1. OS
MOVIMENTOS
DA TERRA
Prof. Francisco Faccini Bringer
2. O Sol é a fonte de energia que
controla a circulação da
atmosfera. O Sol emite energia
em forma de radiação
eletromagnética, da qual uma
parte é interceptada pelo sistema
Terra-atmosfera e convertida em
outras formas de energia como,
por exemplo, calor e energia
cinética da circulação
atmosférica. É importante notar
que a energia pode ser
convertida, mas não criada ou
destruída. É a lei da conservação
da energia.
3. A energia solar não é distribuída igualmente sobre a Terra. Esta
distribuição desigual é responsável pelas correntes oceânicas e
pelos ventos que, transportando calor dos trópicos para os pólos,
procuram atingir um balanço de energia. Inicialmente vamos
abordar as causas dessa distribuição desigual, temporal e
espacial. Estas causas residem nos movimentos da Terra em
relação ao Sol e também em variações na superfície da Terra.
4. Nosso planeta se desloca
continuamente no espaço. Entre os
vários movimentos que descreve, dois
se destacam: rotação e revolução
(translação). O primeiro é responsável
pela alternância de dias e noites e pelo
movimento aparente das estrelas à
noite. Aqui vale a pena destacar que a
palavra dia tem dois significados
diferentes e freqüentemente isso é
causa de alguma confusão. Dia pode ser
usado para expressar o período de 24
horas (uma rotação completa da Terra)
e pode significar também o período claro
do dia, quando o Sol fica acima do
horizonte. Os gregos chamavam o
período de 24 horas de nictêmero para
diferenciar do dia claro.
5. A Terra orbita em torno do Sol em
365,2422 dias (graças a essa fração, a
cada quatro anos ocorre um ano com 366
dias). Nesse período a Terra passa por
quatro pontos especiais, os dois solstícios
e os dois equinócios, que marcam o início
das estações do ano.
6. Os planetas percorrem órbitas elípticas (muito pouco achatadas, quase
circulares). Desse modo, há períodos em que o planeta fica mais próximo
do Sol e em outras épocas fica mais afastado (essa diferença contudo é
mínima).
Embora vários livros
ainda definam como a
causa das estações do
ano esta diferença na
órbita do planeta, a
explicação correta não é
esta.
7. A Terra leva um ano para descrever uma
órbita em torno do Sol, ao longo de um
plano denominado eclíptica.
8. Estações do ano
A Terra gira em torno
de si cerca de 24
horas. O eixo de
rotação projetado na
superfície dá lugar aos
pólos norte e sul.
Perpendicularmente ao
eixo e passando pelo
centro da Terra, temos
o plano do equador. A
projeção desse plano
na superfície da Terra
recebe o nome de linha
do equador, e na
esfera celeste de
equador celeste.
9. O equador celeste não
coincide com a eclíptica;
um está inclinado em
relação ao outro cerca de
23,5 graus. O eixo de
rotação terrestre,
projetado na esfera
celeste, indica os pólos
norte e sul celeste; este
eixo "sempre" aponta
para o mesmo ponto na
esfera celeste. Graças a
isso, ao longo de um ano
o nosso planeta passa
por quatro posições
particulares: dois
solstícios que marcam os
inícios do verão e do
inverno, e dois
equinócios que marcam
os inícios da primavera e
do outono.
10. Solstícios (verão ou inverno)
Ocorrem quando o Sol atinge seu
máximo afastamento angular do
equador celeste. O hemisfério da
Terra em que estiver acontecendo
o solstício de verão, terá o dia
(período de insolação) com
duração mais longa, enquanto o
hemisfério oposto marca o
solstício de inverno, quando as
noites têm duração mais longa.
Quanto mais afastados estivermos do
equador terrestre, maiores serão as
diferenças entre os dias e as noites ao
longo do ano. No equador, em qualquer
época, os dias e as noites têm sempre a
mesma duração.
11. Equinócios (primavera ou outono)
Ocorrem quando o Sol cruza o
equador celeste. Nestes dias, em
qualquer ponto da Terra, dias e
noites têm igual duração (12
horas). Quando em um hemisfério
estiver acontecendo o equinócio
de outono, no outro estará
ocorrendo o de primavera.
Os equinócios podem ocorrer em
20 ou 21 de março e 22 ou 23 de
setembro, já os solstícios nos dias
21 ou 22 de dezembro e 20 ou 21
de junho. Essa variação é
conseqüência de o ano civil ter um
número inteiro de dias, 365 ou
366, e o período decorrido entre
uma mesma estação consecutiva
ser de 365,2422 dias.
12. Dias e horários do início das
estações para o ano 2005 no
hemisfério Sul (tempo legal de
Brasília)
outono: 20/3 às 9h33min
inverno: 21/6 às 3h46min
primavera: 22/9 às 19h23min
verão: 21/12 às 15h35min
No horário de verão adicione
1h ao valor listado.
13. No desenho acima vemos, além do equador, outras duas linhas denominadas
Trópico de Câncer e Trópico de Capricórnio. Estas linhas delimitam a faixa na
superfície da Terra em que ocorre o "Sol a pino". No equador isso ocorre no
dia dos equinócios; já no Rio de Janeiro, que está pertinho do Trópico de
Capricórnio, o Sol a pino acontece em dois dias muito próximos: 10 de
dezembro e 2 de janeiro. Em alguns anos pode ocorrer nos dias 11 e 3.
Fora da região intertropical, no dia em que se dá o solstício de verão, o Sol
estará culminando com a sua altura máxima, perto do meio-dia. No dia do
solstício de inverno, a altura será mínima na culminação.
14. Nas regiões polares e equatoriais, as estações têm características bastante
particulares. Próximo aos pólos o ano é dividido simplesmente em períodos claro e
escuro, e cada um deles dura vários meses. Já nas proximidades do equador, o ano se
divide em períodos de chuva e estiagem. A conhecida descrição das estações -
primavera (período das flores), outono (período dos frutos), etc. - é válida apenas em
locais de clima temperado
15. Em alguns livros explicam-se de maneira equivocada as
!
estações do ano. Segundo estas publicações, as estações
ocorreriam devido à variação da distância entre a Terra e o Sol
(no verão a Terra estaria mais perto do Sol e no inverno mais
afastada). De fato a órbita da Terra é uma elipse, mas a
variação da distância ao longo do ano em termos percentuais é
muito pequena, menos de 2%. Além disso, por esta explicação,
teria que ocorrer a mesma estação em toda a Terra ao mesmo
tempo. A variação anual da distância entre o Sol e a Terra
afeta, contudo, a duração das estações do ano, em função da
segunda lei de Kepler (o planeta se desloca mais rápido quanto
mais próximo ele estiver do Sol). Com isso, o verão no
hemisfério Sul e o inverno no hemisfério Norte são as estações
mais curtas, atualmente duram 88,99 dias, pois a Terra passa
pelo periélio em 2 ou 3 de janeiro. Já o inverno do hemisfério
Sul e o verão do hemisfério Norte duram 93,65 dias, sendo as
estações mais longas.
16.
17. Hora de verão
Muitos são aqueles que reclamam
a respeito da adoção do horário de
verão em nosso país tropical,
visando um maior aproveitamento
da iluminação que nos proporciona
o Sol. Especial revolta causa o fato
de este artifício ter seu começo na
primavera. Esta aparente
precocidade não constitui um erro.
Ela tem uma razão astronômica.
O verão, como o definimos, começa em fins de dezembro, em um dia particular que
abriga o solstício. Este dia do solstício é registrado quando o Sol, em sua
peregrinação anual pelo céu (um movimento aparente devido ao movimento da
Terra), atinge seu máximo afastamento do equador celeste, em direção ao Sul.
Podemos perceber, também, que a duração da parte iluminada do dia (que também
chamamos dia, em oposição à noite) é a maior possível no hemisfério Sul.
18. Neste dia do solstício, teremos a noite
mais curta do ano. A partir dele, as
noites vão ficando cada vez mais
longas, com a mesma duração dos dias
(no equinócio), e continuam crescendo
até o máximo (no solstício de inverno).
Assim, o dia do solstício de verão, com
seu período de máxima iluminação,
deveria ser o meio do verão, e não o
seu início
Mas falávamos do horário de verão. Pois bem, o solstício de dezembro - no
hemisfério Sul - marca o início desta estação. Isso é um fato histórico, pois os
antigos podiam medir muito bem solstícios e equinócios. Na verdade,
astronomicamente falando, o solstício deveria ser entendido como o auge do
verão.
(Aqui vale a pena enfatizarmos o termo "astronomicamente". As temperaturas
mais quentes do ano, o que alguns poderiam querer chamar de auge do verão,
acontecem depois, devido ao tempo que a atmosfera da Terra leva para se
aquecer. Este fato pertence aos domínios de estudo de outra ciência: a
meteorologia.)
19. Não é de se estranhar, então, que
o início do verão como o
conhecemos abrigue o meio do
horário de verão. É por isso que o
horário de verão começa em plena
primavera e termina antes que o
verão acabe. É bom lembrarmos
que quanto mais afastado
estivermos do equador, mais
acentuada será a diferença entre
dias e noites ao longo do ano. Nas
regiões Norte e Nordeste, esta
diferença é tão pequena que o
horário não justifica esta adoção.
Os que não são favoráveis ao
horário de verão podem ainda
achar vários pontos negativos em
sua adoção. Só não podem, agora,
reclamar que o horário de verão
começa na primavera.
20. OS FUSOS HORÁRIOS
Por que estudar Fusos Horários
Porque a hora não é a
mesma em todos os lugares
do mundo. Na Copa do
Mundo de Futebol de 2006
os jogos aconteciam na
Alemanha em um horário,
sendo assistidos em tempo
real no Brasil em outro
horário. Quando são 9 horas
da manhã em Brasilia, são
21 horas em Tóquio, no
Japão.
21. Por que ?
Isso acontece porque a
definição do tempo
esta relacionado com o
movimento de rotação
da Terra e o
movimento aparente do
sol, enquanto uma
região da Terra esta
iluminada a região
oposta esta na
escuridão. Isto significa
que estas regiões
estão em diferentes
fusos horários e o
estudo deste tema
permitirá a
compreensão destes
fenômenos.
22. Tecnologia e Globalização
Com o avanço da Ciência e da
Tecnologia, junto com o aumento da
velocidade dos transportes e das
comunicações, acabou impondo a
necessidade de unificação da hora em
todo o mundo. Para tanto na
Conferência Internacional do Meridiano
ocorrida em Washington em 1884, foi
proposto e aceito pelos representantes
de 25 países, inclusive o Brasil, o
Sistema de Fusos Horários. Os fusos
horários foram criados para por ordem
no horário mundial e atender a todos
os segmentos da sociedade, como
empresas, comércio, comunicações,
investidores. Dessa forma passou a
ser possível saber que horas são em
determinado lugar neste exato
momento.
23. Imagine uma volta em
Fusos Horários - 15º, 15 meridianos ou 1 hora torno da Terra e
estarás dando uma
volta de 360°, para
dar esta volta sobre si
mesma a Terra leva
24 horas, logo 360° ÷
24 horas = 15° .
Portanto cada fuso
horário corresponde a
uma faixa (de norte a
sul) da superfície
terrestre que esta
entre dois meridianos
com 15º entre eles.
Passa-se um
meridiano pelo ponto
médio de cada fuso,
onde são numerados
desde o fuso zero até
o fuso 12 para o leste
e 12 para oeste.
24. Meridiano de Greenwich (GMT)
O Meridiano de Greenwich ou
primeiro meridiano (0°), foi definido
na Conferência do Meridiano como
referência da hora oficial mundial,
ou hora GMT ( Greenwich Meridian
Time ). Logo o Meridiano de
Greenwich é o que passa no ponto
médio (no meio) do fuso , observe
que soma de 7,5º a leste de
Greenwich com 7,5º a oeste,
corresponderá aos 15º ou um fuso, Fuso Zero
definindo o Meridano de Greenwich, Com a definição do fuso zero,
como fuso zero. Observação: A formado pela soma de 7,5° a leste e
partir de 1986, a hora GMT foi 7,5° a oeste do Meridiano de
substituído pelo UTC - Universal Greenwich, primeiro meridiano ou
Time Coordinated que é uma meridiano inicial, o passo seguinte
mensuração baseada em padrões foi a criação de um sistema de
atômicos e não na rotação da zonas de hora por todo o mundo.
Terra .
25. Sistema de Fusos Horários - 24 Fusos Horários
Foram definidos então 12 fusos a leste do fuso zero, para cada fuso soma-se 1
hora, e 12 fusos a oeste do fuso zero, para cada fuso subtrai-se 1 hora. 12 fusos
a leste, somado com os 12 fusos a oeste, do fuso zero (Greenwich), totaliza 24
fusos.
26. Fusos - Limites Políticos
No interior dessas faixas
(fusos), todos os lugares
possuem a mesma hora. Para
não causar dificuldades para
as pessoas, os limites dos
fusos horários estão
ajustados, em grande parte,
de acordo com os limites
políticos dos países.
27. Rotação do Planeta Terra - De Oeste para Leste
É importante ressaltar que a rotação do
planeta Terra ocorre de oeste para leste.
Portanto , todas as localidades situadas a leste
veêm o sol nascer primeiro. Pode-se concluir
que essas localidades possuem a hora
adiantada. Ex. O Japão esta situado 12 fusos
a leste do Brasil, seus habitantes veêm o sol
nascer primeiro do que nós. Quando são 14
horas de uma terça feira em São Paulo,
significa que já serão 2 horas da madrugada
de quarta feira em Tóquio.
28. O Brasil e o Meridiano de Greenwich - texto já adaptado em função
da Lei N° 11.662, de 24/04/2008 que modifica a quantidade de fusos
horários no Brasil
O território brasileiro está
localizado a oeste do
Meridiano de Greenwich
(fuso zero), abrangendo o
fuso -2, fuso -3, fuso -4, isto
quer dizer que em virtude da
sua grande extensão
territorial há sob o território
brasileiro (continental e
oceânico) 3 fusos horários,
com regiões apresentando
desde 2 horas, até 4 horas
de atraso em relação a
Greenwich (fuso zero).
Portanto todo horário sob
território brasileiro é
atrasado em relação a hora
GMT ou UTC.
29. Fusos Horários no Brasil
Horas 3 Fusos sobre o Território Brasileiro - Horas
atrasadas em Abragência dos fusos atrasadas
relação a em relação
Greenwich a Brasília
Fuso 2 - oeste) Compreende as ilhas de Fernando de Noronha, + 1 hora
- 2 horas Trindade, Martin Vaz, Penedos de São Pedro e
São Paulo e o Atol das Rocas.
(Fuso 3 - oeste) Abrange todos os estados da região Nordeste, horário
- 3 horas Sudeste, Sul, além do Distrito Federal, Goiás, oficial
Tocantins, Amapá e todo o estado do Pará (de brasileiro
acordo com a Lei N° 11.662, de 24/04/2008.
(Fuso 4 - oeste) Compreende os estados de Roraima, Rondônia, - 1 hora
- 4 horas Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, o Amazonas e
todo o estado do Acre (também de acordo com a
referida lei).
(fuso 5 - oeste) ATENÇÃO: De acordo com a Lei N° 11.662, de - 2 horas
- 5 horas 24/04/2008 que modifica a quantidade de fusos
horários no Brasil, este fuso 5 deixa de existir.
30. Fases da Lua
A alternância do aspecto da Lua foi um dos primeiros fenômenos astronômicos
observado com atenção pelo homem. A periodicidade das fases foi, desde tempos
mais remotos, usada como unidade de tempo; os doze meses derivam das doze
lunações que ocorrem em um ano.
31. As fases da Lua se devem à iluminação que a Lua recebe do Sol
e como esta é refletida para a Terra. Como a Lua se desloca em
torno da Terra e esta ao redor do Sol, vemos a fração iluminada
da Lua mudar constantemente.
Costuma-se dividir
em quatro as fases
da Lua: nova,
quarto crescente,
cheia e quarto
minguante.
32. Lua nova
É o instante em que da Terra a distância
angular entre a Lua e o Sol é mínima.
Nesta situação, a face escura da Lua
acha-se voltada para a Terra e, desse
modo, nosso satélite não é visível.
33. Lua quarto crescente
Ocorre quando, visto da Terra, o ângulo compreendido
entre a Lua e o Sol é de 90 graus. Nesta fase
observamos metade da metade, ou seja, um quarto da
face iluminada. É visível desde o começo da tarde,
quando nasce, até o meio da noite, quando se põe.
34. Lua cheia
Ocorre quando a
distância angular
entre nosso satélite e
o Sol é máxima,
cerca de 180 graus
(oposição). Neste
caso, o lado voltado
para a Terra é o
mesmo voltado para
o Sol; nasce com o
anoitecer e se põe ao
amanhecer, sendo,
portanto, visível
durante toda a noite.
35. Lua quarto minguante
Como na Lua minguante o ângulo visto da Terra é
também 90 graus, mas em sentido contrário ao da
Lua crescente, o correto seria dizer 270 graus. Agora
o lado que vemos iluminado é o que estava escuro na
fase crescente e vice-versa. Nasce no meio da noite e
se põe no final da manhã.
36. São necessários cerca de 29,5 dias para
ocorrerem duas Luas novas
consecutivas. A Lua leva 27,3 dias para
dar uma volta completa ao redor da Terra
(tomando as estrelas como referência).
Essa diferença se explica porque em um
mês nosso planeta também se desloca,
de modo que a Lua necessita de 2,2 dias
para ocupar a mesma posição em
relação ao Sol que na fase anterior. Na
maior parte do Brasil, a cada dia a Lua
nasce cerca de 50 minutos mais tarde
que na noite anterior.
37. Uma curiosidade com respeito à Lua é que ela apresenta o
movimento de rotação em torno de si com a mesma velocidade
e no mesmo sentido com que translada ao redor da Terra.
Assim ela apresenta sempre a mesma face voltada para a
Terra. Um habitante hipotético na Lua, na face voltada para o
nosso planeta, vê a Terra sempre na mesma altura (não ocorre
nascer nem ocaso da Terra) e, ainda mais, vê o nosso planeta
Terra apresentar fases: cheia, minguante, nova e crescente.