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Portfólio de
  Estágio

  Vânia Luisa Oliveira Dias

    Alagoinhas - Bahia
Colégio: Modelo Luis Eduardo Magalhães




O estágio de regência foi realizado no Colégio Modelo Luis
Eduardo Magalhães situado na Rua Luis Viana em Alagoinhas
Bahia.
O colégio atua na formação de nível médio abrigando profissionais
(professores) graduados e especialistas distribuídos nas suas áreas de atuação.

          Na sua estrutura física possui uma biblioteca com funcionamento normal, treze
salas de aula que são arejadas e com ventiladores, quadro branco para pilotos, carteiras
que são suficientes para todos os alunos, banheiros distribuídos nos andares da escola
e também bebedouros.




Fotos: Vânia e Letícia Dias

          Possui cinco salas de línguas, um laboratório de química, uma sala de vídeo,
uma quadra esportiva, uma sala de artes, uma cantina com uma área de refeitório
ampla com telefones públicos, vestiários, um auditório, uma secretaria, uma sala de
direção, uma sala de coordenação, sala de professores com uma cozinha interna,
banheiros e almoxarifado.




Fotos: Vânia e Letícia Dias
É uma escola relativamente grande que comporta grande quantidade de alunos da
cidade e de outros municípios, e se preocupa com o bem estar dos alunos, também com a
formação social/artística dos alunos promovendo eventos culturais e incentivando a
produção artística.




       Sabe-se que o conhecimento está enraizado na vida das pessoas, e que a escola tem
responsabilidade primordial na educação, pois é lá que o aluno pode “moldar e ampliar”
seus conhecimentos com a ajuda dos professores e dos conteúdos estudados.
                                           “A principal função da escola já não é
                            promover a simples aquisição de conhecimentos, mas sim
                            ensinar a cada um como adquirir o máximo de conhecimentos
                            com a maior economia de tempo, em suma, ensinar a cada um
                            como estudar e como raciocinar com eficiência” (CASTELO
                            apud JUNIOR & BARBOSA).

        O professor é o intermediário entre o aluno e o conhecimento, são amigos nas horas
certas, mas é também aquele que educa com carinho.
        A escola é bastante confortável tanto para os alunos, quanto para os professores, os
funcionários cuidam da limpeza da escola, são bem atenciosos com os professores. A escola
em estrutura pedagógica também é bastante eficiente, são bem organizados, os professores
são competentes e uma direção de pulso forte com bastante ação.
Turma
        A turma 92M1a qual foi realizado o estágio é uma “galera” bem novinha com
muita garra e energia. Muitas vezes percebi um pouco de imaturidade na maioria da
turma, mas relevei devido a pouca idade deles.
        São mais meninas do que meninos, que a maioria pensa em fazer vestibular ou
outros cursos e que mesmo sendo na VI unidade se esforçavam para aprender.
        Existiam alguns alunos que ao assistirem as aulas perguntavam bastante sobre o
assunto e pediam exemplo do cotidiano deles.
        A turma por ser nova, tem pouca maturidade, com muita energia e por isso são
muito ativos, em compensação é uma turma alegre, com boa afetividade e receptividade.
        Não observei nenhum caso de rebeldia na turma, eles são de certa forma apesar
de serem agitados, são passivos pelo menos alguns deles, o restante “briga” por seus
direitos, mas de forma franca e meio imatura.


Professora Regente
        A professora Andréa é uma pessoa muito solicita, me orientou com relação á
escola, em sala de aula, e participou do júri simulado.
        Não tive muita dificuldade, ela me recebeu sempre que precisei de sua ajuda, e
me apresentou a turma e conversou com eles sobre mim e antes na turma anterior já
tinha conversado com a outra turma á respeito de uma estagiária.
        A professora deve ser aquela pessoa forte, mas ao mesmo tempo tranqüila,
segura, ter domínio de classe e de conteúdo e sobre tudo ser amiga do aluno.
        O aluno busca no professor um conselheiro, não alguém que mande nele, o
professor é um mediador entre o aluno e o conhecimento desta forma CORREIA (1990)
declara:
                                               “O professor é visto como educador que
                               direciona e conduz o processo de ensino. Trabalha junto
                               com o aluno sua realidade concreta. Abre perspectivas a
                               partir dos conteúdos curriculares. Cabe, pois, ao professor
                               proporcionar aos alunos a “passagem do plano de
                               satisfação individual ao plano das experiências coletivas”
                               (CORREA 1990, p.121).
Aulas de observação
        As aulas de observação foram feitas numa turma do turno vespertino 92V2, mas
devido alguns problemas (colégio) as minhas aulas de regência ocorreram na turma 92M1.
        No período em que observei a Tuma 92V2 em determinada aula ocorreu o júri
simula sobre os transgênicos. A apresentação foi bastante séria, com responsabilidade e
dedicação por parte de alguns.
        A turma trabalhou bastante no trabalho e o resultado foi muito bom.
        O júri simulado é só mais uma das estratégias de ensino aprendizagem onde o
aluno vai pesquisar sobre determinado assunto para debater.
        Anastasiou retrata o júri simulado como “simulação de um júri em que, a partir de
um problema, são apresentados argumentos de defesa e de acusação. Pode levar o grupo à
análise e avaliação de um fato proposto com objetividade e realismo, à crítica construtiva
de uma situação e à dinamização do grupo para estudar profundamente um tema real”
(ANASTASIOU& ALVES, 2004, p. 92 apud Mazzioni).




Regência
        A regência ocorreu naturalmente, não fiquei muito nervosa só um pouco ansiosa
para dar as aulas. Encarei meu estágio com bastante “seriedade” e responsabilidade para
que o trabalho fosse bem feito e os alunos me respeitassem e aprendessem o conteúdo.
        A regência foi um pouco tumultuada devido ser a última unidade e fim de ano, a
maioria dos alunos estavam passados na disciplina, mesmo assim eles se interessaram
bastante pelo assunto da unidade que foi genética.
        Os assuntos foram bem explicados em sala de aula, dando oportunidade aos alunos
de perguntarem sobre dúvidas do conteúdo. Poucas foram às atividades realizadas devido
ao tempo que foi muito curto, mas que foi suficiente para demonstração do conteúdo.
        Foi o período que pude reafirmar o que é ser professora, compreender que esta é
minha vocação, aprendi com os alunos algumas coisas, como postura em sala de aula,
tolerância, amizade e principalmente a organizar tempo e material para tantas aulas em
tantas turmas.
As aulas
       No primeiro dia de aula antes de iniciar qualquer conteúdo, comecei a me entrosar com
os alunos com um quebra-gelo, para conhecê-los melhor e para criar uma atmosfera de
animação.
       Quanto a isto NOT (1993apud MORAIS, 2007) afirma que “toda atividade requer um
dinamismo, uma dinâmica” e foi por isso que escolhi uma dinâmica para a idade deles e com
bastante agitação que foi o jogo do autógrafo.
       Nesta mesma aula antes da dinâmica fui apresentada pela professora e a turma me
recebeu muito bem. Inicie a aula com o assunto Herança ligada ao sexo com o recurso TV
Pendrive para tornar a aula mais interessante. Como era início de assunto busquei conceituar
palavras que seriam trabalhadas durante a aula para que eles através dos conceitos
entendessem melhor o conteúdo.




Slide da aula sobre herança ligada ao sexo.                 TV Pendrive



        Quando fiz um questionário de sondagem no final do estágio percebi que nem todos os
alunos apreciavam aulas no data show, e que não prestavam atenção na aula por causa de
imagens que os distraia. Mas a maioria aprovou o uso da técnica por que deixou a aula menos
monótona e interessante. Gostei bastante da aula apesar das conversas durante a explicação,
mas alguns alunos que estavam atentos perguntam sempre alguma coisa.
        Na aula seguinte que seria correção de exercício os alunos não responderam a
atividade e mesmo assim corrigi a atividade para que eles não se esquecessem de responder o
exercício quando solicitado, pois é importante que os alunos respondam as atividades do livro
para minimizar possíveis dúvidas e fixar o conteúdo. Coloquei sala em grupos e num papel o
nome das equipes e elegi o terceiro nome de cada grupo para responder a atividade no quadro.
        Nesta aula fiquei bastante chateada com os meninos, pois não responderam a atividade
e ainda estavam conversando bastante e entrando e saindo da sala a toda hora, assim tive que
chamar a atenção deles e ficar mais sérias para que se concentrassem no exercício.
        Na terceira aula foi um dos planos que deu mais certo e que gostei porque o que foi
programado na primeira aula (são duas aulas por semana) deu para realizar que foi corrigir o
restante do exercício do livro que não deu tempo na semana anterior e dar mais assunto. Em
seguida fiz a introdução do assunto 2° Lei de Mendel, explicando sobre Diibridismo e
monoibridismo e mostrei o painel ilustrativo com o cruzamento de ervilha feita por Mendel
semelhante à figura do livro didático. O painel foi mais um recurso que utilizei para dinamizar
a aula, e não deixa de ser uma aula prática para que os alunos participassem e entendessem o
assunto.
A importância das aulas práticas é destacada por Junior e Barbosa nesta citação:
                                            “as aulas práticas são extremamente proveitosas
                             para os alunos, pois possibilita a interação do aluno ao objeto
                             de conhecimento, bem como uma observação na prática dos
                             conhecimentos assimilados em sala de aula, dessa forma
                             levando o aluno a compreender o motivo de ter aprendido um
                             determinado conteúdo e ver a sua aplicação na prática. A área
                             de ensino das Ciências Biológicas é uma das que mais ganha
                             com esse tipo de prática, e que se pode dizer que é até a que
                             mais depende dela para uma melhor compreensão do aluno”
                             JUNIOR & BARBOSA (2009).
       Nesta aula os alunos estavam bastante agitados por que já estava no fim da aula e
eles queriam ir embora, mas participaram do painel colocando as ervilhas seguindo a ordem
do cruzamento. Só foi um pouco chato porque eu só tinha programado dar aula até o painel,
e como ainda faltavam dez minutos para o fim da aula, os alunos perceberam que eu não iria
continuar o assunto e queriam ir embora mesmo eu não podendo liberá-los mais cedo, mas
como não tinha como segurá-los em sala eles foram embora. A partir daí senti a necessidade
de sempre ao elaborar o plano de aula deixar algo de extra, caso o assunto programado
acabe antes da aula.




          Slide da aula sobre 2° Lei de Mendel                   Painel ilustrativo
         Na quarta semana de aula ocorreu um fato interessante, programei minha aula
normalmente, mas quando cheguei à escola descobri que os professores estavam no
conselho de classe e que os meninos seriam liberados, mas a confusão já estava “armada”
por que a regente pediu que os alunos voltassem para a sala e os meninos alegaram que a
direção tinha liberado eles.
         Qual foi minha postura, a regente pediu que eu fosse para a sala e continuasse meus
planos, o problema era que os meninos a maioria já tinham ido embora e os que estavam
ainda na escola estavam indignados com a situação. A aula foi dada, mas eles estavam tão
inquietos que na aula seguinte eu teria que reexplicar todo o assunto.
         Eu fiquei bastante incomodada com a situação, porém tranqüila porque sabia estar
fazendo a coisa certa. A emoção estava a flor da pele, não ficaram quietos um instante e é
difícil saber lidar com as suas próprias emoções e as dos alunos.
         “Os professores demonstram ter dificuldade em lidar com as situações emotivas em
sala de aula, o que é compreensível pela própria natureza da emoção” (ALMEIDA, 2003).
         O professor em sala de aula inevitavelmente tem de lidar com emoções diariamente
como: alegria, tristeza, raiva, agressividade, carência de atenção, medo, timidez/vergonha,
estresse entre outros. A dinâmica em sala de aula é esta, pois os indivíduos são movidos
pelas emoções, e o professor além de se envolver com as emoções de seus alunos ainda tem
de lidar com suas próprias emoções.
Acontece que através desses sentimentos as coisas fluem em sala de aula, porque
se os alunos estão alegres o assunto dimana melhor, se a professora não esta “estressada”
como os alunos descrevem os assuntos são passados de forma mais calma, e ocorre diálogo.
        Mas fora da sala de aula muitas vezes o professor tem de ser o ouvinte dos problemas
de seus alunos e desta forma se envolve emocionalmente com eles e laços de amizade se
fortalecem ou de forma semelhante à hostilidade também pode acontecer se determinado
aluno não vai com “a cara do professor” tudo por causa de emoções.
                                            “É o modo de agir do professor em sala de aula,
                              mais do que suas características de personalidade que colabora
                              para uma adequada aprendizagem dos alunos; fundamenta-se
                              numa determinada concepção do papel do professor, que por
                              sua vez reflete valores e padrões da sociedade” (Abreu &
                              Masetto apud Silva, 2007).
        Após a aula tumultuada, já na quinta semana de aula (inclusive foi no dia da visita da
orientadora) tive que reexplicar todo o assunto da aula anterior passando mais slides sobre
outros cruzamentos semelhantes ao cruzamento de ervilhas, só que com animais (pelagem,
cor etc.) tudo isso ocorreu na primeira parte da aula. Foi uma aula tranqüila, não fiquei
nervosa com a presença da orientadora, estava preparada e com o assunto na ponta da língua,
os meninos colaboraram ficando quietinhos,mas só até ela sair,porque depois disso foi uma
zuada só.
        Na segunda parte foi aplicado o teste com o primeiro assunto da unidade (herança
ligada ao sexo), foi uma atividade em dupla e sem consulta já que as notas da unidade
estavam estabelecidas como seis da prova e quatro de atividades, porém dois pontos já
estavam destinados para a gincana que ocorreria no dia 21 de novembro de 2010, então
resolvi fazer o teste com valor de um ponto para verificar como estava o entendimento deles
no conteúdo e também um álbum seriado sobre evolução valendo um ponto, pois é um
assunto que “cai” no vestibular e que devido ao tempo não seria visto esse assunto.




                                    Slide sobre outros cruzamentos de Mendel

       Na sexta semana de aula como os alunos alguns deles (10) iriam viajar tive que
adiantar o assunto sobre interação gênica e explicar os cruzamentos.
       Passei atividade do livro para responder valendo nota e descobri que os alunos
precisam ser estimulados para realização de algumas atividades curriculares, pois na aula
seguinte todos responderam o exercício direitinho e os que viajam deixaram com os colegas
que não foram.
       Estava irritada, pois conversa mais uma vez estava rolando solta e tive que chamar a
atenção deles várias vezes, era preciso, pois a desatenção leva ao erro na maioria das vezes.
Como conseqüência não deu tempo corrigir o exercício programado para aquela aula, só deu
pra explicar um pouco do novo assunto interação gênica.
Slide sobre interação gênica

        Na sétima semana de aula foi uma aula só de correção de exercício, tanto de
interação gênica quanto de 2° lei de Mendel por que alguns alunos não estavam então não
poderia dar conteúdo para que ninguém ficasse prejudicado.
        Dei prioridade à correção da 2° Lei de Mendel do que o assunto novo que poderia
ser visto na aula seguinte, tudo correu bem, eles tiraram dúvida e expliquei que algumas
coisas do exercício poderiam estar na prova.
        Mesmo com a ausência de alguns alunos o papo não parou e isto chateia porque
atrapalha na hora de explicar o conteúdo, e quem esta interessado não entende pela
conversa. Mais uma vez tive de parar a aula para dar um “sermão” na turma que estava de
mais, mas acredito que pela aula acontecer depois do intervalo deixa os meninos muito
agitados, afobados e cansados, o negócio é ter paciência mesmo com eles.
        Na penúltima semana de aula só terminei de corrigir o exercício e apliquei o
seguinte questionário:
       Pesquisa Sondagem
Você gosta da disciplina Biologia?
Você tem dificuldade na disciplina?
O que você achou do comportamento da estagiária na unidade?
Quais as suas críticas á respeito das aulas?
Quais suas sugestões para melhoria das aulas?
Você está satisfeito com a direção escolar?Por quê?Dê sugestão.
Está sendo preparado para o vestibular?Em caso negativo por quê?E qual sua sugestão?
        Alguns responderam que gostavam outros não, alguns tem dificuldade na
disciplina, sobre o comportamento da estagiária eles responderam que gostaram da minha
atuação e assumiram que as broncas dadas foram merecidas, pois são muito inquietos,
falaram que as aulas deveriam ser mais dinâmicas, mas também reconheceram que o
tempo não foi muito favorável, sugeriram que as aulas deveriam ser mais práticas sem
tanto assunto e com poucos trabalhos, eles contaram que a escola deveria prepará-los
melhor para o vestibular.
        Muitos dos alunos reclamaram que a escola não estava preparando eles para o
vestibular, afirmaram que a escola poderia adequar as atividades apropriadas para o 3° ano
com simulados e pontuar com notas da 4° unidade.
        “A escola pública brasileira, mediante a forma como organiza seu trabalho
pedagógico e estabelece seus regulamentos, ritmos e rituais, ainda está longe de produzir o
sucesso escolar e de alcançar os fins educacionais assegurados constitucionalmente”
(COSTA, 2000). É por causa de afirmações como a de Costa que a educação se torna cada
vez mais inaceitável, as pesquisas mostram que a educação esta degradando cada dia que
passa.
A função da escola é assegurar ao aluno conhecimento para iniciar sua vida
acadêmica, moldar forma de agir e refletir, mas o que acontece é uma aprendizagem
deficiente, sem vida e de má qualidade.
        Claro que é necessário averiguar as reais possibilidades da escola, suas propostas e
postura da direção e professores. Mas os alunos também devem se esforçar para aprender
mesmo com deficiências.
        Com relação a isso e procurando fazer o melhor pelos alunos, direcionei minhas
atividades e provas com questões de vestibular assim como fazia a professora nas provas
anteriores.




        Com a entrevista pude perceber como os alunos estavam satisfeitos com minhas
aulas, que eu passava segurança para eles e este é o papel do professor, o aluno tem que se
sentir a vontade em sala de aula para aprender de forma mais eficiente.
        Foi praticamente uma aula de despedida de conversas melosas, desculpas, caras de
saudade, creio que eles aprenderam algumas coisas no período de regência e eu aprendi
muito mais com eles.
        Nesta aula recebi os trabalhos sobre evolução (álbuns seriados), foi uma atividade
que me surpreendeu, pois os alunos reclamaram, mas no fim todos tinham feito o trabalho
com muito capricho, usei esta atividade para que eles estudassem o assunto evolução e que
devido ao tempo não daria este conteúdo.




       Álbuns confeccionados pelos alunos.
Por fim na última semana de aula que foi a prova foi só mesmo cumprimento do
     dever, a prova foi individual, teve trinta questões, mas por dica da orientadora resolvi pedir
     para eles escolherem apenas vinte questões para responder, foi como um presente de natal, as
     notas foram muito boas e quase nenhum dos alunos foram para a recuperação.
             Passei todas as atividades pelo livro que é muito bom com questões de vestibular
     apesar de ser um pouco resumido o conteúdo, e também pelo acesso que os alunos têm com o
     material.
                                                   “Os professores (as) utilizam o livro como o
                                  instrumento principal que orienta o conteúdo a ser administrado, a
                                  seqüência desses conteúdos, as atividades de aprendizagem e
                                  avaliação para o ensino das Ciências. A seleção dos livros didáticos
                                  para o Ensino de Ciências constitui uma responsabilidade de natureza
                                  social e política. Por outro lado, a quantidade de livros didáticos que
                                  circulam no mercado, faz da seleção dos mesmos uma tarefa ainda
                                  mais complexa e exigente profissionalmente” (NUNEZ et al, s.d).
             O livro trabalhado em sala de aula foi o de Paulino, também utilizei para dar minhas
     aulas alguns livros: José Luis Soares, e Amabis e Martho entre outros que foram consultados
     como o de Sônia Lopes.
             O livro de Amabis é muito bom com muitas questões e o assunto é bem explicado o
     que me deixo bem informada ao dar a aula, sem ter que seguir totalmente o livro didático.
             O livro de Soares é muito interessante quanto às questões, inclusive usei várias
     questões dele para prova, porém o conteúdo, não me agradou muito, um pouco resumido.




!!        “                                            Livro didático dos alunos
     PAULINO, Wilson Roberto. Biologia, volume 3:genética,evolução,ecologia.1°ed.São
     Paulo:Ática,2005.
SOARES, José Luís. Biologia volume único. São Paulo: Scipione, 1997.




   AMABIS, José. Mariano. MARTHO, Gilberto. Rodrigues. Biologia das Populações. Volume 3. 2°ed.
   São Paulo: Moderna, 2004.


Os Conteúdos
        Antes mesmo de conhecer os alunos, decidi que iria ensinar da maneira que gostaria de
aprender, porque nem sempre o professor se coloca no lugar do aluno pra perceber o quanto é
chato para os alunos um professor no meio da sala só falando e falando.
        Desta forma busquei deixar as aulas mais dinâmicas possíveis, com data show, com
material expositivo, com a participação dos alunos e quebra-gelo, muitas coisas deixaram de ser
feitas pelo tempo e pela dinâmica do conteúdo (Genética) não é um assunto muito fácil de
trabalhar, mas é preciso ter muita criatividade e força de vontade.
        Talvez tenha insistido muito com o recurso do data show talvez por conveniência minha
,ficando mais a vontade e segura para explicar o assunto.Mas procurei minimizar isso
conversando com os alunos,exemplificando com o dia a dia deles e com o painel para que a aula
não fosse expositiva o tempo todo.
A substituição
        Neste período de buscar escola e estágio, escolhi a escola modelo, e a professora Andréa,
que me recebeu muito bem, e ela estava com um trabalho na Direc que precisaria de uma
estagiária em suas turmas no período vespertino. Foi aí que minha vida de professora ficou
corrida e cheia de experiências, abracei sete turmas e mais a turma do estágio, foi uma loucura de
horários de conteúdos e coragem.
        O que a gente aprende no estágio na UNEB ajuda bastante, mas nada melhor do que a
prática real para nos dá uma lição. São muitas pessoas de personalidades diferentes, pensamentos
e comportamentos diferentes. O bom foi que aproveitei muitas coisas da turma de estágio para os
aluno da tarde 3° ano também, e são mais 5 turmas de 1 ano,era muito repetitivo pois era a mesma
coisa em salas diferentes.
        O estágio foi uma experiência muito diferente devido a esta nova oportunidade de ensinar
várias turmas ao mesmo tempo, muitas coisas ditas na universidade são refletidas no modo de agir
em sala de aula, muitas coisas são aprendidas em sala que deveriam ser aprendidas no curso, mas
a realidade ensina muito mais.
        É aprendido que os alunos nem todos vão gostar de você e ainda temos que ter a
maturidade de aceitar isto, o que não é fácil, a convivência é boa quando as pessoas te aceitam,
mas nem por isso devemos bloquear pessoas.
        O mais recompensador além dos “meus” alunos estarem seguindo suas vidas aprendendo
muito mais, é a amizade com alguns deles, o reconhecimento que onde você estiver um deles fala
“pró”, te reconhece é gratificante, são coisas que vão ficar para o resto da vida, é bom conversar
com eles e ouvir eles contarem os planos de sua vida, faculdade ,cursos, planos etc. Inclusive teve
um de meus alunos que passou no vestibular, agora vai ser meu colega de universidade em um
outro curso,isso é uma experiência muito interessante.
Carreira docente
        Hoje posso afirmar com todas as letras que esta é a minha profissão, muitos podem não
acreditar, mas é preciso muito mais que saber ser professor, é necessário também ter vocação
para fazer isto, gostar do que se faz que é ensinar “educar” com muito carinho e ter satisfação em
ver os resultados, mas também ter maturidade para encarar os erros e consertar para chegar ao
aprimoramento.




Conselho aos companheiros Biodocentes
       Ser professor não é uma coisa fácil, vai se aprendendo com o tempo, com estudos, com a
vida. Se depois de um estágio ou dois não sair da forma que esperou, tente de novo,mas é preciso
descobrir se realmente esta é a sua vocação, se não for faça o melhor que puder e um trabalho
bem feito.
Referências
JUNIOR, A. N. S. BARBOSA, J. R.A. Repensando o Ensino de Ciências e de
Biologia na Educação Básica: o Caminho para a Construção do Conhecimento
Científico e Biotecnológico. Democratizar, v. I I I, n. 1, jan. /abr. 2009. Disponível em:
<http://www.faetec.rj.gov.br/isezonaoeste/publicacoes/democratizar/ed4/art_jane_arild
o.pdf.>Acessado em: 04/02/2010.

CORRÊA, A. D. A escola progressista. In: Oswaldo Alonso Rays (coord.). Leituras
para repensar á pratica educativa. Porto Alegre. sagra, 1990.

MAZZIONI, Sady. AS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS NO PROCESSO DE
ENSINO-APRENDIZAGEM: CONCEPÇÕES DE ALUNOS E PROFESSORES
DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS. UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA REGIONAL DE
CHAPECÓ.                                 Disponível                            em:<
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MÉDIO. PROJETO DE REORIENTAÇÃO CURRICULAR PARA O ESTADO DO
RIO DE JANEIRO ENSINOS MÉDIO E FUNDAMENTAL (2o SEGMENTO).
Disponível em [http://omnis.if.ufrj.br/~curriculo/11-exatas-biologia.pdf]. Acesso em:
20.03.2010.

KRASILCHIK, M. Práticas de Ensino de Biologia. 4ª ed. ver. e amp.,1ª reimp. - São
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005.


ALMEIDA, Ana Rita Silva. A emoção na sala de aula. 3° ed .Campinas,
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SILVA, P. S. A Relação Professor/Aluno no Processo de Ensino/Aprendizagem.
Revista Espaço da Sophia - Nº 07 – outubro/2007 – Mensal – Ano I. Disponível em
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pedagogicas/RELA%C3%87%C3%83O%20PROFESSOR-
ALUNO/a%20relacao%20professor%20aluno%20no%20processo%20ensino%20apren
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avaliação escolar e objetivos de ensino. Trilhas, Belém, v.1, n.2, p. 56-65, nov, 2000.
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Acesso em 06 fev 2011.
MORAES, Carolina Roberta. Motivação do Aluno Durante o Processo de Ensino-
Aprendizagem. Revista Eletrônica de Educação. Ano I, No. 01, ago. / dez. 2007.
Disponível                                                                    em:
http://web.unifil.br/docs/revista_eletronica/educacao/Artigo_06.pdf. Acesso em 14
fev 2011.

NÚÑEZ, Isauro Beltrán; RAMALHO, Betânia Leite; SILVA, Ilka Karine P. da;
CAMPOS, Ana Paula N. A SELEÇÃO DOS LIVROS DIDÁTICOS: UM SABER
NECESARIO AO PROFESOR. O CASO DO ENSINO DE CIÊNCIAS. OEI- Revista
Iberoamericana            de            Educación.           Disponível      em:<
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  • 1. Portfólio de Estágio Vânia Luisa Oliveira Dias Alagoinhas - Bahia
  • 2. Colégio: Modelo Luis Eduardo Magalhães O estágio de regência foi realizado no Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães situado na Rua Luis Viana em Alagoinhas Bahia.
  • 3. O colégio atua na formação de nível médio abrigando profissionais (professores) graduados e especialistas distribuídos nas suas áreas de atuação. Na sua estrutura física possui uma biblioteca com funcionamento normal, treze salas de aula que são arejadas e com ventiladores, quadro branco para pilotos, carteiras que são suficientes para todos os alunos, banheiros distribuídos nos andares da escola e também bebedouros. Fotos: Vânia e Letícia Dias Possui cinco salas de línguas, um laboratório de química, uma sala de vídeo, uma quadra esportiva, uma sala de artes, uma cantina com uma área de refeitório ampla com telefones públicos, vestiários, um auditório, uma secretaria, uma sala de direção, uma sala de coordenação, sala de professores com uma cozinha interna, banheiros e almoxarifado. Fotos: Vânia e Letícia Dias
  • 4. É uma escola relativamente grande que comporta grande quantidade de alunos da cidade e de outros municípios, e se preocupa com o bem estar dos alunos, também com a formação social/artística dos alunos promovendo eventos culturais e incentivando a produção artística. Sabe-se que o conhecimento está enraizado na vida das pessoas, e que a escola tem responsabilidade primordial na educação, pois é lá que o aluno pode “moldar e ampliar” seus conhecimentos com a ajuda dos professores e dos conteúdos estudados. “A principal função da escola já não é promover a simples aquisição de conhecimentos, mas sim ensinar a cada um como adquirir o máximo de conhecimentos com a maior economia de tempo, em suma, ensinar a cada um como estudar e como raciocinar com eficiência” (CASTELO apud JUNIOR & BARBOSA). O professor é o intermediário entre o aluno e o conhecimento, são amigos nas horas certas, mas é também aquele que educa com carinho. A escola é bastante confortável tanto para os alunos, quanto para os professores, os funcionários cuidam da limpeza da escola, são bem atenciosos com os professores. A escola em estrutura pedagógica também é bastante eficiente, são bem organizados, os professores são competentes e uma direção de pulso forte com bastante ação.
  • 5. Turma A turma 92M1a qual foi realizado o estágio é uma “galera” bem novinha com muita garra e energia. Muitas vezes percebi um pouco de imaturidade na maioria da turma, mas relevei devido a pouca idade deles. São mais meninas do que meninos, que a maioria pensa em fazer vestibular ou outros cursos e que mesmo sendo na VI unidade se esforçavam para aprender. Existiam alguns alunos que ao assistirem as aulas perguntavam bastante sobre o assunto e pediam exemplo do cotidiano deles. A turma por ser nova, tem pouca maturidade, com muita energia e por isso são muito ativos, em compensação é uma turma alegre, com boa afetividade e receptividade. Não observei nenhum caso de rebeldia na turma, eles são de certa forma apesar de serem agitados, são passivos pelo menos alguns deles, o restante “briga” por seus direitos, mas de forma franca e meio imatura. Professora Regente A professora Andréa é uma pessoa muito solicita, me orientou com relação á escola, em sala de aula, e participou do júri simulado. Não tive muita dificuldade, ela me recebeu sempre que precisei de sua ajuda, e me apresentou a turma e conversou com eles sobre mim e antes na turma anterior já tinha conversado com a outra turma á respeito de uma estagiária. A professora deve ser aquela pessoa forte, mas ao mesmo tempo tranqüila, segura, ter domínio de classe e de conteúdo e sobre tudo ser amiga do aluno. O aluno busca no professor um conselheiro, não alguém que mande nele, o professor é um mediador entre o aluno e o conhecimento desta forma CORREIA (1990) declara: “O professor é visto como educador que direciona e conduz o processo de ensino. Trabalha junto com o aluno sua realidade concreta. Abre perspectivas a partir dos conteúdos curriculares. Cabe, pois, ao professor proporcionar aos alunos a “passagem do plano de satisfação individual ao plano das experiências coletivas” (CORREA 1990, p.121).
  • 6. Aulas de observação As aulas de observação foram feitas numa turma do turno vespertino 92V2, mas devido alguns problemas (colégio) as minhas aulas de regência ocorreram na turma 92M1. No período em que observei a Tuma 92V2 em determinada aula ocorreu o júri simula sobre os transgênicos. A apresentação foi bastante séria, com responsabilidade e dedicação por parte de alguns. A turma trabalhou bastante no trabalho e o resultado foi muito bom. O júri simulado é só mais uma das estratégias de ensino aprendizagem onde o aluno vai pesquisar sobre determinado assunto para debater. Anastasiou retrata o júri simulado como “simulação de um júri em que, a partir de um problema, são apresentados argumentos de defesa e de acusação. Pode levar o grupo à análise e avaliação de um fato proposto com objetividade e realismo, à crítica construtiva de uma situação e à dinamização do grupo para estudar profundamente um tema real” (ANASTASIOU& ALVES, 2004, p. 92 apud Mazzioni). Regência A regência ocorreu naturalmente, não fiquei muito nervosa só um pouco ansiosa para dar as aulas. Encarei meu estágio com bastante “seriedade” e responsabilidade para que o trabalho fosse bem feito e os alunos me respeitassem e aprendessem o conteúdo. A regência foi um pouco tumultuada devido ser a última unidade e fim de ano, a maioria dos alunos estavam passados na disciplina, mesmo assim eles se interessaram bastante pelo assunto da unidade que foi genética. Os assuntos foram bem explicados em sala de aula, dando oportunidade aos alunos de perguntarem sobre dúvidas do conteúdo. Poucas foram às atividades realizadas devido ao tempo que foi muito curto, mas que foi suficiente para demonstração do conteúdo. Foi o período que pude reafirmar o que é ser professora, compreender que esta é minha vocação, aprendi com os alunos algumas coisas, como postura em sala de aula, tolerância, amizade e principalmente a organizar tempo e material para tantas aulas em tantas turmas.
  • 7. As aulas No primeiro dia de aula antes de iniciar qualquer conteúdo, comecei a me entrosar com os alunos com um quebra-gelo, para conhecê-los melhor e para criar uma atmosfera de animação. Quanto a isto NOT (1993apud MORAIS, 2007) afirma que “toda atividade requer um dinamismo, uma dinâmica” e foi por isso que escolhi uma dinâmica para a idade deles e com bastante agitação que foi o jogo do autógrafo. Nesta mesma aula antes da dinâmica fui apresentada pela professora e a turma me recebeu muito bem. Inicie a aula com o assunto Herança ligada ao sexo com o recurso TV Pendrive para tornar a aula mais interessante. Como era início de assunto busquei conceituar palavras que seriam trabalhadas durante a aula para que eles através dos conceitos entendessem melhor o conteúdo. Slide da aula sobre herança ligada ao sexo. TV Pendrive Quando fiz um questionário de sondagem no final do estágio percebi que nem todos os alunos apreciavam aulas no data show, e que não prestavam atenção na aula por causa de imagens que os distraia. Mas a maioria aprovou o uso da técnica por que deixou a aula menos monótona e interessante. Gostei bastante da aula apesar das conversas durante a explicação, mas alguns alunos que estavam atentos perguntam sempre alguma coisa. Na aula seguinte que seria correção de exercício os alunos não responderam a atividade e mesmo assim corrigi a atividade para que eles não se esquecessem de responder o exercício quando solicitado, pois é importante que os alunos respondam as atividades do livro para minimizar possíveis dúvidas e fixar o conteúdo. Coloquei sala em grupos e num papel o nome das equipes e elegi o terceiro nome de cada grupo para responder a atividade no quadro. Nesta aula fiquei bastante chateada com os meninos, pois não responderam a atividade e ainda estavam conversando bastante e entrando e saindo da sala a toda hora, assim tive que chamar a atenção deles e ficar mais sérias para que se concentrassem no exercício. Na terceira aula foi um dos planos que deu mais certo e que gostei porque o que foi programado na primeira aula (são duas aulas por semana) deu para realizar que foi corrigir o restante do exercício do livro que não deu tempo na semana anterior e dar mais assunto. Em seguida fiz a introdução do assunto 2° Lei de Mendel, explicando sobre Diibridismo e monoibridismo e mostrei o painel ilustrativo com o cruzamento de ervilha feita por Mendel semelhante à figura do livro didático. O painel foi mais um recurso que utilizei para dinamizar a aula, e não deixa de ser uma aula prática para que os alunos participassem e entendessem o assunto.
  • 8. A importância das aulas práticas é destacada por Junior e Barbosa nesta citação: “as aulas práticas são extremamente proveitosas para os alunos, pois possibilita a interação do aluno ao objeto de conhecimento, bem como uma observação na prática dos conhecimentos assimilados em sala de aula, dessa forma levando o aluno a compreender o motivo de ter aprendido um determinado conteúdo e ver a sua aplicação na prática. A área de ensino das Ciências Biológicas é uma das que mais ganha com esse tipo de prática, e que se pode dizer que é até a que mais depende dela para uma melhor compreensão do aluno” JUNIOR & BARBOSA (2009). Nesta aula os alunos estavam bastante agitados por que já estava no fim da aula e eles queriam ir embora, mas participaram do painel colocando as ervilhas seguindo a ordem do cruzamento. Só foi um pouco chato porque eu só tinha programado dar aula até o painel, e como ainda faltavam dez minutos para o fim da aula, os alunos perceberam que eu não iria continuar o assunto e queriam ir embora mesmo eu não podendo liberá-los mais cedo, mas como não tinha como segurá-los em sala eles foram embora. A partir daí senti a necessidade de sempre ao elaborar o plano de aula deixar algo de extra, caso o assunto programado acabe antes da aula. Slide da aula sobre 2° Lei de Mendel Painel ilustrativo Na quarta semana de aula ocorreu um fato interessante, programei minha aula normalmente, mas quando cheguei à escola descobri que os professores estavam no conselho de classe e que os meninos seriam liberados, mas a confusão já estava “armada” por que a regente pediu que os alunos voltassem para a sala e os meninos alegaram que a direção tinha liberado eles. Qual foi minha postura, a regente pediu que eu fosse para a sala e continuasse meus planos, o problema era que os meninos a maioria já tinham ido embora e os que estavam ainda na escola estavam indignados com a situação. A aula foi dada, mas eles estavam tão inquietos que na aula seguinte eu teria que reexplicar todo o assunto. Eu fiquei bastante incomodada com a situação, porém tranqüila porque sabia estar fazendo a coisa certa. A emoção estava a flor da pele, não ficaram quietos um instante e é difícil saber lidar com as suas próprias emoções e as dos alunos. “Os professores demonstram ter dificuldade em lidar com as situações emotivas em sala de aula, o que é compreensível pela própria natureza da emoção” (ALMEIDA, 2003). O professor em sala de aula inevitavelmente tem de lidar com emoções diariamente como: alegria, tristeza, raiva, agressividade, carência de atenção, medo, timidez/vergonha, estresse entre outros. A dinâmica em sala de aula é esta, pois os indivíduos são movidos pelas emoções, e o professor além de se envolver com as emoções de seus alunos ainda tem de lidar com suas próprias emoções.
  • 9. Acontece que através desses sentimentos as coisas fluem em sala de aula, porque se os alunos estão alegres o assunto dimana melhor, se a professora não esta “estressada” como os alunos descrevem os assuntos são passados de forma mais calma, e ocorre diálogo. Mas fora da sala de aula muitas vezes o professor tem de ser o ouvinte dos problemas de seus alunos e desta forma se envolve emocionalmente com eles e laços de amizade se fortalecem ou de forma semelhante à hostilidade também pode acontecer se determinado aluno não vai com “a cara do professor” tudo por causa de emoções. “É o modo de agir do professor em sala de aula, mais do que suas características de personalidade que colabora para uma adequada aprendizagem dos alunos; fundamenta-se numa determinada concepção do papel do professor, que por sua vez reflete valores e padrões da sociedade” (Abreu & Masetto apud Silva, 2007). Após a aula tumultuada, já na quinta semana de aula (inclusive foi no dia da visita da orientadora) tive que reexplicar todo o assunto da aula anterior passando mais slides sobre outros cruzamentos semelhantes ao cruzamento de ervilhas, só que com animais (pelagem, cor etc.) tudo isso ocorreu na primeira parte da aula. Foi uma aula tranqüila, não fiquei nervosa com a presença da orientadora, estava preparada e com o assunto na ponta da língua, os meninos colaboraram ficando quietinhos,mas só até ela sair,porque depois disso foi uma zuada só. Na segunda parte foi aplicado o teste com o primeiro assunto da unidade (herança ligada ao sexo), foi uma atividade em dupla e sem consulta já que as notas da unidade estavam estabelecidas como seis da prova e quatro de atividades, porém dois pontos já estavam destinados para a gincana que ocorreria no dia 21 de novembro de 2010, então resolvi fazer o teste com valor de um ponto para verificar como estava o entendimento deles no conteúdo e também um álbum seriado sobre evolução valendo um ponto, pois é um assunto que “cai” no vestibular e que devido ao tempo não seria visto esse assunto. Slide sobre outros cruzamentos de Mendel Na sexta semana de aula como os alunos alguns deles (10) iriam viajar tive que adiantar o assunto sobre interação gênica e explicar os cruzamentos. Passei atividade do livro para responder valendo nota e descobri que os alunos precisam ser estimulados para realização de algumas atividades curriculares, pois na aula seguinte todos responderam o exercício direitinho e os que viajam deixaram com os colegas que não foram. Estava irritada, pois conversa mais uma vez estava rolando solta e tive que chamar a atenção deles várias vezes, era preciso, pois a desatenção leva ao erro na maioria das vezes. Como conseqüência não deu tempo corrigir o exercício programado para aquela aula, só deu pra explicar um pouco do novo assunto interação gênica.
  • 10. Slide sobre interação gênica Na sétima semana de aula foi uma aula só de correção de exercício, tanto de interação gênica quanto de 2° lei de Mendel por que alguns alunos não estavam então não poderia dar conteúdo para que ninguém ficasse prejudicado. Dei prioridade à correção da 2° Lei de Mendel do que o assunto novo que poderia ser visto na aula seguinte, tudo correu bem, eles tiraram dúvida e expliquei que algumas coisas do exercício poderiam estar na prova. Mesmo com a ausência de alguns alunos o papo não parou e isto chateia porque atrapalha na hora de explicar o conteúdo, e quem esta interessado não entende pela conversa. Mais uma vez tive de parar a aula para dar um “sermão” na turma que estava de mais, mas acredito que pela aula acontecer depois do intervalo deixa os meninos muito agitados, afobados e cansados, o negócio é ter paciência mesmo com eles. Na penúltima semana de aula só terminei de corrigir o exercício e apliquei o seguinte questionário: Pesquisa Sondagem Você gosta da disciplina Biologia? Você tem dificuldade na disciplina? O que você achou do comportamento da estagiária na unidade? Quais as suas críticas á respeito das aulas? Quais suas sugestões para melhoria das aulas? Você está satisfeito com a direção escolar?Por quê?Dê sugestão. Está sendo preparado para o vestibular?Em caso negativo por quê?E qual sua sugestão? Alguns responderam que gostavam outros não, alguns tem dificuldade na disciplina, sobre o comportamento da estagiária eles responderam que gostaram da minha atuação e assumiram que as broncas dadas foram merecidas, pois são muito inquietos, falaram que as aulas deveriam ser mais dinâmicas, mas também reconheceram que o tempo não foi muito favorável, sugeriram que as aulas deveriam ser mais práticas sem tanto assunto e com poucos trabalhos, eles contaram que a escola deveria prepará-los melhor para o vestibular. Muitos dos alunos reclamaram que a escola não estava preparando eles para o vestibular, afirmaram que a escola poderia adequar as atividades apropriadas para o 3° ano com simulados e pontuar com notas da 4° unidade. “A escola pública brasileira, mediante a forma como organiza seu trabalho pedagógico e estabelece seus regulamentos, ritmos e rituais, ainda está longe de produzir o sucesso escolar e de alcançar os fins educacionais assegurados constitucionalmente” (COSTA, 2000). É por causa de afirmações como a de Costa que a educação se torna cada vez mais inaceitável, as pesquisas mostram que a educação esta degradando cada dia que passa.
  • 11. A função da escola é assegurar ao aluno conhecimento para iniciar sua vida acadêmica, moldar forma de agir e refletir, mas o que acontece é uma aprendizagem deficiente, sem vida e de má qualidade. Claro que é necessário averiguar as reais possibilidades da escola, suas propostas e postura da direção e professores. Mas os alunos também devem se esforçar para aprender mesmo com deficiências. Com relação a isso e procurando fazer o melhor pelos alunos, direcionei minhas atividades e provas com questões de vestibular assim como fazia a professora nas provas anteriores. Com a entrevista pude perceber como os alunos estavam satisfeitos com minhas aulas, que eu passava segurança para eles e este é o papel do professor, o aluno tem que se sentir a vontade em sala de aula para aprender de forma mais eficiente. Foi praticamente uma aula de despedida de conversas melosas, desculpas, caras de saudade, creio que eles aprenderam algumas coisas no período de regência e eu aprendi muito mais com eles. Nesta aula recebi os trabalhos sobre evolução (álbuns seriados), foi uma atividade que me surpreendeu, pois os alunos reclamaram, mas no fim todos tinham feito o trabalho com muito capricho, usei esta atividade para que eles estudassem o assunto evolução e que devido ao tempo não daria este conteúdo. Álbuns confeccionados pelos alunos.
  • 12. Por fim na última semana de aula que foi a prova foi só mesmo cumprimento do dever, a prova foi individual, teve trinta questões, mas por dica da orientadora resolvi pedir para eles escolherem apenas vinte questões para responder, foi como um presente de natal, as notas foram muito boas e quase nenhum dos alunos foram para a recuperação. Passei todas as atividades pelo livro que é muito bom com questões de vestibular apesar de ser um pouco resumido o conteúdo, e também pelo acesso que os alunos têm com o material. “Os professores (as) utilizam o livro como o instrumento principal que orienta o conteúdo a ser administrado, a seqüência desses conteúdos, as atividades de aprendizagem e avaliação para o ensino das Ciências. A seleção dos livros didáticos para o Ensino de Ciências constitui uma responsabilidade de natureza social e política. Por outro lado, a quantidade de livros didáticos que circulam no mercado, faz da seleção dos mesmos uma tarefa ainda mais complexa e exigente profissionalmente” (NUNEZ et al, s.d). O livro trabalhado em sala de aula foi o de Paulino, também utilizei para dar minhas aulas alguns livros: José Luis Soares, e Amabis e Martho entre outros que foram consultados como o de Sônia Lopes. O livro de Amabis é muito bom com muitas questões e o assunto é bem explicado o que me deixo bem informada ao dar a aula, sem ter que seguir totalmente o livro didático. O livro de Soares é muito interessante quanto às questões, inclusive usei várias questões dele para prova, porém o conteúdo, não me agradou muito, um pouco resumido. !! “ Livro didático dos alunos PAULINO, Wilson Roberto. Biologia, volume 3:genética,evolução,ecologia.1°ed.São Paulo:Ática,2005.
  • 13. SOARES, José Luís. Biologia volume único. São Paulo: Scipione, 1997. AMABIS, José. Mariano. MARTHO, Gilberto. Rodrigues. Biologia das Populações. Volume 3. 2°ed. São Paulo: Moderna, 2004. Os Conteúdos Antes mesmo de conhecer os alunos, decidi que iria ensinar da maneira que gostaria de aprender, porque nem sempre o professor se coloca no lugar do aluno pra perceber o quanto é chato para os alunos um professor no meio da sala só falando e falando. Desta forma busquei deixar as aulas mais dinâmicas possíveis, com data show, com material expositivo, com a participação dos alunos e quebra-gelo, muitas coisas deixaram de ser feitas pelo tempo e pela dinâmica do conteúdo (Genética) não é um assunto muito fácil de trabalhar, mas é preciso ter muita criatividade e força de vontade. Talvez tenha insistido muito com o recurso do data show talvez por conveniência minha ,ficando mais a vontade e segura para explicar o assunto.Mas procurei minimizar isso conversando com os alunos,exemplificando com o dia a dia deles e com o painel para que a aula não fosse expositiva o tempo todo.
  • 14. A substituição Neste período de buscar escola e estágio, escolhi a escola modelo, e a professora Andréa, que me recebeu muito bem, e ela estava com um trabalho na Direc que precisaria de uma estagiária em suas turmas no período vespertino. Foi aí que minha vida de professora ficou corrida e cheia de experiências, abracei sete turmas e mais a turma do estágio, foi uma loucura de horários de conteúdos e coragem. O que a gente aprende no estágio na UNEB ajuda bastante, mas nada melhor do que a prática real para nos dá uma lição. São muitas pessoas de personalidades diferentes, pensamentos e comportamentos diferentes. O bom foi que aproveitei muitas coisas da turma de estágio para os aluno da tarde 3° ano também, e são mais 5 turmas de 1 ano,era muito repetitivo pois era a mesma coisa em salas diferentes. O estágio foi uma experiência muito diferente devido a esta nova oportunidade de ensinar várias turmas ao mesmo tempo, muitas coisas ditas na universidade são refletidas no modo de agir em sala de aula, muitas coisas são aprendidas em sala que deveriam ser aprendidas no curso, mas a realidade ensina muito mais. É aprendido que os alunos nem todos vão gostar de você e ainda temos que ter a maturidade de aceitar isto, o que não é fácil, a convivência é boa quando as pessoas te aceitam, mas nem por isso devemos bloquear pessoas. O mais recompensador além dos “meus” alunos estarem seguindo suas vidas aprendendo muito mais, é a amizade com alguns deles, o reconhecimento que onde você estiver um deles fala “pró”, te reconhece é gratificante, são coisas que vão ficar para o resto da vida, é bom conversar com eles e ouvir eles contarem os planos de sua vida, faculdade ,cursos, planos etc. Inclusive teve um de meus alunos que passou no vestibular, agora vai ser meu colega de universidade em um outro curso,isso é uma experiência muito interessante.
  • 15. Carreira docente Hoje posso afirmar com todas as letras que esta é a minha profissão, muitos podem não acreditar, mas é preciso muito mais que saber ser professor, é necessário também ter vocação para fazer isto, gostar do que se faz que é ensinar “educar” com muito carinho e ter satisfação em ver os resultados, mas também ter maturidade para encarar os erros e consertar para chegar ao aprimoramento. Conselho aos companheiros Biodocentes Ser professor não é uma coisa fácil, vai se aprendendo com o tempo, com estudos, com a vida. Se depois de um estágio ou dois não sair da forma que esperou, tente de novo,mas é preciso descobrir se realmente esta é a sua vocação, se não for faça o melhor que puder e um trabalho bem feito.
  • 16. Referências JUNIOR, A. N. S. BARBOSA, J. R.A. Repensando o Ensino de Ciências e de Biologia na Educação Básica: o Caminho para a Construção do Conhecimento Científico e Biotecnológico. Democratizar, v. I I I, n. 1, jan. /abr. 2009. Disponível em: <http://www.faetec.rj.gov.br/isezonaoeste/publicacoes/democratizar/ed4/art_jane_arild o.pdf.>Acessado em: 04/02/2010. CORRÊA, A. D. A escola progressista. In: Oswaldo Alonso Rays (coord.). Leituras para repensar á pratica educativa. Porto Alegre. sagra, 1990. MAZZIONI, Sady. AS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: CONCEPÇÕES DE ALUNOS E PROFESSORES DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS. UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA REGIONAL DE CHAPECÓ. Disponível em:< http://www.congressousp.fipecafi.org/artigos92009/283.pdf>. Acesso em 27 jan 2011. SOUZA, E. O. S.; SILVA, E. S.; DOTTORI, S. S. BIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO. PROJETO DE REORIENTAÇÃO CURRICULAR PARA O ESTADO DO RIO DE JANEIRO ENSINOS MÉDIO E FUNDAMENTAL (2o SEGMENTO). Disponível em [http://omnis.if.ufrj.br/~curriculo/11-exatas-biologia.pdf]. Acesso em: 20.03.2010. KRASILCHIK, M. Práticas de Ensino de Biologia. 4ª ed. ver. e amp.,1ª reimp. - São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005. ALMEIDA, Ana Rita Silva. A emoção na sala de aula. 3° ed .Campinas, SP:Papirus,2003. SILVA, P. S. A Relação Professor/Aluno no Processo de Ensino/Aprendizagem. Revista Espaço da Sophia - Nº 07 – outubro/2007 – Mensal – Ano I. Disponível em [http://www.smec.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-praxis- pedagogicas/RELA%C3%87%C3%83O%20PROFESSOR- ALUNO/a%20relacao%20professor%20aluno%20no%20processo%20ensino%20apren dizagem. Pdf]. Acesso em: 06 fev.2011. NUNES, Cely do Socorro Costa. A função social da escola e sua relação com a avaliação escolar e objetivos de ensino. Trilhas, Belém, v.1, n.2, p. 56-65, nov, 2000. Disponível em:< http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/pdf/artigos_revistas/2.pdf>. Acesso em 06 fev 2011.
  • 17. MORAES, Carolina Roberta. Motivação do Aluno Durante o Processo de Ensino- Aprendizagem. Revista Eletrônica de Educação. Ano I, No. 01, ago. / dez. 2007. Disponível em: http://web.unifil.br/docs/revista_eletronica/educacao/Artigo_06.pdf. Acesso em 14 fev 2011. NÚÑEZ, Isauro Beltrán; RAMALHO, Betânia Leite; SILVA, Ilka Karine P. da; CAMPOS, Ana Paula N. A SELEÇÃO DOS LIVROS DIDÁTICOS: UM SABER NECESARIO AO PROFESOR. O CASO DO ENSINO DE CIÊNCIAS. OEI- Revista Iberoamericana de Educación. Disponível em:< http://www.rieoei.org/deloslectores/427Beltran.pdf>. Acesso em: 15 fev 2011.