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SOCIOLOGIA
3º ANO DO ENSINO MÉDIO
1º BIMESTRE
ORIGEM DO TERMO CIDADÃO
• A origem do termo “cidadão” remonta à Antiguidade
Clássica e a uma forma de organização social
específica, que se difundiu no Mediterrâneo a partir do
século IX a.C.: as cidades-Estado.
• Os “cidadãos” eram os membros da comunidade que
detinham o privilégio de participar integralmente de
todo o ciclo da vida cotidiana da cidade-Estado, ou
seja, das decisões políticas, da elaboração das regras,
das festividades, dos rituais religiosos, da vida pública
etc. Eram os únicos considerados indivíduos plenos e
livres, com direitos e garantias sobre sua pessoa e seus
bens
• Porém, é possível indicar três grupos, entre o restante da
população, que geralmente não integravam o conjunto dos
cidadãos:
• os estrangeiros residentes que, embora participassem da
vida econômica da cidade, não tinham direito à
propriedade privada e não podiam participar das decisões
políticas;
• populações submetidas ao controle militar da cidade-
Estado após a conquista, como os periecos e hilotas;
• os escravos, que realizavam todo e qualquer tipo de ofício,
desde as atividades agrícolas às artesanais, e eram
utilizados, sobretudo, nos serviços domésticos. Os escravos
não tinham acesso à esfera pública ou a quaisquer direitos.
• É importante observar que, na Grécia Clássica,
as mulheres também não tinham direito à
participação política. No tocante às diferenças
etárias, prevalecia a autoridade dos mais
velhos sobre os mais jovens, uma vez que
havia limites etários para os cargos mais
importantes e atribuições de poderes
diferenciadas aos conselhos de anciãos.
CIDADANIA
• A palavra cidadania deriva do latim civis (o ser
humano livre), que gerou civitas (cidadania). Isso
significa que, para os romanos, a cidadania ainda
não constituía o conjunto de ideias e valores a ser
defendidos, tal como concebemos hoje, mas o
próprio Estado romano.
• Em Roma, o direito à cidadania era baseado na
noção de liberdade, então só podia ser concedido
aos indivíduos que não se encontravam em
situação de submissão ou sujeição a outra
pessoa.
SOCIEDADE ROMANA
NÃO-CIDADÃOS ROMANOS
• Desse modo, não eram considerados cidadãos os escravos
e os chamados clientes, que deviam fidelidade ao seu
patrono em troca de benefícios. Inicialmente, ser cidadão
romano era um privilégio reservado apenas aos grandes
proprietários rurais, que detinham o monopólio dos cargos
públicos e religiosos e o acesso às posições mais
importantes na hierarquia militar (patrícios).
• A história de Roma se caracteriza por uma profunda luta
pela ampliação dos direitos ligados à cidadania pelo
restante da população livre (a chamada plebe), como a
propriedade da terra conquistada, o fim da escravidão por
dívidas, a ocupação de cargos públicos e o voto no Senado.
• “Cidadania é uma abstração derivada da junção
dos cidadãos e, para os romanos, cidadania,
cidade e Estado constituem um único conceito –
e só pode haver esse coletivo se houver, antes,
cidadãos.”
FUNARI, Pedro Paulo. A Cidadania entre os
Romanos. In: PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla (Orgs.).
História da Cidadania. São Paulo: Editora Contexto,
4ª ed. 2ª reimpressão, nov. 2008. p. 49.
CIDADANIA MODERNA
• A história do desenvolvimento da cidadania
moderna remonta ao Iluminismo e está
relacionada à conquista de quatro tipos de
direitos:
• os direitos civis, no século XVIII;
• os direitos políticos e sociais, no século XIX
(cuja luta perdurou até o século XX)
• os direitos humanos, no século XX.
CONTRIBUIÇÕES DO ILUMINISMO
• Os filósofos iluministas, destacando-se entre eles
John Locke, Voltaire e Jean-Jacques Rousseau,
lançaram as bases para a percepção moderna da
relação entre Estado e indivíduos, agora não mais
uma relação entre súditos e soberanos absolutos,
mas entre indivíduos dotados de razão que
possuem “direitos naturais” – direitos que são do
próprio homem, ou seja, com os quais os homens
nascem – como à vida, à liberdade e à
propriedade. Abre-se espaço, assim, para o
nascimento do Estado de Direito.
PRINCIPAIS ILUMINISTAS
• John Locke (1632-1704): defendia que todos
os homens são iguais, independentes e
governados pela razão. No estado natural,
teriam como destino preservar a paz e a
humanidade, evitando ferir os direitos dos
outros, inclusive o direito à propriedade,
considerado por Locke um dos direitos
naturais do homem. Para evitar que alguns
tirassem vantagens para si pró- prios, ou
para os amigos, entrando em conflito, os
homens teriam abandonado o estado
natural e criado um contrato social entre
homens igualmente livres;
• Voltaire (1694-1778): defendia a
liberdade de expressão, de associação e
de opção religiosa, criticando o poder
da Igreja Católica e sua interferência no
sistema político. Foi um crítico do
Absolutismo e das instituições políticas
da Monarquia, defendendo o livre
comércio contra o controle do Estado
na economia;
• Jean-Jacques Rousseau (1712-1778):
defendia a liberdade como o bem supremo,
entendida por ele como um direito e um
dever do homem. Renunciar à liberdade é
renunciar à própria humanidade. Para que o
homem possa viver em sociedade, sem
renunciar à liberdade, ou seja, obedecendo
apenas a si mesmo e permanecendo livre, é
estabelecido um contrato social em que a
autoridade é a expressão da vontade geral,
expressão de corpo moral coletivo dos
cidadãos. Desse modo, o homem adquire
liberdade obedecendo às leis que prescreve
para si mesmo
Mas, para que saber disso afinal?
• Essas ideias foram muito importantes para o
desenvolvimento do que hoje entendemos por
cidadania. A base para a concepção de cidadania
é a noção de Direito.
• Mas que direitos são esses? Hoje falamos em
direitos “civis”, “políticos,” “sociais” e
“humanos”, mas a definição clara do que seria
cada um deles e a quem seriam aplicados nem
sempre foi definitivamente estabelecida e ainda
é fonte de intensos debates.
DIREITOS POLÍTICOS
• Referem-se à participação do cidadão no
governo da sociedade e consistem no direito
de fazer manifestações políticas, de se
organizar em partidos, sindicatos, movimentos
sociais, associações, de votar e ser votado.
DIREITOS SOCIAIS
• Dizem respeito ao atendimento das
necessidades básicas do ser humano, como
alimentação, habitação, saúde, educação,
trabalho, salário justo, aposentadoria etc.
DIREITOS HUMANOS
• Englobam todos os demais e expandem a dimensão
dos direitos para uma perspectiva mais ampla, pois
tratam dos direitos fundamentais da pessoa humana.
Sem eles, o indivíduo não consegue existir ou não é
capaz de se desenvolver, de participar plenamente da
vida.
• São eles: o direito à vida, à liberdade, à igualdade de
direitos e oportunidades e o direito de ser reconhecido
e tratado como pessoa, independentemente de sua
nacionalidade, gênero, idade, origem social, cor da
pele, etnia, faculdades físicas ou mentais, antecedentes
criminais, doenças ou qualquer outra característica.
DIREITOS CIVIS
• A história da luta pelos direitos civis pode ser
identificada já no século XVII, quando o parlamento
inglês promulgou em 1689 o Bill of Rights (Carta de
Direitos), garantindo ao povo uma série de direitos que
o protegia de atos arbitrários por parte da Coroa. Esse
movimento é um precursor dos eventos históricos que
marcariam o fim do Absolutismo e colocariam os
cidadãos, agora não mais súditos do rei, na condição
de sujeitos políticos, ou seja, participantes efetivos do
poder do Estado.
• Um exemplo disso ocorreu na Revolução Americana e
encontra-se explicitado na Declaração de
Independência dos Estados Unidos.
DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA
Participação política
• A participação de todos os segmentos de um
grupo nas decisões de seus governos é uma
característica fundamental das sociedades
democráticas contemporâneas.
• Contudo, o direito de votar e ser votado, de
eleger representantes, de constituir
assembleias, formar partidos, tomar decisões,
elaborar leis e constituições nem sempre foi
uma prerrogativa de todos os cidadãos.
PARTICIPAÇÃO POLÍTICA
• Para que isso fosse possível, foi preciso que todos
tivessem assegurados seus direitos políticos. A
conquista desses direitos caminhou juntamente com a
luta por direitos civis e sociais e é fruto da disputa
entre as diferentes classes sociais que detinham o
poder e as que desejavam participar das decisões
políticas.
• Até a Revolução Francesa, a aristocracia, representada
pelas famílias que detinham grandes propriedades de
terras e títulos de nobreza, além dos membros que
ocupavam os cargos mais altos da Igreja (alto clero),
concentrava mais poder do que o restante da
população.
PARTICIPAÇÃO POLÍTICA
• Após a revolução, a burguesia, representada pelos
comerciantes, pequenos proprietários, profissionais
liberais, entre outras categorias profissionais, começou
a participar ativamente das decisões do Estado.
• Durante o século XIX, a luta pela ampliação do sufrágio
masculino aos não-proprietários, juntamente com o
movimento das mulheres pelo direito de votar e se
emancipar, marcaram a história da conquista dos
direitos políticos.
• Nessa etapa, estudaremos alguns desses movimentos,
buscando ampliar a perspectiva dos alunos a respeito
dos direitos políticos para além do direito de votar.

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A origem do conceito de cidadania desde a Grécia Antiga até os direitos modernos

  • 1. SOCIOLOGIA 3º ANO DO ENSINO MÉDIO 1º BIMESTRE
  • 2. ORIGEM DO TERMO CIDADÃO • A origem do termo “cidadão” remonta à Antiguidade Clássica e a uma forma de organização social específica, que se difundiu no Mediterrâneo a partir do século IX a.C.: as cidades-Estado. • Os “cidadãos” eram os membros da comunidade que detinham o privilégio de participar integralmente de todo o ciclo da vida cotidiana da cidade-Estado, ou seja, das decisões políticas, da elaboração das regras, das festividades, dos rituais religiosos, da vida pública etc. Eram os únicos considerados indivíduos plenos e livres, com direitos e garantias sobre sua pessoa e seus bens
  • 3.
  • 4. • Porém, é possível indicar três grupos, entre o restante da população, que geralmente não integravam o conjunto dos cidadãos: • os estrangeiros residentes que, embora participassem da vida econômica da cidade, não tinham direito à propriedade privada e não podiam participar das decisões políticas; • populações submetidas ao controle militar da cidade- Estado após a conquista, como os periecos e hilotas; • os escravos, que realizavam todo e qualquer tipo de ofício, desde as atividades agrícolas às artesanais, e eram utilizados, sobretudo, nos serviços domésticos. Os escravos não tinham acesso à esfera pública ou a quaisquer direitos.
  • 5.
  • 6. • É importante observar que, na Grécia Clássica, as mulheres também não tinham direito à participação política. No tocante às diferenças etárias, prevalecia a autoridade dos mais velhos sobre os mais jovens, uma vez que havia limites etários para os cargos mais importantes e atribuições de poderes diferenciadas aos conselhos de anciãos.
  • 7. CIDADANIA • A palavra cidadania deriva do latim civis (o ser humano livre), que gerou civitas (cidadania). Isso significa que, para os romanos, a cidadania ainda não constituía o conjunto de ideias e valores a ser defendidos, tal como concebemos hoje, mas o próprio Estado romano. • Em Roma, o direito à cidadania era baseado na noção de liberdade, então só podia ser concedido aos indivíduos que não se encontravam em situação de submissão ou sujeição a outra pessoa.
  • 9.
  • 10. NÃO-CIDADÃOS ROMANOS • Desse modo, não eram considerados cidadãos os escravos e os chamados clientes, que deviam fidelidade ao seu patrono em troca de benefícios. Inicialmente, ser cidadão romano era um privilégio reservado apenas aos grandes proprietários rurais, que detinham o monopólio dos cargos públicos e religiosos e o acesso às posições mais importantes na hierarquia militar (patrícios). • A história de Roma se caracteriza por uma profunda luta pela ampliação dos direitos ligados à cidadania pelo restante da população livre (a chamada plebe), como a propriedade da terra conquistada, o fim da escravidão por dívidas, a ocupação de cargos públicos e o voto no Senado.
  • 11. • “Cidadania é uma abstração derivada da junção dos cidadãos e, para os romanos, cidadania, cidade e Estado constituem um único conceito – e só pode haver esse coletivo se houver, antes, cidadãos.” FUNARI, Pedro Paulo. A Cidadania entre os Romanos. In: PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla (Orgs.). História da Cidadania. São Paulo: Editora Contexto, 4ª ed. 2ª reimpressão, nov. 2008. p. 49.
  • 12.
  • 13. CIDADANIA MODERNA • A história do desenvolvimento da cidadania moderna remonta ao Iluminismo e está relacionada à conquista de quatro tipos de direitos: • os direitos civis, no século XVIII; • os direitos políticos e sociais, no século XIX (cuja luta perdurou até o século XX) • os direitos humanos, no século XX.
  • 14. CONTRIBUIÇÕES DO ILUMINISMO • Os filósofos iluministas, destacando-se entre eles John Locke, Voltaire e Jean-Jacques Rousseau, lançaram as bases para a percepção moderna da relação entre Estado e indivíduos, agora não mais uma relação entre súditos e soberanos absolutos, mas entre indivíduos dotados de razão que possuem “direitos naturais” – direitos que são do próprio homem, ou seja, com os quais os homens nascem – como à vida, à liberdade e à propriedade. Abre-se espaço, assim, para o nascimento do Estado de Direito.
  • 15. PRINCIPAIS ILUMINISTAS • John Locke (1632-1704): defendia que todos os homens são iguais, independentes e governados pela razão. No estado natural, teriam como destino preservar a paz e a humanidade, evitando ferir os direitos dos outros, inclusive o direito à propriedade, considerado por Locke um dos direitos naturais do homem. Para evitar que alguns tirassem vantagens para si pró- prios, ou para os amigos, entrando em conflito, os homens teriam abandonado o estado natural e criado um contrato social entre homens igualmente livres;
  • 16. • Voltaire (1694-1778): defendia a liberdade de expressão, de associação e de opção religiosa, criticando o poder da Igreja Católica e sua interferência no sistema político. Foi um crítico do Absolutismo e das instituições políticas da Monarquia, defendendo o livre comércio contra o controle do Estado na economia;
  • 17. • Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): defendia a liberdade como o bem supremo, entendida por ele como um direito e um dever do homem. Renunciar à liberdade é renunciar à própria humanidade. Para que o homem possa viver em sociedade, sem renunciar à liberdade, ou seja, obedecendo apenas a si mesmo e permanecendo livre, é estabelecido um contrato social em que a autoridade é a expressão da vontade geral, expressão de corpo moral coletivo dos cidadãos. Desse modo, o homem adquire liberdade obedecendo às leis que prescreve para si mesmo
  • 18. Mas, para que saber disso afinal? • Essas ideias foram muito importantes para o desenvolvimento do que hoje entendemos por cidadania. A base para a concepção de cidadania é a noção de Direito. • Mas que direitos são esses? Hoje falamos em direitos “civis”, “políticos,” “sociais” e “humanos”, mas a definição clara do que seria cada um deles e a quem seriam aplicados nem sempre foi definitivamente estabelecida e ainda é fonte de intensos debates.
  • 19. DIREITOS POLÍTICOS • Referem-se à participação do cidadão no governo da sociedade e consistem no direito de fazer manifestações políticas, de se organizar em partidos, sindicatos, movimentos sociais, associações, de votar e ser votado.
  • 20. DIREITOS SOCIAIS • Dizem respeito ao atendimento das necessidades básicas do ser humano, como alimentação, habitação, saúde, educação, trabalho, salário justo, aposentadoria etc.
  • 21. DIREITOS HUMANOS • Englobam todos os demais e expandem a dimensão dos direitos para uma perspectiva mais ampla, pois tratam dos direitos fundamentais da pessoa humana. Sem eles, o indivíduo não consegue existir ou não é capaz de se desenvolver, de participar plenamente da vida. • São eles: o direito à vida, à liberdade, à igualdade de direitos e oportunidades e o direito de ser reconhecido e tratado como pessoa, independentemente de sua nacionalidade, gênero, idade, origem social, cor da pele, etnia, faculdades físicas ou mentais, antecedentes criminais, doenças ou qualquer outra característica.
  • 22. DIREITOS CIVIS • A história da luta pelos direitos civis pode ser identificada já no século XVII, quando o parlamento inglês promulgou em 1689 o Bill of Rights (Carta de Direitos), garantindo ao povo uma série de direitos que o protegia de atos arbitrários por parte da Coroa. Esse movimento é um precursor dos eventos históricos que marcariam o fim do Absolutismo e colocariam os cidadãos, agora não mais súditos do rei, na condição de sujeitos políticos, ou seja, participantes efetivos do poder do Estado. • Um exemplo disso ocorreu na Revolução Americana e encontra-se explicitado na Declaração de Independência dos Estados Unidos.
  • 24. Participação política • A participação de todos os segmentos de um grupo nas decisões de seus governos é uma característica fundamental das sociedades democráticas contemporâneas. • Contudo, o direito de votar e ser votado, de eleger representantes, de constituir assembleias, formar partidos, tomar decisões, elaborar leis e constituições nem sempre foi uma prerrogativa de todos os cidadãos.
  • 25. PARTICIPAÇÃO POLÍTICA • Para que isso fosse possível, foi preciso que todos tivessem assegurados seus direitos políticos. A conquista desses direitos caminhou juntamente com a luta por direitos civis e sociais e é fruto da disputa entre as diferentes classes sociais que detinham o poder e as que desejavam participar das decisões políticas. • Até a Revolução Francesa, a aristocracia, representada pelas famílias que detinham grandes propriedades de terras e títulos de nobreza, além dos membros que ocupavam os cargos mais altos da Igreja (alto clero), concentrava mais poder do que o restante da população.
  • 26. PARTICIPAÇÃO POLÍTICA • Após a revolução, a burguesia, representada pelos comerciantes, pequenos proprietários, profissionais liberais, entre outras categorias profissionais, começou a participar ativamente das decisões do Estado. • Durante o século XIX, a luta pela ampliação do sufrágio masculino aos não-proprietários, juntamente com o movimento das mulheres pelo direito de votar e se emancipar, marcaram a história da conquista dos direitos políticos. • Nessa etapa, estudaremos alguns desses movimentos, buscando ampliar a perspectiva dos alunos a respeito dos direitos políticos para além do direito de votar.