpretação e atuação sobre eles .

  Novas perspectivas analíticas para intervenções nos centros históricos da América
 Latina, superação dos paradigmas do monumental , como um fato definitivo,
 abstraído os contextos, econômicos sociais e históricos.

                                                      R$ 1,73 milhão do BNDES,
                                                   através da Lei Rouanet. Além da
                                                      liberação do BNDES, serão
                                                     investidos R$ 3,2 milhões no
                                                  projeto de reforma, sendo R$ 800
                                                  mil do MEC, R$ 588 mil do Grupo
                                                   Votorantim e mais R$ 158 mil de
                                                      recursos próprios da UFPE.
                                                                   (
                                                  http://acertodecontas.blog.br/atualidades/
                                                                  /   )
Os conceitos

A mudança de funcionalidade, a necessidade de revisar os conceitos da teoria e
   da prática da sua reabilitação, porque se observam ausências temáticas e
   fragilidades metodológicas a serem superadas.

Os conceitos de metropolização, periferização, planificação urbana, etc, rendem-
   se aos novos conceitos da concorrência , planificação estratégica, poder local
   descentralização, globalização e comospolismo.

Vivemos um momento de transição do tema, alguns autores já afirmam que
   assistimos a mudança de paradigma .

As principais Correntes

Em geral, o desenvolvimento teórico e conceitual no campo dos centros
  históricos é muito limitado a medida que prevalece, o empirismo, o
  voluntarismo e uma certa confusão,é importante desassociar a definição
  do objeto empírico ‘CENTRO HISTÓRICO”, com o de sua
  intervenção, pois existe o equívoco que conduz a não diferenciar entre o
  objeto a se intervir, seu conhecimento e a lógica da intervenção, com a qual
  cada uma destas definições se desnaturalizam e terminam confundidas
  como se fossem uma só.
É necessário um processo de Reconceitualização, permitindo um
   prático quadro teórico  para que o trabalho possa ser dividido entre
   sistematizar as principais abordagens  que possam apontar para:

As chamadas cartas
   Correntes gênero epistolares representam a opinião da comunidade
   elitista da restauração, registrada em cartas internacionais
   institucionais (ICOMAS OU UNESCO). As determinadas cartas, são
   acordos e recomendações que surgem de certas reuniões internacionais, que
   operam como referência para compreensão e intervenção nos centros
   históricos, são implantados sistematicamente e sem crítica como as normas de
   atuação padrão.
As grandes Influências
    Se baseia em outros conceitos e desenvolvimentos teóricos de outras latitudes,
   como na Europa: “O tema tem sido um processo importante da América Latina,
   considerando que as realidades são distintas.”O fato que faz a diferença, vem
   da origem própria ou por causa da deterioração dos centros históricos da
   Europa. O fato devastador como a guerra ou refuncionalização urbana no
   âmbito do desenvolvimento urbano.
    Na América Latina, serão as características socioeconômicas da
   urbanização.

A nova perspectiva
É o ponto de partida metodológico para entender o centro histórico na América
   Latina e o sentido social particular que tem;
    Três categorias são chaves: espaço, tempo e patrimônio.
Se analisará o conceito de Centro Histórico em primeiro lugar, separando seus
   componentes: centro(espaço) e história(tempo), em seguida integrá-los na
   categoria de relação social que permite vincular tempo(história) e
   espaço(território)

O espaço físico tem uma grande influência dentro da temática.

Se baseia na concepção monumental, e sua autonomia de espaço e
  se expressa através de suportes físicos, sejam arquitetônicos(edifícios), ou
  urbanos(ruas).

O Monumentalismo é a principal corrente e sua intervenção se realiza
  a partir da arquitetura ou urbanismo.

Há outro ponto de vista que vê o espaço de forma dependente do social
   (teoria do reflexo),o qual se conduz a um determinismo do social no
   espacial, onde a organização territorial é explicada a partir da reflexão que
   produz a estrutura social, é mais desenvolvida na análise da intervenção e
   as principais disciplinas são história, sociologia e antropologia.

Entre outras a noção de patrimônio imaterial, produz um corte
   metodológico onde ocorre a divisão entre tangíveis e
   intangíveis.
O intangível, por sua essência, mas não por oposição ao que não é (não
tangível). Assim, esvazia o tangível do caráter social (e histórico) que contém o
patrimônio tangível e intangível,qual faz perder a materialidade.

Algo semelhante acontece ao tentar resolver o 'espacialismo ” mediante a
“integridade" patrimonial, que é realizada pela soma das variáveis ​s ociais e
econômicas ao conceito de centro histórico ".

Neste caso, o social aparece em duas formas :
Adição ou além do objeto físico espacial preexistente (algo mais para o
mesmo) ou como a análise;
Social que tem a função de 'contexto' do monumental. Em qualquer caso o
conceito espacial, se expressa na noção de centro ou centralidade, é um conceito
relativo(sempre se é centro de algo).

Centro é um ponto no interior do círculo, do qual se distanciam todos da
circunferência”.(Dicionário da língua espanhola)
•   No campo dos centros históricos, a condição de centro, se define em duplo
    ambito: o urbano(espaço), e o histórico(tempo), uma politíca de centro
    histórico deve contemplar ao círculo e a circunferência, para serem
    íntegros.



•

             Periferia

                                             C e n t r o h is t ó r i c o



         centro
                               Cidade
         circunferencia
         Ponto
         Centro
Um lugar ou cenário em relação com o histórico pela concepção
    espacial subjacente, é a que define o atributo histórico.
    Questão central, são os valores arquitetônicos e por extensão,
    urbanos.

    Os Atributos da centralidade , e as relações que o configuram como
    um eixo dentro de um todo, que definem , então, o Centro Histórico.

    As visões mais difundidas partem do privilégio físico espacial, através dos
    significados:

-   Monumentos arquirtetônicos isolados: Religiosos e cívis, então logo
    fundamentalmente arquitetônico –monumental;
-   Visão de monumento, dentro de um entorno urbano exterior(praça ou
    altura da edificação vizinha), se incorpora ao contexto, principalmente o
    arquitetônico.
-   Reconhecimento deste entorno, como monumento.
     Um conjunto monumental com atributos arquitetônicos;
-   Inexistência de continuídade espacial histórica, entre monumentos
    singulares. Reconhecem certos núcleos urbanos e monumentos isolados,
    provenientes de períodos distintos ao da fundação. Ex. Da colônia ou da
    república, sem qualquer proximidade e nem continuidade espacial entre
    eles. Permanece enclausurada na visão original monumentalista, a
    qual se adiciona uma gestão maniqueísta da história, quando se reserva
    sua exclusividade onde habitam os setores de altos recursos econômicos.
Esta necessidade de legitimar uma história oficial, a partir da cidade e do poder
   local.
   O monumentalismo tem sido um dos melhores instrumentos de legitimidade
   urbana,passa da lógica inicial nascida do costume e da vida cotidiana e segue
   pela comemorativa histórica, chegando na atualidade regida pela necessidade
   da gestão(Inventários). (Carrion – 1999)

Da Temporalidade a historicidade
CENTROS HISTÓRICOS = Referência simultanêa ao moderno e ao
  antigo Passado(antigo) e Futuro(moderno), tendo como ponto de partida o
  existente.

“O que existe é uma soma de tempos ou histórias como base de sua
   projeção para a inovação.”

Temos os que Privilegiam o moderno sobre o antigo, de 3 formas:
   Funcionalistas (visão urbana);procurando se adaptar a nova centralidade e as
   novas condições do urbanismo moderno.
   Progressistas (visão cultural)um freio a modernidade e desenvolvimento
   cultural da cidade, leva a ações simbólicas como mudança da pedra pelo
   pavimento nas vias, ou a superação da arquitetura colonial pela moderna;
   Desenvolvistas(visão econômica) encontrar justificativa para um suposto
   crescimento econômico, que estaria por cima do patrimonial e pode ser
   introduzido por atividades econômicas como o TURISMO, indústria da
   construção ou desenvolvimento industrial.
A tradição é substituída e a continuidade histórica é quebrada . A
   construção nova ou reabilitação se esvazia das referências históricas.
   O patrimônio aparece então, como obstáculo da modernização e
   desenvolvimento urbano e sua antítese é a posição
   conservacionista ao extermo .
Neste caso, o que aparece como proposta é uma tentativa de
   congelamento da história no momento de origem.
Para a política de intervenção , a busca do retorno para este momento
   com base de um suposto historicismo. É a forma de chamar o passado
   no lugar que mais muda na cidade : O centro histórico.
O temporal se conceitua como um lugar, um marco, momento ou
   período.É uma proposta de retorno as condições iniciais do local
   de seu nascimento.
Quanto a temporalidade pode encontrar no passado o que aparece
   como uma proposta de recuperar os privilégios e valores que o
   processo social se encarregou de reduzir certos sujeitos
   patrimoniais. Ao recriar o passado, a associação é como se
   fossem similares ao centro histórico ou centro colonial .
Desta forma, o colonial perde sua condição de relação social
   histórica particular e se restringe ao espacial, para um estillo
   arquitetônico.
Sua definição implica no reconhecimento de uma cidade
   pluritemporal, portadora de processos históricos e conflitos que
   tenham milhares de anos de existência, em permanente
   transformação.
As versões da temporalidade:

Tecnocrática: posições conservacionistas extremos, mediante a conceitos
   urbanos arquitetonicos, ao jargão “re”: reconstrução,
   reabilitação,recuperação, revitalização, recaptura, renovação, restauro, etc.

Historicista – São considerados como testemunho ou memória , exclusiva
   do passado imutável, dos casos com uma função urbana
   menor(bairros). As políticas se concretizam nas propostas de
   padronização, realização de museus, remoção de vendedor
   ambulante.

Reminiscente – Coloca ênfase no passado, sobre a visão nostágica de
  que o passado foi melhor.

Relacionando os conceitos centro e história, o centro é um lugar
   homogênio, primeiramente arquitetônico, construído em um momento
   determinado, as três imprecisões ou mitos, dentro da mesma
   fórmula, que o centro histórico encarna uma realidade homogênia,
   espacial e estática.

Entende - se que o centro histórico é um local de encontro e que através
   da sua atual presença integra o passado ao futuro desejado .

Este é um processo Social, que contém distintas fases históricas , pelas
   quais atravessa uma parte especial da cidade , articulada ao todo .
Também podem se desenvolver
                                    novas zonas, graças a
                                    incorporação de um valor histórico,
                                    que conduza a definir outros locais
                                    históricos.

Centro Belas Artes, México
Convento de São Francisco, Lima



                                  Como os casos de México,
                                    Guatemala, La Paz e Lima, que
                                    temos a presença simultânea de
                                    períodos e ordens pré
                                    hispânicas,colonial, republicana e
                                    moderna, cada um dos quais, junto
                                    ao urbano como resistência,
                                    articulação ou subjunção.
• Do legado a Patrimônio

Quadro dominante e teórico, que define o termo que é usado com o histórico, sob a
   forma de herança, seja cultural ou natural. De caráter físico material,
   distante do social.
Podem ser monumentos,conjuntos, lugares; e também formações geológicas e
   fisiográficas.Para definir o caráter do patrimônio que inclui o histórico, é
   necessário responder as seguintes perguntas:
O que é herdado? Ou, Qual é o objeto de transferência?
Quem são os sujeitos sociais que o transferem? E os destinatários ou herdeiros?
   Qual é a sociedade que transfere, e a que recebe? Como, e quando é
   transferido? Ou, Como você define políticas de reabilitação?
Respondendo, é possível compreender o conteúdo de patrimônio dos centros
   históricos, de uma dupla definição:
- A definição do sujeito patrimonial, com suas respectivas tensões, interesses e
   relacionamentos;
- A transferência sócio generacional de valor patrimonial, na perspectiva de ser.
    Isto é a natureza da sustentabilidade, de continuidade e mudança, uma cultura de
   consevação, manutenção e o desenvolvimento urbano.
•   O conceito “patrimônio”, refere-se a construção da sustentabilidade dos
    centros históricos, deduzida da transferência patrimonial de um período, e
    uma comunidade específica, para um momento, e uma sociedade
    diferente.

    Os princípios ordenadores

     Com a sistematização sobre as concepções dominantes, a necessidade
    de redefinição do conceito de centro histórico e as políticas de
    intervenção;
     Desenvolvimento teórico e empírico a campo, do qual intervém nele.
    O centro histórico é uma entidade social com relação social mutante e
    histórica, com um complexo de relação mais amplo, a cidade.
    Os centros históricos existem, na medida em que a cidade lhe dá existência,
    é o núcleo e essência da mesma. A relação entre história e cidade são
    inseparáveis, porque são produtos históricos, com relacionamento, onde a
    cidade é a condição de existência do centro histórico, que é a origem da
    cidade.
     Existe assimetria na relação: centro, cidade, história;
     Enquanto o centro histórico da cidade envolve diferentes relações sociais,
    percebemos que existem assimetrias entre eles. A Funcionalidade pode ser
    mudada da condição inicial, quando o centro histórico é a cidade.
      - A centralidade urbana de uma cidade, ou bairro, que define a sua
    posição de centro.
• Todas as cidades são históricas
Assumindo que a cidade é um produto social histórico, todas as cidades são históricas.
As características que definem, as relações que constituem a condição de centralidade é
   a metodologia a ser seguida para o centro histórico.
• Os limites de Centro histórico
A definição empírica de centro histórico, é um ato político urbano com a ação
   do sujeito patrimonial ao desejo consciente.
O problema é especificado e a metodologia faz: Os atributos urbanos
   arquitetônicos, do tradicional a partir das relações, para o novo.
• Centro histórico e sua pluralidade
Não se pode haver apenas um centro histórico, porque cada cidade tem sido
   socialmente produzida num processo longo e histórico, com crescimento e
   transformação.
A cidade tem uma existência “policentral”, transportadoras de histórias. Deve
   ser colocado em questão : É tudo o histórico da cidade, ou apenas a sua
   centralidade?
• Integração de centros históricos
O fato de haver diversos locais em uma cidade, deve se considerar a
   importância da coexistência dos centros históricos, provenientes das várias
   funções e áreas que se relacionam entre si, de forma complexa, pois cada
   um deles tem uma velocidade distinta, devido a diversidade de conteúdo.
   (social, histórico, econômico e tecnológico)
•    Respeito a lógica de múltiplas velocidades
      O caráter dinâmico dos centros históricos, produz articulação de tempos
     históricos diferentes(colônia ou república), com conteúdo sócio-
     econômicos(alta e baixa renda) e atividades concentradas(comércio ou
     indústria) definidos por um local diferente(centro ou periferia).Esta
     articulação, necessita de políticas de reabilitação, sob critérios a
     diversidade e mudança constante. A cidade está em processo de
     REfuncionalização que deve ser reconhecido.

•    As dinâmicas do Centro histórico
    Centralidade + mudança constante = história dos centros hitóricos
    Se qualquer momento for histórico, pode ser periférico e vice-versa.
    “Centro e periferia são deslocamentos permanentes ”(Silva
     1998:61).
    Existe também o paradoxo: periferia está no centro, ou o centro urbano que
     se desenvolve na periferia.

Cruzamento de vários tipos de centralidades de distintas ordens =
  Multiplicidade territorial simbólica justaposta. (Justaposição:
  Agregação sucessiva de novas moléculas ao núcleo primitivo, nos corpos
  inorgânicos, Dicionário Michaellis)
A compreensão temporal - A compreensão integra o passado, com o futuro
  desejado e com o atual presente.O centro histórico deve ser entendido como um
  processo social com 3 fases distintas, fazendo a soma de valores. Nele
  concentram diversidades de temporalidades porque são pluritemporais.
  Os conceitos ordenadores – organizam tempo(história), e espaço(campo), no
  caráter (patrimônio) e forma (reabilitação) do processo.
• Para o histórico,
O antigo e o moderno, tem que ser conceitos
    excluentes e muito menos
    contraditórios.Não se trata de momentos
    distintos e diferenciados de existência, nem
    devemos entender sob a evolutiva                               Havana, Cuba.
    sequencia linear.
A intervenção nos centros históricos começam
    em algum momento, e nunca devem
    terminar.
    o Territorial,
 O centro histórico nesta perspectiva é uma
    organização local, apoiada pelo processo
    social que tem duas opções, em funções
    aos atos voluntários com objetivos
    concientes (políticas): transformação ou
    preservação.
    E o Patrimonial
Herança x sustentabilidade é a categoria que
    permite articular o histórico com o territorial.
• O conceito do Centro Histórico

Método: temática e o integral – é impossível entender a totalidade de
   uma vez, a “tematização” aparece como um recurso metodológico de
   maneira ordenada sob perspectiva global. Ter uma visão de
   totalidade construída de maneira implicita ou explícita.Uma aproximação
   desde a ordem de pensamento implícito, ou não.
Esta situação varia ao longo do tempo, qualquer disciplina muda, conforme se
   modificam os objetos empíricos e teóricos.
É importante organizar idéias sobre a reconstrução da unidade de análise, para
   fornecer a sua integridade.E mais tarde dividir novamente em temas.
 No caso dos centros históricos, em sua definição, existem múltiplas
   entradas:
Das disciplinas (economia, história, arquitetura, etc) dos
   paradigmas(liberal, neoclássico, marxista), as demandas sociais
   (por atores), desde o estado, a conjuntura , o financiamento,
   entre outros, cada um dos quais tem uma forma particular de
   segmentar o objeto.
Três itens determinantes da temática:
- O estado é um elemento fundamental, na “tematização” em peso
   que tem as diversas políticas públicas, e os dispositivos que a
   sustentam.
- A situação que representa a realidade como se fosse o
   paradigma, conduz a um conhecimento e atuação próximos ao seu objeto
   de estudo onde a realidade se impõe ao tema. São as políticas, que levam
   as declaratórias patrimoniais da definição dos limites, para as zonas
   históricas e financiamento. É uma temática que vai além do curto prazo e
   utilitarismo de certos sujeitos patrimoniais residentes, ou usuários da zona
   e demais, porque os discursos da restauração tem até agora sido bastante
   elitista e muito pouco, em termos social.
- Os paradigmas, se apresentam como organizadores externos da
   problemática, gerando temas desde a teoria aos métodos; Esses temas se
   persistem, renovam-se, enquanto outros , emergem. A
   ”integridade”evolui e a cada momento se tem diversas concepções do
   integral, levando a temas prioritários e mudanças no enfoque temático.
A evolução da integridade ocorre em 3 momentos:
• Na década de 30 começou a busca da integridade, incorporando a visão
   monumentalista que as Cartas de Atenas(1931), chamou de ameaças de
   agentes externos. Fatores considerados degradantes do
   patrimônio: clima(calor, humidade), eventos(terremotos
   erupções), e materiais(tecnologia),entre outros.
As Cartas de Atenas consigna a “integridade”, quando afirma “a
   colaboração em cada país, dos conservadores de monumentos
   e arquitetos com os representantes das ciencias físicas,
   químicas e naturais, para alcançar os resultados seguros na
   aplicação.(Torres 1994,15).
A concepção do Integral, desenvolvem temas nos países de urbanização
   precoce, graças a ação de elites culturais, relacionada a arquitetura,
   história e cultura: Argentina, Chile, Brasil e México, exemplo de
   industrialização e urbanização precoce.
Assim os temas centrais são: A restauração de imóveis, inventários
   arquitetônicos, demarcações urbanas, planejamento urbano e histórico-
   cultural. Neste ponto, é discutido se os centros históricos são um bairro ou
   um centro particular da cidade com características monumentais.
• Num segundo Momento: é colocado a década de 70, com a
   transferência da população do campo para a cidade,e a localização da
   periferia pela expansão, renovação urbana e a centralidade social, pela
   renovação social do patromônio. Se urbaniza então o conceito”centro
   histórico”, como conjunto monumental, considerando os aspectos
   físicos(incorporados anteriormente), unidos ao social, sendo uma
   planificação urbana, se considera mais por adição do que redefinição do
   objeto,dos temas urbanos, turísticos, de habitação, comércio de rua,
   explicável no contexto descrito.
•    A 3 º etapa, é a relação de entre a globalização e o comportamento
     demográfico que contrapõem a centralidade urbana e histórica, e como
     se integram as redes de cidades e a fluxos mundiais de informação bens
     serviços e pessoas. Os temas privilegiados são internacionalização,
     segurança, serviços, competitividade, histórico do governo, entre outros;
Os tópicos
Os temas clássicos dos centro histórico, giram em torno do
     monumentalismo, peso que assinam as elites culturais do estado.
Se modifica, a partir do momento em que outras disciplinas como a sociologia,
     economia, e antropologia começam a discussão entre sociedade e
     estado na construção do marco institucional de intervenção.
Restauração – Tem sido questão fundamental do campo arquitetônico, na
     América Latina, tem sobrevivido até agora,renovando-se, e mantendo
     um peso significativo.Nesta perspectiva está o subtema de inventário
     arquitetônico, que na prática, aparece como um insumo básico de
     conservação arquitetônico, e das políticas gerais.Tem evoluido da
     ruptura a principio da imutabilidade, de 3 maneiras:
Mudança de conteúdo no monumento a ser restaurado,quando gera
     incorporação e transformação dos usos e funcionalidades do solo, em
     edifícios e espaços públicos a exemplo de igrejas e conventos
     transformados em bibliotecas(México), Centros Culturais(Olinda),
     hotéis(Porto Rico), etc.
Se desenvolve uso de tecnologias de ponta e novos materiais de
   construção para maneira que foram construídos os centros históricos ao
   longo do tempo, agregação de valores que dão vida e sentido.
 Se incorpora variáveis sociais ao processo, fornecendo um novo conteúdo
   para restauração arquitetonica e urbana. Não tem sido inteiramenete
   satisfatório porque o social aparece como contexto e não se expressa de
   forma integrada na perspectiva de redefinir o objeto;
A restauração é baseada na demarcação da área patrimonial, do
   centro histórico(urbanismo) e do inventário(arquitetura), ligados
   pela mesma concepção e pela necessidade de diagnosticar o
   objeto, com finalidade política; Daí, surge a concepção
   monumentalista, com o reconhecimento dos valores e atributos
   artísticos, simbólicos, institucional e histórico dos edifícios ou área
   da cidade, para que a política de conservação seja implantada;
Inventários – recolocação de informações do estado que se encontra a
   edificação, estabele os níveis de restauração arquitetônico.
As manifestações sócio-culturais definidas como intangíveis, expressões
   como a festa, comida, a tradição, como o campo espacial tem origem
   históricas distintas e levanta a coexistência de diferentes sítios históricos ou
   monumentos isolados.
O avanço sobre o tema, mostra que a partir deste momento se pode entender
   a cidade como continuidade histórica, composta por múltiplos tempos que
   dão lugar a vários centros históricos, dentro de uma mesma cidade;

b) Planejamento Urbano
Consignado em 1967, nas normas de Quito, pela necessidade de inserir ações
   de restauração no contexto de planejamento urbano.
Salto monumental da arquitetura para o urbano, perspectiva
   multidisciplinar(Arquitetura, urbanismo, sociologia, economia). Relação com
   as políticas públicas (educação, saúde, habitação, empregos),
   CONJUNTO URBANO.
Em 1991 o plano diretor de centro histórico de Quito supera a orientação do
   monumental e enfrenta os problemas sociais e econômicos do conjunto de
   áreas históricas que tem distrito metropolitano da cidade (Hardoy e
   Gutman,1992).
O caminho do planejamento urbano dos centros históricos, o obejto de atuação
   adquirem variedades de denominações, cada uma das quais tem uma
   concepção particular. Graças a énfase cultural existente de uma
   população residente, que manifeste fortes identidades.
A particularidade é dada pelas características da arquitetura , e não por
   sua funcionalidade urbana . Em contraposição, está o conceito que é
   atribuído a mais funções urbanas que arquitetonicas para a área.

Denominações: distrito central, cidade velha(Montevidéu), Antiga(Panamá),
Colonial(São Domingo), tem noção de antiguidade, que conduz ao momento
   de fundação da cidade como qualidade determinante de existência.

“É importante, frisar a diferença entre as atividades do Urbanismo e do
    Planejamento Urbano. O Urbanismo, segundo definição de Souza (2000),
    pertenceria essencialmente à tradição do saber arquitetônico, aos aspectos
    estéticos e funcionais concernentes ao espaço urbano, enquanto o
    Planejamento Urbano sugere um contexto mais amplo, incluíndo as
    relações e os processos sociais, nas suas dimensões econômica, política e
   cultural, além dos condicionamentos espaciais para extrair proposições a
   respeito de caminhos válidos para a mudança social. O Urbanismo, dentro
   dessa definição, seria um subconjunto do planejamento urbano.”
   http://www.prodema.ufc.br/dissertacoes/095.pdf
c) Hitórico e Cultural
Levar os centro históricos a reunir aos
   outros temas é histórico cultural.
O passado visto com nostalgia. É a época
   da definição do patrimônio, como
   artístico e cultural da arquitetura, vista
   como produtora de obras de arte e da
   contrução de uma pintura ou escultura.
Mantidas até o presente, este conceito
   evoluí através da renovação do foco
   temático que produz ao introduzir
   conceitos de identidades, mudanças
   culturais, o imaginário, a diversidade, a        Cúpulas da Catedral em Cuenca
   hibridação, entre outros. As
   reevindicações do cultural são vistas
   como lírica e insustentável, porque
   esta provém da justificação econômica,
   nascido de estudos de viabilidade de
   auto financiamento.
,
    d) Turismo
    A evolução do turismo, é de longa data e muito interessante, as elites locais
    mostram-se ao mundo, vão mais além do nível provinciano justo.
    O Turismo, se inicia com um enfoque setorial culturalista, toma ênfase
    econômica, consumo de bens e serviços que realizam os grupos sociais externos
    da área.
    As políticas de turismo são expressas através da construção de museus, centro
    culturais, ruas de pedestres, desenvolvimento de uma imagem
O fachadismo, proposta elitista com curso social que requer a eliminação do comércio rua e de
    favelas. Há uma discussão que tem 3 implicações que devem ser analizadas no turismo:
1 ) “Nomadismo” – Reabilitação estrangeira que não gera atribuições sociais ao centro histórico,
    porque é uma população em tráfego, que não tem compromisso com o local.
2 ) Permite recuperar investimentos e captar recursos com maior agilidade, gerando peso
    diferente aos outros temas e desenvolvimento assimétrico.Podendo levar a perda de gerir a
    totalidade da cidade.
3 ) Desenho de uma política alternativa de Tursimo, que produz reforço de consciência dos
    habitantes e fortalecimento das identidades múltiplas da população residente.O turismo pode
    ser uma forma de aumentar a cultura local.
e) A habitação
A maioria das habitações dos centros históricos é composto por casas.
Com efeito, no simpósio de Quito (1977), dentro do conceito de política de conservação
   integral, se estabelece “incorporação das políticas oficiais de habitação, programas
   específicos de reabitação de centros históricos, como forma de manter o patrimônio
   habitacional do país.(Torres 1994:70)
Acrescenta a intervenção social, que vai mais além do edifício.
Amplia a integridade, e dá a dimensão do social. Com a habitação, chegam os temas
   urbanos(solo,acessibilidade,serviços), econômicos(mercado imobiliário, subsídios,
   impostos, produção) sociais(qualidade de vida, emprego, senso de comunidade,
   demografia), política(organizações, instituíções, atores) cultural(identidade, bairros,
   residentes, etc).Vai mais além, quando se articula a habitação, com um conceito que
   liga ao circuito geral de vida, e ao contexto que insere o habitat.

f) O Comércio de rua
Os vendedores de rua tendem a se desenvolver fortemente nos centros históricos,
  porque a centralidade que portam se expressam a uma importante concentração de
  demanda. Suas considerações aparecem quando se produz distorções no mercado
  formal, graças a quem não paga impostos(Predial, renda, iptu, tarifas); afeta o
  expectador externo, corroí o valor turístico, e transpassa limiar o tolerável da
  privatização do espaço público respectivo em outros usos e atividades, no contexto
  de imagem puramente popular. Há quem veja desde a perspectiva do turismo, do
  comércio formal do conceito de espaço público e imagem construtora de identidades,
  e quem os vê como uma solução alternativa ao desemprego e baixo mecanismo de
  fornecimento dos setores de serviço popular, com os preços mais baixos para
  moradores do centro.
g) A segurança pública
A violencia sempre existiu nos centros das cidades, urbanos ou históricos hoje
   se tornou um dos fatores explicativos do desenvolvimento urbano. Nesse
   espaço a violência encontra terreno fértil, e é espressa atravéz da
   depredação do patrimônio, e na concentração de um tipo particular de
   crimes, conhecidos como “violência social”.
A violência nos centros históricos produzem os efeitos:
- Diminuíção na qualidade de vida de vida da população, não só para
   homicídios e roubos, mas angústias e medos gerados.O sentido de
   comunidade se rompe, comprometendo a qualidade de cidadania;
- Externalidades negativas que conduzem ao aumento de custos dos
   conjuntos de atividades que estão na área, redução de atividades do
   turismo;
- Imagem violenta que tenha sido construída junto a deteriorização sofrida
   pelo centro, e a condição popular que o sustenta; A Antiguidade com
   imagem popular distorcida de sociedade da pobreza, densidade, ruínas e
   violência, e todos os componentes da insegurança;
- Redução do tempo e espaço; em certas horas em alguns lugares, é
   impossível andar pelos centros hitóricos;
h)    A internacionalização dos centros históricos
Se inicia com as declarações da cidade como patrimônio da humanidade,
       embora seja justo dizer que o germen ou antecedente se encontra no
       turismo. As declarações da UNESCO, assume a condição de promotor e
       cuida do patrimônio tornando- se o sujeito patrimonial proativo.

i)    Ambiente e riscos naturais
A transformação dos espaços naturais do sítio de implantação da cidade
      atravéz da história (espaço artificial) coloca em tema dos centro
      históricos em discussão.Devemos gerar uma cultura de prevenção em
      amplo sentido. E também, se devem estudar as mudanças que
      produzem o desenvolvimento urbano na natureza, com consecutivos
      problemas ambientais e de erosão,para o patrimônio natural;

j) A Cidade do conhecimento, ou o tema da Universidade
Atualmente se repensa a relação entre a cidade, e a universidade, porque a
      sociedade entra fortemente numa economia baseada na produtividade
      de conhecimento e informação. A vida estudantil dentro do centro
      histórico, é um elemento que dá vida a cidade, se pensarmos que a
      universidade é parte do saber , a universidade deve saber o que está
      acontecendo no centro histórico;
k) A comunicação
Variedade de fenômenos, podemos concluir que eles são sistemas complexos
   ou globais de intercâmbio de informações. Eles são um meio de
   comunicação formidável, se apresentando como lugares e fóruns
   privilegiados para a troca de comunicação e informação. Por ser um fluxo
   contínuo de informação, tornam-se um sistema global de intercâmbio, entre
   os pontos próximos e distantes.
Comunicação é essencial para um fluxo de pessoas, levam conhecimento,
   informação, serviços e produtos comerciais, bens e finanças cotidianos.
As mensagens são atemporais no sentido de que a leitura é feita atravéz de
   simbolos construídos em algum momento da história, diferente do momento
   que se lê, graças ao passar do tempo, permitindo notar o ocorrido ao longo
   dos tempos de origem e desenvolvimento do ambiente urbano.
Os centros históricos são núcleos informativos e interativos. Temos que
   construir uma mensagem sobre os centros históricos,que possa ser
   captado pelos sujeitos patrimoniais, e que levem implicita democratização
   das informações do patrimônio.
Outras questões importantes:

A Tecnologia – ver como projetam o futuro desde o passado;

Serviços – Possibilidade de novos serviços e novas modalidades de
   informação;

Economia – definir o papel econômico, no contexto histórico.

Conclusões Temáticas
Se antes os centros históricos estavam priorizados pela restauração
   arquitetônica, hoje existe uma multidiciplicidade de entrada, temas e
   posições que tenham tido debate significativo.
Há uma entrada mullti-variada, de disciplinas e profissões que levam a
   convergência de arquitetos, planejadores, sociólogos, antropólogos,
   economistas, advogados, etc. A multiplicação dos temas, e a confrontação
   de posições, conduzem ao aumento de sujeitos patrimôniais, porque por
   tráz de cada tema, existem sujeitos patrimoniais portadores.
• O objeto centro histórico
O universo dos centros históricos na América Latina, é caracteriza do por
   grande diversidade de situações que leva a dificuldade e a incoveniência de
   trata-los como se fosse uma realidade única e homogênea, expressa atravéz
   da heterogeneidade de situações que geram centros históricos diferentes.
   Os seguintes critérios a seguir, mostram a heterogeneidade de situações:
• A distinta qualidade patrimonial (por exemplo, entre Medellín e Lima), o
   tempo da intervenção, (recente ou antiga), o número de pessoas "(um
   residente, usuário ou um turista), faixas diferentes de cidades (Capital,
   Metropolitana, média e pequena), o tipo de instituições que atuam (nacional
   ou locais, públicos ou privados) ou as origens históricas.
• Há centros históricos, que são iniciados por exemplo, nos períodos: pré-
   hispânico (Cuzco), colonial (Popayan), Republicano (Santiago), ou moderno
   (Brasília), o que leva a entender que por um lado, pode ter diversas origens
   centros históricos, distintas no interior de uma cidade, e também centros
   históricos que se são criados ao longo da história e não, como se pensa,
   apenas em um período e associado, em geral, na fundação da cidade. Fica
   fácil de notar a heterogeneidade se levarmos em conta a lista de centros
   históricos declarados Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO.
É necessário construir uma história dos centros históricos da América
   Latina, para identificar estas características, saber o que foi feito e em que
   estado se encontram. Devemos construir a memória dos centros históricos, e
   não apenas vê-los como lembrança. Para fazer isso, inicie uma discussão sobre
   os critérios a serem utilizados para realizar o exercício, na qual as entradas
   devem ser definidos como:

• Primeiro, poderia vir a partir das mesmas cidades. 
Inicialmente para construir tipologias(Tipos ideais) de acordo com critérios
    anteriores e, em seguida,a existência de cidades paradigmáticas em
    momentos-chave na história, entre as que são Cuzco, Santo Domingo, México,
    Bahia e Quito. A formulação será usada para reconhecer o papel
    desempenhado pelas cidades, e também para mostrar como é perigoso ter
    referências ou modelos que pouco têm a ver com outras realidades.

• Um segundo, deve relacionar-se com a evolução dos conceitos e metodologias
   utilizados: o monumentalismo conservacionista, a função das 'cartas',as
   influências e insumos holísticos, onde o social e econômico tem um peso
   único. Mas tambem, respeito a evolução das questões estruturais campo.

• Uma terceira, através dos mecanismos de gestão ou de intervenção. 
Afirma-se que há uma tendência adicional de certos 'notáveis‘, a institucionalização
    de políticas públicas no nível central- nacional, e mais tarde descentralizar aos
    municípios, e promover a privatização;

•    A quarta, a partir dos atores sociais do processo para ver como eles se
    tornaram sujeitos patrimóniais, como eles interagem e como têm diversificado.
• Relação do centro da cidade histórica

Os centros históricos não existiram sempre, são um produto histórico que tem um
   nascimento e desenvolvimento (eles têm um fim?). Se assim for, é importante
   considerar, como ponto de partida, as seguintes perguntas:

•   Quando nasceram os centros históricos? Quando constituir e tornar-se fim em
    particular e específico de estudo e intervenção dentro da estrutura urbana da cidade?

    Devemos levar em conta, pelo menos, dois aspectos inter-relacionados: Primeiro,
    reconhecer que a relevância da questão vem da definição centro histórico
    como um conceito histórico, processual e dinâmico que tem origem e
    desenvolvimento; portanto, requer uma matriz conceitual, que mantenha as
    mesmas considerações para capturar o movimento real.  Isto é, tendo um corpo
    conceitual que o delimite, construa, reconheça e transforme;

O centro histórico é um objeto mutável e histórico, que se expressa e resulta de sua
   relação dialética com a cidade, é possível encontrar a relação centro –histórico,
   cidade, assimetrias que poderiam definir períodos específicos.
   A distinção entre a cidade e o centro urbano, distinção entre histórico e centro
   urbano, e o centro histórico na era da globalização.
   A definição é realizada sobre a base das tendências gerais que mostram o
   processo. Isto significa que não uma análise linear é também referido a um
   tratamento, caso por caso.

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Meio século no caminho ao 3ºmilênio

  • 1. Centros históricos da América Latina e Caribe Fernando Carrión Mena. Coordenador do programa de estudos da Cidade de FLASCO, sede Equador; Presidente da Organização Latinoamericana e do Caribe de Centros Históricos (OLACCHI); Concelheiro do Distrito Metropolitano de Quito e Editor do Diario Hoje. Formação: Graduação em Arquitetura na Universidade Central do Equador, e Mestrado em Desenvolvimento Urbano Regional no Colégio do México. Suas áreas de especialização são os Centros históricos, Segurança pública, Políticas urbanas, Desenvolvimento local, Estudos sobre futebol, Desenvolvimento urbano, e Planejamento de políticas.
  • 2. Meio século no caminho ao 3ºmilênio: “Os centros históricos na América Latina” “ A questão dos centros históricos tornou-se um assunto de debate e discussão, dentro das políticas urbanas na América Latina.” Contradição sobre a cidade (Preservação X desenvolvimento)Deteriorização das áreas históricas das cidades;Conseqüência de situações sociais econômicas e naturais = processos de modernização DEGRADAÇÃO = problemas de identidade, ajustes econômicos,redução das políticas sociais e políticas de privatização, descentralização, diminuíção da presença do estado nacional, empobrecimento da população menos favorecida,que desenvolvem estratégias de inserção residencial, contando com as zonas mais favorecidas de equipamentos e serviços. AS ZONAS CENTRAIS DA CIDADE Riquesa Histórico Cultural X Pobresa Econômico Social. Formação de uma nova consciência para promover o desenvolvimento e a preservação dos centros históricos e culturais das nossas cidades, modificando a agenda urbana, para melhoria das condições de vida através de assistência técnica e financiamento para a manutenção. A mídia para difundir defender e legitimar socialmente os valores sociais e novo conceito de planejamento urbano, dentro de suas prioridades, os temas de centro histórico ou urbano, incorporando respeito as diversas identidades etno - culturais.
  • 3. O urbanismo que se desenvolveu na América Latina durante o século XX, fundado no assentamento periférico entra numa nova etapa: A introspecção, uma mutação na tradicional tendência de desenvolvimento urbano, REURBANIZAÇÃO, devido a transição demográfica,o desenvolvimento dos meios de REURBANIZAÇÃO comunicação, e a consolidação dos mercados globais. Novo padrão de urbanização, pela existência de consciência pública e privada da degradação dos centros históricos tende a revalorizar a centralidade histórica e aumentar o desafio de desenvolver novas metodologias técnicas e teorias que sustentem outros, esquemas de interpretação e atuação sobre eles . Novas perspectivas analíticas para intervenções nos centros históricos da América Latina, superação dos paradigmas do monumental , como um fato definitivo, abstraído os contextos, econômicos sociais e históricos. R$ 1,73 milhão do BNDES, através da Lei Rouanet. Além da liberação do BNDES, serão investidos R$ 3,2 milhões no projeto de reforma, sendo R$ 800 mil do MEC, R$ 588 mil do Grupo Votorantim e mais R$ 158 mil de recursos próprios da UFPE. ( http://acertodecontas.blog.br/atualidades/ / )
  • 4. Os conceitos A mudança de funcionalidade, a necessidade de revisar os conceitos da teoria e da prática da sua reabilitação, porque se observam ausências temáticas e fragilidades metodológicas a serem superadas. Os conceitos de metropolização, periferização, planificação urbana, etc, rendem- se aos novos conceitos da concorrência , planificação estratégica, poder local descentralização, globalização e comospolismo. Vivemos um momento de transição do tema, alguns autores já afirmam que assistimos a mudança de paradigma . As principais Correntes Em geral, o desenvolvimento teórico e conceitual no campo dos centros históricos é muito limitado a medida que prevalece, o empirismo, o voluntarismo e uma certa confusão,é importante desassociar a definição do objeto empírico ‘CENTRO HISTÓRICO”, com o de sua intervenção, pois existe o equívoco que conduz a não diferenciar entre o objeto a se intervir, seu conhecimento e a lógica da intervenção, com a qual cada uma destas definições se desnaturalizam e terminam confundidas como se fossem uma só.
  • 5. É necessário um processo de Reconceitualização, permitindo um prático quadro teórico  para que o trabalho possa ser dividido entre sistematizar as principais abordagens  que possam apontar para: As chamadas cartas Correntes gênero epistolares representam a opinião da comunidade elitista da restauração, registrada em cartas internacionais institucionais (ICOMAS OU UNESCO). As determinadas cartas, são acordos e recomendações que surgem de certas reuniões internacionais, que operam como referência para compreensão e intervenção nos centros históricos, são implantados sistematicamente e sem crítica como as normas de atuação padrão. As grandes Influências Se baseia em outros conceitos e desenvolvimentos teóricos de outras latitudes, como na Europa: “O tema tem sido um processo importante da América Latina, considerando que as realidades são distintas.”O fato que faz a diferença, vem da origem própria ou por causa da deterioração dos centros históricos da Europa. O fato devastador como a guerra ou refuncionalização urbana no âmbito do desenvolvimento urbano. Na América Latina, serão as características socioeconômicas da urbanização. A nova perspectiva É o ponto de partida metodológico para entender o centro histórico na América Latina e o sentido social particular que tem; Três categorias são chaves: espaço, tempo e patrimônio.
  • 6. Se analisará o conceito de Centro Histórico em primeiro lugar, separando seus componentes: centro(espaço) e história(tempo), em seguida integrá-los na categoria de relação social que permite vincular tempo(história) e espaço(território) O espaço físico tem uma grande influência dentro da temática. Se baseia na concepção monumental, e sua autonomia de espaço e se expressa através de suportes físicos, sejam arquitetônicos(edifícios), ou urbanos(ruas). O Monumentalismo é a principal corrente e sua intervenção se realiza a partir da arquitetura ou urbanismo. Há outro ponto de vista que vê o espaço de forma dependente do social (teoria do reflexo),o qual se conduz a um determinismo do social no espacial, onde a organização territorial é explicada a partir da reflexão que produz a estrutura social, é mais desenvolvida na análise da intervenção e as principais disciplinas são história, sociologia e antropologia. Entre outras a noção de patrimônio imaterial, produz um corte metodológico onde ocorre a divisão entre tangíveis e intangíveis.
  • 7. O intangível, por sua essência, mas não por oposição ao que não é (não tangível). Assim, esvazia o tangível do caráter social (e histórico) que contém o patrimônio tangível e intangível,qual faz perder a materialidade. Algo semelhante acontece ao tentar resolver o 'espacialismo ” mediante a “integridade" patrimonial, que é realizada pela soma das variáveis ​s ociais e econômicas ao conceito de centro histórico ". Neste caso, o social aparece em duas formas : Adição ou além do objeto físico espacial preexistente (algo mais para o mesmo) ou como a análise; Social que tem a função de 'contexto' do monumental. Em qualquer caso o conceito espacial, se expressa na noção de centro ou centralidade, é um conceito relativo(sempre se é centro de algo). Centro é um ponto no interior do círculo, do qual se distanciam todos da circunferência”.(Dicionário da língua espanhola)
  • 8. No campo dos centros históricos, a condição de centro, se define em duplo ambito: o urbano(espaço), e o histórico(tempo), uma politíca de centro histórico deve contemplar ao círculo e a circunferência, para serem íntegros. • Periferia C e n t r o h is t ó r i c o centro Cidade circunferencia Ponto Centro
  • 9. Um lugar ou cenário em relação com o histórico pela concepção espacial subjacente, é a que define o atributo histórico. Questão central, são os valores arquitetônicos e por extensão, urbanos. Os Atributos da centralidade , e as relações que o configuram como um eixo dentro de um todo, que definem , então, o Centro Histórico. As visões mais difundidas partem do privilégio físico espacial, através dos significados: - Monumentos arquirtetônicos isolados: Religiosos e cívis, então logo fundamentalmente arquitetônico –monumental; - Visão de monumento, dentro de um entorno urbano exterior(praça ou altura da edificação vizinha), se incorpora ao contexto, principalmente o arquitetônico. - Reconhecimento deste entorno, como monumento. Um conjunto monumental com atributos arquitetônicos; - Inexistência de continuídade espacial histórica, entre monumentos singulares. Reconhecem certos núcleos urbanos e monumentos isolados, provenientes de períodos distintos ao da fundação. Ex. Da colônia ou da república, sem qualquer proximidade e nem continuidade espacial entre eles. Permanece enclausurada na visão original monumentalista, a qual se adiciona uma gestão maniqueísta da história, quando se reserva sua exclusividade onde habitam os setores de altos recursos econômicos.
  • 10. Esta necessidade de legitimar uma história oficial, a partir da cidade e do poder local. O monumentalismo tem sido um dos melhores instrumentos de legitimidade urbana,passa da lógica inicial nascida do costume e da vida cotidiana e segue pela comemorativa histórica, chegando na atualidade regida pela necessidade da gestão(Inventários). (Carrion – 1999) Da Temporalidade a historicidade CENTROS HISTÓRICOS = Referência simultanêa ao moderno e ao antigo Passado(antigo) e Futuro(moderno), tendo como ponto de partida o existente. “O que existe é uma soma de tempos ou histórias como base de sua projeção para a inovação.” Temos os que Privilegiam o moderno sobre o antigo, de 3 formas: Funcionalistas (visão urbana);procurando se adaptar a nova centralidade e as novas condições do urbanismo moderno. Progressistas (visão cultural)um freio a modernidade e desenvolvimento cultural da cidade, leva a ações simbólicas como mudança da pedra pelo pavimento nas vias, ou a superação da arquitetura colonial pela moderna; Desenvolvistas(visão econômica) encontrar justificativa para um suposto crescimento econômico, que estaria por cima do patrimonial e pode ser introduzido por atividades econômicas como o TURISMO, indústria da construção ou desenvolvimento industrial.
  • 11. A tradição é substituída e a continuidade histórica é quebrada . A construção nova ou reabilitação se esvazia das referências históricas. O patrimônio aparece então, como obstáculo da modernização e desenvolvimento urbano e sua antítese é a posição conservacionista ao extermo . Neste caso, o que aparece como proposta é uma tentativa de congelamento da história no momento de origem. Para a política de intervenção , a busca do retorno para este momento com base de um suposto historicismo. É a forma de chamar o passado no lugar que mais muda na cidade : O centro histórico. O temporal se conceitua como um lugar, um marco, momento ou período.É uma proposta de retorno as condições iniciais do local de seu nascimento. Quanto a temporalidade pode encontrar no passado o que aparece como uma proposta de recuperar os privilégios e valores que o processo social se encarregou de reduzir certos sujeitos patrimoniais. Ao recriar o passado, a associação é como se fossem similares ao centro histórico ou centro colonial . Desta forma, o colonial perde sua condição de relação social histórica particular e se restringe ao espacial, para um estillo arquitetônico. Sua definição implica no reconhecimento de uma cidade pluritemporal, portadora de processos históricos e conflitos que tenham milhares de anos de existência, em permanente transformação.
  • 12. As versões da temporalidade: Tecnocrática: posições conservacionistas extremos, mediante a conceitos urbanos arquitetonicos, ao jargão “re”: reconstrução, reabilitação,recuperação, revitalização, recaptura, renovação, restauro, etc. Historicista – São considerados como testemunho ou memória , exclusiva do passado imutável, dos casos com uma função urbana menor(bairros). As políticas se concretizam nas propostas de padronização, realização de museus, remoção de vendedor ambulante. Reminiscente – Coloca ênfase no passado, sobre a visão nostágica de que o passado foi melhor. Relacionando os conceitos centro e história, o centro é um lugar homogênio, primeiramente arquitetônico, construído em um momento determinado, as três imprecisões ou mitos, dentro da mesma fórmula, que o centro histórico encarna uma realidade homogênia, espacial e estática. Entende - se que o centro histórico é um local de encontro e que através da sua atual presença integra o passado ao futuro desejado . Este é um processo Social, que contém distintas fases históricas , pelas quais atravessa uma parte especial da cidade , articulada ao todo .
  • 13. Também podem se desenvolver novas zonas, graças a incorporação de um valor histórico, que conduza a definir outros locais históricos. Centro Belas Artes, México Convento de São Francisco, Lima Como os casos de México, Guatemala, La Paz e Lima, que temos a presença simultânea de períodos e ordens pré hispânicas,colonial, republicana e moderna, cada um dos quais, junto ao urbano como resistência, articulação ou subjunção.
  • 14. • Do legado a Patrimônio Quadro dominante e teórico, que define o termo que é usado com o histórico, sob a forma de herança, seja cultural ou natural. De caráter físico material, distante do social. Podem ser monumentos,conjuntos, lugares; e também formações geológicas e fisiográficas.Para definir o caráter do patrimônio que inclui o histórico, é necessário responder as seguintes perguntas: O que é herdado? Ou, Qual é o objeto de transferência? Quem são os sujeitos sociais que o transferem? E os destinatários ou herdeiros? Qual é a sociedade que transfere, e a que recebe? Como, e quando é transferido? Ou, Como você define políticas de reabilitação? Respondendo, é possível compreender o conteúdo de patrimônio dos centros históricos, de uma dupla definição: - A definição do sujeito patrimonial, com suas respectivas tensões, interesses e relacionamentos; - A transferência sócio generacional de valor patrimonial, na perspectiva de ser. Isto é a natureza da sustentabilidade, de continuidade e mudança, uma cultura de consevação, manutenção e o desenvolvimento urbano.
  • 15. O conceito “patrimônio”, refere-se a construção da sustentabilidade dos centros históricos, deduzida da transferência patrimonial de um período, e uma comunidade específica, para um momento, e uma sociedade diferente. Os princípios ordenadores Com a sistematização sobre as concepções dominantes, a necessidade de redefinição do conceito de centro histórico e as políticas de intervenção; Desenvolvimento teórico e empírico a campo, do qual intervém nele. O centro histórico é uma entidade social com relação social mutante e histórica, com um complexo de relação mais amplo, a cidade. Os centros históricos existem, na medida em que a cidade lhe dá existência, é o núcleo e essência da mesma. A relação entre história e cidade são inseparáveis, porque são produtos históricos, com relacionamento, onde a cidade é a condição de existência do centro histórico, que é a origem da cidade. Existe assimetria na relação: centro, cidade, história; Enquanto o centro histórico da cidade envolve diferentes relações sociais, percebemos que existem assimetrias entre eles. A Funcionalidade pode ser mudada da condição inicial, quando o centro histórico é a cidade. - A centralidade urbana de uma cidade, ou bairro, que define a sua posição de centro.
  • 16. • Todas as cidades são históricas Assumindo que a cidade é um produto social histórico, todas as cidades são históricas. As características que definem, as relações que constituem a condição de centralidade é a metodologia a ser seguida para o centro histórico. • Os limites de Centro histórico A definição empírica de centro histórico, é um ato político urbano com a ação do sujeito patrimonial ao desejo consciente. O problema é especificado e a metodologia faz: Os atributos urbanos arquitetônicos, do tradicional a partir das relações, para o novo. • Centro histórico e sua pluralidade Não se pode haver apenas um centro histórico, porque cada cidade tem sido socialmente produzida num processo longo e histórico, com crescimento e transformação. A cidade tem uma existência “policentral”, transportadoras de histórias. Deve ser colocado em questão : É tudo o histórico da cidade, ou apenas a sua centralidade? • Integração de centros históricos O fato de haver diversos locais em uma cidade, deve se considerar a importância da coexistência dos centros históricos, provenientes das várias funções e áreas que se relacionam entre si, de forma complexa, pois cada um deles tem uma velocidade distinta, devido a diversidade de conteúdo. (social, histórico, econômico e tecnológico)
  • 17. Respeito a lógica de múltiplas velocidades O caráter dinâmico dos centros históricos, produz articulação de tempos históricos diferentes(colônia ou república), com conteúdo sócio- econômicos(alta e baixa renda) e atividades concentradas(comércio ou indústria) definidos por um local diferente(centro ou periferia).Esta articulação, necessita de políticas de reabilitação, sob critérios a diversidade e mudança constante. A cidade está em processo de REfuncionalização que deve ser reconhecido. • As dinâmicas do Centro histórico Centralidade + mudança constante = história dos centros hitóricos Se qualquer momento for histórico, pode ser periférico e vice-versa. “Centro e periferia são deslocamentos permanentes ”(Silva 1998:61). Existe também o paradoxo: periferia está no centro, ou o centro urbano que se desenvolve na periferia. Cruzamento de vários tipos de centralidades de distintas ordens = Multiplicidade territorial simbólica justaposta. (Justaposição: Agregação sucessiva de novas moléculas ao núcleo primitivo, nos corpos inorgânicos, Dicionário Michaellis)
  • 18. A compreensão temporal - A compreensão integra o passado, com o futuro desejado e com o atual presente.O centro histórico deve ser entendido como um processo social com 3 fases distintas, fazendo a soma de valores. Nele concentram diversidades de temporalidades porque são pluritemporais. Os conceitos ordenadores – organizam tempo(história), e espaço(campo), no caráter (patrimônio) e forma (reabilitação) do processo. • Para o histórico, O antigo e o moderno, tem que ser conceitos excluentes e muito menos contraditórios.Não se trata de momentos distintos e diferenciados de existência, nem devemos entender sob a evolutiva Havana, Cuba. sequencia linear. A intervenção nos centros históricos começam em algum momento, e nunca devem terminar. o Territorial, O centro histórico nesta perspectiva é uma organização local, apoiada pelo processo social que tem duas opções, em funções aos atos voluntários com objetivos concientes (políticas): transformação ou preservação. E o Patrimonial Herança x sustentabilidade é a categoria que permite articular o histórico com o territorial.
  • 19. • O conceito do Centro Histórico Método: temática e o integral – é impossível entender a totalidade de uma vez, a “tematização” aparece como um recurso metodológico de maneira ordenada sob perspectiva global. Ter uma visão de totalidade construída de maneira implicita ou explícita.Uma aproximação desde a ordem de pensamento implícito, ou não. Esta situação varia ao longo do tempo, qualquer disciplina muda, conforme se modificam os objetos empíricos e teóricos. É importante organizar idéias sobre a reconstrução da unidade de análise, para fornecer a sua integridade.E mais tarde dividir novamente em temas. No caso dos centros históricos, em sua definição, existem múltiplas entradas: Das disciplinas (economia, história, arquitetura, etc) dos paradigmas(liberal, neoclássico, marxista), as demandas sociais (por atores), desde o estado, a conjuntura , o financiamento, entre outros, cada um dos quais tem uma forma particular de segmentar o objeto. Três itens determinantes da temática: - O estado é um elemento fundamental, na “tematização” em peso que tem as diversas políticas públicas, e os dispositivos que a sustentam.
  • 20. - A situação que representa a realidade como se fosse o paradigma, conduz a um conhecimento e atuação próximos ao seu objeto de estudo onde a realidade se impõe ao tema. São as políticas, que levam as declaratórias patrimoniais da definição dos limites, para as zonas históricas e financiamento. É uma temática que vai além do curto prazo e utilitarismo de certos sujeitos patrimoniais residentes, ou usuários da zona e demais, porque os discursos da restauração tem até agora sido bastante elitista e muito pouco, em termos social. - Os paradigmas, se apresentam como organizadores externos da problemática, gerando temas desde a teoria aos métodos; Esses temas se persistem, renovam-se, enquanto outros , emergem. A ”integridade”evolui e a cada momento se tem diversas concepções do integral, levando a temas prioritários e mudanças no enfoque temático. A evolução da integridade ocorre em 3 momentos: • Na década de 30 começou a busca da integridade, incorporando a visão monumentalista que as Cartas de Atenas(1931), chamou de ameaças de agentes externos. Fatores considerados degradantes do patrimônio: clima(calor, humidade), eventos(terremotos erupções), e materiais(tecnologia),entre outros.
  • 21. As Cartas de Atenas consigna a “integridade”, quando afirma “a colaboração em cada país, dos conservadores de monumentos e arquitetos com os representantes das ciencias físicas, químicas e naturais, para alcançar os resultados seguros na aplicação.(Torres 1994,15). A concepção do Integral, desenvolvem temas nos países de urbanização precoce, graças a ação de elites culturais, relacionada a arquitetura, história e cultura: Argentina, Chile, Brasil e México, exemplo de industrialização e urbanização precoce. Assim os temas centrais são: A restauração de imóveis, inventários arquitetônicos, demarcações urbanas, planejamento urbano e histórico- cultural. Neste ponto, é discutido se os centros históricos são um bairro ou um centro particular da cidade com características monumentais. • Num segundo Momento: é colocado a década de 70, com a transferência da população do campo para a cidade,e a localização da periferia pela expansão, renovação urbana e a centralidade social, pela renovação social do patromônio. Se urbaniza então o conceito”centro histórico”, como conjunto monumental, considerando os aspectos físicos(incorporados anteriormente), unidos ao social, sendo uma planificação urbana, se considera mais por adição do que redefinição do objeto,dos temas urbanos, turísticos, de habitação, comércio de rua, explicável no contexto descrito.
  • 22. A 3 º etapa, é a relação de entre a globalização e o comportamento demográfico que contrapõem a centralidade urbana e histórica, e como se integram as redes de cidades e a fluxos mundiais de informação bens serviços e pessoas. Os temas privilegiados são internacionalização, segurança, serviços, competitividade, histórico do governo, entre outros; Os tópicos Os temas clássicos dos centro histórico, giram em torno do monumentalismo, peso que assinam as elites culturais do estado. Se modifica, a partir do momento em que outras disciplinas como a sociologia, economia, e antropologia começam a discussão entre sociedade e estado na construção do marco institucional de intervenção. Restauração – Tem sido questão fundamental do campo arquitetônico, na América Latina, tem sobrevivido até agora,renovando-se, e mantendo um peso significativo.Nesta perspectiva está o subtema de inventário arquitetônico, que na prática, aparece como um insumo básico de conservação arquitetônico, e das políticas gerais.Tem evoluido da ruptura a principio da imutabilidade, de 3 maneiras: Mudança de conteúdo no monumento a ser restaurado,quando gera incorporação e transformação dos usos e funcionalidades do solo, em edifícios e espaços públicos a exemplo de igrejas e conventos transformados em bibliotecas(México), Centros Culturais(Olinda), hotéis(Porto Rico), etc.
  • 23. Se desenvolve uso de tecnologias de ponta e novos materiais de construção para maneira que foram construídos os centros históricos ao longo do tempo, agregação de valores que dão vida e sentido. Se incorpora variáveis sociais ao processo, fornecendo um novo conteúdo para restauração arquitetonica e urbana. Não tem sido inteiramenete satisfatório porque o social aparece como contexto e não se expressa de forma integrada na perspectiva de redefinir o objeto; A restauração é baseada na demarcação da área patrimonial, do centro histórico(urbanismo) e do inventário(arquitetura), ligados pela mesma concepção e pela necessidade de diagnosticar o objeto, com finalidade política; Daí, surge a concepção monumentalista, com o reconhecimento dos valores e atributos artísticos, simbólicos, institucional e histórico dos edifícios ou área da cidade, para que a política de conservação seja implantada; Inventários – recolocação de informações do estado que se encontra a edificação, estabele os níveis de restauração arquitetônico. As manifestações sócio-culturais definidas como intangíveis, expressões como a festa, comida, a tradição, como o campo espacial tem origem históricas distintas e levanta a coexistência de diferentes sítios históricos ou monumentos isolados.
  • 24. O avanço sobre o tema, mostra que a partir deste momento se pode entender a cidade como continuidade histórica, composta por múltiplos tempos que dão lugar a vários centros históricos, dentro de uma mesma cidade; b) Planejamento Urbano Consignado em 1967, nas normas de Quito, pela necessidade de inserir ações de restauração no contexto de planejamento urbano. Salto monumental da arquitetura para o urbano, perspectiva multidisciplinar(Arquitetura, urbanismo, sociologia, economia). Relação com as políticas públicas (educação, saúde, habitação, empregos), CONJUNTO URBANO. Em 1991 o plano diretor de centro histórico de Quito supera a orientação do monumental e enfrenta os problemas sociais e econômicos do conjunto de áreas históricas que tem distrito metropolitano da cidade (Hardoy e Gutman,1992). O caminho do planejamento urbano dos centros históricos, o obejto de atuação adquirem variedades de denominações, cada uma das quais tem uma concepção particular. Graças a énfase cultural existente de uma população residente, que manifeste fortes identidades.
  • 25. A particularidade é dada pelas características da arquitetura , e não por sua funcionalidade urbana . Em contraposição, está o conceito que é atribuído a mais funções urbanas que arquitetonicas para a área. Denominações: distrito central, cidade velha(Montevidéu), Antiga(Panamá), Colonial(São Domingo), tem noção de antiguidade, que conduz ao momento de fundação da cidade como qualidade determinante de existência. “É importante, frisar a diferença entre as atividades do Urbanismo e do Planejamento Urbano. O Urbanismo, segundo definição de Souza (2000), pertenceria essencialmente à tradição do saber arquitetônico, aos aspectos estéticos e funcionais concernentes ao espaço urbano, enquanto o Planejamento Urbano sugere um contexto mais amplo, incluíndo as relações e os processos sociais, nas suas dimensões econômica, política e cultural, além dos condicionamentos espaciais para extrair proposições a respeito de caminhos válidos para a mudança social. O Urbanismo, dentro dessa definição, seria um subconjunto do planejamento urbano.” http://www.prodema.ufc.br/dissertacoes/095.pdf
  • 26. c) Hitórico e Cultural Levar os centro históricos a reunir aos outros temas é histórico cultural. O passado visto com nostalgia. É a época da definição do patrimônio, como artístico e cultural da arquitetura, vista como produtora de obras de arte e da contrução de uma pintura ou escultura. Mantidas até o presente, este conceito evoluí através da renovação do foco temático que produz ao introduzir conceitos de identidades, mudanças culturais, o imaginário, a diversidade, a Cúpulas da Catedral em Cuenca hibridação, entre outros. As reevindicações do cultural são vistas como lírica e insustentável, porque esta provém da justificação econômica, nascido de estudos de viabilidade de auto financiamento. , d) Turismo A evolução do turismo, é de longa data e muito interessante, as elites locais mostram-se ao mundo, vão mais além do nível provinciano justo. O Turismo, se inicia com um enfoque setorial culturalista, toma ênfase econômica, consumo de bens e serviços que realizam os grupos sociais externos da área. As políticas de turismo são expressas através da construção de museus, centro culturais, ruas de pedestres, desenvolvimento de uma imagem
  • 27. O fachadismo, proposta elitista com curso social que requer a eliminação do comércio rua e de favelas. Há uma discussão que tem 3 implicações que devem ser analizadas no turismo: 1 ) “Nomadismo” – Reabilitação estrangeira que não gera atribuições sociais ao centro histórico, porque é uma população em tráfego, que não tem compromisso com o local. 2 ) Permite recuperar investimentos e captar recursos com maior agilidade, gerando peso diferente aos outros temas e desenvolvimento assimétrico.Podendo levar a perda de gerir a totalidade da cidade. 3 ) Desenho de uma política alternativa de Tursimo, que produz reforço de consciência dos habitantes e fortalecimento das identidades múltiplas da população residente.O turismo pode ser uma forma de aumentar a cultura local.
  • 28. e) A habitação A maioria das habitações dos centros históricos é composto por casas. Com efeito, no simpósio de Quito (1977), dentro do conceito de política de conservação integral, se estabelece “incorporação das políticas oficiais de habitação, programas específicos de reabitação de centros históricos, como forma de manter o patrimônio habitacional do país.(Torres 1994:70) Acrescenta a intervenção social, que vai mais além do edifício. Amplia a integridade, e dá a dimensão do social. Com a habitação, chegam os temas urbanos(solo,acessibilidade,serviços), econômicos(mercado imobiliário, subsídios, impostos, produção) sociais(qualidade de vida, emprego, senso de comunidade, demografia), política(organizações, instituíções, atores) cultural(identidade, bairros, residentes, etc).Vai mais além, quando se articula a habitação, com um conceito que liga ao circuito geral de vida, e ao contexto que insere o habitat. f) O Comércio de rua Os vendedores de rua tendem a se desenvolver fortemente nos centros históricos, porque a centralidade que portam se expressam a uma importante concentração de demanda. Suas considerações aparecem quando se produz distorções no mercado formal, graças a quem não paga impostos(Predial, renda, iptu, tarifas); afeta o expectador externo, corroí o valor turístico, e transpassa limiar o tolerável da privatização do espaço público respectivo em outros usos e atividades, no contexto de imagem puramente popular. Há quem veja desde a perspectiva do turismo, do comércio formal do conceito de espaço público e imagem construtora de identidades, e quem os vê como uma solução alternativa ao desemprego e baixo mecanismo de fornecimento dos setores de serviço popular, com os preços mais baixos para moradores do centro.
  • 29. g) A segurança pública A violencia sempre existiu nos centros das cidades, urbanos ou históricos hoje se tornou um dos fatores explicativos do desenvolvimento urbano. Nesse espaço a violência encontra terreno fértil, e é espressa atravéz da depredação do patrimônio, e na concentração de um tipo particular de crimes, conhecidos como “violência social”. A violência nos centros históricos produzem os efeitos: - Diminuíção na qualidade de vida de vida da população, não só para homicídios e roubos, mas angústias e medos gerados.O sentido de comunidade se rompe, comprometendo a qualidade de cidadania; - Externalidades negativas que conduzem ao aumento de custos dos conjuntos de atividades que estão na área, redução de atividades do turismo; - Imagem violenta que tenha sido construída junto a deteriorização sofrida pelo centro, e a condição popular que o sustenta; A Antiguidade com imagem popular distorcida de sociedade da pobreza, densidade, ruínas e violência, e todos os componentes da insegurança; - Redução do tempo e espaço; em certas horas em alguns lugares, é impossível andar pelos centros hitóricos;
  • 30. h) A internacionalização dos centros históricos Se inicia com as declarações da cidade como patrimônio da humanidade, embora seja justo dizer que o germen ou antecedente se encontra no turismo. As declarações da UNESCO, assume a condição de promotor e cuida do patrimônio tornando- se o sujeito patrimonial proativo. i) Ambiente e riscos naturais A transformação dos espaços naturais do sítio de implantação da cidade atravéz da história (espaço artificial) coloca em tema dos centro históricos em discussão.Devemos gerar uma cultura de prevenção em amplo sentido. E também, se devem estudar as mudanças que produzem o desenvolvimento urbano na natureza, com consecutivos problemas ambientais e de erosão,para o patrimônio natural; j) A Cidade do conhecimento, ou o tema da Universidade Atualmente se repensa a relação entre a cidade, e a universidade, porque a sociedade entra fortemente numa economia baseada na produtividade de conhecimento e informação. A vida estudantil dentro do centro histórico, é um elemento que dá vida a cidade, se pensarmos que a universidade é parte do saber , a universidade deve saber o que está acontecendo no centro histórico;
  • 31. k) A comunicação Variedade de fenômenos, podemos concluir que eles são sistemas complexos ou globais de intercâmbio de informações. Eles são um meio de comunicação formidável, se apresentando como lugares e fóruns privilegiados para a troca de comunicação e informação. Por ser um fluxo contínuo de informação, tornam-se um sistema global de intercâmbio, entre os pontos próximos e distantes. Comunicação é essencial para um fluxo de pessoas, levam conhecimento, informação, serviços e produtos comerciais, bens e finanças cotidianos. As mensagens são atemporais no sentido de que a leitura é feita atravéz de simbolos construídos em algum momento da história, diferente do momento que se lê, graças ao passar do tempo, permitindo notar o ocorrido ao longo dos tempos de origem e desenvolvimento do ambiente urbano. Os centros históricos são núcleos informativos e interativos. Temos que construir uma mensagem sobre os centros históricos,que possa ser captado pelos sujeitos patrimoniais, e que levem implicita democratização das informações do patrimônio.
  • 32. Outras questões importantes: A Tecnologia – ver como projetam o futuro desde o passado; Serviços – Possibilidade de novos serviços e novas modalidades de informação; Economia – definir o papel econômico, no contexto histórico. Conclusões Temáticas Se antes os centros históricos estavam priorizados pela restauração arquitetônica, hoje existe uma multidiciplicidade de entrada, temas e posições que tenham tido debate significativo. Há uma entrada mullti-variada, de disciplinas e profissões que levam a convergência de arquitetos, planejadores, sociólogos, antropólogos, economistas, advogados, etc. A multiplicação dos temas, e a confrontação de posições, conduzem ao aumento de sujeitos patrimôniais, porque por tráz de cada tema, existem sujeitos patrimoniais portadores.
  • 33. • O objeto centro histórico O universo dos centros históricos na América Latina, é caracteriza do por grande diversidade de situações que leva a dificuldade e a incoveniência de trata-los como se fosse uma realidade única e homogênea, expressa atravéz da heterogeneidade de situações que geram centros históricos diferentes. Os seguintes critérios a seguir, mostram a heterogeneidade de situações: • A distinta qualidade patrimonial (por exemplo, entre Medellín e Lima), o tempo da intervenção, (recente ou antiga), o número de pessoas "(um residente, usuário ou um turista), faixas diferentes de cidades (Capital, Metropolitana, média e pequena), o tipo de instituições que atuam (nacional ou locais, públicos ou privados) ou as origens históricas. • Há centros históricos, que são iniciados por exemplo, nos períodos: pré- hispânico (Cuzco), colonial (Popayan), Republicano (Santiago), ou moderno (Brasília), o que leva a entender que por um lado, pode ter diversas origens centros históricos, distintas no interior de uma cidade, e também centros históricos que se são criados ao longo da história e não, como se pensa, apenas em um período e associado, em geral, na fundação da cidade. Fica fácil de notar a heterogeneidade se levarmos em conta a lista de centros históricos declarados Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO.
  • 34. É necessário construir uma história dos centros históricos da América Latina, para identificar estas características, saber o que foi feito e em que estado se encontram. Devemos construir a memória dos centros históricos, e não apenas vê-los como lembrança. Para fazer isso, inicie uma discussão sobre os critérios a serem utilizados para realizar o exercício, na qual as entradas devem ser definidos como: • Primeiro, poderia vir a partir das mesmas cidades.  Inicialmente para construir tipologias(Tipos ideais) de acordo com critérios anteriores e, em seguida,a existência de cidades paradigmáticas em momentos-chave na história, entre as que são Cuzco, Santo Domingo, México, Bahia e Quito. A formulação será usada para reconhecer o papel desempenhado pelas cidades, e também para mostrar como é perigoso ter referências ou modelos que pouco têm a ver com outras realidades. • Um segundo, deve relacionar-se com a evolução dos conceitos e metodologias utilizados: o monumentalismo conservacionista, a função das 'cartas',as influências e insumos holísticos, onde o social e econômico tem um peso único. Mas tambem, respeito a evolução das questões estruturais campo. • Uma terceira, através dos mecanismos de gestão ou de intervenção.  Afirma-se que há uma tendência adicional de certos 'notáveis‘, a institucionalização de políticas públicas no nível central- nacional, e mais tarde descentralizar aos municípios, e promover a privatização; • A quarta, a partir dos atores sociais do processo para ver como eles se tornaram sujeitos patrimóniais, como eles interagem e como têm diversificado.
  • 35. • Relação do centro da cidade histórica Os centros históricos não existiram sempre, são um produto histórico que tem um nascimento e desenvolvimento (eles têm um fim?). Se assim for, é importante considerar, como ponto de partida, as seguintes perguntas: • Quando nasceram os centros históricos? Quando constituir e tornar-se fim em particular e específico de estudo e intervenção dentro da estrutura urbana da cidade? Devemos levar em conta, pelo menos, dois aspectos inter-relacionados: Primeiro, reconhecer que a relevância da questão vem da definição centro histórico como um conceito histórico, processual e dinâmico que tem origem e desenvolvimento; portanto, requer uma matriz conceitual, que mantenha as mesmas considerações para capturar o movimento real.  Isto é, tendo um corpo conceitual que o delimite, construa, reconheça e transforme; O centro histórico é um objeto mutável e histórico, que se expressa e resulta de sua relação dialética com a cidade, é possível encontrar a relação centro –histórico, cidade, assimetrias que poderiam definir períodos específicos. A distinção entre a cidade e o centro urbano, distinção entre histórico e centro urbano, e o centro histórico na era da globalização. A definição é realizada sobre a base das tendências gerais que mostram o processo. Isto significa que não uma análise linear é também referido a um tratamento, caso por caso.