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Escola Estadual De Ensino Fundamental E Médio José Bronzeado Sobrinho
Disciplina: Sociologia Professor (a): Bruno Daniel
Série: 1º Ano Turma: “C” Turno: Manhã
Equipe: Andriny Maria De Souza Rodrigues Nº 03
Laryssa Monteiro Soares Nº 21
Maria Eugênia Clementino Nº 25
Maria Gabriella De Lima Freire Nº 26
Wesley Marques Da Silva Fortunato Nº
O Príncipe, Maquiavel
INTRODUÇÃO
O Príncipe de Maquiavel é dirigido a um Príncipe que esteja governando um Estado, e o
aconselha sobre como manter seu governo da forma mais eficiente possível. Essa
eficiência é a ciência política de Maquiavel.
A presente obra é um livro de orientação prática de algumas ações políticas que o Príncipe
deve fazer para conquistar e se manter no poder. O escrito se desdobra em 26 Capítulos.
Com base na observação de procedimentos da ação dos grandes homens "os líderes", no
ver de Maquiavel e no conhecimento adquirido pela leitura de tal ação em diferentes
momentos da história, o segundo secretário do Dieci fundamenta sua teoria do poder.
Esta tem dois princípios básicos: a legitimidade e a organização.
Legitimidade implica em saber o Príncipe ser aceito como poder pelos dominados.
Organização implica em ter boas leis e boas armas. Boas leis, na ótica de Maquiavel, são
os que asseguram o poder centralizado e boas armas são aquelas inteiramente fieis e
obedientes ao Príncipe.
Desenvolvimento
Capítulo 16: A Liberalidade E A Parcimônia
A liberalidade deve ser praticada de modo apropriado, não sendo reconhecida. Um
Príncipe liberal gastará todo o seu tesouro, o que o fará impor pesados impostos ao povo,
o que o fará ser odiado pelos seus súditos. E ainda pouco estimado por ter se tornado
pobre. E se o Príncipe quiser corrigir sua liberalidade será passado imediatamente por
miserável.
"[...] o Príncipe não se deve incomodar de ser tido como miserável, para não ter de onerar
demais os súditos, para poder defender-se e para não tornar-se pobre e desprezado,[...]"
Maquiavel nos mostra neste capitulo que para aquele que já é Príncipe a liberalidade é
prejudicial, mas para aquele que está a caminho de ser, ser tido como liberal é necessário.
É necessário para o Príncipe que esteja à frente do exército e vive do botim de guerra, do
roubo e de resgates, pilhando a riqueza alheia. Esbanjar as riquezas alheias não diminui a
reputação do Príncipe, mas sim a ergue; apenas esbanjar os próprios recursos que
prejudica. E o mais importante é que o Príncipe não seja odiado ou desprezado; a
liberalidade leva a uma dessas condições.
Capítulo 17: A Crueldade E Da Piedade: Se È Melhor Ser Amado Que Temido, Ou Antes
Temido Que Amado
Todos os Príncipes devem preferir ser considerados clementes, e não cruéis. Porém deve
se saber usar essa clemência. Quando o objetivo é manter o povo unido e leal, o Príncipe
não deve se importar em ser tido por cruel; os Príncipes novos no poder não podem fugir
da reputação de cruel, pois estes estados são os mais perigosos.
Seria bom que o Príncipe fosse ao mesmo tempo amada e temido, mas como essa junção
é difícil, é preferível que seja temido. Temido de forma que, se não é possível conseguir o
amor de seus súditos, se evite o ódio; o que é conseguido não atentando contra as
mulheres e os bens dos súditos e cidadãos. Se for necessário que o Príncipe decrete a
execução alguém, que este dê um bom motivo.
"Os homens têm menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se faz
temer, pois o amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando deixam de
ser necessários, já que os homens são egoístas; mas o temor é mantido pelo medo do
castigo, que nunca falha." Quando o Príncipe está à frente do exército deve manter a
fama de cruel, ou caso o contrario, o monarca não conseguirá comandar com êxito. O
amar vem de acordo com cada homem, mas o temor lhes é imposto; sendo assim o
Príncipe deve fazer o uso do que lhe tem nas mãos, e não no que depende da vontade
alheia.
Capítulo 18: A Conduta Dos Príncipes E A Boa-Fé
É esperado de um Príncipe que mantenha sua palavra empenhada, e viver com
integridade e não com astúcia. Todavia nem sempre o Príncipe pode agir com boa-fé,
principalmente quando é necessário para isso ele ir contra os próprios interesses e
quando os motivos para que mantenha a palavra não existam mais.
Pode-se lutar de duas formas: pela lei e pela força. Sendo a primeira própria dos homens;
a segunda própria dos animais. Contudo uma não é duradoura sem a outra. Quando se é
necessário que o Príncipe aja como um animal, deve saber agir como o leão e a raposa; o
leão para afugentar os lobos e a raposa para fugir das armadilhas.
"[...] é bom ser e parecer piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso; mas é preciso ter a
capacidade de se converter aos atributos opostos, em caso de necessidade."
De certo que se não consiga ter todas as qualidades acima citadas, é bom aparentar tê-las;
nada é mais necessário do que a aparência da religiosidade. Por tanto:
"Todos veem nossa aparência, poucos sentem o que realmente somos, e estes poucos não
ousarão opor-se à maioria que tenha a majestade do Estado a defendê-la."
O que importa para um Príncipe é a aparência que passa para os seus subordinados,
muitas vezes sendo o contrário do que pensa o povo, mas conseguindo esconder o que se
é de verdade.
Capítulo 19: Como Se Pode Evitar O Desprezo E O Ódio
Os Príncipes devem tomar o cuidado que suas decisões sejam irrevogáveis, e que as
sustente de tal forma que a ninguém ocorra enganá-lo ou deslocá-lo.
Os Príncipes devem se acautelar contra duas coisas: seus súditos e as potências
estrangeiras. Contra as potências estrangeiras lhe servirá boas armas e bons amigos;
contra as conspirações dos súditos lhe servirá não ser odiado, visto que o conspirador só
executará seu plano se pensar que a morte do soberano satisfará o povo.
"Em poucas palavras, do lado do conspirador estão o medo, os ciúmes, as suspeitas, o
receio do castigo; do lado do Príncipe há a majestade do poder, as leis, a proteção
oferecida pelos amigos e pelo Estado. Quando a esses fatores se acrescenta a estima do
povo, é impossível que alguém cometa a temeridade de conspirar."
Os Príncipes sábios tentam sempre não aborrecer os grandes e agradar o povo. Pode-se
fazer isso deixando reservado aos grandes as tarefas como os julgamentos isso pra eles é
estima, todavia o monarca deve ele mesmo fazer os favores. O Príncipe deve sempre
tomar cuidado para não injuriar alguém de cujos serviços se utilize. Sempre o que conta
para o Príncipe é o que seus súditos sentem por ele; se o povo sente ódio ou desprezo, e
ainda por cima, não o temem, o Estado será perdido facilmente.
Capítulo 20: A Utilidade De Construir Fortalezas E De Outras Medidas Que Os Príncipes
Adotam Com Frequência.
Quando um Príncipe novo chega ao poder deve armar seus súditos, o que lhes imporá que
o Príncipe lhes tem confiança, eles assim se tornam leais e os que já eram leais matem sua
lealdade. Se o Príncipe novo desarma seus súditos, lhes imporá que não lhes tem
confiança, o que provoca ódio contra o soberano.
Todavia se um Príncipe adquire um Estado o adicionando ao seu, é necessário que o
desarme, com exceção dos habitantes que estiveram do seu lado na conquista; mesmo
esses é necessário que lhes seja cortada a ousadia, arranjando as coisas de modo que o
poder militar do novo domínio fique nas mãos de soldados que viviam no Estado antigo,
junto ao Príncipe .
Disse Maquiavel: ... O Príncipe sábio deve fomentar astuciosamente alguma inimizade, se
houver ocasião para tal, de modo a incrementar sua grandeza superando esse obstáculo.
Quanto às fortalezas, se o Príncipe teme seus súditos mais do que os estrangeiros, deve
construí-las; em caso contrário, não. Maquiavel: ... A melhor fortaleza é a construída sobre
a estima dos súditos, pois as fortificações não salvarão um Príncipe odiado pelo povo.
Sobre O Autor, Maquiavel
Nicolau Maquiavel foi um importante historiador, diplomata, filósofo, estadista e político
italiano da época do Renascimento. Nasceu na cidade italiana de Florença em 03 de maio
de 1469 e morreu, na mesma cidade, em 21 de junho de 1527.
Vida e obras
Filho de pais pobres, Maquiavel desde cedo se interessou pelos estudos. Aos sete anos de
idade começou a aprender latim. Logo depois passou a estudar ábaco e língua grega
antiga.
Aos 29 anos de idade, ingressou na vida política, exercendo o cargo de secretário da
Segunda Chancelaria da República de Florença. Porém, com a restauração da família
Médici ao poder, Maquiavel foi afastado da vida pública. Nesta época, passou a dedicar
seu tempo e conhecimentos para a produção de obras de análise política e social.
-Em 1513, escreveu sua obra mais importante e famosa “O Príncipe”. Nesta obra,
Maquiavel aconselha os governantes como governar e manter o poder absoluto, mesmo
que tenha que usar a força militar e fazer inimigos. Esta obra, que tentava resgatar o
sentimento cívico do povo italiano, situava-se dentro do contexto do ideal de unificação
italiana. Entre os anos de 1517 e 1520, escreveu “A arte da guerra”, um dos livros menos
lidos do autor. Em 1520, Maquiavel foi indicado como o principal historiador de Florença.
Nos “Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio”, de 1513 a 1521, Maquiavel defende
a forma de governo republicana com uma constituição mista, de acordo com o modelo da
República de Roma Antiga. Defende também a necessidade de uma cultura política sem
corrupção, pautada por princípios morais e éticos.
O termo “maquiavélico”
Em função das idéias defendidas no livro “O Príncipe”, o termo “maquiavélico” passou a
ser usado para aquelas pessoas que praticam atos desleais (até mesmo violentos) para
obter vantagens, manipulando as pessoas. Este termo é injustamente atribuído a
Maquiavel, pois este sempre defendeu a ética na política.
Bibliografia
http://www.suapesquisa.com/biografias/maquiavel.htm
Livro O Príncipe, Maquiavel 1513. Capítulos 16 ao 20.
obter vantagens, manipulando as pessoas. Este termo é injustamente atribuído a
Maquiavel, pois este sempre defendeu a ética na política.
Bibliografia
http://www.suapesquisa.com/biografias/maquiavel.htm
Livro O Príncipe, Maquiavel 1513. Capítulos 16 ao 20.

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  • 1. Escola Estadual De Ensino Fundamental E Médio José Bronzeado Sobrinho Disciplina: Sociologia Professor (a): Bruno Daniel Série: 1º Ano Turma: “C” Turno: Manhã Equipe: Andriny Maria De Souza Rodrigues Nº 03 Laryssa Monteiro Soares Nº 21 Maria Eugênia Clementino Nº 25 Maria Gabriella De Lima Freire Nº 26 Wesley Marques Da Silva Fortunato Nº O Príncipe, Maquiavel INTRODUÇÃO O Príncipe de Maquiavel é dirigido a um Príncipe que esteja governando um Estado, e o aconselha sobre como manter seu governo da forma mais eficiente possível. Essa eficiência é a ciência política de Maquiavel. A presente obra é um livro de orientação prática de algumas ações políticas que o Príncipe deve fazer para conquistar e se manter no poder. O escrito se desdobra em 26 Capítulos. Com base na observação de procedimentos da ação dos grandes homens "os líderes", no ver de Maquiavel e no conhecimento adquirido pela leitura de tal ação em diferentes momentos da história, o segundo secretário do Dieci fundamenta sua teoria do poder. Esta tem dois princípios básicos: a legitimidade e a organização. Legitimidade implica em saber o Príncipe ser aceito como poder pelos dominados. Organização implica em ter boas leis e boas armas. Boas leis, na ótica de Maquiavel, são os que asseguram o poder centralizado e boas armas são aquelas inteiramente fieis e obedientes ao Príncipe.
  • 2. Desenvolvimento Capítulo 16: A Liberalidade E A Parcimônia A liberalidade deve ser praticada de modo apropriado, não sendo reconhecida. Um Príncipe liberal gastará todo o seu tesouro, o que o fará impor pesados impostos ao povo, o que o fará ser odiado pelos seus súditos. E ainda pouco estimado por ter se tornado pobre. E se o Príncipe quiser corrigir sua liberalidade será passado imediatamente por miserável. "[...] o Príncipe não se deve incomodar de ser tido como miserável, para não ter de onerar demais os súditos, para poder defender-se e para não tornar-se pobre e desprezado,[...]" Maquiavel nos mostra neste capitulo que para aquele que já é Príncipe a liberalidade é prejudicial, mas para aquele que está a caminho de ser, ser tido como liberal é necessário. É necessário para o Príncipe que esteja à frente do exército e vive do botim de guerra, do roubo e de resgates, pilhando a riqueza alheia. Esbanjar as riquezas alheias não diminui a reputação do Príncipe, mas sim a ergue; apenas esbanjar os próprios recursos que prejudica. E o mais importante é que o Príncipe não seja odiado ou desprezado; a liberalidade leva a uma dessas condições. Capítulo 17: A Crueldade E Da Piedade: Se È Melhor Ser Amado Que Temido, Ou Antes Temido Que Amado Todos os Príncipes devem preferir ser considerados clementes, e não cruéis. Porém deve se saber usar essa clemência. Quando o objetivo é manter o povo unido e leal, o Príncipe não deve se importar em ser tido por cruel; os Príncipes novos no poder não podem fugir da reputação de cruel, pois estes estados são os mais perigosos. Seria bom que o Príncipe fosse ao mesmo tempo amada e temido, mas como essa junção é difícil, é preferível que seja temido. Temido de forma que, se não é possível conseguir o amor de seus súditos, se evite o ódio; o que é conseguido não atentando contra as mulheres e os bens dos súditos e cidadãos. Se for necessário que o Príncipe decrete a execução alguém, que este dê um bom motivo. "Os homens têm menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se faz temer, pois o amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando deixam de ser necessários, já que os homens são egoístas; mas o temor é mantido pelo medo do castigo, que nunca falha." Quando o Príncipe está à frente do exército deve manter a
  • 3. fama de cruel, ou caso o contrario, o monarca não conseguirá comandar com êxito. O amar vem de acordo com cada homem, mas o temor lhes é imposto; sendo assim o Príncipe deve fazer o uso do que lhe tem nas mãos, e não no que depende da vontade alheia. Capítulo 18: A Conduta Dos Príncipes E A Boa-Fé É esperado de um Príncipe que mantenha sua palavra empenhada, e viver com integridade e não com astúcia. Todavia nem sempre o Príncipe pode agir com boa-fé, principalmente quando é necessário para isso ele ir contra os próprios interesses e quando os motivos para que mantenha a palavra não existam mais. Pode-se lutar de duas formas: pela lei e pela força. Sendo a primeira própria dos homens; a segunda própria dos animais. Contudo uma não é duradoura sem a outra. Quando se é necessário que o Príncipe aja como um animal, deve saber agir como o leão e a raposa; o leão para afugentar os lobos e a raposa para fugir das armadilhas. "[...] é bom ser e parecer piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso; mas é preciso ter a capacidade de se converter aos atributos opostos, em caso de necessidade." De certo que se não consiga ter todas as qualidades acima citadas, é bom aparentar tê-las; nada é mais necessário do que a aparência da religiosidade. Por tanto: "Todos veem nossa aparência, poucos sentem o que realmente somos, e estes poucos não ousarão opor-se à maioria que tenha a majestade do Estado a defendê-la." O que importa para um Príncipe é a aparência que passa para os seus subordinados, muitas vezes sendo o contrário do que pensa o povo, mas conseguindo esconder o que se é de verdade. Capítulo 19: Como Se Pode Evitar O Desprezo E O Ódio Os Príncipes devem tomar o cuidado que suas decisões sejam irrevogáveis, e que as sustente de tal forma que a ninguém ocorra enganá-lo ou deslocá-lo. Os Príncipes devem se acautelar contra duas coisas: seus súditos e as potências estrangeiras. Contra as potências estrangeiras lhe servirá boas armas e bons amigos; contra as conspirações dos súditos lhe servirá não ser odiado, visto que o conspirador só executará seu plano se pensar que a morte do soberano satisfará o povo. "Em poucas palavras, do lado do conspirador estão o medo, os ciúmes, as suspeitas, o receio do castigo; do lado do Príncipe há a majestade do poder, as leis, a proteção
  • 4. oferecida pelos amigos e pelo Estado. Quando a esses fatores se acrescenta a estima do povo, é impossível que alguém cometa a temeridade de conspirar." Os Príncipes sábios tentam sempre não aborrecer os grandes e agradar o povo. Pode-se fazer isso deixando reservado aos grandes as tarefas como os julgamentos isso pra eles é estima, todavia o monarca deve ele mesmo fazer os favores. O Príncipe deve sempre tomar cuidado para não injuriar alguém de cujos serviços se utilize. Sempre o que conta para o Príncipe é o que seus súditos sentem por ele; se o povo sente ódio ou desprezo, e ainda por cima, não o temem, o Estado será perdido facilmente. Capítulo 20: A Utilidade De Construir Fortalezas E De Outras Medidas Que Os Príncipes Adotam Com Frequência. Quando um Príncipe novo chega ao poder deve armar seus súditos, o que lhes imporá que o Príncipe lhes tem confiança, eles assim se tornam leais e os que já eram leais matem sua lealdade. Se o Príncipe novo desarma seus súditos, lhes imporá que não lhes tem confiança, o que provoca ódio contra o soberano. Todavia se um Príncipe adquire um Estado o adicionando ao seu, é necessário que o desarme, com exceção dos habitantes que estiveram do seu lado na conquista; mesmo esses é necessário que lhes seja cortada a ousadia, arranjando as coisas de modo que o poder militar do novo domínio fique nas mãos de soldados que viviam no Estado antigo, junto ao Príncipe . Disse Maquiavel: ... O Príncipe sábio deve fomentar astuciosamente alguma inimizade, se houver ocasião para tal, de modo a incrementar sua grandeza superando esse obstáculo. Quanto às fortalezas, se o Príncipe teme seus súditos mais do que os estrangeiros, deve construí-las; em caso contrário, não. Maquiavel: ... A melhor fortaleza é a construída sobre a estima dos súditos, pois as fortificações não salvarão um Príncipe odiado pelo povo. Sobre O Autor, Maquiavel
  • 5. Nicolau Maquiavel foi um importante historiador, diplomata, filósofo, estadista e político italiano da época do Renascimento. Nasceu na cidade italiana de Florença em 03 de maio de 1469 e morreu, na mesma cidade, em 21 de junho de 1527. Vida e obras Filho de pais pobres, Maquiavel desde cedo se interessou pelos estudos. Aos sete anos de idade começou a aprender latim. Logo depois passou a estudar ábaco e língua grega antiga. Aos 29 anos de idade, ingressou na vida política, exercendo o cargo de secretário da Segunda Chancelaria da República de Florença. Porém, com a restauração da família Médici ao poder, Maquiavel foi afastado da vida pública. Nesta época, passou a dedicar seu tempo e conhecimentos para a produção de obras de análise política e social. -Em 1513, escreveu sua obra mais importante e famosa “O Príncipe”. Nesta obra, Maquiavel aconselha os governantes como governar e manter o poder absoluto, mesmo que tenha que usar a força militar e fazer inimigos. Esta obra, que tentava resgatar o sentimento cívico do povo italiano, situava-se dentro do contexto do ideal de unificação italiana. Entre os anos de 1517 e 1520, escreveu “A arte da guerra”, um dos livros menos lidos do autor. Em 1520, Maquiavel foi indicado como o principal historiador de Florença. Nos “Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio”, de 1513 a 1521, Maquiavel defende a forma de governo republicana com uma constituição mista, de acordo com o modelo da República de Roma Antiga. Defende também a necessidade de uma cultura política sem corrupção, pautada por princípios morais e éticos. O termo “maquiavélico” Em função das idéias defendidas no livro “O Príncipe”, o termo “maquiavélico” passou a ser usado para aquelas pessoas que praticam atos desleais (até mesmo violentos) para
  • 6. obter vantagens, manipulando as pessoas. Este termo é injustamente atribuído a Maquiavel, pois este sempre defendeu a ética na política. Bibliografia http://www.suapesquisa.com/biografias/maquiavel.htm Livro O Príncipe, Maquiavel 1513. Capítulos 16 ao 20.
  • 7. obter vantagens, manipulando as pessoas. Este termo é injustamente atribuído a Maquiavel, pois este sempre defendeu a ética na política. Bibliografia http://www.suapesquisa.com/biografias/maquiavel.htm Livro O Príncipe, Maquiavel 1513. Capítulos 16 ao 20.