O documento discute sobre o problema do desemprego no Brasil, seus impactos negativos e como lidar com ele. A taxa de desemprego tem diminuído gradualmente nos últimos anos, porém ainda é alta e causa sofrimento emocional e perda de dignidade para os desempregados.
2. O desemprego traz consigo várias aflições e provações e normalmente também uma profunda crise emocional. De maneira nenhuma queremos minimizar tudo isso, mas desejamos animá-lo! Encorajá-lo a lançar todas as suas ansiedades sobre o Senhor Jesus Cristo, pois está escrito: "lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós" (1 Pe 5.7). Você notou que este pequeno versículo contém uma exortação e uma promessa? A exortação é: "lançando sobre ele toda a vossa ansiedade." Portanto, não devemos entregar-Lhe as ansiedades de maneira vacilante ou até com dúvidas, mas devemos literalmente lançá-las sobre Ele! Isto quer dizer: distanciar-se delas de maneira decidida. E a promessa é: "porque ele tem cuidado de vós." O próprio Senhor sabe o que é o melhor para você, pois Ele sempre tem em mente o que é melhor para sua vida! Porém, às vezes temos muitas dificuldades em entendê-lo e em nos firmarmos pela fé nessa verdade espiritual. Por quê? Porque em nossa miopia humana sempre pensamos que o melhor é "ter o sol brilhando a cada dia". De maneira nenhuma! São justamente os caminhos profundos que nos levam à comunhão dos Seus sofrimentos e, assim, a uma comunhão mais íntima com o Senhor!
3. A atual realidade do mundo moderno sugere mudanças rápidas na sociedade, no que diz respeito ao mercado de trabalho, é fato também que a sociedade não está acompanha o ritmo dessas mudanças, profissões estão desaparecendo e outras estão surgindo, a concentração de renda aumenta e a economia está se globalizando, nesse contexto cada vez mais as empresas estão investido em características antes vistas como sem importância, a criatividade está sendo o diferencial, pré-requisito para o trabalhador moderno. Diante desse quadro o Brasil precisa de uma melhoria significativa no seu sistema educacional, preparando as novas gerações para a versatilidade do mundo moderno, bem como as políticas contra o desemprego precisam apresentar soluções adequadas à realidade de uma economia que não pode ser mais dividida simplesmente em formal e informal. Uma conseqüência do despreparo das universidades em produzir profissionais capacitados para o mercado são novos cursos superiores com períodos menores ou mesmo cursos superiores feitos em finais de semana que apenas oferecem um diploma universitário . Se por um lado faltam empregos para a maioria da população, também faltam profissionais qualificados para as empresas. Conseqüência disso é que uma fatia do mercado está sendo suprida por autodidatas, empresas procuram pessoas de talento e criatividade que podem ser adequadas e treinadas para as novas necessidades de um mercado em constante mutação, marcas de um país que não treina seus cidadãos, que tem uma política voltada para o imediatismo sem se preocupar a seqüencia histórica das próximas gerações.
4. Taxa de desemprego no Brasil A taxa de desemprego ou de desocupação no Brasil é determinada mensalmente pela Pesquisa Mensal do Emprego, coordenada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números da pesquisa em questão são determinados a partir de estudos feitos a cada mês com a População Economicamente Ativa (PEA) das seis maiores regiões metropolitanas do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife) . DADOS 2010: Taxa de desocupação (%) Janeiro 7,2, Fevereiro 7,4, Março 7,6, Abril 7,3, Maio 7,5, Junho 7,0, Julho 6,9, Agosto 6,7, Setembro 6,2, Outubro 6,1, Novembro 5,7 e Dezembro 5,3. DADOS 2011: Taxa de desocupação (%) Janeiro 6,1, Fevereiro 6,4, Março 6,5, Abril 6,4.
5. Desemprego, vergonha e sofrimento O desemprego no Brasil revela um quadro triste e assustador: a diminuição das vagas, demissões em massa e fechamento de fábricas e indústrias após a crise econômica, embora o governo negue. A dificuldade de empregar-se, em vez de ser compreendida como resultado de um modelo econômico excludente, faz com que a pessoa sinta vergonha e culpa por não está conseguindo trabalho. Além de peregrinação pelas portas de fábricas e lojas, o indivíduo tem que enfrentar diante dos parentes e amigos o estigma do desemprego, sendo, muitas vezes, tachado de preguiçoso, incapaz etc. Situação que acarreta com frequência desequilíbrios que afetam a relação familiar e abalam a autoconfiança da pessoa, gerando sentimento de culpa e deteriorando os vínculos sociais e afetivos. O desempregado sofre uma punição por suposta falta de competência ou de aptidão para o trabalho, o que repercute diretamente na autoestima. Pessoas que sempre foram íntegras e honestas se vêem sem condições de pagar suas contas e saldar dívidas, tendo que conviver com a vergonha e humilhação da cobrança e dos cobradores. A falta de trabalho retira a dignidade de famílias inteiras. Em nossa sociedade machista, onde é esperado que o homem assuma o papel do provedor do lar, abre-se uma ferida na identidade masculina, fazendo brotar sentimentos de fracasso. O sofrimento psíquico do desempregado pode atingir patamares insuportáveis, e o desespero e a falta de perspectivas, a levá-lo a situações-limites, incluindo casos de assassinatos e suicídios. Diante deste cenário, o desafio da sociedade civil e do Estado é reverter o quadro do desemprego sob pena de dissolução dos laços sociais que asseguram a continuidade da vida societária.
6. Como reagir ao desemprego A primeira reação que você deve ter é a de superar o trauma do desligamento, encarando o fato como absolutamente normal no cotidiano das empresas. Não fique buscando respostas, o porquê de você ter sido o escolhido e não outros, exceto se isso for feito com o objetivo de identificar aspectos em que você pode, pessoal ou profissionalmente, melhorar. Do contrário, a busca de justificativas só lhe trará amarguras. Não se sinta injustiçado, ainda que isso possa ter acontecido. Bola para frente! Você apenas perdeu o emprego, e não foi para sempre, pode ter certeza. Dê um tempo para você. Não saia imediatamente para o mercado de trabalho. Tudo o que você menos precisa, e o que menos vai lhe ajudar, é pressa. “Quem tem pressa come cru”, lembre-se disso. Aproveite as férias forçadas e procure descansar, recuperar as energias, reciclar conhecimentos, organizar sua agenda, rever amigos e parentes, praticar esportes e ter algum divertimento. Ao se decidir pela busca de uma recolocação, faça isso de forma planejada, sem atropelos. Não se fixe em uma única alternativa, procurando apenas trabalho com vínculo empregatício. Avalie todas as alternativas, inclusive a de você se tornar dono do próprio nariz, ainda que em parceria, analisando calmamente as propostas que lhe parecem e procurando, também, fazer sua escolha – e não ser simplesmente “escolhido”.