SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
Pequeno apontamento sobre

Vestígios arqueológicos em Lisboa
As Galerias Romanas da Rua da Prata

As primeiras notícias que temos destas Galerias datam de 1771 quando, durante a reconstrução
da cidade de Lisboa depois do grande terramoto de 1755, descobriu-se um pedestal romano com
uma inscrição em latim dedicado a Esculápio (Deus da Medicina) e a existência de um conjunto
de Galerias Romanas no subsolo da Baixa. Esse pedestal encontra-se hoje no Museu Nacional de
Arqueologia.







Durante muito tempo, e em virtude de as galerias terem sido descobertas parcialmente submersas,
como ainda hoje se encontram, julgou-se que se estava perante umas termas romanas.
O monumento apenas é visitável uma vez por ano, devido à difícil acessibilidade e ao facto de a
bombagem de água ter de ser constante para que essas visitas se possam efetuar, o que também
dificulta os trabalhos arqueológicos.
Nesta foto vê-se a Galeria das Nascentes, onde se encontram uma série de Olhos de Água e uma fenda
que se estende por todo o solo e teto, atualmente monitorizada com técnicas sofisticadas. Essa fenda,
segundo os arqueólogos, pode ter surgido durante o terramoto de 1755 ou noutro incidente geológico
do género.
Como se pode ver nesta e noutras fotos, é bem visível onde costuma estar o nível da água, pelas marcas
mais escuras nas paredes.
 A entrada nas Galerias é feita por um alçapão na Rua da Conceição junto ao nº 77, que como
podem ver fica no meio da estrada, o que obriga a restrições de trânsito durante os dias das
visitas ou quando estão a decorrer trabalhos arqueológicos.
Em 1859, obras de saneamento permitiram observar, pela única vez, restos das construções romanas que se
erguiam sobre as Galerias, não tendo sido possível, no entanto, identificar essas construções. Foi feito um
levantamento exaustivo das ruínas, conduzido por José Valentim de Freitas, sendo este um dos trabalhos
arqueológicos pioneiros na cidade de Lisboa. Houve várias interpretações, desde Termas a Fórum Municipal.

Devido aos trabalhos atuais conhece-se agora melhor a funcionalidade do monumento, construído na
primeira metade do Séc. I d.C. (época dos imperadores Júlio-Cláudios) e que indicam tratar-se de
“criptopórticos”, construções abobadadas e de grande robustez que os romanos frequentemente construíam
em terrenos instáveis, para servir de suporte a outras construções.
Infelizmente os coletores da cidade não permitem o acesso à totalidade do monumento,
desconhecendo-se a sua extensão. Apenas se sabe que este é um dos limites e pensase que esta área era visível do exterior quando foi construído, pela cuidada cantaria dos
arcos, técnica típica dos inícios da época imperial romana e por pedaços de mosaicos
encontrados perto do local.
Pela proximidade do porto da cidade, calcula-se que estas Galerias servissem de alicerce
de uma grande estrutura, talvez um mercado ligado às atividades portuárias e comerciais
da então cidade de Olisipo.
Pequenos compartimentos dispostos lateralmente às Galerias podem ter sido
utilizados para armazenamento de mercadorias. Os últimos trabalhos
arqueológicos revelaram que o monumento ergue-se sobre uma espessa placa
artificial colocada sobre a areia. Essa antiga argamassa (de nome opus
caementicium) é uma técnica de construção utilizada pelos romanos em que as
pedras são unidas com esse material fortíssimo, um antepassado remoto do
betão. Dada a sua robustez, essas Galerias ainda hoje servem de alicerce aos
prédios pombalinos.
Devido às suas condições hidráulicas as Galerias foram utilizadas pela população como
cisterna durante o século XIX, sendo ainda hoje visíveis diversas aberturas circulares no
cruzamento das abóbadas. Era assim que a população dos edifícios situados nesta zona
extraía a água, e o monumento era conhecido como “Conservas de Água da Rua da
Prata”. Acreditava-se que as águas do poço que se encontra por cima da Galeria das
Nascentes tinham um efeito terapêutico, pelo que foi apelidado “Poço das Águas
Santas”. É provável que um pensamento semelhante existisse na época da construção
do monumento, dado o pedestal dedicado a Esculápio.
A partir dos anos 80 a Câmara Municipal de Lisboa conseguiu criar condições para que as
galerias abrissem ao público, mas devido à acumulação de água no seu interior apenas pode ser
visitado uma vez por ano, sendo as visitas feitas em grupo e orientadas pelos técnicos do Museu
da Cidade.
Da parte da tarde assistimos à
inauguração da exposição sobre as
Galerias Romanas no Museu da
Cidade, ao que se seguiu uma série de
conferências sobre as intervenções
arqueológicas que se estão a efetuar,
uma síntese sobre a história do
monumento, assim como as sondagens
geotécnicas levadas a cabo no local.
Tivemos ainda oportunidade de assistir a uma reconstrução tridimensional do
monumento, por um novo sistema de modelação em três dimensões e que poderá ter
uma aplicação aos sítios arqueológicos. Esse sistema é constituído por um sensor laser,
uma câmara de vídeo e um computador portátil que desloca sensores sobre um
monocarril ao longo das galerias, obtendo-se uma descrição tridimensional das mesmas e
que poderá ser um apoio à investigação nos casos – como o das Galerias Romanas – em
que o acesso é condicionado.
Por curiosidade, aqui temos uma placa numa
rua de Lisboa onde se vê o nome antigo da
cidade - OLISIPO.
(perto da Sé de Lisboa).
Ruínas do Teatro Romano, onde se pode notar a área da orquestra e o
início das bancadas.

A exposição das Ruínas do Teatro Romano – no Pátio do Aljube, entre a Sé e a Rua de S.
Mamede - engloba várias áreas onde se podem observar diversos testemunhos
arqueológicos, não só referentes ao Teatro Romano como também a outras construções
que foram sendo edificadas ao longo dos séculos nessa área.
Foi após o terramoto de 1755 que as ruínas foram descobertas, durante a reconstrução da
cidade, sendo atualmente visível cerca de um terço do monumento.
A entrada para uma casa junto às ruínas do Teatro Romano.
Conforme muita coisa foi descoberta depois do terramoto, também muito ficou
soterrado com o mesmo, deixando debaixo dos nossos pés muito da antiga cidade.
Perspetiva da intervenção arqueológica junto ao Museu do teatro Romano.
Muitas habitações foram construídas “aproveitando” o muro de sustentação do Teatro.

Fica um agradecimento aos técnicos do Museu da Cidade que proporcionaram momentos tão
interessantes, bem como aos meus colegas (que me aturaram) e Prof. Lurdes que incentivou este
apontamento sobre a nossa riqueza arqueológica e uma das minhas paixões.

Fernanda Esteves

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

aula 11 - Início séc. XX - parte 1
aula 11 - Início séc. XX - parte 1aula 11 - Início séc. XX - parte 1
aula 11 - Início séc. XX - parte 1arqbras
 
Pontes do Porto - História e Engenharia
Pontes do Porto - História e EngenhariaPontes do Porto - História e Engenharia
Pontes do Porto - História e EngenhariaDaniel Campos
 
História- Sés Catedrais - Estilo Românico
História- Sés Catedrais - Estilo RomânicoHistória- Sés Catedrais - Estilo Românico
História- Sés Catedrais - Estilo RomânicoDaniela Ramalho
 
2c14arteromana2c142012 120331194051-phpapp01
2c14arteromana2c142012 120331194051-phpapp012c14arteromana2c142012 120331194051-phpapp01
2c14arteromana2c142012 120331194051-phpapp01Alexandre Santana
 
Património Mundial e Turismo Cultural - Coliseu de Roma - Artur Filipe dos Sa...
Património Mundial e Turismo Cultural - Coliseu de Roma - Artur Filipe dos Sa...Património Mundial e Turismo Cultural - Coliseu de Roma - Artur Filipe dos Sa...
Património Mundial e Turismo Cultural - Coliseu de Roma - Artur Filipe dos Sa...Artur Filipe dos Santos
 
História do porto igreja e torre dos clérigos, irmandade dos clérigos pobre...
História do porto   igreja e torre dos clérigos, irmandade dos clérigos pobre...História do porto   igreja e torre dos clérigos, irmandade dos clérigos pobre...
História do porto igreja e torre dos clérigos, irmandade dos clérigos pobre...Artur Filipe dos Santos
 
O terramoto de 1 de novembro de 1755 que obteve grau 9 na escala de richter
O terramoto de 1 de novembro de 1755 que obteve grau 9 na escala de richterO terramoto de 1 de novembro de 1755 que obteve grau 9 na escala de richter
O terramoto de 1 de novembro de 1755 que obteve grau 9 na escala de richterCardeal Costa Nunes
 
Portugal arte em redor de 1900
Portugal   arte em redor de 1900Portugal   arte em redor de 1900
Portugal arte em redor de 1900Ana Barreiros
 
Trabalho de artes editavel para 2007
Trabalho de  artes editavel para 2007Trabalho de  artes editavel para 2007
Trabalho de artes editavel para 2007Matheus Bolsarini
 

Mais procurados (20)

História do porto as pontes da cidade do porto - Ponte D. Maria Pia
História do porto   as pontes da cidade do porto - Ponte D. Maria PiaHistória do porto   as pontes da cidade do porto - Ponte D. Maria Pia
História do porto as pontes da cidade do porto - Ponte D. Maria Pia
 
aula 11 - Início séc. XX - parte 1
aula 11 - Início séc. XX - parte 1aula 11 - Início séc. XX - parte 1
aula 11 - Início séc. XX - parte 1
 
Arquitetura Eclética
Arquitetura EcléticaArquitetura Eclética
Arquitetura Eclética
 
Chafarizes de Lisboa
Chafarizes de LisboaChafarizes de Lisboa
Chafarizes de Lisboa
 
Zona sul 3
Zona sul 3Zona sul 3
Zona sul 3
 
Pontes do Porto - História e Engenharia
Pontes do Porto - História e EngenhariaPontes do Porto - História e Engenharia
Pontes do Porto - História e Engenharia
 
A arte em roma
A arte em romaA arte em roma
A arte em roma
 
Lisboa portas fechadas a 10
Lisboa   portas fechadas a 10  Lisboa   portas fechadas a 10
Lisboa portas fechadas a 10
 
Pontes do Porto
Pontes do PortoPontes do Porto
Pontes do Porto
 
Cidade do Porto em 1914
Cidade do Porto em 1914Cidade do Porto em 1914
Cidade do Porto em 1914
 
Cidade do porto em 1914
Cidade do porto em 1914Cidade do porto em 1914
Cidade do porto em 1914
 
História- Sés Catedrais - Estilo Românico
História- Sés Catedrais - Estilo RomânicoHistória- Sés Catedrais - Estilo Românico
História- Sés Catedrais - Estilo Românico
 
2c14arteromana2c142012 120331194051-phpapp01
2c14arteromana2c142012 120331194051-phpapp012c14arteromana2c142012 120331194051-phpapp01
2c14arteromana2c142012 120331194051-phpapp01
 
História do Porto - Igreja e Torre dos Clérigos
História do Porto - Igreja e Torre dos Clérigos  História do Porto - Igreja e Torre dos Clérigos
História do Porto - Igreja e Torre dos Clérigos
 
Património Mundial e Turismo Cultural - Coliseu de Roma - Artur Filipe dos Sa...
Património Mundial e Turismo Cultural - Coliseu de Roma - Artur Filipe dos Sa...Património Mundial e Turismo Cultural - Coliseu de Roma - Artur Filipe dos Sa...
Património Mundial e Turismo Cultural - Coliseu de Roma - Artur Filipe dos Sa...
 
Padypaper
PadypaperPadypaper
Padypaper
 
História do porto igreja e torre dos clérigos, irmandade dos clérigos pobre...
História do porto   igreja e torre dos clérigos, irmandade dos clérigos pobre...História do porto   igreja e torre dos clérigos, irmandade dos clérigos pobre...
História do porto igreja e torre dos clérigos, irmandade dos clérigos pobre...
 
O terramoto de 1 de novembro de 1755 que obteve grau 9 na escala de richter
O terramoto de 1 de novembro de 1755 que obteve grau 9 na escala de richterO terramoto de 1 de novembro de 1755 que obteve grau 9 na escala de richter
O terramoto de 1 de novembro de 1755 que obteve grau 9 na escala de richter
 
Portugal arte em redor de 1900
Portugal   arte em redor de 1900Portugal   arte em redor de 1900
Portugal arte em redor de 1900
 
Trabalho de artes editavel para 2007
Trabalho de  artes editavel para 2007Trabalho de  artes editavel para 2007
Trabalho de artes editavel para 2007
 

Semelhante a Vestígios arqueologicos em lisboa

Comemorar espaços ...
Comemorar espaços ...Comemorar espaços ...
Comemorar espaços ...Ana Barreiros
 
Visita de estudo ribeira do porto com fotos
Visita de estudo   ribeira do porto com fotosVisita de estudo   ribeira do porto com fotos
Visita de estudo ribeira do porto com fotosIsabelPereira2010
 
Museu Antonino de Faro e o turismo no Algarve
Museu Antonino de Faro e o turismo no AlgarveMuseu Antonino de Faro e o turismo no Algarve
Museu Antonino de Faro e o turismo no AlgarveJosé Mesquita
 
Atrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptx
Atrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptxAtrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptx
Atrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptxFaustoBartole1
 
Pompeia - Arquitetura e Urbanismo
Pompeia - Arquitetura e UrbanismoPompeia - Arquitetura e Urbanismo
Pompeia - Arquitetura e UrbanismoRodrigo Vieira
 
Monumentos de lisboa
Monumentos de lisboaMonumentos de lisboa
Monumentos de lisboaondinaribeiro
 
C arte paleolítico superior
C arte paleolítico superiorC arte paleolítico superior
C arte paleolítico superiorAntónio Silva
 
Romanização em Portugal
Romanização em Portugal   Romanização em Portugal
Romanização em Portugal Filipa Silva
 
Museus, monumentos e construções históricas do rio
Museus, monumentos e construções históricas do rioMuseus, monumentos e construções históricas do rio
Museus, monumentos e construções históricas do rioEd de Souza
 
Lina Bo Bardi - Sesc Pompeia e MASP
Lina Bo Bardi - Sesc Pompeia e MASPLina Bo Bardi - Sesc Pompeia e MASP
Lina Bo Bardi - Sesc Pompeia e MASPBruna Fonseca
 
Arquitetura de museus kiefer
Arquitetura de museus kieferArquitetura de museus kiefer
Arquitetura de museus kieferAline Ferreira
 

Semelhante a Vestígios arqueologicos em lisboa (20)

Comemorar espaços ...
Comemorar espaços ...Comemorar espaços ...
Comemorar espaços ...
 
Visita de estudo ribeira do porto com fotos
Visita de estudo   ribeira do porto com fotosVisita de estudo   ribeira do porto com fotos
Visita de estudo ribeira do porto com fotos
 
Museu Antonino de Faro e o turismo no Algarve
Museu Antonino de Faro e o turismo no AlgarveMuseu Antonino de Faro e o turismo no Algarve
Museu Antonino de Faro e o turismo no Algarve
 
Atrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptx
Atrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptxAtrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptx
Atrativos Turísticos Culturais do Rio de Janeiro bonito (1).pptx
 
Cinelândia
CinelândiaCinelândia
Cinelândia
 
Pompeia - Arquitetura e Urbanismo
Pompeia - Arquitetura e UrbanismoPompeia - Arquitetura e Urbanismo
Pompeia - Arquitetura e Urbanismo
 
Monumentos de lisboa
Monumentos de lisboaMonumentos de lisboa
Monumentos de lisboa
 
Monumentos de lisboa
Monumentos de lisboaMonumentos de lisboa
Monumentos de lisboa
 
Trabalho de elizabete
Trabalho de elizabeteTrabalho de elizabete
Trabalho de elizabete
 
C arte paleolítico superior
C arte paleolítico superiorC arte paleolítico superior
C arte paleolítico superior
 
Arquitetura do Ferro
Arquitetura do FerroArquitetura do Ferro
Arquitetura do Ferro
 
O Coliseu De Roma
O Coliseu De RomaO Coliseu De Roma
O Coliseu De Roma
 
Recife pernambuco
Recife   pernambucoRecife   pernambuco
Recife pernambuco
 
Romanização em Portugal
Romanização em Portugal   Romanização em Portugal
Romanização em Portugal
 
O coliseu
O coliseuO coliseu
O coliseu
 
Museus, monumentos e construções históricas do rio
Museus, monumentos e construções históricas do rioMuseus, monumentos e construções históricas do rio
Museus, monumentos e construções históricas do rio
 
Lina Bo Bardi - Sesc Pompeia e MASP
Lina Bo Bardi - Sesc Pompeia e MASPLina Bo Bardi - Sesc Pompeia e MASP
Lina Bo Bardi - Sesc Pompeia e MASP
 
Arquitetura de museus kiefer
Arquitetura de museus kieferArquitetura de museus kiefer
Arquitetura de museus kiefer
 
A Arte em Roma
A Arte em RomaA Arte em Roma
A Arte em Roma
 
4 arte romana 2020
4 arte romana 20204 arte romana 2020
4 arte romana 2020
 

Mais de fergwen

Joao de deus
Joao de deusJoao de deus
Joao de deusfergwen
 
Apresentação curso efa secundário
Apresentação curso efa secundárioApresentação curso efa secundário
Apresentação curso efa secundáriofergwen
 
Apresentação de segurança rodoviária slides
Apresentação de segurança rodoviária slidesApresentação de segurança rodoviária slides
Apresentação de segurança rodoviária slidesfergwen
 
Psicologia duas sociedades
Psicologia   duas sociedadesPsicologia   duas sociedades
Psicologia duas sociedadesfergwen
 
Doenças contagiosas na infância apresentação
Doenças contagiosas na infância apresentaçãoDoenças contagiosas na infância apresentação
Doenças contagiosas na infância apresentaçãofergwen
 
Doenças contagiosas na infância apresentação
Doenças contagiosas na infância apresentaçãoDoenças contagiosas na infância apresentação
Doenças contagiosas na infância apresentaçãofergwen
 
A construçao da autonomia até aos 2 anos
A construçao da autonomia   até aos 2 anosA construçao da autonomia   até aos 2 anos
A construçao da autonomia até aos 2 anosfergwen
 
Nee hiperatividade jessica fer
Nee hiperatividade jessica ferNee hiperatividade jessica fer
Nee hiperatividade jessica ferfergwen
 
Psicologia alteraçoes do sono
Psicologia alteraçoes do sonoPsicologia alteraçoes do sono
Psicologia alteraçoes do sonofergwen
 
Psicologia infantil 2013 trabalo de grupo
Psicologia infantil 2013 trabalo de grupoPsicologia infantil 2013 trabalo de grupo
Psicologia infantil 2013 trabalo de grupofergwen
 

Mais de fergwen (10)

Joao de deus
Joao de deusJoao de deus
Joao de deus
 
Apresentação curso efa secundário
Apresentação curso efa secundárioApresentação curso efa secundário
Apresentação curso efa secundário
 
Apresentação de segurança rodoviária slides
Apresentação de segurança rodoviária slidesApresentação de segurança rodoviária slides
Apresentação de segurança rodoviária slides
 
Psicologia duas sociedades
Psicologia   duas sociedadesPsicologia   duas sociedades
Psicologia duas sociedades
 
Doenças contagiosas na infância apresentação
Doenças contagiosas na infância apresentaçãoDoenças contagiosas na infância apresentação
Doenças contagiosas na infância apresentação
 
Doenças contagiosas na infância apresentação
Doenças contagiosas na infância apresentaçãoDoenças contagiosas na infância apresentação
Doenças contagiosas na infância apresentação
 
A construçao da autonomia até aos 2 anos
A construçao da autonomia   até aos 2 anosA construçao da autonomia   até aos 2 anos
A construçao da autonomia até aos 2 anos
 
Nee hiperatividade jessica fer
Nee hiperatividade jessica ferNee hiperatividade jessica fer
Nee hiperatividade jessica fer
 
Psicologia alteraçoes do sono
Psicologia alteraçoes do sonoPsicologia alteraçoes do sono
Psicologia alteraçoes do sono
 
Psicologia infantil 2013 trabalo de grupo
Psicologia infantil 2013 trabalo de grupoPsicologia infantil 2013 trabalo de grupo
Psicologia infantil 2013 trabalo de grupo
 

Último

Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Atividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu AbrigoAtividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu AbrigoMary Alvarenga
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
A galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
A  galinha ruiva sequencia didatica 3 anoA  galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
A galinha ruiva sequencia didatica 3 anoandrealeitetorres
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfIedaGoethe
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfIedaGoethe
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Susana Stoffel
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 

Último (20)

Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Atividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu AbrigoAtividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu Abrigo
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
A galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
A  galinha ruiva sequencia didatica 3 anoA  galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
A galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 

Vestígios arqueologicos em lisboa

  • 1. Pequeno apontamento sobre Vestígios arqueológicos em Lisboa
  • 2. As Galerias Romanas da Rua da Prata As primeiras notícias que temos destas Galerias datam de 1771 quando, durante a reconstrução da cidade de Lisboa depois do grande terramoto de 1755, descobriu-se um pedestal romano com uma inscrição em latim dedicado a Esculápio (Deus da Medicina) e a existência de um conjunto de Galerias Romanas no subsolo da Baixa. Esse pedestal encontra-se hoje no Museu Nacional de Arqueologia.
  • 3.     Durante muito tempo, e em virtude de as galerias terem sido descobertas parcialmente submersas, como ainda hoje se encontram, julgou-se que se estava perante umas termas romanas. O monumento apenas é visitável uma vez por ano, devido à difícil acessibilidade e ao facto de a bombagem de água ter de ser constante para que essas visitas se possam efetuar, o que também dificulta os trabalhos arqueológicos. Nesta foto vê-se a Galeria das Nascentes, onde se encontram uma série de Olhos de Água e uma fenda que se estende por todo o solo e teto, atualmente monitorizada com técnicas sofisticadas. Essa fenda, segundo os arqueólogos, pode ter surgido durante o terramoto de 1755 ou noutro incidente geológico do género. Como se pode ver nesta e noutras fotos, é bem visível onde costuma estar o nível da água, pelas marcas mais escuras nas paredes.
  • 4.  A entrada nas Galerias é feita por um alçapão na Rua da Conceição junto ao nº 77, que como podem ver fica no meio da estrada, o que obriga a restrições de trânsito durante os dias das visitas ou quando estão a decorrer trabalhos arqueológicos.
  • 5. Em 1859, obras de saneamento permitiram observar, pela única vez, restos das construções romanas que se erguiam sobre as Galerias, não tendo sido possível, no entanto, identificar essas construções. Foi feito um levantamento exaustivo das ruínas, conduzido por José Valentim de Freitas, sendo este um dos trabalhos arqueológicos pioneiros na cidade de Lisboa. Houve várias interpretações, desde Termas a Fórum Municipal. Devido aos trabalhos atuais conhece-se agora melhor a funcionalidade do monumento, construído na primeira metade do Séc. I d.C. (época dos imperadores Júlio-Cláudios) e que indicam tratar-se de “criptopórticos”, construções abobadadas e de grande robustez que os romanos frequentemente construíam em terrenos instáveis, para servir de suporte a outras construções.
  • 6. Infelizmente os coletores da cidade não permitem o acesso à totalidade do monumento, desconhecendo-se a sua extensão. Apenas se sabe que este é um dos limites e pensase que esta área era visível do exterior quando foi construído, pela cuidada cantaria dos arcos, técnica típica dos inícios da época imperial romana e por pedaços de mosaicos encontrados perto do local. Pela proximidade do porto da cidade, calcula-se que estas Galerias servissem de alicerce de uma grande estrutura, talvez um mercado ligado às atividades portuárias e comerciais da então cidade de Olisipo.
  • 7. Pequenos compartimentos dispostos lateralmente às Galerias podem ter sido utilizados para armazenamento de mercadorias. Os últimos trabalhos arqueológicos revelaram que o monumento ergue-se sobre uma espessa placa artificial colocada sobre a areia. Essa antiga argamassa (de nome opus caementicium) é uma técnica de construção utilizada pelos romanos em que as pedras são unidas com esse material fortíssimo, um antepassado remoto do betão. Dada a sua robustez, essas Galerias ainda hoje servem de alicerce aos prédios pombalinos.
  • 8. Devido às suas condições hidráulicas as Galerias foram utilizadas pela população como cisterna durante o século XIX, sendo ainda hoje visíveis diversas aberturas circulares no cruzamento das abóbadas. Era assim que a população dos edifícios situados nesta zona extraía a água, e o monumento era conhecido como “Conservas de Água da Rua da Prata”. Acreditava-se que as águas do poço que se encontra por cima da Galeria das Nascentes tinham um efeito terapêutico, pelo que foi apelidado “Poço das Águas Santas”. É provável que um pensamento semelhante existisse na época da construção do monumento, dado o pedestal dedicado a Esculápio.
  • 9. A partir dos anos 80 a Câmara Municipal de Lisboa conseguiu criar condições para que as galerias abrissem ao público, mas devido à acumulação de água no seu interior apenas pode ser visitado uma vez por ano, sendo as visitas feitas em grupo e orientadas pelos técnicos do Museu da Cidade. Da parte da tarde assistimos à inauguração da exposição sobre as Galerias Romanas no Museu da Cidade, ao que se seguiu uma série de conferências sobre as intervenções arqueológicas que se estão a efetuar, uma síntese sobre a história do monumento, assim como as sondagens geotécnicas levadas a cabo no local.
  • 10. Tivemos ainda oportunidade de assistir a uma reconstrução tridimensional do monumento, por um novo sistema de modelação em três dimensões e que poderá ter uma aplicação aos sítios arqueológicos. Esse sistema é constituído por um sensor laser, uma câmara de vídeo e um computador portátil que desloca sensores sobre um monocarril ao longo das galerias, obtendo-se uma descrição tridimensional das mesmas e que poderá ser um apoio à investigação nos casos – como o das Galerias Romanas – em que o acesso é condicionado.
  • 11. Por curiosidade, aqui temos uma placa numa rua de Lisboa onde se vê o nome antigo da cidade - OLISIPO. (perto da Sé de Lisboa).
  • 12. Ruínas do Teatro Romano, onde se pode notar a área da orquestra e o início das bancadas. A exposição das Ruínas do Teatro Romano – no Pátio do Aljube, entre a Sé e a Rua de S. Mamede - engloba várias áreas onde se podem observar diversos testemunhos arqueológicos, não só referentes ao Teatro Romano como também a outras construções que foram sendo edificadas ao longo dos séculos nessa área. Foi após o terramoto de 1755 que as ruínas foram descobertas, durante a reconstrução da cidade, sendo atualmente visível cerca de um terço do monumento.
  • 13. A entrada para uma casa junto às ruínas do Teatro Romano. Conforme muita coisa foi descoberta depois do terramoto, também muito ficou soterrado com o mesmo, deixando debaixo dos nossos pés muito da antiga cidade.
  • 14. Perspetiva da intervenção arqueológica junto ao Museu do teatro Romano. Muitas habitações foram construídas “aproveitando” o muro de sustentação do Teatro. Fica um agradecimento aos técnicos do Museu da Cidade que proporcionaram momentos tão interessantes, bem como aos meus colegas (que me aturaram) e Prof. Lurdes que incentivou este apontamento sobre a nossa riqueza arqueológica e uma das minhas paixões. Fernanda Esteves