O documento descreve os principais pontos da espirometria, incluindo: 1) como mede o volume de ar que entra e sai dos pulmões; 2) seus usos no diagnóstico e monitoramento de doenças respiratórias; 3) os valores normais e anormais que podem ser identificados.
1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DOAMAZONAS
DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA
DISCIPLINA DE PNEUMOLOGIA ETISIOLOGIA
2.
3. A função primária dos pulmões é a troca gasosa
Outras funções:
Metabolismo de alguns componentes
Filtro de materiais indesejáveis provenientes da
circulação
Reservatório de sangue
4. O oxigênio e o gás carbônico movem-se no
sangue através da difusão simples
Maior Pressão
Menor Pressão
5. LEI DE FICK
A quantidade de gás que se move através de
um fragmento de tecido é:
proporcional a sua área,
mas inversamente proporcional a sua espessura.
6. Há cerca de 300
milhões de alvéolos
em um pulmão
humano.
Espessura 0,3 mm.
Aréa: 85 metros 2
Volume: 4 litros
7. As vias aéreas condutoras,
por não conterem alvéolos,
constituem o espaço
morto anatômico.
Cerca de 150 ml
Volume Alveolar 2,5 a 3,0 l
Movimentação do Gás na
região Alveolar se dá
principalmente por Difusão
8. O pulmão é elástico e retorna passivamente ao volume pré-inspiratório.
Uma respiração normal (cerca de 500 ml) requer uma pressão de
distensão menor que 3 mmHg. (Encher balão – 30 mmHg).
A pressão necessária para movimentar o gás através das vias aéreas
também é baixa. Para um fluxo de 1 l/s é necessário menos que 2 cm de
água.
13. Outro método para
mensurar a CTP e CRF
é a Pletismografia.
14.
15. Do latim spirare = respirar +
metrum = medida
É a medida do ar que entra e
sai dos pulmões.
Pode ser realizada durante
respiração lenta ou durante
manobras expiratórias
forçadas.
16. Auxilia na prevenção e permite o
diagnóstico e a quantificação dos
distúrbios ventilatórios.
Avaliação de pacientes com sintomas
respiratórios ou doença respiratória
conhecida.
Exige a compreensão e colaboração do
paciente, equipamentos exatos e
emprego de técnicas padronizadas
aplicadas por pessoal especialmente
treinado.
17. Os valores obtidos devem ser
comparados a valores previstos
adequados para a população
avaliada.
Os valores preditos variam de
acordo com a idade, altura,
gênero e raça.
A interpretação deve ser feita à
luz dos dados clínicos e
epidemiológicos.
18. As razões para realizar espirometria podem
ser divididas em 3 categorias maiores:
1. Propósitos diagnósticos.
2. Monitorização da doença ou seu tratamento.
3. Avaliação de incapacidade.
19. Hemoptise recente
Angina recente
Descolamento de retina
Na vigência de crise hipertensiva
Na vigência de edema pulmonar
Aneurisma de aorta torácica
23. O que a CVF nos diz?
A CapacidadeVital Forçada nos dá uma estimativa
do volume pulmonar. Não é um dado fidedigno,
pois não temos como mensurar oVR durante a
espirometria.
24. O que a relaçãoVEF1/CVF (índice deTiffenau)
nos diz?
O índice deTiffenau nos indica se há ou não
obstrução ao fluxo de ar.
25. O que oVEF1 nos diz?
OVEF1 nos diz se há atraso na liberação do ar
durante a expiração. (Ex: Pacientes DPOC tem
tempo de expiração prolongado pelo
aprisionamento de ar, por isso no primeiro
segundo eliminam um volume inferior ao normal.)
Auxilia na classificação da gravidade.
26. A prova broncodilatadora nos ajuda a
verificar a ocorrência ou não de
hiperreatividade brônquica.
27. Pelo menos três testes aceitáveis
Inspiração máxima antes do início do teste
Início satisfatório da expiração
Evidência de esforço máximo
Volume retroextrapolado < 5% da CVF ou 0,15L, o
que for o maior
Diferença entre os três maiores valores do PFE <
10% ou 0,5L/s, o que for maior
Expiração sem hesitação
28. Duração satisfatória do teste
Em geral > 6s
Pelo menos 10s na presença de obstrução,
idealmente 15s
Término
Platô no último segundo
Desconforto acentuado ou risco de síncope
29. Artefatos ausentes
Tosse no 1º segundo
Vazamento
Obstrução da peça bucal
Manobra deValsalva
Ruído glótico
30. Resultados reprodutíveis
Para CVF eVEF1 os dois maiores valores
devem diferir < 0,15L
Se estes critérios não são preenchidos após
oito tentativas, interrompa o exame e siga
com a interpretação usando os três melhores
testes.
31. Seleção das curvas para interpretação
Selecione dos testes de qualidade aceitável
Selecione a maior CVF
Selecione o maiorVEF1 das curvas com valores de
PFE aceitáveis
Selecione os fluxos instantâneos da curva com
maior soma de CVF eVEF1, obedecido o critério
anterior
32. Normal
DisturbioVentilatório Obstrutivo
DistúrbioVentilatório Obstrutivo com CVF
reduzida
Sugestivo de DistúrbioVentilatório Restritivo
DistúrbioVentilatório Combinado (misto)
DistúrbioVentilatório inespecífico