A metafunção textual caracteriza a oração como MENSAGEM e se realiza através do sistema de TEMA.
O ponto de partida da mensagem é denominado por Halliday e Mathiessen (2004) de Tema.
Tema corresponde ao primeiro elemento experiencial da oração.
O restante da oração é denominado Rema, que é a parte da mensagem que desenvolve o ponto de partida.
2. A metafunção textual caracteriza a oração como MENSAGEM e se
realiza através do sistema de TEMA.
O ponto de partida da mensagem é denominado por Halliday e
Mathiessen (2004) de Tema.
Tema corresponde ao primeiro elemento experiencial da oração.
O restante da oração é denominado Rema, que é a parte da mensagem
que desenvolve o ponto de partida.
2
3. Oração = Tema + Rema
TEMA SIMPLES
# O Tema da oração consiste no elemento estrutural e o elemento é
representado por: grupo adverbial, grupo nominal ou sintagma
preposicional (p. 68).
# what the duke gave to may aunt was that teapot.
TEMA + REMA
# “Este tipo de oração é conhecida como thematic equative – equação
temática - porque se instala a estrutura Tema + Rema na forma de
equação onde Tema = Rema (p. 69).
3
4. # what the duke gave to may aunt was that teapot.
O que o duque deu para minha tia foi um pote de chá.
TEMA REMA
# what happened was that the duke my aunt that teapot. (p. 70)
o que aconteceu foi que o duque deu à minha tia um chá.
Neste caso, a nominalização (não deverbal) funciona como Tema.
# You’re the one I blame for this, with . YOU como Tema. (p. 70)
Você, eu culpo por isso.
Aqui a nominalização começa no Rema - o participante está
deslocado?????
4
6.
A equação temática, na verdade, realiza duas características
semânticas diferentes: identificar e especificar -> Tema/Rema (p.
71)
TEMA IDEACIONAL – TOPICAL - NÃO MARCADO E TEMA IDEACIONAL
MARCADO
# O Tema de uma oração pode se apresentar marcado ou não marcado.
# O Tema é não marcado quando o Sujeito do verbo é o ponto de partida
da mensagem.
# O Tema marcado quando o Tema não é o ponto de partida da oração.
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7. # Qual é o elemento que é tipicamente escolhido como Tema na oração
‘em inglês’?
A resposta para essa questão depende da escolha do modo? (p.71)
Tema nas orações DECLARATIVAS
# Tema não marcado - na oração declarativa- pronome 1ª pessoa- Sujeito
# E mais o Tema marcado nos grupos adverbiais ou sintagmas
preposionais.
funciona como Adjunto
# Ainda pode ser marcado quando funcionar como como complemento.
Ex. - You I blame for this. Você eu culpo por isso. (p. 73) - “poderia ser
sujeito, mas não é.”
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8. # Tema nas orações INTERROGATIVAS - fazer questão - “o
que eu quero saber” - Yes e no - sim e não
# O Tema é o elemento que incorpora a expressão de polaridade, namely -
saber??? Finite verbal operator ???- expressão negativa e positiva- is/isn’t -
é/não é (p. 75)
- INTERROGATIVAS - WH- QU (p. 75)
Eu quero que seja dito algo e a resposta é uma informação.
Ex.: - Quem quer um copo de vinho branco?
- De onde você tirou isso?
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9. Tema nas orações IMPERATIVAS
# let’s go home now - vamos para casa agora - aqui let’s é claramente uma
escolha não marcada do Tema (p. 76).
# mas, quando o sujeito estiver antes do verbo no imperativo, o Tema será
marcado.
Ex: You keep quiet!
A forma mais típica é simplesmente keep quiet - permaneça quieto.
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10. O Tema pode envolver elementos das três metafunções – ideacional,
textual e interpessoal (mas sempre envolve a metafunção
ideacional).
1. Tema ideacional:
A oração, em sua função representacional (ideacional - topical), constrói
um quantum de experiência humana, realizando (apenas) uma função do
Sistema de Transitividade (processo, participante ou circunstância – tempo,
maneira , causa, lugar).
O Tema vai terminar no primeiro constituinte do Sistema de
Transitividade .
Assim, se envolver só a metafunção ideacional (tendo só 1 elem. do
Sistema de Transitividade), será um Tema simples.
10
O presidente do Brasil (partic.) viajou para a Dinamarca.
Passaram (processo) vários anos após nosso último encontro.
Em situações de perigo (circunst.), todo cuidado é pouco.
TID R
11. Mas, outros elementos (não ideacionais) podem preceder o Tema
ideacional: Tema múltiplo.
2. Tema textual: Sem elementos do Sistema de Transitividade.
2.1. Tema textual continuativo: continuam o discurso anterior.
2.2. Tema textual conjuntivo: ligam orações paratáticas (coordenadas)
ou hipotáticas (subordinadas).
11
Bem, – Sim ,– Não, –
Agora, - È,
eu preciso ir.
TTX TID R
... e eu precisei ir.
... quando eu precisei ir.
TTX TID R
12. Esse Tema textual conjuntivo pode ser TM (não característico), se a
oração principal vier depois da subordinada.
Também, um Tema ideacional pode ser TM.
12
Quando eu fui lá, ...
TTX (TM – or. depend
está normalmente após
or. principal)
TID R
Alimentos, você pode estocar.
TID (TM - complemento verbal: obj.
direto – normalmente estaria no R)
R
13. 2.3. Tema textual sequencializador - com “adjunto conjuntivo”:
Ocupam mesmo espaço semântico das conjunções. Estabelecem vínculo
coesivo com discurso anterior.
2.4. (WH-itens) - Tema textual relativo: Nas or. adjetivas
(subordinadas ou encaixadas (cf. Olione, 2010, p. 106-109)) – pronome
relativo definido ou indefinido ou advérbio - é TNM (característico) e exerce
função dupla, sendo também TID, porque retoma um elemento
antecedente (os WH- são caracteristicamente temáticos).
3. Tema interpessoal:Sem elementos do Sistema de Transitividade.
13
Além disso ,– Desse
modo, - Ou seja,
água não congela.
TTX TID R
...que (that) – onde (where) adivinhou os resultados na Copa.
TTX (pron. rel. – WH nominal –
WH adverbial) /TID (o polvo Paul -
o aquário)
R
14. 3.1. Tema interpessoal vocativo: Identifica o interlocutor na troca.
3.2. Tema interpessoal adjunto: Modalizador, geralmente realizado por
um advérbio de comentário, avaliação ou atitude em relação à msg.
3.3. Tema interpessoal com operador verbal finito (*): Há um
pequeno conj. de verbos auxiliares “finitos” (ingl.) que constroem um tempo
verbal primário ou uma modalidade.
Mãe, [você] traga - a toalha!
TIN TID R
Infelizmente – Talvez –
Geralmente,
a seleção perde o jogo...
TIN TID R
Poderia - Deveria eu fazer isso?
TIN TID R
14
15. Segundo Schlee (2006, p. 1011), “o finito corresponde à indicação do
momento da realização do processo expresso pelo verbo” que pode ser
feita através de desinências verbais ou de verbos auxiliares de locuções
verbais (conjugações perifrásicas em que a forma nominal fornece
significação e o auxiliar assinala modo, tempo e pessoa).
Então, o finito é parte do tempo verbal no momento do discurso e em um
determinado modo.
15
16. 3.4. Tema interpessoal com operador verbal finito (#): Expressa
opiniao do locutor ou busca a do interlocutor: metáforas gramaticais.
3.5. (WH-itens) - Tema interpessoal relativo (*): Nas or.
Interrogativas é TNM (característico, mesmo que o participante esteja no
R) e exerce função dupla, sendo também TID (a circunstância está no
tema).
16
Eu acredito que Mano Menezes será um bom técnico.
Você acha mesmo que eu vou à festa?
TIN TID R
17. 17
Onde você está indo?
TIN (pergunta a alguém) / TID
(centro, bairro, supermercado.. -
lugar)
R
Como você vai vestido?
TIN (pergunta a alguém) / TID
(com traje passeio, com traje de
gala.. – maneira)
R
Que horas você volta?
TIN (pergunta a alguém) / TID (1 h,
2 h.. – tempo)
R
Por que você vai de ônibus?
TIN (pergunta a alguém) / TID
(porque é mais barato, porque é
mais cômodo... – causa)
R
18. Bem (1), colegas (2), além do mais (3), felizmente (4), penso que (5)
o Tema (6) pode ser Tema múltiplo com TTX e TIN + TID.
(1) Tema textual continuativo
(2) Tema interpessoal vocativo
(3) Tema textual sequencializador
(4) Tema interpessoal adjunto
(5) Tema interpessoal com or. mental em 1ª pes.
(6)Tema ideacional terminando no participante do Sistema de
Transitividade (TNM)
+ exercícios em: Fuzer & Cabral (2010, p. 139).
18
19. No fluxo do discurso, há recursos estruturais e recursos coesivos.
Sob o complexo oracional, a gramática gerencia o fluxo do discurso através
de significados estruturais, trabalhando, então, com 2 sistemas
interrelacionados mas independentes:
- o sistema de orações (estrutura temática);
- o sistema de informação (unidade/estrutura informacional – paralela à
oração) - 2 funções: D (opcional) e N.(obrigatório)
Olioni (2010, p. 121): Na oralidade, é a entonação que ressalta o N, e, na
escrita, o último constituinte caracteriza o N (proeminente por negrito,
itálico, sublinhado...) , que é colocado em 1º plano, com o D como pano de
fundo para o que vem a seguir.
A oração pode ter 2 ou + un. informacionais; a un. informacional pode
coincidir com a oração ou estar em 2 ou + orações.
Há uma tensão entre o que é conhecido ou previsível e o que é novo ou
imprevisível. 19
20. Forma NM: D + N <-> Forma M: N+ D
D (natureza fórica): refere-se a algo já apresentado no contexto verbal
ou não verbal – não obrigatório na or. - RECUPERÁVEL. Ex.: elipses.
20
O coco fincou raízes no
Brasil
e [o coco] virou símbolo da
cultura nacional
D (elíptico) N (forma não marcada)
21. N (estrutura indeterminada): tipicamente, é o último elemento
funcional da estrutura oracional, marcado pela proeminência tônica, mas
nada marca seu começo na linguagem oral (na escrita, olha-se para o
contexto) – obrigatório - NÃO RECUPERÁVEL.
21
Nós estamos
trabalhando com prata.
Agora, a prata necessita ser amada.
D N (forma não marcada)
- Isso não é
bonito?
- Se você está
sugerindo,
é bonito,
sim,
eles vêem isso como
bonito.
N (forma
marcada)
-CONTRASTIV
O
D N (forma
marcada) –
CONTRASTI
VO
D
22. Elementos anafóricos (referentes a algo mencionado antes) e
catafóricos (interpretados com base na referência do “aqui-agora” são
tipicamente D.
Elementos anafóricos também podem ser D se forem contrastivos.
No caso do modo imperativo, toda oração é N (o D nunca é obrigatório)!
22
Que tal você ir àquela entrevista hoje – lá?
N (forma marcada) D (dêitico)
O
Mediterrâneo
possui duas
saídas.
Uma, é o estreito
de Gibraltar.
Outra, é o canal de
Suez.
D
CONTRASTIV
O
N (forma não
marcada)
D
CONTRASTIV
O
N (forma não
marcada)
Conecte o adaptador no local
indicado.
Use o botão reset para restaurar as
configurações.
N (forma marcada) N (forma marcada)
23. ESTRURA DE INFORMAÇÃO
Dado (O que é compartilhado) + Novo (desconhecido)
é ouvir ou ler????
ESTRUTURA TEMÁTICA
Tema (ponto de partida) + Rema
é falar
Tema = Dado e Rema = Novo
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24. FUZER, C.; CABRAL, S. R. S. Metafunção textual: oração como
mensagem. In: FUZER, C.; CABRAL, S. R. S. (Orgs.). Introduçao à
Gramática Sistêmico-Funcional em Língua Portuguesa. Santa Maria, RS:
NELP-UFSM, 2010, p. 126-171.
HALLIDAY, M. A. K. Clause as message. In: HALLIDAY, M. A. K. An
introduction to functional grammar. 3rd
Edition. Revised by Christian M. I. M.
Matthiessen. London, UK: Edward Arnold, 2004, p. 64-105.
OLIONI, R. C. Tema e N-Rema: a construção do fluxo de informação em
textos narrativos sob uma perspectiva sistêmico-funcional. 2010. 196f.
Tese (Doutorado em Letras – Linguística Aplicada) – Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS.
SCHLEE, M. B. O finito e a modalidade em editorais de jornal. In:
International Systemic Functional Congress, XXXIII, jul. 2006, São Paulo,
SP. Proceedings. São Paulo, SP: LAEL-PUC-SP, 2006, p. 1007-1020.
24