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                  25 Fevereiro
                         2012




Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
Intervenção deve ser:

   Iniciada o mais precoce possível
   Intensa
   Envolver as famílias de forma ativa




                           Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
1. Intervenções          nas    capacidades                  básicas               da
  linguagem

   O funcionamento da linguagem é um forte
    marcador no diagnóstico do autismo

   “75% - 95% das crianças mais pequenas com
    autismo conseguem desenvolver capacidades de
    fala quando sujeitas a intervenções específicas da
    linguagem” (Goldstein, 2002; Koegel, 2000; National Research
    Council, 2001)



                                    Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
2.   Abordagens    para   a    aquisição                                           das
     capacidades básicas da linguagem
2.1. Intervenções com base em tentativas de treino
    isoladas (técnicas de Lovaas)

Estratégias (altamente diretivas):
(a) Apresentação; (b) sugestão de resposta e (c)
    encadeamento para construir, primeiro, a
    compreensão e uso das palavras isoladas, e
    depois combinações de palavras. Ex.: (a criança tem
     um carro na mão). “Carro. É o carro. O carro do …Dá o carro.”




                                       Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
Objecto da intervenção:
 Nomear e pedir objetos - Primeiras sessões
 Fazer  perguntas,     conversar,     descrever,
  comentar, cumprimentar, etc – Sessões
 seguintes

Vantagens: ganhos na linguagem a curto
 prazo, e no desempenho cognitivo e no
 comportamento, a longo prazo.


                         Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
2.2. Intervenções comportamentais
 naturalistas (Hart e Risley, 1975) – não ensina palavras,
  ensina comportamentos


    É iniciada por uma comunicação (pedido) da
    criança, ao qual o adulto responde (reforço
    intrínseco) com uma comunicação mais
    elaborada e as instruções são dadas em
    contexto natural



                                   Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
Dois modelos:
1.  Exercícios educativos para ensinar a fazer pedidos Ex:
    colocação de objetos preferidos fora do alcance da criança.
    Esperar que a criança inicie espontaneamente a comunicação.
    Ao mínimo sinal nesse sentido, o adulto apresenta o modelo
    verbal da situação [Ex: Dá!] – mas sem satisfazer o pedido, até
    que emita outro sinal (ex: choro). Aí o professor sugere uma
    forma mais elaborada de comunicar, apontando para o que
    pretende e em seguida dá-o à criança.
2.  Exercícios educativos resposta

Vantagens:    conduzem a uma generalização mais rápida das
    capacidades de linguagem e ao uso espontâneo desta, por
    comparação às intervenções Tentativa de treino isolado

   A sua eficácia exige muitas oportunidades de comunicação




                                   Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
2.3. Intervenções desenvolvimentalistas-
 pragmáticas

   Objetivo: “sustentar o entusiasmo e o prazer
    nos relacionamentos, motivando a criança
    para comunicar e ensinando que a
    comunicação com os outros é gratificante e
    divertida” (Prizant e Wetherby, 1998, in Ozonof, S., 2003)



                                   Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   Reconhecem as trocas afectivas e as
    interações sociais como fundamentais ao
    desenvolvimento comunicativo e cognitivo

 Conferem importância:
- aos jogos;
- às interações centradas na criança
- à partilha de emoções com os outros



                         Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
-   O estudo de Rogers e outros (1986, 89,91) – 75%
    das crianças de 5 anos que o integraram, usavam
    um discurso com várias palavras, com intenção
    comunicativa – 50% destas crs não tinham
    linguagem verbal no início do programa.
    Necessária + investigação para determinar se
    estas abordagens são tão eficazes quanto as do
    modelo comportamentalista para o ensino da
    linguagem

-   Enquadram-se neste tipo de intervenção, as
    abordagens DIR e Son-Rise®


                            Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   Também conhecido por Time-floor

   Modelo     Desenvolvimentista,  de  diferença
    individual, baseado no relacionamento e está
    adaptado a crianças com limitações no
    relacionamento social e reciprocidade socio-
    emocional.

   Objetivo principal: estimular a comunicação,
    encorajar a atenção e o sentimento de
    intimidade,   a   comunicação    recíproca,    a
    expressão e o uso de sentimentos e ideias, assim
    como o pensamento lógico.


                             Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
• Atenção e foco; o sentimento de intimidade e
HABILIDADES EMOCIONAIS       comunicação recíproca; Gesto, uso de
(mais intencional e mais     sentimentos e ideias, expressão , resolução de
  ligada afetivamente)       problemas, pensamento abstrato e lógico.



 PADRÕES MOTORES,           • Padrões de reatividade face aos estímulos,
                              abrangendo a modulação e o processamento
    SENSORIAIS E              sensorial, o processamento sensório-afetivo ,
     AFETIVOS                 o planeamento motor e a sequenciação.


 RELACIONAMENTO       E     • Compreensão por parte dos pais e outros
     PADRÕES DE               intervenientes do nível funcional da criança e
                              das suas diferenças individuais
 INTERAÇÃO AFETIVA


                                            Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
•Visam encorajar a iniciativa e o comportamento
    INTERAÇÕES          intencional, aprofundar o envolvimento e a
   ESPONTÂNEAS E        atenção mútua e desenvolver as capacidades
                        simbólicas através do jogo de faz-de-conta e
CRIATIVAS NO CHÃO
                        conversações


                       • Visam interações semi-estruturadas de
      EM CASA            resolução de problemas para aprender novas
                         habilidades e conceitos

                       •Visam      fortalecer    as   habilidades    de
                        processamento sensorial, como a modulação e a
   JOGO MOTOR,          integração     sensório-motora,    desafios  de
SENSORIAL E ESPACIAL    percepção      e     motores,   atividades   de
                        processamento visuoespacial, discriminação tátil
                        e brincadeiras com pares


                                         Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   O programa DIR impõe programação de
    atividades para 3 ambientes distintos da
    criança:

-   Casa
-   Terapias da fala e ocupacional de integração
    sensorial
-   Jardim de infância


                             Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   Fundado nos anos 70, pelo casal Kaufman

   Utilizado com pessoas com PEA e Transtornos
    Globais do Desenvolvimento

   Dirigido pelos pais que são instruídos pelo
    programa, para que possam ajudá-los nas
    interações diárias com os filhos

   Centrado na pessoa com PEA, naquilo que ela
    tem para dar ao outro, numa situação de um-
    para-um

                              Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
Repetição dos
                 comportamentos p/
                    estabelecer                               Objetivar a
                     conexão                            abordagem p/ajudar
Ambiente livre                                              a estabelecer e
de distrações                                             manter o contacto
                                                         visual com o adulto




                         Estimula:
                     Contacto visual
                        Linguagem
                       Brincadeiras
                 Imaginação e criatividade
                 Relacionamento humano




                                     Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   Abordagem relacional que, assente numa
    intervenção prazenteira, divertida,espontânea
    e entusiasmada com a criança, estabelece
    pontes com o seu mundo interior,
    encorajando, segundo os autores, altos níveis
    de desenvolvimento social, emocional e
    cognitivo.




                            Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
Desenvolve-se:

    em ambiente domiciliário        lúdico, com o
    mínimo de distrações visuais ou auditivas, mas
    com materiais suficientemente motivadores e
    facilitadores de interação e aprendizagem.

   Frequentemente    com   o        recrutamento                           do
    voluntariado.


                                Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   Porque a ausência de iniciativa limita as
    oportunidades para as trocas comunicativas,
    as relações sociais e para aprender com os
    outros

   Foram desenvolvidas abordagens criativas
    para melhorar a pragmática da comunicação


                           Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   Instruções escritas em cartões (com base nas
    boas capacidades visuais das crs c/ PEA) que
    “induzem a criança a dirigir-se ao outro para
    dizer algo, (…) aumentam não só a iniciativa
    de conversações, mas também os comentários
    feitos espontâneos aos outros”
                             (Krantz e McClannahan, 1993)




                            Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   PECS – Picture Exchange Communication System
                                 (Bondy e Frost, 1994)



    Sistema de Comunicação por Troca de Imagens

    Ensina a iniciar o pedido de uma imagem e
    persistir na comunicação até que o parceiro
    responda

    Dispõe de manual pormenorizado e intuitivo.

                               Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   Utilizado com crianças muito novas

-   Com ausência de discurso verbal ou linguagem
    pouco estruturada, nomeadamente com PEA

-   Cujo discurso ainda não vai para além da
    palavra chave

-   Problemas comportamentais decorrentes da
    impossibilidade de se fazerem entender


                            Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
- Associado ao uso de imagens de outros
 SAAC (Makaton ou SPC/Boardmaker)

     Makaton/SPC                    PECS


        Compreensão             Compreensão
          do símbolo                da
         (significado)          comunicação




                         Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
Treino para utilização do PECS

Etapas:
   Identificação de preferências que possam funcionar
    como reforços
   Seleção de símbolos representativos das preferências e
    fixação num caderno de comunicação
   Execução progride em 6 fases, desde a troca de
    imagens completamente orientada através de ajuda
    física, até à resposta espontânea

    Intervenientes: além da criança, o co-terapeuta que a assiste
    e o parceiro comunicativo


                                      Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
Fases
1.   Troca fisicamente assistida
2.   Aumento da espontaneidade
3.   Discriminação de figuras
4.   Estrutura das frases
5.   Resposta à questão “o que é que queres?”
6.   Respostas e comentários espontâneos

     É crescente a adesão ao PECS nas
     intervenções em PEA – Pode ser usado por
     qualquer interveniente pode fazer uso dele e
     em qualquer ambiente: aula, casa ou
     comunidade.

                              Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   Para o sucesso na área da linguagem é
    imprescindível:

A     intervenção do Terapeuta da Fala, o
    envolvimento ativo dos pais, assim como de
    todos os outros intervenientes, nos mesmos
    propósitos, em

         ARTICULAÇÃO e ACREDITANDO!

                            Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   As intervenções variam de acordo com:
    - Quem inicia a troca social (adulto ou colega)
    - O contexto (ensino individual ou em grupo)
    – Objectivo especifico a ser ensinado
    (iniciativa ou resposta, jogo, etc)




                             Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
Intervenções conduzidas pelo adulto
  Grupos sociais
  Histórias sociais
  Pistas visuais
  Jogos sociais
  Em casa, com a família
  Modelação por video



                         Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
Grupos sociais
Muitos investigadores contestam o ensino em contextos individualizados sobretudo com
  pessoas com PEA
   Ajudam a modelar a linguagem corporal apropriada e
  o contacto visual, o reconhecimento e compreensão de
  emoções
   Dão referências de comportamentos sociais básicos
  inerentes às interações (apresentar-se a si mesmo,
  juntar-se a um grupo, cumprimentar, negociar,
  partilhar e esperar pela sua vez)
   Ensinam ainda a resolver problemas sociais. Ex.: lidar
  com situações de chacota, ouvir um não, ser deixado de
  fora, regular e expressar as emoções à semelhança dos
  seus pares


                                                  Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
 Atividades que potenciam este tipo de
intervenções são:
- situações de recreio e de refeitório na
escola assim como saídas ao exterior,
- grupos de catequese ou desportivos na
comunidade
- a visita regular de amigos ao domicilio
(para crianças com PEA com elevado grau
funcional)


                        Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
Histórias sociais (Carol Gray)
 São histórias ilustradas que ensinam regras e
 comportamentos sociais apropriados. Ex.:
 esperar a vez numa fila, não molestar os
 outros, cumprimentar os outros, partilhar,
 segurança na estrada, etc

 Permitem aumentar a capacidade de partilha,
 a diminuição da agressão, iniciativas
 adequadas de abordar e despedir dos outros.

                           Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
Pistas Visuais
Remete-se para instruções escritas em cartões

Em casa, com a família (quando as crianças já falam)
 Gravar em vídeo conversas e interações e revê-
 las elogiando os comportamentos ajustados
 Escrever e ensaiar sobre situações do dia-a-dia
 que impliquem esperar a vez, partilhar a fazer
 acordos
 Integrar em grupos com os mesmos interesses e
 preferências

                           Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
Jogos Sociais

- Jogos socio-dramáricos com grupos compostos
 por crianças com desenvolvimento típico e
 crianças com PEA (Goldstein, 1988)

- Jogos que partem do interesse especial da
 criança com PEA e evoluem com o envolvimento
 dos seus colegas durante o recreio (Baker, 1998)



                           Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
Modelação por vídeo    (Dorwick e Jesdale, 1991)

Gravação em vídeo (5 a 15 segundos de gravação) de um
 comportamento-modelo por parte do adulto ou colega,
 para que, depois de visionado em conjunto, seja
 imitado pela criança com PEA.

Usada para desenvolver capacidades sociais e de
 comunicação, manifestações de afeto, jogos com
 brinquedos, linguagem recetiva e expressiva e
 expressões emocionais

Permite ainda modelar comportamentos adaptativos como
  fazer compras, ir ao cinema, preparar uma refeição, etc


                                Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
Intervenções mediadas pelos colegas                             (Goldstein e
 Strain, 1988; Odom e Strain, 1986)

 Facilitam a inclusão escolar:

 - Potenciam as interações sociais das crianças com PEA com
 os seus pares, benéfica para ambos.

 Aos colegas desenvolve competências de partilha, ajuda,
 demonstração de afeto e apreço para com a criança com PEA.
 Às crianças com PEA ajuda a desenvolver o sentido de
 pertença e a regular as suas atitudes face aos outros.



                                 Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
Análise do comportamento funcional
   Segundo esta técnica os comportamentos servem uma
    função adaptativa, tendo em vista um determinado ganho.
    Ex: correr para chegar mais depressa

   No caso dos comportamentos desajustados a função pode
    ser de prazer (reforço positivo), chamada de atenção ou de
    fuga a situações desagradáveis. Ex: correr pode ser uma
    fuga ao barulho, ou de prazer por sentir o cabelo
    esvoaçar.

   Cabe ao adulto tentar identificar/”interpretar” que função
    adaptativa está subjacente a esse comportamento
    desajustado.


                                   Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   Convém determinar o que esteve na origem
    do comportamento, assim como as
    consequências ou ganhos obtidos pela
    criança. Ex: pode ser obter a atenção do
    outro, ainda que de forma negativa.

   Deve-se evitar processos punitivos.




                            Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   Em substituição, pode-se questionar o que é
    que se deseja que a criança faça, em vez do
    que fez para receber a recompensa que
    procura.

   É importante ensinar à criança estratégias
    para     comunicar     o     que        pretende,
    referenciando-lhe e exemplificando-lhe o
    comportamento adequado à situação, em
    alternativa ao que usou – (papel tradutor do adulto)


                                 Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   Ex: A criança grita/auto-flagela-se/faz birra/empurra
    outros amigos porque quer andar no triciclo de um
    outro amigo.

   Pode-se ensiná-la a dirigir ao amigo e verbalizar o
    que pretende. Importante: instruir sempre pela positiva
                               ou

    Canalizar a atenção da criança para outro interesse, e
    caso persista, dizer-lhe com voz tranquila e assertiva
    “Depois. Agora vamos …. Depois…” e insistir e variar
    tantas vezes quantas as necessárias.



                                    Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   Estas intervenções usam formas alternativas e
    aceitáveis de comunicar que ajudam a criança a
    estruturar-se internamente, face a situações que
    para ela são problema, defrontando-se com o
    comportamento adequado, por substituição ao
    que usou anteriormente.

                modelos de referência

    inibição gradual de comportamentos indesejáveis


                              Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   MUITO IMPORTANTE

O papel mediador do adulto na resolução de
 conflitos para a criança com PEA:

           - Disponibilidade para / entrega à causa
    -   Elevado auto-controlo (atitude, postura e voz, o
                    mais tranquilo possível)
                        - Assertividade
                        - Persistência e


                               PACIÊNCIA,
                                                            MUITA        

                                  Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   Os SAAC podem ser muito úteis sobretudo
    para crianças não falantes.




                           Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
1. Intervenção Precoce

Principais áreas de intervenção
 Comunicação não verbal – promoção da
  linguagem     pré-verbal    e   verbal,    das
  habilidades de comunicação funcional em
  contextos sociais naturais, estimulação de
  habilidades de intencionalidade, alternância
  de turno, atenção partilhada e de iniciação.


                           Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
 Imitação – habilidade muito comprometida
 nas PEA, manifestada desde cedo pela falta de
habilidade nos movimentos como resposta à
presença da mãe. A imitação da criança pelo
adulto estimula funções sociais como: a
atenção, a alternância de vez, o sentido do eu,
a modulação da expressão e a consciência de
emoções.




                         Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   Processamento sensorial – traduz-se por
    hiper     ou  hipo-reacção    a      estímulos
    ambientais, pelo que requer a compreensão
    da função adaptativa relativamente ao
    comportamento exibido pela criança e a
    consequente modificação do ambiente.
    Identificado o padrão funcional, é iniciada
    uma terapia de integração sensorial.



                               Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   Jogos com pares – expande e diversifica o
    repertório comunicativo, promovendo ações
    conjuntas e referências sociais.

   Família – deve ser envolvida no programa de
    intervenção, tendo em conta factores de
    stress na família e o seu impacto na criança
    com PEA.




                             Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
2. Pré-Escolar
   Abordagens menos inclusivas, em declínio
   Abordagem ABA (de análise de comportamento aplicado
    –  Lovaas  e colaboradores) – programa de
    modificação de comportamentos baseado na
    recompensa, punição e condicionamento,
    administrado          por          profissionais
    especializados, durante 27 ou mais horas por
    semana, numa abordagem individualizada
    que pode ou não ser desenvolvida em
    domicilio.

                               Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   Abordagem TEACCH     (Eric Schopler, 1971)


Objectivo: desenvolver autonomia funcional na
 criança, de modo a permitir que passe grande
 parte do seu tempo ocupada de forma
 autónoma.

Metodologia individualizada centrada na
 criança tendo em conta os seus interesses e
 necessidades.

                           Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   Abordagem TEACCH
    Baseia-se    na   organização   do    ambiente
    estabelecendo rotinas através da utilização de
    planos e sistemas de trabalho.

    O ambiente é adaptado de forma a facilitar a sua
    compreensão por parte da criança e ajudá-la a
    estruturar-se.

    Valoriza o envolvimento e participação da família
    na prossecução de habilidades de comunicação,
    socialização e lazer.


                              Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
Princípios orientadores
 Melhoria da capacidade adaptativa da criança
 Colaboração pais/profissionais
 Avaliação individualizada para a intervenção
 Reforço de capacidades
 Teoria cognitiva comportamental
 Modelo generalista de formação dos
  profissionais
 Ensino estruturado




                           Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
 No programa TEACCH podemos encontrar
  duas convicções:
1. As pessoas com autismo são como nós, e
   como tal têm direito à dignidade
2. As pessoas com autismo são muito
   diferentes de nós – elas compreendem o
   mundo de forma diferente, gostam e
   respondem a coisas diferentes.



                     Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
3. Escolaridade obrigatória
 Atendendo às dificuldades de socialização
e de interação inerentes, são necessárias
adaptações técnicas e organizacionais.

Deve-se  respeitar o perfil funcional da
criança, definir medidas educativas, assim
como objectivos, estratégias e recursos
adaptados à criança.


                       Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
    Incluir crianças com autismo severo no ensino
     regular ≠ Permanecer a tempo inteiro, quer na sala
     TEACCH, quer na do regular

É necessário:

1.    Criar/reservar espaços específicos físicos e
      temporais, assim como recursos humanos para
      responder às suas necessidades, na cantina para
      o almoço, durante os recreios, etc.

2.    Intercalar, de modo articulado, entre a sala
      TEACCH e a do regular.


                                Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   As PEA formam um grupo tão heterogéneo
    que não se pode eleger uma intervenção,
    preterindo outras.

   As intervenções devem ser adaptadas
    especificamente a cada criança, família e
    contexto social, num determinado momento.




                          Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
Obrigado




     Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   GARY, C. (2000), The New Social Story Book. Ed. Ilustrada,.
    Arlington, VA, Future Horizons .
            www.futurehorizons-autism.com
   HEWITT, S. (2006), Compreender O Autismo – Estratégias para
    alunos com Autismo nas Escolas Regulares. Porto Editora.
   OZONOFF, S.; ROGERS, S.; HENDREN, R. (2003), Perturbações do
    espectro do autismo – Perspectivas da Investigação Actual.
    CLIMEPSI Editores.
   JORDAN, R., POWELL, S.(1990), As Necessidades Curriculares
    Especiais das Crianças Autistas . Capacidades de Aprendizagem
    e Racicíonio. The Association of Head Teachers of Autistic
    Children and Adults. London W5 (documento não publicado,
    traduzido por Mª Gilberta Seabra)
   MARQUES, E. (2000), Perturbações do Espectro do Autismo.
    Ensaio de uma Intervenção construtivista Desenvolvimentalista
    com Mães. Quarteto Editora


                                 Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   http://www.autismbooks.com - bibliografia especializada
   http://www.autismgames.com.au/ - acesso livre a jogos
    que ajudam a lidar com as mudanças, a estabelecer contacto
    visual e a confrontar-se com emoções
   http://www.facebook.com/supportautism/media/set/?set=a.
    224537397616045.48911.151025548300564&type=3 -
    treino de bacio (tabelas para registo; Símbolos pictográficos e
    livros)
   http://www.nationalautismresources.com/oral-motor.html -
    apresenta brinquedos e outros instrumentos para exercitar a
    motricidade oral
   http://stanleygreenspan.com/ - abordagem Floortime de
    GREENSPAN
   http://www.inspiradospeloautismo.com.br/Programa/Progra
    ma.html - Programa Son-Rise®


                                 Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
   http://www.youtube.com/watch?v=vNZVV4Ciccg
    &sns=fb – Autistic Girl Expresses Unimaginable
    Intelligence
   http://www.youtube.com/watch?v=DoA06Vtetwc
    &feature=related - Autismo – uma forma
    diferente de ver o mundo
   http://www.youtube.com/watch?v=VkAddjR4whk
    &feature=fvwrel - Rain man – encontro de
    irmãos (1988)
   http://www.youtube.com/watch?v=ZR4NKxAcOf
    0&feature=player_embedded#! – Solução para o
    Autismo – Aplicando as Técnicas (Programa Son-
    Rise®)

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Seminário sobre intervenções nas capacidades básicas da linguagem em crianças com autismo

  • 1. Seminário 25 Fevereiro 2012 Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 2. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 3. Intervenção deve ser:  Iniciada o mais precoce possível  Intensa  Envolver as famílias de forma ativa Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 4. 1. Intervenções nas capacidades básicas da linguagem  O funcionamento da linguagem é um forte marcador no diagnóstico do autismo  “75% - 95% das crianças mais pequenas com autismo conseguem desenvolver capacidades de fala quando sujeitas a intervenções específicas da linguagem” (Goldstein, 2002; Koegel, 2000; National Research Council, 2001) Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 5. 2. Abordagens para a aquisição das capacidades básicas da linguagem 2.1. Intervenções com base em tentativas de treino isoladas (técnicas de Lovaas) Estratégias (altamente diretivas): (a) Apresentação; (b) sugestão de resposta e (c) encadeamento para construir, primeiro, a compreensão e uso das palavras isoladas, e depois combinações de palavras. Ex.: (a criança tem um carro na mão). “Carro. É o carro. O carro do …Dá o carro.” Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 6. Objecto da intervenção:  Nomear e pedir objetos - Primeiras sessões  Fazer perguntas, conversar, descrever, comentar, cumprimentar, etc – Sessões seguintes Vantagens: ganhos na linguagem a curto prazo, e no desempenho cognitivo e no comportamento, a longo prazo. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 7. 2.2. Intervenções comportamentais naturalistas (Hart e Risley, 1975) – não ensina palavras, ensina comportamentos É iniciada por uma comunicação (pedido) da criança, ao qual o adulto responde (reforço intrínseco) com uma comunicação mais elaborada e as instruções são dadas em contexto natural Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 8. Dois modelos: 1. Exercícios educativos para ensinar a fazer pedidos Ex: colocação de objetos preferidos fora do alcance da criança. Esperar que a criança inicie espontaneamente a comunicação. Ao mínimo sinal nesse sentido, o adulto apresenta o modelo verbal da situação [Ex: Dá!] – mas sem satisfazer o pedido, até que emita outro sinal (ex: choro). Aí o professor sugere uma forma mais elaborada de comunicar, apontando para o que pretende e em seguida dá-o à criança. 2. Exercícios educativos resposta Vantagens: conduzem a uma generalização mais rápida das capacidades de linguagem e ao uso espontâneo desta, por comparação às intervenções Tentativa de treino isolado  A sua eficácia exige muitas oportunidades de comunicação Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 9. 2.3. Intervenções desenvolvimentalistas- pragmáticas  Objetivo: “sustentar o entusiasmo e o prazer nos relacionamentos, motivando a criança para comunicar e ensinando que a comunicação com os outros é gratificante e divertida” (Prizant e Wetherby, 1998, in Ozonof, S., 2003) Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 10. Reconhecem as trocas afectivas e as interações sociais como fundamentais ao desenvolvimento comunicativo e cognitivo  Conferem importância: - aos jogos; - às interações centradas na criança - à partilha de emoções com os outros Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 11. - O estudo de Rogers e outros (1986, 89,91) – 75% das crianças de 5 anos que o integraram, usavam um discurso com várias palavras, com intenção comunicativa – 50% destas crs não tinham linguagem verbal no início do programa. Necessária + investigação para determinar se estas abordagens são tão eficazes quanto as do modelo comportamentalista para o ensino da linguagem - Enquadram-se neste tipo de intervenção, as abordagens DIR e Son-Rise® Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 12. Também conhecido por Time-floor  Modelo Desenvolvimentista, de diferença individual, baseado no relacionamento e está adaptado a crianças com limitações no relacionamento social e reciprocidade socio- emocional.  Objetivo principal: estimular a comunicação, encorajar a atenção e o sentimento de intimidade, a comunicação recíproca, a expressão e o uso de sentimentos e ideias, assim como o pensamento lógico. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 13. • Atenção e foco; o sentimento de intimidade e HABILIDADES EMOCIONAIS comunicação recíproca; Gesto, uso de (mais intencional e mais sentimentos e ideias, expressão , resolução de ligada afetivamente) problemas, pensamento abstrato e lógico. PADRÕES MOTORES, • Padrões de reatividade face aos estímulos, abrangendo a modulação e o processamento SENSORIAIS E sensorial, o processamento sensório-afetivo , AFETIVOS o planeamento motor e a sequenciação. RELACIONAMENTO E • Compreensão por parte dos pais e outros PADRÕES DE intervenientes do nível funcional da criança e das suas diferenças individuais INTERAÇÃO AFETIVA Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 14. •Visam encorajar a iniciativa e o comportamento INTERAÇÕES intencional, aprofundar o envolvimento e a ESPONTÂNEAS E atenção mútua e desenvolver as capacidades simbólicas através do jogo de faz-de-conta e CRIATIVAS NO CHÃO conversações • Visam interações semi-estruturadas de EM CASA resolução de problemas para aprender novas habilidades e conceitos •Visam fortalecer as habilidades de processamento sensorial, como a modulação e a JOGO MOTOR, integração sensório-motora, desafios de SENSORIAL E ESPACIAL percepção e motores, atividades de processamento visuoespacial, discriminação tátil e brincadeiras com pares Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 15. O programa DIR impõe programação de atividades para 3 ambientes distintos da criança: - Casa - Terapias da fala e ocupacional de integração sensorial - Jardim de infância Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 16. Fundado nos anos 70, pelo casal Kaufman  Utilizado com pessoas com PEA e Transtornos Globais do Desenvolvimento  Dirigido pelos pais que são instruídos pelo programa, para que possam ajudá-los nas interações diárias com os filhos  Centrado na pessoa com PEA, naquilo que ela tem para dar ao outro, numa situação de um- para-um Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 17. Repetição dos comportamentos p/ estabelecer Objetivar a conexão abordagem p/ajudar Ambiente livre a estabelecer e de distrações manter o contacto visual com o adulto Estimula: Contacto visual Linguagem Brincadeiras Imaginação e criatividade Relacionamento humano Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 18. Abordagem relacional que, assente numa intervenção prazenteira, divertida,espontânea e entusiasmada com a criança, estabelece pontes com o seu mundo interior, encorajando, segundo os autores, altos níveis de desenvolvimento social, emocional e cognitivo. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 19. Desenvolve-se:  em ambiente domiciliário lúdico, com o mínimo de distrações visuais ou auditivas, mas com materiais suficientemente motivadores e facilitadores de interação e aprendizagem.  Frequentemente com o recrutamento do voluntariado. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 20. Porque a ausência de iniciativa limita as oportunidades para as trocas comunicativas, as relações sociais e para aprender com os outros  Foram desenvolvidas abordagens criativas para melhorar a pragmática da comunicação Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 21. Instruções escritas em cartões (com base nas boas capacidades visuais das crs c/ PEA) que “induzem a criança a dirigir-se ao outro para dizer algo, (…) aumentam não só a iniciativa de conversações, mas também os comentários feitos espontâneos aos outros” (Krantz e McClannahan, 1993) Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 22. PECS – Picture Exchange Communication System (Bondy e Frost, 1994) Sistema de Comunicação por Troca de Imagens Ensina a iniciar o pedido de uma imagem e persistir na comunicação até que o parceiro responda Dispõe de manual pormenorizado e intuitivo. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 23. Utilizado com crianças muito novas - Com ausência de discurso verbal ou linguagem pouco estruturada, nomeadamente com PEA - Cujo discurso ainda não vai para além da palavra chave - Problemas comportamentais decorrentes da impossibilidade de se fazerem entender Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 24. - Associado ao uso de imagens de outros SAAC (Makaton ou SPC/Boardmaker) Makaton/SPC PECS Compreensão Compreensão do símbolo da (significado) comunicação Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 25. Treino para utilização do PECS Etapas:  Identificação de preferências que possam funcionar como reforços  Seleção de símbolos representativos das preferências e fixação num caderno de comunicação  Execução progride em 6 fases, desde a troca de imagens completamente orientada através de ajuda física, até à resposta espontânea Intervenientes: além da criança, o co-terapeuta que a assiste e o parceiro comunicativo Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 26. Fases 1. Troca fisicamente assistida 2. Aumento da espontaneidade 3. Discriminação de figuras 4. Estrutura das frases 5. Resposta à questão “o que é que queres?” 6. Respostas e comentários espontâneos É crescente a adesão ao PECS nas intervenções em PEA – Pode ser usado por qualquer interveniente pode fazer uso dele e em qualquer ambiente: aula, casa ou comunidade. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 27. Para o sucesso na área da linguagem é imprescindível: A intervenção do Terapeuta da Fala, o envolvimento ativo dos pais, assim como de todos os outros intervenientes, nos mesmos propósitos, em ARTICULAÇÃO e ACREDITANDO! Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 28. As intervenções variam de acordo com: - Quem inicia a troca social (adulto ou colega) - O contexto (ensino individual ou em grupo) – Objectivo especifico a ser ensinado (iniciativa ou resposta, jogo, etc) Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 29. Intervenções conduzidas pelo adulto  Grupos sociais  Histórias sociais  Pistas visuais  Jogos sociais  Em casa, com a família  Modelação por video Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 30. Grupos sociais Muitos investigadores contestam o ensino em contextos individualizados sobretudo com pessoas com PEA  Ajudam a modelar a linguagem corporal apropriada e o contacto visual, o reconhecimento e compreensão de emoções  Dão referências de comportamentos sociais básicos inerentes às interações (apresentar-se a si mesmo, juntar-se a um grupo, cumprimentar, negociar, partilhar e esperar pela sua vez)  Ensinam ainda a resolver problemas sociais. Ex.: lidar com situações de chacota, ouvir um não, ser deixado de fora, regular e expressar as emoções à semelhança dos seus pares Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 31.  Atividades que potenciam este tipo de intervenções são: - situações de recreio e de refeitório na escola assim como saídas ao exterior, - grupos de catequese ou desportivos na comunidade - a visita regular de amigos ao domicilio (para crianças com PEA com elevado grau funcional) Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 32. Histórias sociais (Carol Gray) São histórias ilustradas que ensinam regras e comportamentos sociais apropriados. Ex.: esperar a vez numa fila, não molestar os outros, cumprimentar os outros, partilhar, segurança na estrada, etc Permitem aumentar a capacidade de partilha, a diminuição da agressão, iniciativas adequadas de abordar e despedir dos outros. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 33. Pistas Visuais Remete-se para instruções escritas em cartões Em casa, com a família (quando as crianças já falam) Gravar em vídeo conversas e interações e revê- las elogiando os comportamentos ajustados Escrever e ensaiar sobre situações do dia-a-dia que impliquem esperar a vez, partilhar a fazer acordos Integrar em grupos com os mesmos interesses e preferências Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 34. Jogos Sociais - Jogos socio-dramáricos com grupos compostos por crianças com desenvolvimento típico e crianças com PEA (Goldstein, 1988) - Jogos que partem do interesse especial da criança com PEA e evoluem com o envolvimento dos seus colegas durante o recreio (Baker, 1998) Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 35. Modelação por vídeo (Dorwick e Jesdale, 1991) Gravação em vídeo (5 a 15 segundos de gravação) de um comportamento-modelo por parte do adulto ou colega, para que, depois de visionado em conjunto, seja imitado pela criança com PEA. Usada para desenvolver capacidades sociais e de comunicação, manifestações de afeto, jogos com brinquedos, linguagem recetiva e expressiva e expressões emocionais Permite ainda modelar comportamentos adaptativos como fazer compras, ir ao cinema, preparar uma refeição, etc Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 36. Intervenções mediadas pelos colegas (Goldstein e Strain, 1988; Odom e Strain, 1986) Facilitam a inclusão escolar: - Potenciam as interações sociais das crianças com PEA com os seus pares, benéfica para ambos. Aos colegas desenvolve competências de partilha, ajuda, demonstração de afeto e apreço para com a criança com PEA. Às crianças com PEA ajuda a desenvolver o sentido de pertença e a regular as suas atitudes face aos outros. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 37. Análise do comportamento funcional  Segundo esta técnica os comportamentos servem uma função adaptativa, tendo em vista um determinado ganho. Ex: correr para chegar mais depressa  No caso dos comportamentos desajustados a função pode ser de prazer (reforço positivo), chamada de atenção ou de fuga a situações desagradáveis. Ex: correr pode ser uma fuga ao barulho, ou de prazer por sentir o cabelo esvoaçar.  Cabe ao adulto tentar identificar/”interpretar” que função adaptativa está subjacente a esse comportamento desajustado. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 38. Convém determinar o que esteve na origem do comportamento, assim como as consequências ou ganhos obtidos pela criança. Ex: pode ser obter a atenção do outro, ainda que de forma negativa.  Deve-se evitar processos punitivos. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 39. Em substituição, pode-se questionar o que é que se deseja que a criança faça, em vez do que fez para receber a recompensa que procura.  É importante ensinar à criança estratégias para comunicar o que pretende, referenciando-lhe e exemplificando-lhe o comportamento adequado à situação, em alternativa ao que usou – (papel tradutor do adulto) Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 40. Ex: A criança grita/auto-flagela-se/faz birra/empurra outros amigos porque quer andar no triciclo de um outro amigo.  Pode-se ensiná-la a dirigir ao amigo e verbalizar o que pretende. Importante: instruir sempre pela positiva ou Canalizar a atenção da criança para outro interesse, e caso persista, dizer-lhe com voz tranquila e assertiva “Depois. Agora vamos …. Depois…” e insistir e variar tantas vezes quantas as necessárias. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 41. Estas intervenções usam formas alternativas e aceitáveis de comunicar que ajudam a criança a estruturar-se internamente, face a situações que para ela são problema, defrontando-se com o comportamento adequado, por substituição ao que usou anteriormente. modelos de referência inibição gradual de comportamentos indesejáveis Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 42. MUITO IMPORTANTE O papel mediador do adulto na resolução de conflitos para a criança com PEA: - Disponibilidade para / entrega à causa - Elevado auto-controlo (atitude, postura e voz, o mais tranquilo possível) - Assertividade - Persistência e PACIÊNCIA, MUITA  Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 43. Os SAAC podem ser muito úteis sobretudo para crianças não falantes. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 44. 1. Intervenção Precoce Principais áreas de intervenção  Comunicação não verbal – promoção da linguagem pré-verbal e verbal, das habilidades de comunicação funcional em contextos sociais naturais, estimulação de habilidades de intencionalidade, alternância de turno, atenção partilhada e de iniciação. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 45.  Imitação – habilidade muito comprometida nas PEA, manifestada desde cedo pela falta de habilidade nos movimentos como resposta à presença da mãe. A imitação da criança pelo adulto estimula funções sociais como: a atenção, a alternância de vez, o sentido do eu, a modulação da expressão e a consciência de emoções. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 46. Processamento sensorial – traduz-se por hiper ou hipo-reacção a estímulos ambientais, pelo que requer a compreensão da função adaptativa relativamente ao comportamento exibido pela criança e a consequente modificação do ambiente. Identificado o padrão funcional, é iniciada uma terapia de integração sensorial. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 47. Jogos com pares – expande e diversifica o repertório comunicativo, promovendo ações conjuntas e referências sociais.  Família – deve ser envolvida no programa de intervenção, tendo em conta factores de stress na família e o seu impacto na criança com PEA. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 48. 2. Pré-Escolar  Abordagens menos inclusivas, em declínio  Abordagem ABA (de análise de comportamento aplicado – Lovaas e colaboradores) – programa de modificação de comportamentos baseado na recompensa, punição e condicionamento, administrado por profissionais especializados, durante 27 ou mais horas por semana, numa abordagem individualizada que pode ou não ser desenvolvida em domicilio. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 49. Abordagem TEACCH (Eric Schopler, 1971) Objectivo: desenvolver autonomia funcional na criança, de modo a permitir que passe grande parte do seu tempo ocupada de forma autónoma. Metodologia individualizada centrada na criança tendo em conta os seus interesses e necessidades. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 50. Abordagem TEACCH Baseia-se na organização do ambiente estabelecendo rotinas através da utilização de planos e sistemas de trabalho. O ambiente é adaptado de forma a facilitar a sua compreensão por parte da criança e ajudá-la a estruturar-se. Valoriza o envolvimento e participação da família na prossecução de habilidades de comunicação, socialização e lazer. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 51. Princípios orientadores  Melhoria da capacidade adaptativa da criança  Colaboração pais/profissionais  Avaliação individualizada para a intervenção  Reforço de capacidades  Teoria cognitiva comportamental  Modelo generalista de formação dos profissionais  Ensino estruturado Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 52.  No programa TEACCH podemos encontrar duas convicções: 1. As pessoas com autismo são como nós, e como tal têm direito à dignidade 2. As pessoas com autismo são muito diferentes de nós – elas compreendem o mundo de forma diferente, gostam e respondem a coisas diferentes. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 53. 3. Escolaridade obrigatória  Atendendo às dificuldades de socialização e de interação inerentes, são necessárias adaptações técnicas e organizacionais. Deve-se respeitar o perfil funcional da criança, definir medidas educativas, assim como objectivos, estratégias e recursos adaptados à criança. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 54. Incluir crianças com autismo severo no ensino regular ≠ Permanecer a tempo inteiro, quer na sala TEACCH, quer na do regular É necessário: 1. Criar/reservar espaços específicos físicos e temporais, assim como recursos humanos para responder às suas necessidades, na cantina para o almoço, durante os recreios, etc. 2. Intercalar, de modo articulado, entre a sala TEACCH e a do regular. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 55. As PEA formam um grupo tão heterogéneo que não se pode eleger uma intervenção, preterindo outras.  As intervenções devem ser adaptadas especificamente a cada criança, família e contexto social, num determinado momento. Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 56. Obrigado Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 57. GARY, C. (2000), The New Social Story Book. Ed. Ilustrada,. Arlington, VA, Future Horizons . www.futurehorizons-autism.com  HEWITT, S. (2006), Compreender O Autismo – Estratégias para alunos com Autismo nas Escolas Regulares. Porto Editora.  OZONOFF, S.; ROGERS, S.; HENDREN, R. (2003), Perturbações do espectro do autismo – Perspectivas da Investigação Actual. CLIMEPSI Editores.  JORDAN, R., POWELL, S.(1990), As Necessidades Curriculares Especiais das Crianças Autistas . Capacidades de Aprendizagem e Racicíonio. The Association of Head Teachers of Autistic Children and Adults. London W5 (documento não publicado, traduzido por Mª Gilberta Seabra)  MARQUES, E. (2000), Perturbações do Espectro do Autismo. Ensaio de uma Intervenção construtivista Desenvolvimentalista com Mães. Quarteto Editora Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 58. http://www.autismbooks.com - bibliografia especializada  http://www.autismgames.com.au/ - acesso livre a jogos que ajudam a lidar com as mudanças, a estabelecer contacto visual e a confrontar-se com emoções  http://www.facebook.com/supportautism/media/set/?set=a. 224537397616045.48911.151025548300564&type=3 - treino de bacio (tabelas para registo; Símbolos pictográficos e livros)  http://www.nationalautismresources.com/oral-motor.html - apresenta brinquedos e outros instrumentos para exercitar a motricidade oral  http://stanleygreenspan.com/ - abordagem Floortime de GREENSPAN  http://www.inspiradospeloautismo.com.br/Programa/Progra ma.html - Programa Son-Rise® Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa
  • 59. http://www.youtube.com/watch?v=vNZVV4Ciccg &sns=fb – Autistic Girl Expresses Unimaginable Intelligence  http://www.youtube.com/watch?v=DoA06Vtetwc &feature=related - Autismo – uma forma diferente de ver o mundo  http://www.youtube.com/watch?v=VkAddjR4whk &feature=fvwrel - Rain man – encontro de irmãos (1988)  http://www.youtube.com/watch?v=ZR4NKxAcOf 0&feature=player_embedded#! – Solução para o Autismo – Aplicando as Técnicas (Programa Son- Rise®) Helena Sousa - Hermínia Martins - Fernando Sousa