1) Projetos de visitação virtual foram desenvolvidos desde 2008 para promover museus brasileiros e seus acervos de forma ampla através da tecnologia.
2) Estes projetos visam inovar a promoção cultural reconhecendo a importância da era digital.
3) A plataforma interativa tem o objetivo de ampliar o alcance sócio-cultural das exposições de forma constantemente atualizada.
Museu de Artes e Ofícios: da estação abandonada ao primeiro museu do gênero no país
1.
2. ERA VIRTUAL:
Visando a ampla divulgação e promoção dos museus brasileiros e de
seus acervos, iniciou-se em 2008 o desenvolvimento de projetos de visitação
virtual a diversas instituições culturais.
Estes projetos foram e continuam sendo resultado da percepção de
que nessa nova era da tecnologia das informações é essencial inovar, rever e
reconstruir o modo de promover a cultura.
Em constante mutação, a plataforma interativa de visitação virtual
aos museus adotados tem como principal objetivo ampliar consideravelmente
o alcance sócio-cultural das exposições.
A estratégia baseia-se em dois pilares: modernizar a linguagem com
intuito de potencializar a comunicação com as crianças e jovens e
democratizar o acesso utilizando-se a Internet e da distribuição gratuita de
DVD-roms.
3. O Museu de Artes e Ofícios é um museu
brasileiro localizado na cidade de Belo
Horizonte. Inaugurado em 14 de dezembro
de 2005, é o primeiro empreendimento
museológico brasileiro dedicado
integralmente ao tema do trabalho, das
artes e ofícios no país. Com 9.000 m² de
área, o museu está instalado no conjunto
histórico da antiga Estação Central da
Estrada de Ferro Central do Brasil, na
Praça Rui Barbosa, mais conhecida como
Praça da Estação. No mesmo local
funcionam ainda hoje uma estação de
4. História do Museu
O museu é uma iniciativa do Instituto Cultural
Flávio Gutierrez - ICFG e foi desenvolvido a
partir da doação ao patrimônio público de
uma coleção de mais de 2.000 peças, dos
séculos XVIII ao XX, pela empreendedora
cultural Angela Gutierrez, que também atuou
na formação do Museu do Oratório, em Ouro
Preto. A coleção mostra a riqueza da
produção popular na era pré-industrial: os
fazeres, artes e ofícios que deram origem às
profissões contemporâneas. Ao percorrê-la,
com o suporte de recursos museográficos e
de ações educativas, o visitante poderá ver
um amplo painel da história e das relações
5. Museu de artes e ofícios: Estação abandonada vira
museu.
Primeiro museu de artes ofícios do país é inaugurado
em Minas Gerais
Cláudia de Castro Lima | 01/02/2006 00h00
O local é inusitado: uma antiga estação de trem
reformada. A linha do metrô corta o prédio bem no
meio. Duas enormes vitrines de vidro, que podem ser
vistas por quem está nas plataformas de embarque,
dão um gostinho do que há lá dentro. Quem visita o
Museu de Artes e Ofícios, inaugurado em dezembro
em Belo Horizonte, Minas Gerais, também interage
com o lado de fora: a visão (e o barulho) do trem e do
metrô que passam pelos trilhos faz parte do charme.
6. O museu, primeiro do gênero no país, conta com um
acervo catalogado de 2 147 objetos – fora os “vários”,
segundo a museóloga Célia Corsino, que não entraram
no cálculo. São ferramentas, roupas, meios de
transporte, utensílios, equipamentos e diversos outros
objetos de antigos comerciantes, ourives, ambulantes,
tropeiros, mineiros, marceneiros e trabalhadores afins.
Tudo dos séculos 18 e 19 e início do 20, antes da
industrialização. Ao lado de cada módulo da
exposição, uma estação multimídia (que funciona
como um caixa eletrônico de banco, com um toque na
tela) dá mais informações sobre o ofício em questão,
conta a história dos trabalhadores e de determinados
objetos, traz mapas e mostra como a atividade
funciona hoje em dia.
7. Os dois prédios que abrigam o museu são interligados
por um túnel, que passa por baixo da linha do metrô.
Eles foram construídos em 1922, para servir como a
estação central de Belo Horizonte. “O local estava
totalmente degradado e subutilizado”, diz Célia Corsino.
“Seu restauro impulsionou a recuperação de toda a área
ao redor, como a praça da Estação.” Para o projeto todo
do Museu de Artes e Ofícios, que levou quatro anos,
foram gastos 18 milhões de reais.
8. O acervo foi doado pela empresária Angela
Gutierrez, fundadora do Instituto Cultural Flávio
Gutierrez, que leva o nome de seu pai e mantém o
museu. “Comprei os móveis e os objetos todos
durante 30 anos, mas sem a intenção de montar uma
coleção. Quando percebi, ela já estava pronta”,
afirma. “Costumava viajar com meu pai para
comprar antiguidades pelo interior do país. Quando
entrávamos nas casinhas para procurar objetos, ele
me dizia que não bastava olhar para as peças que
estavam nas salas – o que estava nas cozinhas e nos
quintais era tão importante quanto o que estava à
vista.”
9. .
Museu de Artes e Ofícios – Belo Horizonte – MG.