1. Resenha Crítica
Bibliografia:
ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo:
Saraiva 2003. 524 p.Cap 17. Pag. 454 á 481.
CHIAVENATO, IDALBERTO (1983). Introdução à Teoria Geral da
Administração. Pág 9. 3ª Edição. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil.
DRUCKER, Peter Ferdinand. A profissão de administrador. São Paulo:
Pioneira, 2002. 187 p.
Giovane Gaspar Benedet
Estudante de Administração com Ênfase em
Administração de empresas pela Universidade
da Região de Joinville ( UNIVILLE )
Administrando a Mudança: Revisitando o Inconstante mundo do Trabalho
Stephen P. Robbins, Doutorado pela Universidade do Arizona, Estados
Unidos, é Professor Emérito de Gestão na Universidade de San Diego,
Califórnia, e é o autor mais vendido do mundo na área de manuais sobre
gestão e comportamento organizacional. Os seus livros foram adaptados em
mais de 1000 universidades norte-americanas e traduzidos para 19 idiomas.
Seus artigos sobre vários temas têm destaque em assuntos como negócios e
perspectivas econômicas, gestão internacional além de participações em
revistas especializadas.
No capítulo 17 do livro Administração, Mudanças e Perspectivas o autor
escreve a obra para analisar e investigar as mudanças no mundo
contemporâneo da administração dentro das organizações, inovações e
2. mudanças e resistência frente a estes temas, desde a forma gerencial até a
forma operacional das situações. É citado pelo autor que grandes
organizações com maiores tempos de experiência tendem a ser mais
resistivas a mudanças culturais e inovadoras, mas nem sempre é o que
acontece. Ele expressa as mais variadas formas de mudanças detalhando
cada uma delas.
O autor cita que no capítulo 17 a força que a resistência humana tem fator
impactante sobre as ações a serem tomadas no dia a dia e que impede que
mudanças sejam tomadas e inovações sejam lançadas. Cada colaborador de
uma organização aceita as mudanças de forma diferente, dentre a aceitação
destas mudanças os fatores que podem intervir são conforme Robbins,
segurança, fatores econômicos,medo do desconhecido ,ou seja ,medo do novo
e o processo incorreto das informações recebidas.
Estes “medos” conforme citado pelo autor são claramente visualizados quando
se tem claro alguns fatores que podem contribuir para o afloramento dos
mesmos, o que podemos chamar de resistências organizacionais, fatores que
já vem desde mesmo de nossas infâncias. As pessoas com dificuldade de
inserção em grupos de pessoas certamente terão problemas de inserção em
grupos de trabalho nas organizações.
Para que estas situações sejam resolvidas de forma a tornar a organização
mais produtiva e com a menor quantidade possível de problemas, o autor cita
que a alta gerência deve ser agente de organização de mudanças. Porém
estas mudanças não podem ser feitas de forma unilateral e sim de forma
bilateral , ou em pequenos grupos de trabalho visando a resolução de
problemas.Algumas mudanças são planejadas, ocorrem de acordo com o
cumprimento ou não das metas.As mudanças podem ou não atingir vários
níveis da organização e conforme o autor vem sempre de cima para baixo
conforme hierarquia.
Peter Drucker diz que o gerente deve e tem como principal função equilibrar as
mudanças e dar continuidade aos trabalhos da empresa levando a
3. organização a obter ganhos cada vez melhores, ele cita isto como melhoria
continua, porém para isso,deve-se ter um pensamento alinhado entre os
gerentes
Robbins diz que estratégias devem ser utilizadas para que resistência á
mudanças, estas ações tornam o processo de resistência mais fraco fazendo
com que as pessoas envolvidas nele possam obter de forma mais clara e
tranqüila as mudanças. Um plano de organização para as mudanças através
de auditorias, incluindo um passo a passo adequado somado à abertura das
situações quanto às pessoas envolvidas torna este processo mais rápido e
menos estressante.
O texto mostra que mudança e política a dentro de uma empresa acontece de
maneira a trazer á organização evolução e dinamismo, pois toda organização
que foque em evolução e organização deve ter conflitos gerados para que a
superação e evolução dentro da mesma aconteçam. Então o gerente deve ser
foco destes conflitos como principal pilar e agente gerador de mudanças,
organizando, acompanhando e validando estas.
O gerente tem o poder de alterar a estrutura da organização, célula ou divisão,
seja esta mudança a nível operacional, estrutural, matricial, organizacional ou
cultural visando um maior rendimento. Este último caso o autor cita o exemplo
de Jack Welch como presidente da General Electric que se engajou em uma
mudança cultural dentro da organização com um esforço entre 7 e 10 anos
transformando-a em umas das mais poderosas organizações mundiais.
Para Chiavenato o ato de gerenciar varia para cada área da organização,
desde de vendas é recursos humanos e deve ser feita de forma diferenciada
para cada tipo de problema e área, porém, no todo deve-se sempre tentar
aplicar as teorias da administração gerencial de forma o mais possível da
uniforme.
As mudanças em uma organização segundo Robbins podem ser também de
nível tecnológico, que na grande maioria das vezes é o caso que mais
4. acontece e mais promissor a sucesso, pois é notável a substituição do homem
pela máquina. Mudanças de ambiente também segundo o autor podem gerar
benefícios extremamente benéficos para uma organização, uma simples
retirada de um biombo entre setores atrelados sob uma mesma gerencia pode
facilitar a comunicação e trazer resultados como melhor administração de
tempo, feedback imediato e maior interação entre colaboradores. A mudança
das pessoas talvez seja o fator de maior dificuldade para sofrer alterações,
pois envolve diversas opiniões sob diversos pontos de vista, cabe ao gerente
orientar para a melhor definição.
Sabendo o gerente que a mudança das pessoas é o passo mais difícil de ser
trabalhado em uma organização, pois envolve cultura e personalidade, foram
criadas técnicas para este processo. O Autor diz que este conjunto de técnicas
pode ser chamado de desenvolvimento organizacional, utilizando de feedback
para com o colaborador. A formação de equipes também faz parte do dia a dia
de um gerente, o mesmo precisa saber harmonizar os perfis para formar
equipes de sucesso, as metas e objetivo devem ser desenhados juntamente
com a equipe.Quando existem problemas nas equipes formadas pode-se
utilizar de ferramentas de desenvolvimento multigrupo a fim de que todas
equipes caminhem em conjunto com a organização.O stress dos funcionários
também interfere no dia a dia , alguns cargos possuem maior nível de stress
do que outros o que exige do gerente saber se comunicar de forma
diferenciada com cada nível hierárquico.Conhecer o nível de stress de cada
colaborador não é tarefa fácil e deve ser feita de forma cautelosa.
Por fim o autor ainda fala sob inovação como ferramenta indispensável em
toda organização onde cita exemplos de que o aprendizado continuo e o
aprendizado de uma pessoa com a outra poder fazer a diferença no mercado
competitivo. Exemplo de um exército também é citado como propulsor de
mudanças e reengenharia.
O tema gerenciar é sem duvida um assunto para discussão de especialistas de
diversas áreas, a o tema gerenciar envolve desde o dia a dia até as
5. organizações, e em todas as situações pessoas de diferentes opiniões e perfis.
Analisar e avaliar estas pessoas e situações cabe ao gerente, medidas e
ferramentas para esta atribuição facilitam nas responsabilidades atreladas a
um gerente.