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Introdução a Anatomia
No seu conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a
constituição e o desenvolvimento dos seres organizados.
Um excelente e amplo conceito de Anatomia foi proposto em 1981 pela American Association of
Anatomists: anatomia é a análise da estrutura biológica, sua correlação com a função e com as
modulações de estrutura em resposta a fatores temporais, genéticos e ambientais. Tem como metas
principais a compreensão dos princípios arquitetônicos da construção dos organismos vivos, a
descoberta da base estrutural do funcionamento das várias partes e a compreensão dos mecanismos
formativos envolvidos no desenvolvimento destas. A amplitude da anatomia compreende, em
termos temporais, desde o estudo das mudanças a longo prazo da estrutura, no curso de evolução,
passando pelas das mudanças de duração intermediária em desenvolvimento, crescimento e
envelhecimento; até as mudanças de curto prazo, associadas com fases diferentes de atividade
funcional normal.
Em termos do tamanho da estrutura estudada vai desde todo um sistema biológico, passando por
organismos inteiros e/ou seus órgãos até as organelas celulares e macromoléculas.
A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte). Dissecação
deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente a anatomia.
Contudo, atualmente, Anatomia é a ciência, enquanto dissecar é um dos métodos desta ciência.
Seu estudo tem uma longa e interessante história, desde os primórdios da civilização humana.
Inicialmente limitada ao observável a olho nu e pela manipulação dos corpos, expandiu-se, ao longo
do tempo, graças a aquisição de tecnologias inovadoras.
Atualmente, a Anatomia pode ser subdividida em três grandes grupos: Anatomia macroscópica,
Anatomia microscópica e Anatomia do desenvolvimento.
A Anatomia Macroscópica é o estudo das estruturas observáveis a olho nu, utilizando ou não
recursos tecnológicos os mais variáveis possíveis, enquanto a Anatomia Microscópica é aquela
relacionada com as estruturas corporais invisíveis a olho nu e requer o uso de instrumental para
ampliação, como lupas, microscópios ópticos e eletrônicos. Este grupo é dividido em Citologia
(estudo da célula) e Histologia (estudo dos tecidos e de como estes se organizam para a formação
de órgãos).
A Anatomia do Desenvolvimento estuda o desenvolvimento do indivíduo a partir do ovo fertilizado
até a forma adulta. Ela engloba a Embriologia que é o estudo do desenvolvimento até o nascimento.
A Anatomia Humana, a Anatomia Vegetal e a Anatomia Comparada também são especializações da
anatomia. Na anatomia comparada faz-se o estudo comparativo da estrutura de diferentes animais
(ou plantas) com o objetivo de verificar as relações entre eles, o que pode elucidar sobre aspectos
da sua evolução.
Posições Anatômicas
A posição anatômica é uma posição de referência, que dá significado aos termos direcionais
utilizados na descrição nas partes e regiões do corpo. As discussões sobre o corpo, o modo como se
movimenta, sua postura ou a relação entre uma e outra área assumem que o corpo como um todo
está numa posição específica chamada POSIÇÃO ANATÔMICA. Deste modo, os anatomistas, quando
escrevem seus textos, referem-se ao objeto de descrição considerando o indivíduo como se
estivesse sempre na posição padronizada.
O corpo está numa postura ereta (em pé, posição ortostática ou bípede) com os membros
superiores estendidos ao lado do tronco e as palmas das mãos voltadas para a frente. A cabeça e
pés também estão apontados para frente e o olhar para o horizonte.
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Posição SUPINA e PRONA são expressões utilizadas na descrição da posição do corpo, quando este
não se encontra na posição anatômica.
POSIÇÃO SUPINA ou DECÚBITO DORSAL – o corpo está deitado com a face voltada para cima.
POSIÇÃO PRONA ou DECÚBITO VENTRAL – o corpo está deitado com a face voltada para baixo.
DECÚBITO LATERAL – o corpo está deitado de lado.
POSIÇÃO DE LITOTOMIA – o corpo está deitado com a face voltada para cima, com flexão de 90° de
quadril e joelho, expondo o períneo.
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POSIÇÃO DE TRENDELEMBURG – O corpo está deitado com a face voltada para cima, com a cabeça
sobre a maca inclinada para baixo cerca de 40°.
Planos Anatômicos
Planos Seccionais: quatro planos são fundamentais:
1) Plano Mediano: plano vertical que passa
longitudinalmente através do corpo, dividindo-o em
metades direita e esquerda. Parassagital, usado pelos
neuroanatomistas e neurologistas é desnecessário
porque qualquer plano paralelo ao plano mediano é
sagital por definição. Um plano próximo do mediano é
um Plano Paramediano.
2) Planos Sagitais: são planos verticais que passam
através do corpo, paralelos ao plano mediano.
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b) Planos Tangenciais: suponhamos, agora, que o indivíduo, em posição anatômica, esteja dentro de
um caixão de vidro. As seis paredes que constituem o caixão representariam os planos tangenciais:
Plano Superior: seria a parede que está por cima da cabeça
Plano Inferior: é o que se situa por baixo dos pés.
Plano Anterior: é o plano que passa pela frente do corpo.
Plano Posterior: é o que formaria o fundo do caixão, ou seja atrás das costas.
Planos Laterais: são as duas paredes laterais, que limitam os membros (superiores e inferiores), do
lado direito e esquerdo.
Termos Anatômicos
a) Termos de Relação:
Anterior / Ventral / Frontal: na direção da frente do corpo.
Posterior / Dorsal: na direção das costas (traseiro).
3) Planos Frontais (Coronais): são plano verticais que passam
através do corpo em ângulos retos com o plano mediano,
dividindo-o em partes anterior (frente) e posterior (de trás).
4) Planos Transversos (Horizontais): são planos que
passam através do corpo em ângulos retos com os
planos coronais e mediano. Divide o corpo em partes
superior e inferior.
Exemplo:
O osso esterno e as cartilagens
costais encontram-se anteriormente em
relação ao coração. Já os grandes vasos
e a coluna vertebral localizam-se
posteriormente em relação ao coração.
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Superior / Cranial: na direção da parte superior do corpo.
Inferior / Caudal: na direção da parte inferior do corpo.
Medial: mais próximo do plano sagital mediano (linha sagital mediana.
Lateral: mais afastado do plano sagital mediano (linha sagital mediana).
Exemplo:
Os ligamentos colaterais do joelho. O ligamento colateral fibular está localizado lateralmente
enquanto que o ligamento colateral tibial está localizado medialmente, ou seja, mais próximo à linha
sagital mediana.
Exemplo:
Os grandes vasos localizam-se
superiormente ao coração enquanto
que o diafragma localiza-se
inferiormente ao coração.
Mediano
Exatamente sobre o eixo mediano
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b) Termos de Comparação:
Proximal: próximo da raiz do membro. Na direção do tronco.
Distal: afastado da raiz do membro. Longe do tronco ou do ponto de inserção.
Exemplo:
O braço é considerado proximal quando comparado ao antebraço (distal), pois está mais próximo
da raíz de implantação do membro (cintura escapular).
Superficial: significa mais perto da superfície do corpo.
Profundo: significa mais afastado da superfície do corpo.
Exemplo:
A pele é uma estrutura superficial comparada às arterias ou os ossos que estão localizados mais
profundamente. No sistema venoso é comum utilizarmos esses termos para diferenciar o sistema
venoso superficial (mais próximo à superfície) do sistema venoso profundo (passa mais
profundamente junto com o sistema arterial)
Homolateral / Ipsilateral: do mesmo lado do corpo ou de outra estrutura.
Contralateral: do lado oposto do corpo ou de outra estrutura.
Intermédio
Entre medial e lateral
Médio
Estrutura ou órgão interposto entre
um superior e um inferior ou entre
anterior e posterior.
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Exemplo:
Se considerarmos a mão direita como referência, o membro inferior direito é considerado
homo/ipsilateral, pois está localizado do mesmo lado. Já o membro inferior esquerdo é considerado
contralateral, pois está localizado no lado oposto à mão de referência (mão direita).
c) Termos de Movimento:
Flexão: curvatura ou diminuição do ângulo entre os ossos ou partes do corpo.
Extensão: endireitar ou aumentar o ângulo entre os ossos ou partes do corpo.
Adução: movimento na direção do plano mediano em um plano coronal.
Abdução: afastar-se do plano mediano no plano coronal.
Rotação Medial: traz a face anterior de um membro para mais perto do plano mediano.
Rotação Lateral: leva a face anterior para longe do plano mediano. Retrusão: movimento de
retração (para trás) como ocorre na retrusão da mandíbula e no ombro.
Protrusão: movimento dianteiro (para frente) como ocorre na protrusão da mandíbula e no ombro.
Oclusão: movimento em que ocorre o contato da arcada dentário superior com a arcada dentária
inferior.
Abertura: movimento em que ocorre o afastamento dos dentes no sentido súpero-inferior.
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Rotação Inferior da Escápula: movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo inferior da
escápula move-se medialmente e a cavidade glenóide move-se caudalmente.
Rotação Superior da Escápula: movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo inferior da
escápula move-se lateralmente e a cavidade glenóide move-se cranialmente.
Elevação: elevar ou mover uma parte para cima, como elevar os ombros.
Abaixamento: abaixar ou mover uma parte para baixo, como baixar os ombros.
Retroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas ântero-superiores é
posterior ao plano vertical através da sínfise púbica.
Anteroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas ântero-superiores é
anterior ao plano vertical através da sínfise púbica.
Pronação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio medialmente em torno de seu eixo
longitudinal de modo que a palma da mão olha posteriormente. e no ombro.
Supinação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio lateralmente em torno de seu eixo
longitudinal de modo que a palma da mão olha anteriormente. e no ombro.
Inversão: movimento da sola do pé em direção ao plano mediano. Quando o pé está totalmente
invertido, ele também está plantifletido.
Eversão: movimento da sola do pé para longe do plano mediano. Quando o pé está totalmente
evertido, ele também está dorsifletido.
Dorsi-flexão (flexão dorsal): movimento de flexão na articulação do tornozelo, como acontece
quando se caminha morro acima ou se levantam os dedos do solo.
Planti-flexão (flexão plantar): dobra o pé ou dedos em direção à face plantar, quando se fica em pé
na ponta dos dedos.
Quadrantes Abdominais
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Para tornar mais fácil a localização dos órgãos na grande cavidade abdominopélvica, os anatomistas
dividiram a cavidade abdominopélvica em nove regiões, sendo definidas da seguinte forma:
Outro modo mais simples de dividir a cavidade abdominopélvica é em Quatro Quadrantes. Esse
método é freqüentemente utilizado para localizar uma dor ou descrever a localização de um tumor.
Os planos sagital, mediano e transversal passam através do umbigo e dividem a região
abdominopélvica nos quatro quadrantes seguintes:
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CONSTITUIÇÃO DO CORPO HUMANO
Da menor até a maior dimensão de seus componentes, seis níveis de organização são relevantes
para a compreensão da anatomia e fisiologia: os níveis químico, celular, tecidual, orgânico,
sistêmico e organísmico.
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Sistema Esquelético
O sistema esquelético é composto de ossos e cartilagens.
Conceito de Ossos
Ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unindos-se aos outros, por intermédio das
junturas ou articulações constituem o esqueleto. É uma forma especializada de tecido conjuntivo
cuja a principal característica é a mineralização (cálcio) de sua matriz óssea (fibras colágenas e
proteoglicanas).
O osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico. Uma forma sólida de tecido conjuntivo, altamente
especializado que forma a maior parte do esqueleto e é o principal tecido de apoio do corpo. O
tecido ósseo participa de um contínuo processo de remodelamento dinâmico, produzindo osso novo
e degradando osso velho.
O osso é formado por vários tecidos diferentes: tecido ósseo, cartilaginoso, conjuntivo denso,
epitelial, adiposo, nervoso e vários tecidos formadores de sangue.
Quanto a irrigação do osso, temos os canais de Volkman (vasos sangüíneos maiores) e os canais de
Havers (vasos sangüíneos menores). O tecido ósseo não apresenta vasos linfáticos, apenas o tecido
periósteo tem drenagem linfática.
No interior da matriz óssea existem espaços chamados lacunas que contêm células ósseas chamadas
osteófitos. Cada osteófito possui prolongamentos chamados canalículos, que se estendem a partir
das lacunas e se unem aos canalículos das lacunas vizinhas, formando assim, uma rede de
canalículos e lacunas em toda a massa de tecido mineralizado.
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Funções do Sistema Esquelético:
Sustentação do organismo (apoio para o corpo)
Proteção de estruturas vitais (coração, pulmões, cérebro)
Base mecânica para o movimento
Armazenamento de sais (cálcio, por exemplo)
Hematopoiética (suprimento contínuo de células sangüíneas novas)
Número de Ossos do Corpo Humano:
É clássico admitir o número de 206 ossos.
Divisão do Esqueleto
Esqueleto Axial - Composta pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco.
Esqueleto Apendicular - Composta pelos membros superiores e inferiores.
A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular e pélvica.
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Classificação dos Ossos:
Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em:
Ossos Longos
Tem o comprimento maior que a largura e são
constituídos por um corpo e duas extremidades. Eles
são um pouco encurvados, o que lhes garante maior
resistência. O osso um pouco encurvado absorve o
estresse mecânico do peso do corpo em vários pontos,
de tal forma que há melhor distribuição do mesmo. Os
ossos longos tem suas diáfises formadas por tecido
ósseo compacto e apresentam grande quantidade de
tecido ósseo esponjoso em suas epífises.
Exemplo: Fêmur.
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Além desses três grupos básicos bem definidos, há outros intermediários, que podem ser distribuído
em 5 grupos:
Ossos Curtos
São parecidos com um cubo, tendo seus
comprimentos praticamente iguais às suas larguras.
Eles são compostos por osso esponjoso, exceto na
superfície, onde há fina camada de tecido ósseo
compacto.
Exemplo:
Ossos do Carpo.
Ossos laminares (Planos)
São ossos finos e compostos por duas lâminas
paralelas de tecido ósseo compacto, com camada de
osso esponjoso entre elas. Os ossos planos garantem
considerável proteção e geram grandes áreas para
inserção de músculos.
Exemplos:
Frontal e Parietal.
Ossos Alongados
São ossos longos, porém
achatados e não apresentam
canal central.
Exemplo: Costelas.
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Ossos Pneumáticos
São osso ocos, com cavidades
cheias de ar e revestidas por
mucosa (seios), apresentando
pequeno peso em relação ao seu
volume.
Exemplo: Esfenóide.
Ossos Irregulares
Apresentam formas complexas e não
podem ser agrupados em nenhuma
das categorias prévias. Eles tem
quantidades variáveis de osso
esponjoso e de osso compacto.
Exemplo: Vértebras.
Ossos Sesamóides
Estão presentes no interior de alguns tendões em
que há considerável fricção, tensão e estresse
físico, como as palmas e plantas. Eles podem
variar de tamanho e número, de pessoa para
pessoa, não são sempre completamente
ossificados, normalmente, medem apenas alguns
milímetros de diâmetro. Exceções notáveis são as
duas patelas, que são grandes ossos sesamóides,
presentes em quase todos os seres humanos.
Ossos Suturais
São pequenos ossos localizados dentro de
articulações, chamadas de suturas, entre
alguns ossos do crânio. Seu número varia
muito de pessoa para pessoa.
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Estrutura dos Ossos Longos
A disposição dos tecidos ósseos compacto e esponjoso em um osso longo é responsável por sua
resistência. Os ossos longos contém locais de crescimento e remodelação, e estruturas associadas
às articulações. As partes de um osso longo são as seguintes:
Diáfise: é a haste longa do osso. Ele é constituída principalmente de tecido ósseo compacto,
proporcionando, considerável resistência ao osso longo.
Epífise: as extremidades alargadas de um osso longo. A epífise de um osso o articula, ou une, a um
segundo osso, em uma articulação. Cada epífise consiste de uma fina camada de osso compacto que
reveste o osso esponjoso e recobertas por cartilagem.
Metáfise: parte dilatada da diáfise mais próxima da epífise.
Configuração Interna dos Ossos
As diferenças entre os dois tipos de osso, compacto e esponjoso ou reticular, dependem da
quantidade relativa de substâncias sólidas e da quantidade e tamanho dos espaços que eles contém.
Todos os ossos tem uma fina lâmina superficial de osso compacto em torno de uma massa central
de osso esponjoso, exceto onde o último é substituído por uma cavidade medular. O osso compacto
do corpo, ou diáfise, que envolve a cavidade medular é a substância cortical. A arquitetura do osso
esponjoso e compacto varia de acordo com a função. O osso compacto fornece força para sustentar
o peso.
Nos ossos longos planejados para rigidez e inserção de músculos e ligamentos, a quantidade de osso
compacto é máxima, próximo do meio do corpo onde ele está sujeito a curvar-se. Os ossos possuem
alguma elasticidade (flexibilidade) e grande rigidez.
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OSSOS DA CABEÇA
O crânio é o esqueleto da cabeça; vários ossos formam suas duas partes: o Neurocrânio e o
Esqueleto da Face. O neurocrânio fornece o invólucro para o cérebro e as meninges encefálicas,
partes proximais dos nervos cranianos e vasos sangüíneos. O crânio possui um teto semelhante a
uma abóbada – a calvária – e um assoalho ou base do crânio que é composta do etmóide e partes
do occipital e do temporal. O esqueleto da face consiste em ossos que circundam a boca e o nariz e
contribuem para as órbitas.
Periósteo e Endósteo:
O Periósteo é uma membrana de
tecido conjuntivo denso, muito
fibroso, que reveste a superfície
externa da diáfise, fixando-se
firmemente a toda a superfície
externa do osso, exceto à
cartilagem articular. Protege o
osso e serve como ponto de
fixação para os músculos e
contém os vasos sangüíneos que
nutrem o osso subjacente.
O Endósteo se encontra no
interior da cavidade medular do
osso, revestido por tecido
conjuntivo.
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Neurocrânio
FRONTAL
O osso frontal é um osso largo ou chato, situado para frente e para cima e apresenta duas porções:
uma vertical, a escama, e uma horizontal, os tectos das cavidades orbitais e nasais.
Escama
Face Externa: esta face é convexa
Face Interna: esta face é concava
Tectos das Cavidades Orbitais e Nasais
Formam o teto da órbita, a incisura etmoidal (separa as duas lâminas orbitais) e os óstios do seio
frontal (anteriores a incisura etmoidal). Este seio torna o frontal um osso com características de osso
pneumático, oco. O frontal articula-se com doze ossos: esfenóide, etmóide, parietais (2), nasais (2),
maxilares (2), lacrimais (2) e zigomáticos (2).
Frontal - Vista Anterior
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Frontal - Cavidades Orbitais e Nasais
OCCIPITAL
É perfurado por uma abertura grande e oval, o forame magno, através do qual a cavidade craniana
comunica-se com o canal vertebral. Apresenta duas porções: escamosa e basilar.
a) Escamosa - lâmina curvada que se estende posteriormente ao forame occipital.
b) Basilar - anterior ao forame occipital e espessa.
Escamosa
Face Externa: posterior e convexa.
Face Interna: localiza-se anteriormente.
Basilar:
Forame Magno - grande abertura oval que dá passagem à medula oblonga (tronco encefálico -
bulbo) e suas membranas (meninges), líquor, nervos, artérias, veias e ligamentos
O occipital articula-se com seis ossos: parietais (2), temporais (2), esfenóide e atlas.
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Occipital - Vista Externa
Occipital - Vista Interna
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ESFENÓIDE
É um osso irregular, ímpar e situa-se na base do crânio anteriormente aos temporais e à porção
basilar do osso occipital.
O osso esfenóide é dividido em: corpo (1), asas menores (2), asas maiores (2) e processos
pterigóideos (2).
Corpo
a) Face Superior:
b) Face Anterior:
c) Face Inferior:
c) Face Lateral:
Esfenóide - Vista Posterior
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Esfenóide - Vista Anterior
ETMÓIDE
É um osso leve, esponjoso, irregular, ímpar e situa-se na parte anterior do crânio. Apresenta 4
partes: 1 lâmina horizontal (crivosa), 1 lâmina perpendicular e 2 massas laterais (labirintos).
O osso etmóide articula-se com treze ossos: frontal (1), esfenoide (1), nasais (2), lacrimais (2),
maxilares (2), palatinos (2), conchas nasais inferiores (2) e o vômer (1).
Etmóide - Vista Superior
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Etmóide - Vista Lateral
Etmóide (amarelo) associado aos Ossos da Face
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TEMPORAL
É um osso par, muito complexo, é importante porque no seu interior encontra-se o aparelho auditivo
Divide-se em 3 partes: Escamosa, Timpânica e Petrosa.
O osso temporal articula-se com 5 ossos: occipital, parietal, zigomático, esfenóide e mandíbula.
Temporal – Divisões
Temporal - Vista Lateral
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PARIETAL
O parietal forma o tecto do crânio. Osso par, chato e apresenta 2 faces, 4 bordas e 4 ângulos.
Faces
Face Externa é convexa, lisa e lateral
Face Interna é côncava e medial apresentando sulcos anteriores que correspondem aos ramos da
artéria meningea média
Bordas
Borda Superior / Sagital / Parietal
Borda Anterior / Frontal / Coronal
Borda Posterior / Occipital / Lambdóidea
Borda Inferior / Escamosa / Temporal
Ângulos
Ângulo Frontal
Ângulo Esfenoidal
Ângulo Mastóideo
Ângulo Occipital
Parietal - Vista Externa
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Esqueleto da Face
MANDÍBULA
É um osso ímpar que contém a arcada dentária inferior. Consiste de uma porção horizontal, o corpo,
e duas porções perpendiculares, os ramos, que se unem ao corpo em um ângulo quase reto.
Mandíbula - Vista Anterior
Mandíbula - Vista Lateral
VÔMER
É um osso ímpar. Forma as porções posteriores e inferiores do septo nasal. O osso vômer articula-se
com 6 ossos: esfenóide, etmóide, maxilares (2) e palatinos (2).
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Vômer - Vista Lateral
ZIGOMÁTICO
Forma parte da parede lateral e soalho da órbita. É um osso par e irregular. Apresenta as seguintes
estruturas: faces malar, orbital, temporal; processos frontal, temporal e maxilar e quatro bordas.
Zigomático - Vista Lateral
MAXILA
É um osso plano e irregular. Forma quatro cavidades: o tecto da cavidade bucal, o soalho e a parede
lateral do nariz, o soalho da órbita e o seio maxilar, Cada osso apresenta um corpo e quatro
processos.
A maxila articula-se com nove ossos: frontal, etmóide, nasal, zigomático, concha nasal inferior,
lacrimal, palatino, vômer e maxila do lado oposto.
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Maxila - Vista Lateral
Maxila (Palato Duro) e Palatino (Palato Mole) - Vista Inferior
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Maxila (amarelo claro) associada aos Ossos da Face
PALATINO
Forma a parte posterior do palato duro, parte do soalho e parede lateral da cavidade nasal e o
soalho da órbita. É formado por uma parte vertical e uma horizontal e apresenta 3 processos:
piramidal, orbital e esfenoidal. O osso palatino articula-se com 6 ossos: esfenóide, etmóide, vômer,
maxila, concha nasal inferior e com o osso palatino do lado oposto.
Palatino (cinza) associado aos Ossos da Face
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NASAL
Forma, com o nasal do lado oposto, o dorso do nariz. O osso nasal articula-se com 4 ossos: frontal,
etmóide, maxila e nasal do lado oposto.
Nasal (cinza claro) associado aos Ossos da Face
LACRIMAL
Localiza-se na parte medial da órbita. É o menor e mais frágil osso da face. O osso lacrimal articula-
se com 4 ossos: frontal, etmóide, maxila e concha nasal inferior.
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Lacrimal (vermelho) associado aos Ossos da Face
CONCHA NASAL INFERIOR
Localiza-se ao longo da parede lateral da cavidade nasal.
Apresenta duas faces e duas bordas:
Face Medial - convexa
Face Lateral - côncava
Borda Superior - apresenta três processos: lacrimal, etmoidal e maxilar
Borda Inferior - é livre e espessa
A concha nasal inferior articula-se com 4 ossos: etmóide, maxila, lacrimal e palatino.
Concha Nasal Inferior associada aos Ossos da Face
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OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR
Os ossos dos membros superiores podem ser divididos em quatro segmentos:
Cintura Escapular - Clavícula e Escápula
Braço - Úmero
Antebraço - Rádio e Ulna
Mão - Ossos da Mão
CLAVÍCULA
Clavícula forma a porção ventral da cintura escapular. É um osso longo curvado como um “S” itálico,
situado quase que horizontalmente logo acima da primeira costela. Articula-se medialmente com o
manúbrio do esterno e lateralmente com o acrômio da escápula. Tem duas extremidades, duas faces
e duas bordas.
Diáfise
Borda Anterior
Borda Posterior
Face Superior - convexa
Face Inferior - plana e apresenta o sulco subclávio
Epífises
Epífise Medial - esternal e mais volumosa
Epífise Lateral - acromial e mais achatada
A clavícula articula-se com dois ossos: escápula e esterno.
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Clavícula - Vista Superior
Clavícula - Vista Inferior
ESCÁPULA
È um osso par, chato bem fino podendo ser translúcido em certos pontos. Forma a parte dorsal da
cintura escapular.
Tem a forma triangular apresentando duas faces, três bordas e três ângulos,
Faces
Face Dorsal
Espinha da Escápula - Separa as fossas supra e infra-espinhal
Acrômio - Localiza-se na extremidade da espinha
Fossa Supra-Espinhosa - É côncava e lisa, localizada acima da espinha
Fossa Infra-Espinhosa - É côncava e localiza-se abaixo da espinha
Face Costal
Fossa Subscapular
Bordas
Borda Superior
Incisura Escapular - Incisura semi-circular localizada na porção lateral e é formada pela base do
processo coracóide
Processo Coracóide - Processo curvo e espesso próximo ao colo da escápula
Borda Lateral
Borda Medial
Ângulos
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Ângulo Inferior - Espesso e áspero
Ângulo Superior - Fino, liso e arredondado
Ângulo Lateral - É ampliado em um processo espesso. Entra na articulação do ombro
Cavidade Glenóide - É uma escavação da escápula que se articula com o úmero
Tubérculo Supra-Glenoidal - Localiza-se acima da cavidade glenóide
Tubérculo Infra-Glenoidal - Localiza-se abaixo da cavidade glenóide
A escápula articula-se com dois ossos: úmero e clavícula.
Escápula - Vista Anterior
Escápula - Vista Posterior
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ÚMERO
O maior e mais longo osso do membro superior. Articula-se com a escápula na articulação do ombro
e com o rádio e a ulna na articulação do cotovelo. Apresenta duas epífises e uma diafíse.
Epífise Proximal
Cabeça do Úmero - Articula-se com a cavidade glenóide da escápula
Tubérculo Maior - Situa-se lateralmente à cabeça e ao tubérculo menor
Tubérculo Menor - Projeta-se medialmente logo abaixo do colo
Colo Anatômico - Forma um ângulo obtuso com o corpo
Colo Cirúrgico
Sulco Intertubercular - Sulco profundo que separa os dois tubérculos
Epífise Distal
Tróclea - Semelhante a um carretel. Articula-se com a ulna
Capítulo - Eminência lisa e arredondata. Articula-se com o rádio
Epicôndilo Medial - Localiza-se medialmente à tróclea.
Epicôndilo Lateral - Pequena eminência tuberculada. Localizado lateralmente ao capítulo
Fossa Coronóide - Pequena depressão que recebe processo coronóide da ulna na flexão do
antebraço
Fossa Radial - Pequena depressão
Fossa do Olécrano - Depressão triangular profunda que recebe o olécrano na extensão do
antebraço
Sulco do Nervo Ulnar - Depressão localizada inferiormente ao epicôndilo medial
Diáfise
Tuberosidade Deltoídea - Elevação triangular áspera para inserção do músculo deltóide
Sulco do Nervo Radial - Depressão oblíqua ampla e rasa
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RÁDIO
É o osso lateral do antebraço. É o mais curto dos dois ossos do antebraço. Articula-se
proximalmente com o úmero e a ulna e distalmente com os ossos do carpo e a ulna. Apresenta duas
epífises e uma diáfise.
Epífise Proximal
Cabeça - É cilíndrica e articula-se com o capítulo do úmero
Cavidade Glenóide - Articula-se com o capítulo (úmero)
Colo do Rádio - Porção arredondada, lisa e estrangulada localizada abaixo da cabeça
Tuberosidade Radial - Eminência localizada medialmente, na qual o tendão do bíceps se insere
Epífise Distal
Incisura Ulnar - Face articular para a ulna
Incisura Cárpica - É côncava, lisa e articula-se com o osso escafóide e semilunar
Processo Estilóide - Projeção cônica
Diáfise
Apresenta três bordas e três faces.
Bordas
Borda Interóssea
Borda Anterior
Borda Dorsal
Faces
Face Anterior
128
Face Dorsal
Face Lateral
ULNA
É o osso medial do antebraço. Articula-se proximalmente com o úmero e o rádio e distalmente
apenas com o rádio. É um osso longo que apresenta duas epífises e uma diáfise.
Epífise Proximal
Olécrano - Eminência grande que forma a ponta do cotovelo
Incisura Troclear - Grande depressão formada pelo olécrano e o processo coronóide e serve para
articulação com a tróclea do úmero
Processo Coronóide - Projeta-se da parte anterior e proximal do corpo da ulna
Incisura Radial - Articula-se com a cabeça do rádio
Tuberosidade Ulnar
Epífise Distal
Cabeça da Ulna - Eminência articular arredondada localizada lateralmente
Processo Estilóide - Localizado mais medialmente e é mais saliente (não articular)
Diáfise
Apresenta três bordas e três faces.
Bordas
Borda Interóssea
Borda Anterior
Borda Dorsal
Faces
128
Face Anterior
Face Dorsal
Face Medial
A ulna articula-se com dois ossos: o úmero e o rádio.
MÃO
A mão se divide em: carpo, metacarpo e falanges.
Ossos do Carpo
São oito ossos distribuídos em duas fileiras: proximal e distal.
Fileira Proximal: Escáfoide, Semilunar, Piramidal e Pisiforme
Fileira Distal: Trapézio, Trapezóide, Capitato e Hamato
Ossos do Metacarpo
É contituído por 5 ossos metacarpianos que são numerados no sentido látero-medial em I, II, III, IV
e V e correspondem aos dedos da mão. Considerados ossos longos, apresentam uma epífise
proximal que é a base, uma diáfise (corpo) e uma epífise distal que é a cabeça.
Ossos dos Dedos da Mão
Apresentam 14 falanges:
Do 2º ao 5º dedos:
1ª falange (Proximal)
2ª falange (Média)
3ª falange (Distal)
Polegar:
1ª falange (Proximal)
2ª falange (Distal)
128
128
OSSOS DO MEMBRO INFERIOR
O membro inferior tem função de sustentação do peso corporal, locomoção, tem a capacidade de
mover-se de um lugar para outro e manter o equilíbrio. Os membros inferiores são conectados ao
tronco pelo cíngulo do membro inferior (ossos do quadril e sacro).
A base do esqueleto do membro inferior é formado pelos dois ossos do quadril, que são unidos pela
sínfise púbica e pelo sacro. O cíngulo do membro inferior e o sacro juntos formam a PELVE ÓSSEA.
Os ossos dos membros inferiores podem ser divididos em quatro segmentos:
Cintura Pélvica - Ilíaco (Osso do Quadril)
Coxa - Fêmur e Patela
Perna - Tíbia e Fíbula
Pé - Ossos do Pé
ILÍACO (OSSO DO QUADRIL)
O membro inferior é especializado para sustentar o peso do corpo e a locomoção, a capacidade de
mover-se de um lugar para outro e manter o equilíbrio, a condição de estar uniformemente
balanceado. Os membros inferior são conectados ao tronco pelo cíngulo do membro inferior (ossos
do quadril e sacro).
O esqueleto do membro inferior é formado pelos dois ossos do quadril, unidos na sínfise púbica e no
sacro. O cíngulo do membro inferior e o sacro juntos formam a PELVE ÓSSEA.
O Ilíaco é um osso plano, chato, irregular, par e constituído pela fusão de três ossos:
Ílio - 2/3 superiores
Ísquio - 1/3 inferior e posterior (mais resistente)
Púbis - 1/3 inferior e anterior
128
O osso apresenta duas faces, quatro bordas e quatro ângulos.
Faces
Face Externa
Asa Ilíaca - linha glútea posterior, linha glútea anterior e linha glútea inferior
Cavidade do Acetábulo - grande cavidade articular constituída pela união dos três ossos do quadril:
ílio, ísquio e púbis. O acentábulo apresenta as seguintes estruturas: face semilunar, fossa do
acetábulo e incisura do acetábulo
Forame Obturatório - grande abertura arredondada localizada entre o ísquio e o púbis
Face Interna
Fossa Ilíaca - face grande, lisa e côncava
Face Auricular
Linha Arqueada - divide o ílio em corpo e asa
Bordas
Borda Superior
Crista Ilíaca - dividida em: lábio externo e interno e uma linha intermediária
Borda Anterior
Espinha Ilíaca Ântero-Superior
Espinha Ilíaca Ântero-Inferior
Eminência Iliopectínea - ponto de união do ílio com o púbis
Borda Posterior
Espinha Ilíaca Póstero-Superior
Espinha Ilíaca Póstero-Inferior
Incisura Isquiática Maior - superior à espinha isquiática
Espinha Isquiática - eminência triangular fina e pontiaguda
Incisura Isquiática Menor - inferior à espinha isquiática
Túber Isquiático - grande saliência dilatada
Borda Inferior
Ramo do Isquiopúbico - união do ísquio com o púbis
Ângulos
Ântero-Superior: Espinha ilíaca ântero-superior
Póstero-Superior: Espinha ilíaca póstero-superior
Póstero Inferior: Túber isquiátco
Ântero-Inferior: Púbis
O Ilíaco se articula com três ossos: sacro, fêmur e o ilíaco do lado oposto.
128
Fêmur
O fêmur é o mais longo e pesado osso do corpo. O fêmur consiste em uma diáfise e duas epífises.
Articula-se proximalmente com o osso do quadril e distalmente com a patela e a tíbia.
Epífise Proximal
Cabeça do Fêmur - é lisa e arredondada
Fôvea da Cabeça do Fêmur - localiza-se na cabeça do fêmur
Colo Anatômico - liga a cabeça com o corpo
Trocanter Maior - eminência grande, irregular e quadrilátera localizada na borda superior do fêmur
Trocanter Menor - localiza-se posteriormente na base do colo. É uma eminência cônica que pode
variar de tamanho
Linha Intetrocantérica - se dirige do trocânter maior para o trocânter menor na face anterior
Crista Intetrocantérica - crista proeminente localizada na face posterior, correndo numa curva
oblíqua do topo do trocânter maior para o menor
Epífise Distal
Face Patelar - articula-se com a patela
Côndilo Medial - articula-se com a tíbia medialmente
Condilo Lateral - articula-se com a tíbia lateralmente
Fossa Intercondilar - localiza-se entre os côndilos
Epicôndilo Medial - proeminência áspera localizada medialmente ao côndilo medial
Epicôndilo Lateral - proeminência áspera localizada lateralmente ao côndilo lateral
128
Corpo
Linha Áspera - localiza-se na face posterior do fêmur. Distalmente, a linha áspera se bifurca
limitando a superfície poplítea e proximalmente se trifurca em: linha glútea, linha pectínea e linha
espiral.
O fêmur se articula com três ossos: o ilíaco, a patela e a tíbia.
Patela
A patela é um osso pequeno e triangular, localizado anteriormente à articulação do joelho. É um
osso sesamóide. É dividida em: base (larga e superior) e ápice (pontiaguda e inferior). Articula-se
somente com o fêmur.
128
Face Anterior
É convexa
Face Posterior
Apresenta uma área articular lisa e oval
Borda Proximal - é espessa e pode ser chamada de BASE
Borda Medial - é fina e converge distalmente
Borda Lateral - é fina e converge distalmente
A patela articula-se com o fêmur.
Tíbia
Exceto pelo fêmur, a tíbia é o maior osso no corpo que suporta peso. Está localizada no lado ântero-
medial da perna. Apresenta duas epífises e uma diáfise. Articula-se proximalmente com o fêmur e a
fíbula e distalmente com o tálus e a fíbula.
Epífise Proximal
Côndilo Lateral - eminência que articula com o côndilo lateral do fêmur
Côndilo Medial - eminência que articula com o côndilo medial do fêmur
Eminência Intercondilar - localiza-se entre os dois côndilos
Tuberosidade da Tíbia - grande elevação oblonga que se insere o ligamento patelar
Fóvea Fibular - local da tíbia que articula com a fíbula (lateral à tuberosidade da tíbia)
Epífise Distal
Maléolo Medial - processo piramidal
Fossa para o Tálus - articula-se com o tálus
Incisura Fibular - local de articulação com a fíbula
Corpo
Borda Anterior - crista (mais proeminente)
Borda Medial - lisa e arredondada
128
Borda Lateral - crista interóssea (fina e proeminente)
Face Posterior - apresenta a linha do músculo sóleo
Face Lateral - mais estreita que a medial
Face Medial - lisa, convexa e larga
A tíbia articula-se com três ossos: fêmur, fíbula e tálus.
Fíbula
Fina fíbula situa-se póstero-lateralmente à tíbia e serve principalmente para fixação de músculos.
Não possui função de sustentação de peso. Articula-se com a tíbia (proximalmente e distalmente) e
o tálus distalmente.
Epífise Proximal
Cabeça da Fíbula - forma irregular
Face Articular para a Tíbia - face plana que articula-se com o côndilo lateral da tíbia
Epífise Distal
Maléolo Lateralexpansão distal da fíbula
Face Articular para o Tálus
Corpo (Diáfise)
Borda Anterior - espessa e áspera
Borda Interóssea - crista interóssea
Borda Posterior - inicia no ápice e termina na borda posterior do maléolo lateral
128
Face Medial - estreita e plana. Constitui o intervalo entre as bordas anterior e interóssea
Face Lateral - é convexa e localiza-se entre as bordas anterior e posterior
Face Posterior - entre as bordas posterior e interóssea
A fíbula articula-se com dois ossos: tíbia e tálus.
O Pé
O pé se divide em: tarso, metatarso e falanges.
Ossos do Tarso
São em número de 7 divididos em duas fileiras: proximal e distal.
Fileira Proximal: Calcâneo (túber do calcâneo) e Tálus (tróclea)
Fileira Distal: Navicular, Cubóide, Cuneiforme Medial, Cuneiforme Intermédio (Médio) e
Cuneiforme Lateral
Metatarso
É contituído por 5 ossos metatarsianos que são numerados no sentido medial para lateral em I, II,
III, IV e V e correspondem aos dedos do pé, sendo o I denominado hálux e o V mínimo.
Considerados ossos longos. Apresentam uma epífise proximal que é a base e uma epífise distal que
é a cabeça.
128
Dedos do Pé
Apresentam 14 falanges:
Do 2º ao 5º dedos:
1ª falange (Proximal)
2ª falange (Média)
3ª falange (Distal)
Hálux:
1ª falange (Proximal)
2ª falange (Distal)
OSSOS DA COLUNA VERTEBRAL
A coluna vertebral, também chamada de espinha dorsal, estende-se do crânio até a pelve. Ela é
responsável por dois quintos do peso corporal total e é composta por tecido conjuntivo e por uma
série de ossos, chamados vértebras, as quais estão sobrepostas em forma de uma coluna, daí o
termo coluna vertebral. A coluna vertebral é constituída por 24 vértebras + sacro + cóccix e
constitui, junto com a cabeça, esterno e costelas, o esqueleto axial.
128
Coluna Vertebral - Visão Geral
Superiormente, se articula com o osso occipital (crânio); inferiormente, articula-se com o osso do
quadril (Ilíaco). A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, Lombar e
Sacro-Coccígea. São 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4
coccígeas.
Regiões e Vértebras da Coluna Vertebral
128
Curvaturas da Coluna Vertebral
Numa vista lateral, a coluna apresenta várias curvaturas consideradas fisiológicas.
São elas: cervical (convexa ventralmente - LORDOSE), torácica (côncava ventralmente - CIFOSE),
lombar (convexa ventralmente - LORDOSE) e pélvica (côncava ventralmente - CIFOSE). Quando
uma destas curvaturas está aumentada, chamamos de HIPERCIFOSE (Região dorsal e pélvica) ou
HIPERLORDOSE (Região cervical e lombar).
Numa vista anterior ou posterior, a coluna vertebral não apresenta nenhuma curvatura. Quando
ocorre alguma curvatura neste plano chamamos de ESCOLIOSE.
Coluna Vertebral – Curvaturas
Funções da Coluna Vertebral
Protege a medula espinhal e os nervos espinhais;
Suporta o peso do corpo;
Fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô para a cabeça;
Exerce um papel importante na postura e locomoção;
Serve de ponto de fixação para as costelas, a cintura pélvica e os músculos do dorso;
Proporciona flexibilidade para o corpo, podendo fletir-se para frente, para trás e para os lados e
ainda girar sobre seu eixo maior.
Canal Vertebral
O canal vertebral segue as diferentes curvas da coluna vertebral. É grande e triangular nas regiões
onde a coluna possui maior mobilidade (cervical e lombar) e é pequeno e redondo na região que não
possui muita mobilidade (torácica).
Na imagem ao lado (vista superior da coluna vertebral), podemos observar o canal vertebral. Ele é
formado pela junção das vértebras e serve para dar proteção à medula espinhal. Além do canal
vertebral, a medula também é protegida pelas menínges, pelo líquor e pela barreira hemato-
encefálica.
128
As vértebras podem ser estudadas sobre três aspectos: características gerais, regionais e
individuais.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
São encontradas em quase todas as vértebras (com excessão da 1ª e da 2ª vértebras cervicais) e
servem como meio de diferenciação destas com os demais ossos do esqueleto.
Todas as vértebras apresentam 7 elementos básicos:
1. Corpo: É a maior parte da vértebra. É único e mediano e está voltado para frente é representado
por um segmento cilindro, apresentando uma face superior e outra inferior.
FUNÇÃO: Sustentação.
2. Processo Espinhoso: É a parte do arco ósseo que se situa medialmente e posteriormente.
FUNÇÃO: Movimentação.
3. Processo Transverso: São 2 prolongamento laterais, direito e esquerdo, que se projetam
transversalmente de cada lado do ponto de união do pedículo com a lâmina.
FUNÇÃO: Movimentação.
4. Processos Articulares: São em número de quatro, dois superiores e dois inferiores. São saliências
que se destinam à articulação das vértebras entre si.
FUNÇÃO: Obstrução.
5. Lâminas: São duas lâminas, uma direita e outra esquerda, que ligam o processo espinhoso ao
processo transverso.
FUNÇÃO: Proteção.
6. Pedículos: São partes mais estreitadas, que ligam o processo transverso ao corpo vertebral.
FUNÇÃO: Proteção.
7. Forame Vertebral: Situado posteriormente ao corpo e limitado lateral e posteriormente pelo arco
ósseo.
FUNÇÃO: Proteção
128
CARACTERÍSTICAS REGIONAIS
Permitem a diferenciação das vértebras pertencentes a cada região.
Vários são os elementos de diferenciação, mas será suficiente observar os processos transversos:
Vértebras Cervicais: Possuem um corpo pequeno exceto a primeira e a segunda vértebra. Em geral
apresentam processo espinhal bífido e horizontalizado e seus processo transversos possuem forames
transversos (passagem de artérias e veias vertebrais).
Vértebra Cervical
Vértebra Torácica: O processo espinhoso não é bifurcado e se apresenta descendente e pontiagudo.
As vértebras torácicas se articulam com as costelas, sendo que as superfícies articulares dessas
vértebras são chamadas fóveas e hemi-fóveas. As fóveas podem estar localizadas no corpo
vertebral, pedículo ou nos processos transversos.
128
Vértebra Torácica
Vértebra Lombar: Os corpos vertebrais são maiores. O processo espinhal não é bifurcado, além de
estar disposto em posição horizontal. Apresenta o forame vertebral em forma triangular e processos
mamilares. Apresenta um processo transverso bem desenvolvido chamado apêndice costiforme.
Pode ser diferenciado também por não apresentar forame no processo transverso e nem a fóvea
costal.
Na coluna vertebral encontramos também o sacro (cerca de quatro ou cinco vértebras fundidas -
não móveis) e inferiormente ao mesmo, localiza-se o cóccix (fusão de 4 vértebras - não móveis).
CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS
Atlas ( 1ª vértebra cervical )
A principal diferenciação desta para as outras vértebras é de não possuir corpo.
128
Além disso, esta vértebra apresenta outras estruturas:
* Arco Anterior - forma cerca de 1/5 do anel.
* Tubérculo Anterior
* Fóvea Dental - articula-se com o Dente do áxis (processo odontóide)
* Arco Posterior - forma cerca de 2/5 do anel.
* Tubérculo Posterior
* Massas Laterais - partes mais volumosas e sólidas do atlas e suportam o peso da cabeça.
* Face Articular Superior - articula-se com os condilos do occipital.
* Face Articular Inferior - articula-se com os processos articulares superiores da 2ª vértebra
cervical (Áxis).
* Processos Transversos - encontram-se os forames transversos.
Áxis ( 2ª vértebra cervical )
Apresenta um processo ósseo forte denominado Dente (Processo Odontóide)que localiza-se
superiormente e articula-se com o arco anterior do Atlas.
128
7ª vértebra cervical ( Vértebra Proeminente )
Processo espinhoso longo e proeminente.
12ª Vértebra Torácica
Única vértebra torácica com os processos articulares inferiores lateralizados.
SACRO
O sacro tem a forma de uma pirâmide quadrangular com a base voltada para cima e o ápice para
baixo. Articula-se superiormente com a 5ª vértebra lombar e inferiormente com o cóccix.
O sacro é a fusão de cinco vértebras e apresenta 4 faces: duas laterais, uma anterior e uma
posterior.
Faces Laterais
O principal acidente das faces laterais são as faces auriculares que servem de ponto de articulação
com o osso do quadril ( Ilíaco ).
128
Face Anterior ( Ilíaca )
É concava e apresenta quatro cristas transversais, que correspondem aos discos intervertebrais.
Possui quatro forames sacrais anteriores.
Face Posterior ( Dorsal )
É convexa e apresenta os seguintes acidentes ósseos:
* Crista Sacral Mediana - apresenta três ou quatro processos espinhosos
* Crista Sacral Lateral - formada por tubérculos que representam os processos transversos das
vértebras sacrais.
* Crista Sacral Intermédia - tubérculos produzidos pela fusão dos processos articulares
* Forames Sacrais Posteriores - lateralmente à crista intermédia
* Hiato Sacral - abertura ampla formada pela separação das lâminas da quinta vértebra sacral com
a linha mediana posterior.
* Cornos Sacrais - tubérculos que representam processos articulares posterior da quinta vértebra
sacral
Base
* Promontório
* Asas Sacrais
* Processos Articulares Superiores Direito e Esquerdo - articulam-se com a quinta vértebra lombar.
* Canal Sacral - canal vertebral do sacro.
Ápice
Articula-se com o cóccix.
CÓCCIX
Fusão de 3 a 5 vértebras, apresenta a base voltada para cima e o ápice para baixo.
O cóccix apresenta algumas estruturas:
* Cornos Coccígeos
* Processos Transversos Rudimentares
* Processos Articulares Rudimentares
* Corpos
128
Disco Intervertebral
Entre os corpos de duas vértebras adjacentes desde a segunda vértebra cervical até o sacro,
existem discos intervertebrais.
Constituído por um disco fibroso periférico composto por tecido fibrocartilaginoso, chamado ANEL
FIBROSO; e uma substância interna, elástica e macia, chamada NÚCLEO PULPOSO. Os discos
formam fortes articulações, permitem vários movimentos da coluna vertebral e absorvem os
impactos.
128
Sistema Articular
Sinartroses
As articulações fibrosas incluem todas as articulações onde as superfícies dos ossos estão quase em
contato direto, como nas articulações entre os ossos do crânio (exceto a ATM). Há três tipos
principais de articulações fibrosas:
Suturas
Nas suturas as extremidades dos ossos têm interdigitações ou sulcos, que os mantêm íntima e
firmemente unidos. Conseqüentemente, as fibras de conexão são muito curtas preenchendo uma
pequena fenda entre os ossos. Este tipo de articulação é encontrado somente entre os ossos planos
do crânio. Na maturidade, as fibras da sutura começam a ser substituídas completamente, os de
ambos os lados da sutura tornam-se firmemente unidos/fundidos. Esta condição é chamada de
sinostose.
Exemplo de Sutura Craniana Exemplo de Sinostose (Sacro)
128
SUTURAS CRANIANAS
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Sindesmoses
Nestas suturas o tecido interposto é também o conjuntivo
fibroso, mas não ocorre nos ossos do crânio. Na verdade, a
Nomenclatura Anatômica só registra dois exemplos: sindesmose
tíbio-fibular e sindesmose radio-ulnar.
Gonfoses
Também chamada de articulação em cavilha, é uma articulação
fibrosa especializada à fixação dos dentes nas cavidades
alveolares na mandíbula e maxilas. O colágeno do periodonto
une o cemento dentário com o osso alveolar.
128
GONFOSES - DENTES PRIMÁRIOS E PERMANENTES
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Anfiartroses
Nas articulações cartilaginosas, os ossos são unidos por cartilagem pelo fato de pequenos
movimentos serem possíveis nestas articulações, elas também são chamadas de anfiartroses.
Existem dois tipos de articulações cartilagíneas:
Sincondroses
Os ossos de uma articulação do tipo sincondrose estão unidos por uma cartilagem hialina. Muitas
sincondroses são articulações temporárias, com a cartilagem sendo substituída por osso com o
passar do tempo (isso ocorre em ossos longos e entre alguns ossos do crânio). As articulações entre
as dez primeiras costelas e as cartilagens costais são sincondroses permanentes.
128
Sincondroses Cranianas:
Esfeno-etmoidal
Esfeno-petrosa
Intra-occipital anterior
Intra-occipital posterior
Sincondroses Pós-cranianas:
Epifisiodiafisárias
Epifisiocorporal
Intra-epifisária
Esternais
Manúbrio-esternal
Xifoesternal
Sacrais
Sínfises
As superfícies articulares dos ossos unidos por sínfises estão cobertas por uma camada de
cartilagem fibrosa. Entre os ossos da articulação, há um disco fibrocartilaginoso, sendo essa a
característica distintiva da sínfise. Esses discos por serem compressíveis permitem que a sínfise
absorva impactos. A articulação entre os ossos púbicos e a articulação entre os corpos vertebrais
são exemplos de sínfises. Durante o desenvolvimento as duas metades da mandíbula estão unidas
por uma sínfise mediana, mas essa articulação torna-se completamente ossificada na idade adulta.
128
Sínfises:
Manúbrio-esternal
Intervertebrais
Sacrais
Púbica
Mentoniana
Diartroses
As articulações sinoviais incluem a maioria das articulações do corpo. As superfícies ósseas são
recobertas por cartilagem articular e unidas por ligamentos revestidos por membrana sinovial. A
articulação pode ser dividida completamente ou incompletamente por um disco ou menisco articular
cuja periferia se continua com a cápsula fibrosa, enquanto que suas faces livres são recobertas por
membrana sinovial.
Classificação Funcional das Articulações
O movimento das articulações depende, essencialmente da forma das superfícies que entram em
contato e dos meios de união que podem limita-lo. Na dependência destes fatores as articulações
podem realizar movimentos de um, dois ou três eixos. Este é o critério adotado para classifica-las
funcionalmente.
Articulação Monoaxial - Quando uma articulação realiza movimentos apenas em torno de um eixo
(1 grau de liberdade). As articulações que só permitem a flexão e extensão, como a do cotovelo, são
monoaxiais. Há duas variedades nas quais o movimento é uniaxial: gínglimo ou articulação em
dobradiça e trocóide ou articulação em pivô.
- Gínglimo ou Articulação em Dobradiça: as superfícies articulares permitem movimento em um só
plano. As articulações são mantidas por fortes ligamentos colaterais. Exemplos: Articulações
interfalangeanas e articulação úmero-ulnar.
- Trocóide ou Articulação em Pivô: Quando o movimento é exclusivamente de rotação. A articulação
é formada por um processo em forma de pivô rodando dentro de um anel ou um anel sobre um
pivô. Exemplos: Articulação rádio-ulnar proximal e atlanto-axial.
Articulação Biaxial - Quando uma articulação realiza movimentos em torno de dois eixos (2 graus
de liberdade). As articulações que realizam extensão, flexão, adução e abdução, como a rádio-
cárpica (articulação do punho) são biaxiais. Há duas variedades de articulaçõees biaxiais:
articulações condilar e selar.
128
- Articulação Condilar: Nesse tipo de articulação, uma superfície articular ovóide ou condilar é
recebida em uma cavidade elíptica de modo a permitir os movimentos de flexão e extensão, adução
e abdução e circundução, ou seja, todos os movimentos articulares, menos rotação axial. Exemplo:
Articulação do pulso.
- Articulação Selar: Nestas articulações as faces ósseas são reciprocamente côncavo-convexas.
Permitem os mesmos movimentos das articulações condilares. Exemplo: Carpometacárpicas do
polegar.
Articulação Triaxial - Quando uma articulação realiza movimentos em torno de três eixos (3 graus
de liberdade). As articulações que além de flexão, extensão, abdução e adução, permitem também a
rotação, são ditas triaxiais, cujos exemplos típicos são as articulações do ombro e do quadril. Há
uma variedade onde o movimento é poliaxial, chamada articulação esferóide ou enartrose.
- Articulação Esferóide ou Enartrose: É uma forma de articulação na qual o osso distal é capaz de
movimentar-se em torno de vários eixos, que tem um centro comum. Exemplos: Articulações do
quadril e ombro.
Existe ainda um outro tipo de articulação chamada Articulação Plana, que permite apenas
movimentos deslizantes. Exemplos: Articulações dos corpos vertebrais e em algumas articulações do
carpo e do tarso.
Estruturas das Articulações Móveis
Ligamentos
Os ligamentos são constituídos por fibras colágenas dispostas paralelamente ou intimamente
entrelaçadas umas as outras. São maleáveis e flexíveis para permitir perfeita liberdade de
movimento, porém são muito fortes, resistentes e inelásticos (para não ceder facilmente à ação de
forças.
LIGAMENTOS DO JOELHO
Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro.
128
Cápsula Articular
É uma membrana conjuntiva que envolve as articulações sinoviais como um manguito. Apresenta-se
com duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e a membrana sinovial (interna).
A membrana fibrosa (cápsula fibrosa) é mais resistente e pode estar reforçada, em alguns pontos
por feixes também fibrosos, que constituem os ligamentos capsulares, destinados a aumentar sua
resistência. Em muitas articulações sinoviais existem ligamentos independentes da cápsula articular
denominados extra-capsulares ou acessórios e em algumas, como na articulação do joelho,
aparecem também ligamentos intra-articulares.Ligamentos e cápsula articular tem por finalidade
manter a união entre os ossos, mas além disso, impedem o movimento em planos indesejáveis e
limitam a amplitude dos movimentos considerados normais.
A membrana sinovial é a mais interna das camadas da cápsula articular e forma um saco fechado
denominado cavidade sinovial. É abundantemente vascularizada e inervada sendo encarregada da
produção de líquido sinovial. Discute-se que a sinóvia é uma verdadeira secreção ou um ultra-
filtrado do sangue, mas é certo que contém ácido hialurônico que lhe confere a viscosidade
necessária a sua função lubrificadora.
Discos e Meniscos
Em várias articulações sinoviais, interpostas as superfícies articulares, encontram-se formações
fibrocartilagíneas, os discos e meniscos intra-articulares, de função discutida: serviriam a melhor
adaptação das superfícies que se articulam (tornando-as congruentes) ou seriam estruturas
destinados a receber violentas pressões, agindo como amortecedores. Meniscos, com sua
característica em forma de meia lua, são encontrados na articulação do joelho. Exemplo de disco
intra-articular encontramos nas articulações esternoclavicular e ATM.
128
Meniscos do Joelho Disco da ATM
Bainha Sinovial dos Tendões
Facilitam o deslizamento de tendões que passam através de túneis fibrosos e ósseos (retináculo dos
flexores de punho).
Bainhas Sinoviais
Palma da Mão
Bainhas Sinoviais
Dorso da Mão
Bolsas Sinoviais (Bursas)
São fendas no tecido conjuntivo entre os músculos, tendões, ligamentos e ossos. São constituídas
por sacos fechados de revestimento sinovial. Facilitam o deslizamento de músculos ou de tendões
sobre proeminências ósseas ou ligamentosas.
128
BOLSAS (BURSAS) SINOVIAIS DO OMBRO
BOLSAS (BURSAS) SINOVIAIS DO OMBRO
Articulações Sinoviais
ATM
Coluna Vertebral
Ombro
Cotovelo
Punho
Quadril
Joelho
Tornozelo
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Sistema Circulatório
A função básica do sistema cardiovascular é a de levar material nutritivo e oxigênio às células. O
sistema circulatório é um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por tubos,
que são chamados vasos, e por uma bomba percussora que tem como função impulsionar um
líquido circulante de cor vermelha por toda a rede vascular.
O sistema cardiovascular consiste no sangue, no coração e nos vasos sangüíneos. Para que o
sangue possa atingir as células corporais e trocar materiais com elas, ele deve ser, constantemente,
propelido ao longo dos vasos sangüíneos. O coração é a bomba que promove a circulação de sangue
por cerca de 100 mil quilômetros de vasos sangüíneos.
Circulação Pulmonar e Sistêmica
Circulação Pulmonar - leva sangue do ventrículo direito do coração para os pulmões e de volta ao
átrio esquerdo do coração. Ela transporta o sangue pobre em oxigênio para os pulmões, onde ele
libera o dióxido de carbono (CO2) e recebe oxigênio (O2). O sangue oxigenado, então, retorna ao
lado esquerdo do coração para ser bombeado para circulação sistêmica.
Circulação Sistêmica - é a maior circulação; ela fornece o suprimento sangüíneo para todo o
organismo. A circulação sistêmica carrega oxigênio e outros nutrientes vitais para as células, e capta
dióxido de carbono e outros resíduos das células.
O Sangue
As células de nosso organismo precisam constantemente de nutrientes para manutenção do seu
processo vital, os quais são levados até elas pelo sangue.
Estes elementos nutritivos são constituídos por proteínas, hidratos de carbono e gordura,
desdobrados em suas moléculas elementares (protídeos, lipídeos e glicídios) e ainda sais minerais,
água e vitaminas.
Ao sangue cabe também a função de transportar oxigênio para as células, e servir de veículo para
que elementos indesejáveis como gás carbônico, que deve ser expelido pelos pulmões, e uréia, que
deve ser eliminado pelos rins.
O sangue é composto por uma parte líquida, o plasma, constituido de substâncias nutritivas e
elementos residuais das reações celulares. O plasma também possui uma parte organizada, os
elementos figurados, que são os glóbulos sangüíneos e as plaquetas.
Os glóbulos dividem-se em vermelhos e bancos. Os glóbulos vermelhos são as hemácias, células
sem núcleo contendo hemoglobina, um pigmento vermelho do sangue responsável pelo transporte
de oxigênio e de gás carbônico. Os glóbulos brancos são os leucócitos, verdadeiras células
nucleadas, incumbidas da defesa do organismo. São eles: neutrófilos, basófilos, eosinófilos,
monócitos e linfócitos.
Hemácias são de 5 milhões por milímetro cúbico.
Leucócitos são de 5 a 9 mil por milímetro cúbico.
Plaquetas são fragmentos citoplasmáticos de células da medula óssea, implicadas diretamente no
processo de coagulação sangüínea. São em número de 100 a 400 mil por milímetros cúbicos.
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O sangue está contido num sistema fechado de canais (vasos sangüíneos), impulsionados pelo
coração. Sai do coração pelas artérias que vão se ramificando em arteríolas e terminando em
capilares que por sua vez se continuam em vênulas e veias, retornando ao coração.
Ao nível dos capilares o plasma é acompanhado de alguns linfócitos e raramente hemácias, pode
extravasar para o espaço intersticial, constituindo a linfa, que posteriormente é reabsorvida pelos
capilares linfáticos passando aos vasos linfáticos e então as veias, sendo reintegrada à circulação.
O coração é o ponto central da circulação. Partindo dele temos dois circuitos fechados distintos:
Circulação pulmonar ou direita ou pequena circulação: vai do coração aos pulmões e retorna ao
coração. Destina-se à troca de gases (gás carbônico por oxigênio).
Circulação sistêmica ou esquerda ou grande circulação: vai do coração para todo o organismo e
retorna ao coração. Destina-se à nutrição sistêmica de todas as células.
O Coração
Apesar de toda a sua potência, o coração, em forma de cone, é relativamente pequeno,
aproximadamente do tamanho do punho fechado, cerca de 12 cm de comprimento, 9 cm de largura
em sua parte mais ampla e 6 cm de espessura. Sua massa é, em média, de 250g, nas mulheres
adultas, e 300g, nos homens adultos.
O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, no mediastino,
a massa de tecido que se estende do esterno à coluna vertebral; e entre os revestimentos (pleuras)
dos pulmões. Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam a esquerda da linha média do corpo. A posição
do coração, no mediastino, é mais facilmente apreciada pelo exame de suas extremidades,
superfícies e limites.
A extremidade pontuda do coração é o ápice, dirigida para frente, para baixo e para a esquerda. A
porção mais larga do coração, oposta ao ápice, é a base, dirigida para trás, para cima e para a
direita.
Limites do Coração: A superfície anterior fica logo abaixo do esterno e das costelas. A superfície
inferior é a parte do coração que, em sua maior parte repousa sobre o diafragma, correspondendo a
região entre o ápice e aborda direita. A borda direita está voltada para o pulmão direito e se estende
da superfície inferior à base; a borda esquerda, também chamada borda pulmonar, fica voltada para
o pulmão esquerdo, estendendo-se da base ao ápice. Como limite superior encontra-se os grandes
vasos do coração e posteriormente a traquéia, o esôfago e a artéria aorta descendente.
Camadas do coração
Pericárdio: a membrana que reveste e protege o coração. Ele restringe o coração à sua posição no
mediastino, embora permita suficiente liberdade de movimentação para contrações vigorosas e
rápidas. O pericárdio consiste em duas partes principais: pericárdio fibroso e pericárdio seroso.
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O pericárdio fibroso superficial é um tecido conjuntivo irregular, denso, resistente e inelástico.
Assemelha-se a um saco, que repousa sobre o diafragma e se prende a ele. O pericárdio seroso,
mais profundo, é uma membrana mais fina e mais delicada que forma uma dupla camada,
circundando o coração. A camada parietal, mais externa, do pericárdio seroso está fundida ao
pericárdio fibroso. A camada visceral, mais interna, do pericárdio seroso, também chamada
epicárdio, adere fortemente à superfície do coração.
Epicárdio: a camada externa do coração é uma delgada lâmina de tecido seroso. O epicárdio é
contínuo, a partir da base do coração, com o revestimento interno do pericárdio, denominado
camada visceral do pericárdio seroso.
Miocárdio: é a camada média e a mais espessa do coração. É composto de músculo estriado
cardíaco. É esse tipo de músculo que permite que o coração se contraia e, portanto, impulsione
sangue, ou o force para o interior dos vasos sangüíneos.
Endocárdio: é a camada mais interna do coração. É uma fina camada de tecido composto por
epitélio pavimentoso simples sobre uma camada de tecido conjuntivo. A superfície lisa e brilhante
permite que o sangue corra facilmente sobre ela. O endocárdio também reveste as valvas e é
contínuo com o revestimento dos vasos sangüíneos que entram e saem do coração.
Configuração Interna:
O coração possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os átrios (as câmaras superiores)
recebem sangue; os ventrículos (câmaras inferiores) bombeiam o sangue para fora do coração.
Na face anterior de cada átrio existe uma estrutura enrugada, em forma de saco, chamada aurícula
(semelhante a orelha do cão).
O átrio direito é separado do esquerdo por uma fina divisória chamada septo interatrial; o ventrículo
direito é separado do esquerdo pelo septo interventricular.
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Sistema Respiratório
A função do sistema respiratório é facultar ao organismo uma troca de gases com o ar atmosférico,
assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue, necessária para as reações
metabólicas, e em contrapartida servindo como via de eliminação de gases residuais, que resultam
dessas reações e que são representadas pelo gás carbônico.
Este sistema é constituído pelos tratos (vias) respiratórios superior e inferior. O trato respiratório
superior é formado por órgãos localizados fora da caixa torácica: nariz externo, cavidade nasal,
faringe, laringe e parte superior da traquéia. O trato respiratório inferior consiste em órgãos
localizados na cavidade torácica: parte inferior da traquéia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e
pulmões. As camadas das pleura e os músculos que formam a cavidade torácica também fazem
parte do trato respiratório inferior.
O intercâmbio dos gases faz-se ao nível dos pulmões, mas para atingi-los o ar deve percorrer
diversas porções de um tubo irregular, que recebe o nome conjunto de vias aeríferas.
NARIZ
O nariz é uma protuberância situada no centro da face, sendo sua parte exterior denominada nariz
externo e a escavação que apresenta interiormente conhecida por cavidade nasal.
O nariz externo tem a forma de uma pirâmide triangular de base inferior e cuja a face posterior se
ajusta verticalmente no 1/3 médio da face.
As faces laterais do nariz apresentam uma saliência semilunar que recebe o nome de asa do nariz.
O ar entra no trato respiratório através de duas aberturas chamadas narinas. Em seguida, flui pelas
cavidades nasais direita e esquerda, que estão revestidas por mucosa respiratória. O septo nasal
separa essas duas cavidades. Os pêlos do interior das narinas filtram grandes partículas de poeira
que podem ser inaladas. Além disso, a cavidade nasal contêm células receptoras para o olfato.
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A cavidade nasal é a escavação que encontramos no interior do nariz, ela é subdividida em dois
compartimentos um direito e outro esquerdo. Cada compartimento dispõe de um orifício anterior
que é a narina e um posterior denominado coana. As coanas fazem a comunicação da cavidade
nasal com a faringe. É na cavidade nasal que o ar torna-se condicionado, ou seja, é filtrado,
umidecido e aquecido.
Na parede lateral da cavidade nasal encontramos as conchas nasais (cornetos) que são divididas em
superior, média e inferior.
O esqueleto ósseo do nariz é formado pelo osso frontal, ossos nasais e maxilares.
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A cavidade nasal contêm várias aberturas de drenagem, pelas quais o muco dos seios paranasais é
drenado. Os seios paranasais compreendem os seios maxilares, frontal, etmoidal e o esfenoidal.
FARINGE
A faringe é um tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no pescoço. Ela se situa logo
atrás das cavidades nasais e logo a frente às vértebras cervicais. Sua parede é composta de
músculos esqueléticos e revestida de túnica mucosa
A faringe funciona como uma passagem de ar e alimento.
A faringe é dividida em três regiões anatômicas: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe.
A porção superior da faringe, denominada parte nasal ou nasofaringe, tem as seguintes
comunicações: duas com as coanas, dois óstios faringeos das tubas auditivas e com a orofaringe. A
tuba auditiva se comunica com a faringe através do ósteo faríngico da tuba auditiva, que por sua vez
conecta a parte nasal da farínge com a cavidade média timpânica do ouvido.
A parte intermediária da faringe, a orofaringe, situa-se atrás da cavidade oral e estende-se do palato
mole até o nível do hióide. A parte da orofaringe tem comunicação com a boca e serve de passagem
tanto para o ar como para o alimento.
A laringofaringe estende-se para baixo a partir do osso hióide, e conecta-se com o esôfago (canal do
alimento) e posteriormente com a laringe (passagem de ar). Como a parte oral da faringe, a
laringofaringe é uma via respiratória e também uma via digestória.
LARINGE
A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traquéia. Ela se situa na linha mediana do
pescoço, diante da quarta, quinta e sexta vértebra cervicais.
A laringe tem três funções:
Atua como passagem para o ar durante a respiração;
Produz som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa de voz);
Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas respiratórias (como a traquéia).
A laringe desempenha função na produção de som, que resulta na fonação. Na sua superfície
interna, encontramos uma fenda ântero-posterior denominada vestíbulo da laringe, que possui
duas pregas: prega vestibular (cordas vocais falsas) e prega vocal (cordas vocais verdadeiras).
A laringe é uma estrutura triangular constituída principalmente de cartilagens, músculos e
ligamentos.
A parede da laringe é composta de nove peças de cartilagens. Três são ímpares (cartilagem
tireóidea, cricóidea e epiglótica) e três são pares (cartilagem aritenóidea, cuneiforme e corniculada).
A cartilagem tireóidea consiste de cartilagem hialina e forma a parede anterior e lateral da laringe, é
maior nos homens devido à influência dos hormônios durante a fase da puberdade. As margens
posteriores das lâminas apresentam prolongamentos em formas de estiletes grossos e curtos,
denominados cornos superiores e inferiores.
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A cartilagem cricóide localiza-se logo abaixo da cartilagem tireóide e antecede a traquéia.
A epiglote se fixa no osso hióide e na cartilagem tireóide. A epiglote é uma espécie de "porta" para
o pulmão, onde apenas o ar ou substâncias gasosas entram e saem dele. Já substâncias líquidas e
sólidas não entram no pulmão, pois a epiglote fecha-se e este dirige-se ao esôfago.
A cartilagem aritenóide articula-se com a cartilagem cricóide, estabelecendo uma articulação do
tipo diartrose. As cartilagens aritenóides são as mais importantes, porque influenciam as posições e
tensões das pregas vocais (cordas vocais verdadeiras).
A cartilagem corniculada situa-se acima da cartilagem aritenóide.
A cartilagem cuneiforme é muito pequena e localiza-se anteriormente à cartilagem corniculada
correspondente, ligando cada aritenóide à epiglote.
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TRAQUÉIA
A traquéia é um tubo de 10 a 12,5cm de comprimento e 2,5cm de diâmetro. Constitui um tubo que faz
continuação à laringe, penetra no tórax e termina se bifurcando nos 2 brônquios principais. Ela se situa
medianamente e anterior ao esôfago, e apenas na sua terminação, desvia-se ligeiramente para a
direita.
O arcabouço da traquéia é constituído aproximadamente por 20 anéis cartilagíneos incompletos para
trás, que são denominados cartilagens traqueais.
Internamente a traquéia é forrada por mucosa, onde abundam glândulas, e o epitélio é ciliado,
facilitando a expulsão de mucosidades e corpos estranhos.
Inferiormente a traquéia se bifurca, dando origem aos 2 brônquios principais: direito e esquerdo.
A parte inferior da junção dos brônquios principais é ocupada por uma saliência ântero-posterior que
recebe o nome de carina da traquéia, e serve para acentuar a separação dos 2 brônquios.
BRÔNQUIOS
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Os brônquios principais fazem a ligação da traquéia com os pulmões, são considerados um direito e
outro esquerdo. A traquéia e os brônquios extrapulmonares são constituídos de anéis incompletos
de cartilagem hialina, tecido fibroso, fibras musculares, mucosa e glândulas.
O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que o esquerdo. Como a
traquéia, os brônquios principais contém anéis de cartilagem incompletos.
Os brônquios principais entram nos pulmões na região chamada HILO. Ao atingirem os pulmões
correspondentes, os brônquios principais subdividem-se nos brônquios lobares.
Os brônquios lobares subdividem-se em brônquios segmentares, cada um destes distribuindo-se a
um segmento pulmonar.
Os brônquios dividem-se respectivamente em tubos cada vez menores denominados bronquíolos.
As paredes dos bronquíolos contém músculo liso e não possuem cartilagem.
Os bronquíolos continuam a se ramificar, e dão origem a minúsculos túbulos denominados
ductos alveolares. Estes ductos terminam em estruturas microscópicas com forma de uva
chamados alvéolos.
Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias.
Um capilar pulmonar envolve cada alvéolo. A função dos alvéolos é trocar oxigênio e
dióxido de carbono através da membrana capilar alvéolo-pulmonar.
PULMÕES
Os pulmões são órgãos essenciais na respiração. São duas vísceras situadas uma de cada lado, no
interior do tórax e onde se dá o encontro do ar atmosférico com o sangue circulante, ocorrendo
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então, as trocas gasosas (HEMATOSE). Eles estendem-se do diafragma até um pouco acima das
clavículas e estão justapostos às costelas.
O pulmão direito é o mais espesso e mais largo que o esquerdo. Ele tembém é um pouco mais
curto pois o diafragma é mais alto no lado direito para acomodar o fígado. O pulmão esquerdo tem
uma concavidade que é a incisura cardíaca.
Cada pulmão têm uma forma que lembra uma pirâmide com um ápice, uma base, três bordas e três
faces.
Ápice do Pulmão: Está voltado cranialmente e tem forma levemente arredondada. Apresenta um
sulco percorrido pela artéria subclávia, denominado sulco da artéria subclávia. No corpo, o ápice do
pulmão atinge o nível da articulação esterno-clavicular
Base do Pulmão : A base do pulmão apresenta uma forma côncava, apoiando-se sobre a face
superior do diafragma. A concavidade da base do pulmão direito é mais profunda que a do esquerdo
(devido à presença do fígado).
Margens do Pulmão : Os pulmões apresentam três margens: uma anterior, uma posterior e uma
inferior. A borda anterior é delgada e estende-se à face ventral do coração. A borda anterior do
pulmão esquerdo apresenta uma incisura produzida pelo coração, a incisura cardíaca. A borda
posterior é romba e projeta-se na superfície posterior da cavidade torácica. A borda inferior
apresenta duas porções: (1) uma que é delgada e projeta-se no recesso costofrênico e (2) outra que
é mais arredondada e projeta-se no mediastino
Peso: Os pulmões tem em média o peso de 700 gramas.
Altura: Os pulmões tem em média a altura de 25 centímetros.
Faces: O pulmão apresenta três faces:
a) Face Costal (face lateral): é a face relativamente lisa e convexa, voltada para a superfície
interna da cavidade torácica.
b) Face Diafragmática (face inferior): é a face côncava que assenta sobre a cúpula diafragmática.
c) Face Mediastínica (face medial): é a face que possui uma região côncava onde se acomoda o
coração. Dorsalmente encontra-se a região denominada hilo ou raiz do pulmão. pulmonar.
Divisão: Os pulmões apresentam características morfológicas diferentes.
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O pulmão direito apresenta-se constituído por três lobos divididos por duas fissuras. Uma fissura
obliqua que separa lobo inferior dos lobos médio e superior e uma fissura horizontal, que separa o lobo
superior do lobo médio.
O pulmão esquerdo é dividido em um lobo superior e um lobo inferior por uma fissura oblíqua.
Anteriormente e inferiormente o lobo superior do pulmão esquerdo apresenta uma estrutura que
representa resquícios do desenvolvimento embrionário do lobo médio, a língula do pulmão.
Cada lobo pulmonar é subdividido em segmentos pulmonares, que constituem unidades pulmonares
completas, consideradas autônomas sob o ponto de vista anatômico.
Pulmão Direito
* Lobo Superior: apical, anterior e posterior
* Lobo Médio: medial e lateral
* Lobo Inferior: apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e basal lateral
Pulmão Esquerdo
* Lobo Superior: Apicoposterior, anterior, lingular superior e lingular inferior
* Lobo Inferior: apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e basal lateral
Pleuras:
É uma membrana serosa de dupla camada que envolve e protege cada pulmão.
A camada externa é aderida à parede da cavidade torácica e ao diafragma, e é denominada Pleura
Parietal (reflete-se na região do hilo pulmonar para formar a pleura visceral). A camada interna, a
Pleura Visceral reveste os próprios pulmões (adere-se intimamente à superfície do pulmão e penetra
nas fissuras entre os lobos).
Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se um pequeno espaço, a cavidade pleural, que contém
pequena quantidade de líquido lubrificante, secretado pelas túnicas. Esse líquido reduz o atrito entre
as túnicas, permitindo que elas deslizem facilmente uma sobre a outra, durante a respiração.
Hilo do Pulmão:
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A região do hilo localiza-se na face mediastinal de cada pulmão sendo formado pelas estruturas que
chegam e saem dele, onde temos: os brônquios principais, artérias pulmonares, veias pulmonares,
artérias e veias bronquiais e vasos linfáticos.
Os brônquios ocupam posição caudal e posterior, enquanto que as veias pulmonares são inferiores e
anteriores. A artéria pulmonar ocupa uma posição superior e mediana em relação a essas duas
estruturas. A raiz do pulmão direito encontra-se dorsalmente disposta à veia cava superior. A raiz do
pulmão esquerdo relaciona-se anteriormente com o nervo frênico. Posteriormente relaciona-se com o
nervo vago.
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Sistema digestório
BOCA
A boca também referida como cavidade oral ou bucal é formada pelas bochechas (formam as
paredes laterais da face e são constituídas externamente por pele e internamente por mucosa), pelos
palatos duro (parede superior) e mole (parede posterior) e pela língua (importante para o transporte
de alimentos, sentido do gosto e fala). O palato mole se estende posteriormente na cavidade bucal
como a úvula, que é uma estrutura com forma de letra V e que esta suspensa na região superior e
posterior da cavidade bucal.
A cavidade da boca é onde o alimento é ingerido e preparado para a digestão no estômago e
intestino delgado. O alimento é mastigado pelos dentes, e a saliva, proveniente das glândulas
salivares, facilita a formação de um bolo alimentar controlável. A deglutição é iniciada
voluntariamente na cavidade da boca. A fase voluntária do processo empurra o bolo da cavidade da
boca para a faringe – a parte expandida do trato digestório – onde ocorra a fase automática da
deglutição.
Os dentes são estruturas cônicas, duras, fixadas nos alvéolos da mandíbula e maxila que são usados
na mastigação e na assistência à fala.
Crianças têm 20 dentes decíduos (primários ou de leite). Adultos normalmente possuem 32 dentes
secundários.
Na época em que a criança está com 2 anos de idade, provavelmente já estará com um conjunto
completo de 20 dentes de leite. Quando um adulto jovem já está com algo entre 17 e 24 anos de
idade, geralmente está presente em sua boca um conjunto completo de 32 dentes permanentes
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FARINGE
A faringe é um tubo que se estende da boca até o esôfago.
A faringe apresenta suas paredes muito espessas devido ao volume dos músculos que a revestem
externamente, por dentro, o órgão é forrado pela mucosa faríngea, um epitélio liso, que facilita a
rápida passagem do alimento.
O movimento do alimento, da boca para o estômago, é realizado pelo ato da deglutição. A deglutição
é facilitada pela saliva e muco e envolve a boca, a faringe e o esôfago.
A faringe pode ainda ser dividida em três partes: nasal (nasofaringe), oral (orofaringe) e laringea
(laringofaringe).
Parte Nasal - situa-se posteriormente ao nariz e acima do palato mole e se diferencia da outras
duas partes por sua cavidade permanecer sempre aberta. Comunica-se anteriormente com as
cavidades nasais através das coanas. Na parede posterior encontra-se a tonsila faríngea (adenóide
em crianças).
Parte Oral - estende-se do palato mole até o osso hióide. Em sua parede lateral encontra-se a
tonsila palatina.
Parte Laringea - estende-se do osso hióide à cartilagem cricóide. De cada lado do orifício laríngeo
encontra-se um recesso denominado seio piriforme.
A faringe comunica-se com as vias nasal, respiratória e digestória. O ato da deglutição normalmente
direciona o alimento da garganta para o esôfago, um longo tubo que se esvazia no estômago.
Durante a deglutição, o alimento normalmente não pode entrar nas vias nasal e respiratória em
razão do fechamento temporário das aberturas dessas vias. Assim durante a deglutição, o palato
mole move-se em direção a abertura da parte nasal da faringe; a abertura da laringe é fechada
quando a traquéia move-se para cima e permite a uma prega de tecido, chamada de epiglote, cubra
a entrada da via respiratória.
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O movimento da laringe também simultaneamente puxa as cordas vocais e aumentando a abertura
entre a parte laríngea da faringe e o esôfago. O bolo alimentar passa pela parte laríngea da faringe e
entra no esôfago em 1-2 segundos.
ESÔFAGO
O esôfago é um tubo fibro-músculo-mucoso que se estende entre a faringe e o estômago. Se localiza
posteriomente à traquéia começando na altura da 7ª vértebra cervical. Perfura o diafragma pela
abertura chamada hiato esofágico e termina na parte superior do estômago. Mede cerca de 25
centímetros de comprimento.
A presença de alimento no interior do esôfago estimula a atividade peristáltica, e faz com que o
alimento mova-se para o estômago.
As contrações são repetidas em ondas que empurram o alimento em direção ao estômago. A
passagem do alimento sólido, ou semi-sólido, da boca para o estômago leva 4-8 segundos ;
alimentos muito moles e líquidos passam cerca de 1 segundo.
Ocasionalmente, o refluxo do conteúdo do estômago para o interior do esôfago causa azia (ou
pirose). A sensação de queimação é um resultado da alta acidez do conteúdo estomacal.
O refluxo gastresofágico se dá quando o esfíncter esofágico inferior (localizado na parte superior do
esôfago) não se fecha adequadamente após o alimento ter entrado no estômago, o conteúdo pode
refluir para a parte inferior do esôfago.
O esôfago é formado por três porções:
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Porção Cervical: porção que está em contato íntimo com a traquéia.
Porção Torácica: é a porção mais importante, passa por trás do brônquio esquerdo (mediastino
superior, entre a traquéia e a coluna vertebral).
Porção Abdominal: repousa sobre o diafragma e pressiona o fígado, formando nele a impressão
esofâgica.
ESTÔMAGO
O estômago está situado no abdome, logo abaixo do diafragma, anteriomente ao pâncreas,
superiormente ao duodeno e a esquerda do fígado. É parcialmente coberto pelas costelas. O
estômago está localizado no quadrante superior esquerdo do abdome (Ver quadrantes abdominais no
menu principal), entre o fígado e o baço.
O estômago é o segmento mais dilatado do tubo digestório, em virtude dos alimentos permanecerem
nele por algum tempo, necessita ser um reservatório entre o esôfago e o intestino delgado.
A forma e posição do estômago são muito variadas de pessoa para pessoa; o diafragma o empurra
para baixo, a cada inspiração, e o puxa para cima, a cada expiração e por isso não pode ser descrita
como típica.
O estômago é divido em 4 áreas (regiões) principais: cárdia, fundo, corpo e piloro.
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O fundo, que apesar do nome, situa-se no alto, acima do ponto onde se faz a junção do esôfago com
o estômago.
O corpo representa cerca de 2/3 do volume total.
Para impedir o refluxo do alimento para o esôfago, existe uma válvula (orifício de entrada do
estômago - óstio cárdico ou orifício esofágico inferior), a cárdia, situada logo acima da curvatura
menor do estômago. É assim denominada por estar próximo ao coração.
Para impedir que o bolo alimentar passe ao intestino delgado prematuramente, o estômago é dotado
de uma poderosa válvula muscular, um esfíncter chamado piloro (orifício de saída do estômago -
óstio pilórico)
Pouco antes da válvula pilórica encontramos uma porção denominada antro-pilórica.
O estômago apresenta ainda duas partes: a curvatura maior (margem esquerda do estômago) e a
curvatura menor (margem direita do estômago).
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Funções Digestivas
Digestão do alimento
Secreção do suco gástrico, que inclui enzimas digestórias e ácido hidroclorídrico como substâncias
mais importantes.
Secreção de hormônio gástrico e fator intrínseco.
Regulação do padrão no qual o alimento é parcialmente digerido e entregue ao intestino delgado.
Absorção de pequenas quantidades de água e substâncias dissolvidas.
INTESTINO DELGADO
A principal parte da digestão ocorre no intestino delgado, que se estende do piloro até a junção
iliocólica (ileocecal), que se reúne com o intestino grosso. O intestino delgado é um órgão
indispensável. Os principais eventos da digestão e absorção ocorrem no intestino delgado, portanto
sua estrutura é especialmente adaptada para essa função. Sua extensão fornece grande área de
superfície para a digestão e absorção, sendo ainda muito aumentada pelas pregas circulares,
vilosidades e microvilosidades.
O intestino delgado retirado numa é de cerca de 7 metros de comprimento, podendo variar entre 5 e
8 metros (o comprimento de intestino delgado e grosso em conjunto após a morte é de 9 metros).
O intestino delgado, que consiste em duodeno, jejuno e íleo, estende-se do piloro até a junção
ileocecal onde o íleo une-se ao ceco, a primeira parte do intestino grosso.
Duodeno: é a primeira porção do intestino delgado. Recebe este nome por ter seu comprimento
aproximedamente igual à largura de doze dedos (25 centímetros). É a única porção do intestino
delgado que é fixa. Não possui mesentério. Apresenta 4 partes:
1) Parte Superior ou 1ª porção - origina-se no piloro e estende-se até o colo da vesícula biliar.
2) Parte Descendente ou 2ª porção - é desperitonizada.
Ducto colédoco - provêm da vesícula biliar e do fígado (bile)
Ducto pancreático - provêm do pâncreas (suco ou secreção pancreática)
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3) Parte Horizontal ou 3ª porção
4) Parte Ascendente ou 4ª porção
Jejuno: é a parte do intestino delgado que faz continuação ao duodeno, recebe este nome porque
sempre que é aberto se apresenta vazio. É mais largo (aproximadamente 4 centímetros), sua parede
é mais espessa, mais vascular e de cor mais forte que o íleo.
Íleo: é o último segmento do intestino delgado que faz continuação ao jejuno. Recebe este nome por
relação com osso ilíaco. É mais estreito e suas túnicas são mais finas e menos vascularizadas que o
jejuno.Distalmente, o íleo desemboca no intestino grosso num orifício que recebe o nome de óstio
ileocecal.
128
Juntos, o jejuno e o íleo medem 6 a 7 metros de comprimento. A maior parte do jejuno situa-se no
quadrante superior esquerdo, enquanto a maior parte do íleo situa-se no quadrante inferior direito. O
jejuno e o íleo, ao contrário do duodeno, são móveis.
INTESTINO GROSSO
O intestino grosso pode ser comparado com uma ferradura, aberta para baixo, mede cerca de 6,5
centímetros de diâmetro e 1,5 metros de comprimento. Ele se estende do íleo até o ânus e está fixo
à parede posterior do abdômen pelo mesecolo.
O intestino grosso absorve a água com tanta rapidez que, em cerca de 14 horas, o material
alimentar toma a consistência típica do bolo fecal.
O intestino grosso apresenta algumas diferenças em relação ao intestino delgado: o calíbre, as
tênias, os haustros e os apêndices epiplóicos.
O intestino grosso é mais calibroso que o intestino delgado, por isso recebe o nome de intestino
grosso. A calibre vai gradativamente afinando conforme vai chegando no canal anal.
As tênias do cólon (fitas longitudinais) são três faixas de aproxmadamente 1 centímetro de largura e
que percorrem o intestino grosso em toda sua extensão. São mais evidentes no ceco e no cólon
ascendente.
Os haustros do cólon (saculações) são abaulamentos ampulares separados por sulcos transversais.
Os apêndices epiplóicos são pequenos pingentes amarelados constituídos por tecido conjuntivo
rico em gordura. Aparecem principalmente no cólon sigmóide.
O intestino grosso é dividido em 4 partes principais: ceco (cecum), cólon (ascendente,
transverso, descendente e sigmóide), reto e ânus.
A primeira é o ceco, segmento de maior calibre, que se comunica com o íleo. Para impedir o
refluxo do material proveniente do intestino delgado, existe uma válvula localizada na junção do
íleo com o ceco - válvula ileocecal (iliocólica). No fundo do ceco, encontramos o Apêndice
128
Vermiforme
A porção seguinte do intestino grosso é o cólon, segmento que se prolonga do ceco até o ânus.
Cólon Ascendente - Cólon Transverso - Cólon Descendente - Cólon Sigmóide
Colo Ascendente – é a segunda parte do intestino grosso. Passa para cima do lado direito do abdome
a partir do ceco para o lobo direito do fígado, onde se curva para a esquerda na flexura direita do
colo (flexura hepática).
Colo Transverso – é a parte mais larga e mais móvel do intestino grosso. Ele cruza o abdome a partir
da flexura direita do colo até a flexura esquerda do colo, onde curva-se inferiormente para tornar-se
colo descendente. A flexura esquerda do colo (flexura esplênica), normalmente mais superior, mais
aguda e menos móvel do que a flexura direita do colo.
Colo Descendente – passa retroperitonealmente a partir da flexura esquerda do colo para a fossa
ilíaca esquerda, onde ele é contínuo com o colo sigmóide.
Colo Sigmóide – é caracterizado pela sua alça em forma de “S”, de comprimento variável. O colo
sigmóide une o colo descendente ao reto. A terminação das tênias do colo, aproximadamente a
15cm do ânus, indica a junção reto-sigmóide.
128
O reto recebe este nome por ser quase retilíneo, este segmento do intestino grosso termina ao
perfurar o diafragma da pelve (músculos levantadores do ânus) passando a se chamar de canal anal.
O canal anal apesar de bastante curto (3 centímetros de comprimento) é importante por apresentar
algumas formações essenciais para o funcionamento intestinal, das quais citamos os esfincteres
anais.
O esfíncter anal interno é o mais profundo, e resulta de um espessamento de fibras musculares lisas
circulares, sendo conseqüentemente involuntário. O esfíncter anal externo é constituído por fibras
musculares estriadas que se dispõem circularmente em torno do esfíncter anal interno, sendo este
voluntário. Ambos os esfíncteres devem relaxar antes que a defecação possa ocorrer.
Funções do Intestino Grosso
128
Absorção de água e de certos eletrólitos;
Síntese de determinadas vitaminas pelas bactérias intestinais;
Armazenagem temporária dos resíduos (fezes);
Eliminação de resíduos do corpo (defecação).
Peristaltismo
Ondas peristálticas intermitentes e bem espaçadas movem o material fecal do ceco para o
interior do colo ascendente, transverso e descendente. Á medida que se move através do colo, a
água é continuamente reabsorvida das fezes, pelas paredes do intestino, para o interior dos
capilares. As fezes que ficam no intestino grosso por um período maior perdem o excesso de
água, desenvolvendo a chamada constipação. Ao contrário, movimentos rápidos do intestino não
permitem tempo suficiente para que ocorra a reabsorção de água, causando diarréia
PERITÔNIO
O peritônio é a mais extensa membrana serosa do corpo. A parte que reveste a parede abdominal é
denominada peritônio parietal e a que se reflete sobre as vísceras constitui o peritônio visceral. O
espaço entre os folhetos parietal e visceral do peritônio é denominada cavidade peritoneal.
Determinadas vísceras abdominais são completamente envolvidas por peritônio e suspensas na
parede por uma delgada lâmina fina de tecido conjuntivo revestida pela serosa, contendo os vasos
sangüíneos. A estas pregas é dado o nome geral de mesentério.
ÓRGÃOS ANEXOS
O aparelho digestório considerado como um tubo, recebe o líquido secretado por diversas glândulas,
a maioria situadas em suas paredes como as da boca, esôfago, estômago e intestinos.
Algumas glândulas constituem formações bem individualizadas, localizando nas proximidades do
tubo, como qual se comunicam através de ductos, que servem para o escoamento de seus produtos
de elaboração.
As glândulas salivares são divididas em 2 grandes grupos: glândulas salivares menores e glândulas
salivares maiores. A saliva é um líquido viscoso, claro, sem gosto e sem odor que é produzido por
essas glândulas e pelas glândulas mucosas da cavidade da boca.
128
Glândulas salivares menores: constituem pequenos corpúsculos ou nódulos disseminados nas
paredes da boca, como as glândulas labiais, palatinas linguais e molares.
Glândulas salivares maiores: são representadas por 3 pares que são as parótidas, submandibulares e
sublinguais.
Glândula Parótida - a maior das três e situa-se na parte lateral da face, abaixo e adiante do
pavilhão da orelha. Irrigada por ramos da artéria carótida externa. Inervada pelo nervo
auriculotemporal, glossofaríngeo e facial.
Glândula Submandibular - é arredondada e situa-se no triângulo submandibular. É irrigada por
ramos da artéria facial e lingual. Os nervos secretomotores derivam de fibras parassimpáticas
craniais do facial; as fibras simpáticas provêm do gânglio cervical superior.
Glândula Sublingual - é a menor das três e localiza-se abaixo da mucosa do assoalho da boca. É
irrigada pelas artérias sublinguais e submentonianas. Os nervos derivam de maneira idêntica aos da
glândula submandibular.
Fígado
O fígado é a maior glândula do organismo, e é também a mais volumosa víscera
abdominal.
Sua localização é na região superior do abdômen, logo abaixo do diafragma,
ficando mais a direita, isto é, normalmente 2/3 de seu volume estão a direita da
linha mediana e 1/3 à esquerda. Pesa cerca de 1,500g e responde por
aproximadamente 1/40 do peso do corpo adulto.
O fígado apresenta duas faces: diafragmática e visceral.
A face diafragmática (ântero superior) é convexa e lisa relacionando-se com a cúpula diafragmática.
A face visceral (postero inferior) é irregularmente côncava pela presença de impressões viscerais.
O fígado é dividido em lobos. A face diaframática apresenta um lobo direito e um lobo esquerdo,
sendo o direito pelo menos duas vezes maior que o esquedo. A divisão dos lobos é estabelecida pelo
128
ligamento falciforme. Na extremidade desse ligamento encontramos um cordão fibroso resultante da
obliteração da veia umbilical, conhecido como ligamento redondo do fígado.
A face visceral é subdividida em 4 lobos (direito, esquerdo, quadrado e caudado) pela presença de
depressões em sua área central, que no conjunto se compõem formando um "H", com 2 ramos
antero-posteriores e um tranversal que os une. Embora o lobo direito seja considerado por muitos
anatomistas como incluindo o lobo quadrado (inferior) e o lobo caudado (posterior) com base na
morfologia interna, os lobos quadrado e caudado pertencem mais apropriadamente ao lobo
esquerdo.
Entre o lobo direito e o quadrado encontramos a vesícula biliar e entre o lobo direito e o caudado, há
um sulco que aloja a veia cava inferior. Entre os lobos caudado e quadrado, há uma fenda
transversal: a porta do fígado (pedículo hepático), por onde passam a artéria hepática, a veia porta,
o ducto hepático comum, os nervos e os vasos linfáticos.
128
Aparelho Excretor do Fígado - é formado pelo ducto hepático, vesícula biliar, ducto cístico e ducto
colédoco.
O fígado é um órgão vital, sendo essencial o funcionamento de pelo menos 1/3 dele - além da bile
que é indispensával na digestão das gorduras - ele desempenha o importante papel de armazenador
de glicose e, em menor escala, de ferro, cobre e vitaminas.
A função digestiva do fígado é produzir a bile, uma secreção verde amarelada, para passar para o
duodeno. A bile é produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar, que a libera quando gorduras
entram no duodeno. A bile emulsiona a gordura e a distribui para a parte distal do intestino para a
digestão e absorção.
Outras funções do fígado são:
Metabolismo dos carboidratos;
Metabolismo dos lipídios;
Metabolismo das proteínas;
Processamento de fármacos e hormônios;
Excreção da bilirrubina;
Excreção de sais biliares;
Armazenagem;
Fagocitose;
Ativação da vitamina D.
VESÍCULA BILIAR
A vesícula Biliar (7 – 10cm de comprimento) situa-se na fossa da vesícula biliar na face visceral do
fígado. Esta fossa situa-se na junção do lobo direito e do lobo quadrado do fígado. A relação da
vesícula biliar com o duodeno é tão íntima que a parte superior do duodeno normalmente é
manchada com bile no cadáver. A vesícula biliar tem capacidade para até 50ml de bile.
O Ducto Cístico (4cm de comprimento) liga a vesícula biliar ao Ducto Hepático comum (união do
ducto hepático direito e esquerdo) formando o Ducto Colédoco. O comprimento varia de 5 a 15cm. O
ducto colédoco desce posterior a parte superior do duodeno e situa-se na face posterior da cabeça do
pâncreas. No lado esquerdo da parte descendente do duodeno, o ducto colédoco entra em contato
com o ducto pancreático principal.
128
PÂNCREAS
O pâncreas produz através de uma secreção exócrina o suco pancreático que entra no duodeno
através dos ductos pancreáticos, uma secreção endócrina produz glucagon e insulina que entram no
sangue. O pâncreas produz diariamente 1200 – 1500ml de suco pancreático.
O pâncreas é achatado no sentido ântero-posterior, ele apresenta uma face anterior e outra
posterior, com uma borda superior e inferior e sua localização é posterior ao estômago.
O comprimento varia de 12,5 a 15cm e seu peso na mulher é de 14,95g e no homem 16,08g.
O pâncreas divide-se em cabeça (aloja-se na curva do duodeno), colo, corpo (dividido em três
partes: anterior, posterior e inferior) e cauda.
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Introdução à Anatomia Humana

  • 1. 128 Introdução a Anatomia No seu conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados. Um excelente e amplo conceito de Anatomia foi proposto em 1981 pela American Association of Anatomists: anatomia é a análise da estrutura biológica, sua correlação com a função e com as modulações de estrutura em resposta a fatores temporais, genéticos e ambientais. Tem como metas principais a compreensão dos princípios arquitetônicos da construção dos organismos vivos, a descoberta da base estrutural do funcionamento das várias partes e a compreensão dos mecanismos formativos envolvidos no desenvolvimento destas. A amplitude da anatomia compreende, em termos temporais, desde o estudo das mudanças a longo prazo da estrutura, no curso de evolução, passando pelas das mudanças de duração intermediária em desenvolvimento, crescimento e envelhecimento; até as mudanças de curto prazo, associadas com fases diferentes de atividade funcional normal. Em termos do tamanho da estrutura estudada vai desde todo um sistema biológico, passando por organismos inteiros e/ou seus órgãos até as organelas celulares e macromoléculas. A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte). Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente a anatomia. Contudo, atualmente, Anatomia é a ciência, enquanto dissecar é um dos métodos desta ciência. Seu estudo tem uma longa e interessante história, desde os primórdios da civilização humana. Inicialmente limitada ao observável a olho nu e pela manipulação dos corpos, expandiu-se, ao longo do tempo, graças a aquisição de tecnologias inovadoras. Atualmente, a Anatomia pode ser subdividida em três grandes grupos: Anatomia macroscópica, Anatomia microscópica e Anatomia do desenvolvimento. A Anatomia Macroscópica é o estudo das estruturas observáveis a olho nu, utilizando ou não recursos tecnológicos os mais variáveis possíveis, enquanto a Anatomia Microscópica é aquela relacionada com as estruturas corporais invisíveis a olho nu e requer o uso de instrumental para ampliação, como lupas, microscópios ópticos e eletrônicos. Este grupo é dividido em Citologia (estudo da célula) e Histologia (estudo dos tecidos e de como estes se organizam para a formação de órgãos). A Anatomia do Desenvolvimento estuda o desenvolvimento do indivíduo a partir do ovo fertilizado até a forma adulta. Ela engloba a Embriologia que é o estudo do desenvolvimento até o nascimento. A Anatomia Humana, a Anatomia Vegetal e a Anatomia Comparada também são especializações da anatomia. Na anatomia comparada faz-se o estudo comparativo da estrutura de diferentes animais (ou plantas) com o objetivo de verificar as relações entre eles, o que pode elucidar sobre aspectos da sua evolução. Posições Anatômicas A posição anatômica é uma posição de referência, que dá significado aos termos direcionais utilizados na descrição nas partes e regiões do corpo. As discussões sobre o corpo, o modo como se movimenta, sua postura ou a relação entre uma e outra área assumem que o corpo como um todo está numa posição específica chamada POSIÇÃO ANATÔMICA. Deste modo, os anatomistas, quando escrevem seus textos, referem-se ao objeto de descrição considerando o indivíduo como se estivesse sempre na posição padronizada. O corpo está numa postura ereta (em pé, posição ortostática ou bípede) com os membros superiores estendidos ao lado do tronco e as palmas das mãos voltadas para a frente. A cabeça e pés também estão apontados para frente e o olhar para o horizonte.
  • 2. 128 Posição SUPINA e PRONA são expressões utilizadas na descrição da posição do corpo, quando este não se encontra na posição anatômica. POSIÇÃO SUPINA ou DECÚBITO DORSAL – o corpo está deitado com a face voltada para cima. POSIÇÃO PRONA ou DECÚBITO VENTRAL – o corpo está deitado com a face voltada para baixo. DECÚBITO LATERAL – o corpo está deitado de lado. POSIÇÃO DE LITOTOMIA – o corpo está deitado com a face voltada para cima, com flexão de 90° de quadril e joelho, expondo o períneo.
  • 3. 128 POSIÇÃO DE TRENDELEMBURG – O corpo está deitado com a face voltada para cima, com a cabeça sobre a maca inclinada para baixo cerca de 40°. Planos Anatômicos Planos Seccionais: quatro planos são fundamentais: 1) Plano Mediano: plano vertical que passa longitudinalmente através do corpo, dividindo-o em metades direita e esquerda. Parassagital, usado pelos neuroanatomistas e neurologistas é desnecessário porque qualquer plano paralelo ao plano mediano é sagital por definição. Um plano próximo do mediano é um Plano Paramediano. 2) Planos Sagitais: são planos verticais que passam através do corpo, paralelos ao plano mediano.
  • 4. 128 b) Planos Tangenciais: suponhamos, agora, que o indivíduo, em posição anatômica, esteja dentro de um caixão de vidro. As seis paredes que constituem o caixão representariam os planos tangenciais: Plano Superior: seria a parede que está por cima da cabeça Plano Inferior: é o que se situa por baixo dos pés. Plano Anterior: é o plano que passa pela frente do corpo. Plano Posterior: é o que formaria o fundo do caixão, ou seja atrás das costas. Planos Laterais: são as duas paredes laterais, que limitam os membros (superiores e inferiores), do lado direito e esquerdo. Termos Anatômicos a) Termos de Relação: Anterior / Ventral / Frontal: na direção da frente do corpo. Posterior / Dorsal: na direção das costas (traseiro). 3) Planos Frontais (Coronais): são plano verticais que passam através do corpo em ângulos retos com o plano mediano, dividindo-o em partes anterior (frente) e posterior (de trás). 4) Planos Transversos (Horizontais): são planos que passam através do corpo em ângulos retos com os planos coronais e mediano. Divide o corpo em partes superior e inferior. Exemplo: O osso esterno e as cartilagens costais encontram-se anteriormente em relação ao coração. Já os grandes vasos e a coluna vertebral localizam-se posteriormente em relação ao coração.
  • 5. 128 Superior / Cranial: na direção da parte superior do corpo. Inferior / Caudal: na direção da parte inferior do corpo. Medial: mais próximo do plano sagital mediano (linha sagital mediana. Lateral: mais afastado do plano sagital mediano (linha sagital mediana). Exemplo: Os ligamentos colaterais do joelho. O ligamento colateral fibular está localizado lateralmente enquanto que o ligamento colateral tibial está localizado medialmente, ou seja, mais próximo à linha sagital mediana. Exemplo: Os grandes vasos localizam-se superiormente ao coração enquanto que o diafragma localiza-se inferiormente ao coração. Mediano Exatamente sobre o eixo mediano
  • 6. 128 b) Termos de Comparação: Proximal: próximo da raiz do membro. Na direção do tronco. Distal: afastado da raiz do membro. Longe do tronco ou do ponto de inserção. Exemplo: O braço é considerado proximal quando comparado ao antebraço (distal), pois está mais próximo da raíz de implantação do membro (cintura escapular). Superficial: significa mais perto da superfície do corpo. Profundo: significa mais afastado da superfície do corpo. Exemplo: A pele é uma estrutura superficial comparada às arterias ou os ossos que estão localizados mais profundamente. No sistema venoso é comum utilizarmos esses termos para diferenciar o sistema venoso superficial (mais próximo à superfície) do sistema venoso profundo (passa mais profundamente junto com o sistema arterial) Homolateral / Ipsilateral: do mesmo lado do corpo ou de outra estrutura. Contralateral: do lado oposto do corpo ou de outra estrutura. Intermédio Entre medial e lateral Médio Estrutura ou órgão interposto entre um superior e um inferior ou entre anterior e posterior.
  • 7. 128 Exemplo: Se considerarmos a mão direita como referência, o membro inferior direito é considerado homo/ipsilateral, pois está localizado do mesmo lado. Já o membro inferior esquerdo é considerado contralateral, pois está localizado no lado oposto à mão de referência (mão direita). c) Termos de Movimento: Flexão: curvatura ou diminuição do ângulo entre os ossos ou partes do corpo. Extensão: endireitar ou aumentar o ângulo entre os ossos ou partes do corpo. Adução: movimento na direção do plano mediano em um plano coronal. Abdução: afastar-se do plano mediano no plano coronal. Rotação Medial: traz a face anterior de um membro para mais perto do plano mediano. Rotação Lateral: leva a face anterior para longe do plano mediano. Retrusão: movimento de retração (para trás) como ocorre na retrusão da mandíbula e no ombro. Protrusão: movimento dianteiro (para frente) como ocorre na protrusão da mandíbula e no ombro. Oclusão: movimento em que ocorre o contato da arcada dentário superior com a arcada dentária inferior. Abertura: movimento em que ocorre o afastamento dos dentes no sentido súpero-inferior.
  • 8. 128 Rotação Inferior da Escápula: movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo inferior da escápula move-se medialmente e a cavidade glenóide move-se caudalmente. Rotação Superior da Escápula: movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo inferior da escápula move-se lateralmente e a cavidade glenóide move-se cranialmente. Elevação: elevar ou mover uma parte para cima, como elevar os ombros. Abaixamento: abaixar ou mover uma parte para baixo, como baixar os ombros. Retroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas ântero-superiores é posterior ao plano vertical através da sínfise púbica. Anteroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas ântero-superiores é anterior ao plano vertical através da sínfise púbica. Pronação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio medialmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha posteriormente. e no ombro. Supinação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio lateralmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha anteriormente. e no ombro. Inversão: movimento da sola do pé em direção ao plano mediano. Quando o pé está totalmente invertido, ele também está plantifletido. Eversão: movimento da sola do pé para longe do plano mediano. Quando o pé está totalmente evertido, ele também está dorsifletido. Dorsi-flexão (flexão dorsal): movimento de flexão na articulação do tornozelo, como acontece quando se caminha morro acima ou se levantam os dedos do solo. Planti-flexão (flexão plantar): dobra o pé ou dedos em direção à face plantar, quando se fica em pé na ponta dos dedos. Quadrantes Abdominais
  • 9. 128 Para tornar mais fácil a localização dos órgãos na grande cavidade abdominopélvica, os anatomistas dividiram a cavidade abdominopélvica em nove regiões, sendo definidas da seguinte forma: Outro modo mais simples de dividir a cavidade abdominopélvica é em Quatro Quadrantes. Esse método é freqüentemente utilizado para localizar uma dor ou descrever a localização de um tumor. Os planos sagital, mediano e transversal passam através do umbigo e dividem a região abdominopélvica nos quatro quadrantes seguintes:
  • 10. 128 CONSTITUIÇÃO DO CORPO HUMANO Da menor até a maior dimensão de seus componentes, seis níveis de organização são relevantes para a compreensão da anatomia e fisiologia: os níveis químico, celular, tecidual, orgânico, sistêmico e organísmico.
  • 11. 128 Sistema Esquelético O sistema esquelético é composto de ossos e cartilagens. Conceito de Ossos Ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unindos-se aos outros, por intermédio das junturas ou articulações constituem o esqueleto. É uma forma especializada de tecido conjuntivo cuja a principal característica é a mineralização (cálcio) de sua matriz óssea (fibras colágenas e proteoglicanas). O osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico. Uma forma sólida de tecido conjuntivo, altamente especializado que forma a maior parte do esqueleto e é o principal tecido de apoio do corpo. O tecido ósseo participa de um contínuo processo de remodelamento dinâmico, produzindo osso novo e degradando osso velho. O osso é formado por vários tecidos diferentes: tecido ósseo, cartilaginoso, conjuntivo denso, epitelial, adiposo, nervoso e vários tecidos formadores de sangue. Quanto a irrigação do osso, temos os canais de Volkman (vasos sangüíneos maiores) e os canais de Havers (vasos sangüíneos menores). O tecido ósseo não apresenta vasos linfáticos, apenas o tecido periósteo tem drenagem linfática. No interior da matriz óssea existem espaços chamados lacunas que contêm células ósseas chamadas osteófitos. Cada osteófito possui prolongamentos chamados canalículos, que se estendem a partir das lacunas e se unem aos canalículos das lacunas vizinhas, formando assim, uma rede de canalículos e lacunas em toda a massa de tecido mineralizado.
  • 12. 128 Funções do Sistema Esquelético: Sustentação do organismo (apoio para o corpo) Proteção de estruturas vitais (coração, pulmões, cérebro) Base mecânica para o movimento Armazenamento de sais (cálcio, por exemplo) Hematopoiética (suprimento contínuo de células sangüíneas novas) Número de Ossos do Corpo Humano: É clássico admitir o número de 206 ossos. Divisão do Esqueleto Esqueleto Axial - Composta pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco. Esqueleto Apendicular - Composta pelos membros superiores e inferiores. A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular e pélvica.
  • 13. 128 Classificação dos Ossos: Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em: Ossos Longos Tem o comprimento maior que a largura e são constituídos por um corpo e duas extremidades. Eles são um pouco encurvados, o que lhes garante maior resistência. O osso um pouco encurvado absorve o estresse mecânico do peso do corpo em vários pontos, de tal forma que há melhor distribuição do mesmo. Os ossos longos tem suas diáfises formadas por tecido ósseo compacto e apresentam grande quantidade de tecido ósseo esponjoso em suas epífises. Exemplo: Fêmur.
  • 14. 128 Além desses três grupos básicos bem definidos, há outros intermediários, que podem ser distribuído em 5 grupos: Ossos Curtos São parecidos com um cubo, tendo seus comprimentos praticamente iguais às suas larguras. Eles são compostos por osso esponjoso, exceto na superfície, onde há fina camada de tecido ósseo compacto. Exemplo: Ossos do Carpo. Ossos laminares (Planos) São ossos finos e compostos por duas lâminas paralelas de tecido ósseo compacto, com camada de osso esponjoso entre elas. Os ossos planos garantem considerável proteção e geram grandes áreas para inserção de músculos. Exemplos: Frontal e Parietal. Ossos Alongados São ossos longos, porém achatados e não apresentam canal central. Exemplo: Costelas.
  • 15. 128 Ossos Pneumáticos São osso ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas por mucosa (seios), apresentando pequeno peso em relação ao seu volume. Exemplo: Esfenóide. Ossos Irregulares Apresentam formas complexas e não podem ser agrupados em nenhuma das categorias prévias. Eles tem quantidades variáveis de osso esponjoso e de osso compacto. Exemplo: Vértebras. Ossos Sesamóides Estão presentes no interior de alguns tendões em que há considerável fricção, tensão e estresse físico, como as palmas e plantas. Eles podem variar de tamanho e número, de pessoa para pessoa, não são sempre completamente ossificados, normalmente, medem apenas alguns milímetros de diâmetro. Exceções notáveis são as duas patelas, que são grandes ossos sesamóides, presentes em quase todos os seres humanos. Ossos Suturais São pequenos ossos localizados dentro de articulações, chamadas de suturas, entre alguns ossos do crânio. Seu número varia muito de pessoa para pessoa.
  • 16. 128 Estrutura dos Ossos Longos A disposição dos tecidos ósseos compacto e esponjoso em um osso longo é responsável por sua resistência. Os ossos longos contém locais de crescimento e remodelação, e estruturas associadas às articulações. As partes de um osso longo são as seguintes: Diáfise: é a haste longa do osso. Ele é constituída principalmente de tecido ósseo compacto, proporcionando, considerável resistência ao osso longo. Epífise: as extremidades alargadas de um osso longo. A epífise de um osso o articula, ou une, a um segundo osso, em uma articulação. Cada epífise consiste de uma fina camada de osso compacto que reveste o osso esponjoso e recobertas por cartilagem. Metáfise: parte dilatada da diáfise mais próxima da epífise. Configuração Interna dos Ossos As diferenças entre os dois tipos de osso, compacto e esponjoso ou reticular, dependem da quantidade relativa de substâncias sólidas e da quantidade e tamanho dos espaços que eles contém. Todos os ossos tem uma fina lâmina superficial de osso compacto em torno de uma massa central de osso esponjoso, exceto onde o último é substituído por uma cavidade medular. O osso compacto do corpo, ou diáfise, que envolve a cavidade medular é a substância cortical. A arquitetura do osso esponjoso e compacto varia de acordo com a função. O osso compacto fornece força para sustentar o peso. Nos ossos longos planejados para rigidez e inserção de músculos e ligamentos, a quantidade de osso compacto é máxima, próximo do meio do corpo onde ele está sujeito a curvar-se. Os ossos possuem alguma elasticidade (flexibilidade) e grande rigidez.
  • 17. 128 OSSOS DA CABEÇA O crânio é o esqueleto da cabeça; vários ossos formam suas duas partes: o Neurocrânio e o Esqueleto da Face. O neurocrânio fornece o invólucro para o cérebro e as meninges encefálicas, partes proximais dos nervos cranianos e vasos sangüíneos. O crânio possui um teto semelhante a uma abóbada – a calvária – e um assoalho ou base do crânio que é composta do etmóide e partes do occipital e do temporal. O esqueleto da face consiste em ossos que circundam a boca e o nariz e contribuem para as órbitas. Periósteo e Endósteo: O Periósteo é uma membrana de tecido conjuntivo denso, muito fibroso, que reveste a superfície externa da diáfise, fixando-se firmemente a toda a superfície externa do osso, exceto à cartilagem articular. Protege o osso e serve como ponto de fixação para os músculos e contém os vasos sangüíneos que nutrem o osso subjacente. O Endósteo se encontra no interior da cavidade medular do osso, revestido por tecido conjuntivo.
  • 18. 128 Neurocrânio FRONTAL O osso frontal é um osso largo ou chato, situado para frente e para cima e apresenta duas porções: uma vertical, a escama, e uma horizontal, os tectos das cavidades orbitais e nasais. Escama Face Externa: esta face é convexa Face Interna: esta face é concava Tectos das Cavidades Orbitais e Nasais Formam o teto da órbita, a incisura etmoidal (separa as duas lâminas orbitais) e os óstios do seio frontal (anteriores a incisura etmoidal). Este seio torna o frontal um osso com características de osso pneumático, oco. O frontal articula-se com doze ossos: esfenóide, etmóide, parietais (2), nasais (2), maxilares (2), lacrimais (2) e zigomáticos (2). Frontal - Vista Anterior
  • 19. 128 Frontal - Cavidades Orbitais e Nasais OCCIPITAL É perfurado por uma abertura grande e oval, o forame magno, através do qual a cavidade craniana comunica-se com o canal vertebral. Apresenta duas porções: escamosa e basilar. a) Escamosa - lâmina curvada que se estende posteriormente ao forame occipital. b) Basilar - anterior ao forame occipital e espessa. Escamosa Face Externa: posterior e convexa. Face Interna: localiza-se anteriormente. Basilar: Forame Magno - grande abertura oval que dá passagem à medula oblonga (tronco encefálico - bulbo) e suas membranas (meninges), líquor, nervos, artérias, veias e ligamentos O occipital articula-se com seis ossos: parietais (2), temporais (2), esfenóide e atlas.
  • 20. 128 Occipital - Vista Externa Occipital - Vista Interna
  • 21. 128 ESFENÓIDE É um osso irregular, ímpar e situa-se na base do crânio anteriormente aos temporais e à porção basilar do osso occipital. O osso esfenóide é dividido em: corpo (1), asas menores (2), asas maiores (2) e processos pterigóideos (2). Corpo a) Face Superior: b) Face Anterior: c) Face Inferior: c) Face Lateral: Esfenóide - Vista Posterior
  • 22. 128 Esfenóide - Vista Anterior ETMÓIDE É um osso leve, esponjoso, irregular, ímpar e situa-se na parte anterior do crânio. Apresenta 4 partes: 1 lâmina horizontal (crivosa), 1 lâmina perpendicular e 2 massas laterais (labirintos). O osso etmóide articula-se com treze ossos: frontal (1), esfenoide (1), nasais (2), lacrimais (2), maxilares (2), palatinos (2), conchas nasais inferiores (2) e o vômer (1). Etmóide - Vista Superior
  • 23. 128 Etmóide - Vista Lateral Etmóide (amarelo) associado aos Ossos da Face
  • 24. 128 TEMPORAL É um osso par, muito complexo, é importante porque no seu interior encontra-se o aparelho auditivo Divide-se em 3 partes: Escamosa, Timpânica e Petrosa. O osso temporal articula-se com 5 ossos: occipital, parietal, zigomático, esfenóide e mandíbula. Temporal – Divisões Temporal - Vista Lateral
  • 25. 128 PARIETAL O parietal forma o tecto do crânio. Osso par, chato e apresenta 2 faces, 4 bordas e 4 ângulos. Faces Face Externa é convexa, lisa e lateral Face Interna é côncava e medial apresentando sulcos anteriores que correspondem aos ramos da artéria meningea média Bordas Borda Superior / Sagital / Parietal Borda Anterior / Frontal / Coronal Borda Posterior / Occipital / Lambdóidea Borda Inferior / Escamosa / Temporal Ângulos Ângulo Frontal Ângulo Esfenoidal Ângulo Mastóideo Ângulo Occipital Parietal - Vista Externa
  • 26. 128 Esqueleto da Face MANDÍBULA É um osso ímpar que contém a arcada dentária inferior. Consiste de uma porção horizontal, o corpo, e duas porções perpendiculares, os ramos, que se unem ao corpo em um ângulo quase reto. Mandíbula - Vista Anterior Mandíbula - Vista Lateral VÔMER É um osso ímpar. Forma as porções posteriores e inferiores do septo nasal. O osso vômer articula-se com 6 ossos: esfenóide, etmóide, maxilares (2) e palatinos (2).
  • 27. 128 Vômer - Vista Lateral ZIGOMÁTICO Forma parte da parede lateral e soalho da órbita. É um osso par e irregular. Apresenta as seguintes estruturas: faces malar, orbital, temporal; processos frontal, temporal e maxilar e quatro bordas. Zigomático - Vista Lateral MAXILA É um osso plano e irregular. Forma quatro cavidades: o tecto da cavidade bucal, o soalho e a parede lateral do nariz, o soalho da órbita e o seio maxilar, Cada osso apresenta um corpo e quatro processos. A maxila articula-se com nove ossos: frontal, etmóide, nasal, zigomático, concha nasal inferior, lacrimal, palatino, vômer e maxila do lado oposto.
  • 28. 128 Maxila - Vista Lateral Maxila (Palato Duro) e Palatino (Palato Mole) - Vista Inferior
  • 29. 128 Maxila (amarelo claro) associada aos Ossos da Face PALATINO Forma a parte posterior do palato duro, parte do soalho e parede lateral da cavidade nasal e o soalho da órbita. É formado por uma parte vertical e uma horizontal e apresenta 3 processos: piramidal, orbital e esfenoidal. O osso palatino articula-se com 6 ossos: esfenóide, etmóide, vômer, maxila, concha nasal inferior e com o osso palatino do lado oposto. Palatino (cinza) associado aos Ossos da Face
  • 30. 128 NASAL Forma, com o nasal do lado oposto, o dorso do nariz. O osso nasal articula-se com 4 ossos: frontal, etmóide, maxila e nasal do lado oposto. Nasal (cinza claro) associado aos Ossos da Face LACRIMAL Localiza-se na parte medial da órbita. É o menor e mais frágil osso da face. O osso lacrimal articula- se com 4 ossos: frontal, etmóide, maxila e concha nasal inferior.
  • 31. 128 Lacrimal (vermelho) associado aos Ossos da Face CONCHA NASAL INFERIOR Localiza-se ao longo da parede lateral da cavidade nasal. Apresenta duas faces e duas bordas: Face Medial - convexa Face Lateral - côncava Borda Superior - apresenta três processos: lacrimal, etmoidal e maxilar Borda Inferior - é livre e espessa A concha nasal inferior articula-se com 4 ossos: etmóide, maxila, lacrimal e palatino. Concha Nasal Inferior associada aos Ossos da Face
  • 32. 128 OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR Os ossos dos membros superiores podem ser divididos em quatro segmentos: Cintura Escapular - Clavícula e Escápula Braço - Úmero Antebraço - Rádio e Ulna Mão - Ossos da Mão CLAVÍCULA Clavícula forma a porção ventral da cintura escapular. É um osso longo curvado como um “S” itálico, situado quase que horizontalmente logo acima da primeira costela. Articula-se medialmente com o manúbrio do esterno e lateralmente com o acrômio da escápula. Tem duas extremidades, duas faces e duas bordas. Diáfise Borda Anterior Borda Posterior Face Superior - convexa Face Inferior - plana e apresenta o sulco subclávio Epífises Epífise Medial - esternal e mais volumosa Epífise Lateral - acromial e mais achatada A clavícula articula-se com dois ossos: escápula e esterno.
  • 33. 128 Clavícula - Vista Superior Clavícula - Vista Inferior ESCÁPULA È um osso par, chato bem fino podendo ser translúcido em certos pontos. Forma a parte dorsal da cintura escapular. Tem a forma triangular apresentando duas faces, três bordas e três ângulos, Faces Face Dorsal Espinha da Escápula - Separa as fossas supra e infra-espinhal Acrômio - Localiza-se na extremidade da espinha Fossa Supra-Espinhosa - É côncava e lisa, localizada acima da espinha Fossa Infra-Espinhosa - É côncava e localiza-se abaixo da espinha Face Costal Fossa Subscapular Bordas Borda Superior Incisura Escapular - Incisura semi-circular localizada na porção lateral e é formada pela base do processo coracóide Processo Coracóide - Processo curvo e espesso próximo ao colo da escápula Borda Lateral Borda Medial Ângulos
  • 34. 128 Ângulo Inferior - Espesso e áspero Ângulo Superior - Fino, liso e arredondado Ângulo Lateral - É ampliado em um processo espesso. Entra na articulação do ombro Cavidade Glenóide - É uma escavação da escápula que se articula com o úmero Tubérculo Supra-Glenoidal - Localiza-se acima da cavidade glenóide Tubérculo Infra-Glenoidal - Localiza-se abaixo da cavidade glenóide A escápula articula-se com dois ossos: úmero e clavícula. Escápula - Vista Anterior Escápula - Vista Posterior
  • 35. 128 ÚMERO O maior e mais longo osso do membro superior. Articula-se com a escápula na articulação do ombro e com o rádio e a ulna na articulação do cotovelo. Apresenta duas epífises e uma diafíse. Epífise Proximal Cabeça do Úmero - Articula-se com a cavidade glenóide da escápula Tubérculo Maior - Situa-se lateralmente à cabeça e ao tubérculo menor Tubérculo Menor - Projeta-se medialmente logo abaixo do colo Colo Anatômico - Forma um ângulo obtuso com o corpo Colo Cirúrgico Sulco Intertubercular - Sulco profundo que separa os dois tubérculos Epífise Distal Tróclea - Semelhante a um carretel. Articula-se com a ulna Capítulo - Eminência lisa e arredondata. Articula-se com o rádio Epicôndilo Medial - Localiza-se medialmente à tróclea. Epicôndilo Lateral - Pequena eminência tuberculada. Localizado lateralmente ao capítulo Fossa Coronóide - Pequena depressão que recebe processo coronóide da ulna na flexão do antebraço Fossa Radial - Pequena depressão Fossa do Olécrano - Depressão triangular profunda que recebe o olécrano na extensão do antebraço Sulco do Nervo Ulnar - Depressão localizada inferiormente ao epicôndilo medial Diáfise Tuberosidade Deltoídea - Elevação triangular áspera para inserção do músculo deltóide Sulco do Nervo Radial - Depressão oblíqua ampla e rasa
  • 36. 128 RÁDIO É o osso lateral do antebraço. É o mais curto dos dois ossos do antebraço. Articula-se proximalmente com o úmero e a ulna e distalmente com os ossos do carpo e a ulna. Apresenta duas epífises e uma diáfise. Epífise Proximal Cabeça - É cilíndrica e articula-se com o capítulo do úmero Cavidade Glenóide - Articula-se com o capítulo (úmero) Colo do Rádio - Porção arredondada, lisa e estrangulada localizada abaixo da cabeça Tuberosidade Radial - Eminência localizada medialmente, na qual o tendão do bíceps se insere Epífise Distal Incisura Ulnar - Face articular para a ulna Incisura Cárpica - É côncava, lisa e articula-se com o osso escafóide e semilunar Processo Estilóide - Projeção cônica Diáfise Apresenta três bordas e três faces. Bordas Borda Interóssea Borda Anterior Borda Dorsal Faces Face Anterior
  • 37. 128 Face Dorsal Face Lateral ULNA É o osso medial do antebraço. Articula-se proximalmente com o úmero e o rádio e distalmente apenas com o rádio. É um osso longo que apresenta duas epífises e uma diáfise. Epífise Proximal Olécrano - Eminência grande que forma a ponta do cotovelo Incisura Troclear - Grande depressão formada pelo olécrano e o processo coronóide e serve para articulação com a tróclea do úmero Processo Coronóide - Projeta-se da parte anterior e proximal do corpo da ulna Incisura Radial - Articula-se com a cabeça do rádio Tuberosidade Ulnar Epífise Distal Cabeça da Ulna - Eminência articular arredondada localizada lateralmente Processo Estilóide - Localizado mais medialmente e é mais saliente (não articular) Diáfise Apresenta três bordas e três faces. Bordas Borda Interóssea Borda Anterior Borda Dorsal Faces
  • 38. 128 Face Anterior Face Dorsal Face Medial A ulna articula-se com dois ossos: o úmero e o rádio. MÃO A mão se divide em: carpo, metacarpo e falanges. Ossos do Carpo São oito ossos distribuídos em duas fileiras: proximal e distal. Fileira Proximal: Escáfoide, Semilunar, Piramidal e Pisiforme Fileira Distal: Trapézio, Trapezóide, Capitato e Hamato Ossos do Metacarpo É contituído por 5 ossos metacarpianos que são numerados no sentido látero-medial em I, II, III, IV e V e correspondem aos dedos da mão. Considerados ossos longos, apresentam uma epífise proximal que é a base, uma diáfise (corpo) e uma epífise distal que é a cabeça. Ossos dos Dedos da Mão Apresentam 14 falanges: Do 2º ao 5º dedos: 1ª falange (Proximal) 2ª falange (Média) 3ª falange (Distal) Polegar: 1ª falange (Proximal) 2ª falange (Distal)
  • 39. 128
  • 40. 128 OSSOS DO MEMBRO INFERIOR O membro inferior tem função de sustentação do peso corporal, locomoção, tem a capacidade de mover-se de um lugar para outro e manter o equilíbrio. Os membros inferiores são conectados ao tronco pelo cíngulo do membro inferior (ossos do quadril e sacro). A base do esqueleto do membro inferior é formado pelos dois ossos do quadril, que são unidos pela sínfise púbica e pelo sacro. O cíngulo do membro inferior e o sacro juntos formam a PELVE ÓSSEA. Os ossos dos membros inferiores podem ser divididos em quatro segmentos: Cintura Pélvica - Ilíaco (Osso do Quadril) Coxa - Fêmur e Patela Perna - Tíbia e Fíbula Pé - Ossos do Pé ILÍACO (OSSO DO QUADRIL) O membro inferior é especializado para sustentar o peso do corpo e a locomoção, a capacidade de mover-se de um lugar para outro e manter o equilíbrio, a condição de estar uniformemente balanceado. Os membros inferior são conectados ao tronco pelo cíngulo do membro inferior (ossos do quadril e sacro). O esqueleto do membro inferior é formado pelos dois ossos do quadril, unidos na sínfise púbica e no sacro. O cíngulo do membro inferior e o sacro juntos formam a PELVE ÓSSEA. O Ilíaco é um osso plano, chato, irregular, par e constituído pela fusão de três ossos: Ílio - 2/3 superiores Ísquio - 1/3 inferior e posterior (mais resistente) Púbis - 1/3 inferior e anterior
  • 41. 128 O osso apresenta duas faces, quatro bordas e quatro ângulos. Faces Face Externa Asa Ilíaca - linha glútea posterior, linha glútea anterior e linha glútea inferior Cavidade do Acetábulo - grande cavidade articular constituída pela união dos três ossos do quadril: ílio, ísquio e púbis. O acentábulo apresenta as seguintes estruturas: face semilunar, fossa do acetábulo e incisura do acetábulo Forame Obturatório - grande abertura arredondada localizada entre o ísquio e o púbis Face Interna Fossa Ilíaca - face grande, lisa e côncava Face Auricular Linha Arqueada - divide o ílio em corpo e asa Bordas Borda Superior Crista Ilíaca - dividida em: lábio externo e interno e uma linha intermediária Borda Anterior Espinha Ilíaca Ântero-Superior Espinha Ilíaca Ântero-Inferior Eminência Iliopectínea - ponto de união do ílio com o púbis Borda Posterior Espinha Ilíaca Póstero-Superior Espinha Ilíaca Póstero-Inferior Incisura Isquiática Maior - superior à espinha isquiática Espinha Isquiática - eminência triangular fina e pontiaguda Incisura Isquiática Menor - inferior à espinha isquiática Túber Isquiático - grande saliência dilatada Borda Inferior Ramo do Isquiopúbico - união do ísquio com o púbis Ângulos Ântero-Superior: Espinha ilíaca ântero-superior Póstero-Superior: Espinha ilíaca póstero-superior Póstero Inferior: Túber isquiátco Ântero-Inferior: Púbis O Ilíaco se articula com três ossos: sacro, fêmur e o ilíaco do lado oposto.
  • 42. 128 Fêmur O fêmur é o mais longo e pesado osso do corpo. O fêmur consiste em uma diáfise e duas epífises. Articula-se proximalmente com o osso do quadril e distalmente com a patela e a tíbia. Epífise Proximal Cabeça do Fêmur - é lisa e arredondada Fôvea da Cabeça do Fêmur - localiza-se na cabeça do fêmur Colo Anatômico - liga a cabeça com o corpo Trocanter Maior - eminência grande, irregular e quadrilátera localizada na borda superior do fêmur Trocanter Menor - localiza-se posteriormente na base do colo. É uma eminência cônica que pode variar de tamanho Linha Intetrocantérica - se dirige do trocânter maior para o trocânter menor na face anterior Crista Intetrocantérica - crista proeminente localizada na face posterior, correndo numa curva oblíqua do topo do trocânter maior para o menor Epífise Distal Face Patelar - articula-se com a patela Côndilo Medial - articula-se com a tíbia medialmente Condilo Lateral - articula-se com a tíbia lateralmente Fossa Intercondilar - localiza-se entre os côndilos Epicôndilo Medial - proeminência áspera localizada medialmente ao côndilo medial Epicôndilo Lateral - proeminência áspera localizada lateralmente ao côndilo lateral
  • 43. 128 Corpo Linha Áspera - localiza-se na face posterior do fêmur. Distalmente, a linha áspera se bifurca limitando a superfície poplítea e proximalmente se trifurca em: linha glútea, linha pectínea e linha espiral. O fêmur se articula com três ossos: o ilíaco, a patela e a tíbia. Patela A patela é um osso pequeno e triangular, localizado anteriormente à articulação do joelho. É um osso sesamóide. É dividida em: base (larga e superior) e ápice (pontiaguda e inferior). Articula-se somente com o fêmur.
  • 44. 128 Face Anterior É convexa Face Posterior Apresenta uma área articular lisa e oval Borda Proximal - é espessa e pode ser chamada de BASE Borda Medial - é fina e converge distalmente Borda Lateral - é fina e converge distalmente A patela articula-se com o fêmur. Tíbia Exceto pelo fêmur, a tíbia é o maior osso no corpo que suporta peso. Está localizada no lado ântero- medial da perna. Apresenta duas epífises e uma diáfise. Articula-se proximalmente com o fêmur e a fíbula e distalmente com o tálus e a fíbula. Epífise Proximal Côndilo Lateral - eminência que articula com o côndilo lateral do fêmur Côndilo Medial - eminência que articula com o côndilo medial do fêmur Eminência Intercondilar - localiza-se entre os dois côndilos Tuberosidade da Tíbia - grande elevação oblonga que se insere o ligamento patelar Fóvea Fibular - local da tíbia que articula com a fíbula (lateral à tuberosidade da tíbia) Epífise Distal Maléolo Medial - processo piramidal Fossa para o Tálus - articula-se com o tálus Incisura Fibular - local de articulação com a fíbula Corpo Borda Anterior - crista (mais proeminente) Borda Medial - lisa e arredondada
  • 45. 128 Borda Lateral - crista interóssea (fina e proeminente) Face Posterior - apresenta a linha do músculo sóleo Face Lateral - mais estreita que a medial Face Medial - lisa, convexa e larga A tíbia articula-se com três ossos: fêmur, fíbula e tálus. Fíbula Fina fíbula situa-se póstero-lateralmente à tíbia e serve principalmente para fixação de músculos. Não possui função de sustentação de peso. Articula-se com a tíbia (proximalmente e distalmente) e o tálus distalmente. Epífise Proximal Cabeça da Fíbula - forma irregular Face Articular para a Tíbia - face plana que articula-se com o côndilo lateral da tíbia Epífise Distal Maléolo Lateralexpansão distal da fíbula Face Articular para o Tálus Corpo (Diáfise) Borda Anterior - espessa e áspera Borda Interóssea - crista interóssea Borda Posterior - inicia no ápice e termina na borda posterior do maléolo lateral
  • 46. 128 Face Medial - estreita e plana. Constitui o intervalo entre as bordas anterior e interóssea Face Lateral - é convexa e localiza-se entre as bordas anterior e posterior Face Posterior - entre as bordas posterior e interóssea A fíbula articula-se com dois ossos: tíbia e tálus. O Pé O pé se divide em: tarso, metatarso e falanges. Ossos do Tarso São em número de 7 divididos em duas fileiras: proximal e distal. Fileira Proximal: Calcâneo (túber do calcâneo) e Tálus (tróclea) Fileira Distal: Navicular, Cubóide, Cuneiforme Medial, Cuneiforme Intermédio (Médio) e Cuneiforme Lateral Metatarso É contituído por 5 ossos metatarsianos que são numerados no sentido medial para lateral em I, II, III, IV e V e correspondem aos dedos do pé, sendo o I denominado hálux e o V mínimo. Considerados ossos longos. Apresentam uma epífise proximal que é a base e uma epífise distal que é a cabeça.
  • 47. 128 Dedos do Pé Apresentam 14 falanges: Do 2º ao 5º dedos: 1ª falange (Proximal) 2ª falange (Média) 3ª falange (Distal) Hálux: 1ª falange (Proximal) 2ª falange (Distal) OSSOS DA COLUNA VERTEBRAL A coluna vertebral, também chamada de espinha dorsal, estende-se do crânio até a pelve. Ela é responsável por dois quintos do peso corporal total e é composta por tecido conjuntivo e por uma série de ossos, chamados vértebras, as quais estão sobrepostas em forma de uma coluna, daí o termo coluna vertebral. A coluna vertebral é constituída por 24 vértebras + sacro + cóccix e constitui, junto com a cabeça, esterno e costelas, o esqueleto axial.
  • 48. 128 Coluna Vertebral - Visão Geral Superiormente, se articula com o osso occipital (crânio); inferiormente, articula-se com o osso do quadril (Ilíaco). A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, Lombar e Sacro-Coccígea. São 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4 coccígeas. Regiões e Vértebras da Coluna Vertebral
  • 49. 128 Curvaturas da Coluna Vertebral Numa vista lateral, a coluna apresenta várias curvaturas consideradas fisiológicas. São elas: cervical (convexa ventralmente - LORDOSE), torácica (côncava ventralmente - CIFOSE), lombar (convexa ventralmente - LORDOSE) e pélvica (côncava ventralmente - CIFOSE). Quando uma destas curvaturas está aumentada, chamamos de HIPERCIFOSE (Região dorsal e pélvica) ou HIPERLORDOSE (Região cervical e lombar). Numa vista anterior ou posterior, a coluna vertebral não apresenta nenhuma curvatura. Quando ocorre alguma curvatura neste plano chamamos de ESCOLIOSE. Coluna Vertebral – Curvaturas Funções da Coluna Vertebral Protege a medula espinhal e os nervos espinhais; Suporta o peso do corpo; Fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô para a cabeça; Exerce um papel importante na postura e locomoção; Serve de ponto de fixação para as costelas, a cintura pélvica e os músculos do dorso; Proporciona flexibilidade para o corpo, podendo fletir-se para frente, para trás e para os lados e ainda girar sobre seu eixo maior. Canal Vertebral O canal vertebral segue as diferentes curvas da coluna vertebral. É grande e triangular nas regiões onde a coluna possui maior mobilidade (cervical e lombar) e é pequeno e redondo na região que não possui muita mobilidade (torácica). Na imagem ao lado (vista superior da coluna vertebral), podemos observar o canal vertebral. Ele é formado pela junção das vértebras e serve para dar proteção à medula espinhal. Além do canal vertebral, a medula também é protegida pelas menínges, pelo líquor e pela barreira hemato- encefálica.
  • 50. 128 As vértebras podem ser estudadas sobre três aspectos: características gerais, regionais e individuais. CARACTERÍSTICAS GERAIS São encontradas em quase todas as vértebras (com excessão da 1ª e da 2ª vértebras cervicais) e servem como meio de diferenciação destas com os demais ossos do esqueleto. Todas as vértebras apresentam 7 elementos básicos: 1. Corpo: É a maior parte da vértebra. É único e mediano e está voltado para frente é representado por um segmento cilindro, apresentando uma face superior e outra inferior. FUNÇÃO: Sustentação. 2. Processo Espinhoso: É a parte do arco ósseo que se situa medialmente e posteriormente. FUNÇÃO: Movimentação. 3. Processo Transverso: São 2 prolongamento laterais, direito e esquerdo, que se projetam transversalmente de cada lado do ponto de união do pedículo com a lâmina. FUNÇÃO: Movimentação. 4. Processos Articulares: São em número de quatro, dois superiores e dois inferiores. São saliências que se destinam à articulação das vértebras entre si. FUNÇÃO: Obstrução. 5. Lâminas: São duas lâminas, uma direita e outra esquerda, que ligam o processo espinhoso ao processo transverso. FUNÇÃO: Proteção. 6. Pedículos: São partes mais estreitadas, que ligam o processo transverso ao corpo vertebral. FUNÇÃO: Proteção. 7. Forame Vertebral: Situado posteriormente ao corpo e limitado lateral e posteriormente pelo arco ósseo. FUNÇÃO: Proteção
  • 51. 128 CARACTERÍSTICAS REGIONAIS Permitem a diferenciação das vértebras pertencentes a cada região. Vários são os elementos de diferenciação, mas será suficiente observar os processos transversos: Vértebras Cervicais: Possuem um corpo pequeno exceto a primeira e a segunda vértebra. Em geral apresentam processo espinhal bífido e horizontalizado e seus processo transversos possuem forames transversos (passagem de artérias e veias vertebrais). Vértebra Cervical Vértebra Torácica: O processo espinhoso não é bifurcado e se apresenta descendente e pontiagudo. As vértebras torácicas se articulam com as costelas, sendo que as superfícies articulares dessas vértebras são chamadas fóveas e hemi-fóveas. As fóveas podem estar localizadas no corpo vertebral, pedículo ou nos processos transversos.
  • 52. 128 Vértebra Torácica Vértebra Lombar: Os corpos vertebrais são maiores. O processo espinhal não é bifurcado, além de estar disposto em posição horizontal. Apresenta o forame vertebral em forma triangular e processos mamilares. Apresenta um processo transverso bem desenvolvido chamado apêndice costiforme. Pode ser diferenciado também por não apresentar forame no processo transverso e nem a fóvea costal. Na coluna vertebral encontramos também o sacro (cerca de quatro ou cinco vértebras fundidas - não móveis) e inferiormente ao mesmo, localiza-se o cóccix (fusão de 4 vértebras - não móveis). CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS Atlas ( 1ª vértebra cervical ) A principal diferenciação desta para as outras vértebras é de não possuir corpo.
  • 53. 128 Além disso, esta vértebra apresenta outras estruturas: * Arco Anterior - forma cerca de 1/5 do anel. * Tubérculo Anterior * Fóvea Dental - articula-se com o Dente do áxis (processo odontóide) * Arco Posterior - forma cerca de 2/5 do anel. * Tubérculo Posterior * Massas Laterais - partes mais volumosas e sólidas do atlas e suportam o peso da cabeça. * Face Articular Superior - articula-se com os condilos do occipital. * Face Articular Inferior - articula-se com os processos articulares superiores da 2ª vértebra cervical (Áxis). * Processos Transversos - encontram-se os forames transversos. Áxis ( 2ª vértebra cervical ) Apresenta um processo ósseo forte denominado Dente (Processo Odontóide)que localiza-se superiormente e articula-se com o arco anterior do Atlas.
  • 54. 128 7ª vértebra cervical ( Vértebra Proeminente ) Processo espinhoso longo e proeminente. 12ª Vértebra Torácica Única vértebra torácica com os processos articulares inferiores lateralizados. SACRO O sacro tem a forma de uma pirâmide quadrangular com a base voltada para cima e o ápice para baixo. Articula-se superiormente com a 5ª vértebra lombar e inferiormente com o cóccix. O sacro é a fusão de cinco vértebras e apresenta 4 faces: duas laterais, uma anterior e uma posterior. Faces Laterais O principal acidente das faces laterais são as faces auriculares que servem de ponto de articulação com o osso do quadril ( Ilíaco ).
  • 55. 128 Face Anterior ( Ilíaca ) É concava e apresenta quatro cristas transversais, que correspondem aos discos intervertebrais. Possui quatro forames sacrais anteriores. Face Posterior ( Dorsal ) É convexa e apresenta os seguintes acidentes ósseos: * Crista Sacral Mediana - apresenta três ou quatro processos espinhosos * Crista Sacral Lateral - formada por tubérculos que representam os processos transversos das vértebras sacrais. * Crista Sacral Intermédia - tubérculos produzidos pela fusão dos processos articulares * Forames Sacrais Posteriores - lateralmente à crista intermédia * Hiato Sacral - abertura ampla formada pela separação das lâminas da quinta vértebra sacral com a linha mediana posterior. * Cornos Sacrais - tubérculos que representam processos articulares posterior da quinta vértebra sacral Base * Promontório * Asas Sacrais * Processos Articulares Superiores Direito e Esquerdo - articulam-se com a quinta vértebra lombar. * Canal Sacral - canal vertebral do sacro. Ápice Articula-se com o cóccix. CÓCCIX Fusão de 3 a 5 vértebras, apresenta a base voltada para cima e o ápice para baixo. O cóccix apresenta algumas estruturas: * Cornos Coccígeos * Processos Transversos Rudimentares * Processos Articulares Rudimentares * Corpos
  • 56. 128 Disco Intervertebral Entre os corpos de duas vértebras adjacentes desde a segunda vértebra cervical até o sacro, existem discos intervertebrais. Constituído por um disco fibroso periférico composto por tecido fibrocartilaginoso, chamado ANEL FIBROSO; e uma substância interna, elástica e macia, chamada NÚCLEO PULPOSO. Os discos formam fortes articulações, permitem vários movimentos da coluna vertebral e absorvem os impactos.
  • 57. 128 Sistema Articular Sinartroses As articulações fibrosas incluem todas as articulações onde as superfícies dos ossos estão quase em contato direto, como nas articulações entre os ossos do crânio (exceto a ATM). Há três tipos principais de articulações fibrosas: Suturas Nas suturas as extremidades dos ossos têm interdigitações ou sulcos, que os mantêm íntima e firmemente unidos. Conseqüentemente, as fibras de conexão são muito curtas preenchendo uma pequena fenda entre os ossos. Este tipo de articulação é encontrado somente entre os ossos planos do crânio. Na maturidade, as fibras da sutura começam a ser substituídas completamente, os de ambos os lados da sutura tornam-se firmemente unidos/fundidos. Esta condição é chamada de sinostose. Exemplo de Sutura Craniana Exemplo de Sinostose (Sacro)
  • 58. 128 SUTURAS CRANIANAS Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Sindesmoses Nestas suturas o tecido interposto é também o conjuntivo fibroso, mas não ocorre nos ossos do crânio. Na verdade, a Nomenclatura Anatômica só registra dois exemplos: sindesmose tíbio-fibular e sindesmose radio-ulnar. Gonfoses Também chamada de articulação em cavilha, é uma articulação fibrosa especializada à fixação dos dentes nas cavidades alveolares na mandíbula e maxilas. O colágeno do periodonto une o cemento dentário com o osso alveolar.
  • 59. 128 GONFOSES - DENTES PRIMÁRIOS E PERMANENTES Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Anfiartroses Nas articulações cartilaginosas, os ossos são unidos por cartilagem pelo fato de pequenos movimentos serem possíveis nestas articulações, elas também são chamadas de anfiartroses. Existem dois tipos de articulações cartilagíneas: Sincondroses Os ossos de uma articulação do tipo sincondrose estão unidos por uma cartilagem hialina. Muitas sincondroses são articulações temporárias, com a cartilagem sendo substituída por osso com o passar do tempo (isso ocorre em ossos longos e entre alguns ossos do crânio). As articulações entre as dez primeiras costelas e as cartilagens costais são sincondroses permanentes.
  • 60. 128 Sincondroses Cranianas: Esfeno-etmoidal Esfeno-petrosa Intra-occipital anterior Intra-occipital posterior Sincondroses Pós-cranianas: Epifisiodiafisárias Epifisiocorporal Intra-epifisária Esternais Manúbrio-esternal Xifoesternal Sacrais Sínfises As superfícies articulares dos ossos unidos por sínfises estão cobertas por uma camada de cartilagem fibrosa. Entre os ossos da articulação, há um disco fibrocartilaginoso, sendo essa a característica distintiva da sínfise. Esses discos por serem compressíveis permitem que a sínfise absorva impactos. A articulação entre os ossos púbicos e a articulação entre os corpos vertebrais são exemplos de sínfises. Durante o desenvolvimento as duas metades da mandíbula estão unidas por uma sínfise mediana, mas essa articulação torna-se completamente ossificada na idade adulta.
  • 61. 128 Sínfises: Manúbrio-esternal Intervertebrais Sacrais Púbica Mentoniana Diartroses As articulações sinoviais incluem a maioria das articulações do corpo. As superfícies ósseas são recobertas por cartilagem articular e unidas por ligamentos revestidos por membrana sinovial. A articulação pode ser dividida completamente ou incompletamente por um disco ou menisco articular cuja periferia se continua com a cápsula fibrosa, enquanto que suas faces livres são recobertas por membrana sinovial. Classificação Funcional das Articulações O movimento das articulações depende, essencialmente da forma das superfícies que entram em contato e dos meios de união que podem limita-lo. Na dependência destes fatores as articulações podem realizar movimentos de um, dois ou três eixos. Este é o critério adotado para classifica-las funcionalmente. Articulação Monoaxial - Quando uma articulação realiza movimentos apenas em torno de um eixo (1 grau de liberdade). As articulações que só permitem a flexão e extensão, como a do cotovelo, são monoaxiais. Há duas variedades nas quais o movimento é uniaxial: gínglimo ou articulação em dobradiça e trocóide ou articulação em pivô. - Gínglimo ou Articulação em Dobradiça: as superfícies articulares permitem movimento em um só plano. As articulações são mantidas por fortes ligamentos colaterais. Exemplos: Articulações interfalangeanas e articulação úmero-ulnar. - Trocóide ou Articulação em Pivô: Quando o movimento é exclusivamente de rotação. A articulação é formada por um processo em forma de pivô rodando dentro de um anel ou um anel sobre um pivô. Exemplos: Articulação rádio-ulnar proximal e atlanto-axial. Articulação Biaxial - Quando uma articulação realiza movimentos em torno de dois eixos (2 graus de liberdade). As articulações que realizam extensão, flexão, adução e abdução, como a rádio- cárpica (articulação do punho) são biaxiais. Há duas variedades de articulaçõees biaxiais: articulações condilar e selar.
  • 62. 128 - Articulação Condilar: Nesse tipo de articulação, uma superfície articular ovóide ou condilar é recebida em uma cavidade elíptica de modo a permitir os movimentos de flexão e extensão, adução e abdução e circundução, ou seja, todos os movimentos articulares, menos rotação axial. Exemplo: Articulação do pulso. - Articulação Selar: Nestas articulações as faces ósseas são reciprocamente côncavo-convexas. Permitem os mesmos movimentos das articulações condilares. Exemplo: Carpometacárpicas do polegar. Articulação Triaxial - Quando uma articulação realiza movimentos em torno de três eixos (3 graus de liberdade). As articulações que além de flexão, extensão, abdução e adução, permitem também a rotação, são ditas triaxiais, cujos exemplos típicos são as articulações do ombro e do quadril. Há uma variedade onde o movimento é poliaxial, chamada articulação esferóide ou enartrose. - Articulação Esferóide ou Enartrose: É uma forma de articulação na qual o osso distal é capaz de movimentar-se em torno de vários eixos, que tem um centro comum. Exemplos: Articulações do quadril e ombro. Existe ainda um outro tipo de articulação chamada Articulação Plana, que permite apenas movimentos deslizantes. Exemplos: Articulações dos corpos vertebrais e em algumas articulações do carpo e do tarso. Estruturas das Articulações Móveis Ligamentos Os ligamentos são constituídos por fibras colágenas dispostas paralelamente ou intimamente entrelaçadas umas as outras. São maleáveis e flexíveis para permitir perfeita liberdade de movimento, porém são muito fortes, resistentes e inelásticos (para não ceder facilmente à ação de forças. LIGAMENTOS DO JOELHO Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro.
  • 63. 128 Cápsula Articular É uma membrana conjuntiva que envolve as articulações sinoviais como um manguito. Apresenta-se com duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e a membrana sinovial (interna). A membrana fibrosa (cápsula fibrosa) é mais resistente e pode estar reforçada, em alguns pontos por feixes também fibrosos, que constituem os ligamentos capsulares, destinados a aumentar sua resistência. Em muitas articulações sinoviais existem ligamentos independentes da cápsula articular denominados extra-capsulares ou acessórios e em algumas, como na articulação do joelho, aparecem também ligamentos intra-articulares.Ligamentos e cápsula articular tem por finalidade manter a união entre os ossos, mas além disso, impedem o movimento em planos indesejáveis e limitam a amplitude dos movimentos considerados normais. A membrana sinovial é a mais interna das camadas da cápsula articular e forma um saco fechado denominado cavidade sinovial. É abundantemente vascularizada e inervada sendo encarregada da produção de líquido sinovial. Discute-se que a sinóvia é uma verdadeira secreção ou um ultra- filtrado do sangue, mas é certo que contém ácido hialurônico que lhe confere a viscosidade necessária a sua função lubrificadora. Discos e Meniscos Em várias articulações sinoviais, interpostas as superfícies articulares, encontram-se formações fibrocartilagíneas, os discos e meniscos intra-articulares, de função discutida: serviriam a melhor adaptação das superfícies que se articulam (tornando-as congruentes) ou seriam estruturas destinados a receber violentas pressões, agindo como amortecedores. Meniscos, com sua característica em forma de meia lua, são encontrados na articulação do joelho. Exemplo de disco intra-articular encontramos nas articulações esternoclavicular e ATM.
  • 64. 128 Meniscos do Joelho Disco da ATM Bainha Sinovial dos Tendões Facilitam o deslizamento de tendões que passam através de túneis fibrosos e ósseos (retináculo dos flexores de punho). Bainhas Sinoviais Palma da Mão Bainhas Sinoviais Dorso da Mão Bolsas Sinoviais (Bursas) São fendas no tecido conjuntivo entre os músculos, tendões, ligamentos e ossos. São constituídas por sacos fechados de revestimento sinovial. Facilitam o deslizamento de músculos ou de tendões sobre proeminências ósseas ou ligamentosas.
  • 65. 128 BOLSAS (BURSAS) SINOVIAIS DO OMBRO BOLSAS (BURSAS) SINOVIAIS DO OMBRO Articulações Sinoviais ATM Coluna Vertebral Ombro Cotovelo Punho Quadril Joelho Tornozelo
  • 66. 128 Sistema Circulatório A função básica do sistema cardiovascular é a de levar material nutritivo e oxigênio às células. O sistema circulatório é um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por tubos, que são chamados vasos, e por uma bomba percussora que tem como função impulsionar um líquido circulante de cor vermelha por toda a rede vascular. O sistema cardiovascular consiste no sangue, no coração e nos vasos sangüíneos. Para que o sangue possa atingir as células corporais e trocar materiais com elas, ele deve ser, constantemente, propelido ao longo dos vasos sangüíneos. O coração é a bomba que promove a circulação de sangue por cerca de 100 mil quilômetros de vasos sangüíneos. Circulação Pulmonar e Sistêmica Circulação Pulmonar - leva sangue do ventrículo direito do coração para os pulmões e de volta ao átrio esquerdo do coração. Ela transporta o sangue pobre em oxigênio para os pulmões, onde ele libera o dióxido de carbono (CO2) e recebe oxigênio (O2). O sangue oxigenado, então, retorna ao lado esquerdo do coração para ser bombeado para circulação sistêmica. Circulação Sistêmica - é a maior circulação; ela fornece o suprimento sangüíneo para todo o organismo. A circulação sistêmica carrega oxigênio e outros nutrientes vitais para as células, e capta dióxido de carbono e outros resíduos das células. O Sangue As células de nosso organismo precisam constantemente de nutrientes para manutenção do seu processo vital, os quais são levados até elas pelo sangue. Estes elementos nutritivos são constituídos por proteínas, hidratos de carbono e gordura, desdobrados em suas moléculas elementares (protídeos, lipídeos e glicídios) e ainda sais minerais, água e vitaminas. Ao sangue cabe também a função de transportar oxigênio para as células, e servir de veículo para que elementos indesejáveis como gás carbônico, que deve ser expelido pelos pulmões, e uréia, que deve ser eliminado pelos rins. O sangue é composto por uma parte líquida, o plasma, constituido de substâncias nutritivas e elementos residuais das reações celulares. O plasma também possui uma parte organizada, os elementos figurados, que são os glóbulos sangüíneos e as plaquetas. Os glóbulos dividem-se em vermelhos e bancos. Os glóbulos vermelhos são as hemácias, células sem núcleo contendo hemoglobina, um pigmento vermelho do sangue responsável pelo transporte de oxigênio e de gás carbônico. Os glóbulos brancos são os leucócitos, verdadeiras células nucleadas, incumbidas da defesa do organismo. São eles: neutrófilos, basófilos, eosinófilos, monócitos e linfócitos. Hemácias são de 5 milhões por milímetro cúbico. Leucócitos são de 5 a 9 mil por milímetro cúbico. Plaquetas são fragmentos citoplasmáticos de células da medula óssea, implicadas diretamente no processo de coagulação sangüínea. São em número de 100 a 400 mil por milímetros cúbicos.
  • 67. 128 O sangue está contido num sistema fechado de canais (vasos sangüíneos), impulsionados pelo coração. Sai do coração pelas artérias que vão se ramificando em arteríolas e terminando em capilares que por sua vez se continuam em vênulas e veias, retornando ao coração. Ao nível dos capilares o plasma é acompanhado de alguns linfócitos e raramente hemácias, pode extravasar para o espaço intersticial, constituindo a linfa, que posteriormente é reabsorvida pelos capilares linfáticos passando aos vasos linfáticos e então as veias, sendo reintegrada à circulação. O coração é o ponto central da circulação. Partindo dele temos dois circuitos fechados distintos: Circulação pulmonar ou direita ou pequena circulação: vai do coração aos pulmões e retorna ao coração. Destina-se à troca de gases (gás carbônico por oxigênio). Circulação sistêmica ou esquerda ou grande circulação: vai do coração para todo o organismo e retorna ao coração. Destina-se à nutrição sistêmica de todas as células. O Coração Apesar de toda a sua potência, o coração, em forma de cone, é relativamente pequeno, aproximadamente do tamanho do punho fechado, cerca de 12 cm de comprimento, 9 cm de largura em sua parte mais ampla e 6 cm de espessura. Sua massa é, em média, de 250g, nas mulheres adultas, e 300g, nos homens adultos. O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, no mediastino, a massa de tecido que se estende do esterno à coluna vertebral; e entre os revestimentos (pleuras) dos pulmões. Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam a esquerda da linha média do corpo. A posição do coração, no mediastino, é mais facilmente apreciada pelo exame de suas extremidades, superfícies e limites. A extremidade pontuda do coração é o ápice, dirigida para frente, para baixo e para a esquerda. A porção mais larga do coração, oposta ao ápice, é a base, dirigida para trás, para cima e para a direita. Limites do Coração: A superfície anterior fica logo abaixo do esterno e das costelas. A superfície inferior é a parte do coração que, em sua maior parte repousa sobre o diafragma, correspondendo a região entre o ápice e aborda direita. A borda direita está voltada para o pulmão direito e se estende da superfície inferior à base; a borda esquerda, também chamada borda pulmonar, fica voltada para o pulmão esquerdo, estendendo-se da base ao ápice. Como limite superior encontra-se os grandes vasos do coração e posteriormente a traquéia, o esôfago e a artéria aorta descendente. Camadas do coração Pericárdio: a membrana que reveste e protege o coração. Ele restringe o coração à sua posição no mediastino, embora permita suficiente liberdade de movimentação para contrações vigorosas e rápidas. O pericárdio consiste em duas partes principais: pericárdio fibroso e pericárdio seroso.
  • 68. 128 O pericárdio fibroso superficial é um tecido conjuntivo irregular, denso, resistente e inelástico. Assemelha-se a um saco, que repousa sobre o diafragma e se prende a ele. O pericárdio seroso, mais profundo, é uma membrana mais fina e mais delicada que forma uma dupla camada, circundando o coração. A camada parietal, mais externa, do pericárdio seroso está fundida ao pericárdio fibroso. A camada visceral, mais interna, do pericárdio seroso, também chamada epicárdio, adere fortemente à superfície do coração. Epicárdio: a camada externa do coração é uma delgada lâmina de tecido seroso. O epicárdio é contínuo, a partir da base do coração, com o revestimento interno do pericárdio, denominado camada visceral do pericárdio seroso. Miocárdio: é a camada média e a mais espessa do coração. É composto de músculo estriado cardíaco. É esse tipo de músculo que permite que o coração se contraia e, portanto, impulsione sangue, ou o force para o interior dos vasos sangüíneos. Endocárdio: é a camada mais interna do coração. É uma fina camada de tecido composto por epitélio pavimentoso simples sobre uma camada de tecido conjuntivo. A superfície lisa e brilhante permite que o sangue corra facilmente sobre ela. O endocárdio também reveste as valvas e é contínuo com o revestimento dos vasos sangüíneos que entram e saem do coração. Configuração Interna: O coração possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os átrios (as câmaras superiores) recebem sangue; os ventrículos (câmaras inferiores) bombeiam o sangue para fora do coração. Na face anterior de cada átrio existe uma estrutura enrugada, em forma de saco, chamada aurícula (semelhante a orelha do cão). O átrio direito é separado do esquerdo por uma fina divisória chamada septo interatrial; o ventrículo direito é separado do esquerdo pelo septo interventricular.
  • 69. 128 Sistema Respiratório A função do sistema respiratório é facultar ao organismo uma troca de gases com o ar atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue, necessária para as reações metabólicas, e em contrapartida servindo como via de eliminação de gases residuais, que resultam dessas reações e que são representadas pelo gás carbônico. Este sistema é constituído pelos tratos (vias) respiratórios superior e inferior. O trato respiratório superior é formado por órgãos localizados fora da caixa torácica: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traquéia. O trato respiratório inferior consiste em órgãos localizados na cavidade torácica: parte inferior da traquéia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões. As camadas das pleura e os músculos que formam a cavidade torácica também fazem parte do trato respiratório inferior. O intercâmbio dos gases faz-se ao nível dos pulmões, mas para atingi-los o ar deve percorrer diversas porções de um tubo irregular, que recebe o nome conjunto de vias aeríferas. NARIZ O nariz é uma protuberância situada no centro da face, sendo sua parte exterior denominada nariz externo e a escavação que apresenta interiormente conhecida por cavidade nasal. O nariz externo tem a forma de uma pirâmide triangular de base inferior e cuja a face posterior se ajusta verticalmente no 1/3 médio da face. As faces laterais do nariz apresentam uma saliência semilunar que recebe o nome de asa do nariz. O ar entra no trato respiratório através de duas aberturas chamadas narinas. Em seguida, flui pelas cavidades nasais direita e esquerda, que estão revestidas por mucosa respiratória. O septo nasal separa essas duas cavidades. Os pêlos do interior das narinas filtram grandes partículas de poeira que podem ser inaladas. Além disso, a cavidade nasal contêm células receptoras para o olfato.
  • 70. 128 A cavidade nasal é a escavação que encontramos no interior do nariz, ela é subdividida em dois compartimentos um direito e outro esquerdo. Cada compartimento dispõe de um orifício anterior que é a narina e um posterior denominado coana. As coanas fazem a comunicação da cavidade nasal com a faringe. É na cavidade nasal que o ar torna-se condicionado, ou seja, é filtrado, umidecido e aquecido. Na parede lateral da cavidade nasal encontramos as conchas nasais (cornetos) que são divididas em superior, média e inferior. O esqueleto ósseo do nariz é formado pelo osso frontal, ossos nasais e maxilares.
  • 71. 128 A cavidade nasal contêm várias aberturas de drenagem, pelas quais o muco dos seios paranasais é drenado. Os seios paranasais compreendem os seios maxilares, frontal, etmoidal e o esfenoidal. FARINGE A faringe é um tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no pescoço. Ela se situa logo atrás das cavidades nasais e logo a frente às vértebras cervicais. Sua parede é composta de músculos esqueléticos e revestida de túnica mucosa A faringe funciona como uma passagem de ar e alimento. A faringe é dividida em três regiões anatômicas: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. A porção superior da faringe, denominada parte nasal ou nasofaringe, tem as seguintes comunicações: duas com as coanas, dois óstios faringeos das tubas auditivas e com a orofaringe. A tuba auditiva se comunica com a faringe através do ósteo faríngico da tuba auditiva, que por sua vez conecta a parte nasal da farínge com a cavidade média timpânica do ouvido. A parte intermediária da faringe, a orofaringe, situa-se atrás da cavidade oral e estende-se do palato mole até o nível do hióide. A parte da orofaringe tem comunicação com a boca e serve de passagem tanto para o ar como para o alimento. A laringofaringe estende-se para baixo a partir do osso hióide, e conecta-se com o esôfago (canal do alimento) e posteriormente com a laringe (passagem de ar). Como a parte oral da faringe, a laringofaringe é uma via respiratória e também uma via digestória. LARINGE A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traquéia. Ela se situa na linha mediana do pescoço, diante da quarta, quinta e sexta vértebra cervicais. A laringe tem três funções: Atua como passagem para o ar durante a respiração; Produz som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa de voz); Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas respiratórias (como a traquéia). A laringe desempenha função na produção de som, que resulta na fonação. Na sua superfície interna, encontramos uma fenda ântero-posterior denominada vestíbulo da laringe, que possui duas pregas: prega vestibular (cordas vocais falsas) e prega vocal (cordas vocais verdadeiras). A laringe é uma estrutura triangular constituída principalmente de cartilagens, músculos e ligamentos. A parede da laringe é composta de nove peças de cartilagens. Três são ímpares (cartilagem tireóidea, cricóidea e epiglótica) e três são pares (cartilagem aritenóidea, cuneiforme e corniculada). A cartilagem tireóidea consiste de cartilagem hialina e forma a parede anterior e lateral da laringe, é maior nos homens devido à influência dos hormônios durante a fase da puberdade. As margens posteriores das lâminas apresentam prolongamentos em formas de estiletes grossos e curtos, denominados cornos superiores e inferiores.
  • 72. 128 A cartilagem cricóide localiza-se logo abaixo da cartilagem tireóide e antecede a traquéia. A epiglote se fixa no osso hióide e na cartilagem tireóide. A epiglote é uma espécie de "porta" para o pulmão, onde apenas o ar ou substâncias gasosas entram e saem dele. Já substâncias líquidas e sólidas não entram no pulmão, pois a epiglote fecha-se e este dirige-se ao esôfago. A cartilagem aritenóide articula-se com a cartilagem cricóide, estabelecendo uma articulação do tipo diartrose. As cartilagens aritenóides são as mais importantes, porque influenciam as posições e tensões das pregas vocais (cordas vocais verdadeiras). A cartilagem corniculada situa-se acima da cartilagem aritenóide. A cartilagem cuneiforme é muito pequena e localiza-se anteriormente à cartilagem corniculada correspondente, ligando cada aritenóide à epiglote.
  • 73. 128 TRAQUÉIA A traquéia é um tubo de 10 a 12,5cm de comprimento e 2,5cm de diâmetro. Constitui um tubo que faz continuação à laringe, penetra no tórax e termina se bifurcando nos 2 brônquios principais. Ela se situa medianamente e anterior ao esôfago, e apenas na sua terminação, desvia-se ligeiramente para a direita. O arcabouço da traquéia é constituído aproximadamente por 20 anéis cartilagíneos incompletos para trás, que são denominados cartilagens traqueais. Internamente a traquéia é forrada por mucosa, onde abundam glândulas, e o epitélio é ciliado, facilitando a expulsão de mucosidades e corpos estranhos. Inferiormente a traquéia se bifurca, dando origem aos 2 brônquios principais: direito e esquerdo. A parte inferior da junção dos brônquios principais é ocupada por uma saliência ântero-posterior que recebe o nome de carina da traquéia, e serve para acentuar a separação dos 2 brônquios. BRÔNQUIOS
  • 74. 128 Os brônquios principais fazem a ligação da traquéia com os pulmões, são considerados um direito e outro esquerdo. A traquéia e os brônquios extrapulmonares são constituídos de anéis incompletos de cartilagem hialina, tecido fibroso, fibras musculares, mucosa e glândulas. O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que o esquerdo. Como a traquéia, os brônquios principais contém anéis de cartilagem incompletos. Os brônquios principais entram nos pulmões na região chamada HILO. Ao atingirem os pulmões correspondentes, os brônquios principais subdividem-se nos brônquios lobares. Os brônquios lobares subdividem-se em brônquios segmentares, cada um destes distribuindo-se a um segmento pulmonar. Os brônquios dividem-se respectivamente em tubos cada vez menores denominados bronquíolos. As paredes dos bronquíolos contém músculo liso e não possuem cartilagem. Os bronquíolos continuam a se ramificar, e dão origem a minúsculos túbulos denominados ductos alveolares. Estes ductos terminam em estruturas microscópicas com forma de uva chamados alvéolos. Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias. Um capilar pulmonar envolve cada alvéolo. A função dos alvéolos é trocar oxigênio e dióxido de carbono através da membrana capilar alvéolo-pulmonar. PULMÕES Os pulmões são órgãos essenciais na respiração. São duas vísceras situadas uma de cada lado, no interior do tórax e onde se dá o encontro do ar atmosférico com o sangue circulante, ocorrendo
  • 75. 128 então, as trocas gasosas (HEMATOSE). Eles estendem-se do diafragma até um pouco acima das clavículas e estão justapostos às costelas. O pulmão direito é o mais espesso e mais largo que o esquerdo. Ele tembém é um pouco mais curto pois o diafragma é mais alto no lado direito para acomodar o fígado. O pulmão esquerdo tem uma concavidade que é a incisura cardíaca. Cada pulmão têm uma forma que lembra uma pirâmide com um ápice, uma base, três bordas e três faces. Ápice do Pulmão: Está voltado cranialmente e tem forma levemente arredondada. Apresenta um sulco percorrido pela artéria subclávia, denominado sulco da artéria subclávia. No corpo, o ápice do pulmão atinge o nível da articulação esterno-clavicular Base do Pulmão : A base do pulmão apresenta uma forma côncava, apoiando-se sobre a face superior do diafragma. A concavidade da base do pulmão direito é mais profunda que a do esquerdo (devido à presença do fígado). Margens do Pulmão : Os pulmões apresentam três margens: uma anterior, uma posterior e uma inferior. A borda anterior é delgada e estende-se à face ventral do coração. A borda anterior do pulmão esquerdo apresenta uma incisura produzida pelo coração, a incisura cardíaca. A borda posterior é romba e projeta-se na superfície posterior da cavidade torácica. A borda inferior apresenta duas porções: (1) uma que é delgada e projeta-se no recesso costofrênico e (2) outra que é mais arredondada e projeta-se no mediastino Peso: Os pulmões tem em média o peso de 700 gramas. Altura: Os pulmões tem em média a altura de 25 centímetros. Faces: O pulmão apresenta três faces: a) Face Costal (face lateral): é a face relativamente lisa e convexa, voltada para a superfície interna da cavidade torácica. b) Face Diafragmática (face inferior): é a face côncava que assenta sobre a cúpula diafragmática. c) Face Mediastínica (face medial): é a face que possui uma região côncava onde se acomoda o coração. Dorsalmente encontra-se a região denominada hilo ou raiz do pulmão. pulmonar. Divisão: Os pulmões apresentam características morfológicas diferentes.
  • 76. 128 O pulmão direito apresenta-se constituído por três lobos divididos por duas fissuras. Uma fissura obliqua que separa lobo inferior dos lobos médio e superior e uma fissura horizontal, que separa o lobo superior do lobo médio. O pulmão esquerdo é dividido em um lobo superior e um lobo inferior por uma fissura oblíqua. Anteriormente e inferiormente o lobo superior do pulmão esquerdo apresenta uma estrutura que representa resquícios do desenvolvimento embrionário do lobo médio, a língula do pulmão. Cada lobo pulmonar é subdividido em segmentos pulmonares, que constituem unidades pulmonares completas, consideradas autônomas sob o ponto de vista anatômico. Pulmão Direito * Lobo Superior: apical, anterior e posterior * Lobo Médio: medial e lateral * Lobo Inferior: apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e basal lateral Pulmão Esquerdo * Lobo Superior: Apicoposterior, anterior, lingular superior e lingular inferior * Lobo Inferior: apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e basal lateral Pleuras: É uma membrana serosa de dupla camada que envolve e protege cada pulmão. A camada externa é aderida à parede da cavidade torácica e ao diafragma, e é denominada Pleura Parietal (reflete-se na região do hilo pulmonar para formar a pleura visceral). A camada interna, a Pleura Visceral reveste os próprios pulmões (adere-se intimamente à superfície do pulmão e penetra nas fissuras entre os lobos). Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se um pequeno espaço, a cavidade pleural, que contém pequena quantidade de líquido lubrificante, secretado pelas túnicas. Esse líquido reduz o atrito entre as túnicas, permitindo que elas deslizem facilmente uma sobre a outra, durante a respiração. Hilo do Pulmão:
  • 77. 128 A região do hilo localiza-se na face mediastinal de cada pulmão sendo formado pelas estruturas que chegam e saem dele, onde temos: os brônquios principais, artérias pulmonares, veias pulmonares, artérias e veias bronquiais e vasos linfáticos. Os brônquios ocupam posição caudal e posterior, enquanto que as veias pulmonares são inferiores e anteriores. A artéria pulmonar ocupa uma posição superior e mediana em relação a essas duas estruturas. A raiz do pulmão direito encontra-se dorsalmente disposta à veia cava superior. A raiz do pulmão esquerdo relaciona-se anteriormente com o nervo frênico. Posteriormente relaciona-se com o nervo vago.
  • 78. 128 Sistema digestório BOCA A boca também referida como cavidade oral ou bucal é formada pelas bochechas (formam as paredes laterais da face e são constituídas externamente por pele e internamente por mucosa), pelos palatos duro (parede superior) e mole (parede posterior) e pela língua (importante para o transporte de alimentos, sentido do gosto e fala). O palato mole se estende posteriormente na cavidade bucal como a úvula, que é uma estrutura com forma de letra V e que esta suspensa na região superior e posterior da cavidade bucal. A cavidade da boca é onde o alimento é ingerido e preparado para a digestão no estômago e intestino delgado. O alimento é mastigado pelos dentes, e a saliva, proveniente das glândulas salivares, facilita a formação de um bolo alimentar controlável. A deglutição é iniciada voluntariamente na cavidade da boca. A fase voluntária do processo empurra o bolo da cavidade da boca para a faringe – a parte expandida do trato digestório – onde ocorra a fase automática da deglutição. Os dentes são estruturas cônicas, duras, fixadas nos alvéolos da mandíbula e maxila que são usados na mastigação e na assistência à fala. Crianças têm 20 dentes decíduos (primários ou de leite). Adultos normalmente possuem 32 dentes secundários. Na época em que a criança está com 2 anos de idade, provavelmente já estará com um conjunto completo de 20 dentes de leite. Quando um adulto jovem já está com algo entre 17 e 24 anos de idade, geralmente está presente em sua boca um conjunto completo de 32 dentes permanentes
  • 79. 128 FARINGE A faringe é um tubo que se estende da boca até o esôfago. A faringe apresenta suas paredes muito espessas devido ao volume dos músculos que a revestem externamente, por dentro, o órgão é forrado pela mucosa faríngea, um epitélio liso, que facilita a rápida passagem do alimento. O movimento do alimento, da boca para o estômago, é realizado pelo ato da deglutição. A deglutição é facilitada pela saliva e muco e envolve a boca, a faringe e o esôfago. A faringe pode ainda ser dividida em três partes: nasal (nasofaringe), oral (orofaringe) e laringea (laringofaringe). Parte Nasal - situa-se posteriormente ao nariz e acima do palato mole e se diferencia da outras duas partes por sua cavidade permanecer sempre aberta. Comunica-se anteriormente com as cavidades nasais através das coanas. Na parede posterior encontra-se a tonsila faríngea (adenóide em crianças). Parte Oral - estende-se do palato mole até o osso hióide. Em sua parede lateral encontra-se a tonsila palatina. Parte Laringea - estende-se do osso hióide à cartilagem cricóide. De cada lado do orifício laríngeo encontra-se um recesso denominado seio piriforme. A faringe comunica-se com as vias nasal, respiratória e digestória. O ato da deglutição normalmente direciona o alimento da garganta para o esôfago, um longo tubo que se esvazia no estômago. Durante a deglutição, o alimento normalmente não pode entrar nas vias nasal e respiratória em razão do fechamento temporário das aberturas dessas vias. Assim durante a deglutição, o palato mole move-se em direção a abertura da parte nasal da faringe; a abertura da laringe é fechada quando a traquéia move-se para cima e permite a uma prega de tecido, chamada de epiglote, cubra a entrada da via respiratória.
  • 80. 128 O movimento da laringe também simultaneamente puxa as cordas vocais e aumentando a abertura entre a parte laríngea da faringe e o esôfago. O bolo alimentar passa pela parte laríngea da faringe e entra no esôfago em 1-2 segundos. ESÔFAGO O esôfago é um tubo fibro-músculo-mucoso que se estende entre a faringe e o estômago. Se localiza posteriomente à traquéia começando na altura da 7ª vértebra cervical. Perfura o diafragma pela abertura chamada hiato esofágico e termina na parte superior do estômago. Mede cerca de 25 centímetros de comprimento. A presença de alimento no interior do esôfago estimula a atividade peristáltica, e faz com que o alimento mova-se para o estômago. As contrações são repetidas em ondas que empurram o alimento em direção ao estômago. A passagem do alimento sólido, ou semi-sólido, da boca para o estômago leva 4-8 segundos ; alimentos muito moles e líquidos passam cerca de 1 segundo. Ocasionalmente, o refluxo do conteúdo do estômago para o interior do esôfago causa azia (ou pirose). A sensação de queimação é um resultado da alta acidez do conteúdo estomacal. O refluxo gastresofágico se dá quando o esfíncter esofágico inferior (localizado na parte superior do esôfago) não se fecha adequadamente após o alimento ter entrado no estômago, o conteúdo pode refluir para a parte inferior do esôfago. O esôfago é formado por três porções:
  • 81. 128 Porção Cervical: porção que está em contato íntimo com a traquéia. Porção Torácica: é a porção mais importante, passa por trás do brônquio esquerdo (mediastino superior, entre a traquéia e a coluna vertebral). Porção Abdominal: repousa sobre o diafragma e pressiona o fígado, formando nele a impressão esofâgica. ESTÔMAGO O estômago está situado no abdome, logo abaixo do diafragma, anteriomente ao pâncreas, superiormente ao duodeno e a esquerda do fígado. É parcialmente coberto pelas costelas. O estômago está localizado no quadrante superior esquerdo do abdome (Ver quadrantes abdominais no menu principal), entre o fígado e o baço. O estômago é o segmento mais dilatado do tubo digestório, em virtude dos alimentos permanecerem nele por algum tempo, necessita ser um reservatório entre o esôfago e o intestino delgado. A forma e posição do estômago são muito variadas de pessoa para pessoa; o diafragma o empurra para baixo, a cada inspiração, e o puxa para cima, a cada expiração e por isso não pode ser descrita como típica. O estômago é divido em 4 áreas (regiões) principais: cárdia, fundo, corpo e piloro.
  • 82. 128 O fundo, que apesar do nome, situa-se no alto, acima do ponto onde se faz a junção do esôfago com o estômago. O corpo representa cerca de 2/3 do volume total. Para impedir o refluxo do alimento para o esôfago, existe uma válvula (orifício de entrada do estômago - óstio cárdico ou orifício esofágico inferior), a cárdia, situada logo acima da curvatura menor do estômago. É assim denominada por estar próximo ao coração. Para impedir que o bolo alimentar passe ao intestino delgado prematuramente, o estômago é dotado de uma poderosa válvula muscular, um esfíncter chamado piloro (orifício de saída do estômago - óstio pilórico) Pouco antes da válvula pilórica encontramos uma porção denominada antro-pilórica. O estômago apresenta ainda duas partes: a curvatura maior (margem esquerda do estômago) e a curvatura menor (margem direita do estômago).
  • 83. 128 Funções Digestivas Digestão do alimento Secreção do suco gástrico, que inclui enzimas digestórias e ácido hidroclorídrico como substâncias mais importantes. Secreção de hormônio gástrico e fator intrínseco. Regulação do padrão no qual o alimento é parcialmente digerido e entregue ao intestino delgado. Absorção de pequenas quantidades de água e substâncias dissolvidas. INTESTINO DELGADO A principal parte da digestão ocorre no intestino delgado, que se estende do piloro até a junção iliocólica (ileocecal), que se reúne com o intestino grosso. O intestino delgado é um órgão indispensável. Os principais eventos da digestão e absorção ocorrem no intestino delgado, portanto sua estrutura é especialmente adaptada para essa função. Sua extensão fornece grande área de superfície para a digestão e absorção, sendo ainda muito aumentada pelas pregas circulares, vilosidades e microvilosidades. O intestino delgado retirado numa é de cerca de 7 metros de comprimento, podendo variar entre 5 e 8 metros (o comprimento de intestino delgado e grosso em conjunto após a morte é de 9 metros). O intestino delgado, que consiste em duodeno, jejuno e íleo, estende-se do piloro até a junção ileocecal onde o íleo une-se ao ceco, a primeira parte do intestino grosso. Duodeno: é a primeira porção do intestino delgado. Recebe este nome por ter seu comprimento aproximedamente igual à largura de doze dedos (25 centímetros). É a única porção do intestino delgado que é fixa. Não possui mesentério. Apresenta 4 partes: 1) Parte Superior ou 1ª porção - origina-se no piloro e estende-se até o colo da vesícula biliar. 2) Parte Descendente ou 2ª porção - é desperitonizada. Ducto colédoco - provêm da vesícula biliar e do fígado (bile) Ducto pancreático - provêm do pâncreas (suco ou secreção pancreática)
  • 84. 128 3) Parte Horizontal ou 3ª porção 4) Parte Ascendente ou 4ª porção Jejuno: é a parte do intestino delgado que faz continuação ao duodeno, recebe este nome porque sempre que é aberto se apresenta vazio. É mais largo (aproximadamente 4 centímetros), sua parede é mais espessa, mais vascular e de cor mais forte que o íleo. Íleo: é o último segmento do intestino delgado que faz continuação ao jejuno. Recebe este nome por relação com osso ilíaco. É mais estreito e suas túnicas são mais finas e menos vascularizadas que o jejuno.Distalmente, o íleo desemboca no intestino grosso num orifício que recebe o nome de óstio ileocecal.
  • 85. 128 Juntos, o jejuno e o íleo medem 6 a 7 metros de comprimento. A maior parte do jejuno situa-se no quadrante superior esquerdo, enquanto a maior parte do íleo situa-se no quadrante inferior direito. O jejuno e o íleo, ao contrário do duodeno, são móveis. INTESTINO GROSSO O intestino grosso pode ser comparado com uma ferradura, aberta para baixo, mede cerca de 6,5 centímetros de diâmetro e 1,5 metros de comprimento. Ele se estende do íleo até o ânus e está fixo à parede posterior do abdômen pelo mesecolo. O intestino grosso absorve a água com tanta rapidez que, em cerca de 14 horas, o material alimentar toma a consistência típica do bolo fecal. O intestino grosso apresenta algumas diferenças em relação ao intestino delgado: o calíbre, as tênias, os haustros e os apêndices epiplóicos. O intestino grosso é mais calibroso que o intestino delgado, por isso recebe o nome de intestino grosso. A calibre vai gradativamente afinando conforme vai chegando no canal anal. As tênias do cólon (fitas longitudinais) são três faixas de aproxmadamente 1 centímetro de largura e que percorrem o intestino grosso em toda sua extensão. São mais evidentes no ceco e no cólon ascendente. Os haustros do cólon (saculações) são abaulamentos ampulares separados por sulcos transversais. Os apêndices epiplóicos são pequenos pingentes amarelados constituídos por tecido conjuntivo rico em gordura. Aparecem principalmente no cólon sigmóide. O intestino grosso é dividido em 4 partes principais: ceco (cecum), cólon (ascendente, transverso, descendente e sigmóide), reto e ânus. A primeira é o ceco, segmento de maior calibre, que se comunica com o íleo. Para impedir o refluxo do material proveniente do intestino delgado, existe uma válvula localizada na junção do íleo com o ceco - válvula ileocecal (iliocólica). No fundo do ceco, encontramos o Apêndice
  • 86. 128 Vermiforme A porção seguinte do intestino grosso é o cólon, segmento que se prolonga do ceco até o ânus. Cólon Ascendente - Cólon Transverso - Cólon Descendente - Cólon Sigmóide Colo Ascendente – é a segunda parte do intestino grosso. Passa para cima do lado direito do abdome a partir do ceco para o lobo direito do fígado, onde se curva para a esquerda na flexura direita do colo (flexura hepática). Colo Transverso – é a parte mais larga e mais móvel do intestino grosso. Ele cruza o abdome a partir da flexura direita do colo até a flexura esquerda do colo, onde curva-se inferiormente para tornar-se colo descendente. A flexura esquerda do colo (flexura esplênica), normalmente mais superior, mais aguda e menos móvel do que a flexura direita do colo. Colo Descendente – passa retroperitonealmente a partir da flexura esquerda do colo para a fossa ilíaca esquerda, onde ele é contínuo com o colo sigmóide. Colo Sigmóide – é caracterizado pela sua alça em forma de “S”, de comprimento variável. O colo sigmóide une o colo descendente ao reto. A terminação das tênias do colo, aproximadamente a 15cm do ânus, indica a junção reto-sigmóide.
  • 87. 128 O reto recebe este nome por ser quase retilíneo, este segmento do intestino grosso termina ao perfurar o diafragma da pelve (músculos levantadores do ânus) passando a se chamar de canal anal. O canal anal apesar de bastante curto (3 centímetros de comprimento) é importante por apresentar algumas formações essenciais para o funcionamento intestinal, das quais citamos os esfincteres anais. O esfíncter anal interno é o mais profundo, e resulta de um espessamento de fibras musculares lisas circulares, sendo conseqüentemente involuntário. O esfíncter anal externo é constituído por fibras musculares estriadas que se dispõem circularmente em torno do esfíncter anal interno, sendo este voluntário. Ambos os esfíncteres devem relaxar antes que a defecação possa ocorrer. Funções do Intestino Grosso
  • 88. 128 Absorção de água e de certos eletrólitos; Síntese de determinadas vitaminas pelas bactérias intestinais; Armazenagem temporária dos resíduos (fezes); Eliminação de resíduos do corpo (defecação). Peristaltismo Ondas peristálticas intermitentes e bem espaçadas movem o material fecal do ceco para o interior do colo ascendente, transverso e descendente. Á medida que se move através do colo, a água é continuamente reabsorvida das fezes, pelas paredes do intestino, para o interior dos capilares. As fezes que ficam no intestino grosso por um período maior perdem o excesso de água, desenvolvendo a chamada constipação. Ao contrário, movimentos rápidos do intestino não permitem tempo suficiente para que ocorra a reabsorção de água, causando diarréia PERITÔNIO O peritônio é a mais extensa membrana serosa do corpo. A parte que reveste a parede abdominal é denominada peritônio parietal e a que se reflete sobre as vísceras constitui o peritônio visceral. O espaço entre os folhetos parietal e visceral do peritônio é denominada cavidade peritoneal. Determinadas vísceras abdominais são completamente envolvidas por peritônio e suspensas na parede por uma delgada lâmina fina de tecido conjuntivo revestida pela serosa, contendo os vasos sangüíneos. A estas pregas é dado o nome geral de mesentério. ÓRGÃOS ANEXOS O aparelho digestório considerado como um tubo, recebe o líquido secretado por diversas glândulas, a maioria situadas em suas paredes como as da boca, esôfago, estômago e intestinos. Algumas glândulas constituem formações bem individualizadas, localizando nas proximidades do tubo, como qual se comunicam através de ductos, que servem para o escoamento de seus produtos de elaboração. As glândulas salivares são divididas em 2 grandes grupos: glândulas salivares menores e glândulas salivares maiores. A saliva é um líquido viscoso, claro, sem gosto e sem odor que é produzido por essas glândulas e pelas glândulas mucosas da cavidade da boca.
  • 89. 128 Glândulas salivares menores: constituem pequenos corpúsculos ou nódulos disseminados nas paredes da boca, como as glândulas labiais, palatinas linguais e molares. Glândulas salivares maiores: são representadas por 3 pares que são as parótidas, submandibulares e sublinguais. Glândula Parótida - a maior das três e situa-se na parte lateral da face, abaixo e adiante do pavilhão da orelha. Irrigada por ramos da artéria carótida externa. Inervada pelo nervo auriculotemporal, glossofaríngeo e facial. Glândula Submandibular - é arredondada e situa-se no triângulo submandibular. É irrigada por ramos da artéria facial e lingual. Os nervos secretomotores derivam de fibras parassimpáticas craniais do facial; as fibras simpáticas provêm do gânglio cervical superior. Glândula Sublingual - é a menor das três e localiza-se abaixo da mucosa do assoalho da boca. É irrigada pelas artérias sublinguais e submentonianas. Os nervos derivam de maneira idêntica aos da glândula submandibular. Fígado O fígado é a maior glândula do organismo, e é também a mais volumosa víscera abdominal. Sua localização é na região superior do abdômen, logo abaixo do diafragma, ficando mais a direita, isto é, normalmente 2/3 de seu volume estão a direita da linha mediana e 1/3 à esquerda. Pesa cerca de 1,500g e responde por aproximadamente 1/40 do peso do corpo adulto. O fígado apresenta duas faces: diafragmática e visceral. A face diafragmática (ântero superior) é convexa e lisa relacionando-se com a cúpula diafragmática. A face visceral (postero inferior) é irregularmente côncava pela presença de impressões viscerais. O fígado é dividido em lobos. A face diaframática apresenta um lobo direito e um lobo esquerdo, sendo o direito pelo menos duas vezes maior que o esquedo. A divisão dos lobos é estabelecida pelo
  • 90. 128 ligamento falciforme. Na extremidade desse ligamento encontramos um cordão fibroso resultante da obliteração da veia umbilical, conhecido como ligamento redondo do fígado. A face visceral é subdividida em 4 lobos (direito, esquerdo, quadrado e caudado) pela presença de depressões em sua área central, que no conjunto se compõem formando um "H", com 2 ramos antero-posteriores e um tranversal que os une. Embora o lobo direito seja considerado por muitos anatomistas como incluindo o lobo quadrado (inferior) e o lobo caudado (posterior) com base na morfologia interna, os lobos quadrado e caudado pertencem mais apropriadamente ao lobo esquerdo. Entre o lobo direito e o quadrado encontramos a vesícula biliar e entre o lobo direito e o caudado, há um sulco que aloja a veia cava inferior. Entre os lobos caudado e quadrado, há uma fenda transversal: a porta do fígado (pedículo hepático), por onde passam a artéria hepática, a veia porta, o ducto hepático comum, os nervos e os vasos linfáticos.
  • 91. 128 Aparelho Excretor do Fígado - é formado pelo ducto hepático, vesícula biliar, ducto cístico e ducto colédoco. O fígado é um órgão vital, sendo essencial o funcionamento de pelo menos 1/3 dele - além da bile que é indispensával na digestão das gorduras - ele desempenha o importante papel de armazenador de glicose e, em menor escala, de ferro, cobre e vitaminas. A função digestiva do fígado é produzir a bile, uma secreção verde amarelada, para passar para o duodeno. A bile é produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar, que a libera quando gorduras entram no duodeno. A bile emulsiona a gordura e a distribui para a parte distal do intestino para a digestão e absorção. Outras funções do fígado são: Metabolismo dos carboidratos; Metabolismo dos lipídios; Metabolismo das proteínas; Processamento de fármacos e hormônios; Excreção da bilirrubina; Excreção de sais biliares; Armazenagem; Fagocitose; Ativação da vitamina D. VESÍCULA BILIAR A vesícula Biliar (7 – 10cm de comprimento) situa-se na fossa da vesícula biliar na face visceral do fígado. Esta fossa situa-se na junção do lobo direito e do lobo quadrado do fígado. A relação da vesícula biliar com o duodeno é tão íntima que a parte superior do duodeno normalmente é manchada com bile no cadáver. A vesícula biliar tem capacidade para até 50ml de bile. O Ducto Cístico (4cm de comprimento) liga a vesícula biliar ao Ducto Hepático comum (união do ducto hepático direito e esquerdo) formando o Ducto Colédoco. O comprimento varia de 5 a 15cm. O ducto colédoco desce posterior a parte superior do duodeno e situa-se na face posterior da cabeça do pâncreas. No lado esquerdo da parte descendente do duodeno, o ducto colédoco entra em contato com o ducto pancreático principal.
  • 92. 128 PÂNCREAS O pâncreas produz através de uma secreção exócrina o suco pancreático que entra no duodeno através dos ductos pancreáticos, uma secreção endócrina produz glucagon e insulina que entram no sangue. O pâncreas produz diariamente 1200 – 1500ml de suco pancreático. O pâncreas é achatado no sentido ântero-posterior, ele apresenta uma face anterior e outra posterior, com uma borda superior e inferior e sua localização é posterior ao estômago. O comprimento varia de 12,5 a 15cm e seu peso na mulher é de 14,95g e no homem 16,08g. O pâncreas divide-se em cabeça (aloja-se na curva do duodeno), colo, corpo (dividido em três partes: anterior, posterior e inferior) e cauda.