Hábitos de Leitura de Notícias dos Estudantes de JC
A1a Comunicacao Cient+¡Fica
1. “todo espectro de atividades associadas
com a produção, disseminação e uso da
informação, desde a busca de uma idéia
para pesquisa, até a aceitação da
informação sobre os resultados dessa
pesquisa como componente do
conhecimento científico”
Garvey
2. Mudança e crescimento
Meadows, 1999, p.1-38
“A maneira como o cientista transmite informações depende do
veículo empregado, da natureza das informações e do público alvo.
Da mesma forma que, com o passar do tempo, isso sofre
mudanças, também sofrem alterações a formulação e o
acondicionamento das informações”. (p.1)
Ex: “A conferência que se ministra hoje em dia não é idêntica, quanto
à forma, à sua equivalente de 2 anos atrás (...) O meio empregado,
as informações e a platéia interagem para produzir o pacote a que
chamamos ‘conferência’ (p.1)
3.
4.
5. Mudança e crescimento
“As mudanças técnicas muitas vezes têm sido um fator menos importante
nessas transformações do que as necessidades cambiantes da
comunidade científica”. (p.2)
“O meio disponível e a natureza da comunidade científica afetam não só
a forma como a informação é apresentada, mas também a quantidade de
informações em circulação”. (p.2)
“A pesquisa científica pode ser comunicada de várias formas, sendo que
as duas mais importantes são a fala e a escrita”. (p.3)
“A capacidade de multiplicar os exemplares de um livro representou um
passo importante rumo a uma difusão melhor e mais rápida das
pesquisas” (p.3)
6. Meadows: mudança e crescimento
Ainda que os novos meios de comunicação criados pelas
tecnologias de informação sejam responsáveis pelo ritmo
acelerado das mudanças na comunicação científica, “as
características básicas dos pesquisadores e de sua comunidade
mudam lentamente”;
Trabalham, muitas vezes de modo inconsciente, com base nas
práticas instituídas da comunidade científica, determinadas por sua
história e suas normas sociais”.
“os métodos de apresentação e tratamento da informação durante a
transição para outro meio de comunicação são inevitavelmente
influenciados por essa memória coletiva”.
um ambiente criado pelos meios eletrônicos tem, como aspecto
positivo, dentre outros, o fato de proporcionar uma comunicação mais
democrática e estimular a colaboração
MEADOWS, A.J. A Comunicação
Científica, 1999
7. Meadows: mudança e crescimento
Da mesma forma que intermediários humanos – editores,
bibliotecários e outros – filtram e processam a informação no
ambiente tradicional, oferecendo catálogos, índices também
no meio eletrônico estão comprometidos com as mesmas
práticas
Além de oferecerem modos de orientar usuários no processo
de descoberta de informação de alta qualidade na Internet,
rápida e eficientemente, universidades e seus repositórios
institucionais, bibliotecas e outras instituições acadêmicas
passam a ter outra importante missão: divulgar o
conhecimento e propiciar o acesso público à informação;
8. Mudança e crescimento
Este é um “cenário custoso e demorado” (Meadows, 1999)
Dificuldade: ausência de estabilidade neste domínio
(Meadows, 1999)
A rede “é também social e política, pelas pessoas,
mensagens, valores que a frequentam” (Milton Santos);
Mesmo considerando a relativa abertura dos cientistas às
possibilidades criadas pela Internet, continuam valendo,
no campo da Ciência, práticas tradicionais e a
legitimação pelos pares.
9. A Ciência, o Sistema de Comunicação
Científica e a Literatura Científica
A confiabilidade é uma das características mais importantes
da ciência. A ampla exposição dos resultados de pesquisa ao
julgamento da comunidade científica e sua aprovação por ela
propicia confiança nesses resultados.
O trabalho intelectual de pesquisadores depende de um
intrincado sistema de comunicação, que compreende canais
formais e informais, os quais os cientistas utilizam tanto para
comunicar os resultados que obtêm quanto para se
informarem dos resultados alcançados por outros
pesquisadores.
MUELLER, S. (2000, p.21)
10. Estrutura da Literatura Especializada
As classificações da literatura se baseiam no fluxo da informação:
os documentos são classificados de acordo com o lugar e a função
que ocupam no fluxo da informação.
Os canais informais são geralmente aqueles usados na parte inicial
do contínuo do modelo; a informação veiculada é recente e destina-
se a públicos restritos e, portanto, o acesso é limitado. As
informações veiculadas nem sempre serão armazenadas e assim,
será difícil recuperá-las.
Os canais formais permitem o acesso amplo (as informações são
facilmente coletadas e armazenadas e correspondem aos estágios
mais adiantados do modelo.
Os documentos (ou fontes) podem ser classificados como primários,
secundários e terciários.
O fluxo da informação científica é geralmente representado através de
um modelo. MUELLER, S. (2000, p.21)
11.
12. 3. Uma experiência bem sucedida
Chat: mecanismo destinado à comunicação informal, que, diga-se de
passagem, “em geral é efêmera e posta à disposição de um público restrito”
(Meadows)
“simpósio eletrônico” – 1º chat realizado em
• Países: Brasil, Uruguai, México,
março de 2000; 10 pesquisadores
Estados Unidos, Canadá, França,
brasileiros e estrangeiros de diversas e
importantes instituições da área de Inglaterra, Escócia, Israel e Japão
Neurociências – SBNeC;
transcrição dos debates ocorridos na sala
virtual– 9 artigos gerados. Sete publicados No Brasil: USP, UFP, UFRJ, UFSP, UFRGS,
na revista Brazilian Journal of Medical and
UFSC, UFES, UFRN, Faculdade de Filosofia
Biological Research e um publicado na
Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Faculdade de
revista Progress in Neuro-
Medicina de Ribeirão Preto, Faculdade de
Psychopharmacology and Biological
Psychiatry Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo,
Fundação Faculdade de Ciências Médicas de
Porto Alegre
• Origem institucional dos participantes: todos
vinculados a universidades
Profª. Sandra Lúcia Rebel Gomes GCI/UFF
13. 3. Uma experiência bem sucedida
recebido pelos editores da Brazilian Journal of Medical and Biological Research em 16 de
maio e aceito em 21 de junho do mesmo ano
Profª. Sandra Lúcia Rebel Gomes GCI/UFF
14. Respostas da comunidade
• aquele tipo de artigo era uma “forma inovadora de apresentar uma revisão”, porém
não permitia ao participante “maior aprofundamento no assunto, com exemplos de
dados”. No entanto, considerou que, como “grandes experts” estavam envolvidos, era
oferecida “uma representação viva do estado-da-arte de um tópico particular”
• mesmo considerando ter havido “uma longa discussão entre especialistas
diferentes”, concluiu que “o resumo no início não seria suficiente, já que os
leitores esperam encontrar as principais conclusões no final do artigo”. A
publicação do chat foi também reforçada pela possibilidade de alguém poder
“aproveitar imediatamente ou ler quando houvesse oportunidade”.
• Sobre o conteúdo do artigo, houve o reconhecimento de que “foram discutidos vários
dos principais tópicos sobre memória, foram clarificados vários aspectos importantes
deles, e até acabou havendo um certo consenso em torno de muitos deles, o que não
deixa de ser surpreendente e positivo”
Profª. Sandra Lúcia Rebel Gomes GCI/UFF
15. As novas tecnologias de informação e
comunicação
Nestes últimos anos, temos assistido ao
aparecimento de livros em versão digital, de
editores eletrônicos, de livrarias virtuais, de
obras de referência e bases de dados textuais
online, de obras hipertextuais e de dispositivos
de leitura de livros eletrônicos.
José Afonso Furtado - O Papel e o Pixel
16.
17. As novas tecnologias de informação e
comunicação
“As tecnologias eletrônicas penetraram já em todos os
aspectos do processo de publicação: “Os autores
escrevem os seus textos em processadores e enviam-
nos para os editores via online ou em disquete.
Imagens, quadros e gráficos são também quase na sua
totalidade criados em computadores. Mesmo que os
autores não criem originalmente os seus textos sob
formas eletrônicas, a grande maioria dos editores
digitaliza esses conteúdos para a produção”. Em suma,
a maior parte dos aspectos e das atividades envolvidas
na edição moderna são eletrônicos (Borgman, 2000,
p.83).
José Afonso Furtado - O Papel e o Pixel
18. As novas tecnologias de informação e
comunicação
Borgman salienta a importância de se olhar para
além dos meros fatores tecnológicos e refere
que “os debates sobre publicação eletrônica
envolvem a interação de fatores tecnológicos,
psicológicos, sociológicos, econômicos, políticos
e culturais que influenciam o modo como as
pessoas criam, usam, procuram e adquirem
informação” (Borgman, 2000, pp.83-84).
José Afonso Furtado - O Papel e o Pixel
19. O papel das Sociedades Científicas
“prover o especialista com informação detalhada sobre os avanços
nos seus campos;
prover acesso ao conhecimento acumulado no campo”
•para atender a tais requerimentos, as sociedades mantêm
várias atividades de comunicação, como encontros que
permitam a comunicação de artigos especializados
relacionados a campos específicos e artigos que resumem
avanços mais abrangentes.
• as sociedades são ativas na publicação de revisões feitas
com o objetivo, quase sempre deliberado, de permitir que o
especialista mantenha uma larga visão do seu campo e que
estas revisões podem assumir variadas formas de
publicação, dentre as quais destaca os simpósios.
( Lewis,1956)
20. O Periódico Científico
Funções do Periódico Científico Moderno: segundo a
Royal Society, seriam 4 as funções atuais:
Comunicação formal dos resultados da pesquisa original
para a comunidade científica e demais interessados;
Preservação do conhecimento registrado;
Estabelecimento da propriedade intelectual;
Manutenção do padrão da qualidade na ciência;
21. O Periódico Científico
SciELO - Scientific Electronic Library Online (Biblioteca Científica
Eletrônica em Linha) é um modelo para a publicação eletrônica
cooperativa de periódicos científicos na Internet. Especialmente
desenvolvido para responder às necessidades da comunicação
científica nos países em desenvolvimento e particularmente na
América Latina e Caribe, o modelo proporciona uma solução eficiente
para assegurar a visibilidade e o acesso universal a sua literatura
científica.
Permite a publicação eletrônica de edições completas de periódicos
científicos, a organização de bases de dados bibliográficas e de textos
completos, a recuperação de textos por seu conteúdo, a preservação de
arquivos eletrônicos e a produção de indicadores estatísticos de uso e
impacto da literatura científica.
http://www.scielo.org/
22. Serviços de Indexação e Resumo
Bases de Dados, Índices ou Abstracts (Periódicos de
Indexação e Resumo)
Listam os trabalhos produzidos em um determinado assunto ou área
com a finalidade de facilitar a identificação e acesso à informação que
se encontra dispersa em um grande número de publicações.
Apresentam-se sob as formas impressa e eletrônica (on-line e CD-
ROM)
A função principal é a identificação do conteúdo de
publicações. Indexam e resumem partes específicas de livros,
anais de congressos ou periódicos.
Ex: LISA - Library and
Information Science Abstracts
23. LISA - Library and Information Science
Abstracts
http://www.csa.com/factsheets/lisa-set-c.php
24. As novas tecnologias de informação e
comunicação
“As tecnologias eletrônicas penetraram já em todos os
aspectos do processo de publicação: “Os autores
escrevem os seus textos em processadores e enviam-
nos para os editores via online ou em disquete.
Imagens, quadros e gráficos são também quase na sua
totalidade criados em computadores. Mesmo que os
autores não criem originalmente os seus textos sob
formas eletrônicas, a grande maioria dos editores
digitaliza esses conteúdos para a produção”. Em suma,
a maior parte dos aspectos e das atividades envolvidas
na edição moderna são eletrônicos (Borgman, 2000,
p.83).
José Afonso Furtado - O Papel e o Pixel
25. As novas tecnologias de informação e
comunicação
Borgman salienta a importância de se olhar para
além dos meros fatores tecnológicos e refere
que “os debates sobre publicação eletrônica
envolvem a interação de fatores tecnológicos,
psicológicos, sociológicos, econômicos, políticos
e culturais que influenciam o modo como as
pessoas criam, usam, procuram e adquirem
informação” (Borgman, 2000, pp.83-84).
José Afonso Furtado - O Papel e o Pixel
26. “Não-presença”
Desterritorialização
“Seus membros estão reunidos pelos mesmos núcleos
de interesses (...) Ela vive sem lugar de referência estável:
em toda a parte onde se encontram seus membros móveis
... ou em parte alguma...”
Pierre Lévy
27. Meadows: mudança e crescimento
Ainda que os novos meios de comunicação criados pelas
tecnologias de informação sejam responsáveis pelo ritmo
acelerado das mudanças na comunicação científica, “as
características básicas dos pesquisadores e de sua comunidade
mudam lentamente”;
Trabalham, muitas vezes de modo inconsciente, com base nas
práticas instituídas da comunidade científica, determinadas por sua
história e suas normas sociais”.
“os métodos de apresentação e tratamento da informação durante a
transição para outro meio de comunicação são inevitavelmente
influenciados por essa memória coletiva”.
um ambiente criado pelos meios eletrônicos tem, como aspecto
positivo, dentre outros, o fato de proporcionar uma comunicação mais
democrática e estimular a colaboração
28. Meadows: mudança e crescimento
Da mesma forma que intermediários humanos – editores,
bibliotecários e outros – filtram e processam a informação no
ambiente tradicional, oferecendo catálogos, índices também
no meio eletrônico estão comprometidos com as mesmas
práticas
Além de oferecerem modos de orientar usuários no processo
de descoberta de informação de alta qualidade na Internet,
rápida e eficientemente, universidades e seus repositórios
institucionais, bibliotecas e outras instituições acadêmicas
passam a ter outra importante missão: divulgar o
conhecimento e propiciar o acesso público à informação;
29. Mudança e crescimento
Este é um “cenário custoso e demorado” (Meadows, 1999)
Dificuldade: ausência de estabilidade neste domínio
(Meadows, 1999)
A rede “é também social e política, pelas pessoas,
mensagens, valores que a frequentam” (Milton Santos);
Mesmo considerando a relativa abertura dos cientistas às
possibilidades criadas pela Internet, continuam valendo,
no campo da Ciência, práticas tradicionais e a
legitimação pelos pares