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TENDÊNCIAS GEOPOLÍTICAS DA ERA CONTEMPORÂNEA
Fernando Alcoforado*
Na era contemporânea, o xadrez geopolítico internacional aponta a existência de 3
grandes protagonistas: Estados Unidos, China e Rússia. Do confronto que se estabeleça
no futuro entre estas 3 grandes potências militares poderão resultar cenários alternativos
ao atual que se caracteriza no momento pela hegemonia dos Estados Unidos na cena
mundial desde o fim do mundo bipolar em que se confrontaram os Estados Unidos e a
União Soviética. Tomando por base os 3 grandes protagonistas do xadrez geopolítico
internacional contemporâneo, pode-se afirmar que os Estados Unidos têm por objetivo
manter sua hegemonia mundial nos planos econômico e militar. Para alcançar este
objetivo, as estratégias do governo norte-americano consistem, fundamentalmente, no
seguinte: 1) barrar a ascensão da China como potência hegemônica do planeta; e, 2)
impedir a Rússia de alçar à condição de grande potência mundial ou mesmo regional.
Na prática, o governo dos Estados Unidos quer evitar o enfrentamento no futuro de dois
gigantes: a China como potência hegemônica e a Rússia revigorada.
Para barrar a ascensão da China como potência hegemônica do planeta, a estratégia
militar norte-americana está centrada na região Ásia-Pacífico, sem descurar do Oriente
Médio para combater o terrorismo, defender Israel, salvaguardar seus interesses
petrolíferos e fazer frente à ameaça do Irã. Como aliado dos Estados Unidos, o Japão
colabora com a estratégia norte-americana de “cerco” da China reforçando seu poder
militar até 2020 (Ver o artigo Japão reforça estratégia militar para reagir à China
publicado no site <http://www.portugues.rfi.fr/geral/20101217-japao-reforca-estrategia-
militar-para-reagir-china>). Outro objetivo da estratégia militar norte-americana é
tambem pressionar a aliança da Rússia com a China desenvolvendo as ações da Otan na
Europa e com o reforço de suas bases militares no Japão, Coréia do Sul e Diego Garcia
e da Frota do Pacífico. (Ver o artigo de Ruiz Pereyra Faget
sob o título Nueva estrategia militar global de Estados Unidos publicado no site
<http://port.pravda.ru/mundo/11-01-2012/32735-estrategia_eua-0/>).
O século XXI está a marcar uma mudança qualitativa no sistema internacional e na
posição nele ocupada pelos Estados Unidos. Sem dúvida que essa mudança está
estreitamente associada à emergência da China. Para ascender à condição de potência
hegemônica do planeta, a China terá que adotar 6 estratégias: 1) alcançar níveis
elevados de crescimento econômico para ultrapassar os Estados Unidos; 2) elevar
continuamente sua participação no comércio internacional para liderá-lo; 3) retirar dos
Estados Unidos a liderança econômica e militar na Ásia, o que significa atingir o cerne
do poder norte-americano na região; 4) impedir a Índia de se constituir como polo
autônomo de atração econômica na Ásia, possivelmente em alinhamento com os
Estados Unidos; 5) tornar-se potência imprescindível para a paz no golfo Pérsico entre
persas (Irã) e árabes (particularmente a Arábia Saudita) com o declínio da influência dos
Estados Unidos nesta região; e, 6) reforçar a aliança econômica e militar com a Rússia.
A China está construindo uma grande força naval para controlar o Oceano Pacífico
tendo como objetivo imediato frear o poderio militar americano no Pacífico ocidental.
Os chineses estão construindo uma força defensiva, que inclui armas que podem atingir
alvos militares norte-americanos. Os gastos militares chineses vão ultrapassar os
orçamentos combinados das doze outras grandes potências da Ásia-Pacífico (Ver o
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artigo de Michael Wines do New York Times em Pequim sob o título EUA e China
procuram acordar estratégia militar publicado no site
<http://www1.folha.uol.com.br/mundo/944409-eua-e-china-procuram-acordar-
estrategia-militar.shtml>). Segundo a revista The Economist, a China vai ultrapassar os
gastos militares dos Estados Unidos até 2025 (Ver o artigo de José Eustáquio Diniz
Alves sob o título EUA, China e Índia: disputa de hegemonia e destruição do meio
ambiente publicado no site <http://www.ecodebate.com.br/2012/01/13/eua-china-e-
india-disputa-de-hegemonia-e-destruicao-do-meio-ambiente-artigo-de-jose-eustaquio-
diniz-alves/>).
Duas grandes potências nucleares, Rússia e Índia, poderão atuar no sentido de reforçar a
posição da China e dos Estados Unidos, respectivamente. A estratégia militar da Rússia
prevê o rearmamento do Exército e da Marinha com o uso de armas convencionais e
nucleares como resposta a um ataque contra o país (Ver o artigo de Bruno Quadros e
Quadros sob o título A nova doutrina militar da Rússia: mais do mesmo? publicado no
site <http://www.enciclopedia.com.pt/news.php?readmore=181>). A expansão da
OTAN rumo às fronteiras russas é o principal perigo externo ao país. A Rússia tenderia
a apoiar a China em um conflito com os Estados Unidos. A Índia investe nas forças
armadas para fazer frente a seus poderosos vizinhos, China e Paquistão, e a questões de
segurança interna. (Ver o artigo Índia é o maior importador de armas do mundo
publicado no site <http://www.forte.jor.br/2011/03/24/india-e-o-maior-importador-de-
armas-do-mundo/>). A Índia poderia vir a apoiar a intervenção norte-americana na
região no confronto com a China.
Sobre a Rússia, é importante destacar que seus objetivos estratégicos são: 1) defender-se
da ameaça a seu território representada pelos Estados Unidos e pelas forças da OTAN;
2) reforçar sua posição como fornecedor de gás natural aos países da União Europeia; e,
3) alcançar a condição de potência mundial perdida com o fim da União Soviética. É
importante observar que, após o desmantelamento da União Soviética e do sistema
socialista do Leste Europeu, o projeto dos Estados Unidos era a ocupação dos territórios
fronteiriços da Rússia, que haviam estado sob influência soviética até 1991 (Ver o
artigo A Geopolítica das Relações entre a Federação Russa e os EUA: da
“Cooperação” ao Conflito de Numa Mazat e Franklin Serrano publicado no website
<http://www.revistaoikos.org/seer/index.php/oikos/article/view/293>). Segundo Mazat
e Serrano, o movimento de ocupação começou pelo Báltico, atravessou a Europa
Central, a Ucrânia e a Bielorússia, passou pela intervenção nos Bálcãs (ex- Iugoslávia) e
chegou até a Ásia Central e o Paquistão, ampliando as fronteiras da OTAN. Ao terminar
a década de 1990, a distribuição geopolítica das novas bases militares norte-americanas
não deixa dúvidas sobre a existência de um novo “cinturão sanitário‟, separando a
Alemanha da Rússia e a Rússia da China. A chegada de Vladimir Putin ao poder iria
modificar radicalmente esse quadro geopolítico, até então muito desfavorável para a
Rússia.
Mazat e Serrano afirmam ainda que a intervenção da OTAN na Sérvia em 1999, apesar
da forte oposição da Rússia, foi percebida pela população russa e por seus dirigentes
como uma ameaça para a segurança do país. O bombardeio da Sérvia mostrou de forma
nítida o quanto a estratégia de cerco organizada pelos Estados Unidos e seus aliados,
através do avanço programado da OTAN e da União Europeia nas zonas antigamente
controladas pela União Soviética, podia representar um perigo para a soberania da
Rússia. A chegada de Vladimir Putin ao poder da Rússia em 2000, marcou o início da
recuperação geopolítica da Rússia, cuja posição tinha sido muito enfraquecida durante o
3
governo Ieltsin na década de 1990. Putin representa a ascensão ao poder de uma ampla e
sólida coalizão de interesses econômicos e políticos que se uniram quanto à necessidade
de recompor as bases mínimas de operação de um Estado capitalista moderno que
superasse a fase selvagem e predadora da “acumulação primitiva” na Federação Russa.
A recuperação geopolítica da Rússia foi possível graças à afirmação de um projeto
nacionalista de recuperação do Estado russo por parte de Putin, segundo Mazat e
Serrano. Os dirigentes russos, na última década, decidiram concentrar seus esforços na
reconquista de um domínio geopolítico sobre a área da ex-União Soviética. Eles
pretendiam fazer com que fossem respeitadas as antigas fronteiras da União Soviética, à
exceção dos países Bálticos. Mas a maior preocupação dos russos em termos de
segurança provém da atuação da OTAN no ex-bloco soviético. Assim, a Rússia se opôs
vigorosamente em 2007 ao projeto de escudo antimíssil que os norte-americanos
queriam instalar na Europa Central (Polônia, República Tcheca), por meio da OTAN.
Esse escudo antimíssil deveria supostamente proteger os membros europeus da OTAN
contra a ameaça iraniana (Ver o artigo A Geopolítica das Relações entre a Federação
Russa e os EUA: da “Cooperação” ao Conflito de Numa Mazat e Franklin Serrano
publicado no website
<http://www.revistaoikos.org/seer/index.php/oikos/article/view/293>).
Numa Mazat e Franklin Serrano afirmam que os dirigentes russos, na década de 2000,
voltaram a dar prioridade à questão das forças armadas, visando reverter a acelerada
decadência do potencial militar do país durante a década de 1990. O objetivo dessa
reconstituição parcial do poder militar russo consistia em dar uma base material mais
forte à estratégia de afirmação diplomática e geopolítica da Rússia frente às tentativas
permanentes de enfraquecimento do país por parte dos Estados Unidos e de seus aliados
europeus. Em 2000, pela primeira vez desde 1992, a Federação Russa aumentou seu
orçamento de defesa. Em 2003, foram entregues à Força Aérea russa os primeiros caças
desde 1992, assim como helicópteros de ataque em 2004. Em 2006, começou, também,
o fornecimento à Força Aérea do Sukhoi 34, novo avião voltado ao ataque de longa
distância. Num artigo publicado em fevereiro de 2012, Vladimir Putin anunciou que a
Rússia ia gastar 580 bilhões de euros em armamento nos próximos dez anos para
modernizar seu exército.
Foi a partir do ano 2000 que a Rússia resolveu desenvolver uma parceria estratégica
com a China. A Rússia considerou que a China poderia ajudá-la na sua resistência às
ambições geopolíticas dos Estados Unidos tanto na Europa Oriental, quanto no Cáucaso
ou na Ásia Central. A Organização da Cooperação de Xangai (Shanghai Cooperation
Organization – SCO) foi criada em 2001 para estabelecer uma aliança entre a Rússia e a
China em termos militares e de combate ao terrorismo, ao fundamentalismo religioso e
ao separatismo na região da Ásia. A SCO é uma organização de cooperação política e
militar que se propõe explicitamente ser um contrapeso aos Estados Unidos e às forças
militares da OTAN. Putin resolveu as últimas disputas territoriais com a China em
2004, tornando segura sua fronteira oriental. Os dois países defendem, em geral,
posições convergentes na ONU e nos demais fóruns internacionais, como, por exemplo,
o G20 (Ver o artigo A Geopolítica das Relações entre a Federação Russa e os EUA: da
“Cooperação” ao Conflito de Numa Mazat e Franklin Serrano publicado no website
<http://www.revistaoikos.org/seer/index.php/oikos/article/view/293>).
4
Numa Mazat e Franklin Serrano afirmam que a parceria entre a China e a Rússia existe,
também, no setor do armamento. Ao longo da década de 1990, as vendas de armas para
a China foram essenciais para a sobrevivência do complexo militar-industrial russo. A
Rússia continuou sendo o maior fornecedor de armas modernas da China nos anos 2000
e houve mais recentemente transferência de tecnologia militar russa para a produção de
novas armas chinesas. Além disso, os chineses permanecem grandes clientes de
hidrocarbonetos russos. Enfim, a parceria estratégica entre China e Rússia é tão
fundamental para os dois países que as diferenças acerca da questão energética, ou
outras divergências de interesses, naturais entre duas potências, por mais importantes
que sejam, não foram capazes de ameaçar a colaboração entre os dois países no que diz
respeito à tentativa de limitar o poder dos Estados Unidos.
Além disso, a Rússia é hoje um grande fornecedor de armas para os países que querem
manter sua independência em relação aos Estados Unidos, como a Índia. Da mesma
forma, as nações que sofrem de embargo sobre armas por parte dos Estados Unidos
como a China, a Venezuela ou o Irã fazem compras militares com a Rússia. Além disso,
a Rússia continua sendo a grande potência nuclear mundial ao lado dos Estados Unidos.
As sanções unilaterais que os Estados Unidos já impuseram à Rússia devido a seu
comportamento na Ucrânia e a ameaça de impor ainda mais sanções apressou o desejo da
Rússia de encontrar novas saídas para o seu gás e petróleo. Em 16 de maio de 2014, Rússia e
China anunciaram a assinatura de um “tratado de amizade” contemplando um acordo sobre
o gás, pelo qual os dois países irão construir um gasoduto para exportar gás russo para a
China. A China vai emprestar à Rússia o dinheiro com o qual esta construirá a sua parte do
gasoduto. A Gazprom (maior produtora russa de gás e de petróleo) fez algumas concessões
de preço à China (Ver o artigo O jogo geopolítico da Rússia e da China de Immanuel
Wallerstein publicado no website <http://outraspalavras.net/posts/o-jogo-geopolitico-
de-moscou-e-pequim/>).
Cabe observar que a paulatina queda dos preços do petróleo desde junho passado,
acelerada nas últimas semanas até chegar a 69 dólares o barril de Brent coloca em xeque
a economia da Rússia e de outros países produtores de petróleo que são dependentes de
sua receita de exportação. Os países da OPEP, que passaram mais de dois anos
diminuindo sua produção, compensando assim os aumentos na extração de petróleo
bruto por parte dos países de fora da OPEP, mudaram de estratégia e desde setembro
estão aumentando sua produção contribuindo para a queda no preço do petróleo com o
propósito de inviabilizar os substitutos do petróleo como o xisto. A isso é somado o
interesse dos Estados Unidos de alcançar a autonomia energética com o xisto graças à
aplicação da tecnologia de fracking e a queda na demanda mundial de petróleo.
Uma hipótese que vem sendo aventada é a de que os Estados Unidos estão por trás da
queda no preço do petróleo para afetar as economias de países inimigos como a Rússia,
Irã e Venezuela. Por conta da queda dos preços do petróleo, a Rússia está enfrentando
no momento um violento ataque especulativo com a fuga de capitais do país da qual
está resultando uma vertiginosa queda do poder aquisitivo do Rublo. Pode-se afirmar
que, a partir de um ponto de vista geopolítico, muito provavelmente, os Estados Unidos
não pressionarão para aumentar a oferta do produto. Para agravar a situação, o epicentro
da crise econômica global, que ocorreu pela primeira vez em 2008 nos Estados Unidos e
mudou para a Europa entre 2010 e 2013, agora está se concentrando nas economias dos
mercados emergentes, inclusive na China, que está desacelerando sua economia, pode
levar o sistema capitalista mundial à depressão. Desejamos que do confronto entre
5
Estados Unidos, China e Rússia no xadrez geopolítico internacional não haja o
acirramento de conflitos que conduzam a uma nova guerra fratricida mundial.
* Fernando Alcoforado, 75, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em
Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor
universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento
regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São
Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo,
1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do
desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,
http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel,
São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era
Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social
Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG,
Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (P&A Gráfica e Editora,
Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global
(Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011) e Os Fatores Condicionantes do
Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), entre outros.

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  • 1. 1 TENDÊNCIAS GEOPOLÍTICAS DA ERA CONTEMPORÂNEA Fernando Alcoforado* Na era contemporânea, o xadrez geopolítico internacional aponta a existência de 3 grandes protagonistas: Estados Unidos, China e Rússia. Do confronto que se estabeleça no futuro entre estas 3 grandes potências militares poderão resultar cenários alternativos ao atual que se caracteriza no momento pela hegemonia dos Estados Unidos na cena mundial desde o fim do mundo bipolar em que se confrontaram os Estados Unidos e a União Soviética. Tomando por base os 3 grandes protagonistas do xadrez geopolítico internacional contemporâneo, pode-se afirmar que os Estados Unidos têm por objetivo manter sua hegemonia mundial nos planos econômico e militar. Para alcançar este objetivo, as estratégias do governo norte-americano consistem, fundamentalmente, no seguinte: 1) barrar a ascensão da China como potência hegemônica do planeta; e, 2) impedir a Rússia de alçar à condição de grande potência mundial ou mesmo regional. Na prática, o governo dos Estados Unidos quer evitar o enfrentamento no futuro de dois gigantes: a China como potência hegemônica e a Rússia revigorada. Para barrar a ascensão da China como potência hegemônica do planeta, a estratégia militar norte-americana está centrada na região Ásia-Pacífico, sem descurar do Oriente Médio para combater o terrorismo, defender Israel, salvaguardar seus interesses petrolíferos e fazer frente à ameaça do Irã. Como aliado dos Estados Unidos, o Japão colabora com a estratégia norte-americana de “cerco” da China reforçando seu poder militar até 2020 (Ver o artigo Japão reforça estratégia militar para reagir à China publicado no site <http://www.portugues.rfi.fr/geral/20101217-japao-reforca-estrategia- militar-para-reagir-china>). Outro objetivo da estratégia militar norte-americana é tambem pressionar a aliança da Rússia com a China desenvolvendo as ações da Otan na Europa e com o reforço de suas bases militares no Japão, Coréia do Sul e Diego Garcia e da Frota do Pacífico. (Ver o artigo de Ruiz Pereyra Faget sob o título Nueva estrategia militar global de Estados Unidos publicado no site <http://port.pravda.ru/mundo/11-01-2012/32735-estrategia_eua-0/>). O século XXI está a marcar uma mudança qualitativa no sistema internacional e na posição nele ocupada pelos Estados Unidos. Sem dúvida que essa mudança está estreitamente associada à emergência da China. Para ascender à condição de potência hegemônica do planeta, a China terá que adotar 6 estratégias: 1) alcançar níveis elevados de crescimento econômico para ultrapassar os Estados Unidos; 2) elevar continuamente sua participação no comércio internacional para liderá-lo; 3) retirar dos Estados Unidos a liderança econômica e militar na Ásia, o que significa atingir o cerne do poder norte-americano na região; 4) impedir a Índia de se constituir como polo autônomo de atração econômica na Ásia, possivelmente em alinhamento com os Estados Unidos; 5) tornar-se potência imprescindível para a paz no golfo Pérsico entre persas (Irã) e árabes (particularmente a Arábia Saudita) com o declínio da influência dos Estados Unidos nesta região; e, 6) reforçar a aliança econômica e militar com a Rússia. A China está construindo uma grande força naval para controlar o Oceano Pacífico tendo como objetivo imediato frear o poderio militar americano no Pacífico ocidental. Os chineses estão construindo uma força defensiva, que inclui armas que podem atingir alvos militares norte-americanos. Os gastos militares chineses vão ultrapassar os orçamentos combinados das doze outras grandes potências da Ásia-Pacífico (Ver o
  • 2. 2 artigo de Michael Wines do New York Times em Pequim sob o título EUA e China procuram acordar estratégia militar publicado no site <http://www1.folha.uol.com.br/mundo/944409-eua-e-china-procuram-acordar- estrategia-militar.shtml>). Segundo a revista The Economist, a China vai ultrapassar os gastos militares dos Estados Unidos até 2025 (Ver o artigo de José Eustáquio Diniz Alves sob o título EUA, China e Índia: disputa de hegemonia e destruição do meio ambiente publicado no site <http://www.ecodebate.com.br/2012/01/13/eua-china-e- india-disputa-de-hegemonia-e-destruicao-do-meio-ambiente-artigo-de-jose-eustaquio- diniz-alves/>). Duas grandes potências nucleares, Rússia e Índia, poderão atuar no sentido de reforçar a posição da China e dos Estados Unidos, respectivamente. A estratégia militar da Rússia prevê o rearmamento do Exército e da Marinha com o uso de armas convencionais e nucleares como resposta a um ataque contra o país (Ver o artigo de Bruno Quadros e Quadros sob o título A nova doutrina militar da Rússia: mais do mesmo? publicado no site <http://www.enciclopedia.com.pt/news.php?readmore=181>). A expansão da OTAN rumo às fronteiras russas é o principal perigo externo ao país. A Rússia tenderia a apoiar a China em um conflito com os Estados Unidos. A Índia investe nas forças armadas para fazer frente a seus poderosos vizinhos, China e Paquistão, e a questões de segurança interna. (Ver o artigo Índia é o maior importador de armas do mundo publicado no site <http://www.forte.jor.br/2011/03/24/india-e-o-maior-importador-de- armas-do-mundo/>). A Índia poderia vir a apoiar a intervenção norte-americana na região no confronto com a China. Sobre a Rússia, é importante destacar que seus objetivos estratégicos são: 1) defender-se da ameaça a seu território representada pelos Estados Unidos e pelas forças da OTAN; 2) reforçar sua posição como fornecedor de gás natural aos países da União Europeia; e, 3) alcançar a condição de potência mundial perdida com o fim da União Soviética. É importante observar que, após o desmantelamento da União Soviética e do sistema socialista do Leste Europeu, o projeto dos Estados Unidos era a ocupação dos territórios fronteiriços da Rússia, que haviam estado sob influência soviética até 1991 (Ver o artigo A Geopolítica das Relações entre a Federação Russa e os EUA: da “Cooperação” ao Conflito de Numa Mazat e Franklin Serrano publicado no website <http://www.revistaoikos.org/seer/index.php/oikos/article/view/293>). Segundo Mazat e Serrano, o movimento de ocupação começou pelo Báltico, atravessou a Europa Central, a Ucrânia e a Bielorússia, passou pela intervenção nos Bálcãs (ex- Iugoslávia) e chegou até a Ásia Central e o Paquistão, ampliando as fronteiras da OTAN. Ao terminar a década de 1990, a distribuição geopolítica das novas bases militares norte-americanas não deixa dúvidas sobre a existência de um novo “cinturão sanitário‟, separando a Alemanha da Rússia e a Rússia da China. A chegada de Vladimir Putin ao poder iria modificar radicalmente esse quadro geopolítico, até então muito desfavorável para a Rússia. Mazat e Serrano afirmam ainda que a intervenção da OTAN na Sérvia em 1999, apesar da forte oposição da Rússia, foi percebida pela população russa e por seus dirigentes como uma ameaça para a segurança do país. O bombardeio da Sérvia mostrou de forma nítida o quanto a estratégia de cerco organizada pelos Estados Unidos e seus aliados, através do avanço programado da OTAN e da União Europeia nas zonas antigamente controladas pela União Soviética, podia representar um perigo para a soberania da Rússia. A chegada de Vladimir Putin ao poder da Rússia em 2000, marcou o início da recuperação geopolítica da Rússia, cuja posição tinha sido muito enfraquecida durante o
  • 3. 3 governo Ieltsin na década de 1990. Putin representa a ascensão ao poder de uma ampla e sólida coalizão de interesses econômicos e políticos que se uniram quanto à necessidade de recompor as bases mínimas de operação de um Estado capitalista moderno que superasse a fase selvagem e predadora da “acumulação primitiva” na Federação Russa. A recuperação geopolítica da Rússia foi possível graças à afirmação de um projeto nacionalista de recuperação do Estado russo por parte de Putin, segundo Mazat e Serrano. Os dirigentes russos, na última década, decidiram concentrar seus esforços na reconquista de um domínio geopolítico sobre a área da ex-União Soviética. Eles pretendiam fazer com que fossem respeitadas as antigas fronteiras da União Soviética, à exceção dos países Bálticos. Mas a maior preocupação dos russos em termos de segurança provém da atuação da OTAN no ex-bloco soviético. Assim, a Rússia se opôs vigorosamente em 2007 ao projeto de escudo antimíssil que os norte-americanos queriam instalar na Europa Central (Polônia, República Tcheca), por meio da OTAN. Esse escudo antimíssil deveria supostamente proteger os membros europeus da OTAN contra a ameaça iraniana (Ver o artigo A Geopolítica das Relações entre a Federação Russa e os EUA: da “Cooperação” ao Conflito de Numa Mazat e Franklin Serrano publicado no website <http://www.revistaoikos.org/seer/index.php/oikos/article/view/293>). Numa Mazat e Franklin Serrano afirmam que os dirigentes russos, na década de 2000, voltaram a dar prioridade à questão das forças armadas, visando reverter a acelerada decadência do potencial militar do país durante a década de 1990. O objetivo dessa reconstituição parcial do poder militar russo consistia em dar uma base material mais forte à estratégia de afirmação diplomática e geopolítica da Rússia frente às tentativas permanentes de enfraquecimento do país por parte dos Estados Unidos e de seus aliados europeus. Em 2000, pela primeira vez desde 1992, a Federação Russa aumentou seu orçamento de defesa. Em 2003, foram entregues à Força Aérea russa os primeiros caças desde 1992, assim como helicópteros de ataque em 2004. Em 2006, começou, também, o fornecimento à Força Aérea do Sukhoi 34, novo avião voltado ao ataque de longa distância. Num artigo publicado em fevereiro de 2012, Vladimir Putin anunciou que a Rússia ia gastar 580 bilhões de euros em armamento nos próximos dez anos para modernizar seu exército. Foi a partir do ano 2000 que a Rússia resolveu desenvolver uma parceria estratégica com a China. A Rússia considerou que a China poderia ajudá-la na sua resistência às ambições geopolíticas dos Estados Unidos tanto na Europa Oriental, quanto no Cáucaso ou na Ásia Central. A Organização da Cooperação de Xangai (Shanghai Cooperation Organization – SCO) foi criada em 2001 para estabelecer uma aliança entre a Rússia e a China em termos militares e de combate ao terrorismo, ao fundamentalismo religioso e ao separatismo na região da Ásia. A SCO é uma organização de cooperação política e militar que se propõe explicitamente ser um contrapeso aos Estados Unidos e às forças militares da OTAN. Putin resolveu as últimas disputas territoriais com a China em 2004, tornando segura sua fronteira oriental. Os dois países defendem, em geral, posições convergentes na ONU e nos demais fóruns internacionais, como, por exemplo, o G20 (Ver o artigo A Geopolítica das Relações entre a Federação Russa e os EUA: da “Cooperação” ao Conflito de Numa Mazat e Franklin Serrano publicado no website <http://www.revistaoikos.org/seer/index.php/oikos/article/view/293>).
  • 4. 4 Numa Mazat e Franklin Serrano afirmam que a parceria entre a China e a Rússia existe, também, no setor do armamento. Ao longo da década de 1990, as vendas de armas para a China foram essenciais para a sobrevivência do complexo militar-industrial russo. A Rússia continuou sendo o maior fornecedor de armas modernas da China nos anos 2000 e houve mais recentemente transferência de tecnologia militar russa para a produção de novas armas chinesas. Além disso, os chineses permanecem grandes clientes de hidrocarbonetos russos. Enfim, a parceria estratégica entre China e Rússia é tão fundamental para os dois países que as diferenças acerca da questão energética, ou outras divergências de interesses, naturais entre duas potências, por mais importantes que sejam, não foram capazes de ameaçar a colaboração entre os dois países no que diz respeito à tentativa de limitar o poder dos Estados Unidos. Além disso, a Rússia é hoje um grande fornecedor de armas para os países que querem manter sua independência em relação aos Estados Unidos, como a Índia. Da mesma forma, as nações que sofrem de embargo sobre armas por parte dos Estados Unidos como a China, a Venezuela ou o Irã fazem compras militares com a Rússia. Além disso, a Rússia continua sendo a grande potência nuclear mundial ao lado dos Estados Unidos. As sanções unilaterais que os Estados Unidos já impuseram à Rússia devido a seu comportamento na Ucrânia e a ameaça de impor ainda mais sanções apressou o desejo da Rússia de encontrar novas saídas para o seu gás e petróleo. Em 16 de maio de 2014, Rússia e China anunciaram a assinatura de um “tratado de amizade” contemplando um acordo sobre o gás, pelo qual os dois países irão construir um gasoduto para exportar gás russo para a China. A China vai emprestar à Rússia o dinheiro com o qual esta construirá a sua parte do gasoduto. A Gazprom (maior produtora russa de gás e de petróleo) fez algumas concessões de preço à China (Ver o artigo O jogo geopolítico da Rússia e da China de Immanuel Wallerstein publicado no website <http://outraspalavras.net/posts/o-jogo-geopolitico- de-moscou-e-pequim/>). Cabe observar que a paulatina queda dos preços do petróleo desde junho passado, acelerada nas últimas semanas até chegar a 69 dólares o barril de Brent coloca em xeque a economia da Rússia e de outros países produtores de petróleo que são dependentes de sua receita de exportação. Os países da OPEP, que passaram mais de dois anos diminuindo sua produção, compensando assim os aumentos na extração de petróleo bruto por parte dos países de fora da OPEP, mudaram de estratégia e desde setembro estão aumentando sua produção contribuindo para a queda no preço do petróleo com o propósito de inviabilizar os substitutos do petróleo como o xisto. A isso é somado o interesse dos Estados Unidos de alcançar a autonomia energética com o xisto graças à aplicação da tecnologia de fracking e a queda na demanda mundial de petróleo. Uma hipótese que vem sendo aventada é a de que os Estados Unidos estão por trás da queda no preço do petróleo para afetar as economias de países inimigos como a Rússia, Irã e Venezuela. Por conta da queda dos preços do petróleo, a Rússia está enfrentando no momento um violento ataque especulativo com a fuga de capitais do país da qual está resultando uma vertiginosa queda do poder aquisitivo do Rublo. Pode-se afirmar que, a partir de um ponto de vista geopolítico, muito provavelmente, os Estados Unidos não pressionarão para aumentar a oferta do produto. Para agravar a situação, o epicentro da crise econômica global, que ocorreu pela primeira vez em 2008 nos Estados Unidos e mudou para a Europa entre 2010 e 2013, agora está se concentrando nas economias dos mercados emergentes, inclusive na China, que está desacelerando sua economia, pode levar o sistema capitalista mundial à depressão. Desejamos que do confronto entre
  • 5. 5 Estados Unidos, China e Rússia no xadrez geopolítico internacional não haja o acirramento de conflitos que conduzam a uma nova guerra fratricida mundial. * Fernando Alcoforado, 75, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona, http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (P&A Gráfica e Editora, Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011) e Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), entre outros.