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O 25 de Abril e os livros
Vinte Cinco a Sete VozesAlice VieiraCaminho, 2004, 64 pp. Que foi que aconteceu no dia 25 de Abril de 1974? Aparentemente a resposta é fácil. Mas só aparentemente, pois tudo vai depender da idade que têm os que a ela respondem... Para os mais novos, aqueles a quem 1974 é a Pré-História, 25 de Abril, 10 de Junho, 5 de Outubro ou 1.º de Dezembro é tudo o mesmo, ou seja, é feriado e isso é que importa. Mas para os mais velhos, as coisas não são assim tão simples. Do conjunto de sete vozes diferentes se faz esta história — com um final feliz, já que a liberdade também se pode festejar de mãos dadas num centro comercial da cidade...
O TêpluquêManuel António PinaAssírio e Alvim, 2006, 106 pp. O Têpluquê e Outras Histórias é um livro onde os jogos linguísticos e as derivações da imaginação servem de motivo para escrever contos fantásticos de escaravelhos contadores de histórias, personagens com nomes estranhos e pensamentos com vontade própria. Um livro para rir e imaginar.
Romance do 25 de AbrilJoão Pedro MessederCaminho, 2007, 30 pp. E se um menino se chamasse Portugal?Ou então: pode o Portugal do antes do 25 de Abril ser comparado a um menino?Ora por que não?Ouçam pois a sua história: como cresceu e sofreu e lutou até, já adulto, ver realizado um sonho.E que sonho foi esse? O da liberdade, é claro. Mas imaginou também uma democracia e uma justiça que julgou possíveis no seu país à beira-mar.Esse país onde hoje o mesmo menino, homem feito agora, continua atento a sonhar com um mundo melhor.
A Liberdade explicada às criançasJean-Luc MoreauTerramar, 1998, 164 pp. Liberdade é uma das palavras mais bonitas em português ou em qualquer outra língua: porque representa uma condição fundamental da vida humana, porque existir é, naturalmente, ser livre; porque ter liberdade é ter a capacidade de construir o futuro, a sua vida. O direito à liberdade. Foi sempre assim, ao longo das épocas. Este livro tem por objectivo não só explicar o que é a liberdade mas também contar um pouco das imensas e longas lutas dos homens para conquistarem, defenderem ou recuperarem a liberdade, através dos tempos.
A Fábula dos feijões cinzentosJosé VazCampo das Letras, 2001, 19 pp.  "Metáfora da ditadura vivida pelos portugueses e da liberdade trazida pela revolução dos cravos. Três feijões tomaram conta do reino do “Jardim-à-Beira-Mar-Plantado”, roubando aos que ali viviam – feijões que se tornaram cinzentos – o sol, a água e o ar e calando-os com uma bola de futebol. Reprimiram o povo com a polícia e a censura e mandaram jovens para a guerra.  Os protestos de muitos feijões, como o Vermelho, o Canário, o Preto ou o Rajado, conseguiram dar um empurrão aos opressores (as raízes estavam já podres) e repartir o que, outrora, lhes tinha sido tirado. A partir desse dia de Liberdade, os feijões passaram a ter as cores antigas e no reino vegetal foi a Primavera".
A Revolução das LetrasVergílio Alberto VieiraCampo das Letras, 2004, 30 pp. Quem primeiro deu o alerta no Quartel das Letras foi o Cabo Clarim que, farto de tocar a recolher, ou porque não, ou porque sim, anunciou de pronto a hora do motim.Acenderam-se então os holofotes na parada, saíram as letras a correr da camarata e, quando o Comandante-General se levantou, estremunhado, e veio à janela a toda a pressa, à pressa pediu contas a cada sentinela."Mas que pouca vergonha é esta?", desaprovou, o boca aberta, a língua em tropel: "Que parece que a tropa virou festa no quartel!"Não se enganava o Comandante, ao megafone, pois já por toda a parte se ouviam toques de caixa, gaitas e trombone. Se alguém o disse, assim o fez.As letras queriam viver em liberdade (...)
História de uma florMatilde Rosa AraújoCaminho, 2008, 32 pp.  «Nas ruas havia flores vermelhas por toda a parte. No peito das mulheres, dos homens, nos olhos das crianças, nos canos sileciosos das espingardas. Nem era uma guerra, nem uma festa. Era o mundo de coração aberto.”
O Rapaz da Bicicleta AzulÁlvaro MagalhãesCampo das Letras, 2004, 32 pp. O João subiu para a bicicleta, que rangeu aflitivamente. Às primeiras pedaladas, ela respondeu com alguns estalidos, como os dos ossos de um velho que se levanta de uma cadeira, mas pouco depois já rolava pela estrada abaixo. Ele pedalou com mais força e atravessou o ar morno da manhã. Sentia não sabia o quê que o empurrava para diante. Cheirava-lhe não sabia a quê, sabia-lhe não sabia a quê. E esse “não sei quê” era a liberdade. Estava dentro dele e à volta dele, por todo o lado. Também ele era um rapaz numa bicicleta azul e também ele levava a flor da liberdade numa manhã de Abril. Com ela, podia ir até onde quisesse. Por isso, pedalou ainda com mais força e avançou a sorrir na direcção do sol.
Abril, Abrilzinho (Livro-CD)Manuel Freire, Vitorino, José Jorge LetriaPraça das Flores, 2006 Em 2006, José Jorge Letria, em co-autoria com Manuel Freire e Vitorino, e novamente com ilustrações de André Letria, assina este livro-cd, que revisita, sobretudo através da poesia e da música, o universo da Revolução de Abril, as suas personagens e alguns dos seus motivos mais representativos e simbólicos. O facto de os poemas serem musicados e cantados por autores/cantores de intervenção imprime cor local ao livro, aproximando-o do espírito (porque da sonoridade e dos ritmos) do 25 de Abril de 1974.
O Ladrão de PalavrasFrancisco Duarte MangasCaminho, 2006, 32 pp.   Impedidos das palavras luminosas, as mais doces, os meninos de uma aldeia, cercada por montes e receios, acordam um dia com barba verde de musgos.Uma nuvem de melancolia cobre parte do povoado: fica a noite sempre noite.Quem é ladrão das palavras luminosas, da alegria?
A Liberdade o que é?José Jorge LetriaÂmbar, 2007 Compilação de textos poéticos  muito breves (tercetos) subordinados a um mote comum – a definição da liberdade – o livro de José Jorge Letria conduz o leitor numa viagem pelas diferentes formas – muitas metafóricas – de olhar e experimentar a liberdade, aqui recriada como uma maiores conquistas da Humanidade.
Lá longe onde o sol castiga maisJorge RibeiroCalendário, 2008, 46 pp.   Recriação, a partir das memórias dos seus protagonistas, de um dos momentos mais trágicos da história portuguesa recente, esta novela dá voz a uma geração que, por motivos políticos, participou numa guerra para a qual não estava humana e materialmente preparada. No livro, e através dos relatos em primeira pessoa, ficamos a conhecer muitos dos aspectos escondidos da guerra, incluindo as doenças, o sofrimento, os crimes, as saudades…
Do Cinzento ao Azul CelesteAna Paula OliveiraCalendário, 2009  Uma bela estória para os mais novos, onde se fala da escola e dos professores, da liberdade e da falta dela, dos poetas da poesia e de livros, escritores e cantores. Fala-se também de bibliotecas cheias de sol de cor e de saber.Com uma belíssima ilustração!
O TesouroManuel António PinaCampo das Letras, 2005, 32 pp. "Os corações exultaram de alegria e as janelas encheram-se de bandeiras e de cravos vermelhos: os soldados puseram cravos vermelhos nas espingardas e as mulheres esqueceram-se do jantar e das limpezas da casa e correram para a rua com os filhos ao colo e cravos vermelhos ao peito, chorando e rindo, comovidas e confusas; as pessoas que tinham sido expulsas e obrigadas a refugiar-se longe regressaram; as portas das cadeias abriram-se e os presos voltaram, a casa; os jovens vieram da guerra, felizes por estar de novo rodeados dos amigos e abraçar os pais e os irmãos; e os meninos e as meninas puderam pela primeira vez dar as mãos e falar e olhar-se, caminhando lado a lado sem medo de acusações nem de castigos."
7x25 Histórias da LiberdadeMargarida Fonseca SantosEdições Gailivro, 2008, 40 pp. 7x25 Histórias da Liberdade é um conjunto de contos cujas personagens principais, falando na primeira pessoa, são objectos carregados de simbologia: o semáforo que travou a revolução durante uns minutos, o lápis da censura que, de repente, se vê como um elemento criativo nas mão de uma criança, a G3, o portão da prisão de Caxias, o megafone...
A Luta pelas colóniasPaula Cardoso AlmeidaQuidnovi, colecção “História de Portugal”, 36 pp.   No volume da colecção “História de Portugal” dedicado à Guerra Colonial, assiste-se ao avolumar da oposição e da resistência ao governo português, motivados pelo descontentamento popular e pela justiça da pretensão independentista das colónias. Marcada pelo sofrimento, tanto dos portugueses como dos africanos, na narrativa ecoa ainda a ideia da injustiça associada a qualquer conflito bélico, descrito como «maldita guerra» (p. 27). A Primavera marcelista e as esperanças de abertura criadas com o afastamento de Salazar rapidamente se esfumam, não deixando margem de manobra ao governo e à oposição.
Zeca Afonso e a Malta das CantigasJosé Jorge LetriaTerramar, 2002, 76 pp. Quem foi José Afonso e que importância teve como cantor, compositor e poeta? Qual foi o papel dos cantores da Resistência na preparação do 25 de Abril de 1974 e na consolidação da democracia em que vivemos há 28 anos? De que forma contribuiu o trabalho dos cantores de intervenção para a divulgação da obra de grandes poetas como Sophia de Mello Breyner, Natália Correia, António Gedeão, Manuel Alegre, José Gomes Ferreira ou Carlos de Oliveira? O que era cantar em nome da liberdade num país onde ela não existia?

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Os livros e o 25 de Abril

  • 1. O 25 de Abril e os livros
  • 2. Vinte Cinco a Sete VozesAlice VieiraCaminho, 2004, 64 pp. Que foi que aconteceu no dia 25 de Abril de 1974? Aparentemente a resposta é fácil. Mas só aparentemente, pois tudo vai depender da idade que têm os que a ela respondem... Para os mais novos, aqueles a quem 1974 é a Pré-História, 25 de Abril, 10 de Junho, 5 de Outubro ou 1.º de Dezembro é tudo o mesmo, ou seja, é feriado e isso é que importa. Mas para os mais velhos, as coisas não são assim tão simples. Do conjunto de sete vozes diferentes se faz esta história — com um final feliz, já que a liberdade também se pode festejar de mãos dadas num centro comercial da cidade...
  • 3. O TêpluquêManuel António PinaAssírio e Alvim, 2006, 106 pp. O Têpluquê e Outras Histórias é um livro onde os jogos linguísticos e as derivações da imaginação servem de motivo para escrever contos fantásticos de escaravelhos contadores de histórias, personagens com nomes estranhos e pensamentos com vontade própria. Um livro para rir e imaginar.
  • 4. Romance do 25 de AbrilJoão Pedro MessederCaminho, 2007, 30 pp. E se um menino se chamasse Portugal?Ou então: pode o Portugal do antes do 25 de Abril ser comparado a um menino?Ora por que não?Ouçam pois a sua história: como cresceu e sofreu e lutou até, já adulto, ver realizado um sonho.E que sonho foi esse? O da liberdade, é claro. Mas imaginou também uma democracia e uma justiça que julgou possíveis no seu país à beira-mar.Esse país onde hoje o mesmo menino, homem feito agora, continua atento a sonhar com um mundo melhor.
  • 5. A Liberdade explicada às criançasJean-Luc MoreauTerramar, 1998, 164 pp. Liberdade é uma das palavras mais bonitas em português ou em qualquer outra língua: porque representa uma condição fundamental da vida humana, porque existir é, naturalmente, ser livre; porque ter liberdade é ter a capacidade de construir o futuro, a sua vida. O direito à liberdade. Foi sempre assim, ao longo das épocas. Este livro tem por objectivo não só explicar o que é a liberdade mas também contar um pouco das imensas e longas lutas dos homens para conquistarem, defenderem ou recuperarem a liberdade, através dos tempos.
  • 6. A Fábula dos feijões cinzentosJosé VazCampo das Letras, 2001, 19 pp.  "Metáfora da ditadura vivida pelos portugueses e da liberdade trazida pela revolução dos cravos. Três feijões tomaram conta do reino do “Jardim-à-Beira-Mar-Plantado”, roubando aos que ali viviam – feijões que se tornaram cinzentos – o sol, a água e o ar e calando-os com uma bola de futebol. Reprimiram o povo com a polícia e a censura e mandaram jovens para a guerra. Os protestos de muitos feijões, como o Vermelho, o Canário, o Preto ou o Rajado, conseguiram dar um empurrão aos opressores (as raízes estavam já podres) e repartir o que, outrora, lhes tinha sido tirado. A partir desse dia de Liberdade, os feijões passaram a ter as cores antigas e no reino vegetal foi a Primavera".
  • 7. A Revolução das LetrasVergílio Alberto VieiraCampo das Letras, 2004, 30 pp. Quem primeiro deu o alerta no Quartel das Letras foi o Cabo Clarim que, farto de tocar a recolher, ou porque não, ou porque sim, anunciou de pronto a hora do motim.Acenderam-se então os holofotes na parada, saíram as letras a correr da camarata e, quando o Comandante-General se levantou, estremunhado, e veio à janela a toda a pressa, à pressa pediu contas a cada sentinela."Mas que pouca vergonha é esta?", desaprovou, o boca aberta, a língua em tropel: "Que parece que a tropa virou festa no quartel!"Não se enganava o Comandante, ao megafone, pois já por toda a parte se ouviam toques de caixa, gaitas e trombone. Se alguém o disse, assim o fez.As letras queriam viver em liberdade (...)
  • 8. História de uma florMatilde Rosa AraújoCaminho, 2008, 32 pp.  «Nas ruas havia flores vermelhas por toda a parte. No peito das mulheres, dos homens, nos olhos das crianças, nos canos sileciosos das espingardas. Nem era uma guerra, nem uma festa. Era o mundo de coração aberto.”
  • 9. O Rapaz da Bicicleta AzulÁlvaro MagalhãesCampo das Letras, 2004, 32 pp. O João subiu para a bicicleta, que rangeu aflitivamente. Às primeiras pedaladas, ela respondeu com alguns estalidos, como os dos ossos de um velho que se levanta de uma cadeira, mas pouco depois já rolava pela estrada abaixo. Ele pedalou com mais força e atravessou o ar morno da manhã. Sentia não sabia o quê que o empurrava para diante. Cheirava-lhe não sabia a quê, sabia-lhe não sabia a quê. E esse “não sei quê” era a liberdade. Estava dentro dele e à volta dele, por todo o lado. Também ele era um rapaz numa bicicleta azul e também ele levava a flor da liberdade numa manhã de Abril. Com ela, podia ir até onde quisesse. Por isso, pedalou ainda com mais força e avançou a sorrir na direcção do sol.
  • 10. Abril, Abrilzinho (Livro-CD)Manuel Freire, Vitorino, José Jorge LetriaPraça das Flores, 2006 Em 2006, José Jorge Letria, em co-autoria com Manuel Freire e Vitorino, e novamente com ilustrações de André Letria, assina este livro-cd, que revisita, sobretudo através da poesia e da música, o universo da Revolução de Abril, as suas personagens e alguns dos seus motivos mais representativos e simbólicos. O facto de os poemas serem musicados e cantados por autores/cantores de intervenção imprime cor local ao livro, aproximando-o do espírito (porque da sonoridade e dos ritmos) do 25 de Abril de 1974.
  • 11. O Ladrão de PalavrasFrancisco Duarte MangasCaminho, 2006, 32 pp.   Impedidos das palavras luminosas, as mais doces, os meninos de uma aldeia, cercada por montes e receios, acordam um dia com barba verde de musgos.Uma nuvem de melancolia cobre parte do povoado: fica a noite sempre noite.Quem é ladrão das palavras luminosas, da alegria?
  • 12. A Liberdade o que é?José Jorge LetriaÂmbar, 2007 Compilação de textos poéticos muito breves (tercetos) subordinados a um mote comum – a definição da liberdade – o livro de José Jorge Letria conduz o leitor numa viagem pelas diferentes formas – muitas metafóricas – de olhar e experimentar a liberdade, aqui recriada como uma maiores conquistas da Humanidade.
  • 13. Lá longe onde o sol castiga maisJorge RibeiroCalendário, 2008, 46 pp.   Recriação, a partir das memórias dos seus protagonistas, de um dos momentos mais trágicos da história portuguesa recente, esta novela dá voz a uma geração que, por motivos políticos, participou numa guerra para a qual não estava humana e materialmente preparada. No livro, e através dos relatos em primeira pessoa, ficamos a conhecer muitos dos aspectos escondidos da guerra, incluindo as doenças, o sofrimento, os crimes, as saudades…
  • 14. Do Cinzento ao Azul CelesteAna Paula OliveiraCalendário, 2009  Uma bela estória para os mais novos, onde se fala da escola e dos professores, da liberdade e da falta dela, dos poetas da poesia e de livros, escritores e cantores. Fala-se também de bibliotecas cheias de sol de cor e de saber.Com uma belíssima ilustração!
  • 15. O TesouroManuel António PinaCampo das Letras, 2005, 32 pp. "Os corações exultaram de alegria e as janelas encheram-se de bandeiras e de cravos vermelhos: os soldados puseram cravos vermelhos nas espingardas e as mulheres esqueceram-se do jantar e das limpezas da casa e correram para a rua com os filhos ao colo e cravos vermelhos ao peito, chorando e rindo, comovidas e confusas; as pessoas que tinham sido expulsas e obrigadas a refugiar-se longe regressaram; as portas das cadeias abriram-se e os presos voltaram, a casa; os jovens vieram da guerra, felizes por estar de novo rodeados dos amigos e abraçar os pais e os irmãos; e os meninos e as meninas puderam pela primeira vez dar as mãos e falar e olhar-se, caminhando lado a lado sem medo de acusações nem de castigos."
  • 16. 7x25 Histórias da LiberdadeMargarida Fonseca SantosEdições Gailivro, 2008, 40 pp. 7x25 Histórias da Liberdade é um conjunto de contos cujas personagens principais, falando na primeira pessoa, são objectos carregados de simbologia: o semáforo que travou a revolução durante uns minutos, o lápis da censura que, de repente, se vê como um elemento criativo nas mão de uma criança, a G3, o portão da prisão de Caxias, o megafone...
  • 17. A Luta pelas colóniasPaula Cardoso AlmeidaQuidnovi, colecção “História de Portugal”, 36 pp.   No volume da colecção “História de Portugal” dedicado à Guerra Colonial, assiste-se ao avolumar da oposição e da resistência ao governo português, motivados pelo descontentamento popular e pela justiça da pretensão independentista das colónias. Marcada pelo sofrimento, tanto dos portugueses como dos africanos, na narrativa ecoa ainda a ideia da injustiça associada a qualquer conflito bélico, descrito como «maldita guerra» (p. 27). A Primavera marcelista e as esperanças de abertura criadas com o afastamento de Salazar rapidamente se esfumam, não deixando margem de manobra ao governo e à oposição.
  • 18. Zeca Afonso e a Malta das CantigasJosé Jorge LetriaTerramar, 2002, 76 pp. Quem foi José Afonso e que importância teve como cantor, compositor e poeta? Qual foi o papel dos cantores da Resistência na preparação do 25 de Abril de 1974 e na consolidação da democracia em que vivemos há 28 anos? De que forma contribuiu o trabalho dos cantores de intervenção para a divulgação da obra de grandes poetas como Sophia de Mello Breyner, Natália Correia, António Gedeão, Manuel Alegre, José Gomes Ferreira ou Carlos de Oliveira? O que era cantar em nome da liberdade num país onde ela não existia?