O documento discute o climatério e a osteoporose. O climatério é a transição natural entre a fase reprodutiva e não reprodutiva da mulher, enquanto a osteoporose é uma doença caracterizada pela perda de massa óssea. O documento também aborda fatores de risco, sintomas, diagnóstico e tratamentos para essas condições.
2. Organização Mundial da Saúde (OMS) :
Fase biológica da vida e não um processo
patológico, que compreende a transição entre o
período reprodutivo e o não reprodutivo da vida da
mulher.
DATASUS (2007) :
• a população feminina brasileira totaliza mais de
98 milhões de mulheres.
• cerca de 30 milhões têm entre 35 e 65 anos,
(32% das mulheres no Brasil estão na faixa etária
em que ocorre o climatério).
3. Período de transição
Característica:
• Alterações hormonais e
emocionais
Cessação dos ciclos
menstruais
Perda da função
reprodutiva
Não ocorre
menstruação por 12
meses
7. Carregada de muitos preconceitos e tabus.
Fatores Psicológicos
Mitos da assexualidade no período
Identificação da função reprodutora com a função
sexual
Idéia de que a atração erótica se faz às custas
somente da beleza física associada à jovialidade
Sexualidade feminina relacionada diretamente aos
hormônios ovarianos, vinculando a diminuição da
função do ovário com a diminuição da função sexual
8. Fatores Fisiológicos
Lubrificação vaginal menos intensa e mais
demorada,um maior estímulo sexual.
Adelgaçamento dos tecidos vaginais, que pode levar
à dor nas relações sexuais (dispareunia).
Recursos para melhora do quadro
Uso de medicações locais
Exercícios de kegel
9.
10. História da mulher ( avaliação dos antecedentes pessoais,
familiares, menstruais, sexuais e obstétricos),
Orientação sexual,
Queixas clínicas (fogachos, insônia, irritabilidade,
artralgia, mialgia, palpitações, diminuição da memória e
do interesse pelas atividades de rotina, da libido,
dispareunia, astenia e sintomas gênito-urinários
relacionados com a hipotrofia das mucosas),
Idade da menarca e a data da última
menstruação/menopausa,
11.
12.
13.
14. EXAME AGRAVOS ASSOCIADOS
Hemograma
Anemia, irregularidades menstruais,
processos
infecciosos, alterações imunológicas
TSH
Distireoidismo
Glicemia
Intolerância à glicose, diabetes
Teste de tolerância à glicose (TTG)
Colesterol total e HDL Dislipidemias
Triglicérides
TGO, TGP Alterações na função hepática
Sumário de urina (e urocultura)
Infecção do trato urinário,
comprometimento da função renal
Pesquisa de sangue oculto nas fezes
(PSO)
Doenças do aparelho digestivo
15.
16. Os epitélios vaginal e uretral possuem receptores
de estrogênio, de maneira que ambos são
comprometidos com a queda dos níveis estrogênicos
e respondem à terapia hormonal (TH), por via local
ou sistêmica.
Estrogenioterapia
• Beneficio
Alívio dos sintomas vasomotores e
geniturinários.
17. Testosterona
• Recomendado para mulheres que apresentam
diminuição do desejo sexual, alguns trabalhos sugerem
que este hormônio pode aumentar a motivação sexual
e/ou melhorar a resposta sexual.
Vias de administração:
Oral, transdérmica, vaginal, intramuscular, implantes
subcutâneos, etc.
18. Indicações atuais da TH:
Correção da disfunção
menstrual na perimenopausa
Melhoria dos sintomas
climatéricos
Prevenção e melhoria da
osteoporose
Prevenção e tratamento da
atrofia urogenital, implantes
subcutâneos, etc.
Contra-Indicações Absolutas à
Terapia Hormonal:
Câncer de Mama;
Câncer de Endométrio;
Doença Hepática Grave;
Sangramento Genital Não
Esclarecido;
Entre as contra-indicações
relativas estão a hipertensão
arterial e o Diabetes mellitus não-
controlados, a endometriose e
miomatose uterina.
19. Lubrificação
O período de estimulação sexual necessita ser
mais prolongado
Utilizado um lubrificante antes da penetração
Carícias
• Delicadeza devido o adelgaçamento leva à maior
sensibilidade da mucosa e do clitóris
Descobrir outras zonas de prazer
20. Alimentação e nutrição no climatério
10 passos para uma alimentação saudável
1. Faça pelo menos três refeições (café da manhã, almoço
e jantar) e dois lanches saudáveis por dia. Não pule as
refeições.
2. Inclua diariamente seis porções do grupo dos cereais
(arroz, milho, trigo, pães e massas), tubérculos como as
batatas e raízes como a mandioca/macaxeira/aipim nas
refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos
alimentos na sua forma mais natural.
21. 3. Coma diariamente pelo menos três porções de legumes
e verduras como parte das refeições e 3 porções ou mais
de frutas no café da manhã, nas sobremesas e lanches.
4. Coma feijão com arroz todos os dias todos os dias ou,
pelo menos, cinco vezes por semana. Esse prato brasileiro
é uma combinação completa de proteínas e bom para a
saúde.
5. Consuma diariamente três porções de leite e derivados
e uma porção de carnes, aves, peixes ou ovos.
6. Consuma, no máximo, uma porção por dia de óleos
vegetais, azeite, manteiga ou margarina.
22. 7. Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos,
biscoitos doces e recheados, sobremesas doces e outras
guloseimas como regra da alimentação. Coma-os, no
máximo, duas vezes por semana.
8. Diminua a quantidade de sal na comida e retire o
saleiro da mesa.
9. Beba pelo menos dois litros (seis a oito copos) de água
por dia. Dê preferência ao consumo de água nos
intervalos das refeições.
10. Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30
minutos de atividade física todos os dias e evite as
bebidas alcoólicas e o fumo.
23. Prática regular de exercício físico
Prevenção e Tratamento das Distopias Genitais
Exercícios de kegel
Cessação do tabagismo e bebidas alcoólicas
Violência Doméstica e Sexual
Saúde Bucal
Beber água e bebidas sem açúcar com freqüência;
Evitar bebidas com cafeína, como café, chá, ou alguns
refrigerantes;
Mascar gomas sem açúcar para estimular a fluxo salivar (se
houver glândula salivar funcionando);
Estar ciente de que alimentos condimentados ou salgados
podem causar dor em uma boca seca.
Autocuidado
Atividades Psicoeducativas
24.
25. Definição
“Doença caracterizada por diminuição
da massa óssea e deterioração da
microarquitetura do tecido ósseo,
levando à fragilidade mecânica e
conseqüentes predisposição a fraturas
com trauma mínimo”
OMS (1994) – DMO > 2,5 DP
comparado com o adulto jovem normal
26. Osteoporose
Doença comum – milhões de pessoas
no mundo todos
Elevada morbi-mortalidade – fraturas
Fácil de diagnosticar
Risco de fratura reduz com o tratamento
27. Tipos de osso
Cortical
○ Denso, compacto
○ Compõe cerca de 80% do esqueleto
○ Constitui a parte externa de todas as estruturas
esqueléticas
○ Principal função – fornecer força mecânica e proteção
Trabecular
○ Porção interna dos ossos longos, corpos vertebrais e
pelve
○ Fornece suprimento inicial nos estados de deficiência
mineral
○ É perdido mais rapidamente na osteoporose que o
osso cortical
28. FISIOPATOLOGIA
Pico de massa óssea – ocorre por volta
da segunda década de vida (18-20
anos)
Fatores genéticos, hormonais, dietéticos
e mecânicos – pico de massa óssea
não adequado
29. Classificação
Primária
Mais comum em mulheres
Menoapausa
Após os 70 anos
Secundária
Qualquer idade e sexo
Hipertireoidismo
Leucemia
Drogas
32. Osteoporose pós-menopausa
Fase tardia
Aumento progressivo do PTH
Ingestão menor de alimentos ricos em
cálcio ou deficiente exposição aos raios
solares
33. Osteoporose senil
Deficiência de cálcio
Deficiência de VitD
Hiperplasia das paratireóides
Mineralização reduzida
Fragilidade óssea intrínseca
Fraturas
Hiperparatireoidis
mo senil
secundário
Perda de massa óssea
Força muscular
Senso de equilíbrio
Estado mental
Reflexos
Mobilidade
Tendência para quedas
34. FATORES DE RISCO
Não-Modificáveis
Sexo
História familiar
Raça
Baixa estatura
Pele pálida e fina
Menopausa precoce
Menarca tardia
Doenças crônicas –
AVC, Parkinson, AR
Modificáveis
Amenorréia induzida
pelo exercício
Dieta pobre em cálcio
Sedentarismo
Tabagismo
Uso de drogas
Nuliparidade
35. Diagnóstico
História clínica
Reconhecimento dos fatores de risco
Densidade óssea
Densitometria óssea/ Ultrassonometria
Realizada anualmente a partir da
menopausa
Em qualquer idade na presença de outros
fatores de risco
Marcadores de reabsorção óssea
36. Densitometria óssea
DXA - Central dual-energy x-ray absorptiometry
T score
Compara a massa ossea do paciente com a de
uma pessoa jovem (25 a 30 anos), expresso
através de DP’s em relação à média.
Z Score
Compara a massa óssea do paciente com a de
uma pessoa da mesma idade, expresso através
de DP’s em relação à média
38. Z-score
DMO paciente – DMO mesma idade
1 DP da média de DMO para mesma idade
Mais utilizado em casos
de osteoporose
secundária
39. Densitometria óssea
Resultados esperados
Normal
○ DMO abaixo de -1 DP
Osteopenia (baixa massa óssea)
○ Densidade mineral óssea entre –1 e –
2,5 desvios-padrão abaixo da média
para o adulto jovem
Osteoporose
○ Massa óssea situada acima de –2,5
desvios-padrão abaixo da média para o
adulto jovem
40.
41. Marcadores bioquímicos de formação e
reabsorção óssea
Proteínas ou enzimas produzidas durante
o processo de formação ou reabsorção
óssea
Podem ser mensuradas no soro ou na
urina
Aumento dos níveis de marcadores de
reabsorção (Acima de 2 vezes o limite
normal) aumenta o risco de fratura
independente da DMO
Ajuda a identificar pessoas com alto turn
over ósseo e maior risco de fratura
42. Marcadores bioquímicos de formação e
reabsorção óssea
NTX
Telopeptídeo aminoterminal
de ligação cruzada do
colágeno ósseo
FA Fosfatase alcalina
CTX
Telopeptídeo
carboxiterminal de
ligação cruzada do colágeno
ósseo
FAO
Fosfatase alcalina
óssea
PYD Piridinoline PICP
Propeptídeo de
colágeno tipo I C
DPD Deoxipiridinolina PINP
Propeptídeo de
colágeno tipo I N
Hip Hidroxi-prolina OC Osteocalcina