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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
 DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA – DCET




Estágio de Supervisionado 2




             Alana Alves Farias




                Alagoinhas
                   2011
Portfólio de Estágio de Regência




                         Portfólio  solicitado  como
                         avaliação e cumprimento de
                         carga horária da disciplina
                         Prática Pedagógica e Estágio
                         Supervisionado II, sob a
                         regência da Profª. Cláudia
                         Regina Teixeira de Souza.




            Alagoinhas
              2011
“O biólogo é o intérprete da natureza viva.”

                                       (Rodej)
I



                                      SUMÁRIO:




SUMÁRIO                                           I
APRESENTAÇÃO                                     II
1. INTRODUÇÃO                                    1
1.1 Caracterização da Escola                     2
1.2 Caracterização geral das turmas              7
1.3 Caracterização da Professora                 8
2. OBJETIVO                                      9
3. OBSERVAÇÃO DAS AULAS                          9
3.1 Primeiro ano 90 M 3                          9
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS                          19
5. REFERÊNCIAS                                   21
II



                     APRESENTAÇÃO



     Eu me chamo Alana Alves Farias, tenho 25 anos sou
estudante do oitavo semestre do curso de Licenciatura em
Ciências Biológicas, oferecido pela Universidade do Estado da
Bahia - UNEB campus II, em Alagoinhas, a 2 anos trabalho
lecionando num cursinho pré-vestibular, a 8 meses ministro
aulas num curso de patologia clínica numa escola técnica de
enfermagem ambas situadas em Alagoinhas, tenho experiência
de 8 meses em monitoria de Biologia Celular e Molecular na
UNEB, além de atuar em pesquisa na área de biologia celular
e bioquímica no laboratório de genética da instituição.




                                    ALANA ALVES FARIAS.
1

INTRODUÇÃO


         O Ensino Médio tem grande importância na formação do aluno, pois é ele
quem inicia o indivíduo nas suas escolhas e o prepara para a futura vida acadêmica
ou profissional, além de contribuir para a formação do aluno cidadão e responsável
pelos seus desejos e deveres.
         De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio- PCN
(2000)
                     O Ensino Médio está mudando e necessita romper com modelos
                     tradicionais, para que se alcancem os objetivos propostos. A
                     perspectiva é de uma aprendizagem permanente, de uma formação
                     continuada, considerando como elemento central dessa formação a
                     construção da cidadania em função dos processos sociais que se
                     modificam. Alteram-se, portanto, os objetivos de formação no nível do
                     Ensino Médio. Prioriza-se a formação ética e o desenvolvimento da
                     autonomia intelectual e do pensamento crítico.

         O Estágio de Licenciatura é uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (nº 9394/96). O estágio é necessário à formação profissional a
fim de adequar essa formação às expectativas do mercado de trabalho onde o
licenciado irá atuar. Assim o estágio dá oportunidade de aliar a teoria à prática
(BARRETO, 2006).
         O estágio de regência é a oportunidade de se colocar em prática tudo o que
se aprende nas práticas pedagógicas, só que com a vantagem de adequar algumas
metodologias a depender da situação vivenciada em sala de aula, disciplina
obrigatória, talvez por seja de fundamental importância para a formação do
professor, pois é na prática do ensino que se aprende como lidar com as situações
mais inusitadas que muitas vezes nem foi discutida nas aulas de prática pedagógica
o que corrobora com Januario (2008) o “Estágio Supervisionado é o primeiro contato
que o aluno-professor tem com seu futuro campo de atuação, por meio da
observação, da participação e da regência, o licenciando poderá refletir sobre e
vislumbrar futuras ações pedagógicas”.
         Assim, é no estágio que o aluno de licenciatura realmente atua como um
futuro educador, pois é vivenciando que aprende a identificar e solucionar os
problemas que ocorrem em sala de aula, e são experiências como essas que
colaboram com a transição do estagiário-professor. O estágio foi realizado no
2

Colégio Estadual Polivalente de Alagoinhas, situado no município de Alagoinhas-Ba,
durante o período de 10 de outubro a 06 de dezembro de 2010, numa turma do
primeiro ano do Ensino Médio. Este foi realizado em duas etapas, uma de
observação e outra de regência e foi desenvolvida a partir da elaboração de planos
semanais contendo sequências didáticas que buscaram potencializar as relações
interativas em sala de aula acompanhadas de proposta de avaliação viável a
realidade dos alunos.




1.1 Caracterização da escola

       O Colégio Estadual Polivalente de Alagoinhas (Figura 1) localiza-se no bairro
Silva Jardim, na rua Prof. Artur Pereira de Oliveira. Possui grande área e abriga
todas as séries do Ensino Fundamental e Médio, o perfil dos estudantes em sua
maioria, são oriundos de bairros próximos e da zona rural. A escola apresenta ao
todo dezesseis salas de aula padronizadas, bem arejadas e iluminadas, existe
espaço em sala para comportar todos os alunos matriculados, estes são
organizados nas salas de acordo com a faixa etária de cada série, além disso, em
cada sala possui suporte para equipamento de TV e ventilador, porém as salas se
encontram constantemente desarrumadas como mostra a figura 2 e 3. Mesmo
durante o intervalo os alunos não têm acesso à área do colégio onde se localiza a
fachada e a quadra de esportes, sendo esta usada somente para as aulas de
educação física. O colégio conta com uma equipe de seis professores para os
componentes curriculares de ciências e biologia, todos formados pela Universidade
do Estado da Bahia no antigo curso de licenciatura em ciências com habilitação em
biologia.
       A escola possui uma organização moderada até porque se trata de uma
grande escola e para tanto é mais difícil manter uma boa organização sem falar na
falta de disciplina por parte de alguns alunos.
       Efetuou-se atualmente no Brasil uma conjunção do nível primário e médio,
tendendo à escola unificada, que não deixou de criar problemas de “áreas de
competência” entre o staff: quem dirige a escola unificada, o diretor do antigo
primário ou do secundário? Em suma, na escola como organização complexa
3

articulam-se várias instâncias burocráticas (diretor, professores, secretário) e de
linha (serventes, escriturários, bedéis), incluindo a inevitável Associação de Pais e
Mestres e o aluno, objeto supremo da instituição, conforme o tom dos discursos
solenes em épocas não menos solenes ( TRAGTENBERG, s/d).
       Dentre todas essas instâncias acredito que a mais importante e a menos
frequente é a Associação de Pais, pois são eles quem deveriam gerenciar o
comportamento dos seus filhos tanto na escola quanto em casa no que se refere a
confecção das atividades.




                                              Figura 1. Fachada do colégio.




 Figura 2. Sala de aula.                       Figura 3. Sala de aula.
4

                                         A biblioteca...




      A biblioteca está desorganizada, pois ainda está sendo concluída, mesmo
assim, os alunos têm acesso ao acervo para leitura e empréstimos. Alguns alunos
conversam e brincam muito durante a pesquisa, outros se comportam fazendo
silêncio e pesquisando. (Figuras 4 e 5).
      O bom comportamento do aluno durante a pesquisa na biblioteca depende
em parte das normas que esta expõe aos estudantes além, é claro da educação
doméstica, o bibliotecário deve sempre estar à disposição e atento a todos os fatos
ocorridos na biblioteca para que assim haja silêncio a fim de que outros estudantes
consigam pesquisar e trabalhar sem maiores transtornos.
                      Houve uma campanha de silêncio na biblioteca da Universidade
                      Estadual de Londrina, um de seus alunos indignado escreveu “Não
                      parece brincadeira ser necessário fazer uma campanha em uma
                      universidade pública do tamanho e do prestígio da UEL pedindo para
                      seus alunos fazerem silêncio na BIBLIOTECA?” Segundo ele cinco
                      alunos do curso de medicina conversavam como se estivessem em
                      uma boate, sentados na mesa, rindo, contando história, enfim,
                      qualquer coisa que não fosse estudar. Cinco pessoas “educadas”, que
                      passaram a vida estudando (muito provavelmente em boas escolas) e
                      que, apesar disso, não sabem a diferença entre um bar e uma
                      biblioteca (Campanha pelo silêncio nas Bibliotecas, 2008).


      Parece então, que este não é um problema exclusivo do Polivalente, o que
falta além de educação doméstica é incentivo à leitura e aos bons comportamentos
dentro de uma biblioteca.




       Figura 4. Acervo da Biblioteca.                     Figura 5. Biblioteca.
5

                                      O Laboratório...




      A escola possui um laboratório para as disciplinas de ciências naturais, os
materiais de cada disciplina fica contido em armários separados e em cima dos
armários encontra-se maquetes confeccionadas pelos alunos, pois não há outro
local para armazená-las (Figura.6). Este é equipado com diversos recursos
audiovisuais, como televisão, aparelho de DVD, data-show, e até um microscópio
acoplado à televisão e TVs pen-drive, entretanto esta é pouco utilizada. (Figura. 7)

 Figura 6. Bancadas, data-show, tv e tv pen-drive.   Figura 7. Armários, trabalhos e bancadas.




Ainda sobre o Laboratório...

      Nas figuras abaixo observa-se na primeira (Figura 8) uma centrífuga a qual a
professora havia dito que não usava porque não sabia manipular; e na segunda
(Figura 9) encontra-se vidrarias de laboratório, estas são mantidas desta forma, não
tem nenhum lugar seguro e compatível onde possa se manter estas vidrarias, e em
ambas as figuras podemos observar o estado precário de higiene.
      Apesar de o laboratório conter alguns equipamentos importantes para o
aprendizado dos alunos, o mesmo possui pouca organização, pois as vidrarias se
encontram em fácil acesso aos alunos o que pode até ser um risco para os mesmos.
6

       Segundo o Manual Institucional de Biossegurança (2010) todo material
(matérias-primas, vidrarias e utensílios) utilizado pelo aluno deverá ser devolvido ao
local de sua guarda. Para que assim se evite acidentes com tais materiais.



Figura 8. Estufa e pias do laboratório de ciências.      Figura 9. Vidrarias do laboratório de ciências.




                                            O Lazer...




       A escola possui um pátio onde a maioria dos alunos se reúnem no intervalo
para bater-papo e merendar (Figura 10), a escola distribui para cada estudante a
merenda do dia, mas também há uma cantina, além disso, existe uma quadra de
esporte aberta a qual está precisando de uma reforma, pois encontra-se desgastada
como mostra a figura (Figura 11).
       A evasão escolar está dentre os temas que historicamente faz parte dos
debates e reflexões no âmbito da educação pública brasileira e que infelizmente,
ainda ocupa até os dias atuais, espaço de relevância no cenário das políticas
públicas e da educação em particular (Queiroz, s/d).
       Acredito que o lazer pode transformar a educação no que se refere ao
estímulo dos alunos que detém de certa dificuldade no aprendizado, por isso acho
importante um momento de lazer dentro da escola durante o intervalo das aulas para
7

que o estudante não crie a ideia de que a escola é um ambiente “chato” de se
frequentar, mudando este pensamento o número da evasão escolar seria bem
menor.




         Figura 10. Armários, trabalhos e bancadas.   Figura 11. Quadra poliesportiva do colégio




1.2 Caracterização geral da turma

      A regência ocorreu numa turma de primeiro ano matutino 90 M 3. A turma era
composta de vinte e dois alunos, sendo que apresentava um número quase similar
entre mulheres e homens e todos tinham um bom relacionamento entre si.
      Trabalhar numa turma pequena é muito bom, pois não há tanto transtornos
durante as atividades, aulas-práticas e provas e ainda facilita na relação aluno-
professor.


Turma 90 M 3...


      As aulas da turma 90 M 3 ocorriam ás terças-feiras iniciando-se ás 7:50 h, o
perfil da turma era de alunos descontraídos, com boa relação entre eles e também
com a professora, a turma tinha vinte e dois alunos, devido a essa pequena
quantidade de alunos a sala era pouco espaçosa, mas nada que dificultasse o
desempenho das aulas.
8




1.3 Caracterização da professora

      A professora que acompanhei nas observações das aulas se graduou na
UNEB (Universidade do Estado da Bahia), campus II no antigo curso de licenciatura
em ciências com habilitação em biologia, ela administra aulas de ciências e de
biologia no Colégio Estadual Polivalente de Alagoinhas.
      Ela mostra boa relação com seus alunos e sua metodologia se limita ao uso
estrito do livro didático sugerido pela escola, quase nunca utiliza o quadro. Primeiro
ela faz a leitura do assunto contido no livro, ou pede que um aluno leia em voz alta
para a turma e a cada parágrafo ela explica o que foi lido, depois ela pede que os
alunos respondam os exercícios do mesmo livro contido no final do assunto. Durante
as observações a professora utilizou outros métodos nas aulas como uma colagem
e montagem do DNA e aulas práticas.
      Passerini (2007) apud Jenuário (2008, p. 2) acredita que,


                     o processo de formação do professor é contínuo, inicia-se antes
                     mesmo do curso de graduação, nas interações com os atores que
                     fizeram e fazem parte de sua formação. E este processo sofre
                     influência dos acontecimentos históricos, políticos, culturais,
                     possibilitando novos modos de pensar e diferentes maneiras de agir
                     perante a realidade que o professor está inserido.


      Deste modo é imprescindível a constante atualização da formação do
professor a fim de que este desempenhe da melhor forma seu trabalho diante das
diversidades culturais e tecnológicas existentes tanto na sociedade quanto em sala
de aula, para que este saiba direcionar as distintas potencialidades e dons de seus
alunos com o intuito de compreendê-los e auxilia-los em busca de sua identidade
como cidadão e futuro profissional. E para tanto acredito que esta professora tinha
gabarito para atuar desta forma, ou seja, no incentivo a formação da identidade dos
alunos, pois a mesma tinha boa relação com os mesmos, além de até aconselhá-los
em alguns momentos.
9




2. OBJETIVO

      O objetivo deste portfólio é avaliar através de um conjunto de procedimentos
contínuo, as peculiaridades das situações observadas e vividas durante a prática de
ensino-aprendizagem realizadas durante o período de regência no Colégio Estadual
Polivalente de Alagoinhas.
      .


3. OBSERVAÇÃO DAS AULAS

3.1 - 1º ano 90 M 3


1º Dia de observação – 14/09/10

                             Assunto: Ácidos nucléicos




1º aula (7:50) a professora deu aula teórica com uso do quadro-branco e explicando
passo a passo o assunto.


2º aula (8:40) a professora passou atividade sobre o assunto para ser entregue na
próxima aula.


      A sala estava bastante atenta e todos estavam quietos durante a aula
expositiva. Segundo o Hale Report apud Godoy, (1997. p. 1). – um relatório sobre os
métodos utilizados no ensino universitário, publicado em Londres, em 1964, p. 170 –
é possível definir a aula expositiva como: “... um tempo de ensino ocupado
10

inteiramente ou principalmente pela exposição contínua de um conferencista. Os
estudantes podem ter a oportunidade de perguntar ou de participar numa pequena
discussão, mas em geral não fazem mais que ouvir e tomar apontamentos.”
      Assim também foi o que ocorreu nesta aula, poucos alunos participaram
questionando e participando da aula e a maioria se contentava em copiar o assunto
e fazer a tarefa, apenas um aluno se mostrou inquieto saindo da sala, mas sempre
voltando.
      Pelo o que foi observado nesta aula todos os alunos gostam da professora, o
mais audacioso da turma deixou um texto no quadro para a professora dizendo que
a iria deixar sair mais cedo porque ela estava “dodói”. Então na segunda aula a
regente deixou atividade e me pediu que eu os acompanhasse, observando e
ajudando nas possíveis dúvidas. Os alunos pareciam serem interessados e os
mesmos concordam as atividades auxiliam na melhor aprendizagem.


2º Dia de observação – 28/09/10


                    Assunto: Aula prática de extração de DNA




      A professora extraiu DNA de morangos e todos os alunos se mantiveram bem
interessados e empolgados, pois nunca tinham visto uma extração de DNA e todos
se mostraram bem prestativos.
      Pude notar que estes alunos apreciam aulas mais dinâmicas como aulas-
práticas que é um diferencial numa rotina de escola pública, de acordo com Morais
(2002) as aulas (teóricas e práticas) estão totalmente interligadas, dentro e entre
unidades, de tal modo que os conceitos vão sendo sucessivamente ampliados e
aplicados ao longo do ano. Este assunto permitiu que a professora fizesse esta aula
prática, já que esta é uma prática rápida e simples, onde daria para fazer com as
11

vidrarias que se tem no laboratório além do fato dela ter dois horários, e ainda daria
para passar uma atividade de casa abordando não só a genética, mas também a
natureza química do DNA.



1º Dia de Regência – 12.10.10

                              Assunto: Introdução a citologia




      Iniciei a aula me apresentando e pedindo que todos se apresentassem, logo
depois expliquei sobre os assuntos que trabalharíamos na unidade e iniciei a aula
com introdução a citologia.
      Todos se mostraram muito curiosos e um pouco inquietos, acho que pelo fato
deu ser a professora nova, mas gostei da turma, apesar de ter um único aluno muito
inquieto e um pouco gaiato, mas prestativo, é ele quem me ajuda na montagem do
Datashow. Nesta aula não houve perguntas e nem colocações acho que pelo fato de
ser o 1º contato com eles.
      De acordo com uma reportagem de Cristiane Marangon da revista nova
escola reconhece que o primeiro dia de aula é o momento propício para combinar as
regras de convivência, nesse primeiro bate-papo recolha dados para seu
planejamento. Se a classe for de adolescentes, você pode expor o programa da
disciplina e pedir que falem sobre suas expectativas.
      Essas dicas servem para aproximar o professor da turma e descontrair a aula,
por isso achei interessante começar a aula com uma conversa mostrando o
cronograma da unidade e assim pudemos nos conhecer melhor e explanar as
expectativas que todos estavam esperando para aquela unidade.
12

2º Dia de Regência 19.10.10


                       Prova da 3º Unidade de Matemática




      Neste dia apliquei prova de matemática da 3º unidade, os alunos
conversaram um pouco e percebi que alguns estavam colando, porém não tomei a
prova por não ter visto nenhum papel de cola e também porque não era prova de
biologia, portanto achei que não tinha a autoridade de tomar a prova. E neste dia
achei que eles se aproximaram mais de mim, pois eu brinquei com eles e eles
corresponderam, foi bem divertido, apesar de eu ter criticado a atitude de colar
alegando que este ato não os beneficia.
      Segundo Silva e Santos (2002) para que haja uma boa convivência entre
professor e aluno é necessário certa dose de humildade e um bom diálogo. Este é o
primeiro passo para que seja possível iniciar qualquer processo de mudança, pois a
confiança entre professor e aluno é primordial. O papel do educador em conduzir
seus alunos a criticidade deve ser essencialmente recíproco, já que há uma troca de
experiências na busca da aquisição de novos conhecimentos e novos caminhos a
serem seguidos. Acredito que devido a este dialogo pude transparecer os meus
dogmas e assim eles me conheceram melhor abrindo espaço para conversarmos e
brincarmos diante dos diferentes princípios dos meus alunos.
13



3º Dia de Regência – 26.10.10

                  Assunto: Aula-prática de membrana plasmática




      Neste dia cheguei mais cedo para preparar a aula prática de membrana,
porém os dois microscópios estavam quebrados e então não pude fazer a prática.
Então fui montar o Datashow, porém o computador estava configurado de uma
forma que eu não consegui transferir a imagem para o projetor, então pedi ajuda a
coordenação e ninguém sabia resolver e aí pedi a professora e ela chamou um
aluno que soube desconfigurar e a aula correu bem, porém pedi uns 40 minutos na
confusão do Datashow.
      Neste dia também teve muita evasão por parte dos meninos, pois era a
semana de jogos e a maioria dos alunos do sexo masculino estavam jogando, então
aos meninos dei à chance de me entregar a atividade na próxima aula, já que era
jogos da escola. Devido às aulas de observações com a docente percebi que estes
alunos apreciavam metodologias novas por isso pensei na aula-prática e concordo
com Shimazaki et al, (2007), que diz ser essencial para que o educador repense
todo o processo de ensino-aprendizagem da linguagem e o funcionamento do
código. Porém como a prática não foi realizada pensei em fazer uma maquete
quando fosse abordar as estruturas celulares da célula.

4º Dia de Regência – 02.11.10


                  Não houve aula por conta do feriado de finados
14

5º Dia de Regência – 09.11.10


                                Assunto: Estruturas celulares




      Neste dia a minha professora foi observar a aula e o aluno gaiato arrumou
uma pequena confusão com outro aluno da sala ao lado, porém nada que fosse um
problema, na sala havia barulho, porém este vinha da sala ao lado, pois os alunos
estavam em aula vaga e estavam jogando, o que estava atrapalhando um pouco a
minha aula, devido à acústica ruim da sala.
      Também nesse dia havia preparado e agendado o Datashow, mas houve
reunião e este foi transferido para a reunião e não fui informada, então eu tive que
dar a aula com o livro fazendo apontamentos e escrevendo no quadro. Neste dia
passei para a próxima aula a confecção da maquete, pois acredito que sejam
necessário diferentes recursos para estimular a participação e encantar os alunos a
fim de os fazerem gostar do assunto, pois segundo eles mesmos é cheio de
detalhes e palavras difíceis.
      Segundo Neto & Fracalanza, (2003) a melhoria da qualidade do ensino
praticado em nossas escolas públicas pressupõe, ao lado de recursos pedagógicos
alternativos e variados, postos à disposição dos professores e dos alunos
15

6º Dia de Regência – 16.11.10


                                Montagem da maquete




      Neste dia era para ser entregue a maquete pronta, porém eles alegaram que
não conseguiram montar, então eu os ajudei, mas tinha poucos alunos e a aula foi
divertida, porém um pouco conturbada, pois assim que acabou a maquete, eles
desejaram ir embora, mais ainda era cedo e eu tinha que corrigir a atividade, mas eu
consegui corrigi o estudo dirigido e dei assunto.
      Novas metodologias são importantes para o entusiasmo dos alunos ainda
mais quando se trata de uma turma de adolescentes, por isso eles estavam com
vontade de ir embora o que era divertido já tinha sido feito que era a confecção da
maquete, então eles não queriam mais aula teórica. Porém, pude notar que tal
atividade influenciou positivamente na minha relação com alguns alunos que
sentavam no fundo da sala, pois estes me pediram ajuda e começaram a me dar
atenção e nós então começamos a conversar e nos conhecer melhor e até hoje
mantenho contato com tais alunos, com isso concluo que tais atividades reforçam a
relação professor/aluno.
      De acordo com Silva & Santos (2002)


                    a linguagem encontra-se relacionada com a interação entre os
                    aspectos cognitivos e afetivos. Este fato pode ser verificado em sala
                    de aula, pois quando há relação afetiva boa entre professor e aluno, a
                    criança é falante e extrovertida. Mas, quando ocorre o contrário,
                    vemos um quadro de pouco uso da linguagem, bem como das
                    emoções. A interação professor-aluno ultrapassa os limites
                    profissionais, escolares, do ano letivo e de semestres. É, na verdade,
                    uma relação que deixa marcas, e que deve sempre buscar a
                    afetividade e o diálogo como forma de construção do espaço escolar.
16

7º Dia de regência – 23.11.10


                        Preparativos para a feira de cultura




      Neste dia preparei aula sobre Mitocôndria, Núcleo – DNA e RNA, porém os
alunos estavam preparando o material da feira de cultura, e a professora regente
pediu que eu os ajudasse então nas duas aulas eu os ajudei a montar alguns
cartazes e panfletos e para os alunos que ainda não tinham me entregado a
maquete eu aceitei.


8º Dia de Regência – 25.11.10


                      Dia da feira de cultura - Tema: Dança...




      Dia da feira de cultura, eu os visitei e os ajudei no estande, tudo estava
caprichado e todos estavam felizes e orgulhosos de si mesmos, ganhei presentes e
fui muito bem recebida por todos. Pude notar que metodologias diferentes estimulam
os alunos o que foi evidenciado nesta feira, alguns alunos tem preguiça de fazer os
exercícios, porém para esta feira de cultura todos os alunos trabalharam por isso o
resultado foi tão bom, então eu me pergunto: Cadê a preguiça?...Talvez tal evento
os estimule tanto, pois foi aberto ao público e com isso os pais poderiam ver e se
17

orgulhar do trabalho de seus filhos. E tal evento é muito importante na escola, pois
mostra à sociedade a importância da educação e cultura no desenvolvimento do
indivíduo. O que corrobora com Monteiro (2010) que diz “a escola deve criar
interações entre os vários intervenientes educativos, além de envolver os pais, a
família e a comunidade no projeto”.
       E a feira de cultura foi um evento que trouxe todos esses setores da
sociedade em contato com a escola.


9º Dia de Regência – 30.11.10
                                       Revisão




       Neste dia houve prova da IV unidade de física que foi antecipada. Então tomei
conta da prova e assim que eles terminaram eu apliquei revisão para a prova de
biologia. A revisão foi feita com auxílio de um mapa conceitual.
       Segundo Souza s/d o mapa conceitual é um instrumento facilitador na
aprendizagem significativa, um recurso utilizável de variadas formas no contexto
escolar: estratégia de ensino; organizadores curricular, disciplinar ou temático;
instrumento avaliativo – e estes são apenas alguns exemplos.
       E de acordo com Moreira e Buchweitz (1993) o mapa conceitual utilizado
enquanto instrumento avaliativo concentra-se na obtenção de informações acerca da
estruturação edificada pelo educando para um conjunto de conceitos. Assim, importa
determinar os conceitos apropriados e as relações estabelecidas entre eles,
interessa precisar como “[...] ele estrutura, hierarquiza, diferencia, relaciona,
discrimina e integra conceitos de uma determinada unidade de estudo, tópico,
disciplina etc.”
       Optei por um mapa conceitual por se tratar de uma revisão e de assuntos de
uma unidade inteira, e o mapa ia ser o modo criativo, além de se tratar de uma
18

forma avaliativa, porque pude visualizar quem tinha aprendido e estava estudando e
quem não estava estudando e tinha dificuldade nos assuntos.


10º Dia de Regência – 06.12.10


                         Prova da IV unidade de biologia




      Neste dia eu tomei conta da prova da IV unidade de biologia e como era o
último encontro me despedi da turma até fui convidada para a festa deles, mas
infelizmente não pude ir, esta turma me proporcionou boas experiências e sento
falta das nossas aulas. Professor e aluno são indivíduos que estão no mundo, não
como individualidades à parte, estabelecendo relações unívocas com a escola e a
sociedade. São indivíduos ativos em constantes interações, ou seja, dando e
recebendo influências de outros indivíduos, da Escola, da família, dos meios de
comunicação e da sociedade em geral. (BARRETO, s.d.).
      A minha relação com esta turma foi muito amigável e prazerosa, com trocas
de informações, brincadeiras , conversas e até conselhos, afinal estava ali para
orientar de melhor modo os alunos e assim obter a confiança deles, não acho justo o
professor tratar os alunos como indivíduos á parte, (sujeito/objeto) os quais lhes
devem obediência, pelo contrário acredito que o professor está ali como ser humano
capaz de formar opiniões e acalentar conflitos e para isso ele precisa ter
sensibilidade para lidar com as diversas situações que ocorrem em sala de aula,
claro que sempre respeitando as suas respectivas posições.
19

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS


      Atualmente, o docente tem que ser um profissional multidisciplinar, pois lida
com os saberes, com a psicologia, pois tem que entender como os alunos agem,
além disso, tem que se mostrar um diplomata em todos os momentos, porque é um
formador de opinião, ainda tem que saber usar todos os recursos tecnológicos e
estar em constante informação, pois todos esses fatores são diversos em sala de
aula, este profissional tem que conviver constantemente com desafios e o estágio de
regência é o princípio de todo esse desafio, é com esta ferramenta que se entra
neste mundo tão complexo e majestoso que é educar.
      Realmente não foi fácil esse estágio, encontrei diversas dificuldades,
principalmente quanto à estrutura física da escola, a sala era muito quente e tinha
uma acústica ruim, sem falar no primeiro encontro com os alunos, sendo que havia
alunos mais velhos do que eu. Porém devido as experiências anteriores como o
estágio de observação facilitou no meu desenvolvimento e na capacidade de
avaliação da atuação do professor, pois devido as várias situações observadas
compreendi e moldei a forma que iria atuar no estágio de regência.
      O estágio foi um período em que busquei vincular aspectos teóricos com
aspectos práticos, um momento em que a teoria e a prática se mesclam para que
fosse possível apresentar um bom resultado. Apesar de todas as dificuldades
consegui cumprir o cronograma, e também fechar as notas. Resolvi passar muitas
atividades com total de três pontos para ajudá-los na conquista de notas e também
para estimulá-los a ler sobre o assunto, mas nesta experiência diferentemente do
estágio anterior percebi que o grande número de atividades os ajudou, pois estes
me entregavam as atividades e gostavam de fazê-las acredito que não só por conta
da pontuação, mas também por conta do aprendizado porque segundo o que uma
de minhas alunas disse “as atividades ajudam a aprender”.
      Contudo é através do estágio que há o crescimento como profissional na
confecção da identidade do professor, sabendo adaptar a teoria com a realidade de
cada aluno com o intuito de se obter um ensino realmente eficaz, necessário e de
qualidade, pra mim esta é a principal importância do estágio de regência.
20




" As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor.
          Aprendemos palavras para melhorar os olhos."

     "Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem...
               O ato de ver não é coisa natural.
                   Precisa ser aprendido!"

                         Rubem Alves
21

                                5. REFERÊNCIAS




BARRETO, A. L. V. A Dinâmica da Sala de Aula e a Relação Professor-Aluno.
CEAP – Revista de Educação nº 10. s. d.


BARRETO, S. C. Relatório do Estágio Supervisionado I. Vitória da Conquista –
Ba. 2006


Campanha          pelo     silêncio    nas… bibliotecas?     Disponível         em:
http://londrina2030.wordpress.com/2008/09/05/campanha-pelo-silencio-nas-
bibliotecas/ Acesso em 10/02/2011.


MARANGON, C. Sem surpresas no primeiro dia de aula. Revista Nova Escola.
Disponível            em:               http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-
adolescente/comportamento/surpresas-primeiro-dia-aula-431329.shtml


GODOY, A. S. Revendo a Aula Expositiva.                   1997.    Disponível   em:
<http://aparecida.pro.br/> Acesso em 03/03/2010.


JANUARIO, G. O Estágio Supervisionado e suas Contribuições para a Prática
Pedagógica do Professor. In: SEMINÁRIO DE HISTÓRIA E INVESTIGAÇÕES
DE/EM AULAS DE MATEMÁTICA, 2, 2008, Campinas. Anais: II SHIAM. Campinas:
GdS/FE-Unicamp, 2008. v. único. p. 1-8.


NETO, J. M. & FRACALANZA, H. O Livro Didático de Ciências: Problemas e
Soluções. Ciência & Educação, v. 9, n. 2, 2003.


Manual Institucional de Biossegurança (Unidade de Ensino e Amparo). São Paulo,
2010. Disponível em: ww.unifia.edu.br/manuais/manuais/Manual_biosseguranca.pdf.
Acesso em: 10/02/2011.


MORAIS, A. M. Práticas Pedagógicas na Formação Inicial e Práticas dos
Professores.       Revista      de    Educação,    XI. 2002. Disponível em:
<http://revista.educ.fc.ul.pt/> Acesso em 03/03/2010.
22

QUEIROZ, L. D. Um Estudo Sobre a Evasão Escolar: Para se Pensar na Inclusão
Escolar. Universidade Federal do Mato Grosso, s/d.


Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais :
Ciências Naturais. Secretaria de Educação Fundamental. . Brasília : MEC .SEF,
1998. 138 p.


Secretaria de Educação do Ensino Médio. Parâmetros curriculares nacionais :
Ensino Médio. Secretaria de Educação do Ensino Médio. Brasília : MEC ., 2000.
109 p.


SHIMAZAKI, E. M.; DIAS, L. C.; MORI, N. N. R. Causas das Dificuldades na
Leitura e Escrita. 16º Congresso de leitura do Brasil. Campinas: SP, 2007.
Disponível em: <http://www.alb.com.br/anais16/>. Acesso em: 03/03/2010.


SILVA, A. C. & SANTOS, R. M. RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO
Uma reflexão dos problemas educacionais. TCC da Universidade da Amazônia –
UNAMA. Belém – Pará. 2002.


TRAGTENBERG, M. A Escola Como Organização Complexa. Disponível em:
http://www.espacoacademico.com.br/012/12mt_1976.htm. Acesso em 10/02/2011.

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  • 1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA – DCET Estágio de Supervisionado 2 Alana Alves Farias Alagoinhas 2011
  • 2. Portfólio de Estágio de Regência Portfólio solicitado como avaliação e cumprimento de carga horária da disciplina Prática Pedagógica e Estágio Supervisionado II, sob a regência da Profª. Cláudia Regina Teixeira de Souza. Alagoinhas 2011
  • 3. “O biólogo é o intérprete da natureza viva.” (Rodej)
  • 4. I SUMÁRIO: SUMÁRIO I APRESENTAÇÃO II 1. INTRODUÇÃO 1 1.1 Caracterização da Escola 2 1.2 Caracterização geral das turmas 7 1.3 Caracterização da Professora 8 2. OBJETIVO 9 3. OBSERVAÇÃO DAS AULAS 9 3.1 Primeiro ano 90 M 3 9 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 19 5. REFERÊNCIAS 21
  • 5. II APRESENTAÇÃO Eu me chamo Alana Alves Farias, tenho 25 anos sou estudante do oitavo semestre do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, oferecido pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB campus II, em Alagoinhas, a 2 anos trabalho lecionando num cursinho pré-vestibular, a 8 meses ministro aulas num curso de patologia clínica numa escola técnica de enfermagem ambas situadas em Alagoinhas, tenho experiência de 8 meses em monitoria de Biologia Celular e Molecular na UNEB, além de atuar em pesquisa na área de biologia celular e bioquímica no laboratório de genética da instituição. ALANA ALVES FARIAS.
  • 6. 1 INTRODUÇÃO O Ensino Médio tem grande importância na formação do aluno, pois é ele quem inicia o indivíduo nas suas escolhas e o prepara para a futura vida acadêmica ou profissional, além de contribuir para a formação do aluno cidadão e responsável pelos seus desejos e deveres. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio- PCN (2000) O Ensino Médio está mudando e necessita romper com modelos tradicionais, para que se alcancem os objetivos propostos. A perspectiva é de uma aprendizagem permanente, de uma formação continuada, considerando como elemento central dessa formação a construção da cidadania em função dos processos sociais que se modificam. Alteram-se, portanto, os objetivos de formação no nível do Ensino Médio. Prioriza-se a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico. O Estágio de Licenciatura é uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº 9394/96). O estágio é necessário à formação profissional a fim de adequar essa formação às expectativas do mercado de trabalho onde o licenciado irá atuar. Assim o estágio dá oportunidade de aliar a teoria à prática (BARRETO, 2006). O estágio de regência é a oportunidade de se colocar em prática tudo o que se aprende nas práticas pedagógicas, só que com a vantagem de adequar algumas metodologias a depender da situação vivenciada em sala de aula, disciplina obrigatória, talvez por seja de fundamental importância para a formação do professor, pois é na prática do ensino que se aprende como lidar com as situações mais inusitadas que muitas vezes nem foi discutida nas aulas de prática pedagógica o que corrobora com Januario (2008) o “Estágio Supervisionado é o primeiro contato que o aluno-professor tem com seu futuro campo de atuação, por meio da observação, da participação e da regência, o licenciando poderá refletir sobre e vislumbrar futuras ações pedagógicas”. Assim, é no estágio que o aluno de licenciatura realmente atua como um futuro educador, pois é vivenciando que aprende a identificar e solucionar os problemas que ocorrem em sala de aula, e são experiências como essas que colaboram com a transição do estagiário-professor. O estágio foi realizado no
  • 7. 2 Colégio Estadual Polivalente de Alagoinhas, situado no município de Alagoinhas-Ba, durante o período de 10 de outubro a 06 de dezembro de 2010, numa turma do primeiro ano do Ensino Médio. Este foi realizado em duas etapas, uma de observação e outra de regência e foi desenvolvida a partir da elaboração de planos semanais contendo sequências didáticas que buscaram potencializar as relações interativas em sala de aula acompanhadas de proposta de avaliação viável a realidade dos alunos. 1.1 Caracterização da escola O Colégio Estadual Polivalente de Alagoinhas (Figura 1) localiza-se no bairro Silva Jardim, na rua Prof. Artur Pereira de Oliveira. Possui grande área e abriga todas as séries do Ensino Fundamental e Médio, o perfil dos estudantes em sua maioria, são oriundos de bairros próximos e da zona rural. A escola apresenta ao todo dezesseis salas de aula padronizadas, bem arejadas e iluminadas, existe espaço em sala para comportar todos os alunos matriculados, estes são organizados nas salas de acordo com a faixa etária de cada série, além disso, em cada sala possui suporte para equipamento de TV e ventilador, porém as salas se encontram constantemente desarrumadas como mostra a figura 2 e 3. Mesmo durante o intervalo os alunos não têm acesso à área do colégio onde se localiza a fachada e a quadra de esportes, sendo esta usada somente para as aulas de educação física. O colégio conta com uma equipe de seis professores para os componentes curriculares de ciências e biologia, todos formados pela Universidade do Estado da Bahia no antigo curso de licenciatura em ciências com habilitação em biologia. A escola possui uma organização moderada até porque se trata de uma grande escola e para tanto é mais difícil manter uma boa organização sem falar na falta de disciplina por parte de alguns alunos. Efetuou-se atualmente no Brasil uma conjunção do nível primário e médio, tendendo à escola unificada, que não deixou de criar problemas de “áreas de competência” entre o staff: quem dirige a escola unificada, o diretor do antigo primário ou do secundário? Em suma, na escola como organização complexa
  • 8. 3 articulam-se várias instâncias burocráticas (diretor, professores, secretário) e de linha (serventes, escriturários, bedéis), incluindo a inevitável Associação de Pais e Mestres e o aluno, objeto supremo da instituição, conforme o tom dos discursos solenes em épocas não menos solenes ( TRAGTENBERG, s/d). Dentre todas essas instâncias acredito que a mais importante e a menos frequente é a Associação de Pais, pois são eles quem deveriam gerenciar o comportamento dos seus filhos tanto na escola quanto em casa no que se refere a confecção das atividades. Figura 1. Fachada do colégio. Figura 2. Sala de aula. Figura 3. Sala de aula.
  • 9. 4 A biblioteca... A biblioteca está desorganizada, pois ainda está sendo concluída, mesmo assim, os alunos têm acesso ao acervo para leitura e empréstimos. Alguns alunos conversam e brincam muito durante a pesquisa, outros se comportam fazendo silêncio e pesquisando. (Figuras 4 e 5). O bom comportamento do aluno durante a pesquisa na biblioteca depende em parte das normas que esta expõe aos estudantes além, é claro da educação doméstica, o bibliotecário deve sempre estar à disposição e atento a todos os fatos ocorridos na biblioteca para que assim haja silêncio a fim de que outros estudantes consigam pesquisar e trabalhar sem maiores transtornos. Houve uma campanha de silêncio na biblioteca da Universidade Estadual de Londrina, um de seus alunos indignado escreveu “Não parece brincadeira ser necessário fazer uma campanha em uma universidade pública do tamanho e do prestígio da UEL pedindo para seus alunos fazerem silêncio na BIBLIOTECA?” Segundo ele cinco alunos do curso de medicina conversavam como se estivessem em uma boate, sentados na mesa, rindo, contando história, enfim, qualquer coisa que não fosse estudar. Cinco pessoas “educadas”, que passaram a vida estudando (muito provavelmente em boas escolas) e que, apesar disso, não sabem a diferença entre um bar e uma biblioteca (Campanha pelo silêncio nas Bibliotecas, 2008). Parece então, que este não é um problema exclusivo do Polivalente, o que falta além de educação doméstica é incentivo à leitura e aos bons comportamentos dentro de uma biblioteca. Figura 4. Acervo da Biblioteca. Figura 5. Biblioteca.
  • 10. 5 O Laboratório... A escola possui um laboratório para as disciplinas de ciências naturais, os materiais de cada disciplina fica contido em armários separados e em cima dos armários encontra-se maquetes confeccionadas pelos alunos, pois não há outro local para armazená-las (Figura.6). Este é equipado com diversos recursos audiovisuais, como televisão, aparelho de DVD, data-show, e até um microscópio acoplado à televisão e TVs pen-drive, entretanto esta é pouco utilizada. (Figura. 7) Figura 6. Bancadas, data-show, tv e tv pen-drive. Figura 7. Armários, trabalhos e bancadas. Ainda sobre o Laboratório... Nas figuras abaixo observa-se na primeira (Figura 8) uma centrífuga a qual a professora havia dito que não usava porque não sabia manipular; e na segunda (Figura 9) encontra-se vidrarias de laboratório, estas são mantidas desta forma, não tem nenhum lugar seguro e compatível onde possa se manter estas vidrarias, e em ambas as figuras podemos observar o estado precário de higiene. Apesar de o laboratório conter alguns equipamentos importantes para o aprendizado dos alunos, o mesmo possui pouca organização, pois as vidrarias se encontram em fácil acesso aos alunos o que pode até ser um risco para os mesmos.
  • 11. 6 Segundo o Manual Institucional de Biossegurança (2010) todo material (matérias-primas, vidrarias e utensílios) utilizado pelo aluno deverá ser devolvido ao local de sua guarda. Para que assim se evite acidentes com tais materiais. Figura 8. Estufa e pias do laboratório de ciências. Figura 9. Vidrarias do laboratório de ciências. O Lazer... A escola possui um pátio onde a maioria dos alunos se reúnem no intervalo para bater-papo e merendar (Figura 10), a escola distribui para cada estudante a merenda do dia, mas também há uma cantina, além disso, existe uma quadra de esporte aberta a qual está precisando de uma reforma, pois encontra-se desgastada como mostra a figura (Figura 11). A evasão escolar está dentre os temas que historicamente faz parte dos debates e reflexões no âmbito da educação pública brasileira e que infelizmente, ainda ocupa até os dias atuais, espaço de relevância no cenário das políticas públicas e da educação em particular (Queiroz, s/d). Acredito que o lazer pode transformar a educação no que se refere ao estímulo dos alunos que detém de certa dificuldade no aprendizado, por isso acho importante um momento de lazer dentro da escola durante o intervalo das aulas para
  • 12. 7 que o estudante não crie a ideia de que a escola é um ambiente “chato” de se frequentar, mudando este pensamento o número da evasão escolar seria bem menor. Figura 10. Armários, trabalhos e bancadas. Figura 11. Quadra poliesportiva do colégio 1.2 Caracterização geral da turma A regência ocorreu numa turma de primeiro ano matutino 90 M 3. A turma era composta de vinte e dois alunos, sendo que apresentava um número quase similar entre mulheres e homens e todos tinham um bom relacionamento entre si. Trabalhar numa turma pequena é muito bom, pois não há tanto transtornos durante as atividades, aulas-práticas e provas e ainda facilita na relação aluno- professor. Turma 90 M 3... As aulas da turma 90 M 3 ocorriam ás terças-feiras iniciando-se ás 7:50 h, o perfil da turma era de alunos descontraídos, com boa relação entre eles e também com a professora, a turma tinha vinte e dois alunos, devido a essa pequena quantidade de alunos a sala era pouco espaçosa, mas nada que dificultasse o desempenho das aulas.
  • 13. 8 1.3 Caracterização da professora A professora que acompanhei nas observações das aulas se graduou na UNEB (Universidade do Estado da Bahia), campus II no antigo curso de licenciatura em ciências com habilitação em biologia, ela administra aulas de ciências e de biologia no Colégio Estadual Polivalente de Alagoinhas. Ela mostra boa relação com seus alunos e sua metodologia se limita ao uso estrito do livro didático sugerido pela escola, quase nunca utiliza o quadro. Primeiro ela faz a leitura do assunto contido no livro, ou pede que um aluno leia em voz alta para a turma e a cada parágrafo ela explica o que foi lido, depois ela pede que os alunos respondam os exercícios do mesmo livro contido no final do assunto. Durante as observações a professora utilizou outros métodos nas aulas como uma colagem e montagem do DNA e aulas práticas. Passerini (2007) apud Jenuário (2008, p. 2) acredita que, o processo de formação do professor é contínuo, inicia-se antes mesmo do curso de graduação, nas interações com os atores que fizeram e fazem parte de sua formação. E este processo sofre influência dos acontecimentos históricos, políticos, culturais, possibilitando novos modos de pensar e diferentes maneiras de agir perante a realidade que o professor está inserido. Deste modo é imprescindível a constante atualização da formação do professor a fim de que este desempenhe da melhor forma seu trabalho diante das diversidades culturais e tecnológicas existentes tanto na sociedade quanto em sala de aula, para que este saiba direcionar as distintas potencialidades e dons de seus alunos com o intuito de compreendê-los e auxilia-los em busca de sua identidade como cidadão e futuro profissional. E para tanto acredito que esta professora tinha gabarito para atuar desta forma, ou seja, no incentivo a formação da identidade dos alunos, pois a mesma tinha boa relação com os mesmos, além de até aconselhá-los em alguns momentos.
  • 14. 9 2. OBJETIVO O objetivo deste portfólio é avaliar através de um conjunto de procedimentos contínuo, as peculiaridades das situações observadas e vividas durante a prática de ensino-aprendizagem realizadas durante o período de regência no Colégio Estadual Polivalente de Alagoinhas. . 3. OBSERVAÇÃO DAS AULAS 3.1 - 1º ano 90 M 3 1º Dia de observação – 14/09/10 Assunto: Ácidos nucléicos 1º aula (7:50) a professora deu aula teórica com uso do quadro-branco e explicando passo a passo o assunto. 2º aula (8:40) a professora passou atividade sobre o assunto para ser entregue na próxima aula. A sala estava bastante atenta e todos estavam quietos durante a aula expositiva. Segundo o Hale Report apud Godoy, (1997. p. 1). – um relatório sobre os métodos utilizados no ensino universitário, publicado em Londres, em 1964, p. 170 – é possível definir a aula expositiva como: “... um tempo de ensino ocupado
  • 15. 10 inteiramente ou principalmente pela exposição contínua de um conferencista. Os estudantes podem ter a oportunidade de perguntar ou de participar numa pequena discussão, mas em geral não fazem mais que ouvir e tomar apontamentos.” Assim também foi o que ocorreu nesta aula, poucos alunos participaram questionando e participando da aula e a maioria se contentava em copiar o assunto e fazer a tarefa, apenas um aluno se mostrou inquieto saindo da sala, mas sempre voltando. Pelo o que foi observado nesta aula todos os alunos gostam da professora, o mais audacioso da turma deixou um texto no quadro para a professora dizendo que a iria deixar sair mais cedo porque ela estava “dodói”. Então na segunda aula a regente deixou atividade e me pediu que eu os acompanhasse, observando e ajudando nas possíveis dúvidas. Os alunos pareciam serem interessados e os mesmos concordam as atividades auxiliam na melhor aprendizagem. 2º Dia de observação – 28/09/10 Assunto: Aula prática de extração de DNA A professora extraiu DNA de morangos e todos os alunos se mantiveram bem interessados e empolgados, pois nunca tinham visto uma extração de DNA e todos se mostraram bem prestativos. Pude notar que estes alunos apreciam aulas mais dinâmicas como aulas- práticas que é um diferencial numa rotina de escola pública, de acordo com Morais (2002) as aulas (teóricas e práticas) estão totalmente interligadas, dentro e entre unidades, de tal modo que os conceitos vão sendo sucessivamente ampliados e aplicados ao longo do ano. Este assunto permitiu que a professora fizesse esta aula prática, já que esta é uma prática rápida e simples, onde daria para fazer com as
  • 16. 11 vidrarias que se tem no laboratório além do fato dela ter dois horários, e ainda daria para passar uma atividade de casa abordando não só a genética, mas também a natureza química do DNA. 1º Dia de Regência – 12.10.10 Assunto: Introdução a citologia Iniciei a aula me apresentando e pedindo que todos se apresentassem, logo depois expliquei sobre os assuntos que trabalharíamos na unidade e iniciei a aula com introdução a citologia. Todos se mostraram muito curiosos e um pouco inquietos, acho que pelo fato deu ser a professora nova, mas gostei da turma, apesar de ter um único aluno muito inquieto e um pouco gaiato, mas prestativo, é ele quem me ajuda na montagem do Datashow. Nesta aula não houve perguntas e nem colocações acho que pelo fato de ser o 1º contato com eles. De acordo com uma reportagem de Cristiane Marangon da revista nova escola reconhece que o primeiro dia de aula é o momento propício para combinar as regras de convivência, nesse primeiro bate-papo recolha dados para seu planejamento. Se a classe for de adolescentes, você pode expor o programa da disciplina e pedir que falem sobre suas expectativas. Essas dicas servem para aproximar o professor da turma e descontrair a aula, por isso achei interessante começar a aula com uma conversa mostrando o cronograma da unidade e assim pudemos nos conhecer melhor e explanar as expectativas que todos estavam esperando para aquela unidade.
  • 17. 12 2º Dia de Regência 19.10.10 Prova da 3º Unidade de Matemática Neste dia apliquei prova de matemática da 3º unidade, os alunos conversaram um pouco e percebi que alguns estavam colando, porém não tomei a prova por não ter visto nenhum papel de cola e também porque não era prova de biologia, portanto achei que não tinha a autoridade de tomar a prova. E neste dia achei que eles se aproximaram mais de mim, pois eu brinquei com eles e eles corresponderam, foi bem divertido, apesar de eu ter criticado a atitude de colar alegando que este ato não os beneficia. Segundo Silva e Santos (2002) para que haja uma boa convivência entre professor e aluno é necessário certa dose de humildade e um bom diálogo. Este é o primeiro passo para que seja possível iniciar qualquer processo de mudança, pois a confiança entre professor e aluno é primordial. O papel do educador em conduzir seus alunos a criticidade deve ser essencialmente recíproco, já que há uma troca de experiências na busca da aquisição de novos conhecimentos e novos caminhos a serem seguidos. Acredito que devido a este dialogo pude transparecer os meus dogmas e assim eles me conheceram melhor abrindo espaço para conversarmos e brincarmos diante dos diferentes princípios dos meus alunos.
  • 18. 13 3º Dia de Regência – 26.10.10 Assunto: Aula-prática de membrana plasmática Neste dia cheguei mais cedo para preparar a aula prática de membrana, porém os dois microscópios estavam quebrados e então não pude fazer a prática. Então fui montar o Datashow, porém o computador estava configurado de uma forma que eu não consegui transferir a imagem para o projetor, então pedi ajuda a coordenação e ninguém sabia resolver e aí pedi a professora e ela chamou um aluno que soube desconfigurar e a aula correu bem, porém pedi uns 40 minutos na confusão do Datashow. Neste dia também teve muita evasão por parte dos meninos, pois era a semana de jogos e a maioria dos alunos do sexo masculino estavam jogando, então aos meninos dei à chance de me entregar a atividade na próxima aula, já que era jogos da escola. Devido às aulas de observações com a docente percebi que estes alunos apreciavam metodologias novas por isso pensei na aula-prática e concordo com Shimazaki et al, (2007), que diz ser essencial para que o educador repense todo o processo de ensino-aprendizagem da linguagem e o funcionamento do código. Porém como a prática não foi realizada pensei em fazer uma maquete quando fosse abordar as estruturas celulares da célula. 4º Dia de Regência – 02.11.10 Não houve aula por conta do feriado de finados
  • 19. 14 5º Dia de Regência – 09.11.10 Assunto: Estruturas celulares Neste dia a minha professora foi observar a aula e o aluno gaiato arrumou uma pequena confusão com outro aluno da sala ao lado, porém nada que fosse um problema, na sala havia barulho, porém este vinha da sala ao lado, pois os alunos estavam em aula vaga e estavam jogando, o que estava atrapalhando um pouco a minha aula, devido à acústica ruim da sala. Também nesse dia havia preparado e agendado o Datashow, mas houve reunião e este foi transferido para a reunião e não fui informada, então eu tive que dar a aula com o livro fazendo apontamentos e escrevendo no quadro. Neste dia passei para a próxima aula a confecção da maquete, pois acredito que sejam necessário diferentes recursos para estimular a participação e encantar os alunos a fim de os fazerem gostar do assunto, pois segundo eles mesmos é cheio de detalhes e palavras difíceis. Segundo Neto & Fracalanza, (2003) a melhoria da qualidade do ensino praticado em nossas escolas públicas pressupõe, ao lado de recursos pedagógicos alternativos e variados, postos à disposição dos professores e dos alunos
  • 20. 15 6º Dia de Regência – 16.11.10 Montagem da maquete Neste dia era para ser entregue a maquete pronta, porém eles alegaram que não conseguiram montar, então eu os ajudei, mas tinha poucos alunos e a aula foi divertida, porém um pouco conturbada, pois assim que acabou a maquete, eles desejaram ir embora, mais ainda era cedo e eu tinha que corrigir a atividade, mas eu consegui corrigi o estudo dirigido e dei assunto. Novas metodologias são importantes para o entusiasmo dos alunos ainda mais quando se trata de uma turma de adolescentes, por isso eles estavam com vontade de ir embora o que era divertido já tinha sido feito que era a confecção da maquete, então eles não queriam mais aula teórica. Porém, pude notar que tal atividade influenciou positivamente na minha relação com alguns alunos que sentavam no fundo da sala, pois estes me pediram ajuda e começaram a me dar atenção e nós então começamos a conversar e nos conhecer melhor e até hoje mantenho contato com tais alunos, com isso concluo que tais atividades reforçam a relação professor/aluno. De acordo com Silva & Santos (2002) a linguagem encontra-se relacionada com a interação entre os aspectos cognitivos e afetivos. Este fato pode ser verificado em sala de aula, pois quando há relação afetiva boa entre professor e aluno, a criança é falante e extrovertida. Mas, quando ocorre o contrário, vemos um quadro de pouco uso da linguagem, bem como das emoções. A interação professor-aluno ultrapassa os limites profissionais, escolares, do ano letivo e de semestres. É, na verdade, uma relação que deixa marcas, e que deve sempre buscar a afetividade e o diálogo como forma de construção do espaço escolar.
  • 21. 16 7º Dia de regência – 23.11.10 Preparativos para a feira de cultura Neste dia preparei aula sobre Mitocôndria, Núcleo – DNA e RNA, porém os alunos estavam preparando o material da feira de cultura, e a professora regente pediu que eu os ajudasse então nas duas aulas eu os ajudei a montar alguns cartazes e panfletos e para os alunos que ainda não tinham me entregado a maquete eu aceitei. 8º Dia de Regência – 25.11.10 Dia da feira de cultura - Tema: Dança... Dia da feira de cultura, eu os visitei e os ajudei no estande, tudo estava caprichado e todos estavam felizes e orgulhosos de si mesmos, ganhei presentes e fui muito bem recebida por todos. Pude notar que metodologias diferentes estimulam os alunos o que foi evidenciado nesta feira, alguns alunos tem preguiça de fazer os exercícios, porém para esta feira de cultura todos os alunos trabalharam por isso o resultado foi tão bom, então eu me pergunto: Cadê a preguiça?...Talvez tal evento os estimule tanto, pois foi aberto ao público e com isso os pais poderiam ver e se
  • 22. 17 orgulhar do trabalho de seus filhos. E tal evento é muito importante na escola, pois mostra à sociedade a importância da educação e cultura no desenvolvimento do indivíduo. O que corrobora com Monteiro (2010) que diz “a escola deve criar interações entre os vários intervenientes educativos, além de envolver os pais, a família e a comunidade no projeto”. E a feira de cultura foi um evento que trouxe todos esses setores da sociedade em contato com a escola. 9º Dia de Regência – 30.11.10 Revisão Neste dia houve prova da IV unidade de física que foi antecipada. Então tomei conta da prova e assim que eles terminaram eu apliquei revisão para a prova de biologia. A revisão foi feita com auxílio de um mapa conceitual. Segundo Souza s/d o mapa conceitual é um instrumento facilitador na aprendizagem significativa, um recurso utilizável de variadas formas no contexto escolar: estratégia de ensino; organizadores curricular, disciplinar ou temático; instrumento avaliativo – e estes são apenas alguns exemplos. E de acordo com Moreira e Buchweitz (1993) o mapa conceitual utilizado enquanto instrumento avaliativo concentra-se na obtenção de informações acerca da estruturação edificada pelo educando para um conjunto de conceitos. Assim, importa determinar os conceitos apropriados e as relações estabelecidas entre eles, interessa precisar como “[...] ele estrutura, hierarquiza, diferencia, relaciona, discrimina e integra conceitos de uma determinada unidade de estudo, tópico, disciplina etc.” Optei por um mapa conceitual por se tratar de uma revisão e de assuntos de uma unidade inteira, e o mapa ia ser o modo criativo, além de se tratar de uma
  • 23. 18 forma avaliativa, porque pude visualizar quem tinha aprendido e estava estudando e quem não estava estudando e tinha dificuldade nos assuntos. 10º Dia de Regência – 06.12.10 Prova da IV unidade de biologia Neste dia eu tomei conta da prova da IV unidade de biologia e como era o último encontro me despedi da turma até fui convidada para a festa deles, mas infelizmente não pude ir, esta turma me proporcionou boas experiências e sento falta das nossas aulas. Professor e aluno são indivíduos que estão no mundo, não como individualidades à parte, estabelecendo relações unívocas com a escola e a sociedade. São indivíduos ativos em constantes interações, ou seja, dando e recebendo influências de outros indivíduos, da Escola, da família, dos meios de comunicação e da sociedade em geral. (BARRETO, s.d.). A minha relação com esta turma foi muito amigável e prazerosa, com trocas de informações, brincadeiras , conversas e até conselhos, afinal estava ali para orientar de melhor modo os alunos e assim obter a confiança deles, não acho justo o professor tratar os alunos como indivíduos á parte, (sujeito/objeto) os quais lhes devem obediência, pelo contrário acredito que o professor está ali como ser humano capaz de formar opiniões e acalentar conflitos e para isso ele precisa ter sensibilidade para lidar com as diversas situações que ocorrem em sala de aula, claro que sempre respeitando as suas respectivas posições.
  • 24. 19 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Atualmente, o docente tem que ser um profissional multidisciplinar, pois lida com os saberes, com a psicologia, pois tem que entender como os alunos agem, além disso, tem que se mostrar um diplomata em todos os momentos, porque é um formador de opinião, ainda tem que saber usar todos os recursos tecnológicos e estar em constante informação, pois todos esses fatores são diversos em sala de aula, este profissional tem que conviver constantemente com desafios e o estágio de regência é o princípio de todo esse desafio, é com esta ferramenta que se entra neste mundo tão complexo e majestoso que é educar. Realmente não foi fácil esse estágio, encontrei diversas dificuldades, principalmente quanto à estrutura física da escola, a sala era muito quente e tinha uma acústica ruim, sem falar no primeiro encontro com os alunos, sendo que havia alunos mais velhos do que eu. Porém devido as experiências anteriores como o estágio de observação facilitou no meu desenvolvimento e na capacidade de avaliação da atuação do professor, pois devido as várias situações observadas compreendi e moldei a forma que iria atuar no estágio de regência. O estágio foi um período em que busquei vincular aspectos teóricos com aspectos práticos, um momento em que a teoria e a prática se mesclam para que fosse possível apresentar um bom resultado. Apesar de todas as dificuldades consegui cumprir o cronograma, e também fechar as notas. Resolvi passar muitas atividades com total de três pontos para ajudá-los na conquista de notas e também para estimulá-los a ler sobre o assunto, mas nesta experiência diferentemente do estágio anterior percebi que o grande número de atividades os ajudou, pois estes me entregavam as atividades e gostavam de fazê-las acredito que não só por conta da pontuação, mas também por conta do aprendizado porque segundo o que uma de minhas alunas disse “as atividades ajudam a aprender”. Contudo é através do estágio que há o crescimento como profissional na confecção da identidade do professor, sabendo adaptar a teoria com a realidade de cada aluno com o intuito de se obter um ensino realmente eficaz, necessário e de qualidade, pra mim esta é a principal importância do estágio de regência.
  • 25. 20 " As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos." "Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem... O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido!" Rubem Alves
  • 26. 21 5. REFERÊNCIAS BARRETO, A. L. V. A Dinâmica da Sala de Aula e a Relação Professor-Aluno. CEAP – Revista de Educação nº 10. s. d. BARRETO, S. C. Relatório do Estágio Supervisionado I. Vitória da Conquista – Ba. 2006 Campanha pelo silêncio nas… bibliotecas? Disponível em: http://londrina2030.wordpress.com/2008/09/05/campanha-pelo-silencio-nas- bibliotecas/ Acesso em 10/02/2011. MARANGON, C. Sem surpresas no primeiro dia de aula. Revista Nova Escola. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e- adolescente/comportamento/surpresas-primeiro-dia-aula-431329.shtml GODOY, A. S. Revendo a Aula Expositiva. 1997. Disponível em: <http://aparecida.pro.br/> Acesso em 03/03/2010. JANUARIO, G. O Estágio Supervisionado e suas Contribuições para a Prática Pedagógica do Professor. In: SEMINÁRIO DE HISTÓRIA E INVESTIGAÇÕES DE/EM AULAS DE MATEMÁTICA, 2, 2008, Campinas. Anais: II SHIAM. Campinas: GdS/FE-Unicamp, 2008. v. único. p. 1-8. NETO, J. M. & FRACALANZA, H. O Livro Didático de Ciências: Problemas e Soluções. Ciência & Educação, v. 9, n. 2, 2003. Manual Institucional de Biossegurança (Unidade de Ensino e Amparo). São Paulo, 2010. Disponível em: ww.unifia.edu.br/manuais/manuais/Manual_biosseguranca.pdf. Acesso em: 10/02/2011. MORAIS, A. M. Práticas Pedagógicas na Formação Inicial e Práticas dos Professores. Revista de Educação, XI. 2002. Disponível em: <http://revista.educ.fc.ul.pt/> Acesso em 03/03/2010.
  • 27. 22 QUEIROZ, L. D. Um Estudo Sobre a Evasão Escolar: Para se Pensar na Inclusão Escolar. Universidade Federal do Mato Grosso, s/d. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais : Ciências Naturais. Secretaria de Educação Fundamental. . Brasília : MEC .SEF, 1998. 138 p. Secretaria de Educação do Ensino Médio. Parâmetros curriculares nacionais : Ensino Médio. Secretaria de Educação do Ensino Médio. Brasília : MEC ., 2000. 109 p. SHIMAZAKI, E. M.; DIAS, L. C.; MORI, N. N. R. Causas das Dificuldades na Leitura e Escrita. 16º Congresso de leitura do Brasil. Campinas: SP, 2007. Disponível em: <http://www.alb.com.br/anais16/>. Acesso em: 03/03/2010. SILVA, A. C. & SANTOS, R. M. RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO Uma reflexão dos problemas educacionais. TCC da Universidade da Amazônia – UNAMA. Belém – Pará. 2002. TRAGTENBERG, M. A Escola Como Organização Complexa. Disponível em: http://www.espacoacademico.com.br/012/12mt_1976.htm. Acesso em 10/02/2011.