O documento discute aspectos éticos nos cuidados paliativos, incluindo eutanásia e distanásia. Apresenta princípios éticos como autonomia, beneficência e não maleficência. Também aborda a dor total do paciente, o sofrimento além da dor física, e o desafio de equilibrar a qualidade versus a quantidade de vida nos cuidados aos pacientes terminais.
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.ppt
Aspectos éticos cuidados paliativos distanásia
1. AUTARQUIA EDUCACIONAL DE BELO JARDIM
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE BELO JARDIM
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PALIAÇÃO E FINITUDE
DOCENTE: PROF.ª MARGARIDA SANTOS
Discentes:
Débora Emanuelly
Fernanda Marinho
Jéssica Lane
Josielma Marinho
Natalia Marques
Nyedja Luana
2. ASPECTOS BIOÉTICOS NOS
CUIDADOS PALIATIVOS
(EUTANÁSIA E DISTANÁSIA).
Discentes:
Débora Emanuelly
Fernanda Marinho
Jéssica Lane
Josielma Marinho
Natalia Marques
Nyedja Luana
3. Aspectos éticos e cuidados
paliativos
• Avanço nas práticas de saúde e nos recursos
tecnológicos na área de saúde;
• Transformações no que se diz respeito as
decisões éticas de conduta dos profissionais de
saúde.
4. Ética
• É decorrente das convicções, valores e princípios
morais de uma pessoa, é influenciada pelos
valores morais da sociedade e do momento
histórico em que se insere, resultando da
reflexão acerca dos motivos que justificam uma
ação ser considerada justa ou injusta, boa ou má,
certa ou errada.
5. Ética
• Ética profissional:
constituindo-se de um
conjunto de normas
sobre como devem se
comportar,
profissionalmente,
indivíduos que
pertencem a um
determinado grupo
sócio-profissional
6. Ética
• Normas jurídicas: normas jurídicas, na medida
em que estas últimas não requerem adesão
íntima e convicção pessoal do indivíduo, pelo
contrário, "são obrigatórias, impostas e
comportam coerção estatal”.
7. Princípios éticos básicos:
- Autonomia:
Autonomia ou autodeterminação é a liberdade
de uma pessoa agir conforme seus valores,
prioridades, desejos e crenças próprias.
* Seres livres e autônomos;
* Explicar os riscos e benefícios a cada paciente.
- Beneficência:
O princípio da beneficência significa atuar em
favor do bem-estar ou em benefício de outrem,
evitar ou aliviar o mal e o dano.
8. - Não Maleficência:
Implica em não causar dano,
inclui-se na obrigação dos
profissionais de saúde de não
provocar nenhum mal ou
dano aos clientes.
- Justiça:
Implica no direito das
pessoas terem oportunidade
de acesso aos cuidados de
saúde de que necessitam de
forma eqüitativa.
9. Princípios éticos adicionais:
- Princípio do Efeito Duplo:
Esse princípio preconiza que sejam avaliados se
os possíveis efeitos danosos de uma ação serão
aceitáveis quando confrontados ao benefícios
que se pretende alcançar com esta ação.
* Dor oncológica
* Opiáceo
10. - Integridade dos Profissionais de Saúde:
Embora os profissionais de saúde tenham
deveres éticos severos para com seus pacientes,
decorrentes de sua posição e função profissional,
eles também tem o direito de manterem-se fiéis
às suas próprias crenças e valores.
11. - Fidelidade (confiança)
É a obrigatoriedade de manter as promessas,
implicando na presença constante de "estar ao
lado" e no cumprimento de promessa expressa
ou subentendida.
- Veracidade
Ser sincero e honesto, não enganando a pessoa é
uma obrigação ética dos profissionais de saúde.
A informação é um direito moral e ético dos
pacientes.
13. Distanásia
O que é DISTANÁSIA?
• Segundo o dicionário Aurélio: “Morte lenta,
ansiosa e com muito sofrimento”
• Palavra de origem grega – Prefixo “dis”, significa
“afastamento”
• Portanto, distanásia = prolongamento da morte
de um paciente.
14. Distanásia
DISTANÁSIA e PROGRESSO TÉCNICO-
CIENTÍFICO
• O pregresso técnico-científico passou a interferir
nas fases finais da vida humana.
15. Distanásia
Medicina e tecnologia de mãos dadas:
• A morte nas mãos da tecnologia médica seria um evento
menos sofrido?;
• O conhecimento biológico e as tecnologias serviram para
tornar o morrer mais problemático; difícil de prever,
mais difícil ainda de lidar;
• Se o objetivo da medicina é a preservação e restauração
da saúde, a morte deveria ser entendida e esperada como
o último resultado deste esforço, implícito e inerente
desde o começo.
16. Os Paradigmas de curar e cuidar
• Tecnologia;
• Paradigma de curar:
▫ Dependente da tecnologia da medicina moderna.
• Paradigma de cuidar:
▫ A morte é vista como uma parte da vida humana.
17. Relacionamento médico –
paciente: terapia e benefício.
• Childress e Ziegler
▫ Medicina entre estranhos
(não há confiança mútua);
▫ Medicina entre próximos;
18. A vida como um bem fundamental
• Parenético;
• Científico;
• Ética da sacralidade da vida:
▫ A vida é propriedade de Deus.
• Qualidade de vida
▫ A vida é um dom recebido
19. Dor e sofrimento no contexto
clínico.
• A cura da doença e o alívio do sofrimento são
aceitas como objetivo da medicina. A doença
destrói a integridade do corpo, a dor e o
sofrimento podem destruir a integridade global
da pessoa. Enquanto a medicina está
relativamente bem equipada para combater a
dor, em relação ao sofrimento estamos frente a
uma categoria mais complexa, que pode, mas
não necessariamente envolve a presença da dor.
20. A dor tem duas características
importantes:
• A primeira é que estamos frente a um fenômeno
dual- de um lado a percepção da sensação e do
outro a resposta emocional do paciente a ela;
• A segunda é que a dor pode ser aguda ou
crônica;
21. DOR
• FÍSICA: Surge de um ferimento ,doença ou
deterioração progressiva do corpo, no idoso e no
doente terminal. Impede o funcionamento físico
e a interação social.
• PSÍQUICA: Surge do enfrentar a inevitabilidade
da morte, perdendo o controle sobre o processo
de morrer, perdas das esperanças e sonhos.
• SOCIAL: Dor do isolamento.
• ESPIRITUAL: Surge da perda de significado,
sentido e esperança.
22. A Associação Internacional de
Estudo da Dor definiu a dor como:
• Uma experiência emocional e sensorial
desagradável, associada com dano potencial ou
atual de tecidos, descritas em termos de tais
mudanças.
• Dame Cicely Saunders (fundadora do moderno
hospice), tomando esta descrição como base,
ressaltou a expressão DOR TOTAL.
• Existe um momento na doença crônica, quando
a impotência torna-se mais intolerável que a dor,
em que aparece a diferença entre dor e
sofrimento.
23. Daniel Callahan definiu sofrimento
como sendo a experiência de
impotência com o prospecto de
dor não aliviada, situação de
doença que leva a interpretar a
vida vazia de sentido. portanto, o
sofrimento é mais global que a dor
e, essencialmente, é sinônimo de
qualidade de vida diminuída.
24. • Um dos primeiros objetivos da medicina, ao
cuidar dos que morrem, deveria ser o de aliviar a
dor e sofrimento causados pela doença. Embora
a dor física seja a fonte mais comum de
sofrimento, a dor no processo de morrer vai
além do físico, tendo conotações culturais,
subjetivas, sociais, psíquicas e éticas. Portanto,
lidar efetivamente com a dor em todas as suas
formas é algo crítico para um cuidado digno dos
que estão morrendo.
25. Os códigos brasileiros de ética médica
e a distanásia.
• 9° princípio: “O absoluto
respeito pela vida humana
desde a concepção até a
morte.”
• Morte e dor são vistas
como fracasso pelo médico;
• Quantidade de vida
X
Qualidade de vida;
26. Os códigos brasileiros de ética médica
e a distanásia.
DOR MORTESOFRIMENTO
TECNOLOGIA
DESPERSONALIZAÇÃO
27. Os códigos brasileiros de ética médica
e a distanásia.
• “...não abandonar seu paciente por ser este portador de
moléstia crônica ou incurável e continuar a assisti-lo
ainda que apenas para mitigar o sofrimento físico ou
psíquico (art 61).”
28. Os códigos brasileiros de ética médica
e a distanásia.
• “Utilizar todos os meios de
diagnóstico e tratamento ao
seu alcance.”;
• Questiona-se se mitigar o
sofrimento e adiar a morte é
sempre um interesse do
paciente.
▫ Por exemplo: paciente na fase
final da AIDS.
29. Os códigos brasileiros de ética médica
e a distanásia.
• Art 130, proíbe ao médico
“realizar experiências com
novos tratamentos clínicos
ou cirúrgicos em pacientes
com afecção incurável ou
terminal sem que haja
esperança razoável de
utilidade para o mesmo, não
lhe impondo sofrimentos
adicionais.”
30. CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Situações contraditórias:
▫ Não matar, mas não prolongar a dor e o sofrimento!
• “Mais atenção ao doente e menos à cura em si mesma”
(Hellegers);
• Dogma médico: "fazer tudo o que for possível para
conservar a vida;
• A missão do médico: “Curar às vezes, aliviar
freqüentemente, confortar sempre.”
32. REFERÊNCIAS
• Léo Pessini Camiliano - Distanásia: Até
quando investir sem agredir?
• Lúcia Marta Giunta da Silva - Aspectos
éticos e cuidados paliativos.