O filme retrata as dificuldades de um professor em ensinar alunos de origens diversas em uma escola da periferia francesa, mostrando os desafios de fazer com que alunos desinteressados aprendam e as barreiras enfrentadas pelo professor no exercício de sua profissão. O documento analisa os temas abordados pelo filme e faz críticas à representação de um aluno "problemático" e aos momentos de falta de profissionalismo do professor retratado.
1. Universidade do Estado da Bahia
Departamento de Ciências Exatas e da Terra
Campus II – Alagoinhas
Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas
Componente Curricular: Estágio Supervisionado II
Docente: Cláudia Regina
Discente: Antonio Paulo Batista de Jesus
9º semestre
Entre os Muros da Escola
(Entre les Murs, 2008, França)
Direção: Laurent Cantet; roteiro: Laurent Cantet, Robin Campillo, François Bégaudeau
(baseado no livro de François Bégaudeau); fotografia: Pierre Milon, Catherine Pujol,
Georgi Lazarevski; montagem: Robin Campillo, Stéphanie Léger; produção: Caroline
Benjo, Carole Scotta, Barbara Letellier, Simon Arnal; com: François Bégaudeau,
Nassim Amrabt, Laura Baquela, Cherif Bounaïdja, Juliette Demaille, Wei Huang,
Franck Keïta, Justine Wu, Rachel Régulier, Esméralda Ouertani, Boubacar Touré;
estúdio: Haut et Court
O filme retrata as realidades da educação na periferia da França (país de 1° mundo) que,
revela as dificuldades pessoais e plurais e, por conseguinte, coloca em prova a
capacidade do professor em despertar o interesse do aluno sobre a matéria, pois é um
filme que da ênfase para a educação em escala mundial. Porque mostra a importância do
lecionador (Professor), assim como, sua difícil tarefa de transmitir conteúdos de
maneira clara e didática para os estudantes, então, o filme se refere, sobretudo, das
intimidades nas relações Professor – Aluno.
Nesse sentido, as informações gerais sobre o filme “Entre os Muros da Escola” que, é
estruturado, isto é, baseado a partir de um livro homônimo de François Bégaudeau (que
é François Marin no filme), pois, o mesmo relata sua experiência que propagam
perseverança como professora de francês em uma escola pública do Ensino Médio da
periferia parisiense, onde seus alunos são diversos (pois é um lugar da periferia da
França marcado por mistura étnica e social), isto é, heterogêneas etnias, raças, classes e,
intrinsecamente, as condutas e hábitos culturais dos alunos são complexas e diferentes.
Então, o filme se trata da difícil tarefa de fazer com que os alunos aprendam algo ao
longo do ano letivo. Pois, segundo o filme, François busca estimular seus alunos, mas
encontra falta de respeitos e, portanto, grandes descasos profissionais, assim como, a
falta de interesse dos alunos em aprender.
A estrutura do filme, entre outras totalidades para a educação, nos coloca dentro de uma
sala de aula, pois antes de representar uma síntese da França atual (do século XXI), o
filme se identifica com às realidades educacionais brasileiras e, por conseguinte do
mundo. Porque o mesmo (o filme) traz considerações sobre as múltiplas utilidades do
professor, revelando e mostrando a relação do professor com os alunos e, portanto, a
luta, ou mesmo, as barreiras da profissão, isto é, às complicações interna e externas, fora
e dentro da escola que, vem se materializar na sala de aula dos professores ao ensinar
algo a eles, no seu o dia a dia de sua sala de aula, pois é delicado tratar de conflitos nas
relações dos alunos com os professores. Assim como, de conquistar perspectivas em
2. alunos desestimulados com a vida, com a cidadania e, portanto, com a educação e, por
conseguinte, “competições” dirigidas pelo o Modo de Produção Capitalista que, se
baseia na racionalidade econômica.
Entretanto, considero que o objetivo da obra é de expositar às realidades dos alunos,
enquanto alunos, assim como, diagnostificar a mediação e, sobretudo, a importância do
professor como profissional, ser social, educador e, por conseguinte, como pessoa que
não é imune a estados emocionais. Que, porém não deve ser espelhado na sala de aula.
Pois na abordagem teórica e metodológica da obra, isto é, do filme, o autor, ou melhor,
o cineasta Laurent Cantet, da ênfase a realidade da Europa em lidar com os problemas
de identidades, porque ainda temos certo xenofobismo impregnado na sociedade (porém
maquiado) em pleno século XXI, pois o filme mostra também, as dificuldades de
mudança, em especial, de mudança de paradigmas educacionais, em não aceitar com
facilidades novas culturas, isto é, o conflito do velho com o novo.
Portanto, destaco a importância também, do filme para o período histórico da educação
a ser tratado, porque em consenso, o professor tem que ter habilidades especiais que vão
além de sua formação acadêmica, ou seja, atributos, em transmitir os conhecimentos do
professor sobre a matéria, assim com, o professor tem que ter atenção a temas como: a
clareza e didática do professor na transmissão do assunto; a capacidade do professor em
despertar o interesse do aluno pela a matéria; o interesse do professor pelo o ensino da
disciplina e aprendizagem dos alunos; o interesse do professor em discutir as dúvidas
levantadas pelos alunos; a capacidade do professor em estimular o senso crítico dos
alunos; e, sobretudo, a adequação das formas de avaliação adotadas na disciplina para
então, isso tudo (isto é, estas preocupações que o professor guerreiro tem que buscar
constantemente), desdobrarem em excelentes relacionamentos do professor com a
turma.
É importante salientar (isto é, fazer uma crítica) ao filme e, paulatinamente, ao autor,
pois considero como características mais relevantes nesta obra para a relação professor
– aluno a introdução do personagem irritante, isto é, do aluno brigão, considerado pelo
corpo docente da escola e, pelo seu histórico escolar como um aluno indisciplinado e,
então, aparentemente perigoso e violento, porque a direção da escola e a comunidade
escolar tacharam o estudante, errando em dar oportunidades para mudanças e,
concomitantemente, falhando e negligenciando as pressões psicológicas imposta pela
mesma escola. Porque a escola não ensinou a este aluno a pensar como ser esclarecido
e, também, porque antes do final do filme, a mão do estudante incompreendido aborda
que o garoto é um bom filho e, sobretudo, responsável por muitas tarefas domésticas,
diagnostificando que, o problema de sua perturbação na escola está relacionado a
conflitos culturais dentro de casa e, especialmente, fora de casa. Pois considero a
expulsão deste aluno africano como uma atitude errada e, portanto, antipedagógica, daí
justifica que o professor François teve múltiplos erros (momentos de incoerências
profissionais), pois muita das vezes não interagiu positivamente com a classe, isso é
observado, ao perder o controle e, por conseguinte, a autoridade de professor ao elevar
discussão com alunos, usar frases de baixo calão, que poderia ser evitado com mais
maturidade e sensibilidade emocional e, portanto, profissional do lecionador. Então
saliento, também, que o tal professor falhou em sua busca racional em, mudar o sistema
público e sua precária realidade, em favor dos alunos e, intrinsecamente, para sempre o
bem do coletivo e geral, observando às tendências educacionais.
Contudo, a visão do Brasil (país subdesenvolvido ou emergente) da educação dos países
da Europa está sendo idealizada pelo sentimento, isto é, pela intencionalidade de os
países do primeiro mundo se achar superiores. E, o filme demonstra os desafios de todo
professor em exercício, ao lidar com pessoas, ou seja, com diferentes origens culturais
3. de alunos e, por conseguinte, com diversos problemas pessoais e familiares de alunos
que demonstram na sala. Pois, a fluidez dos assuntos e captação do mesmo não se dar
em uniformidade, pois existem diferentes graus ou níveis de captação, isto é, de
retenção do aprendizado.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Ensinar a Ensinar, didática para a Escola Fundamental e Média. Organizado por Amelia
Domingues de Castro e, Anna Maria Pessoa de Carvalho. São Paulo: Pioneira
Thompson, 2002.