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COMPARATIVO DE EMISSÕES E ENERGIA ATRAVÉS DA ANÁLISE DO INVENTÁRIO 
PARA PRODUÇÃO DE POLIPROPILENO E AÇO 
Fernando José Novaes* 
1 - Resumo 
Após estudos e pesquisa bibliográfica para avaliação do ciclo de vida do polipropileno em 
plantas do nordeste e sudeste, com base em seu produto e processo, gate-to-gate, isto é, 
desde a aquisição das matérias-primas até a distribuição do produto acabado, avaliando 
assim os potenciais impactos do produto nessa cadeia produtiva, foi realizado esse estudo de 
caso com análise do inventário disponível entre produção de polipropileno e aço. 
Conceitualmente, as ações seguem um foco de responsabilidade para determinada 
empresa e que esses resultados possam suportar outras ações, principalmente no que se 
refere a desenvolvimento sustentável, ao comparar níveis de energia, emissões. Alem disso 
é apresentada a importância da Avaliação do Ciclo de Vida, e seu inventário, como 
ferramenta de avaliação de impacto ambiental de atividades produtivas. 
Esse estudo de caso pretende o efeito de comparação dos inventários de emissões e 
energia disponíveis, com a produção siderúrgica para produção de aço e a produção de 
polipropileno, dando referência para a cadeia produtiva, por exemplo embalagens e peças 
técnicas os efeitos nessa cadeia no que diz respeito a emissões de CO2 e competitividade 
ambiental com seus potenciais efeitos e escolhas. 
Palavras-Chave: Avaliação do Ciclo de vida, Gases Efeito Estufa, Polipropileno, Análise 
Inventário, Aço, Emissões, Energia 
2 - Introdução 
Quando se fala de emissões gasosas e que afetam o chamado "Efeito sobre o 
Aquecimento Global" ou "Efeito Estufa", as emissões de CO2 vem imediatamente à tona, a 
dimensão efetiva da quantidade emissões com a definição de carbono equivalente - CO2 Eq., 
definido como uma medida utilizada para comparar as emissões de vários gases de efeito 
estufa baseado no potencial de aquecimento global de cada um. Assim o dióxido de carbono 
equivalente - CO2 Eq. - é o resultado da multiplicação das toneladas emitidas do Gases de 
Efeito Estufa (GEE) ou GHG (Green House Gases) pelo seu potencial de aquecimento global. 
Assim sendo, o potencial de aquecimento global do gás metano é 25 vezes maior do que o 
potencial do CO2, então dizemos que o CO2 equivalente do metano é igual a 25. Os principais 
gases formadores do efeito estufa podem ser correlacionados através do Potencial de 
Aquecimento Global (Global Warming Potencial - GWP) - Tabela 1. Ele é utilizado para 
uniformizar as quantidades dos 
diversos gases de efeito estufa 
em termos de dióxido de carbono 
equivalente, possibilitando que 
volumes de diferentes gases 
sejam apurados, e que 
caracterizam as categorias 
específicas de impacto. 
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Tabela 1 
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A produção de polipropileno no Brasil, através do seu estudo de avaliação do ciclo de vida 
gate-to-gate, nos mostra que umas as principais emissões estão na origem do transporte 
rodoviário que pode ser reduzido, por exemplo, com o uso de combustível biodiesel na frota 
e desenvolvendo novos modais de carga. 
Este estudo faz um paralelo com a indústria de siderurgia, associadas às emissões de 
gases de efeito estufa do setor, por este representar um dos setores com índices mais 
elevados de emissão de CO2. 
O uso racional e sustentável de recursos naturais é atualmente o maior desafio do setor 
industrial. O crescimento do comércio internacional estende as responsabilidades dos países 
em desenvolvimento aos países desenvolvidos. A produção de metais é um processo 
intensivo na utilização de recursos, contribuindo fortemente para a destruição de florestas 
naturais, emissão de substâncias tóxicas e de gases de efeito estufa. 
A Avaliação do Ciclo de Vida é um processo objetivo para avaliar os aspectos (impactos) 
ambientais associados a um produto, processo ou atividade. É feito através da identificação e 
quantificação do uso de energia, de matéria-prima e de emissões geradas. 
A base para a ACV é o inventário do ciclo de vida, que consiste na contabilização dos 
fluxos mássicos e energéticos ao longo de todo o ciclo de vida. Ela atende aos requisitos 
ambientais e da base quantitativa para cálculos dos valores de impactos ambientais. 
Hoje em dia também da base para acordos comerciais internacionais e de eventuais 
exigências de certificação de rótulos ambientais, além de permitir o desenvolvimento de uma 
estrutura de dados de ACV que reflita as características de um setor produtivo. 
Como foi dito, a técnica procura avaliar aspectos e impactos potenciais associados ao 
• A compilação de um inventário de entradas e saídas pertinentes ao sistema do 
• A avaliação dos potenciais impactos ambientais associados a essas entradas e 
• A interpretação dos resultados das fases de análise de inventário e de avaliações de 
A ACV contribui também, conforme destaca Chehebe (1997), para a identificação de 
prioridades à proteção ambiental, concebendo os aspectos ambientais relacionados aos 
processos produtivos de forma abrangente, identificando oportunidades de melhorias nas 
diversas fases do sistema de produção e desenvolvendo novos processos e atividades, 
visando à redução das necessidades de recursos naturais e emissões de resíduos. 
Na trilha da conscientização sobre a importância da proteção ambiental e dos impactos 
associados a produtos manufaturados, esse comparativo pretende relatar, com base em 
dados disponíveis em literatura, a partir da análise de seu balanço de inventário do ciclo de 
vida na obtenção do produto polipropileno em relação ao mesmo conceito na obtenção de 
aço para processo. 
Pag. 2 de 10 
3 - A Avaliação do Ciclo de Vida do Produto - Sumário 
produto ou processo, mediante: 
produto; 
saídas; 
impacto. 
4 - Objetivos 
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O agravamento dos problemas ambientais provocados pelo aumento da emissão de gases 
de efeito estufa, especialmente o dióxido de carbono (CO2), reflete a crise estrutural do 
modelo desenvolvimentista adotado até agora em todo o mundo. Trata-se de um problema 
crescente que traz conseqüências tanto para o setor econômico quanto para o político, tendo 
em vista que a adoção de mecanismos de redução da emissão de tais gases representa 
elevados custos para o setor industrial. 
A referência para o trabalho vai ser a comparação, sempre que possível, dos valores de 
indicadores ambientais, sendo a quantidade utilizada por tonelada de produto, que são os 
indicadores relativos, e as quantidades totais utilizadas, que são os indicadores absolutos. 
O inventário do ciclo de vida mostra que seus resultados baseiam-se em sua capacidade 
de interligar processos em um sistema de produto através de fluxos simples de materiais e 
de energia. As tabelas e gráficos vão procurar mostrar o comparativo dos balanços de massa 
e energia dos processos - Polipropileno e Aço, e os valores para avaliar a sustentabilidade 
em termos de energia e matéria-prima ou seu consumo. 
E a comparação das respectivas categorias impactos ambientais relacionadas, ou seja, 
Como as referências são mostradas através de pesquisa bibliográfica feita na internet, 
referências bibliográficas e relatórios disponíveis, os resultados das comparações serão 
aproximações. 
No caso do inventario do aço as informações de inventário são complementadas por dados 
extraídos do banco de dados do “International Network for Energy Demand Analysis in the 
Industrial Sector” (INEDIS), do IPCC, do Balanço Energético Nacional e do Inventário de 
Emissões de CO2 do MCT, conforme “Avaliação do Ciclo de Vida e a Competitividade 
Ambiental da Siderurgia no Brasil”, de Cristiane Belize Bonezzi e outros. 
O setor petroquímico transforma derivados do petróleo, principalmente nafta ou gás 
natural, em bens de consumo e industriais utilizados para diversas finalidades, como 
produção de embalagens, peças 
automotivas, garrafas, têxteis, 
utilidades domésticas e 
eletroeletrônicos, entre outras. 
Fig.1 - Ciclo de produção cadeia petroquímica 
Pag. 3 de 10 
5 - Estrutura do estudo e metodologia 
As categorias que vão ser demonstradas nesses indicadores são: 
• Emissões 
• Energia 
efeito estufa – Global Warming Potential , potencial de chuva ácida, etc. 
6 - O setor petroquímico 
Em linhas gerais, são 
divididos em produtores de 
primeira, segunda e terceira 
geração, conforme a fase de 
transformação das matérias-primas 
ou insumos 
petroquímicos - Figura 1. 
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Haverá adiante as comparações com o setor metalúrgico, na referência de gases estufa, e 
Portanto a profundidade do assunto na explicação da cadeia de produção de Polipropileno 
O volume e a estrutura da produção siderúrgica estão relacionados à classificação das 
usinas, que podem ser integradas a coque, a carvão vegetal, à redução direta, semi-integradas 
(aciaria elétrica), ou não-integradas, também conhecidas como guseiras 
Nas usinas integradas a coque, a transformação do carvão em coque e a redução, a partir 
do coque, do minério de ferro e da introdução de combustíveis fundentes, responsáveis pela 
produção de ferro-gusa nos altos-fornos, são as etapas que representam o maior volume de 
emissão de CO2 e gasto de energia. 
As emissões de CO2 das usinas integradas a coque somam aproximadamente 2.000 kg 
por tonelada de aço produzido, enquanto o ciclo de emissão de CO2 das usinas a carvão 
vegetal soma 160 kg. No entanto, os guseiros, que também produzem ferro-gusa a partir de 
carvão vegetal, apresentam emissões expressivamente superiores às das usinas integradas a 
coque devido à inexistência de uma política de reflorestamento, o que, além de contribuir 
para o desmatamento e todas suas externalidades, inviabilizam a fixação de carbono. 
As rotas integradas a carvão mineral e a carvão vegetal são extremamente semelhantes, 
a não ser pela origem do carvão e pelo tratamento que recebe até ser utilizado nos altos-fornos. 
Na rota integrada à carvão mineral, o carvão é transformado em coque na coqueria, 
sendo aquecido a uma temperatura de 1.300 ºC, enquanto o minério de ferro fino é 
convertido em sinter feed (aglomerado de minério de ferro fino) juntamente com as cinzas 
de carvão para sinterizar na siderurgia. Tanto a coqueria, que retira as impurezas do carvão 
mineral bruto, quanto à sinterização são processos bastante poluentes. 
Durante o processo de produção de aço, minério de ferro é reduzido a partir do coque e 
da introdução de combustíveis fundentes produzindo ferro-gusa nos altos-fornos. 
Por seu lado, na rota integrada a carvão vegetal, a produção de ferro-gusa se dá a partir 
da introdução direta do carvão vegetal, sem haver necessidade de transformação em coque. 
Todas as demais etapas de ambos os processos, a carvão mineral e a carvão vegetal, 
coincidem. O minério de ferro mais comumente utilizado é a hematita, constituída 
essencialmente por um óxido de ferro (Fe2O3), contendo ainda pequenas proporções de 
minerais como sílica e óxido de alumínio, calcário, terra e fluorita. 
Os filtros de manga, atualmente exigidos por lei, captam cerca de 90% do CO2 emitido 
nessas etapas, ainda assim, há liberação de escória, que apesar de em pequena quantidade, 
também constitui poluição. 
Segundo dados do Inventário Nacional de Emissão de CO2 – Abordagem “Top-Down” 
(MCT, 2002), 93% do total de carbono introduzido como coque de carvão metalúrgico é 
emitido no processo de produção de aço bruto. O segmento siderúrgico brasileiro emitiu, em 
1994, 8,8 milhões de toneladas de CO2 e consumiu 597,2 PJ em energia, para uma produção 
da ordem de 25,7 milhões de toneladas de aço. 
Pag. 4 de 10 
energia. 
pode ser obtida nos relatórios de ACV disponíveis. 
7 - O Setor Siderúrgico - Ciclo Produtivo da Produção do Aço 
(Cavaliero & Januzzi, 1998). 
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Dessa forma, não só a sustentabilidade climática fica comprometida, em função do 
aumento do nível de emissões de CO2, como também a atividade econômica pode ser 
prejudicada. Contudo, o desempenho econômico pode ser preservado se forem criados 
incentivos que induzam à pesquisa e ao uso de tecnologias mais limpas. 
Toda esse processo é extremamente importante do ponto de vista de impacto ambiental e 
estratégico, considerando-se que uma tonelada de ferro-gusa consome 875 kg de carvão 
vegetal, o que requer 2.600 kg de madeira seca e representa um desflorestamento de 600 
m², o que entre outras aproximações, nos levou a esse comparativo. 
Fig. 2 - Balanço comparativo de emissões - Rotas integradas de ferro gusa via biomassa e carvão vegetal 
8 - Aspectos ambientais em relação as emissões de carbono da produção de aço e 
ferro 
A indústria de Ferro e Aço é conhecida pela sua forte tendência em emitir gases 
responsáveis pelo efeito estufa. Em 2006 somente a produção de aço na China, ultrapassou 
em 400 milhões de tonelada, aproximadamente 1/3 da produção global. As emissões em 
geral, como poeira industrial e SO2 elevou-se em 15% e 10% respectivamente. 
A siderurgia é responsável por 3% das emissões mundiais de gases, 2/3 diretamente e 
De acordo com o IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change), a indústria 
siderúrgica é responsável por cerca de 3 a 4 % do total de emissões de gases que 
contribuem para o aquecimento global. Na média, 1,7 a 2,0 toneladas de dióxido de carbono 
são emitidas para cada tonelada de aço produzido. Isso comparado a produção de 
polipropileno, que emite na média cerca de 0,6 toneladas. 
Pag. 5 de 10 
1/3 indiretamente, através de geração de energia e transportes. 
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Os valores de inventário foram, como dito acima, baseados no inventário de ACV de 
Plantas Petroquímicas para Polipropileno no ano de 2004 e as informações do Inventário 
Nacional de Emissão de CO2, alem de várias informações sobre emissões com referências na 
empresa Arcelor Brasil, International Iron and Steel Institute (IISI), Instituto Brasileiro de 
Siderurgia e demais referências que estão listadas na bibliografia. 
Emissões - kg/t Emissões CO2 Emissões SOx Emissões CO Emissões NOx 
Usina integrada coque 1.955,00 1,41 0,47 0,75 
Usina carvão vegetal 160,00 - - - 
PP - Plantas SE e NE 859,58 0,31 0,42 2,48 
Tabela 2 - Valores de inventário entre produção de Polipropileno e Usinas de produção de aço e ferro-gusa. 
Consumo de energia 
elétrica - Mwh/t 
Plantas SE e NE 2004 188.370,68 0,34 
Siderúrgicas BR 1994 5.008.462,00 0,46 
Pag. 6 de 10 
9 - Análise do inventário entre a produção de PP e Aço 
Índices de produção 
Produção (t) 
Emissões 
CO2 (t) 
Emissões 
SOx (t) 
Consumo de energia 
elétrica - Mwh 
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Emissões 
CO (t) 
Emissões 
NOx (t) 
Consumo 
energia 
elétrica 
(Mwh) 
Consumo 
energia 
elétrica 
(Mwh/t) 
Plantas SEe NE 
2004 
550.086,29 90.062,66 56,54 59,86 427,65 188.370,68 0,340 
Plantas PP BR 
2004 
1.130.186,00 185.039,25 
Siderúrgicas 
BR 1994 
25.700.000,00 8.800.000,00 5.008.462,00 0,468 
Tabela 3 - Valores de inventário entre produção de PP e Usinas de produção de aço e ferro-gusa. 
Valores totais 
Tabela 4 - Valores inventário de consumo de energia elétrica
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9.1 - A comparação dos índices de emissões entre usina integrada de coque, usina carvão 
vegetal e as Plantas de PP SE e NE, nos mostra que a situação, em relação as emissões de 
CO2 tende a agravar, pois são comparados dados com dez anos de diferença, como ilustra a 
figura 3. 
Usina integrada coque Usina carvão vegetal Plantas PP SE e NE 
Fig. 3 - Comparativo emissões Produção de Aço vs Produção Polipropileno SE e NE entre processo 
9.2 - A comparação do total de emissões entre usina integrada de coque, usina carvão 
vegetal e as Plantas de PP SE e NE, reforça o agravamento nas emissões de CO2. Como 
ilustra a figura 4. 
Fig. 4 - Comparativo emissões Produção de Aço vs Produção Polipropileno entre processos totais 
9.3 - Comparativo gráfico da proporção dos principais impactos relativos a aquecimento 
global, ou seja, valores de emissões de CO2 - figura 6, em diversas situações 
(referênciatabela 3) para valores totais de produção, figura 5. 
Pag. 7 de 10 
Comparativo de Emissões CO2 - kg/t 
Produção Aço x Polipropileno - Dados de 1994 e 2004 
CO2 kg/t 
10.000,00 
1.000,00 
100,00 
10,00 
1,00 
Emissões CO2 - kg/t 1.955,00 160,00 859,58 
Comparativo Emissões CO2 - Toneladas 
Produção Polipropileno 2004 x Produção Aço - Brasil 1994 
Tonelas CO2 
9.000.000,00 
8.000.000,00 
7.000.000,00 
6.000.000,00 
5.000.000,00 
4.000.000,00 
3.000.000,00 
2.000.000,00 
1.000.000,00 
0,00 
Plantas PP SE e NE Siderúrgicas BR 1994 
Emissões CO2 - Ton 90.062,66 8.800.000,00 
Fig. 5 - Comparativo entre volume de produção de aço e polipropileno 
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Fig. 6 - Comparativo entre emissões de carbono em produção de aço em processos diversos e polipropileno 
9.4 - Comparativo gráfico da proporção dos principais impactos relativos a aquecimento 
global, ou seja, valores de emissões de CO2, em diversas situações (referênciatabela 2) para 
índices. 
Fig. 7 - Comparativo entre emissões diversas em produção de aço em processos diversos e polipropileno 
Pag. 8 de 10 
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9.5 - Comparativo do consumo de eletricidade para produção de aço e polipropileno em 
Não obstante a indústria siderúrgica brasileira ser de valor estratégico e de interesse 
social, também é inegável a sua contribuição para a emissões de gases de efeito estufa, de 
emissões em geral, resíduos e forte interferência e contribuição para o desmatamento. 
Como foi dito o objetivo do relatório é comparar e realizar a análise do inventário e os 
potenciais impactos em relação as emissões com a produção do polipropileno. Com isso 
demonstrar que é um processo mais limpo, em relação as emissões de CO2 mais 
significativas. 
Infelizmente, embora a indústria siderúrgica brasileira informe que exista um inventario 
de emissões, ele não esta disponível em nenhum site relacionado, sendo os valores mais 
acurados foram obtidos do Ministério da Ciência e Tecnologia, do IPCC e bibliografia 
relacionada a ACV do setor siderúrgico. 
Nessa breve comparação pode-se deduzir que um caminho a ser tomado é o de beneficiar 
fortemente da introdução de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), pela 
Pag. 9 de 10 
valores totais e em índices (tabela 4). 
Fig. 8 - Comparativo entre consumo de energia elétrica entre a produção de aço 
em processos diversos e polipropileno 
10 - Comentários finais 
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possibilidade de atrair investimentos para aplicação em projetos de seqüestro de carbono, 
valorizando o produto no mercado internacional e convergindo para um novo modelo 
econômico que priorize a proteção ambiental, alem disso limitar as emissões, aumentar a 
eficiência energética, proteger e aumentar sumidouros e reservatórios de gases de efeito 
estufa. Também promover a pesquisa e desenvolvimento no uso de formas novas e 
renováveis de energia, com tecnologias de seqüestro de carbono e tecnologias 
ambientalmente seguras, avançadas e inovadoras. 
A produção de polipropileno e o outras olefinas, mesmo não considerando aqui a cadeia 
de reciclagem, que tanto na produção do aço como na produção do plástico são 
extremamente relevantes, também em função da conservação de energia, emissões, 
resíduos e reuso, é uma produção limpa e eficiente, que com o desenvolvimento de uma 
gestão de reciclagem e engenharia reversa, finalizará o ciclo produtivo com eficiência e 
eficácia ambiental. 
Bonezzi, Cristiane Belize; Armando Caldeira-Pires, Antônio C. P. Brasil Jr. - "Avaliação do Ciclo de Vida 
e a Competitividade Ambiental da Siderurgia no Brasil”, 2004. 
Chehebe, José Ribamar Brasil – “Análise do Ciclo de Vida de Produtos: ferramenta gerencial da ISO 
14000.” Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., CNI, 1997. 
Instituto Brasileiro de Siderurgia - “Siderurgia Brasileira: Relatório de Sustentabilidade”, 2007. 
International Iron and Steel Institute - Ian Christmas, IISI Secretary General - “The need for a global 
sector approach to CO2 emissions reduction for the steel industry”, Bali, 2007. 
Ministério da Ciência e Tecnologia - “Primeiro Inventário Brasileiro de Emissões Antrópicas de Gases de 
Efeito Estufa”, 2006. 
New Zeland, Ministry of Economic Development - “Energy Greenhouse Gas Emissions - Report”, 1990– 
2006. 
Novaes, Fernando Jose - Polilab Consultoria - “Relatório Comparativo da Avaliação do Ciclo de Vida do 
Polipropileno Pl´s Suzano Petroquímica - ACV PP, Plantas Mauá, Duque de Caxias e Camaçari”, 2007. 
Rene Berkel, “Life Cycle Assessment for Environmental Improvements of Mineral´s Production”, 2000. 
Ugaya, Cássia Maria Lie; Arnaldo César da Silva Walter – “Life Cycle Assessment: automobile steel case 
study in Brazil” - 2003. 
http://www.arcelor.com.br/relacoes_investidores/relatorios_stakeholders/relatorio_sustentabilidade/20 
05/indicadores_desempenho_ambiental/emissoes_atmosfericas/emissoes_atmosfericas.html 
http://www.globalchange.umich.edu/globalchange1/current/lectures/samson/global_warming_potential 
Pag. 10 de 10 
11 - Bibliografia 
http://www.worldsteel.org/index.php?action=storypages&id=254 
http://www.ibs.org.br/estatisticas_nota.asp 
http://www.ibs.org.br/noticias_exibe.asp?Codigo=3254&Refresh=200769539 
http://ftp.mct.gov.br/clima/comunic_old/td_10_01.htm 
http://www.statistics.gov.uk/cci/nugget.asp?id=901 
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Comparativo de emissões e energia entre polipropileno e aço

  • 1. POLILAB CONSULTORIA COMPARATIVO DE EMISSÕES E ENERGIA ATRAVÉS DA ANÁLISE DO INVENTÁRIO PARA PRODUÇÃO DE POLIPROPILENO E AÇO Fernando José Novaes* 1 - Resumo Após estudos e pesquisa bibliográfica para avaliação do ciclo de vida do polipropileno em plantas do nordeste e sudeste, com base em seu produto e processo, gate-to-gate, isto é, desde a aquisição das matérias-primas até a distribuição do produto acabado, avaliando assim os potenciais impactos do produto nessa cadeia produtiva, foi realizado esse estudo de caso com análise do inventário disponível entre produção de polipropileno e aço. Conceitualmente, as ações seguem um foco de responsabilidade para determinada empresa e que esses resultados possam suportar outras ações, principalmente no que se refere a desenvolvimento sustentável, ao comparar níveis de energia, emissões. Alem disso é apresentada a importância da Avaliação do Ciclo de Vida, e seu inventário, como ferramenta de avaliação de impacto ambiental de atividades produtivas. Esse estudo de caso pretende o efeito de comparação dos inventários de emissões e energia disponíveis, com a produção siderúrgica para produção de aço e a produção de polipropileno, dando referência para a cadeia produtiva, por exemplo embalagens e peças técnicas os efeitos nessa cadeia no que diz respeito a emissões de CO2 e competitividade ambiental com seus potenciais efeitos e escolhas. Palavras-Chave: Avaliação do Ciclo de vida, Gases Efeito Estufa, Polipropileno, Análise Inventário, Aço, Emissões, Energia 2 - Introdução Quando se fala de emissões gasosas e que afetam o chamado "Efeito sobre o Aquecimento Global" ou "Efeito Estufa", as emissões de CO2 vem imediatamente à tona, a dimensão efetiva da quantidade emissões com a definição de carbono equivalente - CO2 Eq., definido como uma medida utilizada para comparar as emissões de vários gases de efeito estufa baseado no potencial de aquecimento global de cada um. Assim o dióxido de carbono equivalente - CO2 Eq. - é o resultado da multiplicação das toneladas emitidas do Gases de Efeito Estufa (GEE) ou GHG (Green House Gases) pelo seu potencial de aquecimento global. Assim sendo, o potencial de aquecimento global do gás metano é 25 vezes maior do que o potencial do CO2, então dizemos que o CO2 equivalente do metano é igual a 25. Os principais gases formadores do efeito estufa podem ser correlacionados através do Potencial de Aquecimento Global (Global Warming Potencial - GWP) - Tabela 1. Ele é utilizado para uniformizar as quantidades dos diversos gases de efeito estufa em termos de dióxido de carbono equivalente, possibilitando que volumes de diferentes gases sejam apurados, e que caracterizam as categorias específicas de impacto. © Esse material é de propriedade da Polilab Consultoria - Reproduzir somente com permissão Tabela 1 * Polilab Consultoria Empresarial - www.polilab.com.br - fernando.novaes@polilab.com.br - 011 99688 8841
  • 2. POLILAB CONSULTORIA A produção de polipropileno no Brasil, através do seu estudo de avaliação do ciclo de vida gate-to-gate, nos mostra que umas as principais emissões estão na origem do transporte rodoviário que pode ser reduzido, por exemplo, com o uso de combustível biodiesel na frota e desenvolvendo novos modais de carga. Este estudo faz um paralelo com a indústria de siderurgia, associadas às emissões de gases de efeito estufa do setor, por este representar um dos setores com índices mais elevados de emissão de CO2. O uso racional e sustentável de recursos naturais é atualmente o maior desafio do setor industrial. O crescimento do comércio internacional estende as responsabilidades dos países em desenvolvimento aos países desenvolvidos. A produção de metais é um processo intensivo na utilização de recursos, contribuindo fortemente para a destruição de florestas naturais, emissão de substâncias tóxicas e de gases de efeito estufa. A Avaliação do Ciclo de Vida é um processo objetivo para avaliar os aspectos (impactos) ambientais associados a um produto, processo ou atividade. É feito através da identificação e quantificação do uso de energia, de matéria-prima e de emissões geradas. A base para a ACV é o inventário do ciclo de vida, que consiste na contabilização dos fluxos mássicos e energéticos ao longo de todo o ciclo de vida. Ela atende aos requisitos ambientais e da base quantitativa para cálculos dos valores de impactos ambientais. Hoje em dia também da base para acordos comerciais internacionais e de eventuais exigências de certificação de rótulos ambientais, além de permitir o desenvolvimento de uma estrutura de dados de ACV que reflita as características de um setor produtivo. Como foi dito, a técnica procura avaliar aspectos e impactos potenciais associados ao • A compilação de um inventário de entradas e saídas pertinentes ao sistema do • A avaliação dos potenciais impactos ambientais associados a essas entradas e • A interpretação dos resultados das fases de análise de inventário e de avaliações de A ACV contribui também, conforme destaca Chehebe (1997), para a identificação de prioridades à proteção ambiental, concebendo os aspectos ambientais relacionados aos processos produtivos de forma abrangente, identificando oportunidades de melhorias nas diversas fases do sistema de produção e desenvolvendo novos processos e atividades, visando à redução das necessidades de recursos naturais e emissões de resíduos. Na trilha da conscientização sobre a importância da proteção ambiental e dos impactos associados a produtos manufaturados, esse comparativo pretende relatar, com base em dados disponíveis em literatura, a partir da análise de seu balanço de inventário do ciclo de vida na obtenção do produto polipropileno em relação ao mesmo conceito na obtenção de aço para processo. Pag. 2 de 10 3 - A Avaliação do Ciclo de Vida do Produto - Sumário produto ou processo, mediante: produto; saídas; impacto. 4 - Objetivos © Esse material é de propriedade da Polilab Consultoria - Reproduzir somente com permissão
  • 3. POLILAB CONSULTORIA O agravamento dos problemas ambientais provocados pelo aumento da emissão de gases de efeito estufa, especialmente o dióxido de carbono (CO2), reflete a crise estrutural do modelo desenvolvimentista adotado até agora em todo o mundo. Trata-se de um problema crescente que traz conseqüências tanto para o setor econômico quanto para o político, tendo em vista que a adoção de mecanismos de redução da emissão de tais gases representa elevados custos para o setor industrial. A referência para o trabalho vai ser a comparação, sempre que possível, dos valores de indicadores ambientais, sendo a quantidade utilizada por tonelada de produto, que são os indicadores relativos, e as quantidades totais utilizadas, que são os indicadores absolutos. O inventário do ciclo de vida mostra que seus resultados baseiam-se em sua capacidade de interligar processos em um sistema de produto através de fluxos simples de materiais e de energia. As tabelas e gráficos vão procurar mostrar o comparativo dos balanços de massa e energia dos processos - Polipropileno e Aço, e os valores para avaliar a sustentabilidade em termos de energia e matéria-prima ou seu consumo. E a comparação das respectivas categorias impactos ambientais relacionadas, ou seja, Como as referências são mostradas através de pesquisa bibliográfica feita na internet, referências bibliográficas e relatórios disponíveis, os resultados das comparações serão aproximações. No caso do inventario do aço as informações de inventário são complementadas por dados extraídos do banco de dados do “International Network for Energy Demand Analysis in the Industrial Sector” (INEDIS), do IPCC, do Balanço Energético Nacional e do Inventário de Emissões de CO2 do MCT, conforme “Avaliação do Ciclo de Vida e a Competitividade Ambiental da Siderurgia no Brasil”, de Cristiane Belize Bonezzi e outros. O setor petroquímico transforma derivados do petróleo, principalmente nafta ou gás natural, em bens de consumo e industriais utilizados para diversas finalidades, como produção de embalagens, peças automotivas, garrafas, têxteis, utilidades domésticas e eletroeletrônicos, entre outras. Fig.1 - Ciclo de produção cadeia petroquímica Pag. 3 de 10 5 - Estrutura do estudo e metodologia As categorias que vão ser demonstradas nesses indicadores são: • Emissões • Energia efeito estufa – Global Warming Potential , potencial de chuva ácida, etc. 6 - O setor petroquímico Em linhas gerais, são divididos em produtores de primeira, segunda e terceira geração, conforme a fase de transformação das matérias-primas ou insumos petroquímicos - Figura 1. © Esse material é de propriedade da Polilab Consultoria - Reproduzir somente com permissão
  • 4. POLILAB CONSULTORIA Haverá adiante as comparações com o setor metalúrgico, na referência de gases estufa, e Portanto a profundidade do assunto na explicação da cadeia de produção de Polipropileno O volume e a estrutura da produção siderúrgica estão relacionados à classificação das usinas, que podem ser integradas a coque, a carvão vegetal, à redução direta, semi-integradas (aciaria elétrica), ou não-integradas, também conhecidas como guseiras Nas usinas integradas a coque, a transformação do carvão em coque e a redução, a partir do coque, do minério de ferro e da introdução de combustíveis fundentes, responsáveis pela produção de ferro-gusa nos altos-fornos, são as etapas que representam o maior volume de emissão de CO2 e gasto de energia. As emissões de CO2 das usinas integradas a coque somam aproximadamente 2.000 kg por tonelada de aço produzido, enquanto o ciclo de emissão de CO2 das usinas a carvão vegetal soma 160 kg. No entanto, os guseiros, que também produzem ferro-gusa a partir de carvão vegetal, apresentam emissões expressivamente superiores às das usinas integradas a coque devido à inexistência de uma política de reflorestamento, o que, além de contribuir para o desmatamento e todas suas externalidades, inviabilizam a fixação de carbono. As rotas integradas a carvão mineral e a carvão vegetal são extremamente semelhantes, a não ser pela origem do carvão e pelo tratamento que recebe até ser utilizado nos altos-fornos. Na rota integrada à carvão mineral, o carvão é transformado em coque na coqueria, sendo aquecido a uma temperatura de 1.300 ºC, enquanto o minério de ferro fino é convertido em sinter feed (aglomerado de minério de ferro fino) juntamente com as cinzas de carvão para sinterizar na siderurgia. Tanto a coqueria, que retira as impurezas do carvão mineral bruto, quanto à sinterização são processos bastante poluentes. Durante o processo de produção de aço, minério de ferro é reduzido a partir do coque e da introdução de combustíveis fundentes produzindo ferro-gusa nos altos-fornos. Por seu lado, na rota integrada a carvão vegetal, a produção de ferro-gusa se dá a partir da introdução direta do carvão vegetal, sem haver necessidade de transformação em coque. Todas as demais etapas de ambos os processos, a carvão mineral e a carvão vegetal, coincidem. O minério de ferro mais comumente utilizado é a hematita, constituída essencialmente por um óxido de ferro (Fe2O3), contendo ainda pequenas proporções de minerais como sílica e óxido de alumínio, calcário, terra e fluorita. Os filtros de manga, atualmente exigidos por lei, captam cerca de 90% do CO2 emitido nessas etapas, ainda assim, há liberação de escória, que apesar de em pequena quantidade, também constitui poluição. Segundo dados do Inventário Nacional de Emissão de CO2 – Abordagem “Top-Down” (MCT, 2002), 93% do total de carbono introduzido como coque de carvão metalúrgico é emitido no processo de produção de aço bruto. O segmento siderúrgico brasileiro emitiu, em 1994, 8,8 milhões de toneladas de CO2 e consumiu 597,2 PJ em energia, para uma produção da ordem de 25,7 milhões de toneladas de aço. Pag. 4 de 10 energia. pode ser obtida nos relatórios de ACV disponíveis. 7 - O Setor Siderúrgico - Ciclo Produtivo da Produção do Aço (Cavaliero & Januzzi, 1998). © Esse material é de propriedade da Polilab Consultoria - Reproduzir somente com permissão
  • 5. POLILAB CONSULTORIA Dessa forma, não só a sustentabilidade climática fica comprometida, em função do aumento do nível de emissões de CO2, como também a atividade econômica pode ser prejudicada. Contudo, o desempenho econômico pode ser preservado se forem criados incentivos que induzam à pesquisa e ao uso de tecnologias mais limpas. Toda esse processo é extremamente importante do ponto de vista de impacto ambiental e estratégico, considerando-se que uma tonelada de ferro-gusa consome 875 kg de carvão vegetal, o que requer 2.600 kg de madeira seca e representa um desflorestamento de 600 m², o que entre outras aproximações, nos levou a esse comparativo. Fig. 2 - Balanço comparativo de emissões - Rotas integradas de ferro gusa via biomassa e carvão vegetal 8 - Aspectos ambientais em relação as emissões de carbono da produção de aço e ferro A indústria de Ferro e Aço é conhecida pela sua forte tendência em emitir gases responsáveis pelo efeito estufa. Em 2006 somente a produção de aço na China, ultrapassou em 400 milhões de tonelada, aproximadamente 1/3 da produção global. As emissões em geral, como poeira industrial e SO2 elevou-se em 15% e 10% respectivamente. A siderurgia é responsável por 3% das emissões mundiais de gases, 2/3 diretamente e De acordo com o IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change), a indústria siderúrgica é responsável por cerca de 3 a 4 % do total de emissões de gases que contribuem para o aquecimento global. Na média, 1,7 a 2,0 toneladas de dióxido de carbono são emitidas para cada tonelada de aço produzido. Isso comparado a produção de polipropileno, que emite na média cerca de 0,6 toneladas. Pag. 5 de 10 1/3 indiretamente, através de geração de energia e transportes. © Esse material é de propriedade da Polilab Consultoria - Reproduzir somente com permissão
  • 6. POLILAB CONSULTORIA Os valores de inventário foram, como dito acima, baseados no inventário de ACV de Plantas Petroquímicas para Polipropileno no ano de 2004 e as informações do Inventário Nacional de Emissão de CO2, alem de várias informações sobre emissões com referências na empresa Arcelor Brasil, International Iron and Steel Institute (IISI), Instituto Brasileiro de Siderurgia e demais referências que estão listadas na bibliografia. Emissões - kg/t Emissões CO2 Emissões SOx Emissões CO Emissões NOx Usina integrada coque 1.955,00 1,41 0,47 0,75 Usina carvão vegetal 160,00 - - - PP - Plantas SE e NE 859,58 0,31 0,42 2,48 Tabela 2 - Valores de inventário entre produção de Polipropileno e Usinas de produção de aço e ferro-gusa. Consumo de energia elétrica - Mwh/t Plantas SE e NE 2004 188.370,68 0,34 Siderúrgicas BR 1994 5.008.462,00 0,46 Pag. 6 de 10 9 - Análise do inventário entre a produção de PP e Aço Índices de produção Produção (t) Emissões CO2 (t) Emissões SOx (t) Consumo de energia elétrica - Mwh © Esse material é de propriedade da Polilab Consultoria - Reproduzir somente com permissão Emissões CO (t) Emissões NOx (t) Consumo energia elétrica (Mwh) Consumo energia elétrica (Mwh/t) Plantas SEe NE 2004 550.086,29 90.062,66 56,54 59,86 427,65 188.370,68 0,340 Plantas PP BR 2004 1.130.186,00 185.039,25 Siderúrgicas BR 1994 25.700.000,00 8.800.000,00 5.008.462,00 0,468 Tabela 3 - Valores de inventário entre produção de PP e Usinas de produção de aço e ferro-gusa. Valores totais Tabela 4 - Valores inventário de consumo de energia elétrica
  • 7. POLILAB CONSULTORIA 9.1 - A comparação dos índices de emissões entre usina integrada de coque, usina carvão vegetal e as Plantas de PP SE e NE, nos mostra que a situação, em relação as emissões de CO2 tende a agravar, pois são comparados dados com dez anos de diferença, como ilustra a figura 3. Usina integrada coque Usina carvão vegetal Plantas PP SE e NE Fig. 3 - Comparativo emissões Produção de Aço vs Produção Polipropileno SE e NE entre processo 9.2 - A comparação do total de emissões entre usina integrada de coque, usina carvão vegetal e as Plantas de PP SE e NE, reforça o agravamento nas emissões de CO2. Como ilustra a figura 4. Fig. 4 - Comparativo emissões Produção de Aço vs Produção Polipropileno entre processos totais 9.3 - Comparativo gráfico da proporção dos principais impactos relativos a aquecimento global, ou seja, valores de emissões de CO2 - figura 6, em diversas situações (referênciatabela 3) para valores totais de produção, figura 5. Pag. 7 de 10 Comparativo de Emissões CO2 - kg/t Produção Aço x Polipropileno - Dados de 1994 e 2004 CO2 kg/t 10.000,00 1.000,00 100,00 10,00 1,00 Emissões CO2 - kg/t 1.955,00 160,00 859,58 Comparativo Emissões CO2 - Toneladas Produção Polipropileno 2004 x Produção Aço - Brasil 1994 Tonelas CO2 9.000.000,00 8.000.000,00 7.000.000,00 6.000.000,00 5.000.000,00 4.000.000,00 3.000.000,00 2.000.000,00 1.000.000,00 0,00 Plantas PP SE e NE Siderúrgicas BR 1994 Emissões CO2 - Ton 90.062,66 8.800.000,00 Fig. 5 - Comparativo entre volume de produção de aço e polipropileno © Esse material é de propriedade da Polilab Consultoria - Reproduzir somente com permissão
  • 8. POLILAB CONSULTORIA Fig. 6 - Comparativo entre emissões de carbono em produção de aço em processos diversos e polipropileno 9.4 - Comparativo gráfico da proporção dos principais impactos relativos a aquecimento global, ou seja, valores de emissões de CO2, em diversas situações (referênciatabela 2) para índices. Fig. 7 - Comparativo entre emissões diversas em produção de aço em processos diversos e polipropileno Pag. 8 de 10 © Esse material é de propriedade da Polilab Consultoria - Reproduzir somente com permissão
  • 9. POLILAB CONSULTORIA 9.5 - Comparativo do consumo de eletricidade para produção de aço e polipropileno em Não obstante a indústria siderúrgica brasileira ser de valor estratégico e de interesse social, também é inegável a sua contribuição para a emissões de gases de efeito estufa, de emissões em geral, resíduos e forte interferência e contribuição para o desmatamento. Como foi dito o objetivo do relatório é comparar e realizar a análise do inventário e os potenciais impactos em relação as emissões com a produção do polipropileno. Com isso demonstrar que é um processo mais limpo, em relação as emissões de CO2 mais significativas. Infelizmente, embora a indústria siderúrgica brasileira informe que exista um inventario de emissões, ele não esta disponível em nenhum site relacionado, sendo os valores mais acurados foram obtidos do Ministério da Ciência e Tecnologia, do IPCC e bibliografia relacionada a ACV do setor siderúrgico. Nessa breve comparação pode-se deduzir que um caminho a ser tomado é o de beneficiar fortemente da introdução de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), pela Pag. 9 de 10 valores totais e em índices (tabela 4). Fig. 8 - Comparativo entre consumo de energia elétrica entre a produção de aço em processos diversos e polipropileno 10 - Comentários finais © Esse material é de propriedade da Polilab Consultoria - Reproduzir somente com permissão
  • 10. POLILAB CONSULTORIA possibilidade de atrair investimentos para aplicação em projetos de seqüestro de carbono, valorizando o produto no mercado internacional e convergindo para um novo modelo econômico que priorize a proteção ambiental, alem disso limitar as emissões, aumentar a eficiência energética, proteger e aumentar sumidouros e reservatórios de gases de efeito estufa. Também promover a pesquisa e desenvolvimento no uso de formas novas e renováveis de energia, com tecnologias de seqüestro de carbono e tecnologias ambientalmente seguras, avançadas e inovadoras. A produção de polipropileno e o outras olefinas, mesmo não considerando aqui a cadeia de reciclagem, que tanto na produção do aço como na produção do plástico são extremamente relevantes, também em função da conservação de energia, emissões, resíduos e reuso, é uma produção limpa e eficiente, que com o desenvolvimento de uma gestão de reciclagem e engenharia reversa, finalizará o ciclo produtivo com eficiência e eficácia ambiental. Bonezzi, Cristiane Belize; Armando Caldeira-Pires, Antônio C. P. Brasil Jr. - "Avaliação do Ciclo de Vida e a Competitividade Ambiental da Siderurgia no Brasil”, 2004. Chehebe, José Ribamar Brasil – “Análise do Ciclo de Vida de Produtos: ferramenta gerencial da ISO 14000.” Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., CNI, 1997. Instituto Brasileiro de Siderurgia - “Siderurgia Brasileira: Relatório de Sustentabilidade”, 2007. International Iron and Steel Institute - Ian Christmas, IISI Secretary General - “The need for a global sector approach to CO2 emissions reduction for the steel industry”, Bali, 2007. Ministério da Ciência e Tecnologia - “Primeiro Inventário Brasileiro de Emissões Antrópicas de Gases de Efeito Estufa”, 2006. New Zeland, Ministry of Economic Development - “Energy Greenhouse Gas Emissions - Report”, 1990– 2006. Novaes, Fernando Jose - Polilab Consultoria - “Relatório Comparativo da Avaliação do Ciclo de Vida do Polipropileno Pl´s Suzano Petroquímica - ACV PP, Plantas Mauá, Duque de Caxias e Camaçari”, 2007. Rene Berkel, “Life Cycle Assessment for Environmental Improvements of Mineral´s Production”, 2000. Ugaya, Cássia Maria Lie; Arnaldo César da Silva Walter – “Life Cycle Assessment: automobile steel case study in Brazil” - 2003. http://www.arcelor.com.br/relacoes_investidores/relatorios_stakeholders/relatorio_sustentabilidade/20 05/indicadores_desempenho_ambiental/emissoes_atmosfericas/emissoes_atmosfericas.html http://www.globalchange.umich.edu/globalchange1/current/lectures/samson/global_warming_potential Pag. 10 de 10 11 - Bibliografia http://www.worldsteel.org/index.php?action=storypages&id=254 http://www.ibs.org.br/estatisticas_nota.asp http://www.ibs.org.br/noticias_exibe.asp?Codigo=3254&Refresh=200769539 http://ftp.mct.gov.br/clima/comunic_old/td_10_01.htm http://www.statistics.gov.uk/cci/nugget.asp?id=901 © Esse material é de propriedade da Polilab Consultoria - Reproduzir somente com permissão