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Secretaria Nacional de
Segurança Pública
Ministério da Justiça Departamento de Políticas,
Programas e Projetos
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA
DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS
III FORÚM NACIONAL DOS GABINETES
DE GESTÃO INTEGRADA
GT VI – DOUTRINA NACIONAL DE
POLICIAMENTO COM MOTOCICLETAS
BELÉM – PA / MAIO / 2010
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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA
DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS
RELATÓRIO FINAL
DOUTRINA NACIONAL DE
POLICIAMENTO COM MOTOCICLETAS
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SUMÁRIO
 III Fórum Nacional dos GGIs 04
 Justificativa – Doutrina Nacional de Policiamento com Motocicletas 05
 Integrantes do Grupo de Trabalho 08
 Metodologia de Trabalho 09
- I Simpósio Nacional de Motopatrulhamento Policial 09
 Área Temática – Recursos Humanos 11
- Perfil 11
- Motivação e Escala 12
- Emprego Operacional 13
 Área Temática – Logística 14
- Contextualização 14
- Projeto de Lei nº 2.524/2009 – Percentual de Motocicletas na PMERJ 15
- Efetivo e frota de viaturas nas Polícias Militares 17
- Quantidade de motocicletas por unidade operacional 18
- Especificações de viaturas 19
- Especificações de equipamentos de segurança individual 20
- Especificações de uniforme básico 20
- Especificações de armamento para o policial motociclista 21
- Quantitativo de motocicletas por fração de efetivo 21
- Avaliação de motocicletas, equipamentos e acessórios 22
 Área Temática – Capacitação, treinamento e procedimento operacional 31
- Capacitação e Treinamento 31
- Procedimentos Operacionais 33
- Procedimentos com emprego de 03 (três) policiais e 02 (duas) motocicletas 34
- Procedimentos com emprego de 02 (dois) policiais e 02 (duas) motocicletas 49
-
 Encaminhamentos do Grupo de Trabalho 59
 Referências Bibliográficas 60
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Programas e Projetos
III FÓRUM NACIONAL DOS GABINETES DE GESTÃO INTEGRADA
O III Fórum Nacional dos GGIs ocorreu na cidade de Belém – PA de 18 a 22 de maio
de 2010, tendo como foco o fomento a gestão integrada da segurança pública profissional e
inteligente nas diversas esferas federativas. Na oportunidade foi apresentando os principais
avanços e adversidades nesse modelo de gestão, a partir de práticas inovadoras, integradas e
participativas. O fórum vislumbrou ainda, garantir aos Gabinetes de Gestão Integrada (GGI) a
manutenção das discussões sobre as Políticas Regionais de Segurança Pública visando à diminuição da
criminalidade e manutenção da paz social, seguindo os princípios e diretrizes do Sistema Único de
Segurança Pública (SUSP), por meio de consolidação de temas nacionais no campo da segurança pública.
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Segurança Pública
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Programas e Projetos
JUSTIFICATIVA
DOUTRINA NACIONAL DE POLICIAMENTO COM MOTOCICLETAS
O cometimento de crimes nos conglomerados urbanos do país, passa por constantes e
significativas mudanças, surgindo novas fronteiras relacionadas ao aperfeiçoamento dos órgãos
de segurança pública, no que tange a prevenção do delito e aplicação de técnicas, tecnologias e
planejamentos estratégicos adequados às novas realidades, sempre respaldados na defesa dos
direitos da pessoa humana, tratados, convenções, princípios e códigos internacionais de uso da
força.
Destacamos que atualmente no Brasil, não existem dados oficiais consolidados sobre as
estatísticas dos crimes cometidos por indivíduos conduzindo motocicletas, haja vista que a
maioria dos órgãos de segurança pública registram os dados conforme a natureza das
ocorrências, não havendo um vetor que atrele ao meio utilizado para cometimento do crimes,
mesmo assim, verifica-se que é uma realidade assustadora na maioria dos conglomerados
urbanos do país.
Para exemplificar, no Estado de São Paulo, num levantamento feito pelo Departamento
de Polícia Judiciária da Capital (Decap), constatou-se que 61,5% dos 15 mil casos de crimes
contra o patrimônio cometidos nas regiões oeste e central e em parte da zona sul da cidade,
tiveram a participação de motociclistas. O mapeamento considerou os meses de novembro e
dezembro de 2006 e janeiro de 2007. Em 9.225 dos casos de roubos e furtos, os criminosos
utilizaram motocicletas para cometimento do crime e respectiva fuga. No Estado do Rio de
Janeiro nos anos de 2008 e 2009, cerca de 34,4% dos roubos a pessoa, foram praticadas por
indivíduos utilizando motocicletas. Havendo localidades, como na região da 74a
DP (Alcântara),
que 80% dos homicídios foram praticados por indivíduos usando motocicletas.
Em consonância com essas estatísticas, temos um agravante considerável, que é o
aumento da frota de veículos no país. A título de demonstração, no ano de 1995, a quantidade de
motocicletas e triciclos no Brasil era de aproximadamente 2,8 milhões e de automóveis 18,1
milhões de unidades, representando aproximadamente 10,7% e 70% da frota nacional
respectivamente. O mesmo levantamento realizado no ano de 2009, pelo Departamento Nacional
de Transito – DENATRAN, mostra que a frota de motocicletas, motonetas e ciclomotores no
Brasil era de mais de 12 milhões e de automóveis 34,5 milhões de unidades, representando 21%
e 60 % da frota nacional respectivamente;
Aliado ao número crescente de motocicletas e veículos automotores, estrangulamento do
trânsito e grande dificuldade de acesso, tráfego e mobilidade nas regiões metropolitanas, as
incidências criminais tem afetado sobremaneira as pessoas, em especial os crimes cometidos
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Programas e Projetos
com emprego de motocicletas e auxilio de passageiro (garupa). Rotina em vários municípios
brasileiros, exigindo novas estratégias dos encarregados de aplicar a lei para prevenção desses
delitos;
Várias Corporações no Brasil, observando a crescente utilização de motocicletas no
cometimento de crimes e a grande dificuldade de tráfego de viaturas convencionais nas regiões
metropolitanas, criaram a partir da década de 80, vários grupos com finalidades de prevenção a
criminalidade com emprego de motocicletas, a exemplo da ROCAM – PMSP em 1982 e GIRO –
PMGO em 1998, dentre inúmeros outros que possuem as diretrizes doutrinárias similares.
Vale mencionar, que mesmo com atuação desses grupos, as ações não tem sido
suficientes para prevenção dos crimes cometidos nessas áreas de mobilidade critica em nosso
país. Dentre inúmeros outros fatores, isso se deve em parte, a quantidade e tipo de veículos
empregados pelas Corporações, pequeno efetivo especializado, procedimentos operacionais
focados muitas vezes apenas em infrações de trânsito, falta de capacitação e treinamento
adequado e falta de investimento, exigindo uma reflexão, adequação e intensificação também, do
policiamento ordinário e convencional com emprego de motocicletas, que permite uma
mobilidade condizente com as demandas atuais.
Nesse contexto, o Ministério da Justiça preocupado em reduzir os índices alarmantes de
criminalidade, traçou como diretriz do Programa Nacional de Segurança com Cidadania
(PRONASCI), a promoção da segurança e convivência pacifica, modernização das instituições e
valorização dos profissionais de segurança publica, e ainda, definiu como foco prioritário, as
ações nas regiões metropolitanas e aglomerados urbanos que apresentem altos índices de
homicídios e de crimes violentos.
A Secretaria Nacional de Segurança Pública analisando a dinâmica criminal no pais,
também desenvolve ações de fomento ao desenvolvimento da Segurança Pública no interior do
país, no denominado “Brasil profundo”, a exemplo do projeto PEFRON, que visa incentivar os
Estados a constituírem unidades de Policiamento Especializados nas regiões fronteiriças, que
representa uma faixa de cerca de 16.000 km, entre fronteiras secas e hídricas . Ressalta-se, que
em diversas localidades, o uso de viaturas convencionais é inviável, sendo as embarcações e as
motocicletas, importantes ferramentas para atividade de segurança pública nesses rincões do
país.
Acreditamos que o emprego de motocicletas adequadas, treinamentos específicos,
procedimentos operacionais condizentes com a realidade atual, destinado aos encarregados de
aplicação da lei, disseminação de uma doutrina específica dessa modalidade de atuação, através
de induções da Secretaria Nacional de Segurança Pública aos entes federados, poderá ser mais
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uma importante iniciativa para prevenção da violência nos grandes centros urbanos e também no
interior do país.
Com esse foco, e ainda, concatenado com a idéia dos Gabinetes de Gestão Integrada,
vários especialistas escolhidos para compor o Grupo de Trabalho para criação de uma Doutrina
Nacional sobre Policiamento com Motos estiveram imbuídos em avaliar e sugerir a padronização
dos procedimentos, treinamento e capacitação, armamentos equipamentos de proteção individual
e motocicletas apropriadas para serem empregadas nessas atividades de policiamento com motos
em todo país.
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INTEGRANTES DO GRUPO DE TRABALHO
Coordenador:
Alex Jorge das Neves – 1º Ten PMGO / Dept. da Força Nacional de Segurança Pública
Participantes:
Almir Ribeiro – Tenente Coronel da Polícia Militar de São Paulo
José Rodrigues de Souza Neto – Major da Polícia Militar da Paraíba
Ronilton de Jesus Jacinto Cavalcante – Major da Polícia Militar do Amazonas
Cláudio César Felipe – Capitão da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul
Gilmar Santos Santana – Capitão da Polícia Militar de Sergipe
Giovane Rosa da Silva – Capitão da Polícia Militar de Goiás
Ivens Giuliano Campos dos Santos – Capitão da Brigada Militar do Rio Grande do Sul
Luciano Correa Silva – Capitão da Polícia Militar do Rio de Janeiro
Lucival Cardoso de Montalvão Guedes – Capitão da Polícia Militar do Pará
Marco Antônio Brito Júnior – Capitão da Polícia Militar de Santa Catarina
Newton Anet – Agente Especial do DPRF - SRRJ
Marcos Mendes de Souza – Instrutor de Pilotagem PMGO
Miguel Raimundo dos Reis Cruz – Agente do DPRF - SRPA
Rogério Tosta Bôa Morte – Inspetor do DPRF - SRBA
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METODOLOGIA DE TRABALHO
No início dos trabalhos, foi exposto a todos os integrantes a necessidade de implementar
diretrizes nacionais acerca da temática, considerando que às iniciativas atuais são localizadas e
restritas à algumas unidades operacionais nas respectivas corporações estaduais.
Visando propiciar a todos uma visão dinâmica de como é a conjuntura criminal, de
prevenção e de uso da motocicleta pelos agentes da lei nos Estados, cada integrante, demonstrou
as experiências exitosas em cada Corporação e as peculiaridades de cada ente federado, na
prevenção a criminalidade em locais de mobilidade crítica e no interior de seus Estados.
Ainda nesse contexto, foi socializada ao grupo, a primeira iniciativa nacional de
padronizar o uso da motocicleta como ferramenta crucial de prevenção a criminalidade, sendo o
I Simpósio Nacional de Motopatrulhamento Policial, realizado no ano de 2009 na cidade de
João Pessoa – PB. Essa iniciativa tão importante, definiu alguns parâmetros publicado numa ata,
descrita abaixo, sendo levado em consideração pelos integrantes do Grupo de Trabalho
constituído no III Fórum Nacional do GGI durante todas discussões.
Ata do I Simpósio Nacional de Motopatrulhamento Policial
“Aos trinta dias do mês de outubro do ano de dois mil e nove reunidos
no Centro de Educação da Polícia Militar da Paraíba, onde se
encontravam os servidores públicos abaixo assinado representando as
respectivas Instituições, realizou-se o I SIMPÓSIO NACIONAL DE
MOTOPATRULHAMENTO POLICIAL, no qual foram apresentadas 05
palestras, momento em que reuniram-se todos os participantes em
grupos de trabalhos onde deliberaram, discutiram e aprovaram por
maioria de votos e aclamação dos participantes de cada grupo de
trabalho, chegando-se a conclusão que como sugestões para o emprego
da motocicleta na atividade de segurança pública, apontou-se como
sugestão para o tipo de motocicleta com potencia entre 250cc e 300cc,
para o policiamento ostensivo ordinário, para o emprego tático
policial, escolta, moto resgate uma motocicleta de cilindrada entre
600cc e 1000cc e para o serviço de batedor motocicleta de 1000cc ou
superior. No referente a equipamento de proteção individual tem-se os
seguintes itens: capacete articulado de viseira anti-risco com uma tecla
frontal de liberação, colete anti-balístico masculino e feminino multi
ameaça, joelheira/caneleira articulada em polímero, cotoveleira
articulada em polímero, luvas táticas em kevlar, protetor de coluna
articulado, rádio comunicador com acionamento remoto, coturno de
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Programas e Projetos
alta performance e bom conforto, para o policiamento ordinário e
batedor o armamento de porte calibre .40 e arma menos que letal,
pistola com principio de funcionamento de eletrochoque de alta
voltagem e baixa amperagem; para o `policiamento tático e escoltas
armamento de porte calibre .40 e armamento portátil calibre .40 e
5,56mm semiautomático ou automático com coronha rebatível ou
retrátil, quanto a malha curricular mínima com as seguintes
disciplinas: gerenciamento de crises, primeiros socorros, direitos
humanos, relações interpessoais, tiro policial com método e
escalonamento da forca, noções de mecânica, técnicas de abordagem,
legislação de trânsito, noções básicas de escoltas e batedor, educação
física, para o nível I, excetua-se a aplicação da disciplina tiro policial
aos servidores cuja atividade no serviço público não seja autorizado o
porte de arma de fogo, os das disciplinas de pilotagem de alto risco
(on/off road), técnicas avançadas de escolta e batedor, tiro tático e
doutrina de patrulhamento tático com motocicletas para o nível II.
Lido, conhecido e aceito em João Pessoa, Paraíba, às vinte horas. Júlio
Cesár Motta Fernandes – TC QOPM – PMGO, Robson Rodrigues da
Silva – TC QOPM – PMERJ, Andre Ângelo da Silva – Maj QOPM –
PMPE, José Rodrigues de Souza Neto – Maj QOC – PMPB, Luís
Gonzaga de Oliveira Júnior – Cap QOPM – PMSP, Adriano Meirelles
Gonçalves – Cap QOPM – PMDF, Marcos Swami Sousa Pereira – 1
Ten QOPM – PMRN, José Ricardo Mendes Barbosa – 3º Sgt BM –
PMPB, Felipe Araujo Costa de Oliveira –PRF, Wanderley Amorim da
Silva – STTrans.”
Após apresentação das atividades desenvolvidas em todas regiões do país e socialização
da primeira tentativa nacional de padronização dessa modalidade de policiamento nos entes
federados, foi proposto a todos os participantes, a divisão das discussões em áreas temáticas,
sendo elas: Recursos Humanos; Recursos Logísticos; Capacitação, Treinamento e Procedimentos
Operacionais. Ficando definido que as discussões iriam permear o emprego da motocicleta em
unidades de policiamento ostensivo (ordinárias), unidades de policiamento especializadas
(patrulhamento tático e de recobrimento) e policiamento rodoviário, objetivando abranger e
difundir o emprego adequado da motocicleta nas ações preventivas.
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Programas e Projetos
ÁREA TEMÁTICA – RECURSOS HUMANOS
Conforme definido pelo Grupo de Trabalho, essa área temática seria responsável em
discutir e apresentar a todos os integrantes, as orientações acerca das necessidades relacionadas
às pessoas que estariam atuando no policiamento ostensivo com motocicletas nos Estados.
Perfil
Inicialmente foi sugerido que o agente da lei que estaria atuando nessa seara, deveria
possuir um perfil básico, acrescido de competências específicas, de acordo com as necessidades
peculiares de cada corporação.
Foi destacado que várias pessoas usam a motocicleta diariamente para passeio, ir ao
trabalho, viajar, encontro de motociclistas, dentre outras atividades inerentes a esse tipo de
veículo. Porém, é consenso que há um imenso hiato entre usar a motocicleta em conformidade
com o apresentado acima e usa-lá rotineiramente para trabalhar, em especial quando se trata do
trabalho policial, que requer atenção com a equipe, com trânsito, observação permanente ao seu
redor, aptidão para trabalho com motocicletas, dentre outros fatores, vislumbrando uma atuação
preventiva eficiente e eficaz. Nesse sentido, seria incompatível a falta de voluntariedade para
atuação nesse tipo de policiamento.
Nesse sentido, as corporações devem fomentar medidas incentivadoras para o
profissional de segurança pública atuar com motocicleta. Não devendo porém, empregar pessoas
que não sejam voluntárias, fator crucial para o sucesso nessas ações.
Além desses requisitos, o profissional de segurança pública, deve possuir um
comportamento condizente com a atividade. Nas policias militares, considera-se requisito
mínimo o “Bom” comportamento.
A habilitação na categoria “A” é regra legal, não há o que se discutir, nenhum policial
deverá atuar com motocicletas se não possuir habilitação em conformidade com a legislação de
trânsito. Porém, somente a Carteira Nacional de Habilitação, não habilita um profissional de
segurança a atuar na prevenção a criminalidade utilizando uma motocicleta, pois, exige-se
treinamento específico, predisposição a atuar com esse tipo de veiculo e grande afinidade com
motocicletas. Sugere-se que a CNH categoria “A”, também seja exigida como critério para
seleção nos processos de admissão em cada Corporação, assim como já ocorrem com outras
categorias descritas na legislação de trânsito.
Mesmo havendo uma área temática específica no Grupo de Trabalho referente à
Capacitação e Treinamento, é importante frisar que não há como conceber um profissional, com
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Programas e Projetos
todos os perfis indicados acima, sem, contudo não possuir uma capacitação ou treinamento
específico para prevenção a criminalidade com emprego de motocicletas, além de avaliações
periódicas de desempenho.
Motivação e Escala de Serviço
O desgaste provocado pelas intempéries climáticas, calor desprendido do motor das
motocicletas, peso do fardamento, equipamento e armamento, tensão provocada pela pilotagem
policial, sobrecarga fisiológica na coluna, nos membros superiores e inferiores, e o tráfego
realizado nas vias durante o policiamento ostensivo, são fatores que exige uma postura
diferenciada da Corporação para que esses profissionais estejam sempre satisfeitos e motivados
para o trabalho diário.
Nesse sentido, verifica-se a necessidade de ser regulamentado pelas Corporações,
mecanismos de recompensa aos integrantes que atuam nessa área, seja ela pecuniária ou da
forma que melhor entender cada Instituição, sendo importante que ela exista. Pois, não havendo
uma motivação adequada, em regra geral, os profissionais estarão a procura de outras frentes de
serviço.
Verifica-se ainda, que em algumas unidades de policiamento com motos, há a incidência de
algumas patologias típicas, sendo necessário que haja preocupação das Corporações no sentido
de desenvolver mecanismos de prevenção através de atividades físicas constantes e específicas,
além do estudo dessas patologias em conjunto com intuições especializadas públicas e/ou
privadas.
A escala de serviço deve levar em consideração as limitações físicas do profissional de
segurança pública, a realidade de cada instituição, efetivo e peculiaridades regionais. Não
devendo passar de 08 (oito) horas ininterruptos de patrulhamento, com descanso capaz de
restabelecer a capacidade operacional de cada profissional. Os integrantes do Grupo sugeriram
escalas onde haja no máximo 08 (oito) horas no patrulhamento (com paradas intercaladas), com
períodos de 8 x 40, 12 x 60, 6 x 18 (com folgas nos finais de semana), ou outros períodos
estipulados por cada instituição, de forma a considerar os desgastes provocados pela modalidade
de policiamento com motocicletas.
Durante o trabalho recomenda-se para cada hora de patrulhamento, pelo menos 15 (quinze) a
20 (vinte) minutos em ponto de estacionamento, dando continuidade a prevenção em locais
estratégicos e ao mesmo tempo, evitando sobrecarga na coluna.
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Emprego Operacional
O policiamento com motocicleta é a vedete do futuro, encaixa perfeitamente no contexto de
Segurança Pública nos municípios brasileiros. Porém, ressalta-se que o seu emprego deve ser
bem avaliado nos períodos noturnos, chuvosos, com neblina e frio intenso. Devendo cada
instituição elencar as circunstâncias peculiares locais e prioridades de emprego operacional,
sempre focado na qualidade da prestação de serviço a sociedade e segurança dos profissionais
envolvidos
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AREA TEMÁTICA – RECURSOS LOGÍSTICOS
Contextualização
Atualmente, percebe-se que algumas corporações não seguem padrões mínimos para
aquisição de motocicletas, sistemas luminosos, sirene, equipamentos de proteção individual e
inúmeros outros acessórios necessários para atuação rápida, ostensiva e dinâmica dos
profissionais de segurança com utilização desse tipo de veículo.
Há que se comentar, que a motocicleta é utilizada por criminosos em todas as partes do
país, seja nos conglomerados urbanos, seja no “Brasil profundo”, no interior do país, nesse
sentido, é imperativo afirmar que em vários Estados, verificou-se algumas particularidades, a
seguir:
A – Os criminosos que cometem roubos, furtos, latrocínios e homicídios utilizando a motocicleta
como meio de fuga, beneficiam-se da facilidade de esconder os dígitos da placa de identificação
do veículo, do anonimato permitido pelo uso do capacete e agilidade da motocicleta, que permite
“passar por becos estreitos, subir escadarias, passar por pontes de madeira em palafitas
flutuantes, passar pelos meios de jardins, passeios públicos e canteiros de vias ou mesmo
atravessar passarelas em avenidas” (Menezes, 2007). Não possibilitando eficácia e eficiência da
policia em prevenir essa modalidade criminosa somente com emprego de viaturas convencionais
(mais empregadas em nosso país);
B – A maioria desses criminosos utilizam um comparsa (garupa), que está com as mãos livres,
para fazer empunhadura e visada com uma arma de fogo, inclusive “preparado” para reagir
contra a polícia, a exemplo das “saidinhas” de banco, homicídios encomendados típicos de
grupos de extermínio, latrocínios, roubos, furtos, etc;
C – Em regra geral, nas corporações estaduais, há pequenas unidades específicas de atuação com
motocicletas, sendo na maioria, grupos táticos que dá uma resposta condizente na prevenção a
criminalidade, porém, limitado, pois, não conseguem abranger toda malha de prevenção
realizada pelas unidades operacionais ordinárias. Essas, muitas vezes utilizam motos e acessórios
inadequados e ainda, com foco voltado para fiscalização de trânsito (há que se deixar claro, que
a fiscalização de trânsito é importantíssima no contexto da segurança pública), esquecendo às
vezes de focar também, na prevenção aos crimes que geram graves conseqüências a sociedade
como os mencionados acima.
D – Em vários municípios localizados no interior dos Estados, nos rincões desse país, no
denominado “Brasil profundo”, é importante o emprego da motocicleta na prevenção a
criminalidade, se complementando com outras políticas sistêmicas de policiamento hidroviário e
aeropolicial;
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E - Verifica-se uma acentuada falta de procedimento operacional arrojada que possibilite ao
policial, segurança, surpresa, agilidade, flexibilidade e superioridade de meios;
F – A quantidade de motocicletas empregadas no policiamento ostensivo ainda é muito restrita.
Analisando as iniciativas regionalizadas acerca da frota de motocicletas empregadas no
policiamento ostensivo, destacamos o projeto de Lei nº 2.524/2009 do Deputado Nilton Salomão
do Rio de Janeiro, fruto de constatações óbvias do Parlamentar em conjunto com a sociedade
civil organizada, inclusive com a participação da Federação de Moto Clubes naquele Estado, que
participa ativamente das questões relacionadas à Segurança Pública.
Vislumbrando que o trabalho em questão é pertinente, segue abaixo “ipsis litteris” o
projeto de lei e justificativa daquele parlamentar sobre o projeto que visa traçar uma orientação
de Estado, para com o emprego da motocicleta na prevenção ao delito no Estado do Rio de
Janeiro, e, que também pode ser utilizado como parâmetro em outras unidades da federação,
como critério de aumento da frota.
“PROJETO DE LEI Nº 2524/2009
ESTABELECE PERCENTUAL MÍNIMO PARA
QUANTIDADE DE MOTOCICLETAS DE POLÍCIA
MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO EM
RELAÇÃO AO NÚMERO DE MOTOCICLETAS
CIRCULANTES NOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO RIO
DE JANEIRO .
Autor(es): Deputado NILTON SALOMAO
A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO
DE JANEIRO
RESOLVE:
Art. 1º O número de motocicletas utilizado por cada Batalhão de Polícia Militar,
no Estado do Rio de Janeiro, obedecerá aos percentuais mínimos definidos na
presente lei.
Art. 2º O número mínimo de motocicletas para cada município será de:
I --Um por cento do número total de motos circulantes, em municípios cujo o
número total destes veículos for superior a cem mil;
II --Dois por cento, em municípios onde o número total de motociclistas for
superior a cinquenta mil e inferior a cem mil;
III --Três por cento, em municípios onde o número total de motocicletas for
inferior a cinquenta mil motocicletas.
Art. 3º O número de motocicletas definidos no artigo anterior deverá ser
implementando no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses, sendo certo que a
metade do número de motocicletas definido no artigo anterior deverá ser
implementada no prazo máximo de 12 (doze) meses.
Art. 4º Para o cálculo do número total de motocicletas circulantes, o Estado
16
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utilizará como parâmetro o cadastro destes veículos do Departamento Estadual de
Trânsito (DETRAN).
Art. 5º O Poder Executivo regulamentará a presente lei no prazo de 30 dias.
Art. 6º Entra em vigor a presente lei na data de sua publicação, revogando-se
todos os dispositivos contrários.
Plenário Barbosa Lima Sobrinho 08 de setembro de 2009.
DEPUTADO NILTON SALOMÃO
JUSTIFICATIVA
Segundo estatísticas do DETRAN, circulam no Estado do Rio de Janeiro 624.483
motos. Este número é superior à quantidade de motocicletas de 2008. No mesmo
período, houve um aumento de 28% nos furtos de motocicletas em relação ao ano
passado.
A utilização de motocicletas na prática de delitos tem aumentado de forma
considerável nos últimos anos. A agilidade de uma motocicleta na abordagem das
vítimas, e na fuga dos locais dos crimes são os grandes atrativos para que este
veículo seja largamente usado pelos criminosos. Uma moto pode entrar em locais
que um automóvel não entra, bem como mudar de sentido nas ruas, ou transpor
canteiros, fatos impensáveis para um carro.
Eficaz na abordagem, ágil na fuga, as motocicletas precisam ser combatidas com
instrumentos compatíveis com suas características. Somente a utilização de outras
motocicletas, poderá minimizar esse tipo de atuação. Com iguais características
de deslocamento, as motos podem perseguir de forma eficaz os criminosos, e obter
resultados que os carros tradicionais não conseguem.
O presente projeto de lei não busca alterar o efetivo da Polícia Militar -
competência sabidamente exclusiva do Executivo - mas sim compelir a
administração a fornecer um número de motocicletas por batalhão proporcional
ao número de motocicletas circulantes em cada município.
A proporção de motocicletas da Polícia Militar em relação ao total de
motocicletas circulantes foi discutida pelo Deputado Nilton Salomão e
representantes da Federação dos Motociclistas do Estado do Rio de Janeiro, e
reflete, no entender destes, um número razoável para combate contundente à
criminalidade.
Desta forma, defendemos que a forma mais eficaz de combater a utilização de
motocicletas para prática de delitos é utilizar outras motocicletas.”
Além dessas iniciativas, foi observado os resultados desoladores das pesquisas realizadas
em 2009 pela Fundação Dom Cabral sobre a Mobilidade Urbana no Brasil, sendo constatado que
em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre o trânsito poderá
parar em alguns anos, se não for tomado medidas estruturais e sistêmicas. A referida fundação,
ainda calculou os prejuízos anuais com o trânsito lento nas grandes cidades brasileiras, com
projeções na ordem de 30 bilhões de reais por ano somente no Estado de São Paulo e 33 bilhões
de reais no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Sendo inegáveis os reflexos dessas
problemáticas também no contexto da segurança pública.
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Visando dar resposta a esse problema estrutural, que pode inclusive prejudicar o
espetáculo da Copa do Mundo 2014 no Brasil, o Ministério das Cidades anunciou um projeto
específico sobre mobilidade urbana nas grandes cidades, com investimentos na ordem de 11
bilhões de reais em infra-estrutura, visando inicialmente os Jogos de 2014, com expectativa de
deixar um legado que será complementado com outros projetos nessa seara. Sendo imperioso
que exista uma resposta também no âmbito da segurança pública, que será envolvida em torno
dessa problemática a todo instante.
Verificando as informações repassadas pelas Secretarias Estaduais de Segurança Pública
à SENASP/MJ, percebe-se um contingente muito pequeno de viaturas empregadas
especificamente na prevenção a criminalidade nos municípios brasileiros, totalizando
aproximadamente 6.505 (seis mil quinhentos e cinco) motocicletas e cerca de 21.444 (vinte e um
mil quatrocentos e quarenta e quatro) automóveis. Ressalta-se que os Estados de Pernambuco,
Minas Gerais e Maranhão não responderam aos questionários sobre esses tópicos à SENASP/MJ.
Após análise dos dados descritos na tabela abaixo, foram constatadas algumas relações
interessantes:
1 - A relação aproximada entre número de policiais militares x automóveis (viaturas)
caracterizadas no Brasil é de 19,5 x 1;
2 - A relação entre policiais x motocicletas (viaturas) é de 64,40 motocicletas para cada policial;
3 - A relação entre motocicletas (viaturas) x automóveis (viaturas) é de 0,30 x 1.
4 – A relação ideal seria pelo menos 02 (duas) motocicletas para cada 01 (um) automóvel: 2 x 1;
Utilizando o parâmetro descrito no item (4), para aumento da frota de motocicletas,
teríamos atualmente, um déficit aproximado de 36.382 motocicletas nas Policias Militares do
Brasil. Ressalta-se, que esse quantitativo é o ideal, porém, existem vários outros parâmetros que
podem ser utilizados para familiarizar o uso da motocicleta nas ações de prevenção a
criminalidade no país, a exemplo do quantitativo por unidade operacional mencionada após a
tabela abaixo.
EFETIVO E FROTA DE VIATURAS NAS POLÍCIAS MILITARES
UF Efetivo
Número de
Unidades
Operacionais
Motocicletas
em uso
caracterizada
Automóveis
em uso
caracterizada
Relação
Motocicletas
x
Automóveis
Quantidade Ideal
de motocicletas
em uso
operacional
Déficit
atual
AC 1922 34 73 126 0,6 252 179
AL 5632 299 97 503 0,2 1006 909
AM 5905 104 476 451 1,1 902 426
AP 2951 12 94 105 0,9 210 116
BA 30771 646 552 1541 0,4 3082 2530
CE 14050 236 1065 983 1,1 1966 901
DF 14585 NR 499 552 0,9 1104 605
18
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ES 7247 164 297 937 0,3 1874 1577
GO 12042 288 596 1503 0,4 3006 2410
MA 10164 NR NR 436 xxx 872 xxx
MG 48763 ... ... ... xxx xxx xxx
MS 5383 183 45 166 0,3 332 287
MT 6176 211 305 426 0,7 852 547
PA 13139 69 629 666 0,9 1332 703
PB 8721 467 160 391 0,4 782 622
PE 19216 ... ... ... xxx xxx xxx
PI 9807 34 420 244 1,7 488 68
PR 19534 625 1027 2750 0,4 5500 4473
RJ 36187 304 608 3451 0,2 6902 6294
RN 8701 219 320 339 0,9 678 358
RO 5119 NR 160 328 0,5 656 496
RR 1586 84 108 124 0,9 248 140
RS 22379 250 579 1986 0,3 3972 3393
SC 11276 92 763 1779 0,4 3558 2795
SE 5625 126 123 137 0,9 274 151
SP 87822 2067 2286 10112 0,2 20224 17938
TO 4300 205 112 194 0,6 388 276
TOTAL 419003 2824 6506 21444 0,3 42888 36382
Fonte: DEPAID/SENASP/MJ 2009
NR: Não respondeu a questão
...: Não respondeu a pesquisa
XXX: Sem resposta
Visando propiciar outros parâmetros para familiarização do emprego da motocicleta nas
ações preventivas no país, o Grupo de Trabalho, apresentou outra sugestão para definição da
quantidade de motocicletas ideais no policiamento ostensivo. Construindo uma relação entre o
número de habitantes por municípios e o de unidades operacionais nos Estados.
Quantidade de motocicletas por unidade operacional
 Capitais e municípios acima de 100.000 habitantes: 20 (vinte) motocicletas por
unidade operacional;
 Municípios entre 50.000 e 100.000 habitantes; 14 (quatorze) motocicletas por
unidade operacional;
 Municípios entre 20.000 e 50.000 habitantes: 08 (oito) motocicletas por unidade
operacional;
 Municípios abaixo de 20.000 habitantes: mínimo de 04 (quatro) motocicletas por
unidade operacional;
 Para cada 10 (dez) motocicletas, pelo menos uma viatura operacional de apoio;
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Validando essa relação, teríamos cerca de 2824 unidades operacionais e a média de 11,5
motocicletas por unidade, totalizando o quantitativo ideal de pelo menos 32.476 motocicletas a
serem empregadas nas Policias Militares no Brasil, déficit de pelo menos 25.979 motocicletas.
Além de fazer menção à necessidade de incrementar a quantidade de motocicletas
empregadas na prevenção a criminalidade em nosso país, foi unânime a necessidade de definição
de alguns critérios técnicos sobre os equipamentos, veículos e acessórios a serem sugeridas às
corporações no Brasil, evitando a falta de padronização e inadequação a atividade.
Os integrantes do Grupo de Trabalho dividiram os assuntos de logística em 04 (quatro)
itens: viaturas, equipamento de segurança individual; uniforme básico; armamento e quantidade
de motocicletas por fração de efetivo.
1. VIATURAS
EQUIPAMENTO
POLICIAMENTO
PREVENTIVO
ORDINÁRIO
POLICIAMENTO
OSTENSIVO
RECOBRIMENTO
(TÁTICO)
POLICIAMENTO
RODOVIÁRIO
Motocicleta
Motocicleta com potência
mínima entre 250cc e 400cc,
on/off road, com pneu de uso
misto, injeção eletrônica e
partida elétrica/eletrônica.
Autonomia mínima de 150 a
200 km. Distância do solo,
adequada para ações
preventivas em áreas urbanas e
rurais.
Justificativa: Rapidez no
deslocamento, versatilidade,
custo e consumo.
Motocicleta com potência
entre 600cc a 1000cc on/off
road, com pneu de uso misto.
injeção eletrônica e partida
elétrica/eletrônica. Autonomia
mínima de 200 km. Distância
do solo, adequada para ações
preventivas em áreas urbanas e
rurais.
Justificativa: Rapidez no
deslocamento, robustez,
versatilidade e necessário
poder de impacto.
Motocicleta com potência
acima 600 cc, exceto modelo
super bike com injeção
eletrônica e partida elétrica /
eletrônica. Autonomia mínima
entre 250 a 300 km.
Justificativa: Poder para
recuperação e visão
impactante.
Sistema de
iluminação
Conjunto do farol que permita
iluminação adequada de
acordo com a mobilidade
necessária à atividade de
policiamento ostensivo.
Sinalizador luminoso dianteiro
e traseiro de tamanho
reduzido, percepção
panorâmica aos demais
condutores e dotado de
lâmpadas do tipo led com
lentes em material resistente e
vedado na cor vermelha ou
cristal, instalados em local que
não dificulte ao policial
montar e desmontar da
motocicleta.
Justificativa: Versatilidade da
atividade policial, agilidade e
segurança.
Conjunto do farol que permita
iluminação adequada de
acordo com a mobilidade
necessária à atividade de
policiamento ostensivo.
Sinalizador luminoso dianteiro
e traseiro de tamanho
reduzido, percepção
panorâmica aos demais
condutores e dotado de
lâmpadas do tipo led com
lentes em material resistente e
vedado na cor vermelha ou
cristal, instalados em local que
não dificulte ao policial
montar e desmontar da
motocicleta.
Justificativa: Versatilidade da
atividade policial, agilidade e
segurança.
Sinalizador luminoso dianteiro
e traseiro de tamanho
proporcional ao tamanho da
motocicleta, percepção
panorâmica aos demais
condutores e dotado de
lâmpadas do tipo led com
lentes em material resistente
na cor vermelha ou cristal.
instalados em local que não
dificulte ao policial montar e
desmontar da motocicleta.
Justificativa: Versatilidade da
atividade policial e segurança
Sirene (alarme
sonoro) para moto
Sirene eletrônica com no
mínimo 30 W de potencia,
resistente a intempéries
climáticas, calor gerado pelo
Sirene eletrônica com no
mínimo 30 W de potencia,
resistente a intempéries
climáticas, calor gerado pelo
Sirene eletrônica com no
mínimo 30 W de potência,
resistente a intempéries
climáticas, calor gerado pelo
20
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motor e água. motor e água. motor e água.
Estrutura para
armazenamento de
materiais
Bauleto ou bolsa (ressalta-se
que o bauleto, poderá dificultar
a agilidade do policial em
algumas ocasiões críticas)
Bolsa (tamanho reduzido) Bauleto e/ou alforge
Equipamentos
adicionais
1. Protetor de motor;
2. Protetor de cárter;
3. Porta tonfa ou bastão
policial;
4. Protetor de manete;
5. Dispositivo corta linha
“pipa”;
1. Protetor de motor;
2. Protetor de Carter;
3. Porta tonfa ou bastão
policial;
4. Protetor de manete;
5. Dispositivo corta linha
“pipa”;
1. Protetor de motor;
2. Protetor de Carter;
3. Porta tonfa ou bastão
policial;
4. Protetor de manete;
5. Dispositivo corta linha
“pipa”;
VTR 04 rodas
SIM
Justificativa: apoio
SIM
Justificativa: apoio
SIM
Justificativa: apoio
2. EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL
EQUIPAMENTO
POLICIAMENTO
PREVENTIVO
ORDINÁRIO
POLICIAMENTO
OSTENSIVO
RECOBRIMENTO
(TÁTICO)
POLICIAMENTO
RODOVIÁRIO
Colete Balístico
Colete balístico, no mínimo
nível II.
Colete balístico nível III-A. Colete balístico, no mínimo
nível II.
Colete tático
Colete tático dotado de coldre
posicionado em angulo de 60º
da linha vertical central.
Justicativa: facilidade de saque
e menor risco de perda da
arma durante o deslocamento.
Colete tático dotado de coldre
posicionado em angulo de 60º
da linha vertical central.
Justicativa: facilidade de saque
e menor risco de perda da
arma durante o deslocamento.
Colete tático dotado de coldre
posicionado em angulo de 60º
da linha vertical central.
Justicativa: facilidade de saque
e menor risco de perda da
arma durante o deslocamento.
Jaqueta
Jaqueta de couro ou cordura
com proteção para os
cotovelos ombros e coluna.
Jaqueta de couro ou cordura
com proteção para os
cotovelos ombros e coluna.
Jaqueta de couro ou cordura
com proteção para os
cotovelos ombros e coluna.
Bota
Bota especial para motociclista
com no mínimo 30 cm de cano
com proteção de canela e
tornozelo.
Bota especial para motociclista
com no mínimo 30 cm de cano
com proteção de canela e
tornozelo.
Bota especial para motociclista
com no mínimo 30 cm de cano
com proteção de canela e
tornozelo.
Capacete
Capacete articulado para
motociclista com viseira
interna e externa transparente,
tratamento anti-risco, anti –
embaçante e com proteção
ultravioleta.
Capacete articulado para
motociclista com viseira
interna e externa transparente,
tratamento anti-risco, anti –
embaçante e com proteção
ultravioleta.
Capacete articulado para
motociclista com viseira
interna e externa transparente,
tratamento anti-risco, anti –
embaçante e com proteção
ultravioleta.
Radio transceptor
Portátil
Rádio transceptor portátil com
microfone de lapela ou outro
sistema sem fio que possibilite
comunicação eficiente com
comandos que não interfiram
na atenção do piloto.
Rádio transceptor portátil com
microfone de lapela ou outro
sistema sem fio que possibilite
comunicação eficiente com
comandos que não interfiram
na atenção do piloto.
Rádio transceptor portátil com
microfone de lapela ou outro
sistema sem fio que possibilite
comunicação eficiente com
comandos que não interfiram
na atenção do piloto.
Luva Luva para motociclista Luva para motociclista Luva para motociclista
Capa de chuva
Capa de chuva para
motociclista com detalhe
refletivo
Capa de chuva para
motociclista com detalhe
refletivo
Capa de chuva para
motociclista com detalhe
refletivo
Colete refletivo
Colete refletivo utilizado no
policiamento de trânsito
Não utiliza Colete refletivo
Equipamentos
adicionais
Joelheira, cotoveleira e
protetor cervical.
Joelheira, cotoveleira e
protetor cervical
Joelheira, cotoveleira e
protetor cervical
21
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3. UNIFORME BÁSICO
PEÇA
POLICIAMENTO
PREVENTIVO
ORDINÁRIO
POLICIAMENTO
OSTENSIVO
RECOBRIMENTO
(TÁTICO)
POLICIAMENTO
RODOVIÁRIO
Calça Calça rip stop com reforço na
região pélvica e joelho.
Macacão especifico para
motociclista com reforço na
região pélvica, cotovelo e
joelho.
Macacão especifico para
motociclista com reforço na
região pélvica, cotovelo e joelho.Camisa Gandola manga longa rip stop
com reforço na região do
cotovelo
Cobertura Especifica da instituição Especifica da instituição Especifica da instituição
Cinto Especifica da instituição Especifica da instituição Especifica da instituição
Cinto de guarnição Dispensável com a utilização
do colete tático
Dispensável com a utilização
do colete tático
Dispensável com a utilização do
colete tático
Cordão “fiel”, fixo
ou retrátil
Possibilita fixação do
armamento, de forma a evitar
sua perca durante o trabalho
operacional.
Possibilita fixação do
armamento, de forma a evitar
sua perca durante o trabalho
operacional.
Possibilita fixação do
armamento, de forma a evitar sua
perca durante o trabalho
operacional.
Observação: Há necessidade de realizar um estudo e, por conseguinte desenvolver um macacão ou vestimenta
adequada e específica para o policiamento de motocicletas.
4. ARMAMENTO BÁSICO PARA O POLICIAL MOTOCICLISTA
POLICIAMENTO PREVENTIVO
ORDINÁRIO
POLICIAMENTO OSTENSIVO
RECOBRIMENTO (TÁTICO)
POLICIAMENTO RODOVIÁRIO
 Pistola calibre .40 com 03
carregadores sobressalentes;
 Arma de condutividade elétrica
 Bastão policial ou tonfa.
 Espargidor de solução ou espuma
lacrimogênea de uso individual.
 Pistola calibre .40 com 03
carregadores sobressalentes;
 Arma de apoio para a equipe com
tamanho reduzido (carabina, sub-
metralhadora,etc)
 Arma de condutividade elétrica
 Bastão policial ou tonfa.
 Espargidor de solução ou espuma
lacrimogênea de uso individual
 Pistola calibre .40 com 03
carregadores sobressalentes;
 Arma de condutividade elétrica
 Bastão policial ou tonfa.
 Espargidor de solução ou espuma
lacrimogênea de uso individual
5. QUANTITATIVO DE MOTOCICLETAS POR FRAÇÃO DE EFETIVO
EQUIPE
POLICIAMENTO
PREVENTIVO
ORDINÁRIO
POLICIAMENTO
RODOVIÁRIO
POLICIAMENTO OSTENSIVO
RECOBRIMENTO (TÁTICO)
Guarnição
Mínimo: 02 motocicletas
ideal: 03
Mínimo: 02
motocicletas
ideal: 03
Mínimo: 03 motocicletas (com um policial
montado)
Pelotão
20 motocicletas
02 automóveis (apoio)
20 motocicletas
02 automóveis (apoio)
30 motocicletas
03 automóveis (apoio)
Companhia
40 motocicletas
04 automóveis (apoio)
40 motocicletas
04 automóveis (apoio)
60 motocicletas
06 automóveis (apoio)
22
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AVALIAÇÃO DE MOTOCICLETAS, EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS
Visando complementar as informações descritas nas tabelas acima, segue abaixo algumas
imagens e comentários, de forma a ilustrar as orientações emanadas do Grupo de Trabalho.
Ressalta-se que as motocicletas abaixo, são meramente ilustrativas e não representam nenhuma
preferência mercadológica, sendo apenas de cunho didático, inclusive foi retirada qualquer
identificação de propriedade ou marca.
Itens observados:
A – Policiais equipados para emprego operacional com motocicletas;
B – Montar e desmontar de motocicletas equipadas com bauleto;
C – Montar e desmontar de motocicletas equipadas sem bauleto;
D – Imagens de motocicletas equipadas para atividade policial;
E – Aplicação das motocicletas em áreas urbanas e rural;
F - Avaliação de desempenho de 03 (três) motocicletas: moto A - característica street de
125cc; motoB - característica on/off road de 250cc e moto C - característica on/off
acima de 600 cc.
A – Policiais equipados para atividade de policiamento com motos (capacetes, colete
balístico, luvas, botas, caneleira e cotoveleira)
Nas atividades de policiamento com motos, equipamentos de proteção individual são
indispensáveis para salvaguarda da integridade física dos profissionais de segurança pública,
devendo cada policial, possuir o mínimo de EPIs para o desenvolvimento de suas atividades de
policiamento ostensivo, a exemplo dos equipamentos demonstrados na imagem acima,
ressaltando que é interessante que o capacete seja de altíssima qualidade, com viseira interna e
externa, e possibilidade de ser aberta a proteção frontal, para ocasiões onde haja necessidade de
verbalização, visualização no patrulhamento ostensivo, dentre outras necessidades. Devendo
cada corporação definir as especificações básicas e adotá-los de forma obrigatória em toda
atividade operacional, bem como procurar desenvolver fardamentos específicos para essas
atividades operacionais, considerando que corriqueiramente é utilizado fardamento inapropriado.
23
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B – Montar e desmontar de motocicleta equipada com bauleto
Com pé apoiado no solo Com pé apoiado na pedaleira
Risco de queda ao montar Dificuldade ao montar
C – Montar e desmontar da motocicleta equipada sem bauleto
Maior agilidade ao montar e desmontar Menor risco de queda
24
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As imagens acima sugerem algumas observações interessantes e que deve ser bem
avaliada por cada corporação ao dar prosseguimento a difusão do emprego da motocicleta no
policiamento preventivo.
Inicialmente é unanime a constatação que na esmagadora maioria dos roubos, homicídios
e latrocínios ocorridos com emprego de motocicletas, os perpetradores possuem relativa
destreza com esses veículos, estão em dupla e o garupa apto a utilizar a arma de fogo, devendo
os profissionais de segurança pública estarem em superioridade para com essa realidade fatídica.
Porém, quando empregamos motocicletas no policiamento ostensivo, necessitamos de
portar alguns documentos, munições extras e outros materiais específicos de cada corporação.
Em regra geral, é fixado nas motocicletas bauletos com capacidade média de 27 litros, tamanho
suficiente para portar todo esse material e com sobra de espaço. Verifica-se, porém, que esse
acessório, pode dificultar a agilidade do policial em momentos críticos, a exemplo de uma
abordagem a dois indivíduos em atitude suspeita em deslocamento numa motocicleta, fato
corriqueiro em qualquer local.
Nas fotos acima, não restam dúvidas sobre essa assertiva, porém, temos consciência que é
necessário haver um recipiente para guarda de alguns materiais indispensáveis aos policiais
durante a realização de policiamento com motos. Nesse contexto, sugerem-se como alternativa,
outros recipientes, como bolsas impermeáveis, confeccionadas com poliamida 6.6 de tranças “rip
stop”, com medidas reduzidas e que possa ser fixada e retirada facilmente do bagageiro da
motocicleta, adaptadas para cada realidade e que não dificulte a ação policial nas ocasiões
narradas acima.
Devendo cada corporação avaliar suas reais necessidades e definir o tamanho, modelo e
características desses recipientes, vislumbrando dar maior segurança na ação policial,
capacidade de resposta, surpresa, agilidade e versatilidade possibilitada pelo uso da motocicleta
na prevenção à criminalidade.
D – Imagens de motocicletas equipadas para atividade policial
25
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E – Aplicação das motocicletas em áreas urbanas e rural
Ostensividade e altura das motocicletas “street”
Ostensividade e altura das motocicletas “on/off road”
26
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Saída de obstáculos com motocicletas “street”
Saida de obstáculos com motocicletas “on / off road”
27
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Uso de motocicletas “Street” em áreas rurais – altura em relação ao solo e pneus
28
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Uso de motocicletas “on / off road” em áreas rurais – altura em relação ao solo e pneus
As imagens acima, são alto explicativas, porém, cabe ressaltar algumas
observações. Em relação aos sistemas luminosos, cabe salientar que os mesmos são
imprescindíveis para emprego da motocicleta nas ações de policiamento ostensivo,
visando cumprir as regulamentações legais e principalmente propiciar segurança aos
profissionais de segurança pública e aos condutores em geral, em especial nas ocasiões
de deslocamento de emergência e abordagens policiais. Após observação de alguns
modelos existentes, verifica-se a necessidade de utilizar sinalizadores potentes, com
tamanhos reduzidos e que possibilite visualização bem ampla, não sendo suficiente
somente a sinalização frontal ou traseira.
29
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Em relação à aplicação das motocicletas em policiamento preventivo em áreas
urbanas e rurais, cabe algumas observações:
As motocicletas tipo “street” por ter um estilo próprio e distância livre do solo
reduzida, trás algumas dificuldades ao policiamento ostensivo. Essas motocicletas não
possuem altura suficiente para permitir uma visualização privilegiada no trânsito,
importantíssimo no policiamento ostensivo; não possibilitam manobras ágeis entre
veículos (não raro, necessário na atividade de segurança pública onde pessoas correm
risco de vida e é imperiosa a atuação rápida e segura da polícia), podendo haver colisões
com retrovisores de veículos; grande dificuldades nas saídas de obstáculos nas áreas
urbanas e rurais, como nas situações exemplificadas acima, dentre inúmeras outras
restrições.
F - Avaliação de desempenho de motocicletas
Visando fornecer subsídios sobre o desempenho de algumas motocicletas, foram
feitas algumas avaliações no sentido de mensurar o tempo de resposta e desempenho de
algumas motocicletas existentes no mercado nacional.
Os testes foram realizados com 03 (três) motocicletas:
Moto A – 125cc “street”;
Moto B – 250cc “on/off road”;
Moto C – 660 cc “on/off road”;
As avaliações consistiram em verificar o tempo gasto, com e sem passageiro
(segurança), para alcançar de 0 a 100 km/h nas motocicletas com cilindrada igual e
superior a 250cc. Na motocicleta de 125cc, foi utilizado como parâmetro o tempo gasto
para atingir 0 a 75 km/h, devido ao tamanho reduzido da pista utilizada. O peso
individual de cada piloto envolvido nos testes é de 83 kg.
Moto A – 125cc: as avaliações realizadas com essa motocicleta, foi verificado que
a mesma possui um tempo de resposta de 0 a 100 km/h lento, tendo um desempenho
melhor de 0 a 75 km/h, com um grande esforço para alcançar 100 km/h. Devido as
dificuldades em alcançar a velocidade proposta de 100 km/h nos locais de avaliaçao, foi
estipulado a velocidade de 0 a 75 km/h.
Inicialmente o piloto utilizou a motocicleta sem passageiro (segurança),
demorando cerca de 14 (quatorze) segundos para alcançar a velocidade de 75 km/h e 24
(vinte e quatro) segundos para alcançar a velocidade de 90 km/h.
No segundo teste com a motocicleta, foi utilizado um passageiro (segurança), que
pode ser utilizado por algumas corporações para realização de abordagens rotineiras a
indivíduos em atitude suspeita, dando uma condição de maior segurança ao policial.
30
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Programas e Projetos
Nesse caso, o teste foi ainda mais pífio, para alcançar 75 km/h o tempo gasto foi de 22
(vinte e dois) segundos, não deixando dúvidas que cilindradas muito baixas, não são
indicadas para atividade de policiamento ostensivo, muito menos, as que possuem estilo
“street”, como era o caso da motocicleta A.
Moto B – 250cc: Foi verificado que essa motocicleta possui um tempo de resposta
bastante significativo, carregando um passageiro (segurança) ou não. Para alcançar 100
km/h, a motocicleta sem passageiro demorou 12 (doze) segundos para alcançar o
objetivo. Nos testes com a motocicleta utilizando um piloto e um segurança (garupa), foi
possível alcançar o tempo de 17 (dezessete) segundos. Nesses testes ficou evidente a
superioridade de motocicletas com no mínimo 250cc em comparação com as
motocicletas 125cc, porém, há que se destacar que as motocicletas de no mínimo 250cc
podem ser empregadas no policiamento ostensivo, com emprego de garupa (segurança)
ou não. Porém, não são indicadas para unidades de recobrimento tático, pois, requer uma
potência e tempo de resposta maior do que as alcançadas por motocicletas de 250cc.
Moto C – 660cc: O desempenho de motocicletas “on/off road” com cilindrada
superior a 600cc são incontestes para atuação no que tange ao policiamento ostensivo
ordinário ou tático de recobrimento. Nos testes realizados sem garupa (segurança) a
motocicleta alcançou 100 km/h em 06’45s (seis segundos e quarenta e cinco centésimos).
Com utilização de garupa (segurança) 09 (nove) segundos. Tempo de resposta
incomparável com qualquer outra motocicleta de cilindradas menores “on/off road” com
as características ideais para policiamento ostensivo. Porém, há que se ressaltar que para
o policiamento ordinário, a mesma apresenta um custo superior às motocicletas de 250cc
a 400cc, devendo ser empregadas a priori nas unidades de recobrimento tático e de
escoltas, a critério das condições financeiras de cada corporação e peculiaridades
regionais.
Após todos os testes realizados, verifica-se mais uma vez que na atividade
policial, é imperativo que os profissionais estejam com viaturas, equipamentos e
acessórios que possibilitem atuação mais eficiente, eficaz, com segurança, rapidez,
agilidade e efeito surpresa, recomendando-se assim, a utilização de motocicletas estilo
“on/off road” com no mínimo 250cc e máximo de 400cc no policiamento ostensivo
ordinário e no policiamento ostensivo de recobrimento (tático), motocicletas estilo
“on/off” road com no mínimo 600cc e no máximo 1000cc, e demais características
descritas nas tabelas acima.
31
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ÁREA TEMÁTICA – CAPACITAÇÃO, TREINAMENTO E PROCEDIMENTO OPERACIONAL
CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO
Essa área temática é crucial para o sucesso da Doutrina Nacional de Policiamento com
Motos, sem a mesma, não seria possível almejar sucesso longevo ao projeto. Haja vista que uma
das grandes deficiências encontradas atualmente, é justamente as questões relacionadas ao
treinamento e capacitação, bem como procedimento operacional padrão arrojado, que venha a
realmente propiciar a sociedade uma prevenção ao delito eficiente e eficaz.
Inicialmente, os participantes que aprofundaram o conhecimento nessa seara,
vislumbraram a necessidade de providenciar uma padronização de Cursos específicos para o
policiamento ordinário, tático e rodoviário, pois, cada um possui uma característica própria e
relativamente distinta. Porém, como início dos trabalhos, foi focada a área que poderia alcançar a
maior quantidade de efetivo possível das Corporações, ou seja, policiamento preventivo
ordinário, realizado em todas unidades operacionais das Policias Militares.
Devido ao tempo exíguo para abrangência maior ao trabalho, ficou estabelecido uma
grade curricular mínima, nos padrões exigidos pelo Departamento de Produção do
Conhecimento, Analise da Informação e Desenvolvimento de Pessoal (DEPAID) / Secretaria
Nacional de Segurança Pública, no que se refere a um Curso e um Estágio para ser ministrado
aos policiais que estarão atuando no policiamento preventivo com emprego de motos.
Foi construído a institucionalização de um curso com cerca de 180 (cento e oitenta)
horas, com duração estimada em 03 (três) semanas, baseado no vasto conhecimento na área de
treinamento e capacitação de todos os integrantes do Grupo de Trabalho, e, visa propiciar aos
profissionais de segurança pública, competências necessárias para atuar nessa modalidade de
policiamento com segurança. Sendo as disciplinas e carga horária descrita a seguir:
Disciplinas / Docentes / Carga Horária:
Disciplinas Docentes CH
Direitos Humanos Aplicados a Função Policial 01 04
Legislação Aplicada a Atividade Policial 01 02
Técnicas e Tecnologia de Menor Potencial Ofensivo 01 08
Noções de Mecânica 01 05
Pilotagem Rápida Defensiva 02 70
Procedimento Operacional Padrão Motociclístico 02 50
Gerenciamento de Crises 01 06
Suporte Básico a Vida 01 04
32
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Tiro na Preservação da Vida Aplicados ao Motopatrulhamento 02 15
Treinamento Físico Policial 01 16
TOTAL 13 180
Nessa mesma vertente, e seguindo a grade do Curso, foi institucionalizado um Estágio a
ser destinado aos policiais que necessitam estar atualizando o conhecimento adquirido nos
Cursos específicos ou àqueles profissionais que não tiveram oportunidade de estar freqüentando
um Curso, mas que necessita de um treinamento especializado, até a realização do Curso padrão,
instituído por cada Corporação. O referido estágio possui uma carga horária de 60 (sessenta)
horas / aulas, distribuídas conforme a tabela a seguir:
Disciplinas / Docentes / Carga Horária:
Disciplinas Docentes CH
Direitos Humanos Aplicados a Função Policial 01 02
Legislação Aplicada a Atividade Policial 01 02
Noções de Mecânica 01 02
Técnicas e Tecnologia de Menor Potencial Ofensivo 01 06
Pilotagem Rápida Defensiva 02 25
Procedimento Operacional Padrão Motociclístico 02 18
Gerenciamento de Crises 01 02
Suporte Básico a Vida 01 02
TOTAL 10 60
Vislumbrando a necessidade de estipular uma padronização nacional, é salutar que a
Secretaria Nacional de Segurança Pública através de seus Departamentos competentes, estejam
imbuídos no planejamento de mecanismos eficientes de difusão dos conhecimentos pertinentes e
necessários aos profissionais dos órgãos de segurança pública, para dar prosseguimento às
sugestões emanadas dos especialistas do Grupo de Trabalho constituído no III Fórum Nacional
dos Gabinetes de Gestão Integrada.
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Programas e Projetos
PROCEDIMENTO OPERACIONAL
Como mencionado anteriormente, a prevenção ao delito com emprego de motocicletas,
deve necessariamente passar por vários contextos já mencionados anteriormente em outros
tópicos. Sendo o treinamento, capacitação e procedimento operacional, importantíssimos para
eficiência e eficácia dos órgãos de segurança pública quando for empregar motocicletas para
atividade de prevenção a criminalidade.
Mencionamos anteriormente, sobre o “modus operandis” de criminosos que utilizam
motocicletas para cometimento de crimes nos municípios brasileiros, verificando-se uma
expertise no emprego desses veículos e de técnicas de utilização de passageiro (garupa) para
concretização do ato delituoso, sendo realidade em vários municípios brasileiros. Vislumbrando
essa realidade atual, o grupo de trabalho propôs alguns procedimentos operacionais para servir
como orientação aos órgãos de segurança pública.
Nessa ótica, foram concebidos procedimentos operacionais para abordagem policial com
emprego de garupa (segurança) com no mínimo 03 policiais e 02 motocicletas, que fornece uma
maior segurança ao policial no momento das abordagens a indivíduos em atitude suspeita,
corriqueira em qualquer localidade do país, porém, demanda um efetivo maior. O Grupo
entendeu como necessário criar procedimentos operacionais para emprego de 02 (duas)
motocicletas e 02 (dois) policiais, sem a utilização de garupa (segurança), que utiliza uma
quantidade menor de efetivo, porém, com segurança reduzida, devendo ser definido por cada
Corporação, os procedimentos a serem adotados, de acordo com as realidades e peculiaridades
de cada Corporação em suas regionalidades.
No que tange aos procedimentos operacionais a serem sugeridos às unidades de
policiamento preventivo de recobrimento (tático) e de policiamento rodoviário, ficou evidente a
necessidade de dar continuidade às iniciativas da SENASP/MJ, de forma a constituir esses
parâmetros em conjunto com os órgãos de segurança pública no Brasil.
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Programas e Projetos
Procedimentos Operacionais com emprego de 03 (três) policiais e 02 (duas)
motocicletas
NOME DO PROCESSO: POLICIAMENTO OSTENSIVO COM MOTOS
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Armamentos, instrumentos de menor potencial ofensivo e equipamentos de uso individual
(conforme Doutrina Nacional);
2. Capacete modular (Figura 1).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência Conforme POP específico
Deslocamento para o local da ocorrência Conforme POP específico
Chegada ao local da ocorrência Conforme POP específico
Adoção de medidas específicas Abordagem a veículo sob fundada suspeita
Condução da (s) parte (s) Conforme POP específico
Apresentação da ocorrência na repartição pública
competente
Conforme POP específico
Encerramento da ocorrência Conforme POP específico
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO
Necessidade de ação preventiva Artigo 144, caput da Constituição Federal- CF
Poder de polícia Art 78 do Código Tributário Nacional – CTN
Busca pessoal Art 244 do Código de Processo Penal – CPP
Busca pessoal em mulheres Art 249 do Código de Processo Penal – CPP
Uso de algemas Súmula Vinculante nº 11 Supremo Tribunal Federal – STF
Condução das partes
Art. 5º, inciso LXI da Constituição Federal
Art 178 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Não cooperação por parte da
pessoa a ser abordada
Desobediência (art. 330), desacato (art. 331) e resistência
(art. 329) do Código Penal;
Art. 68 das Contravenções Penais (Dec. Lei 3688/41).
Figura 1
Capacete modular
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Programas e Projetos
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PROCESSO: POLICIAMENTO OSTENSIVO COM MOTOS
PROCEDIMENTO
Abordagem a automóvel com 03 policiais militares e duas
motocicletas
ESTABELECIDO EM:
REVISADO EM: Nº DA REVISÃO:
REPONSÁVEL: Comandante da guarnição
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada na abordagem;
2. Desembarque dos ocupantes do veículo abordado.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Compor a guarnição (Esclarecimento item 1 e figura 1);
2. Visualizar o veículo em atitude suspeita (Ação corretiva nº 1);
3. Aproximar a motocicleta do P1 (comandante) a 45º (quarenta e cinco graus) da lanterna
direita do veículo abordado;
4. Aproximar a motocicleta do P2 (piloto do garupa) a 45º (quarenta e cinco graus) da lanterna
esquerda do veículo abordado;
5. Sinalizar, o P2, com um toque na sirene, luz intermitente vermelha e uma troca de luz alta e
baixa;
6. Posicionar a guarnição aproximadamente a 5m (cinco metros) da retaguarda do veículo a
ser abordado;
7. Desligar as motocicletas engrenadas, através do botão de interrupção do funcionamento do
motor;
8. Desmontar com o armamento na posição sul, P1 (comandante) e P3 homem (garupa), após
a imobilização do veículo, em seguida o P2, o qual se preocupará com a segurança da
retaguarda (Figura 2 e ação corretiva nº 2);
9. Verbalizar, o P1: “Polícia! Desligue o veículo!” “Desça(m) com as mãos para cima!”;
10. Determinar ainda aos abordados: “Venha(m) para trás do veículo! Coloque(m) as mãos
sobre a parte traseira do veículo!” “Afaste(m) as pernas uma da outra! Olhe(m) para
frente!” (Ações corretivas nº 3 e 4);
11. Proceder o fatiamento, o P1, de forma a visualizar se existe ou não algum indivíduo no
interior do veículo, perguntando antes: “Existe mais alguém dentro do veículo!?” (Ações
corretivas nº 5 e 6);
12. Coldrear o armamento e realizar a busca pessoal, o P3, tendo como segurança o P1
(Figuras 4 e 5);
13. Coldrear o armamento, toda a guarnição, após a busca pessoal (Figura 6);
14. Posicionar os abordados no lado direito de seu veículo (calçada); (Ação corretiva )
15. Posicionar os abordados a esquerda do P1 e a direita do P3;
16. Retirar o capacete, P2 homem, acomodar no retrovisor direito de sua motocicleta e colocar
sua cobertura;
17. Recolher, o P3, o capacete do comandante e retirar o seu, acomodando-os em suas
respectivas motocicletas;
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Programas e Projetos
18. Colocar, imediatamente, o comandante e o garupa, suas coberturas;
19. Solicitar, o P1, a documentação pessoal e do veículo abordado;
20. Recolher a documentação, o P1, realizando os questionamentos e verificações iniciais;
21. Permanecer, o P3, a direita do comandante na função de segurança;
22. Entregar, o P1, a documentação ao P3 e determinar que este proceda à busca e identificação
veicular e consulta(s) junto ao Centro de Operações;
23. Entregar, o P3, após os trabalhos, toda documentação ao P1, repassando-lhe toda alteração
verificada (caso haja);
24. Realizar, o P1, a devolução dos documentos ao(s) seu(s) respectivo(s) proprietário(s);
25. Liberar, o P1, o(s) abordado(s) com cordialidade, aguardando a saída do(s) mesmo(s) do
local, em segurança.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que as pessoas em atitudes suspeitas sejam identificadas;
2. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnição, transeuntes e
abordados;
3. Que a guarnição esteja preparada para uma possível reação externa ou dos abordados;
4. Que cada policial se exponha o mínimo possível;
5. Que os policiais sejam respeitosos durante todo o procedimento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja superioridade numérica no veículo a ser abordado, solicitar apoio (Sequência das
ações nº 1);
2. Caso haja fluxo intenso de veículos na faixa da esquerda P3 deve se posicionar entre as
motocicletas, à esquerda do P2 (Figura 3 e sequência das ações nº 8);
3. Caso o veículo seja de 02 (duas) portas e tenha sua visibilidade interna comprometida, o P1
deve determinar a um dos ocupantes: “Levante o encosto do banco! Deixe a porta
aberta! Vá para a traseira do veículo!” (Sequência das ações nº 10 e POP 103.01);
4. Caso o veículo seja de 04 (quatro) portas e tenha sua visibilidade interna comprometida:
“Motorista feche sua porta!” e a um dos ocupantes: “Deixe sua porta aberta! Abra a
porta traseira! Vá para a traseira do veículo!” (Sequência das ações nº 10);
5. Caso perceba a falta de segurança para a execução do fatiamento, o PM deverá redobrar a
cautela e recorrer às técnicas de progressão, tomada de barricada ou redução de silhueta e
olhada rápida (Sequência das ações nº 11);
6. Caso seja constatada a presença de outra(s) pessoa(s) no interior do veículo, quando do
fatiamento ou averiguação, o comandante deverá determinar: “Desça(m) com as mãos
para cima!”, “Se posicione(m) ao lado dos demais!” (Sequência das ações nº 11);
7. Caso no transcorrer da abordagem, o abordado comporte-se de maneira não cooperativa
(resistência passiva ou ativa), adotar o uso seletivo da força;
8. Caso o veículo abordado venha a evadir, iniciar acompanhamento e solicitar apoio para
cerco.
9. Caso o veículo a ser abordado pare do lado esquerdo da via, os abordados serão
posicionados na calçada do lado esquerdo de seu veículo ficando a direita do P1 e a
esquerda do P3; (Sequência de Ação 14)
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POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Designar um policial militar canhoto para função de garupa;
2. Não sinalizar corretamente para determinar a parada do veículo a ser abordado;
3. Posicionar incorretamente a(s) motocicleta(s) no momento da abordagem;
4. Agir isoladamente;
5. Posicionar incorretamente o(s) abordado(s);
6. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo procedimento;
7. Conversar, o P3, com os abordados;
8. Agir desordenadamente.
ESCLARECIMENTOS:
Item 1(Sequência das ações nº 1):
Compor a guarnição:
P1: comandante da guarnição (responsável pela escrituração);
P2: piloto do garupa (escriturário da guarnição);
P3: garupa (a arma ficará fora do coldre, em contato com a parte lateral da coxa, obedecendo às
regras do dedo fora do gatilho e controle de cano).
Figura 1:
Figura 2 (Sequência das ações nº 8): Desembarque da guarnição
P1P2
P3
P1
P2
5 metros
P3
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Figura 3 (Ação corretiva nº 2): Desembarque da guarnição com fluxo intenso de veículos na faixa da
esquerda
Figura 4 (Sequências das ações nº 12 e 13): Busca pessoal e movimentação da guarnição
M: motorista;
P: Passageiro.
P1
P2
P3
P1
º P3
º
P2
º
5 metros
M P
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Figura 5 (Sequências das ações nº 11 e 12):
Busca pessoal e movimentação da guarnição
Figura 6 (Sequências das ações nº 15 e 16):
Posicionar os abordados do lado direito de seu veículo
P1
P2
P3
5 metros
M
P
P1
P3
P2
5 metros
M P
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PROCESSO POLICIAMENTO OSTENSIVO COM MOTOS
PROCEDIMENTO
Abordagem a motocicleta ou similar com 03 policiais militares e 02
motos
ESTABELECIDO EM:
REVISADO EM: Nº DA REVISÃO:
REPONSÁVEL: Comandante da guarnição
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada na abordagem;
2. Imobilização do veículo abordado;
3. Desembarque dos ocupantes do veículo abordado.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Compor a guarnição (Esclarecimento item 1);
2. Visualizar o veículo em atitude suspeita (Ação corretiva nº 1);
3. Posicionar a arma, o P3 (garupa), em pronto baixo;
4. Aproximar a motocicleta do P2 (piloto do garupa) pela diagonal a 45º (quarenta e cinco graus), à
esquerda e a 3m (três metros) do veículo abordado (Figura 1);
5. Aproximar a motocicleta do P1 (comandante) à retaguarda e a 5m (cinco metros) do veículo
abordado (Figura 1);
6. Sinalizar, o P2, com um toque na sirene, luz intermitente vermelha e uma troca de luz alta e baixa;
7. Verbalizar, o P3, “Polícia! Pare a motocicleta!”;
8. Desligar as motocicletas engrenadas, através do botão de interrupção do funcionamento do motor;
9. Verbalizar, o P3, “Passageiro coloque as mãos na nuca!”. “Piloto desligue o veículo e coloque as
mãos na nuca!”;
10. Desmontar, o P1, simultaneamente à verbalização do P3, com o armamento na posição sul e
posicionar à direita de sua motocicleta (Figura 2);
11. Desmontar com o armamento na posição sul, o P3, e posicionar a esquerda de sua motocicleta
(Figura 2 e ação corretiva nº 2);
12. Desmontar com o armamento na posição sul, o P2, e posicionar entre as motocicletas, preocupando-
se com a segurança de retaguarda (Figura 2);
13. Verbalizar, o comandante, “Passageiro desça do veículo!” e “Piloto desça do veículo!”;
14. Posicionar os abordados no lado direito de seu veículo (calçada);
15. Determinar aos abordados que coloquem suas mãos na parede, na falta desta os abordados devem
permanecer com as mãos na nuca e entrelaçar os dedos;
16. Manter a formação em leque, durante o deslocamento dos abordados (Figura 4);
17. Coldrear o armamento e realizar a busca pessoal, o P3, tendo como segurança o P1;
18. Determinar a retirada dos capacetes, o P3, e a entrega um por vez, realizando a verificação interna e
acomodação do(s) capacete(s) no(s) retrovisor(es) da motocicleta (Ação corretiva nº 3);
19. Coldrear o armamento, toda a guarnição, após a busca pessoal;
20. Posicionar, o P1, do lado direito do(s) abordado(s);
21. Posicionar, P3 (garupa), do lado esquerdo do(s) abordado(s);
41
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22. Determinar aos abordados que voltem sua frente para a via com as mãos para trás;
23. Retirar o capacete, o P2, acomodar no retrovisor direito de sua motocicleta e colocar sua cobertura;
26. Recolher, o P3, o capacete do comandante e retirar o seu, acomodando-os em suas respectivas
motos;
24. Colocar imediatamente, o P1 e P3, suas coberturas;
25. Solicitar, o P1, a documentação pessoal e do veículo;
26. Recolher a documentação, o P1, realizando os questionamentos e verificações iniciais;
27. Permanecer, o P3, a direita do comandante na função de segurança;
28. Entregar, o P1, a documentação ao P3 e determinar que este proceda à busca e identificação veicular
e consulta(s) junto ao Centro de Operações;
29. Entregar, o P3, após os trabalhos, toda documentação ao P1, repassando-lhe toda alteração
verificada (caso haja);
30. Realizar, o P1, a devolução dos documentos ao(s) seu(s) respectivo(s) proprietário(s);
31. Liberar, o P1, o(s) abordado(s) com cordialidade, aguardando a saída do(s) mesmo(s) do local, em
segurança.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que as pessoas em atitudes suspeitas sejam identificadas;
2. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnição, os transeuntes e os abordados;
3. Que a guarnição esteja preparada para uma possível reação dos abordados ou externa;
4. Que cada policial se exponha o mínimo possível;
5. Que os policiais sejam respeitosos durante todo o procedimento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja superioridade numérica no veículo a ser abordado, solicitar apoio (Sequência das ações nº
1);
2. Caso haja fluxo intenso de veículos na faixa da esquerda o P3 deve se posicionar a direita de sua
motocicleta e a esquerda do P2 (Figura 3 e sequência das ações nº 11);
3. Caso a motocicleta abordada não possua retrovisor(es) acomodar o(s) capacete(s) em um local
seguro (Sequência das ações nº 19 e possibilidades de erro nº 15 e 16);
4. Caso no transcorrer da abordagem, o abordado comporte-se de maneira não cooperativa (resistência
passiva ou ativa), adotar o uso seletivo da força;
5. Caso o garupa não tenha a possibilidade de anotar os dados em deslocamento, a guarnição deve
parar as motocicletas, uma ao lado da outra, paralelas ao meio fio. Devendo o garupa desmontar,
para ficar na função de segurança geral, sendo a anotação executada pelo P2;
6. Caso o veículo abordado venha a evadir, iniciar acompanhamento e solicitar apoio para cerco.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Designar um policial militar canhoto para função de garupa;
2. Posicionar incorretamente a(s) motocicleta(s) no momento da abordagem;
3. Agir isoladamente;
4. Posicionar incorretamente o(s) abordado(s);
5. Acomodar o(s) capacete(s) do(s) abordado(s) no chão (Sequência das ações nº 19 e ação corretiva nº
3);
6. Deixar o(s) capacete(s) do(s) abordado(s) cair(em) (Sequência das ações nº 19 e ação corretiva nº
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3);
7. Agir desordenadamente.
ESCLARECIMENTOS:
Item 1 (Sequência das ações nº 1):
Compor a guarnição:
P1: comandante da guarnição (responsável pela escrituração);
P2: piloto do garupa (escriturário da guarnição);
P3: garupa (a arma ficará fora do coldre, em contato com a parte lateral da coxa, obedecendo às regras do
dedo fora do gatilho e controle de cano).
Figura 1 (Sequências das ações nº 4 e 5):
Figura 2 (Sequências das ações nº 10, 11 e 12): Desembarque da guarnição
3 metros
5 metros
P1
P2
P3
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Figura 3 (Ação corretiva nº 2): Desembarque da guarnição com fluxo intenso de veículos na faixa da
esquerda
Figura 4 (Sequência das ações nº 16): Manter a formação em leque, durante o deslocamento dos
abordados
m
M1: piloto;
M2: passageiro.
P1
P2
P3
P1
P2
P3
M2
M1
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Figura 5 (Sequência das ações nº 17 e 18):
Busca pessoal e movimentação da guarnição
Figura 6 (Sequência das ações nº 17 e 18):
Busca pessoal e movimentação da guarnição
P1
P3
P2
A2
A1
P1
P3
P2
A2
A1
45
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PROCESSO POLICIAMENTO OSTENSIVO COM MOTOS
PROCEDIMENTO Abordagem a pessoa com 03 policiais militares e 02 motos
ESTABELECIDO EM:
REVISADO EM: Nº DA REVISÃO:
REPONSÁVEL: Comandante da guarnição
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada na abordagem;
2. Verbalização;
3. Desembarque da guarnição.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
01. Compor a guarnição (Esclarecimento item 1);
02. Visualizar a pessoa em atitude suspeita (Ação corretiva nº 1);
03. Posicionar a arma, o P3 (garupa), em pronto baixo;
04. Aproximar a motocicleta do P2 (piloto do garupa) pela diagonal a 45º (quarenta e cinco graus), à
esquerda e a 5m (cinco metros) da pessoa a ser abordada (Figura 1);
05. Aproximar a motocicleta do P1 (comandante) à lateral da motocicleta do P2 e a 5m (cinco metros)
da(s) pessoa(s) a ser abordada(s) (Figura 1);
06. Sinalizar, o P2, com luz intermitente vermelha;
07. Verbalizar, o P3, “Polícia! Parado! Coloque(m) as mãos para cima!”;
08. Desligar as motocicletas engrenadas, através do botão de interrupção do funcionamento do motor;
09. Desmontar, o P1, simultaneamente à verbalização do P3, determinando: “Se dirija(m) para cima
da calçada e coloque(m) as mãos na nuca! Entrelacem os dedos!”; (Figura 2);
10. Desmontar com o armamento na posição sul, o P3, e posicionar a esquerda de sua motocicleta
(Figura 2 e ação corretiva nº 2);
11. Desmontar com o armamento na posição sul, o P2, e posicionar entre as motocicletas,
preocupando-se com a segurança de retaguarda (Figura 2);
12. Determinar ao(s) abordado(s) que coloquem suas mãos na parede, na falta desta os abordados
devem permanecer com as mãos na nuca e entrelaçar os dedos;
13. Manter a formação em leque, durante o deslocamento dos abordados (Figura 3);
14. Coldrear o armamento e realizar a busca pessoal, o P3, tendo como segurança o P1;
15. Coldrear o armamento, toda a guarnição, após a busca pessoal;
16. Posicionar, o P1, do lado direito do(s) abordado(s);
17. Posicionar, P3 (garupa), do lado esquerdo do(s) abordado(s);
18. Determinar ao(s) abordado(s) que voltem sua frente para a via com as mãos para trás;
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19. Retirar o capacete, o P2, acomodar no retrovisor direito de sua motocicleta e colocar sua cobertura;
27. Recolher, o P3, o capacete do comandante e retirar o seu, acomodando-os em suas respectivas
motos;
20. Colocar imediatamente, o P1 e P3, suas coberturas;
21. Solicitar, o P1, a documentação pessoal e do veículo;
22. Recolher a documentação, o P1, realizando os questionamentos e verificações iniciais;
23. Permanecer, o P3, a direita do comandante na função de segurança;
24. Entregar, o P1, a documentação ao P3 e determinar que este proceda consulta(s) junto ao Centro de
Operações;
25. Entregar, o P3, após os trabalhos, toda documentação ao P1, repassando-lhe toda alteração
verificada (caso haja);
26. Realizar, o P1, a devolução dos documentos ao(s) seu(s) respectivo(s) proprietário(s);
27. Liberar, o P1, o(s) abordado(s) com cordialidade, aguardando a saída do(s) mesmo(s) do local, em
segurança.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que as pessoas em atitudes suspeitas sejam identificadas;
2. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnição, os transeuntes e os abordados;
3. Que a guarnição esteja preparada para uma possível reação do(s) abordado(s) ou externa;
4. Que cada policial se exponha o mínimo possível;
5. Que os policiais sejam respeitosos durante todo o procedimento.
AÇÕES CORRETIVAS
01 Caso haja superioridade numérica das pessoas a serem ser abordadas, solicitar apoio (Sequência das
ações nº 1);
02 Caso haja fluxo intenso de veículos na faixa da esquerda o P3 deve se posicionar a direita de sua
motocicleta e a esquerda do P2 (Figura 3 e sequência das ações nº 11);
03 Caso no transcorrer da abordagem, o abordado comporte-se de maneira não cooperativa (resistência
passiva ou ativa), adotar o uso seletivo da força;
04 Caso o garupa não tenha a possibilidade de anotar os dados em deslocamento, a guarnição deve
parar as motocicletas, uma ao lado da outra, paralelas ao meio fio. Devendo o garupa desmontar,
para ficar na função de segurança geral, sendo a anotação executada pelo P2;
05 Caso o veículo abordado venha a evadir, iniciar acompanhamento e solicitar apoio para cerco.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Designar um policial militar canhoto para função de garupa;
2. Posicionar incorretamente a(s) motocicleta(s) no momento da abordagem;
3. Agir isoladamente;
4. Posicionar incorretamente o(s) abordado(s);
5. Agir desordenadamente.
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Figura 1 (Sequências das ações nº 4 e 5):
A1: Abordado 01
Figura 2 (Sequências das ações nº 09, 10, e 11): Desembarque da guarnição
Figura 3 (Sequência das ações nº 13): Manter a formação em leque, durante o deslocamento do(s)
abordado(s)
5 metros
5 metros
A1
P1
P2
P3
A1
P1
P2
P3
A1
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PROCESSO: POLICIAMENTO OSTENSIVO COM MOTOS
PROCEDIMENTO: Ponto de estacionamento e patrulhamento para as motocicletas
ESTABELECIDO EM:
REVISADO EM: Nº DA REVISÃO:
REPONSÁVEL: Comandante da guarnição
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Parada dos veículos;
2. Período de permanência no local;
3. Embarque nos veículos.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Desmontar da motocicleta, o P3 (garupa), e manter a segurança dos demais membros da guarnição;
2. Estacionar as motocicletas, uma ao lado da outra, perpendiculares à guia da calçada, com a frente
voltada para a pista de rolamento, com os guidões rebatidos igualmente e com as chaves no painel,
na posição desligado;
3. Posicionar, os policiais militares da guarnição, um ao lado do outro com as frentes voltadas para a
pista de rolamento;
4. Acomodar os capacetes nos retrovisores do lado direito, excetuando o do P3, que utilizará o
retrovisor esquerdo de sua motocicleta;
5. Iniciar, o P1, o processo de retorno ao patrulhamento, determinando ao P3 que coloque o capacete;
6. Colocar o capacete, o P3, e retornar para função de segurança da guarnição;
7. Colocar os capacetes, o restante da guarnição;
8. Montar e acionar suas motocicletas, os pilotos da guarnição;
9. Montar na garupa da motocicleta o P3;
10. Retornar ao patrulhamento em deslocamento (Ação corretiva nº 1).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o local utilizado para o estacionamento seja de boa visibilidade e seguro;
2. Que cada policial se exponha o mínimo possível;
3. Que os policiais, no ponto de estacionamento, mantenham uma postura padronizada.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso a guarnição tenha que parar por um tempo mais prolongado, o 3º homem devera desmontar e
fazer a segurança do perímetro, mantendo a arma coldreada e empunhada (Sequência das ações nº
10);
2. Caso a motocicleta seja dotada de porta objetos (baú), não destinada-lá para condução do 3o
homem.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Posicionar incorretamente a(s) motocicleta(s) quando do ponto de estacionamento;
2. Ficar sem cobertura durante o ponto de estacionamento;
3. Posicionar desordenadamente;
4. Deixar as motocicletas sozinhas.
49
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Segurança Pública
Ministério da Justiça Departamento de Políticas,
Programas e Projetos
Procedimentos Operacionais com emprego de 02 (dois) policiais e 02 (duas) motocicletas
SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA
PROCESSO POLICIAMENTO OSTENSIVO COM MOTOS
PROCEDIMENTO Abordagem a automóvel com 02 policiais militares e duas motocicletas
ESTABELECIDO EM:
REVISADO EM: Nº DA REVISÃO:
REPONSÁVEL: Comandante da guarnição
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada na abordagem;
2. Desembarque dos ocupantes do veículo abordado.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Compor a guarnição (Esclarecimento item 1 e figura 1);
2. Visualizar o veículo em atitude suspeita, com pessoa(s) em seu interior em atitude(s) suspeita(s), por
algum integrante da patrulha (Ação corretiva nº 1);
3. Informar a sala de operações do local da abordagem e o veículo que irá proceder a abordagem;
4. O patrulheiro que visualizou o veículo suspeito, alertará o outro, a respeito do veículo, através de
um sinal convencionado; geralmente buzina.
5. Dirigir-se-á, a patrulha, até o veículo, abordando pela parte traseira.
6. Aproximar a motocicleta do P1 (comandante) a 45º (quarenta e cinco graus) da lanterna direita do
veículo abordado;
7. Aproximar a motocicleta do P2 (patrulheiro) a 45º (quarenta e cinco graus) da lanterna esquerda do
veículo abordado;
8. Sinalizar, o P2, com um toque na sirene, luz intermitente vermelha e uma troca de luz alta e baixa;
9. Este deslocamento até o veículo suspeito deverá efetuar-se com máxima atenção, segurança e
planejamento.
10. Este veículo suspeito deverá estar no mesmo sentido da direção.
11. Posicionar a guarnição aproximadamente a 5m (cinco metros) da retaguarda do veículo a ser
abordado;
12. Com um sinal de advertência com a sirene, a dupla sinalizará, para que o veículo pare.
13. Esta parada deve ser em lugar seguro, junto ao meio fio e evitando pessoas próximas.
14. Parar as motocicletas com motor preferencialmente ligados, se for possível, haja vista que se a
moto parar desengata em locais com aclive ou declive, poderá cair, colocando em risco a guarnição
no momento crítico da abordagem;
15. O comandante da patrulha, bem como o patrulheiro, permanecerão empunhando a arma na posição
sul;
16. O Comandante da patrulha determinará – O CONDUTOR DESLIGUE O VEICULO –
DESÇAM TODOS OS OCUPANTES DO VEÍCULO – TODOS SE POSTEM ATRÁS DO
VEÍCULO COM AS MÃOS NO PORTA MALAS;
17. Determinar ainda aos abordados: “Afaste(m) as pernas uma da outra! Olhe(m) para frente!”
(Ações corretivas nº 3 e 4);
18. Proceder o fatiamento, o P1, de forma a visualizar se existe ou não algum indivíduo no interior do
veículo, perguntando antes: “Existe mais alguém dentro do veículo!?” (Ações corretivas nº 5 e 6);
19. Coldrear o armamento e realizar a busca pessoal, o patrulheiro, tendo como segurança o
Comandante (Figuras 4 e 5);
50
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Programas e Projetos
20. Coldrear o armamento, a guarnição, após a busca pessoal;
21. Posicionar os abordados no lado direito de seu veículo (calçada); (Ação corretiva )
22. Posicionar os abordados a esquerda do Comandante;
23. Retirar o capacete, Patrulheiro, acomodar no retrovisor direito de sua motocicleta e colocar sua
cobertura;
24. Recolher, o capacete do comandante e retirar o seu, acomodando-os em suas respectivas
motocicletas;
25. O Comandante irá solicitar a documentação pessoal e do veículo abordado;
26. Recolher a documentação, realizando os questionamentos e verificações iniciais, vistos pelo
comandante;
27. O patrulheiro irá proceder a busca no interior do veículo e embrulhos que estiverem no veículo;
28. O Comandante, entrega, ao patrulheiro a documentação para que este proceda a verificação e
identificação veicular e consulta(s) junto ao COPOM;
29. Após os trabalhos, toda alteração verificada (caso haja) deve ser informada ao Comandante da
patrulha;
30. O Comandante deverá realizar a devolução dos documentos ao(s) seu(s) respectivo(s)
proprietário(s);
31. O Comandante liberará o(s) abordado(s) com cordialidade, aguardando a saída do(s) mesmo(s) do
local, em segurança.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que as pessoas em atitudes suspeitas sejam identificadas;
2. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnição, transeuntes e abordados;
3. Que a guarnição esteja preparada para uma possível reação externa ou dos abordados;
4. Que cada policial se exponha o mínimo possível;
5. Que os policiais sejam respeitosos durante todo o procedimento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja superioridade numérica no veículo a ser abordado, solicitar apoio (Sequência das ações nº
1);
2. Caso haja fluxo intenso de veículos na faixa da esquerda deve se posicionar em local seguro e
acostamento;
3. Caso o veículo seja de 02 (duas) portas e tenha sua visibilidade interna comprometida, o
Comandante deve determinar a um dos ocupantes: “Levante o encosto do banco! Deixe a porta
aberta! Vá para a traseira do veículo!” (Sequência das ações nº 10 e POP 103.01);
4. Caso o veículo seja de 04 (quatro) portas e tenha sua visibilidade interna comprometida: “Motorista
feche sua porta!” e a um dos ocupantes: “Deixe sua porta aberta! Abra a porta traseira! Vá
para a traseira do veículo!” (Sequência das ações nº 10);
5. Caso perceba a falta de segurança para a execução do fatiamento, o PM deverá redobrar a cautela e
recorrer às técnicas de progressão, tomada de barricada ou redução de silhueta e olhada rápida
(Sequência das ações nº 11);
6. Caso seja constatada a presença de outra(s) pessoa(s) no interior do veículo, quando do fatiamento
ou averiguação, o comandante deverá determinar: “Desça(m) com as mãos para cima!”, “Se
posicione(m) ao lado dos demais!” (Sequência das ações nº 11);
7. Caso no transcorrer da abordagem, o abordado comporte-se de maneira não cooperativa (resistência
passiva ou ativa), adotar o uso seletivo da força;
8. Caso o veículo abordado venha a evadir, iniciar acompanhamento e solicitar apoio para cerco.
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9. Caso a abordagem for em subida ou descida, as motocicletas deveram se desligadas e engatadas;
10. Caso o veículo a ser abordado pare do lado esquerdo da via, os abordados serão posicionados na
calçada do lado esquerdo de seu veículo ficando a direita do Comandante e a esquerda do
Patrulhiero; (Sequência de Ação 14)
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não sinalizar corretamente para determinar a parada do veículo a ser abordado;
2. Não informar ao centro de operações, a abordagem e o local que está sendo efetuado;
3. Posicionar incorretamente a(s) motocicleta(s) no momento da abordagem;
4. Agir isoladamente;
5. Posicionar incorretamente o(s) abordado(s);
6. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo procedimento;
7. Conversar, discutir ou travar bate boca, com os abordados;
8. Agir desordenadamente.
ESCLARECIMENTOS:
Item 1(Sequência das ações nº 1):
Compor a guarnição:
P1: comandante da guarnição (responsável pela guarnição);
P2: piloto patrulheiro (escriturário da guarnição);
Figura 1:
Figura 2: Desembarque da guarnição
P2P1
P1
5 metros
P2
52
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Figura 3: Busca pessoal e movimentação da guarnição
M: motorista;
P: Passageiro.
Figura 4: Busca pessoal e movimentação da guarnição
P1
º P2
º
5 metros
M P
P1
P2
5 metros
M P
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Figura 5: Posicionar os abordados do lado direito de seu veículo
P1
P2
5 metros
M
P
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PROCESSO POLICIAMENTO OSTENSIVO COM MOTOS
PROCEDIMENTO
Abordagem a motocicleta ou similar com 02 policiais militares e 02
motos
ESTABELECIDO EM:
REVISADO EM: Nº DA REVISÃO:
REPONSÁVEL: Comandante da guarnição
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada na abordagem;
2. Imobilização do veículo abordado;
3. Desembarque dos ocupantes do veículo abordado.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
01. Compor a guarnição (Esclarecimento item 1);
02. Visualizar o veículo em atitude suspeita (Ação corretiva nº 1);
03. Informar a sala de operações do local da abordagem e o veículo que irá proceder a abordagem;
04. Aproximar as motocicletas em posição de triângulo da moto a ser abordado, sendo o comandante a
esquerda e o patrulheiro a direita e a frente o suspeito;
05. Aproximar a motocicleta do P1 (comandante) à retaguarda e a 5m (cinco metros) do veículo
abordado (Figura 1);
06. Sinalizar, o P2, com um toque na sirene, luz intermitente vermelha e uma troca de luz alta e baixa;
07. Verbalizar, o P1, “Polícia! Pare a motocicleta!”;
08. Parar as motocicletas com motor ligado, se for possível, haja vista que se a moto parar desengatada
em locais com aclive ou declive, poderá cair, colocando em risco a guarnição no momento crítico da
abordagem;
09. Verbalizar, “Passageiro, desça da motocicleta e coloque as mãos em cima do banco!”, e fique ao
lado direito. “Piloto desligue o veículo, desça e coloque as mãos no banco!” e fique ao lado
esquerdo;
10. Desmontar, após o desembarque dos abordados simultaneamente o patrulheiro e cmt, com o
armamento na posição sul e posicionar à esquerda de sua motocicleta (Figura 2);
11. O patrulheiro irá proceder na busca pessoal no passageiro primeiramente, com a arma coldreada;
12. Posterior irá proceder com o condutor;
13. Posicionar os abordados no lado direito de seu veículo (calçada);
14. Posicionar, o comandante, do lado direito do(s) abordado(s);
15. Determinar aos abordados que voltem sua frente para a via com as mãos para trás;
16. Retirar o capacete, patrulheiro e acomodar no retrovisor direito de sua motocicleta e colocar sua
cobertura;
17. Recolher, o capacete do comandante e retirar o seu, acomodando-os em suas respectivas motos;
18. Colocar imediatamente suas coberturas;
19. Solicitar, através do Comandante, a documentação pessoal e do veículo;
20. Recolher a documentação, realizando os questionamentos e verificações iniciais;
21. O comandante entregará a documentação ao patrulheiro e determinar que este proceda à busca e
identificação veicular e consulta(s) junto ao Centro de Operações;
22. Entregar, o patrulheiro, após os trabalhos, toda documentação ao Comandante, repassando-lhe toda
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alteração verificada (caso haja);
23. Realizar, o Comandante, a devolução dos documentos ao(s) seu(s) respectivo(s) proprietário(s);
24. Liberar, o P1, o(s) abordado(s) com cordialidade, aguardando a saída do(s) mesmo(s) do local, em
segurança.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que as pessoas em atitudes suspeitas sejam identificadas;
2. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnição, os transeuntes e os
abordados;
3. Que a guarnição esteja preparada para uma possível reação dos abordados ou externa;
4. Que cada policial se exponha o mínimo possível;
5. Que os policiais sejam respeitosos durante todo o procedimento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja superioridade numérica no veículo a ser abordado, solicitar apoio (Sequência das ações nº
1);
2. Caso haja fluxo intenso de veículos na faixa, deve-se procurar um acostamento ou um local mais
reservado;
3. Caso a motocicleta abordada não possua retrovisor(es) acomodar o(s) capacete(s) em um local
seguro (Sequência das ações nº 19 e possibilidades de erro nº 15 e 16);
4. Caso no transcorrer da abordagem, o abordado comporte-se de maneira não cooperativa (resistência
passiva ou ativa), adotar o uso seletivo da força;
5. Caso o veículo abordado venha a evadir, iniciar acompanhamento e solicitar apoio para cerco.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Posicionar incorretamente a(s) motocicleta(s) no momento da abordagem;
2. Agir isoladamente;
3. Não informar a sala de operação o local, veículo e quantidade de pessoas abordadas;
4. Posicionar incorretamente o(s) abordado(s);
5. Acomodar o(s) capacete(s) do(s) abordado(s) no chão (Sequência das ações nº 19 e ação corretiva nº
3);
6. Deixar o(s) capacete(s) do(s) abordado(s) cair(em) (Sequência das ações nº 19 e ação corretiva nº
3);
7. Agir desordenadamente.
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  • 1. 1 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS III FORÚM NACIONAL DOS GABINETES DE GESTÃO INTEGRADA GT VI – DOUTRINA NACIONAL DE POLICIAMENTO COM MOTOCICLETAS BELÉM – PA / MAIO / 2010
  • 2. 2 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS RELATÓRIO FINAL DOUTRINA NACIONAL DE POLICIAMENTO COM MOTOCICLETAS
  • 3. 3 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos SUMÁRIO  III Fórum Nacional dos GGIs 04  Justificativa – Doutrina Nacional de Policiamento com Motocicletas 05  Integrantes do Grupo de Trabalho 08  Metodologia de Trabalho 09 - I Simpósio Nacional de Motopatrulhamento Policial 09  Área Temática – Recursos Humanos 11 - Perfil 11 - Motivação e Escala 12 - Emprego Operacional 13  Área Temática – Logística 14 - Contextualização 14 - Projeto de Lei nº 2.524/2009 – Percentual de Motocicletas na PMERJ 15 - Efetivo e frota de viaturas nas Polícias Militares 17 - Quantidade de motocicletas por unidade operacional 18 - Especificações de viaturas 19 - Especificações de equipamentos de segurança individual 20 - Especificações de uniforme básico 20 - Especificações de armamento para o policial motociclista 21 - Quantitativo de motocicletas por fração de efetivo 21 - Avaliação de motocicletas, equipamentos e acessórios 22  Área Temática – Capacitação, treinamento e procedimento operacional 31 - Capacitação e Treinamento 31 - Procedimentos Operacionais 33 - Procedimentos com emprego de 03 (três) policiais e 02 (duas) motocicletas 34 - Procedimentos com emprego de 02 (dois) policiais e 02 (duas) motocicletas 49 -  Encaminhamentos do Grupo de Trabalho 59  Referências Bibliográficas 60
  • 4. 4 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos III FÓRUM NACIONAL DOS GABINETES DE GESTÃO INTEGRADA O III Fórum Nacional dos GGIs ocorreu na cidade de Belém – PA de 18 a 22 de maio de 2010, tendo como foco o fomento a gestão integrada da segurança pública profissional e inteligente nas diversas esferas federativas. Na oportunidade foi apresentando os principais avanços e adversidades nesse modelo de gestão, a partir de práticas inovadoras, integradas e participativas. O fórum vislumbrou ainda, garantir aos Gabinetes de Gestão Integrada (GGI) a manutenção das discussões sobre as Políticas Regionais de Segurança Pública visando à diminuição da criminalidade e manutenção da paz social, seguindo os princípios e diretrizes do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), por meio de consolidação de temas nacionais no campo da segurança pública.
  • 5. 5 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos JUSTIFICATIVA DOUTRINA NACIONAL DE POLICIAMENTO COM MOTOCICLETAS O cometimento de crimes nos conglomerados urbanos do país, passa por constantes e significativas mudanças, surgindo novas fronteiras relacionadas ao aperfeiçoamento dos órgãos de segurança pública, no que tange a prevenção do delito e aplicação de técnicas, tecnologias e planejamentos estratégicos adequados às novas realidades, sempre respaldados na defesa dos direitos da pessoa humana, tratados, convenções, princípios e códigos internacionais de uso da força. Destacamos que atualmente no Brasil, não existem dados oficiais consolidados sobre as estatísticas dos crimes cometidos por indivíduos conduzindo motocicletas, haja vista que a maioria dos órgãos de segurança pública registram os dados conforme a natureza das ocorrências, não havendo um vetor que atrele ao meio utilizado para cometimento do crimes, mesmo assim, verifica-se que é uma realidade assustadora na maioria dos conglomerados urbanos do país. Para exemplificar, no Estado de São Paulo, num levantamento feito pelo Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), constatou-se que 61,5% dos 15 mil casos de crimes contra o patrimônio cometidos nas regiões oeste e central e em parte da zona sul da cidade, tiveram a participação de motociclistas. O mapeamento considerou os meses de novembro e dezembro de 2006 e janeiro de 2007. Em 9.225 dos casos de roubos e furtos, os criminosos utilizaram motocicletas para cometimento do crime e respectiva fuga. No Estado do Rio de Janeiro nos anos de 2008 e 2009, cerca de 34,4% dos roubos a pessoa, foram praticadas por indivíduos utilizando motocicletas. Havendo localidades, como na região da 74a DP (Alcântara), que 80% dos homicídios foram praticados por indivíduos usando motocicletas. Em consonância com essas estatísticas, temos um agravante considerável, que é o aumento da frota de veículos no país. A título de demonstração, no ano de 1995, a quantidade de motocicletas e triciclos no Brasil era de aproximadamente 2,8 milhões e de automóveis 18,1 milhões de unidades, representando aproximadamente 10,7% e 70% da frota nacional respectivamente. O mesmo levantamento realizado no ano de 2009, pelo Departamento Nacional de Transito – DENATRAN, mostra que a frota de motocicletas, motonetas e ciclomotores no Brasil era de mais de 12 milhões e de automóveis 34,5 milhões de unidades, representando 21% e 60 % da frota nacional respectivamente; Aliado ao número crescente de motocicletas e veículos automotores, estrangulamento do trânsito e grande dificuldade de acesso, tráfego e mobilidade nas regiões metropolitanas, as incidências criminais tem afetado sobremaneira as pessoas, em especial os crimes cometidos
  • 6. 6 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos com emprego de motocicletas e auxilio de passageiro (garupa). Rotina em vários municípios brasileiros, exigindo novas estratégias dos encarregados de aplicar a lei para prevenção desses delitos; Várias Corporações no Brasil, observando a crescente utilização de motocicletas no cometimento de crimes e a grande dificuldade de tráfego de viaturas convencionais nas regiões metropolitanas, criaram a partir da década de 80, vários grupos com finalidades de prevenção a criminalidade com emprego de motocicletas, a exemplo da ROCAM – PMSP em 1982 e GIRO – PMGO em 1998, dentre inúmeros outros que possuem as diretrizes doutrinárias similares. Vale mencionar, que mesmo com atuação desses grupos, as ações não tem sido suficientes para prevenção dos crimes cometidos nessas áreas de mobilidade critica em nosso país. Dentre inúmeros outros fatores, isso se deve em parte, a quantidade e tipo de veículos empregados pelas Corporações, pequeno efetivo especializado, procedimentos operacionais focados muitas vezes apenas em infrações de trânsito, falta de capacitação e treinamento adequado e falta de investimento, exigindo uma reflexão, adequação e intensificação também, do policiamento ordinário e convencional com emprego de motocicletas, que permite uma mobilidade condizente com as demandas atuais. Nesse contexto, o Ministério da Justiça preocupado em reduzir os índices alarmantes de criminalidade, traçou como diretriz do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (PRONASCI), a promoção da segurança e convivência pacifica, modernização das instituições e valorização dos profissionais de segurança publica, e ainda, definiu como foco prioritário, as ações nas regiões metropolitanas e aglomerados urbanos que apresentem altos índices de homicídios e de crimes violentos. A Secretaria Nacional de Segurança Pública analisando a dinâmica criminal no pais, também desenvolve ações de fomento ao desenvolvimento da Segurança Pública no interior do país, no denominado “Brasil profundo”, a exemplo do projeto PEFRON, que visa incentivar os Estados a constituírem unidades de Policiamento Especializados nas regiões fronteiriças, que representa uma faixa de cerca de 16.000 km, entre fronteiras secas e hídricas . Ressalta-se, que em diversas localidades, o uso de viaturas convencionais é inviável, sendo as embarcações e as motocicletas, importantes ferramentas para atividade de segurança pública nesses rincões do país. Acreditamos que o emprego de motocicletas adequadas, treinamentos específicos, procedimentos operacionais condizentes com a realidade atual, destinado aos encarregados de aplicação da lei, disseminação de uma doutrina específica dessa modalidade de atuação, através de induções da Secretaria Nacional de Segurança Pública aos entes federados, poderá ser mais
  • 7. 7 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos uma importante iniciativa para prevenção da violência nos grandes centros urbanos e também no interior do país. Com esse foco, e ainda, concatenado com a idéia dos Gabinetes de Gestão Integrada, vários especialistas escolhidos para compor o Grupo de Trabalho para criação de uma Doutrina Nacional sobre Policiamento com Motos estiveram imbuídos em avaliar e sugerir a padronização dos procedimentos, treinamento e capacitação, armamentos equipamentos de proteção individual e motocicletas apropriadas para serem empregadas nessas atividades de policiamento com motos em todo país.
  • 8. 8 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos INTEGRANTES DO GRUPO DE TRABALHO Coordenador: Alex Jorge das Neves – 1º Ten PMGO / Dept. da Força Nacional de Segurança Pública Participantes: Almir Ribeiro – Tenente Coronel da Polícia Militar de São Paulo José Rodrigues de Souza Neto – Major da Polícia Militar da Paraíba Ronilton de Jesus Jacinto Cavalcante – Major da Polícia Militar do Amazonas Cláudio César Felipe – Capitão da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul Gilmar Santos Santana – Capitão da Polícia Militar de Sergipe Giovane Rosa da Silva – Capitão da Polícia Militar de Goiás Ivens Giuliano Campos dos Santos – Capitão da Brigada Militar do Rio Grande do Sul Luciano Correa Silva – Capitão da Polícia Militar do Rio de Janeiro Lucival Cardoso de Montalvão Guedes – Capitão da Polícia Militar do Pará Marco Antônio Brito Júnior – Capitão da Polícia Militar de Santa Catarina Newton Anet – Agente Especial do DPRF - SRRJ Marcos Mendes de Souza – Instrutor de Pilotagem PMGO Miguel Raimundo dos Reis Cruz – Agente do DPRF - SRPA Rogério Tosta Bôa Morte – Inspetor do DPRF - SRBA
  • 9. 9 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos METODOLOGIA DE TRABALHO No início dos trabalhos, foi exposto a todos os integrantes a necessidade de implementar diretrizes nacionais acerca da temática, considerando que às iniciativas atuais são localizadas e restritas à algumas unidades operacionais nas respectivas corporações estaduais. Visando propiciar a todos uma visão dinâmica de como é a conjuntura criminal, de prevenção e de uso da motocicleta pelos agentes da lei nos Estados, cada integrante, demonstrou as experiências exitosas em cada Corporação e as peculiaridades de cada ente federado, na prevenção a criminalidade em locais de mobilidade crítica e no interior de seus Estados. Ainda nesse contexto, foi socializada ao grupo, a primeira iniciativa nacional de padronizar o uso da motocicleta como ferramenta crucial de prevenção a criminalidade, sendo o I Simpósio Nacional de Motopatrulhamento Policial, realizado no ano de 2009 na cidade de João Pessoa – PB. Essa iniciativa tão importante, definiu alguns parâmetros publicado numa ata, descrita abaixo, sendo levado em consideração pelos integrantes do Grupo de Trabalho constituído no III Fórum Nacional do GGI durante todas discussões. Ata do I Simpósio Nacional de Motopatrulhamento Policial “Aos trinta dias do mês de outubro do ano de dois mil e nove reunidos no Centro de Educação da Polícia Militar da Paraíba, onde se encontravam os servidores públicos abaixo assinado representando as respectivas Instituições, realizou-se o I SIMPÓSIO NACIONAL DE MOTOPATRULHAMENTO POLICIAL, no qual foram apresentadas 05 palestras, momento em que reuniram-se todos os participantes em grupos de trabalhos onde deliberaram, discutiram e aprovaram por maioria de votos e aclamação dos participantes de cada grupo de trabalho, chegando-se a conclusão que como sugestões para o emprego da motocicleta na atividade de segurança pública, apontou-se como sugestão para o tipo de motocicleta com potencia entre 250cc e 300cc, para o policiamento ostensivo ordinário, para o emprego tático policial, escolta, moto resgate uma motocicleta de cilindrada entre 600cc e 1000cc e para o serviço de batedor motocicleta de 1000cc ou superior. No referente a equipamento de proteção individual tem-se os seguintes itens: capacete articulado de viseira anti-risco com uma tecla frontal de liberação, colete anti-balístico masculino e feminino multi ameaça, joelheira/caneleira articulada em polímero, cotoveleira articulada em polímero, luvas táticas em kevlar, protetor de coluna articulado, rádio comunicador com acionamento remoto, coturno de
  • 10. 10 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos alta performance e bom conforto, para o policiamento ordinário e batedor o armamento de porte calibre .40 e arma menos que letal, pistola com principio de funcionamento de eletrochoque de alta voltagem e baixa amperagem; para o `policiamento tático e escoltas armamento de porte calibre .40 e armamento portátil calibre .40 e 5,56mm semiautomático ou automático com coronha rebatível ou retrátil, quanto a malha curricular mínima com as seguintes disciplinas: gerenciamento de crises, primeiros socorros, direitos humanos, relações interpessoais, tiro policial com método e escalonamento da forca, noções de mecânica, técnicas de abordagem, legislação de trânsito, noções básicas de escoltas e batedor, educação física, para o nível I, excetua-se a aplicação da disciplina tiro policial aos servidores cuja atividade no serviço público não seja autorizado o porte de arma de fogo, os das disciplinas de pilotagem de alto risco (on/off road), técnicas avançadas de escolta e batedor, tiro tático e doutrina de patrulhamento tático com motocicletas para o nível II. Lido, conhecido e aceito em João Pessoa, Paraíba, às vinte horas. Júlio Cesár Motta Fernandes – TC QOPM – PMGO, Robson Rodrigues da Silva – TC QOPM – PMERJ, Andre Ângelo da Silva – Maj QOPM – PMPE, José Rodrigues de Souza Neto – Maj QOC – PMPB, Luís Gonzaga de Oliveira Júnior – Cap QOPM – PMSP, Adriano Meirelles Gonçalves – Cap QOPM – PMDF, Marcos Swami Sousa Pereira – 1 Ten QOPM – PMRN, José Ricardo Mendes Barbosa – 3º Sgt BM – PMPB, Felipe Araujo Costa de Oliveira –PRF, Wanderley Amorim da Silva – STTrans.” Após apresentação das atividades desenvolvidas em todas regiões do país e socialização da primeira tentativa nacional de padronização dessa modalidade de policiamento nos entes federados, foi proposto a todos os participantes, a divisão das discussões em áreas temáticas, sendo elas: Recursos Humanos; Recursos Logísticos; Capacitação, Treinamento e Procedimentos Operacionais. Ficando definido que as discussões iriam permear o emprego da motocicleta em unidades de policiamento ostensivo (ordinárias), unidades de policiamento especializadas (patrulhamento tático e de recobrimento) e policiamento rodoviário, objetivando abranger e difundir o emprego adequado da motocicleta nas ações preventivas.
  • 11. 11 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos ÁREA TEMÁTICA – RECURSOS HUMANOS Conforme definido pelo Grupo de Trabalho, essa área temática seria responsável em discutir e apresentar a todos os integrantes, as orientações acerca das necessidades relacionadas às pessoas que estariam atuando no policiamento ostensivo com motocicletas nos Estados. Perfil Inicialmente foi sugerido que o agente da lei que estaria atuando nessa seara, deveria possuir um perfil básico, acrescido de competências específicas, de acordo com as necessidades peculiares de cada corporação. Foi destacado que várias pessoas usam a motocicleta diariamente para passeio, ir ao trabalho, viajar, encontro de motociclistas, dentre outras atividades inerentes a esse tipo de veículo. Porém, é consenso que há um imenso hiato entre usar a motocicleta em conformidade com o apresentado acima e usa-lá rotineiramente para trabalhar, em especial quando se trata do trabalho policial, que requer atenção com a equipe, com trânsito, observação permanente ao seu redor, aptidão para trabalho com motocicletas, dentre outros fatores, vislumbrando uma atuação preventiva eficiente e eficaz. Nesse sentido, seria incompatível a falta de voluntariedade para atuação nesse tipo de policiamento. Nesse sentido, as corporações devem fomentar medidas incentivadoras para o profissional de segurança pública atuar com motocicleta. Não devendo porém, empregar pessoas que não sejam voluntárias, fator crucial para o sucesso nessas ações. Além desses requisitos, o profissional de segurança pública, deve possuir um comportamento condizente com a atividade. Nas policias militares, considera-se requisito mínimo o “Bom” comportamento. A habilitação na categoria “A” é regra legal, não há o que se discutir, nenhum policial deverá atuar com motocicletas se não possuir habilitação em conformidade com a legislação de trânsito. Porém, somente a Carteira Nacional de Habilitação, não habilita um profissional de segurança a atuar na prevenção a criminalidade utilizando uma motocicleta, pois, exige-se treinamento específico, predisposição a atuar com esse tipo de veiculo e grande afinidade com motocicletas. Sugere-se que a CNH categoria “A”, também seja exigida como critério para seleção nos processos de admissão em cada Corporação, assim como já ocorrem com outras categorias descritas na legislação de trânsito. Mesmo havendo uma área temática específica no Grupo de Trabalho referente à Capacitação e Treinamento, é importante frisar que não há como conceber um profissional, com
  • 12. 12 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos todos os perfis indicados acima, sem, contudo não possuir uma capacitação ou treinamento específico para prevenção a criminalidade com emprego de motocicletas, além de avaliações periódicas de desempenho. Motivação e Escala de Serviço O desgaste provocado pelas intempéries climáticas, calor desprendido do motor das motocicletas, peso do fardamento, equipamento e armamento, tensão provocada pela pilotagem policial, sobrecarga fisiológica na coluna, nos membros superiores e inferiores, e o tráfego realizado nas vias durante o policiamento ostensivo, são fatores que exige uma postura diferenciada da Corporação para que esses profissionais estejam sempre satisfeitos e motivados para o trabalho diário. Nesse sentido, verifica-se a necessidade de ser regulamentado pelas Corporações, mecanismos de recompensa aos integrantes que atuam nessa área, seja ela pecuniária ou da forma que melhor entender cada Instituição, sendo importante que ela exista. Pois, não havendo uma motivação adequada, em regra geral, os profissionais estarão a procura de outras frentes de serviço. Verifica-se ainda, que em algumas unidades de policiamento com motos, há a incidência de algumas patologias típicas, sendo necessário que haja preocupação das Corporações no sentido de desenvolver mecanismos de prevenção através de atividades físicas constantes e específicas, além do estudo dessas patologias em conjunto com intuições especializadas públicas e/ou privadas. A escala de serviço deve levar em consideração as limitações físicas do profissional de segurança pública, a realidade de cada instituição, efetivo e peculiaridades regionais. Não devendo passar de 08 (oito) horas ininterruptos de patrulhamento, com descanso capaz de restabelecer a capacidade operacional de cada profissional. Os integrantes do Grupo sugeriram escalas onde haja no máximo 08 (oito) horas no patrulhamento (com paradas intercaladas), com períodos de 8 x 40, 12 x 60, 6 x 18 (com folgas nos finais de semana), ou outros períodos estipulados por cada instituição, de forma a considerar os desgastes provocados pela modalidade de policiamento com motocicletas. Durante o trabalho recomenda-se para cada hora de patrulhamento, pelo menos 15 (quinze) a 20 (vinte) minutos em ponto de estacionamento, dando continuidade a prevenção em locais estratégicos e ao mesmo tempo, evitando sobrecarga na coluna.
  • 13. 13 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos Emprego Operacional O policiamento com motocicleta é a vedete do futuro, encaixa perfeitamente no contexto de Segurança Pública nos municípios brasileiros. Porém, ressalta-se que o seu emprego deve ser bem avaliado nos períodos noturnos, chuvosos, com neblina e frio intenso. Devendo cada instituição elencar as circunstâncias peculiares locais e prioridades de emprego operacional, sempre focado na qualidade da prestação de serviço a sociedade e segurança dos profissionais envolvidos
  • 14. 14 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos AREA TEMÁTICA – RECURSOS LOGÍSTICOS Contextualização Atualmente, percebe-se que algumas corporações não seguem padrões mínimos para aquisição de motocicletas, sistemas luminosos, sirene, equipamentos de proteção individual e inúmeros outros acessórios necessários para atuação rápida, ostensiva e dinâmica dos profissionais de segurança com utilização desse tipo de veículo. Há que se comentar, que a motocicleta é utilizada por criminosos em todas as partes do país, seja nos conglomerados urbanos, seja no “Brasil profundo”, no interior do país, nesse sentido, é imperativo afirmar que em vários Estados, verificou-se algumas particularidades, a seguir: A – Os criminosos que cometem roubos, furtos, latrocínios e homicídios utilizando a motocicleta como meio de fuga, beneficiam-se da facilidade de esconder os dígitos da placa de identificação do veículo, do anonimato permitido pelo uso do capacete e agilidade da motocicleta, que permite “passar por becos estreitos, subir escadarias, passar por pontes de madeira em palafitas flutuantes, passar pelos meios de jardins, passeios públicos e canteiros de vias ou mesmo atravessar passarelas em avenidas” (Menezes, 2007). Não possibilitando eficácia e eficiência da policia em prevenir essa modalidade criminosa somente com emprego de viaturas convencionais (mais empregadas em nosso país); B – A maioria desses criminosos utilizam um comparsa (garupa), que está com as mãos livres, para fazer empunhadura e visada com uma arma de fogo, inclusive “preparado” para reagir contra a polícia, a exemplo das “saidinhas” de banco, homicídios encomendados típicos de grupos de extermínio, latrocínios, roubos, furtos, etc; C – Em regra geral, nas corporações estaduais, há pequenas unidades específicas de atuação com motocicletas, sendo na maioria, grupos táticos que dá uma resposta condizente na prevenção a criminalidade, porém, limitado, pois, não conseguem abranger toda malha de prevenção realizada pelas unidades operacionais ordinárias. Essas, muitas vezes utilizam motos e acessórios inadequados e ainda, com foco voltado para fiscalização de trânsito (há que se deixar claro, que a fiscalização de trânsito é importantíssima no contexto da segurança pública), esquecendo às vezes de focar também, na prevenção aos crimes que geram graves conseqüências a sociedade como os mencionados acima. D – Em vários municípios localizados no interior dos Estados, nos rincões desse país, no denominado “Brasil profundo”, é importante o emprego da motocicleta na prevenção a criminalidade, se complementando com outras políticas sistêmicas de policiamento hidroviário e aeropolicial;
  • 15. 15 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos E - Verifica-se uma acentuada falta de procedimento operacional arrojada que possibilite ao policial, segurança, surpresa, agilidade, flexibilidade e superioridade de meios; F – A quantidade de motocicletas empregadas no policiamento ostensivo ainda é muito restrita. Analisando as iniciativas regionalizadas acerca da frota de motocicletas empregadas no policiamento ostensivo, destacamos o projeto de Lei nº 2.524/2009 do Deputado Nilton Salomão do Rio de Janeiro, fruto de constatações óbvias do Parlamentar em conjunto com a sociedade civil organizada, inclusive com a participação da Federação de Moto Clubes naquele Estado, que participa ativamente das questões relacionadas à Segurança Pública. Vislumbrando que o trabalho em questão é pertinente, segue abaixo “ipsis litteris” o projeto de lei e justificativa daquele parlamentar sobre o projeto que visa traçar uma orientação de Estado, para com o emprego da motocicleta na prevenção ao delito no Estado do Rio de Janeiro, e, que também pode ser utilizado como parâmetro em outras unidades da federação, como critério de aumento da frota. “PROJETO DE LEI Nº 2524/2009 ESTABELECE PERCENTUAL MÍNIMO PARA QUANTIDADE DE MOTOCICLETAS DE POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO EM RELAÇÃO AO NÚMERO DE MOTOCICLETAS CIRCULANTES NOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO . Autor(es): Deputado NILTON SALOMAO A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESOLVE: Art. 1º O número de motocicletas utilizado por cada Batalhão de Polícia Militar, no Estado do Rio de Janeiro, obedecerá aos percentuais mínimos definidos na presente lei. Art. 2º O número mínimo de motocicletas para cada município será de: I --Um por cento do número total de motos circulantes, em municípios cujo o número total destes veículos for superior a cem mil; II --Dois por cento, em municípios onde o número total de motociclistas for superior a cinquenta mil e inferior a cem mil; III --Três por cento, em municípios onde o número total de motocicletas for inferior a cinquenta mil motocicletas. Art. 3º O número de motocicletas definidos no artigo anterior deverá ser implementando no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses, sendo certo que a metade do número de motocicletas definido no artigo anterior deverá ser implementada no prazo máximo de 12 (doze) meses. Art. 4º Para o cálculo do número total de motocicletas circulantes, o Estado
  • 16. 16 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos utilizará como parâmetro o cadastro destes veículos do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN). Art. 5º O Poder Executivo regulamentará a presente lei no prazo de 30 dias. Art. 6º Entra em vigor a presente lei na data de sua publicação, revogando-se todos os dispositivos contrários. Plenário Barbosa Lima Sobrinho 08 de setembro de 2009. DEPUTADO NILTON SALOMÃO JUSTIFICATIVA Segundo estatísticas do DETRAN, circulam no Estado do Rio de Janeiro 624.483 motos. Este número é superior à quantidade de motocicletas de 2008. No mesmo período, houve um aumento de 28% nos furtos de motocicletas em relação ao ano passado. A utilização de motocicletas na prática de delitos tem aumentado de forma considerável nos últimos anos. A agilidade de uma motocicleta na abordagem das vítimas, e na fuga dos locais dos crimes são os grandes atrativos para que este veículo seja largamente usado pelos criminosos. Uma moto pode entrar em locais que um automóvel não entra, bem como mudar de sentido nas ruas, ou transpor canteiros, fatos impensáveis para um carro. Eficaz na abordagem, ágil na fuga, as motocicletas precisam ser combatidas com instrumentos compatíveis com suas características. Somente a utilização de outras motocicletas, poderá minimizar esse tipo de atuação. Com iguais características de deslocamento, as motos podem perseguir de forma eficaz os criminosos, e obter resultados que os carros tradicionais não conseguem. O presente projeto de lei não busca alterar o efetivo da Polícia Militar - competência sabidamente exclusiva do Executivo - mas sim compelir a administração a fornecer um número de motocicletas por batalhão proporcional ao número de motocicletas circulantes em cada município. A proporção de motocicletas da Polícia Militar em relação ao total de motocicletas circulantes foi discutida pelo Deputado Nilton Salomão e representantes da Federação dos Motociclistas do Estado do Rio de Janeiro, e reflete, no entender destes, um número razoável para combate contundente à criminalidade. Desta forma, defendemos que a forma mais eficaz de combater a utilização de motocicletas para prática de delitos é utilizar outras motocicletas.” Além dessas iniciativas, foi observado os resultados desoladores das pesquisas realizadas em 2009 pela Fundação Dom Cabral sobre a Mobilidade Urbana no Brasil, sendo constatado que em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre o trânsito poderá parar em alguns anos, se não for tomado medidas estruturais e sistêmicas. A referida fundação, ainda calculou os prejuízos anuais com o trânsito lento nas grandes cidades brasileiras, com projeções na ordem de 30 bilhões de reais por ano somente no Estado de São Paulo e 33 bilhões de reais no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Sendo inegáveis os reflexos dessas problemáticas também no contexto da segurança pública.
  • 17. 17 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos Visando dar resposta a esse problema estrutural, que pode inclusive prejudicar o espetáculo da Copa do Mundo 2014 no Brasil, o Ministério das Cidades anunciou um projeto específico sobre mobilidade urbana nas grandes cidades, com investimentos na ordem de 11 bilhões de reais em infra-estrutura, visando inicialmente os Jogos de 2014, com expectativa de deixar um legado que será complementado com outros projetos nessa seara. Sendo imperioso que exista uma resposta também no âmbito da segurança pública, que será envolvida em torno dessa problemática a todo instante. Verificando as informações repassadas pelas Secretarias Estaduais de Segurança Pública à SENASP/MJ, percebe-se um contingente muito pequeno de viaturas empregadas especificamente na prevenção a criminalidade nos municípios brasileiros, totalizando aproximadamente 6.505 (seis mil quinhentos e cinco) motocicletas e cerca de 21.444 (vinte e um mil quatrocentos e quarenta e quatro) automóveis. Ressalta-se que os Estados de Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão não responderam aos questionários sobre esses tópicos à SENASP/MJ. Após análise dos dados descritos na tabela abaixo, foram constatadas algumas relações interessantes: 1 - A relação aproximada entre número de policiais militares x automóveis (viaturas) caracterizadas no Brasil é de 19,5 x 1; 2 - A relação entre policiais x motocicletas (viaturas) é de 64,40 motocicletas para cada policial; 3 - A relação entre motocicletas (viaturas) x automóveis (viaturas) é de 0,30 x 1. 4 – A relação ideal seria pelo menos 02 (duas) motocicletas para cada 01 (um) automóvel: 2 x 1; Utilizando o parâmetro descrito no item (4), para aumento da frota de motocicletas, teríamos atualmente, um déficit aproximado de 36.382 motocicletas nas Policias Militares do Brasil. Ressalta-se, que esse quantitativo é o ideal, porém, existem vários outros parâmetros que podem ser utilizados para familiarizar o uso da motocicleta nas ações de prevenção a criminalidade no país, a exemplo do quantitativo por unidade operacional mencionada após a tabela abaixo. EFETIVO E FROTA DE VIATURAS NAS POLÍCIAS MILITARES UF Efetivo Número de Unidades Operacionais Motocicletas em uso caracterizada Automóveis em uso caracterizada Relação Motocicletas x Automóveis Quantidade Ideal de motocicletas em uso operacional Déficit atual AC 1922 34 73 126 0,6 252 179 AL 5632 299 97 503 0,2 1006 909 AM 5905 104 476 451 1,1 902 426 AP 2951 12 94 105 0,9 210 116 BA 30771 646 552 1541 0,4 3082 2530 CE 14050 236 1065 983 1,1 1966 901 DF 14585 NR 499 552 0,9 1104 605
  • 18. 18 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos ES 7247 164 297 937 0,3 1874 1577 GO 12042 288 596 1503 0,4 3006 2410 MA 10164 NR NR 436 xxx 872 xxx MG 48763 ... ... ... xxx xxx xxx MS 5383 183 45 166 0,3 332 287 MT 6176 211 305 426 0,7 852 547 PA 13139 69 629 666 0,9 1332 703 PB 8721 467 160 391 0,4 782 622 PE 19216 ... ... ... xxx xxx xxx PI 9807 34 420 244 1,7 488 68 PR 19534 625 1027 2750 0,4 5500 4473 RJ 36187 304 608 3451 0,2 6902 6294 RN 8701 219 320 339 0,9 678 358 RO 5119 NR 160 328 0,5 656 496 RR 1586 84 108 124 0,9 248 140 RS 22379 250 579 1986 0,3 3972 3393 SC 11276 92 763 1779 0,4 3558 2795 SE 5625 126 123 137 0,9 274 151 SP 87822 2067 2286 10112 0,2 20224 17938 TO 4300 205 112 194 0,6 388 276 TOTAL 419003 2824 6506 21444 0,3 42888 36382 Fonte: DEPAID/SENASP/MJ 2009 NR: Não respondeu a questão ...: Não respondeu a pesquisa XXX: Sem resposta Visando propiciar outros parâmetros para familiarização do emprego da motocicleta nas ações preventivas no país, o Grupo de Trabalho, apresentou outra sugestão para definição da quantidade de motocicletas ideais no policiamento ostensivo. Construindo uma relação entre o número de habitantes por municípios e o de unidades operacionais nos Estados. Quantidade de motocicletas por unidade operacional  Capitais e municípios acima de 100.000 habitantes: 20 (vinte) motocicletas por unidade operacional;  Municípios entre 50.000 e 100.000 habitantes; 14 (quatorze) motocicletas por unidade operacional;  Municípios entre 20.000 e 50.000 habitantes: 08 (oito) motocicletas por unidade operacional;  Municípios abaixo de 20.000 habitantes: mínimo de 04 (quatro) motocicletas por unidade operacional;  Para cada 10 (dez) motocicletas, pelo menos uma viatura operacional de apoio;
  • 19. 19 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos Validando essa relação, teríamos cerca de 2824 unidades operacionais e a média de 11,5 motocicletas por unidade, totalizando o quantitativo ideal de pelo menos 32.476 motocicletas a serem empregadas nas Policias Militares no Brasil, déficit de pelo menos 25.979 motocicletas. Além de fazer menção à necessidade de incrementar a quantidade de motocicletas empregadas na prevenção a criminalidade em nosso país, foi unânime a necessidade de definição de alguns critérios técnicos sobre os equipamentos, veículos e acessórios a serem sugeridas às corporações no Brasil, evitando a falta de padronização e inadequação a atividade. Os integrantes do Grupo de Trabalho dividiram os assuntos de logística em 04 (quatro) itens: viaturas, equipamento de segurança individual; uniforme básico; armamento e quantidade de motocicletas por fração de efetivo. 1. VIATURAS EQUIPAMENTO POLICIAMENTO PREVENTIVO ORDINÁRIO POLICIAMENTO OSTENSIVO RECOBRIMENTO (TÁTICO) POLICIAMENTO RODOVIÁRIO Motocicleta Motocicleta com potência mínima entre 250cc e 400cc, on/off road, com pneu de uso misto, injeção eletrônica e partida elétrica/eletrônica. Autonomia mínima de 150 a 200 km. Distância do solo, adequada para ações preventivas em áreas urbanas e rurais. Justificativa: Rapidez no deslocamento, versatilidade, custo e consumo. Motocicleta com potência entre 600cc a 1000cc on/off road, com pneu de uso misto. injeção eletrônica e partida elétrica/eletrônica. Autonomia mínima de 200 km. Distância do solo, adequada para ações preventivas em áreas urbanas e rurais. Justificativa: Rapidez no deslocamento, robustez, versatilidade e necessário poder de impacto. Motocicleta com potência acima 600 cc, exceto modelo super bike com injeção eletrônica e partida elétrica / eletrônica. Autonomia mínima entre 250 a 300 km. Justificativa: Poder para recuperação e visão impactante. Sistema de iluminação Conjunto do farol que permita iluminação adequada de acordo com a mobilidade necessária à atividade de policiamento ostensivo. Sinalizador luminoso dianteiro e traseiro de tamanho reduzido, percepção panorâmica aos demais condutores e dotado de lâmpadas do tipo led com lentes em material resistente e vedado na cor vermelha ou cristal, instalados em local que não dificulte ao policial montar e desmontar da motocicleta. Justificativa: Versatilidade da atividade policial, agilidade e segurança. Conjunto do farol que permita iluminação adequada de acordo com a mobilidade necessária à atividade de policiamento ostensivo. Sinalizador luminoso dianteiro e traseiro de tamanho reduzido, percepção panorâmica aos demais condutores e dotado de lâmpadas do tipo led com lentes em material resistente e vedado na cor vermelha ou cristal, instalados em local que não dificulte ao policial montar e desmontar da motocicleta. Justificativa: Versatilidade da atividade policial, agilidade e segurança. Sinalizador luminoso dianteiro e traseiro de tamanho proporcional ao tamanho da motocicleta, percepção panorâmica aos demais condutores e dotado de lâmpadas do tipo led com lentes em material resistente na cor vermelha ou cristal. instalados em local que não dificulte ao policial montar e desmontar da motocicleta. Justificativa: Versatilidade da atividade policial e segurança Sirene (alarme sonoro) para moto Sirene eletrônica com no mínimo 30 W de potencia, resistente a intempéries climáticas, calor gerado pelo Sirene eletrônica com no mínimo 30 W de potencia, resistente a intempéries climáticas, calor gerado pelo Sirene eletrônica com no mínimo 30 W de potência, resistente a intempéries climáticas, calor gerado pelo
  • 20. 20 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos motor e água. motor e água. motor e água. Estrutura para armazenamento de materiais Bauleto ou bolsa (ressalta-se que o bauleto, poderá dificultar a agilidade do policial em algumas ocasiões críticas) Bolsa (tamanho reduzido) Bauleto e/ou alforge Equipamentos adicionais 1. Protetor de motor; 2. Protetor de cárter; 3. Porta tonfa ou bastão policial; 4. Protetor de manete; 5. Dispositivo corta linha “pipa”; 1. Protetor de motor; 2. Protetor de Carter; 3. Porta tonfa ou bastão policial; 4. Protetor de manete; 5. Dispositivo corta linha “pipa”; 1. Protetor de motor; 2. Protetor de Carter; 3. Porta tonfa ou bastão policial; 4. Protetor de manete; 5. Dispositivo corta linha “pipa”; VTR 04 rodas SIM Justificativa: apoio SIM Justificativa: apoio SIM Justificativa: apoio 2. EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL EQUIPAMENTO POLICIAMENTO PREVENTIVO ORDINÁRIO POLICIAMENTO OSTENSIVO RECOBRIMENTO (TÁTICO) POLICIAMENTO RODOVIÁRIO Colete Balístico Colete balístico, no mínimo nível II. Colete balístico nível III-A. Colete balístico, no mínimo nível II. Colete tático Colete tático dotado de coldre posicionado em angulo de 60º da linha vertical central. Justicativa: facilidade de saque e menor risco de perda da arma durante o deslocamento. Colete tático dotado de coldre posicionado em angulo de 60º da linha vertical central. Justicativa: facilidade de saque e menor risco de perda da arma durante o deslocamento. Colete tático dotado de coldre posicionado em angulo de 60º da linha vertical central. Justicativa: facilidade de saque e menor risco de perda da arma durante o deslocamento. Jaqueta Jaqueta de couro ou cordura com proteção para os cotovelos ombros e coluna. Jaqueta de couro ou cordura com proteção para os cotovelos ombros e coluna. Jaqueta de couro ou cordura com proteção para os cotovelos ombros e coluna. Bota Bota especial para motociclista com no mínimo 30 cm de cano com proteção de canela e tornozelo. Bota especial para motociclista com no mínimo 30 cm de cano com proteção de canela e tornozelo. Bota especial para motociclista com no mínimo 30 cm de cano com proteção de canela e tornozelo. Capacete Capacete articulado para motociclista com viseira interna e externa transparente, tratamento anti-risco, anti – embaçante e com proteção ultravioleta. Capacete articulado para motociclista com viseira interna e externa transparente, tratamento anti-risco, anti – embaçante e com proteção ultravioleta. Capacete articulado para motociclista com viseira interna e externa transparente, tratamento anti-risco, anti – embaçante e com proteção ultravioleta. Radio transceptor Portátil Rádio transceptor portátil com microfone de lapela ou outro sistema sem fio que possibilite comunicação eficiente com comandos que não interfiram na atenção do piloto. Rádio transceptor portátil com microfone de lapela ou outro sistema sem fio que possibilite comunicação eficiente com comandos que não interfiram na atenção do piloto. Rádio transceptor portátil com microfone de lapela ou outro sistema sem fio que possibilite comunicação eficiente com comandos que não interfiram na atenção do piloto. Luva Luva para motociclista Luva para motociclista Luva para motociclista Capa de chuva Capa de chuva para motociclista com detalhe refletivo Capa de chuva para motociclista com detalhe refletivo Capa de chuva para motociclista com detalhe refletivo Colete refletivo Colete refletivo utilizado no policiamento de trânsito Não utiliza Colete refletivo Equipamentos adicionais Joelheira, cotoveleira e protetor cervical. Joelheira, cotoveleira e protetor cervical Joelheira, cotoveleira e protetor cervical
  • 21. 21 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos 3. UNIFORME BÁSICO PEÇA POLICIAMENTO PREVENTIVO ORDINÁRIO POLICIAMENTO OSTENSIVO RECOBRIMENTO (TÁTICO) POLICIAMENTO RODOVIÁRIO Calça Calça rip stop com reforço na região pélvica e joelho. Macacão especifico para motociclista com reforço na região pélvica, cotovelo e joelho. Macacão especifico para motociclista com reforço na região pélvica, cotovelo e joelho.Camisa Gandola manga longa rip stop com reforço na região do cotovelo Cobertura Especifica da instituição Especifica da instituição Especifica da instituição Cinto Especifica da instituição Especifica da instituição Especifica da instituição Cinto de guarnição Dispensável com a utilização do colete tático Dispensável com a utilização do colete tático Dispensável com a utilização do colete tático Cordão “fiel”, fixo ou retrátil Possibilita fixação do armamento, de forma a evitar sua perca durante o trabalho operacional. Possibilita fixação do armamento, de forma a evitar sua perca durante o trabalho operacional. Possibilita fixação do armamento, de forma a evitar sua perca durante o trabalho operacional. Observação: Há necessidade de realizar um estudo e, por conseguinte desenvolver um macacão ou vestimenta adequada e específica para o policiamento de motocicletas. 4. ARMAMENTO BÁSICO PARA O POLICIAL MOTOCICLISTA POLICIAMENTO PREVENTIVO ORDINÁRIO POLICIAMENTO OSTENSIVO RECOBRIMENTO (TÁTICO) POLICIAMENTO RODOVIÁRIO  Pistola calibre .40 com 03 carregadores sobressalentes;  Arma de condutividade elétrica  Bastão policial ou tonfa.  Espargidor de solução ou espuma lacrimogênea de uso individual.  Pistola calibre .40 com 03 carregadores sobressalentes;  Arma de apoio para a equipe com tamanho reduzido (carabina, sub- metralhadora,etc)  Arma de condutividade elétrica  Bastão policial ou tonfa.  Espargidor de solução ou espuma lacrimogênea de uso individual  Pistola calibre .40 com 03 carregadores sobressalentes;  Arma de condutividade elétrica  Bastão policial ou tonfa.  Espargidor de solução ou espuma lacrimogênea de uso individual 5. QUANTITATIVO DE MOTOCICLETAS POR FRAÇÃO DE EFETIVO EQUIPE POLICIAMENTO PREVENTIVO ORDINÁRIO POLICIAMENTO RODOVIÁRIO POLICIAMENTO OSTENSIVO RECOBRIMENTO (TÁTICO) Guarnição Mínimo: 02 motocicletas ideal: 03 Mínimo: 02 motocicletas ideal: 03 Mínimo: 03 motocicletas (com um policial montado) Pelotão 20 motocicletas 02 automóveis (apoio) 20 motocicletas 02 automóveis (apoio) 30 motocicletas 03 automóveis (apoio) Companhia 40 motocicletas 04 automóveis (apoio) 40 motocicletas 04 automóveis (apoio) 60 motocicletas 06 automóveis (apoio)
  • 22. 22 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos AVALIAÇÃO DE MOTOCICLETAS, EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS Visando complementar as informações descritas nas tabelas acima, segue abaixo algumas imagens e comentários, de forma a ilustrar as orientações emanadas do Grupo de Trabalho. Ressalta-se que as motocicletas abaixo, são meramente ilustrativas e não representam nenhuma preferência mercadológica, sendo apenas de cunho didático, inclusive foi retirada qualquer identificação de propriedade ou marca. Itens observados: A – Policiais equipados para emprego operacional com motocicletas; B – Montar e desmontar de motocicletas equipadas com bauleto; C – Montar e desmontar de motocicletas equipadas sem bauleto; D – Imagens de motocicletas equipadas para atividade policial; E – Aplicação das motocicletas em áreas urbanas e rural; F - Avaliação de desempenho de 03 (três) motocicletas: moto A - característica street de 125cc; motoB - característica on/off road de 250cc e moto C - característica on/off acima de 600 cc. A – Policiais equipados para atividade de policiamento com motos (capacetes, colete balístico, luvas, botas, caneleira e cotoveleira) Nas atividades de policiamento com motos, equipamentos de proteção individual são indispensáveis para salvaguarda da integridade física dos profissionais de segurança pública, devendo cada policial, possuir o mínimo de EPIs para o desenvolvimento de suas atividades de policiamento ostensivo, a exemplo dos equipamentos demonstrados na imagem acima, ressaltando que é interessante que o capacete seja de altíssima qualidade, com viseira interna e externa, e possibilidade de ser aberta a proteção frontal, para ocasiões onde haja necessidade de verbalização, visualização no patrulhamento ostensivo, dentre outras necessidades. Devendo cada corporação definir as especificações básicas e adotá-los de forma obrigatória em toda atividade operacional, bem como procurar desenvolver fardamentos específicos para essas atividades operacionais, considerando que corriqueiramente é utilizado fardamento inapropriado.
  • 23. 23 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos B – Montar e desmontar de motocicleta equipada com bauleto Com pé apoiado no solo Com pé apoiado na pedaleira Risco de queda ao montar Dificuldade ao montar C – Montar e desmontar da motocicleta equipada sem bauleto Maior agilidade ao montar e desmontar Menor risco de queda
  • 24. 24 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos As imagens acima sugerem algumas observações interessantes e que deve ser bem avaliada por cada corporação ao dar prosseguimento a difusão do emprego da motocicleta no policiamento preventivo. Inicialmente é unanime a constatação que na esmagadora maioria dos roubos, homicídios e latrocínios ocorridos com emprego de motocicletas, os perpetradores possuem relativa destreza com esses veículos, estão em dupla e o garupa apto a utilizar a arma de fogo, devendo os profissionais de segurança pública estarem em superioridade para com essa realidade fatídica. Porém, quando empregamos motocicletas no policiamento ostensivo, necessitamos de portar alguns documentos, munições extras e outros materiais específicos de cada corporação. Em regra geral, é fixado nas motocicletas bauletos com capacidade média de 27 litros, tamanho suficiente para portar todo esse material e com sobra de espaço. Verifica-se, porém, que esse acessório, pode dificultar a agilidade do policial em momentos críticos, a exemplo de uma abordagem a dois indivíduos em atitude suspeita em deslocamento numa motocicleta, fato corriqueiro em qualquer local. Nas fotos acima, não restam dúvidas sobre essa assertiva, porém, temos consciência que é necessário haver um recipiente para guarda de alguns materiais indispensáveis aos policiais durante a realização de policiamento com motos. Nesse contexto, sugerem-se como alternativa, outros recipientes, como bolsas impermeáveis, confeccionadas com poliamida 6.6 de tranças “rip stop”, com medidas reduzidas e que possa ser fixada e retirada facilmente do bagageiro da motocicleta, adaptadas para cada realidade e que não dificulte a ação policial nas ocasiões narradas acima. Devendo cada corporação avaliar suas reais necessidades e definir o tamanho, modelo e características desses recipientes, vislumbrando dar maior segurança na ação policial, capacidade de resposta, surpresa, agilidade e versatilidade possibilitada pelo uso da motocicleta na prevenção à criminalidade. D – Imagens de motocicletas equipadas para atividade policial
  • 25. 25 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos E – Aplicação das motocicletas em áreas urbanas e rural Ostensividade e altura das motocicletas “street” Ostensividade e altura das motocicletas “on/off road”
  • 26. 26 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos Saída de obstáculos com motocicletas “street” Saida de obstáculos com motocicletas “on / off road”
  • 27. 27 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos Uso de motocicletas “Street” em áreas rurais – altura em relação ao solo e pneus
  • 28. 28 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos Uso de motocicletas “on / off road” em áreas rurais – altura em relação ao solo e pneus As imagens acima, são alto explicativas, porém, cabe ressaltar algumas observações. Em relação aos sistemas luminosos, cabe salientar que os mesmos são imprescindíveis para emprego da motocicleta nas ações de policiamento ostensivo, visando cumprir as regulamentações legais e principalmente propiciar segurança aos profissionais de segurança pública e aos condutores em geral, em especial nas ocasiões de deslocamento de emergência e abordagens policiais. Após observação de alguns modelos existentes, verifica-se a necessidade de utilizar sinalizadores potentes, com tamanhos reduzidos e que possibilite visualização bem ampla, não sendo suficiente somente a sinalização frontal ou traseira.
  • 29. 29 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos Em relação à aplicação das motocicletas em policiamento preventivo em áreas urbanas e rurais, cabe algumas observações: As motocicletas tipo “street” por ter um estilo próprio e distância livre do solo reduzida, trás algumas dificuldades ao policiamento ostensivo. Essas motocicletas não possuem altura suficiente para permitir uma visualização privilegiada no trânsito, importantíssimo no policiamento ostensivo; não possibilitam manobras ágeis entre veículos (não raro, necessário na atividade de segurança pública onde pessoas correm risco de vida e é imperiosa a atuação rápida e segura da polícia), podendo haver colisões com retrovisores de veículos; grande dificuldades nas saídas de obstáculos nas áreas urbanas e rurais, como nas situações exemplificadas acima, dentre inúmeras outras restrições. F - Avaliação de desempenho de motocicletas Visando fornecer subsídios sobre o desempenho de algumas motocicletas, foram feitas algumas avaliações no sentido de mensurar o tempo de resposta e desempenho de algumas motocicletas existentes no mercado nacional. Os testes foram realizados com 03 (três) motocicletas: Moto A – 125cc “street”; Moto B – 250cc “on/off road”; Moto C – 660 cc “on/off road”; As avaliações consistiram em verificar o tempo gasto, com e sem passageiro (segurança), para alcançar de 0 a 100 km/h nas motocicletas com cilindrada igual e superior a 250cc. Na motocicleta de 125cc, foi utilizado como parâmetro o tempo gasto para atingir 0 a 75 km/h, devido ao tamanho reduzido da pista utilizada. O peso individual de cada piloto envolvido nos testes é de 83 kg. Moto A – 125cc: as avaliações realizadas com essa motocicleta, foi verificado que a mesma possui um tempo de resposta de 0 a 100 km/h lento, tendo um desempenho melhor de 0 a 75 km/h, com um grande esforço para alcançar 100 km/h. Devido as dificuldades em alcançar a velocidade proposta de 100 km/h nos locais de avaliaçao, foi estipulado a velocidade de 0 a 75 km/h. Inicialmente o piloto utilizou a motocicleta sem passageiro (segurança), demorando cerca de 14 (quatorze) segundos para alcançar a velocidade de 75 km/h e 24 (vinte e quatro) segundos para alcançar a velocidade de 90 km/h. No segundo teste com a motocicleta, foi utilizado um passageiro (segurança), que pode ser utilizado por algumas corporações para realização de abordagens rotineiras a indivíduos em atitude suspeita, dando uma condição de maior segurança ao policial.
  • 30. 30 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos Nesse caso, o teste foi ainda mais pífio, para alcançar 75 km/h o tempo gasto foi de 22 (vinte e dois) segundos, não deixando dúvidas que cilindradas muito baixas, não são indicadas para atividade de policiamento ostensivo, muito menos, as que possuem estilo “street”, como era o caso da motocicleta A. Moto B – 250cc: Foi verificado que essa motocicleta possui um tempo de resposta bastante significativo, carregando um passageiro (segurança) ou não. Para alcançar 100 km/h, a motocicleta sem passageiro demorou 12 (doze) segundos para alcançar o objetivo. Nos testes com a motocicleta utilizando um piloto e um segurança (garupa), foi possível alcançar o tempo de 17 (dezessete) segundos. Nesses testes ficou evidente a superioridade de motocicletas com no mínimo 250cc em comparação com as motocicletas 125cc, porém, há que se destacar que as motocicletas de no mínimo 250cc podem ser empregadas no policiamento ostensivo, com emprego de garupa (segurança) ou não. Porém, não são indicadas para unidades de recobrimento tático, pois, requer uma potência e tempo de resposta maior do que as alcançadas por motocicletas de 250cc. Moto C – 660cc: O desempenho de motocicletas “on/off road” com cilindrada superior a 600cc são incontestes para atuação no que tange ao policiamento ostensivo ordinário ou tático de recobrimento. Nos testes realizados sem garupa (segurança) a motocicleta alcançou 100 km/h em 06’45s (seis segundos e quarenta e cinco centésimos). Com utilização de garupa (segurança) 09 (nove) segundos. Tempo de resposta incomparável com qualquer outra motocicleta de cilindradas menores “on/off road” com as características ideais para policiamento ostensivo. Porém, há que se ressaltar que para o policiamento ordinário, a mesma apresenta um custo superior às motocicletas de 250cc a 400cc, devendo ser empregadas a priori nas unidades de recobrimento tático e de escoltas, a critério das condições financeiras de cada corporação e peculiaridades regionais. Após todos os testes realizados, verifica-se mais uma vez que na atividade policial, é imperativo que os profissionais estejam com viaturas, equipamentos e acessórios que possibilitem atuação mais eficiente, eficaz, com segurança, rapidez, agilidade e efeito surpresa, recomendando-se assim, a utilização de motocicletas estilo “on/off road” com no mínimo 250cc e máximo de 400cc no policiamento ostensivo ordinário e no policiamento ostensivo de recobrimento (tático), motocicletas estilo “on/off” road com no mínimo 600cc e no máximo 1000cc, e demais características descritas nas tabelas acima.
  • 31. 31 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos ÁREA TEMÁTICA – CAPACITAÇÃO, TREINAMENTO E PROCEDIMENTO OPERACIONAL CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO Essa área temática é crucial para o sucesso da Doutrina Nacional de Policiamento com Motos, sem a mesma, não seria possível almejar sucesso longevo ao projeto. Haja vista que uma das grandes deficiências encontradas atualmente, é justamente as questões relacionadas ao treinamento e capacitação, bem como procedimento operacional padrão arrojado, que venha a realmente propiciar a sociedade uma prevenção ao delito eficiente e eficaz. Inicialmente, os participantes que aprofundaram o conhecimento nessa seara, vislumbraram a necessidade de providenciar uma padronização de Cursos específicos para o policiamento ordinário, tático e rodoviário, pois, cada um possui uma característica própria e relativamente distinta. Porém, como início dos trabalhos, foi focada a área que poderia alcançar a maior quantidade de efetivo possível das Corporações, ou seja, policiamento preventivo ordinário, realizado em todas unidades operacionais das Policias Militares. Devido ao tempo exíguo para abrangência maior ao trabalho, ficou estabelecido uma grade curricular mínima, nos padrões exigidos pelo Departamento de Produção do Conhecimento, Analise da Informação e Desenvolvimento de Pessoal (DEPAID) / Secretaria Nacional de Segurança Pública, no que se refere a um Curso e um Estágio para ser ministrado aos policiais que estarão atuando no policiamento preventivo com emprego de motos. Foi construído a institucionalização de um curso com cerca de 180 (cento e oitenta) horas, com duração estimada em 03 (três) semanas, baseado no vasto conhecimento na área de treinamento e capacitação de todos os integrantes do Grupo de Trabalho, e, visa propiciar aos profissionais de segurança pública, competências necessárias para atuar nessa modalidade de policiamento com segurança. Sendo as disciplinas e carga horária descrita a seguir: Disciplinas / Docentes / Carga Horária: Disciplinas Docentes CH Direitos Humanos Aplicados a Função Policial 01 04 Legislação Aplicada a Atividade Policial 01 02 Técnicas e Tecnologia de Menor Potencial Ofensivo 01 08 Noções de Mecânica 01 05 Pilotagem Rápida Defensiva 02 70 Procedimento Operacional Padrão Motociclístico 02 50 Gerenciamento de Crises 01 06 Suporte Básico a Vida 01 04
  • 32. 32 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos Tiro na Preservação da Vida Aplicados ao Motopatrulhamento 02 15 Treinamento Físico Policial 01 16 TOTAL 13 180 Nessa mesma vertente, e seguindo a grade do Curso, foi institucionalizado um Estágio a ser destinado aos policiais que necessitam estar atualizando o conhecimento adquirido nos Cursos específicos ou àqueles profissionais que não tiveram oportunidade de estar freqüentando um Curso, mas que necessita de um treinamento especializado, até a realização do Curso padrão, instituído por cada Corporação. O referido estágio possui uma carga horária de 60 (sessenta) horas / aulas, distribuídas conforme a tabela a seguir: Disciplinas / Docentes / Carga Horária: Disciplinas Docentes CH Direitos Humanos Aplicados a Função Policial 01 02 Legislação Aplicada a Atividade Policial 01 02 Noções de Mecânica 01 02 Técnicas e Tecnologia de Menor Potencial Ofensivo 01 06 Pilotagem Rápida Defensiva 02 25 Procedimento Operacional Padrão Motociclístico 02 18 Gerenciamento de Crises 01 02 Suporte Básico a Vida 01 02 TOTAL 10 60 Vislumbrando a necessidade de estipular uma padronização nacional, é salutar que a Secretaria Nacional de Segurança Pública através de seus Departamentos competentes, estejam imbuídos no planejamento de mecanismos eficientes de difusão dos conhecimentos pertinentes e necessários aos profissionais dos órgãos de segurança pública, para dar prosseguimento às sugestões emanadas dos especialistas do Grupo de Trabalho constituído no III Fórum Nacional dos Gabinetes de Gestão Integrada.
  • 33. 33 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos PROCEDIMENTO OPERACIONAL Como mencionado anteriormente, a prevenção ao delito com emprego de motocicletas, deve necessariamente passar por vários contextos já mencionados anteriormente em outros tópicos. Sendo o treinamento, capacitação e procedimento operacional, importantíssimos para eficiência e eficácia dos órgãos de segurança pública quando for empregar motocicletas para atividade de prevenção a criminalidade. Mencionamos anteriormente, sobre o “modus operandis” de criminosos que utilizam motocicletas para cometimento de crimes nos municípios brasileiros, verificando-se uma expertise no emprego desses veículos e de técnicas de utilização de passageiro (garupa) para concretização do ato delituoso, sendo realidade em vários municípios brasileiros. Vislumbrando essa realidade atual, o grupo de trabalho propôs alguns procedimentos operacionais para servir como orientação aos órgãos de segurança pública. Nessa ótica, foram concebidos procedimentos operacionais para abordagem policial com emprego de garupa (segurança) com no mínimo 03 policiais e 02 motocicletas, que fornece uma maior segurança ao policial no momento das abordagens a indivíduos em atitude suspeita, corriqueira em qualquer localidade do país, porém, demanda um efetivo maior. O Grupo entendeu como necessário criar procedimentos operacionais para emprego de 02 (duas) motocicletas e 02 (dois) policiais, sem a utilização de garupa (segurança), que utiliza uma quantidade menor de efetivo, porém, com segurança reduzida, devendo ser definido por cada Corporação, os procedimentos a serem adotados, de acordo com as realidades e peculiaridades de cada Corporação em suas regionalidades. No que tange aos procedimentos operacionais a serem sugeridos às unidades de policiamento preventivo de recobrimento (tático) e de policiamento rodoviário, ficou evidente a necessidade de dar continuidade às iniciativas da SENASP/MJ, de forma a constituir esses parâmetros em conjunto com os órgãos de segurança pública no Brasil.
  • 34. 34 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos Procedimentos Operacionais com emprego de 03 (três) policiais e 02 (duas) motocicletas NOME DO PROCESSO: POLICIAMENTO OSTENSIVO COM MOTOS MATERIAL NECESSÁRIO 1. Armamentos, instrumentos de menor potencial ofensivo e equipamentos de uso individual (conforme Doutrina Nacional); 2. Capacete modular (Figura 1). ETAPAS PROCEDIMENTOS Conhecimento da ocorrência Conforme POP específico Deslocamento para o local da ocorrência Conforme POP específico Chegada ao local da ocorrência Conforme POP específico Adoção de medidas específicas Abordagem a veículo sob fundada suspeita Condução da (s) parte (s) Conforme POP específico Apresentação da ocorrência na repartição pública competente Conforme POP específico Encerramento da ocorrência Conforme POP específico FUNDAMENTAÇÃO LEGAL DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO Necessidade de ação preventiva Artigo 144, caput da Constituição Federal- CF Poder de polícia Art 78 do Código Tributário Nacional – CTN Busca pessoal Art 244 do Código de Processo Penal – CPP Busca pessoal em mulheres Art 249 do Código de Processo Penal – CPP Uso de algemas Súmula Vinculante nº 11 Supremo Tribunal Federal – STF Condução das partes Art. 5º, inciso LXI da Constituição Federal Art 178 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Não cooperação por parte da pessoa a ser abordada Desobediência (art. 330), desacato (art. 331) e resistência (art. 329) do Código Penal; Art. 68 das Contravenções Penais (Dec. Lei 3688/41). Figura 1 Capacete modular
  • 35. 35 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA PROCESSO: POLICIAMENTO OSTENSIVO COM MOTOS PROCEDIMENTO Abordagem a automóvel com 03 policiais militares e duas motocicletas ESTABELECIDO EM: REVISADO EM: Nº DA REVISÃO: REPONSÁVEL: Comandante da guarnição ATIVIDADES CRÍTICAS 1. Impacto da chegada na abordagem; 2. Desembarque dos ocupantes do veículo abordado. SEQUÊNCIA DAS AÇÕES 1. Compor a guarnição (Esclarecimento item 1 e figura 1); 2. Visualizar o veículo em atitude suspeita (Ação corretiva nº 1); 3. Aproximar a motocicleta do P1 (comandante) a 45º (quarenta e cinco graus) da lanterna direita do veículo abordado; 4. Aproximar a motocicleta do P2 (piloto do garupa) a 45º (quarenta e cinco graus) da lanterna esquerda do veículo abordado; 5. Sinalizar, o P2, com um toque na sirene, luz intermitente vermelha e uma troca de luz alta e baixa; 6. Posicionar a guarnição aproximadamente a 5m (cinco metros) da retaguarda do veículo a ser abordado; 7. Desligar as motocicletas engrenadas, através do botão de interrupção do funcionamento do motor; 8. Desmontar com o armamento na posição sul, P1 (comandante) e P3 homem (garupa), após a imobilização do veículo, em seguida o P2, o qual se preocupará com a segurança da retaguarda (Figura 2 e ação corretiva nº 2); 9. Verbalizar, o P1: “Polícia! Desligue o veículo!” “Desça(m) com as mãos para cima!”; 10. Determinar ainda aos abordados: “Venha(m) para trás do veículo! Coloque(m) as mãos sobre a parte traseira do veículo!” “Afaste(m) as pernas uma da outra! Olhe(m) para frente!” (Ações corretivas nº 3 e 4); 11. Proceder o fatiamento, o P1, de forma a visualizar se existe ou não algum indivíduo no interior do veículo, perguntando antes: “Existe mais alguém dentro do veículo!?” (Ações corretivas nº 5 e 6); 12. Coldrear o armamento e realizar a busca pessoal, o P3, tendo como segurança o P1 (Figuras 4 e 5); 13. Coldrear o armamento, toda a guarnição, após a busca pessoal (Figura 6); 14. Posicionar os abordados no lado direito de seu veículo (calçada); (Ação corretiva ) 15. Posicionar os abordados a esquerda do P1 e a direita do P3; 16. Retirar o capacete, P2 homem, acomodar no retrovisor direito de sua motocicleta e colocar sua cobertura; 17. Recolher, o P3, o capacete do comandante e retirar o seu, acomodando-os em suas respectivas motocicletas;
  • 36. 36 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos 18. Colocar, imediatamente, o comandante e o garupa, suas coberturas; 19. Solicitar, o P1, a documentação pessoal e do veículo abordado; 20. Recolher a documentação, o P1, realizando os questionamentos e verificações iniciais; 21. Permanecer, o P3, a direita do comandante na função de segurança; 22. Entregar, o P1, a documentação ao P3 e determinar que este proceda à busca e identificação veicular e consulta(s) junto ao Centro de Operações; 23. Entregar, o P3, após os trabalhos, toda documentação ao P1, repassando-lhe toda alteração verificada (caso haja); 24. Realizar, o P1, a devolução dos documentos ao(s) seu(s) respectivo(s) proprietário(s); 25. Liberar, o P1, o(s) abordado(s) com cordialidade, aguardando a saída do(s) mesmo(s) do local, em segurança. RESULTADOS ESPERADOS 1. Que as pessoas em atitudes suspeitas sejam identificadas; 2. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnição, transeuntes e abordados; 3. Que a guarnição esteja preparada para uma possível reação externa ou dos abordados; 4. Que cada policial se exponha o mínimo possível; 5. Que os policiais sejam respeitosos durante todo o procedimento. AÇÕES CORRETIVAS 1. Caso haja superioridade numérica no veículo a ser abordado, solicitar apoio (Sequência das ações nº 1); 2. Caso haja fluxo intenso de veículos na faixa da esquerda P3 deve se posicionar entre as motocicletas, à esquerda do P2 (Figura 3 e sequência das ações nº 8); 3. Caso o veículo seja de 02 (duas) portas e tenha sua visibilidade interna comprometida, o P1 deve determinar a um dos ocupantes: “Levante o encosto do banco! Deixe a porta aberta! Vá para a traseira do veículo!” (Sequência das ações nº 10 e POP 103.01); 4. Caso o veículo seja de 04 (quatro) portas e tenha sua visibilidade interna comprometida: “Motorista feche sua porta!” e a um dos ocupantes: “Deixe sua porta aberta! Abra a porta traseira! Vá para a traseira do veículo!” (Sequência das ações nº 10); 5. Caso perceba a falta de segurança para a execução do fatiamento, o PM deverá redobrar a cautela e recorrer às técnicas de progressão, tomada de barricada ou redução de silhueta e olhada rápida (Sequência das ações nº 11); 6. Caso seja constatada a presença de outra(s) pessoa(s) no interior do veículo, quando do fatiamento ou averiguação, o comandante deverá determinar: “Desça(m) com as mãos para cima!”, “Se posicione(m) ao lado dos demais!” (Sequência das ações nº 11); 7. Caso no transcorrer da abordagem, o abordado comporte-se de maneira não cooperativa (resistência passiva ou ativa), adotar o uso seletivo da força; 8. Caso o veículo abordado venha a evadir, iniciar acompanhamento e solicitar apoio para cerco. 9. Caso o veículo a ser abordado pare do lado esquerdo da via, os abordados serão posicionados na calçada do lado esquerdo de seu veículo ficando a direita do P1 e a esquerda do P3; (Sequência de Ação 14)
  • 37. 37 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos POSSIBILIDADES DE ERRO 1. Designar um policial militar canhoto para função de garupa; 2. Não sinalizar corretamente para determinar a parada do veículo a ser abordado; 3. Posicionar incorretamente a(s) motocicleta(s) no momento da abordagem; 4. Agir isoladamente; 5. Posicionar incorretamente o(s) abordado(s); 6. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo procedimento; 7. Conversar, o P3, com os abordados; 8. Agir desordenadamente. ESCLARECIMENTOS: Item 1(Sequência das ações nº 1): Compor a guarnição: P1: comandante da guarnição (responsável pela escrituração); P2: piloto do garupa (escriturário da guarnição); P3: garupa (a arma ficará fora do coldre, em contato com a parte lateral da coxa, obedecendo às regras do dedo fora do gatilho e controle de cano). Figura 1: Figura 2 (Sequência das ações nº 8): Desembarque da guarnição P1P2 P3 P1 P2 5 metros P3
  • 38. 38 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos Figura 3 (Ação corretiva nº 2): Desembarque da guarnição com fluxo intenso de veículos na faixa da esquerda Figura 4 (Sequências das ações nº 12 e 13): Busca pessoal e movimentação da guarnição M: motorista; P: Passageiro. P1 P2 P3 P1 º P3 º P2 º 5 metros M P
  • 39. 39 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos Figura 5 (Sequências das ações nº 11 e 12): Busca pessoal e movimentação da guarnição Figura 6 (Sequências das ações nº 15 e 16): Posicionar os abordados do lado direito de seu veículo P1 P2 P3 5 metros M P P1 P3 P2 5 metros M P
  • 40. 40 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA PROCESSO POLICIAMENTO OSTENSIVO COM MOTOS PROCEDIMENTO Abordagem a motocicleta ou similar com 03 policiais militares e 02 motos ESTABELECIDO EM: REVISADO EM: Nº DA REVISÃO: REPONSÁVEL: Comandante da guarnição ATIVIDADES CRÍTICAS 1. Impacto da chegada na abordagem; 2. Imobilização do veículo abordado; 3. Desembarque dos ocupantes do veículo abordado. SEQUÊNCIA DAS AÇÕES 1. Compor a guarnição (Esclarecimento item 1); 2. Visualizar o veículo em atitude suspeita (Ação corretiva nº 1); 3. Posicionar a arma, o P3 (garupa), em pronto baixo; 4. Aproximar a motocicleta do P2 (piloto do garupa) pela diagonal a 45º (quarenta e cinco graus), à esquerda e a 3m (três metros) do veículo abordado (Figura 1); 5. Aproximar a motocicleta do P1 (comandante) à retaguarda e a 5m (cinco metros) do veículo abordado (Figura 1); 6. Sinalizar, o P2, com um toque na sirene, luz intermitente vermelha e uma troca de luz alta e baixa; 7. Verbalizar, o P3, “Polícia! Pare a motocicleta!”; 8. Desligar as motocicletas engrenadas, através do botão de interrupção do funcionamento do motor; 9. Verbalizar, o P3, “Passageiro coloque as mãos na nuca!”. “Piloto desligue o veículo e coloque as mãos na nuca!”; 10. Desmontar, o P1, simultaneamente à verbalização do P3, com o armamento na posição sul e posicionar à direita de sua motocicleta (Figura 2); 11. Desmontar com o armamento na posição sul, o P3, e posicionar a esquerda de sua motocicleta (Figura 2 e ação corretiva nº 2); 12. Desmontar com o armamento na posição sul, o P2, e posicionar entre as motocicletas, preocupando- se com a segurança de retaguarda (Figura 2); 13. Verbalizar, o comandante, “Passageiro desça do veículo!” e “Piloto desça do veículo!”; 14. Posicionar os abordados no lado direito de seu veículo (calçada); 15. Determinar aos abordados que coloquem suas mãos na parede, na falta desta os abordados devem permanecer com as mãos na nuca e entrelaçar os dedos; 16. Manter a formação em leque, durante o deslocamento dos abordados (Figura 4); 17. Coldrear o armamento e realizar a busca pessoal, o P3, tendo como segurança o P1; 18. Determinar a retirada dos capacetes, o P3, e a entrega um por vez, realizando a verificação interna e acomodação do(s) capacete(s) no(s) retrovisor(es) da motocicleta (Ação corretiva nº 3); 19. Coldrear o armamento, toda a guarnição, após a busca pessoal; 20. Posicionar, o P1, do lado direito do(s) abordado(s); 21. Posicionar, P3 (garupa), do lado esquerdo do(s) abordado(s);
  • 41. 41 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos 22. Determinar aos abordados que voltem sua frente para a via com as mãos para trás; 23. Retirar o capacete, o P2, acomodar no retrovisor direito de sua motocicleta e colocar sua cobertura; 26. Recolher, o P3, o capacete do comandante e retirar o seu, acomodando-os em suas respectivas motos; 24. Colocar imediatamente, o P1 e P3, suas coberturas; 25. Solicitar, o P1, a documentação pessoal e do veículo; 26. Recolher a documentação, o P1, realizando os questionamentos e verificações iniciais; 27. Permanecer, o P3, a direita do comandante na função de segurança; 28. Entregar, o P1, a documentação ao P3 e determinar que este proceda à busca e identificação veicular e consulta(s) junto ao Centro de Operações; 29. Entregar, o P3, após os trabalhos, toda documentação ao P1, repassando-lhe toda alteração verificada (caso haja); 30. Realizar, o P1, a devolução dos documentos ao(s) seu(s) respectivo(s) proprietário(s); 31. Liberar, o P1, o(s) abordado(s) com cordialidade, aguardando a saída do(s) mesmo(s) do local, em segurança. RESULTADOS ESPERADOS 1. Que as pessoas em atitudes suspeitas sejam identificadas; 2. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnição, os transeuntes e os abordados; 3. Que a guarnição esteja preparada para uma possível reação dos abordados ou externa; 4. Que cada policial se exponha o mínimo possível; 5. Que os policiais sejam respeitosos durante todo o procedimento. AÇÕES CORRETIVAS 1. Caso haja superioridade numérica no veículo a ser abordado, solicitar apoio (Sequência das ações nº 1); 2. Caso haja fluxo intenso de veículos na faixa da esquerda o P3 deve se posicionar a direita de sua motocicleta e a esquerda do P2 (Figura 3 e sequência das ações nº 11); 3. Caso a motocicleta abordada não possua retrovisor(es) acomodar o(s) capacete(s) em um local seguro (Sequência das ações nº 19 e possibilidades de erro nº 15 e 16); 4. Caso no transcorrer da abordagem, o abordado comporte-se de maneira não cooperativa (resistência passiva ou ativa), adotar o uso seletivo da força; 5. Caso o garupa não tenha a possibilidade de anotar os dados em deslocamento, a guarnição deve parar as motocicletas, uma ao lado da outra, paralelas ao meio fio. Devendo o garupa desmontar, para ficar na função de segurança geral, sendo a anotação executada pelo P2; 6. Caso o veículo abordado venha a evadir, iniciar acompanhamento e solicitar apoio para cerco. POSSIBILIDADES DE ERRO 1. Designar um policial militar canhoto para função de garupa; 2. Posicionar incorretamente a(s) motocicleta(s) no momento da abordagem; 3. Agir isoladamente; 4. Posicionar incorretamente o(s) abordado(s); 5. Acomodar o(s) capacete(s) do(s) abordado(s) no chão (Sequência das ações nº 19 e ação corretiva nº 3); 6. Deixar o(s) capacete(s) do(s) abordado(s) cair(em) (Sequência das ações nº 19 e ação corretiva nº
  • 42. 42 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos 3); 7. Agir desordenadamente. ESCLARECIMENTOS: Item 1 (Sequência das ações nº 1): Compor a guarnição: P1: comandante da guarnição (responsável pela escrituração); P2: piloto do garupa (escriturário da guarnição); P3: garupa (a arma ficará fora do coldre, em contato com a parte lateral da coxa, obedecendo às regras do dedo fora do gatilho e controle de cano). Figura 1 (Sequências das ações nº 4 e 5): Figura 2 (Sequências das ações nº 10, 11 e 12): Desembarque da guarnição 3 metros 5 metros P1 P2 P3
  • 43. 43 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos Figura 3 (Ação corretiva nº 2): Desembarque da guarnição com fluxo intenso de veículos na faixa da esquerda Figura 4 (Sequência das ações nº 16): Manter a formação em leque, durante o deslocamento dos abordados m M1: piloto; M2: passageiro. P1 P2 P3 P1 P2 P3 M2 M1
  • 44. 44 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos Figura 5 (Sequência das ações nº 17 e 18): Busca pessoal e movimentação da guarnição Figura 6 (Sequência das ações nº 17 e 18): Busca pessoal e movimentação da guarnição P1 P3 P2 A2 A1 P1 P3 P2 A2 A1
  • 45. 45 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA PROCESSO POLICIAMENTO OSTENSIVO COM MOTOS PROCEDIMENTO Abordagem a pessoa com 03 policiais militares e 02 motos ESTABELECIDO EM: REVISADO EM: Nº DA REVISÃO: REPONSÁVEL: Comandante da guarnição ATIVIDADES CRÍTICAS 1. Impacto da chegada na abordagem; 2. Verbalização; 3. Desembarque da guarnição. SEQUÊNCIA DAS AÇÕES 01. Compor a guarnição (Esclarecimento item 1); 02. Visualizar a pessoa em atitude suspeita (Ação corretiva nº 1); 03. Posicionar a arma, o P3 (garupa), em pronto baixo; 04. Aproximar a motocicleta do P2 (piloto do garupa) pela diagonal a 45º (quarenta e cinco graus), à esquerda e a 5m (cinco metros) da pessoa a ser abordada (Figura 1); 05. Aproximar a motocicleta do P1 (comandante) à lateral da motocicleta do P2 e a 5m (cinco metros) da(s) pessoa(s) a ser abordada(s) (Figura 1); 06. Sinalizar, o P2, com luz intermitente vermelha; 07. Verbalizar, o P3, “Polícia! Parado! Coloque(m) as mãos para cima!”; 08. Desligar as motocicletas engrenadas, através do botão de interrupção do funcionamento do motor; 09. Desmontar, o P1, simultaneamente à verbalização do P3, determinando: “Se dirija(m) para cima da calçada e coloque(m) as mãos na nuca! Entrelacem os dedos!”; (Figura 2); 10. Desmontar com o armamento na posição sul, o P3, e posicionar a esquerda de sua motocicleta (Figura 2 e ação corretiva nº 2); 11. Desmontar com o armamento na posição sul, o P2, e posicionar entre as motocicletas, preocupando-se com a segurança de retaguarda (Figura 2); 12. Determinar ao(s) abordado(s) que coloquem suas mãos na parede, na falta desta os abordados devem permanecer com as mãos na nuca e entrelaçar os dedos; 13. Manter a formação em leque, durante o deslocamento dos abordados (Figura 3); 14. Coldrear o armamento e realizar a busca pessoal, o P3, tendo como segurança o P1; 15. Coldrear o armamento, toda a guarnição, após a busca pessoal; 16. Posicionar, o P1, do lado direito do(s) abordado(s); 17. Posicionar, P3 (garupa), do lado esquerdo do(s) abordado(s); 18. Determinar ao(s) abordado(s) que voltem sua frente para a via com as mãos para trás;
  • 46. 46 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos 19. Retirar o capacete, o P2, acomodar no retrovisor direito de sua motocicleta e colocar sua cobertura; 27. Recolher, o P3, o capacete do comandante e retirar o seu, acomodando-os em suas respectivas motos; 20. Colocar imediatamente, o P1 e P3, suas coberturas; 21. Solicitar, o P1, a documentação pessoal e do veículo; 22. Recolher a documentação, o P1, realizando os questionamentos e verificações iniciais; 23. Permanecer, o P3, a direita do comandante na função de segurança; 24. Entregar, o P1, a documentação ao P3 e determinar que este proceda consulta(s) junto ao Centro de Operações; 25. Entregar, o P3, após os trabalhos, toda documentação ao P1, repassando-lhe toda alteração verificada (caso haja); 26. Realizar, o P1, a devolução dos documentos ao(s) seu(s) respectivo(s) proprietário(s); 27. Liberar, o P1, o(s) abordado(s) com cordialidade, aguardando a saída do(s) mesmo(s) do local, em segurança. RESULTADOS ESPERADOS 1. Que as pessoas em atitudes suspeitas sejam identificadas; 2. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnição, os transeuntes e os abordados; 3. Que a guarnição esteja preparada para uma possível reação do(s) abordado(s) ou externa; 4. Que cada policial se exponha o mínimo possível; 5. Que os policiais sejam respeitosos durante todo o procedimento. AÇÕES CORRETIVAS 01 Caso haja superioridade numérica das pessoas a serem ser abordadas, solicitar apoio (Sequência das ações nº 1); 02 Caso haja fluxo intenso de veículos na faixa da esquerda o P3 deve se posicionar a direita de sua motocicleta e a esquerda do P2 (Figura 3 e sequência das ações nº 11); 03 Caso no transcorrer da abordagem, o abordado comporte-se de maneira não cooperativa (resistência passiva ou ativa), adotar o uso seletivo da força; 04 Caso o garupa não tenha a possibilidade de anotar os dados em deslocamento, a guarnição deve parar as motocicletas, uma ao lado da outra, paralelas ao meio fio. Devendo o garupa desmontar, para ficar na função de segurança geral, sendo a anotação executada pelo P2; 05 Caso o veículo abordado venha a evadir, iniciar acompanhamento e solicitar apoio para cerco. POSSIBILIDADES DE ERRO 1. Designar um policial militar canhoto para função de garupa; 2. Posicionar incorretamente a(s) motocicleta(s) no momento da abordagem; 3. Agir isoladamente; 4. Posicionar incorretamente o(s) abordado(s); 5. Agir desordenadamente.
  • 47. 47 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos Figura 1 (Sequências das ações nº 4 e 5): A1: Abordado 01 Figura 2 (Sequências das ações nº 09, 10, e 11): Desembarque da guarnição Figura 3 (Sequência das ações nº 13): Manter a formação em leque, durante o deslocamento do(s) abordado(s) 5 metros 5 metros A1 P1 P2 P3 A1 P1 P2 P3 A1
  • 48. 48 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA PROCESSO: POLICIAMENTO OSTENSIVO COM MOTOS PROCEDIMENTO: Ponto de estacionamento e patrulhamento para as motocicletas ESTABELECIDO EM: REVISADO EM: Nº DA REVISÃO: REPONSÁVEL: Comandante da guarnição ATIVIDADES CRÍTICAS 1. Parada dos veículos; 2. Período de permanência no local; 3. Embarque nos veículos. SEQUÊNCIA DAS AÇÕES 1. Desmontar da motocicleta, o P3 (garupa), e manter a segurança dos demais membros da guarnição; 2. Estacionar as motocicletas, uma ao lado da outra, perpendiculares à guia da calçada, com a frente voltada para a pista de rolamento, com os guidões rebatidos igualmente e com as chaves no painel, na posição desligado; 3. Posicionar, os policiais militares da guarnição, um ao lado do outro com as frentes voltadas para a pista de rolamento; 4. Acomodar os capacetes nos retrovisores do lado direito, excetuando o do P3, que utilizará o retrovisor esquerdo de sua motocicleta; 5. Iniciar, o P1, o processo de retorno ao patrulhamento, determinando ao P3 que coloque o capacete; 6. Colocar o capacete, o P3, e retornar para função de segurança da guarnição; 7. Colocar os capacetes, o restante da guarnição; 8. Montar e acionar suas motocicletas, os pilotos da guarnição; 9. Montar na garupa da motocicleta o P3; 10. Retornar ao patrulhamento em deslocamento (Ação corretiva nº 1). RESULTADOS ESPERADOS 1. Que o local utilizado para o estacionamento seja de boa visibilidade e seguro; 2. Que cada policial se exponha o mínimo possível; 3. Que os policiais, no ponto de estacionamento, mantenham uma postura padronizada. AÇÕES CORRETIVAS 1. Caso a guarnição tenha que parar por um tempo mais prolongado, o 3º homem devera desmontar e fazer a segurança do perímetro, mantendo a arma coldreada e empunhada (Sequência das ações nº 10); 2. Caso a motocicleta seja dotada de porta objetos (baú), não destinada-lá para condução do 3o homem. POSSIBILIDADES DE ERRO 1. Posicionar incorretamente a(s) motocicleta(s) quando do ponto de estacionamento; 2. Ficar sem cobertura durante o ponto de estacionamento; 3. Posicionar desordenadamente; 4. Deixar as motocicletas sozinhas.
  • 49. 49 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos Procedimentos Operacionais com emprego de 02 (dois) policiais e 02 (duas) motocicletas SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA PROCESSO POLICIAMENTO OSTENSIVO COM MOTOS PROCEDIMENTO Abordagem a automóvel com 02 policiais militares e duas motocicletas ESTABELECIDO EM: REVISADO EM: Nº DA REVISÃO: REPONSÁVEL: Comandante da guarnição ATIVIDADES CRÍTICAS 1. Impacto da chegada na abordagem; 2. Desembarque dos ocupantes do veículo abordado. SEQUÊNCIA DAS AÇÕES 1. Compor a guarnição (Esclarecimento item 1 e figura 1); 2. Visualizar o veículo em atitude suspeita, com pessoa(s) em seu interior em atitude(s) suspeita(s), por algum integrante da patrulha (Ação corretiva nº 1); 3. Informar a sala de operações do local da abordagem e o veículo que irá proceder a abordagem; 4. O patrulheiro que visualizou o veículo suspeito, alertará o outro, a respeito do veículo, através de um sinal convencionado; geralmente buzina. 5. Dirigir-se-á, a patrulha, até o veículo, abordando pela parte traseira. 6. Aproximar a motocicleta do P1 (comandante) a 45º (quarenta e cinco graus) da lanterna direita do veículo abordado; 7. Aproximar a motocicleta do P2 (patrulheiro) a 45º (quarenta e cinco graus) da lanterna esquerda do veículo abordado; 8. Sinalizar, o P2, com um toque na sirene, luz intermitente vermelha e uma troca de luz alta e baixa; 9. Este deslocamento até o veículo suspeito deverá efetuar-se com máxima atenção, segurança e planejamento. 10. Este veículo suspeito deverá estar no mesmo sentido da direção. 11. Posicionar a guarnição aproximadamente a 5m (cinco metros) da retaguarda do veículo a ser abordado; 12. Com um sinal de advertência com a sirene, a dupla sinalizará, para que o veículo pare. 13. Esta parada deve ser em lugar seguro, junto ao meio fio e evitando pessoas próximas. 14. Parar as motocicletas com motor preferencialmente ligados, se for possível, haja vista que se a moto parar desengata em locais com aclive ou declive, poderá cair, colocando em risco a guarnição no momento crítico da abordagem; 15. O comandante da patrulha, bem como o patrulheiro, permanecerão empunhando a arma na posição sul; 16. O Comandante da patrulha determinará – O CONDUTOR DESLIGUE O VEICULO – DESÇAM TODOS OS OCUPANTES DO VEÍCULO – TODOS SE POSTEM ATRÁS DO VEÍCULO COM AS MÃOS NO PORTA MALAS; 17. Determinar ainda aos abordados: “Afaste(m) as pernas uma da outra! Olhe(m) para frente!” (Ações corretivas nº 3 e 4); 18. Proceder o fatiamento, o P1, de forma a visualizar se existe ou não algum indivíduo no interior do veículo, perguntando antes: “Existe mais alguém dentro do veículo!?” (Ações corretivas nº 5 e 6); 19. Coldrear o armamento e realizar a busca pessoal, o patrulheiro, tendo como segurança o Comandante (Figuras 4 e 5);
  • 50. 50 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos 20. Coldrear o armamento, a guarnição, após a busca pessoal; 21. Posicionar os abordados no lado direito de seu veículo (calçada); (Ação corretiva ) 22. Posicionar os abordados a esquerda do Comandante; 23. Retirar o capacete, Patrulheiro, acomodar no retrovisor direito de sua motocicleta e colocar sua cobertura; 24. Recolher, o capacete do comandante e retirar o seu, acomodando-os em suas respectivas motocicletas; 25. O Comandante irá solicitar a documentação pessoal e do veículo abordado; 26. Recolher a documentação, realizando os questionamentos e verificações iniciais, vistos pelo comandante; 27. O patrulheiro irá proceder a busca no interior do veículo e embrulhos que estiverem no veículo; 28. O Comandante, entrega, ao patrulheiro a documentação para que este proceda a verificação e identificação veicular e consulta(s) junto ao COPOM; 29. Após os trabalhos, toda alteração verificada (caso haja) deve ser informada ao Comandante da patrulha; 30. O Comandante deverá realizar a devolução dos documentos ao(s) seu(s) respectivo(s) proprietário(s); 31. O Comandante liberará o(s) abordado(s) com cordialidade, aguardando a saída do(s) mesmo(s) do local, em segurança. RESULTADOS ESPERADOS 1. Que as pessoas em atitudes suspeitas sejam identificadas; 2. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnição, transeuntes e abordados; 3. Que a guarnição esteja preparada para uma possível reação externa ou dos abordados; 4. Que cada policial se exponha o mínimo possível; 5. Que os policiais sejam respeitosos durante todo o procedimento. AÇÕES CORRETIVAS 1. Caso haja superioridade numérica no veículo a ser abordado, solicitar apoio (Sequência das ações nº 1); 2. Caso haja fluxo intenso de veículos na faixa da esquerda deve se posicionar em local seguro e acostamento; 3. Caso o veículo seja de 02 (duas) portas e tenha sua visibilidade interna comprometida, o Comandante deve determinar a um dos ocupantes: “Levante o encosto do banco! Deixe a porta aberta! Vá para a traseira do veículo!” (Sequência das ações nº 10 e POP 103.01); 4. Caso o veículo seja de 04 (quatro) portas e tenha sua visibilidade interna comprometida: “Motorista feche sua porta!” e a um dos ocupantes: “Deixe sua porta aberta! Abra a porta traseira! Vá para a traseira do veículo!” (Sequência das ações nº 10); 5. Caso perceba a falta de segurança para a execução do fatiamento, o PM deverá redobrar a cautela e recorrer às técnicas de progressão, tomada de barricada ou redução de silhueta e olhada rápida (Sequência das ações nº 11); 6. Caso seja constatada a presença de outra(s) pessoa(s) no interior do veículo, quando do fatiamento ou averiguação, o comandante deverá determinar: “Desça(m) com as mãos para cima!”, “Se posicione(m) ao lado dos demais!” (Sequência das ações nº 11); 7. Caso no transcorrer da abordagem, o abordado comporte-se de maneira não cooperativa (resistência passiva ou ativa), adotar o uso seletivo da força; 8. Caso o veículo abordado venha a evadir, iniciar acompanhamento e solicitar apoio para cerco.
  • 51. 51 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos 9. Caso a abordagem for em subida ou descida, as motocicletas deveram se desligadas e engatadas; 10. Caso o veículo a ser abordado pare do lado esquerdo da via, os abordados serão posicionados na calçada do lado esquerdo de seu veículo ficando a direita do Comandante e a esquerda do Patrulhiero; (Sequência de Ação 14) POSSIBILIDADES DE ERRO 1. Não sinalizar corretamente para determinar a parada do veículo a ser abordado; 2. Não informar ao centro de operações, a abordagem e o local que está sendo efetuado; 3. Posicionar incorretamente a(s) motocicleta(s) no momento da abordagem; 4. Agir isoladamente; 5. Posicionar incorretamente o(s) abordado(s); 6. Deixar de utilizar a verbalização descrita pelo procedimento; 7. Conversar, discutir ou travar bate boca, com os abordados; 8. Agir desordenadamente. ESCLARECIMENTOS: Item 1(Sequência das ações nº 1): Compor a guarnição: P1: comandante da guarnição (responsável pela guarnição); P2: piloto patrulheiro (escriturário da guarnição); Figura 1: Figura 2: Desembarque da guarnição P2P1 P1 5 metros P2
  • 52. 52 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos Figura 3: Busca pessoal e movimentação da guarnição M: motorista; P: Passageiro. Figura 4: Busca pessoal e movimentação da guarnição P1 º P2 º 5 metros M P P1 P2 5 metros M P
  • 53. 53 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos Figura 5: Posicionar os abordados do lado direito de seu veículo P1 P2 5 metros M P
  • 54. 54 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA PROCESSO POLICIAMENTO OSTENSIVO COM MOTOS PROCEDIMENTO Abordagem a motocicleta ou similar com 02 policiais militares e 02 motos ESTABELECIDO EM: REVISADO EM: Nº DA REVISÃO: REPONSÁVEL: Comandante da guarnição ATIVIDADES CRÍTICAS 1. Impacto da chegada na abordagem; 2. Imobilização do veículo abordado; 3. Desembarque dos ocupantes do veículo abordado. SEQUÊNCIA DAS AÇÕES 01. Compor a guarnição (Esclarecimento item 1); 02. Visualizar o veículo em atitude suspeita (Ação corretiva nº 1); 03. Informar a sala de operações do local da abordagem e o veículo que irá proceder a abordagem; 04. Aproximar as motocicletas em posição de triângulo da moto a ser abordado, sendo o comandante a esquerda e o patrulheiro a direita e a frente o suspeito; 05. Aproximar a motocicleta do P1 (comandante) à retaguarda e a 5m (cinco metros) do veículo abordado (Figura 1); 06. Sinalizar, o P2, com um toque na sirene, luz intermitente vermelha e uma troca de luz alta e baixa; 07. Verbalizar, o P1, “Polícia! Pare a motocicleta!”; 08. Parar as motocicletas com motor ligado, se for possível, haja vista que se a moto parar desengatada em locais com aclive ou declive, poderá cair, colocando em risco a guarnição no momento crítico da abordagem; 09. Verbalizar, “Passageiro, desça da motocicleta e coloque as mãos em cima do banco!”, e fique ao lado direito. “Piloto desligue o veículo, desça e coloque as mãos no banco!” e fique ao lado esquerdo; 10. Desmontar, após o desembarque dos abordados simultaneamente o patrulheiro e cmt, com o armamento na posição sul e posicionar à esquerda de sua motocicleta (Figura 2); 11. O patrulheiro irá proceder na busca pessoal no passageiro primeiramente, com a arma coldreada; 12. Posterior irá proceder com o condutor; 13. Posicionar os abordados no lado direito de seu veículo (calçada); 14. Posicionar, o comandante, do lado direito do(s) abordado(s); 15. Determinar aos abordados que voltem sua frente para a via com as mãos para trás; 16. Retirar o capacete, patrulheiro e acomodar no retrovisor direito de sua motocicleta e colocar sua cobertura; 17. Recolher, o capacete do comandante e retirar o seu, acomodando-os em suas respectivas motos; 18. Colocar imediatamente suas coberturas; 19. Solicitar, através do Comandante, a documentação pessoal e do veículo; 20. Recolher a documentação, realizando os questionamentos e verificações iniciais; 21. O comandante entregará a documentação ao patrulheiro e determinar que este proceda à busca e identificação veicular e consulta(s) junto ao Centro de Operações; 22. Entregar, o patrulheiro, após os trabalhos, toda documentação ao Comandante, repassando-lhe toda
  • 55. 55 Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça Departamento de Políticas, Programas e Projetos alteração verificada (caso haja); 23. Realizar, o Comandante, a devolução dos documentos ao(s) seu(s) respectivo(s) proprietário(s); 24. Liberar, o P1, o(s) abordado(s) com cordialidade, aguardando a saída do(s) mesmo(s) do local, em segurança. RESULTADOS ESPERADOS 1. Que as pessoas em atitudes suspeitas sejam identificadas; 2. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro para a guarnição, os transeuntes e os abordados; 3. Que a guarnição esteja preparada para uma possível reação dos abordados ou externa; 4. Que cada policial se exponha o mínimo possível; 5. Que os policiais sejam respeitosos durante todo o procedimento. AÇÕES CORRETIVAS 1. Caso haja superioridade numérica no veículo a ser abordado, solicitar apoio (Sequência das ações nº 1); 2. Caso haja fluxo intenso de veículos na faixa, deve-se procurar um acostamento ou um local mais reservado; 3. Caso a motocicleta abordada não possua retrovisor(es) acomodar o(s) capacete(s) em um local seguro (Sequência das ações nº 19 e possibilidades de erro nº 15 e 16); 4. Caso no transcorrer da abordagem, o abordado comporte-se de maneira não cooperativa (resistência passiva ou ativa), adotar o uso seletivo da força; 5. Caso o veículo abordado venha a evadir, iniciar acompanhamento e solicitar apoio para cerco. POSSIBILIDADES DE ERRO 1. Posicionar incorretamente a(s) motocicleta(s) no momento da abordagem; 2. Agir isoladamente; 3. Não informar a sala de operação o local, veículo e quantidade de pessoas abordadas; 4. Posicionar incorretamente o(s) abordado(s); 5. Acomodar o(s) capacete(s) do(s) abordado(s) no chão (Sequência das ações nº 19 e ação corretiva nº 3); 6. Deixar o(s) capacete(s) do(s) abordado(s) cair(em) (Sequência das ações nº 19 e ação corretiva nº 3); 7. Agir desordenadamente.