1. WORKSHOP
Modelo
de
Auto- Avaliação
Abril de 2009
Modelo de Auto – Avaliação das Bibliotecas Escolares Página 1
2. INTRODUÇÃO
O programa da Rede de Bibliotecas Escolares, iniciado em 1996,
conta no momento com um elevado número de escolas integradas,
envolvendo o Poder Central, as Autarquias e as próprias escolas
integradas. É reconhecido o investimento que o Gabinete da Rede
de Bibliotecas Escolares tem feito, sobretudo através da
consolidação do conceito que, a Biblioteca Escolar constitui um
contributo essencial para o sucesso educativo, sendo um recurso
fundamental para o ensino e para a aprendizagem.
Os factores que se podem considerar decisivos para o sucesso da
missão da Biblioteca Escolar são, os níveis de colaboração entre o
professor coordenador da Biblioteca Escolar e os restantes
professores na identificação de recursos e no desenvolvimento
de actividades conjuntas orientadas para o sucesso do aluno; a
acessibilidade e a qualidade dos serviços prestados; a adequação
da colecção e dos recursos tecnológicos. Esses estudos mostram
que as Bibliotecas Escolares podem contribuir de forma positiva
para o ensino e a aprendizagem.
É neste contexto que surge a necessidade de um documento
orientador à implementação de um Modelo de Auto-Avaliação, nas
Bibliotecas Escolares.
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3. Assim, torna-se importante conhecer a forma como se dinamiza e
se realiza o trabalho das Bibliotecas Escolares, relativamente ao
seu contributo, para as aprendizagens, para o sucesso educativo
e para a promoção da aprendizagem, ao longo da vida. Torna-se
importante que cada Escola conheça o impacto que as actividades
realizadas pela e com a Biblioteca Escolar vão tendo no processo
ensino - aprendizagem.
A avaliação da Biblioteca deve ainda ser incorporada no processo
de auto – avaliação da própria escola e deve articular-se com os
objectivos do Projecto Educativo de Escola.
Modelo de Auto – Avaliação
Rede de Bibliotecas Escolares
OBJECTIVOS
• Reflectir sobre a missão da Biblioteca Escolar, no processo
ensino – aprendizagem, no desenvolvimento curricular e no
sucesso educativo.
• Perceber a estrutura e os conceitos implicados na
construção do Modelo de Auto – Avaliação, das Bibliotecas
Escolares.
Modelo de Auto – Avaliação das Bibliotecas Escolares Página 3
4. • Analisar o impacto da implementação do Modelo de Auto –
Avaliação, nas Bibliotecas Escolares e na Escola.
• Entender os factores críticos de sucesso inerentes à sua
aplicação.
DESTINATÁRIOS
• Coordenadores das Bibliotecas Escolares
DURAÇÃO
• 4Horas
MATERIAIS / INSTRUMENTOS UTILIZADOS
• Quadro Branco
• Projector Multimédia; Computadores
• Modelo de Auto – Avaliação; Textos de Apoio (em
anexo)
• Certificado de presença
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5. FORMAS DE TRABALHO
• Plenário
• Grupos (trabalho de grupo)
• Individual (Porta-voz apresenta conclusões)
ESTRATÉGIAS
• Entrega da pasta com a documentação, no início da sessão;
• Constituição dos grupos de trabalho (5 grupos constituídos
por 4 coordenadores, cada um);
• Com o recurso aos documentos de apoio e, com base na
informação aí recolhida, realizar um powerpoint sendo
distribuído por cada grupo, um dos assuntos seguintes, a
analisar:
- Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as
Bibliotecas Escolares.
- O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria.
Conceitos implicados.
- Organização estrutural e funcional.
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6. - Integração/Aplicação à realidade da escola / biblioteca escolar.
Oportunidades e constrangimentos.
- Gestão participada das mudanças que a sua aplicação impõe.
Níveis de participação da escola.
• Apresentação das conclusões, do trabalho realizado, pelo
porta – voz de cada grupo, com recurso à utilização do
powerpoint proposto.
• Debate final
AVALIAÇÃO
• Preenchimento de uma Ficha de Avaliação do Workshop,
pelos participantes.
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7. ANEXOS
PERTINÊNCIA DA EXISTÊNCIA DE UM MODELO DE
AVALIAÇÃO PARA AS BIBLIOTECAS ESCOLARES
Actualmente, a existência de um modelo de avaliação para
as Bibliotecas Escolares, entendido como um instrumento de
trabalho propiciador de uma melhoria continua, tem toda a
pertinência. Pretende-se que este modelo contribua para que as
Bibliotecas Escolares se transformem em organismos capazes de
melhorar os seus serviços continuamente, através da recolha
sistemática de evidências. É importante aferir a eficácia dos
serviços das Bibliotecas Escolares, numa época em que as
tecnologias e as pressões económicas/ sociais acentuam a
necessidade de fazer valer o seu papel, sendo importante avaliar
o impacto que têm nas escolas e no sucesso educativo dos alunos.
Por diversas razões, justifica-se a existência de um modelo
deste tipo para as Bibliotecas Escolares, atendendo ao
investimento a nível dos recursos humanos e financeiros, que vem
sendo feito, no nosso país, pelo Ministério da Educação, através
do Programa da Rede de Bibliotecas Escolares.
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8. A sistematização de evidências permitirá, nomeadamente
(McNicol(2004)
• a melhoria do processo de ensino – aprendizagem;
• a melhoria das práticas de trabalho;
• a elaboração de relatórios;
• aperfeiçoar a planificação;
• a definição de prioridades orçamentais;
• a solicitação de financiamentos;
• a justificação de recursos humanos;
• a valorização dos serviços.
• A defesa da importância das Bibliotecas Escolares.
A recolha de evidências que ilustrem a importância deste
investimento, acentua o valor da Biblioteca, na Escola.
O MODELO ENQUANTO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO E
DE MELHORIA. CONCEITOS IMPLICADOS.
O modelo de auto-avaliação das Bibliotecas Escolares surge
como um instrumento pedagógico e de melhoria, cujo objectivo é:
“avaliar o trabalho da biblioteca escolar e o impacto desse
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9. trabalho no funcionamento global da escola e nas aprendizagens
dos alunos e identificar as áreas de sucesso e aquelas que, por
apresentarem resultados menores, requerem maior investimento,
determinando, nalguns casos, uma inflexão das práticas.”
(Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, 2008).
Daqui decorrem os seguintes conceitos:
• Valor = experiência e benefícios que resultam da BE
• O aluno como participante activo – construtivismo
• Inquiry based learning – conhecimento que se constrói a
partir do questionamento e inquirição
• Introdução das TIC, desenvolvimento de redes, novas
literacias, aprendizagem contínua, ao longo da vida
• Evidence – Based practice – desenvolvimento de práticas
sistemáticas de recolha de evidências, associadas ao dia-a-
dia (provam o impacto que as BE’s têm nas aprendizagens).
• Avaliação – processo de determinar o valor (em termos de
benefícios) e qualidade de um sistema (satisfação dos
utilizadores)
• Avaliação centrada no impacto qualitativo da BE, na
aferição das modificações positivas que o seu
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10. funcionamento tem nas atitudes, valores e conhecimento
dos utilizadores (aferição não da eficiência, mas da eficácia
dos serviços, os resultados que os serviços produziram).
ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL E FUNCIONAL
O Modelo de Auto-Avaliação organiza-se em quatro
domínios, os quais constituem as áreas nucleares do trabalho
da BE e os documentos “Modelo Auto-Avaliação das
Bibliotecas Escolares” e “Instrumentos de recolha de dados”,
que fornecem o apoio metodológico necessário para que seja
feita a auto-avaliação e se implementem as acções para a
melhoria, caso se considere necessário/desejável melhorar o
desempenho da BE.
O documento deve ser claro e facilmente perceptível por
Conselhos Executivos e Escolas, para ser encarado como um
instrumento de melhoria, onde é feito o reconhecimento da BE
como um espaço equipado, com um conjunto significativo de
recursos e de equipamentos e, como espaço formativo e de
aprendizagem.
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11. INTEGRAÇÃO/APLICAÇÃO À REALIDADE DA
ESCOLA/BIBLIOTECA ESCOLAR. OPORTUNIDADES E
CONSTRANGIMENTOS.
Deve ser feita uma integração institucional e programática,
de acordo com os objectivos educacionais e programáticos da
Escola.
Também deve ser feito um desenvolvimento de
competências de leitura e de um programa de Literacia da
Informação, integrado no desenvolvimento curricular.
Por último, deve ser prática, a articulação com
departamentos, professores e alunos na planificação e
desenvolvimento de actividades educativas e de aprendizagem.
Relativamente às oportunidades, este modelo apresenta-se
prático, devido à matriz que aponta itens abertos e adaptáveis
a situações concretas. Aqui, é de referir o facto de, como
este modelo, se alterar uma avaliação tradicionalmente
centrada na gestão bibliotecária para o impacto da BE no
campo do ensino – aprendizagem.
Quanto aos constrangimentos, este modelo apresenta-se
muito descritivo, e não existe uma prática de recolha
sistemática de evidências.
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12. A sobrecarga de relatórios exigidos às Escolas,
nomeadamente do Plano Nacional de Leitura, pode constituir
um obstáculo à recolha de evidências, por parte das equipas de
coordenação.
GESTÃO PARTICIPADA DAS MIDANÇAS QUE A SUA
APLICAÇÃO IMPÕE. NÍVEIS DE PARTICIPAÇÃO DA
ESCOLA
O Modelo indica o caminho, a metodologia, a
operacionalização. A obtenção da melhoria contínua pressupõe a
motivação individual dos seus membros e a liderança forte do
professor coordenador, que tem de mobilizar a Escola para a
necessidade e implementação do processo avaliativo.
Esta situação exige uma metodologia de sensibilização e de
readiness, que requer:
1. A mobilização da equipa para a necessidade de fazer
diagnósticos/avaliar o impacto e o valor da BE, na Escola
que serve;
2. Jornadas formativas para a equipa e para outros na
Escola. Definição precisa de conceitos e processos.
Realização de um processo de formação/acção;
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13. 3. A comunicação constante com o Conselho Executivo,
justificando a necessidade e o valor da implementação do
processo de avaliação;
4. A apresentação e discussão do processo no Conselho
Pedagógico;
5. Aproximação/diálogo com departamentos e professores.
Criação e difusão de informação/calendarização sobre o
processo e sobre o contributo de cada um no processo.
A BE tem que ser encarada como um recurso da Escola,
no cumprimento dos seus objectivos de
ensino/aprendizagem. Assim, a avaliação da BE deve ser
participada a nível da Escola, ser conhecida e divulgada.
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