1) A hipertensão arterial é uma doença comum que causa riscos à saúde e pode ser prevenida por mudanças no estilo de vida como redução de peso e prática regular de exercícios.
2) Estudos sugerem que o treinamento de força pode promover reduções temporárias na pressão arterial de pessoas hipertensas, especialmente na pressão sistólica.
3) Fatores como a intensidade, volume e ordem dos exercícios podem influenciar a duração desse efeito hipotensivo após o treinamento
2. INTRODUÇÃO
A hipertensão arterial ou hipertensão
arterial sistêmica (HAS) conhecida
popularmente como pressão alta é uma das
doenças com maior prevalência no mundo
moderno e é caracterizada pelo aumento da
p
pressão arterial.
Causas a hereditariedade, a obesidade, o
sedentarismo, o alcoolismo, o estresse, o fumo e
outras causas.
4. HIPERTENSÃO ARTERIAL
A doença causa diminuição da expectativa de
vida e aumento da mortalidade de homens e de
mulheres.
mulheres
Estimava-se que 15% d i di íd
E ti dos indivíduos com mais de
i d
20 anos e 35% com idade superior a 50 anos
apresentavam pressões arteriais elevadas
elevadas.
Em 2004, 35% da população brasileira acima de
2004
40 anos estava hipertensa (Ministério da Saúde).
5. QUANTOS HIPERTENSOS EXISTEM NO BRASIL?
Estimativa de Prevalência de Hipertensão Arterial (1998)
13 milhões se considerar de PA > 160 e/ou 95 mmHg
30 milhões se considerar entre 140-159 e/ou 90-94 mmHg
15 milhões nem sabem que são hipertensos
UFRGS- Achuti.
UFRGS- A. Achuti.
6. HIPERTENSÃO ARTERIAL
Sabe-se que os indivíduos sedentários têm
probabilidades de apresentarem hipertensão
arterial elevadas em 20 a 50%
50%.
7. CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
SISTÓLICA DIASTÓLICA Nível
130 85 Normal
N l
130-139 85- 89 Normal limítrofe
140 -159
159 90 - 99 Hipertensão leve
Hipertensão
160-179 100-109
moderada
> 179 > 109 Hipertensão grave
Hipertensão
> 140 >90
sistólica ou máxima
9. CUIDADOS PARA MEDIR A PRESSÃO
ARTERIAL
Repouso de 15 minutos em ambiente calmo e
agradável
Bexiga d
B i deve estar vazia (urinar antes)
t i ( i t )
Após exercícios, álcool, café ou fumo aguardar 30
minutos para medir
Manguito do aparelho deve estar firme e bem
ajustado ao braço e ter a largura de 40% da
circunferência do braço,sendo que este deve ser
mantido na altura do coraçãoç
10. CUIDADOS PARA MEDIR A PRESSÃO
ARTERIAL
não falar durante o procedimento ,
esperar 1 a 2 minutos entre as medidas,
manguito especial para crianças e obesos devem
ser usados,
a posição sentada ou deitada é a recomendada na
rotina d medidas.
ti das did
11. COMO PREVENIR A HIPERTENSÃO
A melhor maneira de prevenir é através de
lh i d i t é d
"modificações do estilo de vida“.
A redução do peso é indicada (obesidade).
Existe larga variação de resposta à ingestão de sódio.
O álcool pode causar aumento da resistência periférica
ál l d t d i tê i ifé i
das paredes arteriais e por isso elevar a pressão
arterial.
Prática de atividade física regularmente (30 a 45
minutos).
minutos)
16. DÉFICIT AERÓBIO FUNCIONAL
FAI% = VO2 max predito – VO2 max obtido x
100
VO2 max predito
dit
VO2 max predito
dit
Homem ativo = 69,7 – (0,612 x Idade)
sedentário = 57,8 –(0,445 x Idade)
57 8 (0 445
Mulher ativa = 42 9 – (0 312 x Idade)
42,9 (0,312
sedentária = 42,3 – (0,356 x Idade)
Bruce et al., 1973
17. CLASSIFICAÇÃO DO FAI
0-26% - sem déficit funcional significativo
Baixo condicionamento físico
27-40% - déficit funcional leve
Baixo condicionamento físico e possível p
p presença de
ç
cardiopatia
41-54% - déficit funcional moderado
55-68% - déficit funcional importante
> 68% - déficit funcional extremo
FAI negativo indica bom condicionamento
g
18. DIRETRIZES PARA O TREINAMENTO
RESISTIDO EM HAS
Series repetições Intensidade
AHA (2007) 1 série 8-12 rep. 50%-70% de 1 RM
ACSM (2006) 1 série 3-20 rep. 50%-80% de 1 RM
AGS (2001) baixa 10-15 rep. 40% de 1RM
moderada 8-10 rep. 40% - 60% de 1 RM
Alta 6-8 rep.
p > 60% de 1 RM
19.
20.
21.
22. ESTUDOS
Os estudos sobre HAS e exercício contra-
resistência são escassos e, por isso, não se pode
afirmar qual intensidade e volume ótimos de
exercício para otimizar a redução da PA após a
atividade (POLITO, 2006; FAGARD, 2007).
( , ; , )
23. Sujeitos: 11 indivíduos do sexo masculino (23,9 +
4,3 anos; 79 + 7,7 kg; 177,6 + 7,4 cm) praticantes
de exercícios resistidos no mínimo há 6 meses
meses.
Protocolo : executaram 2 sessões de exercícios
resistidos, sendo uma a 80% de 1 RM (80% 1 RM)
e outra a 30% de 1 RM (30% 1 RM).
Sete dos 11 participantes executaram ainda 2
outras sessões de exercícios, uma envolvendo
,
apenas membros superiores (MS) e outra apenas
membros inferiores (MI), ambas a 30% de 1 RM.
24.
25.
26. Sujeitos: 20 pessoas hipertensas (61 ± 12 anos;
70,2 ± 14,4kg; 160,0 ± 6,2cm) de ambos os
gêneros (16 homens e quatro mulheres)
mulheres),
Protocolo: realizaram de forma aleatória uma
(SER1) ou três (SER3) séries de, no máximo, 10
repetições dos exercícios propostos, com intervalo
de dois minutos entre as séries e os exercícios.
27.
28. Conclui que:
a) Por até 60 minutos pós-exercício, uma sessão de
treinamento d f
t i t de força pode promover reduções
d d õ
nos níveis pressóricos, principalmente para
PAS,
PAS em indivíduos hipertensos controlados por
medicação;
b) Ser necessário um maior volume de treinamento
para que tal efeito ocorra.
29. Sujeitos: 16 voluntários, sendo nove h
S j it l tá i d homens (20 ± 1
anos; 68 ± 11kg; 173 ± 7cm) e sete mulheres (21 ± 5
anos; 53 ± 6kg; 164 ± 5cm).
Protocolo: testes de seis repetições máximas (6RM)
para os exercícios supino horizontal, leg-press
inclinado,
inclinado puxada no pulley mesa flexora
pulley, flexora,
desenvolvimento na máquina e rosca bíceps.
Os exercícios foram realizados em três séries de 6RM
com i t
intervalo d recuperação estipulado em dois
l de ã ti l d d i
minutos (SEQ6).
12 repetições com a carga correspondendo a 50%
p ç g p
daquela associada a 6RM (SEQ12).
O total de peso mobilizado foi o mesmo em cada dia,
porém através de intensidades distintas
distintas.
30.
31.
32. Os resultados sugerem que a intensidade do
treinamento de força pode influenciar a duração
do efeito hipotensivo após o término da atividade
atividade,
mas não a magnitude da redução.
Sessões mais intensas promoveriam um período
maior de redução da PAS.
Sessões menos intensas reduziriam a PAD por
um período relativamente curto.
33.
34.
35.
36. Efeito Sub-Agudo do Exercício
Direção d Resposta
Di ã da R t
Efeito Provocador
(+)
iável
Vari l
Efeito Inibidor
(-)
Exercício
37. Sujeitos: oito idosos com hipertensao arterial bem
controlada (62,1 ― 3,1 anos).
Protocolo: teste de 12 repeticoes maximas (RM)
em ordem aleatória para cada um dos seguintes
exercícios:
í i
1) supino sentado na maquina;
2) puxada alta anterior;
d lt t i
3) remada rlta;
4) l press 90
) leg 90o;
5) extensao de joelhos;
6) flexao de joelhos.
38. Protocolo treino: No protocolo 1 (P1) os exercícios
foram organizados na seguinte ordem: 1) leg press
90o;
90 2) extensão de joelho; 3) flexão d j lh 4)
t ã d j lh fl ã de joelho;
supino sentado na maquina; 5) puxada alta anterior;
e 6) remada alta.
No protocolo 2 (P2) a situação foi inversa, executando
primeiros os três exercícios para membros superiores,
seguidos dos três exercícios para membros inferiores
inferiores.
Protocolo 3 (P3) foi organizado de maneira a
intercalar um exercício para MS com um para MI.
Todos os exercícios foram realizados em um método de
três series de 12 RM, com um intervalo de dois a três
minutos entre cada serie e exercício.
39.
40.
41. Conclusão :
1) Exercícios resistidos proporcionam HPE em
idosos com pressão arterial bem controlada;
2) A ordem de execução de exercícios resistidos
influencia na duração da HPE (melhor intercalar
um exercício para MS com um para MI), mas não
na magnitude dessa resposta.
42. Teste de 5 repetições máximas (5-RM) nos seguintes exercícios:
supino horizontal, l press 45 remada baixa, mesa flexora,
i h i t l leg 45o, d b i fl
desenvolvimento com halteres e flexão plantar.
1o dia - execução dos exercícios do protocolo com 3 séries de 10
repetições com 70% de 5RM com 1 minuto de intervalo
intervalo.
2º dia - o mesmo procedimento do 1o dia, porém utilizando 2 minutos
de intervalo entre as séries.
Resultado sem diferença entre os intervalos
intervalos.
43.
44. Revisão: 6 a 26 semanas de treinamento.
Frequência de treino de 2 a 3 vezes semana.
Intensidade de 30% a 90% (mediana de 70%) de
1RM
45.
46. CUIDADOS PARA A PRÁTICA DO
TREINAMENTO RESISTIDO
Evitar a manobra de valsava.
Pessoas hipertensas treinando com pesos devem evitar
essas situações porque a elevação aguda e intensa da
pressão arterial sistólica pode levar à acidentes
hemorrágicos pela ruptura da parede de artérias
enfraquecidas pela deposição de ateromas
(SANTARÉM, 2000).
Durante a atividade PAS>260 mmHg ou PAD
D t ti id d Hg
>115mmHg.
Wiecek et al.4 observaram que a medida auscultatória
indireta subestima os valores reais em 15% durante a
realização do exercício e em mais de 30%, se for
realizada i di t
li d imediatamente após a fi li ã deste.
t ó finalização d t
47.
48. CUIDADOS PARA A PRÁTICA DO
TREINAMENTO RESISTIDO
Elevações pequenas na PA têm sido reportadas
durante o treinamento de força em circuito (8 a
16 repetições com 30% a 60 % de 1RM)
1RM).
HARRIS & HOLLY observaram adaptações ao
treinamento de força em circuito em hipertensos
e encontraram que as pressões sistólicas e
diastólicas durante o exercício não excederam 190
e 106 mmHg respectivamente.
49. CUIDADOS PARA A PRÁTICA DO
TREINAMENTO RESISTIDO
Não se exercitar com a PAS >200 mm Hg ou
PAD >115mmHg.
Os B bl
O B-bloqueadores, bl
d bloqueadores d canal d
d do l de
cálcio e os vasodilatadores podem causar
hipotensão pós-esforço
pós esforço.
Os diuréticos podem causar uma redução em K,
resultado em arritmia cardíaca.
Cuidado com a desidratação.
ACSM, 2007