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UNIVERSIDADE FUMEC
           FACULDADE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS – FACE
       MBA EM FINANÇAS CORPORATIVAS E CONTROLADORIA




O Impacto da Crise Financeira Internacional sobre os Governos Europeus




                        ANSELMO MOREIRA
                         FLÁVIA TRAJANO
                       JAQUELINE TRINDADE
                          RONALD SOUZA



                           PROFESSOR:
                    DR. JULIANO LIMA PINHEIRO
Belo Horizonte – MG
                          Dezembro - 2012
                        ANSELMO MOREIRA
                         FLÁVIA TRAJANO
                       JAQUELINE TRINDADE
                          RONALD SOUZA




O Impacto da Crise Financeira Internacional sobre os Governos Europeus




                              Trabalho apresentado à matéria Sistema
                              Financeiro Nacional e Internacional – FACE
                              Universidade FUMEC.
Belo Horizonte – MG
 Dezembro - 2012
SUMÁRIO


1       Introdução                                      06
2       Cronologia dos impactos (2010, 2011 e 2012)     07
2.1     Crise Mundial de 2010                           07
2.2     Crise Mundial de 2011                           09
2.1.1   Europa Endividada                               09
2.3     Crise Mundial de 2012                           11
3       Países diretamente afetados                     18
4       Principais medidas para enfrentar os impactos   20
5       Perspectivas para o ano de 2013                 21
        REFERENCIAS                                     22
6



1     INTRODUÇÃO




      A Europa conhecida mundialmente como uma economia crescente, de alto
desenvolvimento econômico e bem-estar social, atualmente passa por uma crise e
turbulência em seus mercados. Houve descontrole nas contas públicas gerando uma
crise financeira na zona do euro. Pois alguns países como a Grécia, Portugal,
Espanha, Itália e Irlanda, tiveram problemas ficais, gastaram mais dinheiro do que
conseguiram arrecadaram por meio de impostos nos últimos anos. Para se
financiarem necessitaram de empréstimos e começaram a acumular dívidas. Com
isso o limite estabelecido no tratado de Maastricht (1992) foi superado, onde a
relação do PIB e o endividamento não poderiam ultrapassar de 60%. O caso mais
grave de descontrole fiscal é o da economia grega, pois a razão dívida/PIB
ultrapassa o dobro deste limite.
      Mas o problema não estava somente no endividamento dos países europeus,
foram surgindo à desconfiança dos investidores de que o governo não poderia
honrar as suas dívidas, possibilitando que os mesmos temessem possuir as ações,
bem como títulos públicos e privados europeus. Com isso impossibilitou a entrada
de novos investimentos nesses países, pois a onda de desconfiança era muito
grande.
      O momento que os investidores passaram a desconfiar da Europa foi quando
se tornou público que a economia grega passou a acumular dívidas que contrariava
os acordos econômicos europeus e quando a crise financeira chegou, o déficit
orçamentário subiu e os investidores exigiram taxas altas para emprestar dinheiro.
      A Grécia é um país considerado pouco competitivo se comparado à média
dos países na zona do euro, tem gastos públicos muito grandes e frequentemente é
acusada de ser mal gerenciada. Devido à situação dos países europeus fez com que
os investidores não queriam correr riscos e a consequência da crise é as altas taxas
de desemprego, devido aos cortes de gastos, preços elevados, altos impostos,
queda do PIB, alta nas taxas de juros, um aumento na inadimplência, redução do
poder aquisitivo. Tudo isso significa menos dinheiro para fazer a economia girar,
justo no momento em que a zona do euro precisa crescer e aumentar a
arrecadação. O euro começa a se desvaloriza, pois, devido à redução de
investidores faz com que a moeda caia o seu valor.
7



        Este trabalho visa demonstrar a cronologia do impacto da crise nos anos de
2010 à 2012, assim como, os países diretamente afetados, medidas adotadas e as
principais perspectivas para o ano de 2013.




2       CRONOLOGIA DOS IMPACTOS (2010, 2011 e 2012)




2.1     Crise Mundial de 2010




        De 2007 a 2010, a crise econômica se generalizou. Pipocaram as crises do
mercado imobiliário nos EUA, na Inglaterra, na Irlanda e na Espanha. Na sequência,
aconteceram as fusões forçadas de empresas, as falências e as nacionalizações de
instituições financeiras. Em toda a parte, os governos sairam em socorro dos
especuladores, que investiram em derivativos, fundos de cobertura, etc., e
ensaiaram variegados pacotes de estímulo ao estilo neokeyneisiano, além das
injeções de liquidez realizadas pelos bancos centrais.
28 de janeiro
        O governo espanhol aprova um Plano de Austeridade para 2011-2013 com
uma redução de gastos estimada em 50 mil milhões de euros.


Fevereiro
        O Banco de Espanha publica os números da Contabilidade Nacional
referentes a 2009 e confirma o retrocesso da economia, com o país a perder 3,6%
da sua riqueza no ano anterior.
        Primeiro trimestre: A taxa de desemprego da Espanha alcança 20% pela
primeira vez em quase 13 anos, com um recorde de 4,6 milhões de pessoas sem
trabalho.
        A economia espanhola consegue emergir da recessão (18 meses) devido ao
aumento das exportações.


Abril
        Começa-se a falar dos problemas de financiamento da Espanha, com um
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défice público de 11,2% em 2009, ao mesmo tempo que entram no auge as
negociações para o primeiro empréstimo da Grécia.


Maio
        José Luís Zapatero anuncia um agravamento das medidas de austeridade,
com cortes dos salários dos funcionários públicos e congelamento das pensões.
Novas medidas de austeridade serão decretadas nos seis meses seguintes,
incluindo a subida de 2 pontos percentuais do IVA.
        O Banco de Espanha intervém na CajaSur, um banco administrado pela Igreja
Católica.


Junho
        O governo aprova uma nova reforma das leis laborais que ampliam os
argumentos     para   as   empresas   promoverem     despedimentos   coletivos;   a
indemnização do trabalhador despedido passa a ser de apenas 20 dias por cada
ano de serviço, com um máximo de 12 meses, e 8 daqueles 20 dias passam a ser
financiados pelo Fundo de Garantia Salarial; as indemnizações pagas ao trabalhador
com contrato temporário passa a ser de apenas 8 dias de salário por cada ano de
serviço.


Julho
O primeiro-ministro espanhol anuncia que o governo vai aumentar a idade de
reforma, de 65 para 67 anos.


Setembro
        Primeira greve geral nacional contra as alterações da legislação laboral.
Cerca de 10 milhões de trabalhadores aderiram à greve, segundo as centrais
Comisiones Obreras (CCOO) e UGT, uma adesão superior a 70%.


Dezembro
        Aumento do imposto sobre tabaco, redução dos subsídios à energia eólica, e
anúncio de privatizações da autoridade aeroportuária e lotaria nacional. Mas ambas
foram depois descartadas, com o argumento das más condições do mercado.
        UGT e CCOO promovem cerca de quarenta manifestações contra o aumento
9



da idade de reforma.




2.2   Crise Mundial de 2011




      “Na verdade, não estamos vivendo uma nova crise mundial. A crise é a
mesma que teve início em 2008, estamos só em uma nova fase”, afirma Antonio
Zoratto Sanvicente, professor do Insper.
      Basicamente, os problemas começaram porque as instituições financeiras
emprestaram dinheiro demais para quem não podia pagar. Isso levou à falência de
bancos e à intervenção governamental para evitar o colapso do sistema financeiro e
uma recessão mais aguda.
      Ao injetar recursos em bancos e até em empresas, no entanto, os governos
aumentaram seus gastos, em um momento em que a economia mundial seguia
encolhendo. O resultado não poderia ser outro: aprofundamento do déficit público,
que em muitos países já era bastante elevado.
      Na Grécia, por exemplo, a crise de 2008 ajudou a exacerbar os desequilíbrios
fiscais que o país já apresentava desde sua entrada na zona do euro, diz o
economista Raphael Martello, da Tendências Consultoria.




2.1.1 Europa Endividada




      Faz quase dois anos que a crise da dívida soberana em países da União
Europeia tem sido discutida nos mercados financeiros. Mas foi nos últimos meses
que o problema veio à tona com mais intensidade e se tornou um dos maiores
desafios que o bloco já enfrentou desde a adoção do euro em 2002.
      Para receber ajuda, no entanto, precisam adotar medidas de “austeridade
fiscal” que, na prática, significam enxugar os gastos públicos, por meio do corte de
benefícios sociais e empregos, por exemplo, e elevar a arrecadação por meio de
impostos.
      O problema é que essas medidas deprimem ainda mais a economia e geram
10



descontentamento, greves e manifestações. Nas últimas semanas, os movimentos
populares têm se intensificado especialmente na Grécia.
      Em meio ao clima de instabilidade e discussão até mesmo sobre a
manutenção desses países na zona do euro, o parlamento alemão aprovou a
ampliação do fundo de socorro europeu para um total de 440 bilhões de euros.
      Mas agora o problema é outro! Os próprios países estão extremamente
endividados. Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha têm dívidas colossais. Itália
deve 120% de seu PIB.
      Há ainda um agravante. A Europa está estagnada. É um continente de idade
avançada da população. Desemprego está alto o que dificulta o crescimento
econômico. Quem resgata hoje os estados?      Quem sofrerá com um calote da
dívida grega? Bancos franceses e alemães têm boa parte da dívida. Eles sofreriam
prejuízos enormes em seus balanços. Poderíamos então ter um efeito dominó.
Bancos novamente quebrando e estados sem recursos para resgatá-los. O pior dos
mundos.
      Para agravar mais a situação, a maior economia mundial, os Estados Unidos,
não conseguem engrenar. Os estímulos não estão funcionando e o desemprego não
é reduzido. Novos estímulos estão sendo anunciados, mas o ceticismo é grande
diante do que realmente vai acontecer com os novos pacotes americanos.
      O mundo está assistindo, em 2012, a uma das piores crises a atingir a
Europa. O endividamento dos países europeus tem derrubando bolsas e governos, e
afetado a economia do mundo inteiro.
      Na maioria dos países europeus a crise foi gerada pelo descontrole das
contas públicas. Os países que formam a chamada Zona do Euro são os mais
atingidos por problemas financeiros. Economistas afirmam que o atual panorama
mostra que a atual crise europeia levará anos para ser superada.
      Países como Grécia, Portugal e Espanha têm gastado mais dinheiro do que
arrecadam de impostos. Assim, as dívidas se acumularam acarretando a crise
econômica.
      Os primeiros problemas financeiros que atingiram o continente aconteceram
em 2007. Já em 2008, as suspeitas de crise levaram os governos a injetarem
trilhões de dólares nas economias mais afetadas.     E em 2010, a situação se
agravou ainda mais.
      Atualmente, Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha são os países que se
11



encontram em situação mais delicada na zona do euro.




2.3   Crise Mundial de 2012




      A atual crise mundial, ao contrário das várias outras que observamos ao longo
das últimas décadas, tem um potencial capaz de alterar um conjunto muito extenso
de relações políticas, econômicas e sociais. Muito embora ainda seja prematuro
descrever todo o cenário que se formará ao seu final, ela já permite o
questionamento de importantes alicerces sobre os quais se construiu o consenso
neoliberal, em meio a um ambiente de financeirização.
As principais moedas do mundo serão reajustadas em uma tentativa desesperada
das nações de se livrarem de seus débitos. Então, mais uma vez, os austeros e os
poupadores sofrerão, enquanto que os tomadores de empréstimo e os consumistas
desenfreados prosperarão em um mundo com taxas de juros baixíssimas e inflação
em alta.
Crise do Euro: Traduzindo os últimos acontecimentos


Janeiro 2012
A agência de risco SEP rebaixa a nota das dívidas da Áustria e da França, assim
como diminui ainda mais – as notas da Espanha e da Itália. O grau de investimento
AAA da Alemanha é mantido.


Fevereiro 2012
Os países da União Europeia concordam em reduzir a dívida grega em 120,5% até
2020, através da redução retroativa das taxas de juros de resgate. Finalizado o
segundo pacote de resgate. Desta vez o alvo foram os credores privados dos títulos
do governo grego, que concordaram com uma redução total de 53,5% sobre o valor
dos bonds.


Maio 2012
A eleição presidencial grega é marcada pelo grande equilíbrio entre os partidos
favoritos. Coincidentemente, todos os partidos favoritos são contra a estratégia de
12



austeridade da União Europeia.
      À frente da OTAN e das rodadas de negociação do G8, Angela Merkel cobra
do Presidente grego a execução de um referendo popular sobre a permanência da
Grécia na zona do euro.
      Entre a cúpula do G8, o Primeiro Ministro Britânico David Cameron defende
que a aproximação das eleições gregas deve ser encarada como um referendo
popular sobre a permanência da Grécia na zona do euro. O Presidente Obama
argumenta que há um consenso crescente de que a Europa precisa concentrar-se
na criação de empregos.
      A líder do Fundo Monetário Internacional Christine Lagarde mantém o
discurso de que a Grécia deve aumentar o recolhimento de impostos e implementar
profundas reformas estruturais. Reconhecendo que a população grega vem
realizando um "grande esforço" para adequarem suas finanças, as medidas foram
essenciais para garantir a permanência do país na zona do euro – e que o FMI está
preparado para qualquer possível cenário, incluindo um possível calote grego e sua
eventual saída da zona do euro.
      O órgão regulador de mercado espanhol suspendeu preventivamente as
negociações das ações da instituição de crédito Bankia na Bolsa de Valores de
Madri. A suspensão será mantida até que os membros do conselho do banco se
reúnam para que se tenha uma definição do montante total a ser injetado na
instituição pelo governo.
      O Ministro da Economia Espanhol Luis de Guindos disse no dia 23 de Maio
de 2012 que o governo injetaria a princípio € 9 bilhões (US$ 11 bilhões) no Bankia,
mas que adicionaria mais caso fosse necessário. As instituições de crédito
espanhola estão perigosamente expostas ao possível estouro de uma bolha
imobiliária espanhola. O Bankia seria o mais exposto, acumulando um total de 32
bilhões em ativos tóxicos.
      A crise do euro transfere toda sua atenção para a Espanha, depois da notícia
que investidores vêm considerando que a dívida espanhola atingiu o seu nível mais
arriscado desde a introdução do euro. Os juros cobrados pela dívida pública
espanhola continuam a bater recordes e atingiram os 5,57% sobre os bonds
espanhóis de 10 anos – valor mais alto desde 19 de Abril de 2000.
      As principais lideranças político-econômicas britânicas reuniram-se para
traçar um plano de ação contra uma eventual ruptura da zona do euro. Participaram
13



da reunião o Primeiro Ministro Britânico David Cameron, o Vice Primeiro Ministro
Nick Clegg e o Chanceler George Osborne, assim como o Presidente do Banco da
Inglaterra Sir Mervyn King e o Regulador Chefe dos Bancos Britânicos Lorde Adair
Turner.
      O Banco Central Europeu rejeitou sumariamente o plano de auxílio proposto
pelo Banco Central Espanhol para salvar o Bankia – quarto maior banco espanhol –
alegando identificando diversas irregularidades na operação. Todas as Bolsas de
Valores Europeias operam em forte baixa, reflexo do medo de repetição na Espanha
do estouro de uma bolha imobiliária, tal qual a que ocorreu no Estados Unidos em
2008. Estima-se que as instituições financeiras espanholas detenham um total de
180 bilhões em ativos imobiliários tóxicos.Por não ter sido capaz de prever o
tamanho da dívida dos bancos espanhóis, o presidente do O Banco Central da
Espanha, Miguel Fernández Ordóñes, resolveu adiantar a sua saída do cargo.


Junho de 2012
      Apesar da crescente especulação, o Ministro da Economia da Espanha nega
que o país precise de resgate de seu setor bancário e afirma que não discutiu
qualquer tipo de intervenção sobre os bancos espanhóis.   As         observações
ajudaram a impulsionar a Bolsa de Valores de Madri, que apresentou um
crescimento de 3%.
      As bolsas de valores europeias e asiáticas vêm apresentando forte alta após
as notícias do plano de resgate aos bancos espanhóis.
Após um início animador provocado pelo anúncio da recapitalização dos bancos
espanhóis, todos os mercados mundiais caíram rapidamente. O preço do petróleo
caiu 3,0% devido ao temor de que a crise gere uma menor demanda pela
commodity. O custo de obtenção de empréstimo por parte dos governos italiano e
espanhol para pagamento em dez anos aumentou
      Os títulos de 10 anos do Governo Espanhol atingiram um novo recorde pelo
segundo dia consecutivo. Os juros que incidem sobre estes bonds vêm sendo
negociados acima de 7,0% depois que a agência de risco Moody`s rebaixou a nota
de crédito espanhola para um patamar apenas acima do nível considerado “lixo”. Os
líderes europeus tinham a esperança de que os mercados se acalmassem após o
pacote de resgate de € 100 bilhões.
      Cresce a preocupação mundial. As primeiras notícias oriundas do encontro do
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G20 no México indicam que a preocupação mundial em relação à crise na zona do
euro é crescente. Enquanto isso, a taxa de inflação no Reino Unido caiu 2,8%, uma
queda de 2,5% em relação ao ano passado, afirmou o Office for National Statistics
(ONS), o Instituto Britânico de Estatística e Pesquisa equivalente ao IBGE no Brasil.
       Analistas    preveem    uma     maior      queda   da     inflação.   Uma   coalisão
governamental com três partidos políticos foi formada na Grécia com o intuito de
apoiar o pacote de resgate internacional e manter o país na zona do euro.
       Quinze      das   maiores   instituições    financeiras   mundiais    tiveram   suas
recomendações de investimento rebaixadas no final do dia de ontem pela agência
de risco Moody’s, refletindo o alto grau de exposição apresentado por estas
instituições frente à crise do euro.
       Dentre os bancos afetados encontram-se os britânicos Barclays, HSBC, RBS
e Lloyds, assim como o Credit Suisse. O rebaixamento da instituição suíça foi
considerada a mais inesperada, uma vez que a mesma foi o único banco rebaixado
em três níveis pela agência.
       Com relação aos bancos americanos, foram rebaixados o Bank of America e
o Citigroup. As outras instituições foram: Goldman Sachs, Morgan Stanley, JP
Morgan Chase, UBS, BNP Paribas, Credit Agricole, Societe Generale, Deutsche
Bank e Royal Bank of Canada.
       Itália e Espanha vencem queda de braço após 14 horas de negociação e
zona do euro aprova acordo que permite socorro direto a bancos em dificuldade.


Julho de 2012
       Banco Central Europeu (BCE) – Progresso grego “virtualmente estagnado”.
       Os plano para a criação de uma união bancaria ampla na União Europeia
prevista pelo Banco Central Europeu (BCE) ainda carece de um maior detalhamento
sobre como esta medida impedirá a quebra de vínculo entre os bancos e seus
respectivos governos, alertou ontem a agência de avaliação de risco Fitch.
       PMI indica desaceleração na economia da Alemanha
       Enquanto que membros do FMI (Fundo Monetário Internacional), BCE (Banco
Central Europeu) e da Comissão Europeia encontram-se na Grécia para avaliar o
sucesso inicial promovido pela liberação de parte do pacote de resgate grego, a
divulgação da pesquisa PMI (Purchasing Managers’s Index), conhecido no Brasil
como Índice dos Gerentes de Compras – mostra uma forte contração no setor de
15



serviços da Alemanha.
        Crise bancaria na Espanha ruma para o tribunal. O ex-chefe do Fundo
Monetário Internacional (FMI) Rodrigo Rato terá que prestar contas aos tribunais
espanhóis sob acusações de fraudes relativas ao seu envolvimento com o Bankia –
banco espanhol credor de hipotecas.
        A maioria dos mercados globais despencou novamente apesar de uma nova
rodada de esforços por parte de diversos bancos centrais em conter a hemorragia
das economias mais expostas à crise na zona do euro.
        Já o Banco Central Europeu (BCE) cortou a sua taxa básica de juros em 0,25
pontos percentuais para 0,75%, e a taxa de remuneração de depósito bancário de
0,25% para zero. Indicadores apontam para um novo ciclo de fraco crescimento
econômico e aumento de incerteza entre os mercados
        Espanha anuncia um novo corte de despesas e aumento da carga tributária.
O Primeiro-Ministro Espanhol anunciou um novo corte no orçamento governamental
e um aumento na carga tributária com o objetivo de equilibrar as contas do país. No
total, essas medidas representarão um choque de austeridade na economia
espanhola equivalente a 6,55 do PIB (Produto Interno Bruno) em menos de três
anos.
        A fabricante europeia de carros Peugeot Citroen citou a “crise profunda” na
zona do euro como a principal culpada pela demissão de 8.000 funcionários e pela
queda na demanda por carros.
A crise em curso na Europa tem afetado o desempenho financeiro da Ásia, com o
PIB (Produto Interno Bruto) da China caindo para 7,6% e a economia de Cingapura
contraindo 1,1% no segundo trimestre de 2012.
        A desaceleração da China – o pior resultado do país em três anos – gera forte
impacto sobre a economia australiana. Respondendo por mais de 25% do seu
mercado de exportação, a desaceleração da China foi responsável pelo crescimento
da Austrália abaixo do esperado: 2,2% contra os 3,1% projetado inicialmente pela
Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
        Grécia adia decisão final sobre corte de gastos.
        Itália aprova definitivamente o pacto fiscal europeu.
        O Banco Europeu de reconstrução e desenvolvimento, reduziu sua previsão
de crescimento para a Rússia em 2012, de 1,1% para 3,1%. A crise foi chegando à
Rússia através de dois canais principais: preços mais baixos das commodities e uma
16



redução geral do apetite pelo risco.


Agosto de 2012
      O mercado aguarda que novas medidas sejam propostas nos Estados Unidos
para a formação de uma plano de recuperação em conjunto com os novos esforços
realizados na Europa.
      Rentabilidade média dos títulos espanhóis de 10 anos subiu para 6,65% - um
aumento de 0,22% em relação à média de rentabilidade registrada em Julho.
Também houve uma diminuição da demanda por esses títulos no mercado.
      Os mercados mundiais caíram bruscamente, logo após o Banco Central
Europeu (BCE) desapontar os investidores, que aguardavam pela divulgação de
uma solução imediata para conter a crise da dívida europeia.
      O Banco Central Europeu (BCE) reduziu sua taxa de crescimento prevista
para o próximo ano de 1,0% para apenas 0,6%. Enquanto isso, o déficit comercial
no Reino Unido foi confirmado como o maior desde que seus registros começaram:
£ 4,3 bilhões. Já do outro lado do mundo, dados referentes a empréstimos bancários
e às transações comerciais chinesas mostram que o país continua firme em seu
modo de desaceleração.
      O fraco consumo doméstico entre os países que compõem o bloco (exceto a
Alemanha) e a redução dos planos de investimento formam principais vilões da
retração econômica.


Setembro de 2012
      A produção industrial da zona do euro caiu pelo décimo terceiro mês
consecutivo. Novos números demonstram que o Índice de performance de produção
para a zona euro em Agosto (45,1) subiu ligeiramente em relação à Julho (44,0).
Qualquer medida do índice PMI abaixo de 50,0 indica redução da produção
industrial e, consequentemente, contração do PIB (Produto Interno Bruto).
      As bolsas de valores europeias vêm performando em ligeira baixa uma vez
que o rali provocado pelo anúncio da aprovação das novas medidas de estímulo do
Banco Central Europeu (BCE) começa a arrefecer-se e, a Espanha passa a
demonstrar uma certa resistência em solicitar o pacote de resgate à sua tão
combalida economia.
      Um dólar mais forte e um euro mais fraco viram a cotação do Petróleo Brent
17



cair mais de US$ 1,00 durante os pregões na Europa e na Ásia. Provavelmente um
reflexo da nota emitida pelo Banco da Espanha afirmando que o produto interno
bruto (PIB) do país encolheu significativamente neste terceiro trimestre.
      As principais bolsas de valores da Europa fecharam em forte baixa ontem – o
FTSE 100 perdeu mais de £ 23,2 bilhões e as bolsas dos países europeus em maior
dificuldade, como Espanha e Grécia, fecharam com baixas acima de 3%.


Outubro de 2012
      Outros dados catastróficos demonstram que o número de desempregados na
Europa já ultrapassa a barreira de 25 milhões de pessoas – com 18 milhões
residindo nos países da zona do euro mais afetados pela crise. A taxa de jovens
sem emprego na Espanha e na Grécia é particularmente alta: respectivamente
52,90% e 55,40%, de acordo com a Eurostat.
      A Espanha com 24,63% de sua população ativa desempregada presenciou
uma nova queda generalizada (-0,40%) das ações negociadas nas bolsas de valores
europeias, nesta Terça-Feira, em função de uma nova desvalorização do euro (-
0,29%) frente ao dólar americano.


Novembro de 2012
      Os números gerais mascaram amplas diferenças pelo bloco de 17 países,
com o desemprego na Áustria a 4,3% da população ativa e os níveis de desemprego
na Espanha a 26,2%, o maior na Europa.


Dezembro de 2012
      O Ministério da Economia da Alemanha anunciou que a produção industrial
do país recuou e deve permanecer nesse ritmo ao longo do quarto trimestre. A
notícia amplia os temores de que uma desaceleração na maior economia da Europa
pode aprofundar a recessão da zona do euro.




3     PAÍSES DIRETAMENTE AFETADOS
18



         Devido à globalização a crise econômica afeta várias nações, como
investimento, geração de empregos, importação/exportação, impactando no PIB,
Risco pais entre outros, nesta crise que os países estão vivendo desde 2008, afetou
várias nações umas mais fortemente que as outras. Segue abaixo alguns países
afetados pela crise.
         Principais países Afetados: Canadá, Estados Unidos, México, Brasil,
Colômbia, Chile,Argentina, Islândia, Irlanda, Portugal, Reino Unido, Espanha,
França, Holanda, Bélgica, Alemanha, Noruega, Suíça, Itália, Hungria,Dinamarca,
Áustria, Polônia, Letônia, Grécia, Suécia, Ucrânia, Rússia, Turquia, África do Sul,
Israel, Iraque,Kuwait, Catar, Arábia Saudita, Paquistão, Índia, Tailândia, China, Hong
Kong, Vietnã, Malásia, Taiwan, Indonésia, Coréia do Sul, Japão, Austrália, Nova
Zelândia, além dos Países do Bloco da União Européia.


              MEDIDAS       CONTRA A CRISE NOS PRINCIPAIS
              PAISES AFETADOS, INCLUSIVE UNIÃO EUROPÉIA
ITÁLIA        - Estímulo econômico, o governo transferirá cerca de 80
              bilhões de euros (do setor público para o privado. Auxílio
              financeiro a famílias de baixa renda, isenção de
              impostos a empresas e uma ajuda de até 12 bilhões de
              euros para os bancos italianos, que será distribuída por
              meio da compra de dívidas híbridas das instituições
              financeiras                pelo                  governo.
              - Aprovou uma lei de emergência que cria um fundo de
              estabilização e dará garantias a depósitos de até 103 mil
              euros, medida que tem como objetivo restaurar a
              confiança no sistema financeiro em meio à crescente
              crise                  financeira                  global.
              - O Banco da Itália aprovaram ainda novas medidas
              para aumentar a confiança no sistema financeiro, em
              linha com outros países integrantes da zona do euro. As
              medidas incluem a garantia estatal de novas dívidas
              bancárias de até cinco anos emitidas até o final de 2009;
              um swap do banco central da Itália para ajudar os
19



           bancos a se refinanciarem; e o apoio estatal aos
           financiamentos de bancos para companhias privadas.
           - Garantia de todos os depósitos, papéis e dívidas dos
           bancos do país, garantia valerá por dois anos e
           beneficia seis bancos da Irlanda: Allied Irish, Bank of
           Ireland, Anglo Irish Bank, Irish Life and Permanent, Irish
IRLANDA    Nationwide Building Society e Educational Building
           Society.
           - Recaptalização de 10 bilhões de euros as instituições
           financeiras por meio de medidas como a compra de
           ações dos bancos do país. Dinheiro esse que saíra das
           estatais.


           -             A            economia            estagnada.
PORTUGAL - Criação de um fundo de até 20 bilhões e assim
           garantindo liquidez aos bancos do país.
           Garantia também que vai garantir todos os depósitos
           bancários do país.
           - União do bloco para a criação de         um pacote de
           estímulo econômico calculado em cerca de 200 bilhões
           de euros . E assim injetando nas suas economias o
           equivalente a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do
UNIÃO
           bloco.
EUROPEIA
           - Garantiu aos correntistas em todos os 27 países. A
           garantia, que era de 20 mil euros, passa a pelo menos
           50 mil, com intenção de evitar corrida e saques.
               - O Banco Central Europeu realizou dois cortes na taxa
           de juros da zona do euro desde o agravamento da crise.
           Os cortes colocaram a taxa de juro em 3,25%.
GRÉCIA     - Anuncio de um pacote de 28 bilhões de euros.
20




4      PRINCIPAIS MEDIDAS PARA ENFRENTAR OS IMPACTOS.




Para a maioria dos economistas, a atual crise é a pior desde o crash da Bolsa de
Nova York, em 1929. Quando a instabilidade eclodiu, em 15 de setembro, com o
pedido de concordata do banco Lehman Brothers e a venda do Merrill Lynch para o
Bank of America, Wall Street teve o seu pior desempenho desde o 11 de Setembro.
A partir daí, as bolsas entraram em queda em todo o mundo, com poucos dias de
alívio. Grandes potências entraram em recessão, as taxas de desemprego
cresceram e vários setores da economia entraram em declínio. É mandatório,
portanto, que os governos e organizações multilaterais lancem mão de medidas e
discursos contra os abalos nos mercados. Uma das principais medidas foram;


Pacotes dos Governos
       Com o mercado dando sinais de fraqueza, abriu-se o caminho para a
intervenção do estado. Governos de todo o mundo vêm anunciando pacotes de
bilhões de dólares, que incluem ajuda a empresas privadas, disponibilização de
crédito para investidores e consumidores, cortes de impostos e investimentos em
infra-estrutura.


Taxas de Juros
       Juro baixo significa dinheiro mais barato. Que, por sua vez, representa maior
volume de crédito para um país. Com crédito, o consumidor vai às compras e,
consumindo, repassa dinheiro ao empresário, que emprega e investe. Abaixo, os
países que decidiram reduzir suas taxas de juro para estimular a economia:


Políticas Institucionais
       A gravidade da situação tem motivado a realização de encontros dos grupos e
organismos multilaterais. Seus membros se sentam para conversar e procurar
respostas para as incertezas. A seguir, os principais encontros ocorridos desde o
início desse período de turbulências econômicas:
21




Socorro do FMI
      O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou à cena com a turbulência
internacional. Já foram concedidos três empréstimos desde o início da crise. De
acordo com a própria instituição, há cerca de 200 bilhões de dólares disponíveis
para ajudar países em dificuldade, e as exigências para empréstimo podem ser
reduzidas para agilizar o socorro às nações vítimas da crise.




5     PERSPECTIVAS PARA O ANO DE 2013




      A Zona do Euro continua atolada na recessão e estaria ainda pior se não
fosse o brando crescimento da Alemanha. A crise Européia segue sem ser
solucionada, mas acredita-se em um caminho, o programa de compra de bonds
anunciado pelo Banco Central Europeu. Mesmo assim, há dificuldades, na região,
especialmente entre os países periféricos e o futuro da Grécia, no longo prazo, como
membro do euro parece difícil. A expectativa é que o declínio da economia grega
continue, guiado pela austeridade fiscal. Se houver uma recuperação em 2013, ela
será fraca, com crescimento de 0,4%. A Europa oriental segue vulnerável aos
problemas da zona do euro, mas as últimas ações do BCE balancearam os riscos e
o espera-se um crescimento de 2,5% em 2012 e de 3% em 2013.




*Veja no quadro abaixo, a expectativa de crescimento da economia Européia até o
ano 2017, realizado pela Economist Intelligence Unit, empresa de consultoria
internacional:


                                   2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Mundo (PPP Exchange rates) %        3,7    3,1    3,5   4,0     4,1   4,2   4,1
         América Latina             4.3    3.1    3.9   4.2     4.0   4.1   4.1
         Estados Unidos             1.8    2.1    1.9   2.1     2.2   2.3   2.3
                 Japão              -0.7   2.0    1.2   1.6     1.2   0.9   0.8
22



                China                     9.2     7.8     8.6     8.0     8.0     7.8     7.8
           Zona do Euro                   1.5     -0.4    0.4     1.2     1.4     1.4     1.2
         Europa Oriental                  3.8     2.5     3.0     3.7     3.7     3.9     4.0
  Ásia e Austrália (excl. Japão)          6.5     5.7     6.4     6.5     6.5     6.5     6.4
 Oriente Médio e Norte da África          3.4     3.4     3.9     4.7     4.9     5.3     5.0
        África Subsaariana                4.4     4.1     4.4     5.0     5.0     5.2     5.0

Fonte: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/quanto-as-principais-economias-vao-crescer-ate-
2017?page=3, em 09/12/2012.



                                        REFERÊNCIAS




http://br.advfn.com/eventos/2012/crise-na-europa em 08/12/2012


http://www.bportugal.pt/pt
PT/EstudosEconomicos/Publicacoes/Cronologia/Publicacoes/Cronologia_p.pdf                        em
08/12/2012


http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2012/11/30/desemprego-na-zona-
do-euro-atinge-recorde-mas-inflacao-desacelera.jhtm em 08/12/2012


http://www.esquerda.net/dossier/cronologia-crise-econ%C3%B3mica-
espanhola/22270 em 08/12/2012.

http://exame.abril.com.br/economia/noticias/quanto-as-principais-economias-vao-
crescer-ate-2017?page=3, em 09/12/2012.


http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/crise-financeira/guia1.html em 08/12/2012


http://veja.abril.com.br/noticia/economia/industria-alema-recuou-2-6-em-outubro                 em
08/12/2012


http://veja.abril.com.br/perguntas-respostas/crise-europa.shtml , em 08/12/2012.

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O mundo diante de uma crise econômica insolúvel
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Impacto da crise na Europa

  • 1. UNIVERSIDADE FUMEC FACULDADE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS – FACE MBA EM FINANÇAS CORPORATIVAS E CONTROLADORIA O Impacto da Crise Financeira Internacional sobre os Governos Europeus ANSELMO MOREIRA FLÁVIA TRAJANO JAQUELINE TRINDADE RONALD SOUZA PROFESSOR: DR. JULIANO LIMA PINHEIRO
  • 2. Belo Horizonte – MG Dezembro - 2012 ANSELMO MOREIRA FLÁVIA TRAJANO JAQUELINE TRINDADE RONALD SOUZA O Impacto da Crise Financeira Internacional sobre os Governos Europeus Trabalho apresentado à matéria Sistema Financeiro Nacional e Internacional – FACE Universidade FUMEC.
  • 3. Belo Horizonte – MG Dezembro - 2012
  • 4. SUMÁRIO 1 Introdução 06 2 Cronologia dos impactos (2010, 2011 e 2012) 07 2.1 Crise Mundial de 2010 07 2.2 Crise Mundial de 2011 09 2.1.1 Europa Endividada 09 2.3 Crise Mundial de 2012 11 3 Países diretamente afetados 18 4 Principais medidas para enfrentar os impactos 20 5 Perspectivas para o ano de 2013 21 REFERENCIAS 22
  • 5. 6 1 INTRODUÇÃO A Europa conhecida mundialmente como uma economia crescente, de alto desenvolvimento econômico e bem-estar social, atualmente passa por uma crise e turbulência em seus mercados. Houve descontrole nas contas públicas gerando uma crise financeira na zona do euro. Pois alguns países como a Grécia, Portugal, Espanha, Itália e Irlanda, tiveram problemas ficais, gastaram mais dinheiro do que conseguiram arrecadaram por meio de impostos nos últimos anos. Para se financiarem necessitaram de empréstimos e começaram a acumular dívidas. Com isso o limite estabelecido no tratado de Maastricht (1992) foi superado, onde a relação do PIB e o endividamento não poderiam ultrapassar de 60%. O caso mais grave de descontrole fiscal é o da economia grega, pois a razão dívida/PIB ultrapassa o dobro deste limite. Mas o problema não estava somente no endividamento dos países europeus, foram surgindo à desconfiança dos investidores de que o governo não poderia honrar as suas dívidas, possibilitando que os mesmos temessem possuir as ações, bem como títulos públicos e privados europeus. Com isso impossibilitou a entrada de novos investimentos nesses países, pois a onda de desconfiança era muito grande. O momento que os investidores passaram a desconfiar da Europa foi quando se tornou público que a economia grega passou a acumular dívidas que contrariava os acordos econômicos europeus e quando a crise financeira chegou, o déficit orçamentário subiu e os investidores exigiram taxas altas para emprestar dinheiro. A Grécia é um país considerado pouco competitivo se comparado à média dos países na zona do euro, tem gastos públicos muito grandes e frequentemente é acusada de ser mal gerenciada. Devido à situação dos países europeus fez com que os investidores não queriam correr riscos e a consequência da crise é as altas taxas de desemprego, devido aos cortes de gastos, preços elevados, altos impostos, queda do PIB, alta nas taxas de juros, um aumento na inadimplência, redução do poder aquisitivo. Tudo isso significa menos dinheiro para fazer a economia girar, justo no momento em que a zona do euro precisa crescer e aumentar a arrecadação. O euro começa a se desvaloriza, pois, devido à redução de investidores faz com que a moeda caia o seu valor.
  • 6. 7 Este trabalho visa demonstrar a cronologia do impacto da crise nos anos de 2010 à 2012, assim como, os países diretamente afetados, medidas adotadas e as principais perspectivas para o ano de 2013. 2 CRONOLOGIA DOS IMPACTOS (2010, 2011 e 2012) 2.1 Crise Mundial de 2010 De 2007 a 2010, a crise econômica se generalizou. Pipocaram as crises do mercado imobiliário nos EUA, na Inglaterra, na Irlanda e na Espanha. Na sequência, aconteceram as fusões forçadas de empresas, as falências e as nacionalizações de instituições financeiras. Em toda a parte, os governos sairam em socorro dos especuladores, que investiram em derivativos, fundos de cobertura, etc., e ensaiaram variegados pacotes de estímulo ao estilo neokeyneisiano, além das injeções de liquidez realizadas pelos bancos centrais. 28 de janeiro O governo espanhol aprova um Plano de Austeridade para 2011-2013 com uma redução de gastos estimada em 50 mil milhões de euros. Fevereiro O Banco de Espanha publica os números da Contabilidade Nacional referentes a 2009 e confirma o retrocesso da economia, com o país a perder 3,6% da sua riqueza no ano anterior. Primeiro trimestre: A taxa de desemprego da Espanha alcança 20% pela primeira vez em quase 13 anos, com um recorde de 4,6 milhões de pessoas sem trabalho. A economia espanhola consegue emergir da recessão (18 meses) devido ao aumento das exportações. Abril Começa-se a falar dos problemas de financiamento da Espanha, com um
  • 7. 8 défice público de 11,2% em 2009, ao mesmo tempo que entram no auge as negociações para o primeiro empréstimo da Grécia. Maio José Luís Zapatero anuncia um agravamento das medidas de austeridade, com cortes dos salários dos funcionários públicos e congelamento das pensões. Novas medidas de austeridade serão decretadas nos seis meses seguintes, incluindo a subida de 2 pontos percentuais do IVA. O Banco de Espanha intervém na CajaSur, um banco administrado pela Igreja Católica. Junho O governo aprova uma nova reforma das leis laborais que ampliam os argumentos para as empresas promoverem despedimentos coletivos; a indemnização do trabalhador despedido passa a ser de apenas 20 dias por cada ano de serviço, com um máximo de 12 meses, e 8 daqueles 20 dias passam a ser financiados pelo Fundo de Garantia Salarial; as indemnizações pagas ao trabalhador com contrato temporário passa a ser de apenas 8 dias de salário por cada ano de serviço. Julho O primeiro-ministro espanhol anuncia que o governo vai aumentar a idade de reforma, de 65 para 67 anos. Setembro Primeira greve geral nacional contra as alterações da legislação laboral. Cerca de 10 milhões de trabalhadores aderiram à greve, segundo as centrais Comisiones Obreras (CCOO) e UGT, uma adesão superior a 70%. Dezembro Aumento do imposto sobre tabaco, redução dos subsídios à energia eólica, e anúncio de privatizações da autoridade aeroportuária e lotaria nacional. Mas ambas foram depois descartadas, com o argumento das más condições do mercado. UGT e CCOO promovem cerca de quarenta manifestações contra o aumento
  • 8. 9 da idade de reforma. 2.2 Crise Mundial de 2011 “Na verdade, não estamos vivendo uma nova crise mundial. A crise é a mesma que teve início em 2008, estamos só em uma nova fase”, afirma Antonio Zoratto Sanvicente, professor do Insper. Basicamente, os problemas começaram porque as instituições financeiras emprestaram dinheiro demais para quem não podia pagar. Isso levou à falência de bancos e à intervenção governamental para evitar o colapso do sistema financeiro e uma recessão mais aguda. Ao injetar recursos em bancos e até em empresas, no entanto, os governos aumentaram seus gastos, em um momento em que a economia mundial seguia encolhendo. O resultado não poderia ser outro: aprofundamento do déficit público, que em muitos países já era bastante elevado. Na Grécia, por exemplo, a crise de 2008 ajudou a exacerbar os desequilíbrios fiscais que o país já apresentava desde sua entrada na zona do euro, diz o economista Raphael Martello, da Tendências Consultoria. 2.1.1 Europa Endividada Faz quase dois anos que a crise da dívida soberana em países da União Europeia tem sido discutida nos mercados financeiros. Mas foi nos últimos meses que o problema veio à tona com mais intensidade e se tornou um dos maiores desafios que o bloco já enfrentou desde a adoção do euro em 2002. Para receber ajuda, no entanto, precisam adotar medidas de “austeridade fiscal” que, na prática, significam enxugar os gastos públicos, por meio do corte de benefícios sociais e empregos, por exemplo, e elevar a arrecadação por meio de impostos. O problema é que essas medidas deprimem ainda mais a economia e geram
  • 9. 10 descontentamento, greves e manifestações. Nas últimas semanas, os movimentos populares têm se intensificado especialmente na Grécia. Em meio ao clima de instabilidade e discussão até mesmo sobre a manutenção desses países na zona do euro, o parlamento alemão aprovou a ampliação do fundo de socorro europeu para um total de 440 bilhões de euros. Mas agora o problema é outro! Os próprios países estão extremamente endividados. Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha têm dívidas colossais. Itália deve 120% de seu PIB. Há ainda um agravante. A Europa está estagnada. É um continente de idade avançada da população. Desemprego está alto o que dificulta o crescimento econômico. Quem resgata hoje os estados? Quem sofrerá com um calote da dívida grega? Bancos franceses e alemães têm boa parte da dívida. Eles sofreriam prejuízos enormes em seus balanços. Poderíamos então ter um efeito dominó. Bancos novamente quebrando e estados sem recursos para resgatá-los. O pior dos mundos. Para agravar mais a situação, a maior economia mundial, os Estados Unidos, não conseguem engrenar. Os estímulos não estão funcionando e o desemprego não é reduzido. Novos estímulos estão sendo anunciados, mas o ceticismo é grande diante do que realmente vai acontecer com os novos pacotes americanos. O mundo está assistindo, em 2012, a uma das piores crises a atingir a Europa. O endividamento dos países europeus tem derrubando bolsas e governos, e afetado a economia do mundo inteiro. Na maioria dos países europeus a crise foi gerada pelo descontrole das contas públicas. Os países que formam a chamada Zona do Euro são os mais atingidos por problemas financeiros. Economistas afirmam que o atual panorama mostra que a atual crise europeia levará anos para ser superada. Países como Grécia, Portugal e Espanha têm gastado mais dinheiro do que arrecadam de impostos. Assim, as dívidas se acumularam acarretando a crise econômica. Os primeiros problemas financeiros que atingiram o continente aconteceram em 2007. Já em 2008, as suspeitas de crise levaram os governos a injetarem trilhões de dólares nas economias mais afetadas. E em 2010, a situação se agravou ainda mais. Atualmente, Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha são os países que se
  • 10. 11 encontram em situação mais delicada na zona do euro. 2.3 Crise Mundial de 2012 A atual crise mundial, ao contrário das várias outras que observamos ao longo das últimas décadas, tem um potencial capaz de alterar um conjunto muito extenso de relações políticas, econômicas e sociais. Muito embora ainda seja prematuro descrever todo o cenário que se formará ao seu final, ela já permite o questionamento de importantes alicerces sobre os quais se construiu o consenso neoliberal, em meio a um ambiente de financeirização. As principais moedas do mundo serão reajustadas em uma tentativa desesperada das nações de se livrarem de seus débitos. Então, mais uma vez, os austeros e os poupadores sofrerão, enquanto que os tomadores de empréstimo e os consumistas desenfreados prosperarão em um mundo com taxas de juros baixíssimas e inflação em alta. Crise do Euro: Traduzindo os últimos acontecimentos Janeiro 2012 A agência de risco SEP rebaixa a nota das dívidas da Áustria e da França, assim como diminui ainda mais – as notas da Espanha e da Itália. O grau de investimento AAA da Alemanha é mantido. Fevereiro 2012 Os países da União Europeia concordam em reduzir a dívida grega em 120,5% até 2020, através da redução retroativa das taxas de juros de resgate. Finalizado o segundo pacote de resgate. Desta vez o alvo foram os credores privados dos títulos do governo grego, que concordaram com uma redução total de 53,5% sobre o valor dos bonds. Maio 2012 A eleição presidencial grega é marcada pelo grande equilíbrio entre os partidos favoritos. Coincidentemente, todos os partidos favoritos são contra a estratégia de
  • 11. 12 austeridade da União Europeia. À frente da OTAN e das rodadas de negociação do G8, Angela Merkel cobra do Presidente grego a execução de um referendo popular sobre a permanência da Grécia na zona do euro. Entre a cúpula do G8, o Primeiro Ministro Britânico David Cameron defende que a aproximação das eleições gregas deve ser encarada como um referendo popular sobre a permanência da Grécia na zona do euro. O Presidente Obama argumenta que há um consenso crescente de que a Europa precisa concentrar-se na criação de empregos. A líder do Fundo Monetário Internacional Christine Lagarde mantém o discurso de que a Grécia deve aumentar o recolhimento de impostos e implementar profundas reformas estruturais. Reconhecendo que a população grega vem realizando um "grande esforço" para adequarem suas finanças, as medidas foram essenciais para garantir a permanência do país na zona do euro – e que o FMI está preparado para qualquer possível cenário, incluindo um possível calote grego e sua eventual saída da zona do euro. O órgão regulador de mercado espanhol suspendeu preventivamente as negociações das ações da instituição de crédito Bankia na Bolsa de Valores de Madri. A suspensão será mantida até que os membros do conselho do banco se reúnam para que se tenha uma definição do montante total a ser injetado na instituição pelo governo. O Ministro da Economia Espanhol Luis de Guindos disse no dia 23 de Maio de 2012 que o governo injetaria a princípio € 9 bilhões (US$ 11 bilhões) no Bankia, mas que adicionaria mais caso fosse necessário. As instituições de crédito espanhola estão perigosamente expostas ao possível estouro de uma bolha imobiliária espanhola. O Bankia seria o mais exposto, acumulando um total de 32 bilhões em ativos tóxicos. A crise do euro transfere toda sua atenção para a Espanha, depois da notícia que investidores vêm considerando que a dívida espanhola atingiu o seu nível mais arriscado desde a introdução do euro. Os juros cobrados pela dívida pública espanhola continuam a bater recordes e atingiram os 5,57% sobre os bonds espanhóis de 10 anos – valor mais alto desde 19 de Abril de 2000. As principais lideranças político-econômicas britânicas reuniram-se para traçar um plano de ação contra uma eventual ruptura da zona do euro. Participaram
  • 12. 13 da reunião o Primeiro Ministro Britânico David Cameron, o Vice Primeiro Ministro Nick Clegg e o Chanceler George Osborne, assim como o Presidente do Banco da Inglaterra Sir Mervyn King e o Regulador Chefe dos Bancos Britânicos Lorde Adair Turner. O Banco Central Europeu rejeitou sumariamente o plano de auxílio proposto pelo Banco Central Espanhol para salvar o Bankia – quarto maior banco espanhol – alegando identificando diversas irregularidades na operação. Todas as Bolsas de Valores Europeias operam em forte baixa, reflexo do medo de repetição na Espanha do estouro de uma bolha imobiliária, tal qual a que ocorreu no Estados Unidos em 2008. Estima-se que as instituições financeiras espanholas detenham um total de 180 bilhões em ativos imobiliários tóxicos.Por não ter sido capaz de prever o tamanho da dívida dos bancos espanhóis, o presidente do O Banco Central da Espanha, Miguel Fernández Ordóñes, resolveu adiantar a sua saída do cargo. Junho de 2012 Apesar da crescente especulação, o Ministro da Economia da Espanha nega que o país precise de resgate de seu setor bancário e afirma que não discutiu qualquer tipo de intervenção sobre os bancos espanhóis. As observações ajudaram a impulsionar a Bolsa de Valores de Madri, que apresentou um crescimento de 3%. As bolsas de valores europeias e asiáticas vêm apresentando forte alta após as notícias do plano de resgate aos bancos espanhóis. Após um início animador provocado pelo anúncio da recapitalização dos bancos espanhóis, todos os mercados mundiais caíram rapidamente. O preço do petróleo caiu 3,0% devido ao temor de que a crise gere uma menor demanda pela commodity. O custo de obtenção de empréstimo por parte dos governos italiano e espanhol para pagamento em dez anos aumentou Os títulos de 10 anos do Governo Espanhol atingiram um novo recorde pelo segundo dia consecutivo. Os juros que incidem sobre estes bonds vêm sendo negociados acima de 7,0% depois que a agência de risco Moody`s rebaixou a nota de crédito espanhola para um patamar apenas acima do nível considerado “lixo”. Os líderes europeus tinham a esperança de que os mercados se acalmassem após o pacote de resgate de € 100 bilhões. Cresce a preocupação mundial. As primeiras notícias oriundas do encontro do
  • 13. 14 G20 no México indicam que a preocupação mundial em relação à crise na zona do euro é crescente. Enquanto isso, a taxa de inflação no Reino Unido caiu 2,8%, uma queda de 2,5% em relação ao ano passado, afirmou o Office for National Statistics (ONS), o Instituto Britânico de Estatística e Pesquisa equivalente ao IBGE no Brasil. Analistas preveem uma maior queda da inflação. Uma coalisão governamental com três partidos políticos foi formada na Grécia com o intuito de apoiar o pacote de resgate internacional e manter o país na zona do euro. Quinze das maiores instituições financeiras mundiais tiveram suas recomendações de investimento rebaixadas no final do dia de ontem pela agência de risco Moody’s, refletindo o alto grau de exposição apresentado por estas instituições frente à crise do euro. Dentre os bancos afetados encontram-se os britânicos Barclays, HSBC, RBS e Lloyds, assim como o Credit Suisse. O rebaixamento da instituição suíça foi considerada a mais inesperada, uma vez que a mesma foi o único banco rebaixado em três níveis pela agência. Com relação aos bancos americanos, foram rebaixados o Bank of America e o Citigroup. As outras instituições foram: Goldman Sachs, Morgan Stanley, JP Morgan Chase, UBS, BNP Paribas, Credit Agricole, Societe Generale, Deutsche Bank e Royal Bank of Canada. Itália e Espanha vencem queda de braço após 14 horas de negociação e zona do euro aprova acordo que permite socorro direto a bancos em dificuldade. Julho de 2012 Banco Central Europeu (BCE) – Progresso grego “virtualmente estagnado”. Os plano para a criação de uma união bancaria ampla na União Europeia prevista pelo Banco Central Europeu (BCE) ainda carece de um maior detalhamento sobre como esta medida impedirá a quebra de vínculo entre os bancos e seus respectivos governos, alertou ontem a agência de avaliação de risco Fitch. PMI indica desaceleração na economia da Alemanha Enquanto que membros do FMI (Fundo Monetário Internacional), BCE (Banco Central Europeu) e da Comissão Europeia encontram-se na Grécia para avaliar o sucesso inicial promovido pela liberação de parte do pacote de resgate grego, a divulgação da pesquisa PMI (Purchasing Managers’s Index), conhecido no Brasil como Índice dos Gerentes de Compras – mostra uma forte contração no setor de
  • 14. 15 serviços da Alemanha. Crise bancaria na Espanha ruma para o tribunal. O ex-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) Rodrigo Rato terá que prestar contas aos tribunais espanhóis sob acusações de fraudes relativas ao seu envolvimento com o Bankia – banco espanhol credor de hipotecas. A maioria dos mercados globais despencou novamente apesar de uma nova rodada de esforços por parte de diversos bancos centrais em conter a hemorragia das economias mais expostas à crise na zona do euro. Já o Banco Central Europeu (BCE) cortou a sua taxa básica de juros em 0,25 pontos percentuais para 0,75%, e a taxa de remuneração de depósito bancário de 0,25% para zero. Indicadores apontam para um novo ciclo de fraco crescimento econômico e aumento de incerteza entre os mercados Espanha anuncia um novo corte de despesas e aumento da carga tributária. O Primeiro-Ministro Espanhol anunciou um novo corte no orçamento governamental e um aumento na carga tributária com o objetivo de equilibrar as contas do país. No total, essas medidas representarão um choque de austeridade na economia espanhola equivalente a 6,55 do PIB (Produto Interno Bruno) em menos de três anos. A fabricante europeia de carros Peugeot Citroen citou a “crise profunda” na zona do euro como a principal culpada pela demissão de 8.000 funcionários e pela queda na demanda por carros. A crise em curso na Europa tem afetado o desempenho financeiro da Ásia, com o PIB (Produto Interno Bruto) da China caindo para 7,6% e a economia de Cingapura contraindo 1,1% no segundo trimestre de 2012. A desaceleração da China – o pior resultado do país em três anos – gera forte impacto sobre a economia australiana. Respondendo por mais de 25% do seu mercado de exportação, a desaceleração da China foi responsável pelo crescimento da Austrália abaixo do esperado: 2,2% contra os 3,1% projetado inicialmente pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Grécia adia decisão final sobre corte de gastos. Itália aprova definitivamente o pacto fiscal europeu. O Banco Europeu de reconstrução e desenvolvimento, reduziu sua previsão de crescimento para a Rússia em 2012, de 1,1% para 3,1%. A crise foi chegando à Rússia através de dois canais principais: preços mais baixos das commodities e uma
  • 15. 16 redução geral do apetite pelo risco. Agosto de 2012 O mercado aguarda que novas medidas sejam propostas nos Estados Unidos para a formação de uma plano de recuperação em conjunto com os novos esforços realizados na Europa. Rentabilidade média dos títulos espanhóis de 10 anos subiu para 6,65% - um aumento de 0,22% em relação à média de rentabilidade registrada em Julho. Também houve uma diminuição da demanda por esses títulos no mercado. Os mercados mundiais caíram bruscamente, logo após o Banco Central Europeu (BCE) desapontar os investidores, que aguardavam pela divulgação de uma solução imediata para conter a crise da dívida europeia. O Banco Central Europeu (BCE) reduziu sua taxa de crescimento prevista para o próximo ano de 1,0% para apenas 0,6%. Enquanto isso, o déficit comercial no Reino Unido foi confirmado como o maior desde que seus registros começaram: £ 4,3 bilhões. Já do outro lado do mundo, dados referentes a empréstimos bancários e às transações comerciais chinesas mostram que o país continua firme em seu modo de desaceleração. O fraco consumo doméstico entre os países que compõem o bloco (exceto a Alemanha) e a redução dos planos de investimento formam principais vilões da retração econômica. Setembro de 2012 A produção industrial da zona do euro caiu pelo décimo terceiro mês consecutivo. Novos números demonstram que o Índice de performance de produção para a zona euro em Agosto (45,1) subiu ligeiramente em relação à Julho (44,0). Qualquer medida do índice PMI abaixo de 50,0 indica redução da produção industrial e, consequentemente, contração do PIB (Produto Interno Bruto). As bolsas de valores europeias vêm performando em ligeira baixa uma vez que o rali provocado pelo anúncio da aprovação das novas medidas de estímulo do Banco Central Europeu (BCE) começa a arrefecer-se e, a Espanha passa a demonstrar uma certa resistência em solicitar o pacote de resgate à sua tão combalida economia. Um dólar mais forte e um euro mais fraco viram a cotação do Petróleo Brent
  • 16. 17 cair mais de US$ 1,00 durante os pregões na Europa e na Ásia. Provavelmente um reflexo da nota emitida pelo Banco da Espanha afirmando que o produto interno bruto (PIB) do país encolheu significativamente neste terceiro trimestre. As principais bolsas de valores da Europa fecharam em forte baixa ontem – o FTSE 100 perdeu mais de £ 23,2 bilhões e as bolsas dos países europeus em maior dificuldade, como Espanha e Grécia, fecharam com baixas acima de 3%. Outubro de 2012 Outros dados catastróficos demonstram que o número de desempregados na Europa já ultrapassa a barreira de 25 milhões de pessoas – com 18 milhões residindo nos países da zona do euro mais afetados pela crise. A taxa de jovens sem emprego na Espanha e na Grécia é particularmente alta: respectivamente 52,90% e 55,40%, de acordo com a Eurostat. A Espanha com 24,63% de sua população ativa desempregada presenciou uma nova queda generalizada (-0,40%) das ações negociadas nas bolsas de valores europeias, nesta Terça-Feira, em função de uma nova desvalorização do euro (- 0,29%) frente ao dólar americano. Novembro de 2012 Os números gerais mascaram amplas diferenças pelo bloco de 17 países, com o desemprego na Áustria a 4,3% da população ativa e os níveis de desemprego na Espanha a 26,2%, o maior na Europa. Dezembro de 2012 O Ministério da Economia da Alemanha anunciou que a produção industrial do país recuou e deve permanecer nesse ritmo ao longo do quarto trimestre. A notícia amplia os temores de que uma desaceleração na maior economia da Europa pode aprofundar a recessão da zona do euro. 3 PAÍSES DIRETAMENTE AFETADOS
  • 17. 18 Devido à globalização a crise econômica afeta várias nações, como investimento, geração de empregos, importação/exportação, impactando no PIB, Risco pais entre outros, nesta crise que os países estão vivendo desde 2008, afetou várias nações umas mais fortemente que as outras. Segue abaixo alguns países afetados pela crise. Principais países Afetados: Canadá, Estados Unidos, México, Brasil, Colômbia, Chile,Argentina, Islândia, Irlanda, Portugal, Reino Unido, Espanha, França, Holanda, Bélgica, Alemanha, Noruega, Suíça, Itália, Hungria,Dinamarca, Áustria, Polônia, Letônia, Grécia, Suécia, Ucrânia, Rússia, Turquia, África do Sul, Israel, Iraque,Kuwait, Catar, Arábia Saudita, Paquistão, Índia, Tailândia, China, Hong Kong, Vietnã, Malásia, Taiwan, Indonésia, Coréia do Sul, Japão, Austrália, Nova Zelândia, além dos Países do Bloco da União Européia. MEDIDAS CONTRA A CRISE NOS PRINCIPAIS PAISES AFETADOS, INCLUSIVE UNIÃO EUROPÉIA ITÁLIA - Estímulo econômico, o governo transferirá cerca de 80 bilhões de euros (do setor público para o privado. Auxílio financeiro a famílias de baixa renda, isenção de impostos a empresas e uma ajuda de até 12 bilhões de euros para os bancos italianos, que será distribuída por meio da compra de dívidas híbridas das instituições financeiras pelo governo. - Aprovou uma lei de emergência que cria um fundo de estabilização e dará garantias a depósitos de até 103 mil euros, medida que tem como objetivo restaurar a confiança no sistema financeiro em meio à crescente crise financeira global. - O Banco da Itália aprovaram ainda novas medidas para aumentar a confiança no sistema financeiro, em linha com outros países integrantes da zona do euro. As medidas incluem a garantia estatal de novas dívidas bancárias de até cinco anos emitidas até o final de 2009; um swap do banco central da Itália para ajudar os
  • 18. 19 bancos a se refinanciarem; e o apoio estatal aos financiamentos de bancos para companhias privadas. - Garantia de todos os depósitos, papéis e dívidas dos bancos do país, garantia valerá por dois anos e beneficia seis bancos da Irlanda: Allied Irish, Bank of Ireland, Anglo Irish Bank, Irish Life and Permanent, Irish IRLANDA Nationwide Building Society e Educational Building Society. - Recaptalização de 10 bilhões de euros as instituições financeiras por meio de medidas como a compra de ações dos bancos do país. Dinheiro esse que saíra das estatais. - A economia estagnada. PORTUGAL - Criação de um fundo de até 20 bilhões e assim garantindo liquidez aos bancos do país. Garantia também que vai garantir todos os depósitos bancários do país. - União do bloco para a criação de um pacote de estímulo econômico calculado em cerca de 200 bilhões de euros . E assim injetando nas suas economias o equivalente a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do UNIÃO bloco. EUROPEIA - Garantiu aos correntistas em todos os 27 países. A garantia, que era de 20 mil euros, passa a pelo menos 50 mil, com intenção de evitar corrida e saques. - O Banco Central Europeu realizou dois cortes na taxa de juros da zona do euro desde o agravamento da crise. Os cortes colocaram a taxa de juro em 3,25%. GRÉCIA - Anuncio de um pacote de 28 bilhões de euros.
  • 19. 20 4 PRINCIPAIS MEDIDAS PARA ENFRENTAR OS IMPACTOS. Para a maioria dos economistas, a atual crise é a pior desde o crash da Bolsa de Nova York, em 1929. Quando a instabilidade eclodiu, em 15 de setembro, com o pedido de concordata do banco Lehman Brothers e a venda do Merrill Lynch para o Bank of America, Wall Street teve o seu pior desempenho desde o 11 de Setembro. A partir daí, as bolsas entraram em queda em todo o mundo, com poucos dias de alívio. Grandes potências entraram em recessão, as taxas de desemprego cresceram e vários setores da economia entraram em declínio. É mandatório, portanto, que os governos e organizações multilaterais lancem mão de medidas e discursos contra os abalos nos mercados. Uma das principais medidas foram; Pacotes dos Governos Com o mercado dando sinais de fraqueza, abriu-se o caminho para a intervenção do estado. Governos de todo o mundo vêm anunciando pacotes de bilhões de dólares, que incluem ajuda a empresas privadas, disponibilização de crédito para investidores e consumidores, cortes de impostos e investimentos em infra-estrutura. Taxas de Juros Juro baixo significa dinheiro mais barato. Que, por sua vez, representa maior volume de crédito para um país. Com crédito, o consumidor vai às compras e, consumindo, repassa dinheiro ao empresário, que emprega e investe. Abaixo, os países que decidiram reduzir suas taxas de juro para estimular a economia: Políticas Institucionais A gravidade da situação tem motivado a realização de encontros dos grupos e organismos multilaterais. Seus membros se sentam para conversar e procurar respostas para as incertezas. A seguir, os principais encontros ocorridos desde o início desse período de turbulências econômicas:
  • 20. 21 Socorro do FMI O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou à cena com a turbulência internacional. Já foram concedidos três empréstimos desde o início da crise. De acordo com a própria instituição, há cerca de 200 bilhões de dólares disponíveis para ajudar países em dificuldade, e as exigências para empréstimo podem ser reduzidas para agilizar o socorro às nações vítimas da crise. 5 PERSPECTIVAS PARA O ANO DE 2013 A Zona do Euro continua atolada na recessão e estaria ainda pior se não fosse o brando crescimento da Alemanha. A crise Européia segue sem ser solucionada, mas acredita-se em um caminho, o programa de compra de bonds anunciado pelo Banco Central Europeu. Mesmo assim, há dificuldades, na região, especialmente entre os países periféricos e o futuro da Grécia, no longo prazo, como membro do euro parece difícil. A expectativa é que o declínio da economia grega continue, guiado pela austeridade fiscal. Se houver uma recuperação em 2013, ela será fraca, com crescimento de 0,4%. A Europa oriental segue vulnerável aos problemas da zona do euro, mas as últimas ações do BCE balancearam os riscos e o espera-se um crescimento de 2,5% em 2012 e de 3% em 2013. *Veja no quadro abaixo, a expectativa de crescimento da economia Européia até o ano 2017, realizado pela Economist Intelligence Unit, empresa de consultoria internacional: 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Mundo (PPP Exchange rates) % 3,7 3,1 3,5 4,0 4,1 4,2 4,1 América Latina 4.3 3.1 3.9 4.2 4.0 4.1 4.1 Estados Unidos 1.8 2.1 1.9 2.1 2.2 2.3 2.3 Japão -0.7 2.0 1.2 1.6 1.2 0.9 0.8
  • 21. 22 China 9.2 7.8 8.6 8.0 8.0 7.8 7.8 Zona do Euro 1.5 -0.4 0.4 1.2 1.4 1.4 1.2 Europa Oriental 3.8 2.5 3.0 3.7 3.7 3.9 4.0 Ásia e Austrália (excl. Japão) 6.5 5.7 6.4 6.5 6.5 6.5 6.4 Oriente Médio e Norte da África 3.4 3.4 3.9 4.7 4.9 5.3 5.0 África Subsaariana 4.4 4.1 4.4 5.0 5.0 5.2 5.0 Fonte: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/quanto-as-principais-economias-vao-crescer-ate- 2017?page=3, em 09/12/2012. REFERÊNCIAS http://br.advfn.com/eventos/2012/crise-na-europa em 08/12/2012 http://www.bportugal.pt/pt PT/EstudosEconomicos/Publicacoes/Cronologia/Publicacoes/Cronologia_p.pdf em 08/12/2012 http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2012/11/30/desemprego-na-zona- do-euro-atinge-recorde-mas-inflacao-desacelera.jhtm em 08/12/2012 http://www.esquerda.net/dossier/cronologia-crise-econ%C3%B3mica- espanhola/22270 em 08/12/2012. http://exame.abril.com.br/economia/noticias/quanto-as-principais-economias-vao- crescer-ate-2017?page=3, em 09/12/2012. http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/crise-financeira/guia1.html em 08/12/2012 http://veja.abril.com.br/noticia/economia/industria-alema-recuou-2-6-em-outubro em 08/12/2012 http://veja.abril.com.br/perguntas-respostas/crise-europa.shtml , em 08/12/2012.