Este documento apresenta um modelo de treinamento não-linear proposto por Rhea. O modelo sugere 8 semanas de treinamento divididas em 2 grupos, um seguindo um modelo linear e outro não-linear, com 2 treinos por semana focados em espirômetro e impulsão horizontal.
II Convenção de Artes Marciais e Esportes de Combate
1. Professor Adjunto – ESEF/UFPel
Membro do:
European College of Sport Science
National Strength and Conditioning Research
Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte GTT11 – Treinamento Esportivo
Grupo de Estudos e Pesquisas em Lutas, Artes Marciais e Modalidades de Combate – EEFE/USP
5. Competição principal
Pico
Forma desportiva (2 meses)
Grau de treinamento
Preparatório Competitivo Transição
Adaptado de Bompa (1989)
6. Nomenclatura
Norte americana/Européia Russa/Cubana
Pré-temporada Preparatório Geral e Especial
Temporada Competitivo
Fora de Temporada Transição
SESSÃO DE TREINO Um treino
UNIDADE DE TREINO Um dia de treino(s)
MICROCICLO Período entre 7 e 14 dias
MESOCICLO Período entre 2 e 6 semanas
MACROCICLO Período entre 6 e 12 meses
8. 1) Atendimento na recepção e reconhecimento da academia
2) Apresentação dos professores e das suas qualidades
3) Indicação e realização de Avaliação Física
4) Conversa privada com o treinador
– Vontades, Desejos, Experiências passadas
5) Delineamento de objetivos
– “Eu quero” do aluno e visão do profissional
6) Prescrição do treino
– Ajuste de possibilidades, agenda de treino, gostos particulares
7) Acompanhamento
– Tem de haver nova conversa privada, pelo menos na 2ª, 4ª e 8ª semanas
8) Constatação (Reavaliação)
– Realizada depois de 12 semanas de treino (3 semanas)
12. “de trás pra frente”
Da competição para os dia de início!
Meses de Treino (Macrociclo)
SemanaSSS de Treino (Mesociclo)
Semana de Treino (Microciclo)
Dia de Treino (interferências)
Sessão de Treino (ordem)
13.
14. •Fase de Preparação Básica
•Fase de Preparação Específica
•Fase de Competição
•Fase de Transição
15. PREPARATÓRIO
COMPETITIVO
TRANSIÇÃO
• Halterofilismo e Atletismo
• Organização política como respaldo
• Períodos competitivos bem definidos
16.
17.
18. • Tipos de Mesociclos
• Incorporação
• Básico de desenvolvimento
• Básico estabilizador
• Específico de desenvolvimento
• Específico estabilizador
• Pré-competitivo
• Competitivo
• Transição
21. PRIMEIRO PASSO
•CONHECER OS OBJETIVOS DO ATLETA
–EMAGRECIMENTO ?
–AUMENTAR MASSA MUSCULAR ?
–DIMINUIR GORDURA E AUMENTAR MASSA MUSCULAR ?
–RECUPERAÇÃO DE LESÕES?
–COMPETIÇÕES DO CALENDÁRIO COMPETITIVO?
22. SEGUNDO PASSO
•CONHECER PERFIL DO ATLETA
–ANAMNESE CLÍNICA E FÍSICA;
–QUAIS EXERCÍCIOS TEM AFINIDADE;
–QUAIS PROGRAMAS DE EXERCÍCIO JÁ FEZ PARTE;
–QUAIS GOLPES MAIS USA E SUAS LIMITAÇÕES;
–QUAIS CARACTERÍSTICAS TÉCNICO-TÁTICAS
24. QUARTO PASSO
SELECIONAR OS TESTES QUE DEVERÃO
SER APLICADOS COMO CONTROLE
(AVALIAÇÃO FÍSICA)
–ANTROPOMETRIA e COMPOSIÇÃO CORPORAL
–COMPONENTE AERÓBIO E ANAERÓBIO
–FORÇA DINÂMICA E ESTÁTICA
–POTÊNCIA MUSCULAR
–FLEXIBILIDADE
– TESTES ESPECÍFICOS DA MODALIDADE
25. QUINTO PASSO
IDENTIFICAR A DURAÇÃO DO MACRO, O NÚMERO DE MESOS,
MICROS, AS SESSÕES DE TREINO, AS HORAS E OS MINUTOS
EX. ATLETA IRÁ TREINAR 3 X NA SEMANA COM SESSÕES DE 1 HORA
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
X X OK OK OK OK OK OK OK OK OK X
- MACROCICLO 1 MACRO 1 MACRO 2
- 4 MESOS;
- 16 MICROS;
- 48 SESSÕES DE TREINO;
- 48 HORAS;
- 2880 MINUTOS (48 HORAS X 60MINUTOS
26. SEXTO PASSO
DEFINIR O TEMPO DESTINADO PARA
CADA PERÍODO
MESES MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
PERÍODOS PREPARATÓRIO TRANSITÓRIO
27. SÉTIMO PASSO
DEFINIR O TEMPO DESTINADO PARA
CADA FASE
MESES MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
PERÍODOS PREPARATÓRIO TRANSITÓRIO
FASES GERAL ESPECIAL MANUTENÇÃO
28. OITAVO PASSO
DEFINIR O TEMPO E A CLASSIFICAÇÃO
PARA CADA MESOCICLO
MESES MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
PERÍODOS PREPARATÓRIO TRANSITÓRIO
FASES BÁSICA ESPECÍFICA MANUTENÇÃO
MESOCICLO INTRODUTÓRIO DESENV. I DESENV. II ESTABILIZADOR
29. NONO PASSO
CLASSIFICAR OS MICROCICLOS
MESES MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
PERÍODOS PREPARATÓRIO TRANSITÓRIO
FASES BÁSICA ESPECÍFICA MANUTENÇÃO
MESOCICLO INTRODUTÓRIO DESENV. I DESENV. II ESTABILIZADOR
SEMANAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
MICROS C E E E O E O E O O O E C E E E
PLANEJADOS
MICROS
REALIZADOS
30. DÉCIMO PASSO
DEFINIR O GRAU DE IMPORTÂNCIA DAS CAPACIDADES EM CADA MESOCICLO E
CALCULAR O VOLUME EM TEMPO
MESES MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
PERÍODOS PREPARATÓRIO TRANSITÓRIO
FASES BÁSICA ESPECÍFICA MANUTENÇÃO
MESOCICLO INTRODUTÓRIO DESENV. I DESENV. II ESTABILIZADOR
SEMANAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
MICROS C E E E O O O E O O O E C E E E
PLANEJADOS
MICROS
REALIZADOS
** ** *** *
FORÇA DINÂMICA
35% 45% 70% 20%
** ** * *
MOBILIDADE
35% 35% 15% 20%
** * * ***
FLEXIBILIDADE
30% 20% 15% 60%
TOTAL 100% 100% 100% 100%
* Pouco importante ; * * Importante; * * * Muito Importante.
31. DÉCIMO SEGUNDO PASSO – ELABORAR A SEMANA DE TREINO
SESSÕES DE TREINO (5ª. SEMANA)
SEG RESISTÊNCIA – 25’ corrida em esteira – método contínuo intervalado (3’- 140 BPM / 2’- 120 BPM)
FORÇA – musculação - método alternado por segmento – 8 exercícios - 3x 15 rep com 65% de 1RM
FLEXIBILIDADE - alongamento – método passivo estático - 6 exercícios principais grupamentos - 1x15”
QUA RESISTÊNCIA – 25’ corrida em esteira – método contínuo intervalado (3’- 140 BPM / 2’- 120 BPM)
FORÇA – musculação - método alternado por segmento – 6 exercícios - 3x 15 rep com 65% de 1RM
FLEXIBILIDADE - alongamento – método passivo estático - 6 exercícios principais grupamentos - 1x15”
SEX RESISTÊNCIA – 25’ corrida em esteira – método contínuo intervalado (3’- 140 BPM / 2’- 120 BPM)
FORÇA – musculação - método alternado por segmento – 8 exercícios - 3x 15 rep com 65% de 1RM
FLEXIBILIDADE - alongamento – método passivo estático - 6 exercícios principais grupamentos - 1x15”
32. 10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
Semana 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
Meso Incorporação Básico de Desenv. Básico Estabiliz. Específico Desenv Específico Estabil. Pré-competitivo Comp.
Este modelo – Tradicional –
atende a um número limitado de
competições no ano.
33. Aplicações do Modelo Tradicional
Iniciantes nas modalidades e atletas de níveis menores
Aplicadas àqueles que estão retornando à prática
- p.ex. Lesões desportivas
Quando o calendário competitivo é curto
34. 2009 2010
jan
fev X
mar
abr
mai X XX
jun X
jul
ago
set X
out
nov X
dez X
35. 2007 2008
jan
fev X
mar X
abr X
mai X
jun X3 X
jul X
ago X X
3
set X
out
2
nov XX
3
dez X X
36. 2004 2005
jan
fev X
mar X X
2
abr X
2
mai X XX
jun X X
jul
ago XX
set X
out X
nov X X
dez X
37.
38.
39. MODELO DE FORÇA-POTÊNCIA (LINEAR)
PERÍODOS DE:
ADAPTAÇÃO ANATÔMICA
1-3 x de 10-12 reps x 45-90 s
RESISTÊNCIA DE FORÇA (HIPERTROFIA)
1-4 x de 06-12 RM x 45-120 s
FORÇA MÁXIMA
1-4 x de 1-5 RM x 2-4 min
POTÊNCIA
1-4 x de 5-7 reps x 2-4 min
40. MODELO DE FORÇA-POTÊNCIA
APLICAÇÃO NA SELEÇÃO DE JUDO DE CAMPINAS
FEVEREIRO – JUNHO (JOGOS REGIONAIS - ATIBAIA)
FEVEREIRO Potência Aeróbia e RML
MARÇO Capacidade Anaeróbia e Força
ABRIL Capacidade Anaeróbia e Força
MAIO Força, Potência Anaeróbia e Técnico-Tático
JUNHO Potência Anaeróbia e Técnico-Tático
41.
42. Proposta de Tschiene
Esquema estrutural de treinamento de altos
rendimentos
Objetiva manter um alto nível de
rendimento durante todo ciclo anual
Volume e intensidade altos todo tempo
43. Proposta de Tschiene
Esse sistema prega que competições frequentes são
excelentes para manter o condicionamento
O atleta deve manter uma alta capacidade rendimento ao
longo do ano esportivo, ao invés de construí-la, mantê-la
e depois perdê-la
Por isso o autor preconiza intervalos profiláticos
(recuperação ativa), assim o atleta descansa sem
perder condicionamento
46. Defendido por pesquisadores de grande influência
Manutenção de desempenhos regulares ao longo de temporadas mais
demoradas
Apresenta maior flexibilidade e é mais adaptável às mudanças de
calendário
Haff, 2004
49. 8 semanas
2 grupos de 7 atletas cada (26 8 anos)
Linear
Não-linear
2 treinos/semana
Espirometria (volume expirado, em ml)
Impulsão horizontal (em cm)
50.
51.
52. MODELO DAS CARGAS CONCENTRADAS
YURI VERKOSHANSKY
PRESSUPOSTO:
Com o aumento do nível de qualificação esportiva, a
velocidade de aumento da função motora diminui.
Utilização de elevado volume de meios condicionantes
de preparação especial
Alteração profunda e prolongada na homeostase do
organismo com redução dos índices funcionais
53. - Bloco A: Treino Concentrado
- MicroEtapa A1 – Entre 4 e 6 semanas
-Exercícios Técnicos Essenciais
-Exercícios Poliarticulares
-Saltabilidade Simples
-MicroEtapa A2 – Entre 4 e 6 semanas
-Cargas Concentradas em grande volume
-Treinamentos de Choque
-Saltos Profundos
-Ligações técnicas complexas
- MicroEtapa A3 – Entre 4 e 6 semanas
-Cargas concentradas em menor volume e maior intensidade
- Saltos de profundidade
- Esforços específicos e “explosivos”
- Interconexão para o Bloco B
54.
55.
56. - Bloco B: 4 a 8 semanas
- Transferência Específica e Alta Intensidade
- Coordenação e Técnica Desportiva c/ Grande Velocidade
- Bloco C: 8 a 12 semanas
- Efeito Posterior Duradouro do Treinamento (EPDT)
- Aperfeiçoamento técnico tático
- Exercício de Força de Alta Intensidade e Escasso volume
Interconexão entre os BLOCOS A, B e C
A B C
64. EXEMPLOS DE BLOCOS Judô
SEGUNDO SEMESTRE DE 2009
Bloco A
06/07 - 24/07 ==> Microetapa A1 (3 semanas)
27/07 - 15/08 ==> Microetapa A2 (3 semanas)
17/08 - 05/09 ==> Microetapa A3 (3 semanas)
Bloco B
08/09 - 25/09 ==> 3 semanas
Bloco C
28/09 –
03/10 - Paulista Sênior
05-18/10 - Jogos Abertos
23-25/10 - Brasileiro Adulto
07/11 - Absoluto por faixas
65.
66. MODELO EM BLOCOS
TAEKWONDO - 2011
Campeonato Brasileiro de Taekwondo
Força
Pot. – CP
Pot. – CL
Velocidade
67.
68. Ok, venceu o brasileiro
“Eu me senti menos potente”
“As regras mudaram”
“Agora temos o sistema de ranquemento”
“Sei que estou com baixa aptidão...”
Daqui 4 semanas tenho (que ganhar) Copa do Brasil
69. Copa do Brasil – Fortaleza
Dias 13 e 14 de agosto
Hoje é 25 de julho
SE ELE NÃO ESTÁ SUPLEMENTANDO COM CREATINA, COMEÇAR AGORA.
5g por dia, 30’ pré treino de força, sem interromper e sem fase de saturação.
TKD 2ª, 3ª e 5ª feiras
Treino de “Musculação” A e B, em dias diferentes