Características das editorias de Política e Esportes dentro do Jornalismo. Aula ministrada pelo Professor Fredy Cunha para alunos de 2º ano de Jornalismo da Univap (Universidade do Vale do Paraíba), na matéria de Edição em Jornalismo.
2. Não é uma área fácil de trabalhar, por conta da própria
classe política
É uma editoria que lida com um público carregado de
“paixões extremadas” (por vezes, pior do que futebol,
que falaremos mais adiante)
Mas é um setor que merece nossa atenção e
profissionalismo
Qual tem sido o nosso interesse (como estudantes de
Comunicação) em entender o sistema político ao menos
de nosso país?
Ao dar esse 1º passo de entender o meio político,
conseguimos dar o 2º passo: traduzir o “politiquês”
para o grande público?
3. Na editoria política, ainda temos algumas dificuldades de
exercer nosso papel de facilitadores
Para abordá-la, é necessário também conhecê-la. Como
falar do assunto, se não nos interessamos em entender o
sistema político de nossa cidade, estado ou país?
À medida que queremos trabalhar em determinada área
mais específica, como a política, precisamos nos esforçar
em compreender as características daquela área. No
Jorn. Político são muitas as informações e linguagens
que devemos dominar
O contato com as fontes certas ajuda muito na cobertura
de eventos políticos
4. Não podemos ter medo de
“traduzir” termos e jargões
técnicos de uma maneira que o
grande público possa
compreender
Fazendo isso de forma didática,
não estamos tirando a nobreza
da profissão. Estamos
facilitando a compreensão do
leitor/ telespectador/ ouvinte/
internauta
É na compreensão do grande
público que está a nobreza de
nossa profissão
5. O assessor de imprensa – tão
presente hoje em dia no meio
político –, também deve
assumir esse papel de entender
ao máximo o meio em que vive
E deve ter essa visão de auxiliar
o trabalho dos repórteres,
tendo a consciência de que a
mensagem é para o público
todo (grande público)
Objetivo final do REPÓRTER:
público
Objetivo final do ASS. DE
IMPRENSA: público
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9. Parece fácil, algo mais “light” dentro do Jornalismo,
mas requer muito trabalho e esforço (características
que vão muito além do “gostar de esportes”)
O “gostar de esportes” geralmente é o pontapé inicial
para quem sonha em se tornar jornalista esportivo. E
isso vem muito antes da opção pela faculdade de Jorn.
Mas que fique bem claro: a paixão por esportes não é
o suficiente para forjar um bom jornalista esportivo
10. Assim como em qualquer outra área do Jornalismo
(economia, política, cultura, ciência...), quem trabalha
com esportes deve ter o mesmo rigor na aplicação dos
fundamentos da nossa profissão:
Isenção no contato com as fontes
Esforço máximo na busca pela informação correta
Criatividade incessante
Discernimento para separar o boato e o fato relevante
(na área esportiva, o Jornalismo é carregado de boatos)
11. Mesmo os jornalistas esportivos que militam em
grandes veículos, lidando com os esportes mais
populares e com atletas mais conhecidos,
enfrentam dificuldades
Alguns deles, ao exercer a profissão, precisam
lidar com o ego de esportistas que se consideram
superiores a tudo, encontram dificuldades para
abordar algumas questões que incomodam os
“figurões” do esporte, entre outras barreiras
Exemplo que veremos (Jornalista PVC / Espn Brasil)
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15. Mais alguns pontos a tratar:
O jornalista que cobre a área política sofre da tentação
de ficar amigo dos políticos ou pessoas ligadas aos
representantes públicos (imprensa chapa branca)
Você ter bom contato com as fontes é uma coisa. Você
criar uma relação que pode interferir na qualidade de
seu trabalho jornalístico é outra. É sempre bom manter
certa distância
Isso vale para os assessores de imprensa também. Um
dos erros que cometemos, por vezes, é misturar o
profissional com o pessoal
No meio político, carregado de “paixões” partidárias,
acontece muito isso
16. Existe o mal dos jornais de pequeno
porte, feito por “jornalistas”, assim
como programas independentes de
rádio e TV
No desespero da sobrevivência,
vivem de pedir R$ ou outras
benesses a políticos
Os políticos, no desespero de
aparecer, acabam se dobrando a este
tipo de relacionamento
Cases: computador; jornal de Biritiba
17. Questões que os jornalistas políticos podem e devem
levantar:
“A prefeitura está cumprindo o que prometeu
durante o processo eleitoral?”
“Há fiscalização séria em relação às concessionárias
que prestam serviços públicos?”
“Por qual razão o vereador, deputado ou
representante executivo viajou para o exterior em
períodos de expediente?”
“Há excesso de funcionários públicos?”
Não com o objetivo de derrubar quem está no poder,
mas sim para informar a população sobre questões
que todos devemos conhecer
18. O jornalista que quer atuar em política não pode cair
no erro de pensar que política se limita a processo
eleitoral, dia a dia da prefeitura ou escândalos de
grande porte
O Jornalismo Político precisa abordar questões que
fazem parte do cotidiano de todos (exemplo: hoje, 20
de setembro, poderíamos fazer uma análise se estão
sendo cumpridas as promessas mais urgentes da
última campanha eleitoral nas cidades da região; ou
poderíamos analisar se a atuação dos novos vereadores
está fazendo diferença nas nossas Câmaras Municipais)
Mas não podemos nos encher de “paixões” para
abordar este tema. Nosso papel é informar
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21. No Brasil, a cobertura esportiva é muito mais voltada
ao futebol. Isso vem de maneira forte de 1970 pra cá
(quando o Brasil consagrou-se tricampeão mundial), e
com o tempo essa tendência só se fortaleceu
Vários canais da TV fechada dedicados ao esporte, 24
horas (Sportv, ESPN, BandSports, FoxSports...)
Estamos prestes a viver 2 momentos que têm tudo
para ser especiais: Copa 2014 e Olimpíadas 2016
(evento que nos obrigará a fazer coberturas de outros
esportes, além do futebol)
22. Alguns profissionais aventuram-se pelo
Jorn. Esportivo para ficar mais perto das
estrelas do espetáculo e se iludem que
esta área é recheada de “glamour”. Mas é
uma editoria como qualquer outra e o que
vale é ser o mais profissional possível
Afinal, nem sempre é bom estar em
contato com figurões do esporte, como
Felipão (hoje, técnico da Seleção Brasileira)
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26. Prof.º Fredy Cunha
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