SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 10
Descargar para leer sin conexión
Hemaglutinina e Neuraminidase –
glicoproteínas da membrana do vírus da Influenza
Vírus da influenza, o que é?
 É mais conhecido como vírus da gripe
 John Huxham relacionou os sintomas do vírus com a “influência”
astrológica das estrelas, designando-o como influenza
 Este vírus é classificado como um mixovírus:
 Vírus com cápsula lipídica derivada da membrana
plasmática da célula hospedeira;
 Fixam-se a receptores de glicoproteínas da superfície
celular;
 Estes podem ser considerados como: ortomixovírus ou
paramixovírus.
 Considerado um ortomixovírus
 Esférico ( 90-100 nm de diâmetro)
 RNA unifilamentar (com 8 ou 7 segmentos)
 A maioria dos segmentos codifica uma proteína. Dois dos segmentos vão
codificar uma proteína que é a hemaglutinina (HA) e uma outra que é a
neuraminidase (NA)
 Inseridas na cápsula
 Em forma de espículas (de 10 nm)
 Constituem os antigénios que determinam a variação antigénica do vírus
e a imunidade do hospedeiro
O vírus da influenza pode ser classificado segundo o seu tipo e subtipo:
Tipos de Vírus
A B C
 Mamíferos
 O mais perigoso
 Humanos
 Intermédio
 Humanos
Porcos
Cães
 Doença respiratória
esporádica e leve
 Pode causar
grandes epidemias
=> pandemias
 Pode provocar
epidemias
 Não causa
epidemia
 A cada 10-40 anos
surge um novo
subtipo de vírus –
ocorre uma
pandemia
 Período inter-
epidémico é maior
que 3-6 anos
 Ondas epidémicas
duram 2-3 anos
Subtipo de vírus
… para HA
 Existem 16 subtipos de HA (H1-H16)
 Em humanos foram apenas isolados 4 subtipos (H1, H2,H3 E H5)
… para NA
 Existem 9 subtipos de NA (N1-N9)
 Em humanos apenas foram isolados 2 subtipos (N1 E N2)
Em relação ao vírus da Gripe das Aves temos o H5N1
Estrutura e composição do vírus Influenza / Ortomixovírus:
Composição: 1% de RNA, 73% de proteínas, 20% de lípidos e 6% de
glúcidos.
Genomas de RNA de fita simples de Influenza ocorrem na forma de 8
segmentos, excepto no Influenza C, que tem apenas 7 (- 1 gene de
neuraminidase);
Maioria dos segmentos codifica uma única proteína;
Cada segmento de RNA encontra-se associado a uma nucleoproteína (NP),
formando uma ribonucleoproteína (RNP). Por sua vez, cada RNP está associada
a uma RNA polimerase/ transcriptase constituída por três polipéptidos, o PB1, o
PB2 e o PA.
Partícula viral envolvida por uma membrana lipídica, na qual estão
inseridas 2 glicoproteínas transmembranares codificadas pelo vírus: a HA -
trímero e a NA – tetrâmero (espículas expostas sobre a superfície do vírus –
10nm) – responsáveis pela replicação do vírus (infecção).
Em menor número encontramos também a proteína de membrana integral
M2 , que funciona como canal de iões.
Os antigénios internos são a nucleoproteína – NP e a proteína estrutural M1,
sendo específicos de cada tipo de Influenza A ou B. A outra classe de antigénios
é constituída pela hemaglutinina e pela neuraminidase.
Hemaglutinina
Estrutura da hemaglutinina (HA):
 Deve o seu nome à capacidade de aglutinar eritrócitos/hemácias em
determinadas condições;
 A sua estrutura tridimensional foi revelada por cristalografia de raios X;
 Sequência primária com 566 aminoácidos;
 Sequência de sinal curta na extremidade aminoterminal insere o
polipéptido no retículo endoplasmático, onde HA é clivada em 2 sub-
unidades (HA1 e HA2), que ficam associadas por uma ponte dissulfídrica/
ligação perssulfureto (clivagem necessária para que a partícula seja
infecciosa);
 Espícula de HA sobre a partícula viral é constituida por 3 dímeros HA1 e
HA2 entrelaçados;
 Extensão hidrófoba junto à extremidade carboxiterminal da HA2 fixa a
molécula de HA à membrana, com uma pequena cauda hidrófila que se
estende no citoplasma;
Vírus da Influenza normalmente estão confinados às vias respiratórias, já
que é lá que são abundantes as enzimas proteases que clivam a HA.
Curiosidade: já foram observados vírus mais virulentos que se adaptaram
para utilizar a enzima plasmina, presente noutros locais.
Neuraminidase
Estrutura da neuraminidase (NA):
 A espícula sobre a partícula viral é um tetrâmero, composto por
quatro monómeros idênticos.
 Tem um pedículo fino que termina por uma cabeça em forma de
caixa;
 Possui 1 local catalítico no cimo de cada cabeça, contendo assim, cada
espícula, quatro locais activos.
Composição aminoacídica (curiosidade)
NA actua no final do ciclo de replicação do vírus (enzima sialidase).
 A Hemaglutinina e a Neuraminidase são muito importantes no ciclo de
vida do vírus:
Assim, para melhor perceber estas funções temos de conhecer o ciclo de vida do
vírus.
1. Clivagem da Hemaglutinina em HA1 e HA2 por enzimas do tracto
respiratório do hospedeiro (são produzidas pelo próprio hospedeiro mas
podem derivar de bactérias, que ao estarem presentes tornam a infecção
viral mais susceptível);
2. O local de ligação ao receptor do fragmento HA1 pode ligar-se a um
resíduo terminal do ácido siálico de um receptor que se encontra à
superfície da célula hospedeira. Assim que ligado o vírus é endocitado
por um processo de endocitose mediada por receptores
NOTA: os receptores com ácido siálico existem numa variedade de células,
mais notoriamente em glóbulos vermelhos (mas como estes não têm núcleo
não são atacados pelo vírus, porque ele retém-se no aparelho respiratório,
não se pode replicar nos glóbulos vermelhos)
3. O vírus é depois transportado numa vesícula endocítica. Quando o pH
baixa (por bombeamento de iões H+ para dentro da célula) ocorrem
transformações na estrutura do vírus:
a. há uma alteração conformacional na molécula de Ha1, o que permite
a sua ligação à parede do endossoma;
b. alguns dos iões H+ livres entram dentro do vírus por canais iónicos
até à proteína matricial (M2), o que faz com que ela se quebre e
liberte o material nuclear que segue para o núcleo da célula para se
replicar.
4. após replicação de RNA viral e síntese das suas proteínas, as proteínas
agrupam-se no núcleo da célula hospedeira para formar nucleocápsulas
que migram para a membrana celular;
5. A Neuraminidase entra então em funcionamento, sendo uma enzima
destrutora dos receptores à superfície da célula hospedeira, isto é, cliva
os resíduos terminais de ácido siálico do receptor o que possibilita a
libertação da descendência de vírus que irão infectar outras células do
mesmo ou de outro indivíduo.
 A duas proteínas, HÁ e NA são os antigénios mais importantes para induzir
imunidade protectiva no hospedeiro e mostram a maior variação em
estrutura:
Pandemias (epidemia de grandes proporções, isto é, incidência em curto
período de tempo, de grande número de casos de uma doença e que se espalha
a vários países e a mais de um continente) surgem da introdução de um vírus
capaz de replicação e dispersão e para o qual a maioria da população não tem
resposta imunológica, pelo menos para a molécula de HÁ (porque inicia o
ciclo).
Há vários mecanismos para que surjam rapidamente diferentes grupos
antigénicos do vírus influenza em humanos (este aparecimento rápido é
denominado shift antigénico):
o Transferência directa de vírus completos de outras espécies
(1918, febre espanholaH1N1);
o Recombinação genética de vírus A aviários e humanos que infectam o
mm hospedeiro (1957, febre asiáticaH2N2 e 1968 febre de Hong
KongH3N2)
o Resurgimento de um vírus que possa ter causado uma epidemia anos
antes (1977 dps de 1950 febre russa H1N1)
Pode também haver casos mais graduais em variação na antigenicidade do
vírus, que resultam da alteração gradual na estrutura das proteínas por
mutações pontuais na molécula de HÁ principalmente, até que o vírus é
suficientemente diferente das estirpes mais antigas para que uma larga
população seja susceptível e surjam epidemias (denomina-se de antigenic drift)
Para mais informações sobre o assunto:
 http://correio.fc.ul.pt/~mcg/ (site do Prof. Manuel Carmo Gomes)

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Arboviroses e Influenza Desmistificando e Esclarecendo
Arboviroses e Influenza  Desmistificando e EsclarecendoArboviroses e Influenza  Desmistificando e Esclarecendo
Arboviroses e Influenza Desmistificando e EsclarecendoAlexandre Naime Barbosa
 
Aula 10 replicação viral - texto
Aula 10   replicação viral - textoAula 10   replicação viral - texto
Aula 10 replicação viral - textoLucas Almeida Sá
 
O vírus do momento e a relação com os animais
O vírus do momento e a relação com os animaisO vírus do momento e a relação com os animais
O vírus do momento e a relação com os animaisMarília Gomes
 
Parainfluênza e Vírus Respiratório Sincicial
Parainfluênza e Vírus Respiratório SincicialParainfluênza e Vírus Respiratório Sincicial
Parainfluênza e Vírus Respiratório SincicialUniversidade de Brasília
 
Leishmaniose visceral completo
Leishmaniose visceral completoLeishmaniose visceral completo
Leishmaniose visceral completoElismmelo55
 
Microbiota Natural do corpo humano - Microbiologia Clínica
Microbiota Natural do corpo humano - Microbiologia ClínicaMicrobiota Natural do corpo humano - Microbiologia Clínica
Microbiota Natural do corpo humano - Microbiologia ClínicaKaren Zanferrari
 
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDF
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDFICSA17 - Resposta Imune a infecções PDF
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDFRicardo Portela
 
ICSA32 - História da vacinologia
ICSA32 - História da vacinologiaICSA32 - História da vacinologia
ICSA32 - História da vacinologiaRicardo Portela
 
Epidemiologia das doenças transmissíveis
Epidemiologia das doenças transmissíveisEpidemiologia das doenças transmissíveis
Epidemiologia das doenças transmissíveisRicardo Alanís
 

La actualidad más candente (20)

Bacillus anthracis
Bacillus anthracisBacillus anthracis
Bacillus anthracis
 
Microbiota humana
Microbiota humanaMicrobiota humana
Microbiota humana
 
Arboviroses e Influenza Desmistificando e Esclarecendo
Arboviroses e Influenza  Desmistificando e EsclarecendoArboviroses e Influenza  Desmistificando e Esclarecendo
Arboviroses e Influenza Desmistificando e Esclarecendo
 
Sarampo
Sarampo Sarampo
Sarampo
 
Aula 10 replicação viral - texto
Aula 10   replicação viral - textoAula 10   replicação viral - texto
Aula 10 replicação viral - texto
 
Trabalho de parasitologia
Trabalho de parasitologiaTrabalho de parasitologia
Trabalho de parasitologia
 
04 aula tétano
04 aula   tétano04 aula   tétano
04 aula tétano
 
Sarampo
Sarampo Sarampo
Sarampo
 
Parte_1_ImunologiaBásica_ Relação_Parasito-Hospedeiro_[Profª.Zilka]
Parte_1_ImunologiaBásica_ Relação_Parasito-Hospedeiro_[Profª.Zilka]Parte_1_ImunologiaBásica_ Relação_Parasito-Hospedeiro_[Profª.Zilka]
Parte_1_ImunologiaBásica_ Relação_Parasito-Hospedeiro_[Profª.Zilka]
 
O vírus do momento e a relação com os animais
O vírus do momento e a relação com os animaisO vírus do momento e a relação com os animais
O vírus do momento e a relação com os animais
 
Parainfluênza e Vírus Respiratório Sincicial
Parainfluênza e Vírus Respiratório SincicialParainfluênza e Vírus Respiratório Sincicial
Parainfluênza e Vírus Respiratório Sincicial
 
Toxoplasmose
ToxoplasmoseToxoplasmose
Toxoplasmose
 
Herpes Genital
Herpes GenitalHerpes Genital
Herpes Genital
 
Leishmaniose visceral completo
Leishmaniose visceral completoLeishmaniose visceral completo
Leishmaniose visceral completo
 
Sarampo
SarampoSarampo
Sarampo
 
Histoplasmose
HistoplasmoseHistoplasmose
Histoplasmose
 
Microbiota Natural do corpo humano - Microbiologia Clínica
Microbiota Natural do corpo humano - Microbiologia ClínicaMicrobiota Natural do corpo humano - Microbiologia Clínica
Microbiota Natural do corpo humano - Microbiologia Clínica
 
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDF
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDFICSA17 - Resposta Imune a infecções PDF
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDF
 
ICSA32 - História da vacinologia
ICSA32 - História da vacinologiaICSA32 - História da vacinologia
ICSA32 - História da vacinologia
 
Epidemiologia das doenças transmissíveis
Epidemiologia das doenças transmissíveisEpidemiologia das doenças transmissíveis
Epidemiologia das doenças transmissíveis
 

Similar a Influenza (20)

Resumo teórico de virologia
Resumo teórico de virologiaResumo teórico de virologia
Resumo teórico de virologia
 
Virologia Clínica Parte 3 Viroses Humanas [Profa.Zilka]
Virologia Clínica Parte 3  Viroses Humanas [Profa.Zilka]Virologia Clínica Parte 3  Viroses Humanas [Profa.Zilka]
Virologia Clínica Parte 3 Viroses Humanas [Profa.Zilka]
 
1ª Introducao Ao Curso De Virologia
1ª  Introducao Ao Curso De Virologia1ª  Introducao Ao Curso De Virologia
1ª Introducao Ao Curso De Virologia
 
Características dos vírus e doenças causadas por vírus
Características dos vírus e doenças causadas por vírusCaracterísticas dos vírus e doenças causadas por vírus
Características dos vírus e doenças causadas por vírus
 
Virus Final
Virus FinalVirus Final
Virus Final
 
Virus
VirusVirus
Virus
 
Tuberculose Aula
Tuberculose   AulaTuberculose   Aula
Tuberculose Aula
 
Arlindo_Ugulino_Netto_PATOLOGIA_MEDICINA.pdf
Arlindo_Ugulino_Netto_PATOLOGIA_MEDICINA.pdfArlindo_Ugulino_Netto_PATOLOGIA_MEDICINA.pdf
Arlindo_Ugulino_Netto_PATOLOGIA_MEDICINA.pdf
 
Vírus.ppt
Vírus.pptVírus.ppt
Vírus.ppt
 
Virus-aula.ppt
Virus-aula.pptVirus-aula.ppt
Virus-aula.ppt
 
HanseníAse Pronto
HanseníAse ProntoHanseníAse Pronto
HanseníAse Pronto
 
Caxumba
CaxumbaCaxumba
Caxumba
 
Virus.ppt
Virus.pptVirus.ppt
Virus.ppt
 
Virus.ppt
Virus.pptVirus.ppt
Virus.ppt
 
Aula virus (1)
Aula virus (1)Aula virus (1)
Aula virus (1)
 
Biologia exercícios 05
Biologia exercícios 05Biologia exercícios 05
Biologia exercícios 05
 
Vírus
VírusVírus
Vírus
 
Aula virus 3
Aula virus 3Aula virus 3
Aula virus 3
 
Aula de Microbiologia Clínica sobre Estrutura, Replicação e Classificação Viral
Aula de Microbiologia Clínica sobre Estrutura, Replicação e Classificação ViralAula de Microbiologia Clínica sobre Estrutura, Replicação e Classificação Viral
Aula de Microbiologia Clínica sobre Estrutura, Replicação e Classificação Viral
 
Patogenia infeccoes pelos_virus_do_dengue
Patogenia infeccoes pelos_virus_do_denguePatogenia infeccoes pelos_virus_do_dengue
Patogenia infeccoes pelos_virus_do_dengue
 

Más de Felipe Cavalcante (20)

SISTEMA DIGESTÓRIO - VERSÃO ALUNO.pptx
SISTEMA DIGESTÓRIO - VERSÃO ALUNO.pptxSISTEMA DIGESTÓRIO - VERSÃO ALUNO.pptx
SISTEMA DIGESTÓRIO - VERSÃO ALUNO.pptx
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO- Versão alunos.pptx
SISTEMA RESPIRATÓRIO- Versão alunos.pptxSISTEMA RESPIRATÓRIO- Versão alunos.pptx
SISTEMA RESPIRATÓRIO- Versão alunos.pptx
 
Reino Monera
Reino MoneraReino Monera
Reino Monera
 
Carta do chefe seattle
Carta do chefe seattleCarta do chefe seattle
Carta do chefe seattle
 
Ovário policistico
Ovário policisticoOvário policistico
Ovário policistico
 
Metabolismo do glicogenio_
Metabolismo do glicogenio_Metabolismo do glicogenio_
Metabolismo do glicogenio_
 
Ciclo de krebs
Ciclo de krebsCiclo de krebs
Ciclo de krebs
 
Aula gimnospermas
Aula   gimnospermasAula   gimnospermas
Aula gimnospermas
 
Fotossíntese
FotossínteseFotossíntese
Fotossíntese
 
Oncogenes
OncogenesOncogenes
Oncogenes
 
Cianeto
CianetoCianeto
Cianeto
 
Livro de bioquímica cap. 7 - 9
Livro de bioquímica cap. 7 - 9Livro de bioquímica cap. 7 - 9
Livro de bioquímica cap. 7 - 9
 
Livro de bioquímica cap. 4 - 6
Livro de bioquímica cap. 4 - 6Livro de bioquímica cap. 4 - 6
Livro de bioquímica cap. 4 - 6
 
Livro de bioquímica cap. 1 - 3
Livro de bioquímica cap. 1 - 3Livro de bioquímica cap. 1 - 3
Livro de bioquímica cap. 1 - 3
 
Introdução à genética mendeliana
Introdução à genética mendelianaIntrodução à genética mendeliana
Introdução à genética mendeliana
 
Intolerância à lactose
Intolerância à lactoseIntolerância à lactose
Intolerância à lactose
 
Surfactante
SurfactanteSurfactante
Surfactante
 
Texto digestório
Texto digestórioTexto digestório
Texto digestório
 
Hemoglobina
HemoglobinaHemoglobina
Hemoglobina
 
Fisiologia - circulação
Fisiologia - circulaçãoFisiologia - circulação
Fisiologia - circulação
 

Último

Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974AnaRitaFreitas7
 
Poder do convencimento,........... .
Poder do convencimento,...........         .Poder do convencimento,...........         .
Poder do convencimento,........... .WAGNERJESUSDACUNHA
 
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegraTermo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegrafernando846621
 
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdfARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdfItaloAtsoc
 
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegyptiCruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegyptiMary Alvarenga
 
Apresentação sobrea dengue educação.pptx
Apresentação sobrea dengue educação.pptxApresentação sobrea dengue educação.pptx
Apresentação sobrea dengue educação.pptxtaloAugusto8
 
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacionalarte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacionalidicacia
 
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxAula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxMarceloDosSantosSoar3
 
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...Unidad de Espiritualidad Eudista
 
aula 1.pptx Ementa e Plano de ensino Filosofia
aula 1.pptx Ementa e  Plano de ensino Filosofiaaula 1.pptx Ementa e  Plano de ensino Filosofia
aula 1.pptx Ementa e Plano de ensino FilosofiaLucliaResende1
 
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdfRitoneltonSouzaSanto
 
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES MonelosPeixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES MonelosAgrela Elvixeo
 
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123JaineCarolaineLima
 
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de históriaFORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de históriaBenigno Andrade Vieira
 
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsxDepende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsxLuzia Gabriele
 
A CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARX
A CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARXA CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARX
A CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARXHisrelBlog
 

Último (20)

Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
 
Poder do convencimento,........... .
Poder do convencimento,...........         .Poder do convencimento,...........         .
Poder do convencimento,........... .
 
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegraTermo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
 
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdfARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
 
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegyptiCruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
 
Apresentação sobrea dengue educação.pptx
Apresentação sobrea dengue educação.pptxApresentação sobrea dengue educação.pptx
Apresentação sobrea dengue educação.pptx
 
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacionalarte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
 
(42-ESTUDO - LUCAS) DISCIPULO DE JESUS
(42-ESTUDO - LUCAS)  DISCIPULO  DE JESUS(42-ESTUDO - LUCAS)  DISCIPULO  DE JESUS
(42-ESTUDO - LUCAS) DISCIPULO DE JESUS
 
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxAula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
 
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
 
aula 1.pptx Ementa e Plano de ensino Filosofia
aula 1.pptx Ementa e  Plano de ensino Filosofiaaula 1.pptx Ementa e  Plano de ensino Filosofia
aula 1.pptx Ementa e Plano de ensino Filosofia
 
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
 
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES MonelosPeixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
 
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdfAbordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
 
Abordagem 3. Análise interpretativa (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 3. Análise interpretativa (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdfAbordagem 3. Análise interpretativa (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 3. Análise interpretativa (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
 
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
 
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de históriaFORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
 
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsxDepende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
 
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
 
A CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARX
A CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARXA CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARX
A CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARX
 

Influenza

  • 1. Hemaglutinina e Neuraminidase – glicoproteínas da membrana do vírus da Influenza Vírus da influenza, o que é?  É mais conhecido como vírus da gripe  John Huxham relacionou os sintomas do vírus com a “influência” astrológica das estrelas, designando-o como influenza  Este vírus é classificado como um mixovírus:  Vírus com cápsula lipídica derivada da membrana plasmática da célula hospedeira;  Fixam-se a receptores de glicoproteínas da superfície celular;  Estes podem ser considerados como: ortomixovírus ou paramixovírus.  Considerado um ortomixovírus
  • 2.  Esférico ( 90-100 nm de diâmetro)  RNA unifilamentar (com 8 ou 7 segmentos)  A maioria dos segmentos codifica uma proteína. Dois dos segmentos vão codificar uma proteína que é a hemaglutinina (HA) e uma outra que é a neuraminidase (NA)  Inseridas na cápsula  Em forma de espículas (de 10 nm)  Constituem os antigénios que determinam a variação antigénica do vírus e a imunidade do hospedeiro
  • 3. O vírus da influenza pode ser classificado segundo o seu tipo e subtipo: Tipos de Vírus A B C  Mamíferos  O mais perigoso  Humanos  Intermédio  Humanos Porcos Cães  Doença respiratória esporádica e leve  Pode causar grandes epidemias => pandemias  Pode provocar epidemias  Não causa epidemia  A cada 10-40 anos surge um novo subtipo de vírus – ocorre uma pandemia  Período inter- epidémico é maior que 3-6 anos  Ondas epidémicas duram 2-3 anos Subtipo de vírus … para HA  Existem 16 subtipos de HA (H1-H16)  Em humanos foram apenas isolados 4 subtipos (H1, H2,H3 E H5) … para NA  Existem 9 subtipos de NA (N1-N9)  Em humanos apenas foram isolados 2 subtipos (N1 E N2) Em relação ao vírus da Gripe das Aves temos o H5N1
  • 4. Estrutura e composição do vírus Influenza / Ortomixovírus: Composição: 1% de RNA, 73% de proteínas, 20% de lípidos e 6% de glúcidos. Genomas de RNA de fita simples de Influenza ocorrem na forma de 8 segmentos, excepto no Influenza C, que tem apenas 7 (- 1 gene de neuraminidase); Maioria dos segmentos codifica uma única proteína; Cada segmento de RNA encontra-se associado a uma nucleoproteína (NP), formando uma ribonucleoproteína (RNP). Por sua vez, cada RNP está associada a uma RNA polimerase/ transcriptase constituída por três polipéptidos, o PB1, o PB2 e o PA. Partícula viral envolvida por uma membrana lipídica, na qual estão inseridas 2 glicoproteínas transmembranares codificadas pelo vírus: a HA - trímero e a NA – tetrâmero (espículas expostas sobre a superfície do vírus – 10nm) – responsáveis pela replicação do vírus (infecção). Em menor número encontramos também a proteína de membrana integral M2 , que funciona como canal de iões.
  • 5. Os antigénios internos são a nucleoproteína – NP e a proteína estrutural M1, sendo específicos de cada tipo de Influenza A ou B. A outra classe de antigénios é constituída pela hemaglutinina e pela neuraminidase. Hemaglutinina Estrutura da hemaglutinina (HA):  Deve o seu nome à capacidade de aglutinar eritrócitos/hemácias em determinadas condições;  A sua estrutura tridimensional foi revelada por cristalografia de raios X;  Sequência primária com 566 aminoácidos;  Sequência de sinal curta na extremidade aminoterminal insere o polipéptido no retículo endoplasmático, onde HA é clivada em 2 sub- unidades (HA1 e HA2), que ficam associadas por uma ponte dissulfídrica/ ligação perssulfureto (clivagem necessária para que a partícula seja infecciosa);
  • 6.  Espícula de HA sobre a partícula viral é constituida por 3 dímeros HA1 e HA2 entrelaçados;  Extensão hidrófoba junto à extremidade carboxiterminal da HA2 fixa a molécula de HA à membrana, com uma pequena cauda hidrófila que se estende no citoplasma; Vírus da Influenza normalmente estão confinados às vias respiratórias, já que é lá que são abundantes as enzimas proteases que clivam a HA. Curiosidade: já foram observados vírus mais virulentos que se adaptaram para utilizar a enzima plasmina, presente noutros locais.
  • 7. Neuraminidase Estrutura da neuraminidase (NA):  A espícula sobre a partícula viral é um tetrâmero, composto por quatro monómeros idênticos.  Tem um pedículo fino que termina por uma cabeça em forma de caixa;  Possui 1 local catalítico no cimo de cada cabeça, contendo assim, cada espícula, quatro locais activos. Composição aminoacídica (curiosidade) NA actua no final do ciclo de replicação do vírus (enzima sialidase).
  • 8.  A Hemaglutinina e a Neuraminidase são muito importantes no ciclo de vida do vírus: Assim, para melhor perceber estas funções temos de conhecer o ciclo de vida do vírus. 1. Clivagem da Hemaglutinina em HA1 e HA2 por enzimas do tracto respiratório do hospedeiro (são produzidas pelo próprio hospedeiro mas podem derivar de bactérias, que ao estarem presentes tornam a infecção viral mais susceptível); 2. O local de ligação ao receptor do fragmento HA1 pode ligar-se a um resíduo terminal do ácido siálico de um receptor que se encontra à superfície da célula hospedeira. Assim que ligado o vírus é endocitado por um processo de endocitose mediada por receptores NOTA: os receptores com ácido siálico existem numa variedade de células, mais notoriamente em glóbulos vermelhos (mas como estes não têm núcleo não são atacados pelo vírus, porque ele retém-se no aparelho respiratório, não se pode replicar nos glóbulos vermelhos)
  • 9. 3. O vírus é depois transportado numa vesícula endocítica. Quando o pH baixa (por bombeamento de iões H+ para dentro da célula) ocorrem transformações na estrutura do vírus: a. há uma alteração conformacional na molécula de Ha1, o que permite a sua ligação à parede do endossoma; b. alguns dos iões H+ livres entram dentro do vírus por canais iónicos até à proteína matricial (M2), o que faz com que ela se quebre e liberte o material nuclear que segue para o núcleo da célula para se replicar. 4. após replicação de RNA viral e síntese das suas proteínas, as proteínas agrupam-se no núcleo da célula hospedeira para formar nucleocápsulas que migram para a membrana celular; 5. A Neuraminidase entra então em funcionamento, sendo uma enzima destrutora dos receptores à superfície da célula hospedeira, isto é, cliva os resíduos terminais de ácido siálico do receptor o que possibilita a libertação da descendência de vírus que irão infectar outras células do mesmo ou de outro indivíduo.  A duas proteínas, HÁ e NA são os antigénios mais importantes para induzir imunidade protectiva no hospedeiro e mostram a maior variação em estrutura: Pandemias (epidemia de grandes proporções, isto é, incidência em curto período de tempo, de grande número de casos de uma doença e que se espalha a vários países e a mais de um continente) surgem da introdução de um vírus capaz de replicação e dispersão e para o qual a maioria da população não tem resposta imunológica, pelo menos para a molécula de HÁ (porque inicia o ciclo). Há vários mecanismos para que surjam rapidamente diferentes grupos antigénicos do vírus influenza em humanos (este aparecimento rápido é denominado shift antigénico): o Transferência directa de vírus completos de outras espécies (1918, febre espanholaH1N1); o Recombinação genética de vírus A aviários e humanos que infectam o mm hospedeiro (1957, febre asiáticaH2N2 e 1968 febre de Hong KongH3N2) o Resurgimento de um vírus que possa ter causado uma epidemia anos antes (1977 dps de 1950 febre russa H1N1)
  • 10. Pode também haver casos mais graduais em variação na antigenicidade do vírus, que resultam da alteração gradual na estrutura das proteínas por mutações pontuais na molécula de HÁ principalmente, até que o vírus é suficientemente diferente das estirpes mais antigas para que uma larga população seja susceptível e surjam epidemias (denomina-se de antigenic drift) Para mais informações sobre o assunto:  http://correio.fc.ul.pt/~mcg/ (site do Prof. Manuel Carmo Gomes)