O documento discute métodos de representação qualitativa e quantitativa em mapas. A representação qualitativa mostra a localização e extensão de fenômenos usando pontos, linhas e áreas. A representação quantitativa evidencia a proporcionalidade entre objetos usando variação no tamanho. O documento também descreve símbolos geométricos, pictóricos e alfanuméricos e métodos como figuras geométricas proporcionais para representar valores absolutos.
2. 1. Representação Qualitativa
A Representação Qualitativa é empregada para mostrar a
presença, a localização e a extensão das ocorrências dos fenômenos
que se diferenciam pela sua natureza e tipo, podendo ser
classificados por critérios estabelecidos pelas ciências que estudam
tais fenômenos, segundo Martinelli (2003a).
Conforme os fenômenos se manifestam em pontos, linhas ou
áreas, no mapa utiliza-se, respectivamente, pontos, linhas e áreas.
Esses mapas são os mais difundidos e constituem o primeiro
momento básico de um registro espacial para uma pesquisa. Para
resolver um mapa qualitativo é necessário buscar a variação visual
com propriedade perceptiva compatível com a diversidade: a
seletividade visual. A variação visual tem que ser seletiva. O mapa
resultará exaustivo, dispondo todos os atributos sobre o mesmo
mapa.
3. Segundo Bos (1984), de acordo com a forma os símbolos cartográficos são comumente agrupados em 3 categorias principais:
a) Símbolos Pictóricos ou Descritivos: são símbolos que de um modo realista ou simplificado, estilizado, representam o que devem significar.
Símbolos Pictóricos
Fonte: Bos (1984)
4. b) Símbolos Geométricos ou Abstratos: possuem forma regular tal como um círculo, um quadrado, um triângulo, um hexágono etc.
Símbolos Geométricos
Fonte: Bos (1984)
5. c) Símbolos Alfanuméricos: são aqueles compostos de letras e números.
São, na maioria, fáceis de entender e de produzir; a legibilidade pode ser
afetada por outro texto no mapa; a qualidade da localização nem sempre é
boa.
Símbolos Alfanuméricos
Fonte: Martinelli (2003a)
6. Na manifestação linear, Martinelli (2003) comenta que convém usar basicamente a variação de forma:
Fonte: Martinelli (2003a)
7. Na manifestação zonal, o procedimento para construção da representação, classicamente tem o nome de método corocromático. Martinelli (2003) considera que a cor tem
maior eficácia. Na impossibilidade de se poder contar com a cor, deve-se empregar texturas diferenciadas compostas por elementos pontuais ou lineares, do mesmo valor
visual (uma textura não pode ficar mais escura que a outra).
12. QUANTITATIVA ORDENADA
Pode-se também explorar a ordem visual entre as cores, organizando-as das mais claras para as mais escuras, seja entre as cores quentes, seja entre as cores
frias:
Representação
Quantitativa
A Representação Quantitativa em mapas é empregada para evidenciar a relação de proporcionalidade entre objetos, junto à realidade sendo entendida como de
quantidades. Martinelli (2003a) considera que tal relação deve ser transcrita por uma relação visual de mesma natureza. A única variável visual que transcreve
fielmente
esta
noção
é
a
tamanho.
Conforme os fenômenos se manifestam em pontos, linhas ou áreas, no mapa utiliza-se, respectivamente, pontos, linhas e áreas que terão uma variação com
propriedade perceptiva compatível com a proporcionalidade:
14. PROPORÇÃO GEOMETRICA
Método das Figuras Geométricas Proporcionais: considera o
tamanho de uma figura geométrica proporcional à
quantidade a ser representada, que será colocada no centro
da área de ocorrência. Este método é ideal para a
representação de valores absolutos, como a população dos
Estados Brasileiros.