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[Ovinocultura]

Inseminação artificial em ovinos
por laparoscopia
Guilherme de Medeiros Bastos1, Luiz Henrique Silveira Martins2, Mariana Garcia Kako Rodriguez2,
Marcela Ambrogi2, Guilherme da Silva Dranca2, Naidiel Renã Galon2, Andressa Pereira de Souza2,
Julian Michel Tschonka2, Odilei Rogério Prado3, Alda Lúcia Gomes Monteiro3
Prof. Adjunto B – UNICENTRO, Guarapuava-PR. Coordenador do Laboratório de Reprodução Animal (ReproCentro).
Fone (42) 8403-6265. E-mail: gmbastos2004@yahoo.com.br
2
Estagiário(a) do ReproCentro. Aluno(a) de graduação em Medicina Veterinária – UNICENTRO, Guarapuava-PR.
3
Laboratório de Produção e Pesquisa em Ovinos e Caprinos - LAPOC - Departamento de Zootecnia – UFPR, Curitiba-PR.
1

A

ovinocultura no estado do Paraná, outrora vista como atividade
com lucratividade marginal nas
propriedades rurais, principalmente
pela falta de organização na cadeia
produtiva, encontra-se em franca ascensão. Atualmente, o Paraná conta
com cinco cooperativas que coordenam o abate, o preparo de cortes especiais e a oferta regular de carne de
cordeiro para os mercados consumidores e, o mais importante, a garantia
de pagamento de um preço justo pelas
carcaças comercializadas.
Um dos principais fatores relacionados à lucratividade do ovinocultor
é a eficiência reprodutiva do rebanho.
Nas raças especializadas para produção de cordeiros tipo carne, um número significativo de ovelhas apresenta
prenhez gemelar e até mesmo trigemelar que, se devidamente manejadas,
resulta em índices de natalidade e desmame superiores a 100%. Entretanto,
não basta ter cordeiros para ofertar ao
mercado, é fundamental que os mesmos tenham peso e acabamento de
carcaça desejados a uma tenra idade
(média de 4 meses). Para tanto, é preciso ter genética de qualidade, ou seja,
instituir um programa de melhoramento genético no rebanho, considerando-se a raça escolhida, a partir de
carneiros (machos reprodutores) com
características fenotípicas desejáveis
para a raça em questão e que tenham
o potencial de produzir descendentes

62

Revista do Produtor Rural

(prole) que apresentem desempenho
produtivo (ganho de peso e acabamento de carcaça) com maior eficiência a
cada geração.
Atualmente, muitos ovinocultores
utilizam reprodutores de baixo valor
comercial e, não raramente, alternam
estes machos com outros criadores a
fim de economizar recursos naquele
que é, ou deveria ser, o principal multiplicador de genética de qualidade, ou
seja, o carneiro reprodutor.
A inseminação artificial, se bem
orientada e conduzida, é uma importante alternativa para incrementar o
melhoramento genético dos rebanhos.
Em condições normais, é preciso 2 a
3% de carneiros reprodutores para
monta de um lote de 100 ovelhas.
Quando se adota a inseminação, apenas um carneiro (fenotipicamente superior e de maior valor comercial) é
capaz de servir um número bem maior
de ovelhas na temporada reprodutiva.
Quando o carneiro reprodutor
encontra-se na propriedade, a inseminação poderá ser feita em ovelhas
que manifestam cio natural ou com cio
sincronizado com hormônios da esfera
reprodutiva, o que permite inseminar
todas as ovelhas sem a necessidade
de detecção de cios, ou seja, praticar a inseminação artificial em tempo
fixo (IATF) em apenas um turno do dia.
Quanto à técnica, utiliza-se a inseminação artificial cervical superficial pela via
vaginal quando se emprega o sêmen

fresco (recém-colhido do carneiro), fresco diluído (que possibilita inseminar um
maior número de ovelhas com apenas
um ejaculado), ou ainda o sêmen diluído refrigerado (que torna possível inseminar as ovelhas até 12 horas após
o sêmen ser colhido do carneiro reprodutor). Esta modalidade de inseminação é simples e rápida, sem qualquer
prejuízo para os animais. O percentual
de ovelhas que resulta prenhe está na
dependência de vários fatores, como a
condição nutricional e sanitária do rebanho, a época do ano, a qualidade e
a modalidade de uso do sêmen (fresco
ou refrigerado), se o cio é natural ou
induzido com hormônios e, ainda, a experiência da equipe técnica.
Outra alternativa bastante interessante é a inseminação das ovelhas com
sêmen descongelado, a semelhança do
que é largamente praticado com vacas.
Neste caso, o ovinocultor ou um condomínio de criadores poderá adquirir
um carneiro de alto mérito genético e
valor comercial e submetê-lo a colheitas regulares de sêmen para fins de
congelação. Esta prática pode ser feita
na própria propriedade onde o carneiro está alojado. As doses de sêmen (palhetas) congeladas são armazenadas
em botijões criogênicos (em nitrogênio líquido) por tempo indeterminado,
até que o produtor decida utilizá-las
na inseminação das ovelhas. Além disso, estas doses de sêmen congelado
servirão como um “seguro do carneiro”
caso o mesmo venha a óbito ou tenha
(no futuro) a sua qualidade de sêmen
prejudicada pela época do ano, lesões
ou enfermidades. A partir de um ejaculado é possível congelar entre 40 e 60
doses de sêmen, estando a quantidade
na dependência do volume e da concentração de espermatozoides do ejaculado, bem como da concentração de
espermatozoides desejada por dose
(palheta). Opcionalmente, o produtor
poderá adquirir sêmen congelado de
carneiros de diferentes raças em centrais especializadas na produção e comercialização de sêmen congelado.
O resultado da inseminação, ou
seja, o diagnóstico de quais ovelhas
resultaram prenhes, poderá ser realizado por ultrassonografia a partir de 28
dias, prática esta que é simples, rápida
e não oferece riscos a ovelha nem ao
embrião/feto. A partir daí, as ovelhas
vazias (não gestantes) poderão ser inseminadas pela segunda vez ou o carneiro
poderá repassá-las pela monta natural.
Uma limitação do sêmen congelado é que a técnica de inseminação não
deverá ser realizada pela via cervical
superficial (conforme descrito acima
para sêmen fresco ou resfriado), pois
resulta em percentuais de prenhez
abaixo de 10% (Prado et al., 2012),
uma vez que a dose apresenta menor
concentração e viabilidade (tempo de
vida) dos espermatozóides descongelados em comparação àqueles obtidos no ejaculado recém-colhido do
carneiro. A técnica de eleição e que é
mundialmente praticada para a inseminação de ovelhas com sêmen descongelado é a laparoscopia (Figura 1).
Ela permite depositar o sêmen descongelado diretamente no interior do útero da ovelha, “encurtando caminhos”
e possibilitando que um número adequado de espermatozóides adentre o
oviduto e fertilize o óvulo.
As ovelhas que serão submetidas
à inseminação por laparoscopia devem
ser preferencialmente, submetidas à
sincronização/indução de cios com
hormônios da esfera reprodutiva. A
inseminação artificial em tempo fixo
(IATF) é realizada entre 55 e 60 horas
após o término da aplicação dos hormônios. Com uma equipe experiente é
possível inseminar 50 ovelhas em um
turno, totalizando 100 animais ao dia.

Prof. Guilherme Bastos: inseminação de ovelhas por laparoscopia

A técnica consiste em conter a
ovelha em decúbito dorsal (barriga
para cima) em uma maca específica
conforme demonstrado na Figura 1.
Após lavagem e antissepsia (lavagem
com desinfetante) do ventre do animal,
é feita anestesia local em torno de 5cm
abaixo do úbere, em ambos os lados
direito e esquerdo, onde é feita uma
“pequena incisão” na pele com bisturi. Nestas “incisões” são introduzidos
trocateres (cânulas) por onde passam o
laparoscópio (ótica) e um aplicador de
sêmen contendo a dose descongelada,
sendo o aplicador recoberto por uma
bainha plástica contendo uma agulhinha de insulina (pequena e fina) na
ponta. Ao visualizar o útero, o inseminador encosta a referida agulhinha no
órgão (útero) e ela penetra na “luz” (lúmen) do útero onde o sêmen é depositado. Feito isso, é realizado um ponto
isolado simples com fio reabsorvível
(não precisa ser removido) na pele
onde foi anteriormente feita a pequena incisão e aplicado spray cicatrizante. Os animais são liberados da maca
e vão imediatamente para o pasto ou
aprisco, seguindo o manejo normal da
propriedade. O tempo médio decorrido
entre a colocação da ovelha na maca, a

inseminação e a liberação do animal é
de 4 minutos.
A laparoscopia não oferece riscos
à vida nem ao trato genital da ovelha.
O percentual médio de prenhez mundialmente aceito para esta técnica com
sêmen descongelado é de 50%. Este
percentual é semelhante ou pouco inferior ao obtido na monta natural do
carneiro em um único cio. Geralmente
o produtor contabiliza o resultado próximo a 100% de prenhez ao final da
temporada reprodutiva ou com base
na parição, mas neste caso as ovelhas
já manifestaram vários cios e foram
cobertas repetidas vezes (a cada cio)
pelos carneiros.
O Laboratório de Reprodução Animal da Unicentro (ReproCentro) tem realizado pesquisas utilizando a metodologia de inseminação por laparoscopia
com sêmen descongelado. Um dos pré-experimentos foi realizado em Castro
– PR, durante o mês de dezembro de
2011, na propriedade do Sr. Armando
Rabbers, onde ovelhas Texel desmamadas e mantidas em regime de confinamento foram submetidas à inseminação por laparoscopia com sêmen
descongelado de um mesmo carneiro
(Souza et al., 2012). A dieta dos animais

Revista do Produtor Rural

63
desde o dia em que foi iniciada a aplicação de hormônio para sincronização
de cios até o dia da inseminação (período de 14 dias) foi composta por 500
g de fubá de milho, 200 g de concentrado (18% de PB; Castrolanda 04B) e
3 kg de silagem de milho por cabeça.
Do dia seguinte à inseminação até o
35° dia (momento da ultrassonografia
para detecção de prenhez), a dieta foi
composta por 300 g de fubá de milho,
200 g de concentrado (16% de PB) e 3
kg de silagem de trigo por cabeça. Durante todo o período experimental os

de 2012, na propriedade do médico
veterinário Leonardo Mattos Leão, utilizando borregas (dois dentes) da raça Ile
de France e algumas cruza Hampshire
Down. Neste estudo, as borregas foram
mantidas em pasto de Hermátria (Hermátria altíssima) durante o dia. A noite,
ao serem encerradas separadamente
no aprisco, metade dos animais (Grupo
1) recebeu suplementação com 1 kg de
silagem de milho/cabeça/dia e, a outra
metade dos animais (Grupo 2), recebeu
a mesma quantidade de silagem de milho misturada a 300 g (cabeça/dia) de

Tabela 1: Percentual de prenhez de ovelhas Texel confinadas (Castro, PR), submetidas ao protocolo
hormonal curto ou longo de sincronização de cios e inseminadas em tempo fixo por laparoscopia
com sêmen descongelado em dezembro de 2011.
Protocolo hormonal

Nº total de ovelhas

Nº de ovelhas
prenhes

Percentual de
ovelhas prenhes

Curto (6 dias)

23

13

56,5%

Longo (12 dias)

20

13

65,0%

Total (média)

43

26

60,5%

Fonte: Adaptado de Souza et al. (2012).

animais tiveram livre acesso à água e
suplemento mineral para ovinos (SMO,
Castrolanda).
Neste estudo, parte das ovelhas
foram submetidas à sincronização de
cios com esponja vaginal contendo
hormônio por 6 dias (protocolo curto)
e, o outro grupo de animais por 12 dias
(protocolo longo). As ovelhas permaneceram sem contato com carneiros
até a ultrassonografia que foi realizada
35 dias após a data da inseminação. Os
resultados de prenhez estão demonstrados na Tabela 1.
Outro estudo (pré-experimento; dados ainda não publicados) foi realizado
em Guarapuava – PR, no mês de junho

concentrado (RAO – OVINOS, Agrária)
para ovinos. A suplementação com silagem (para ambos os grupos) e concentrado (apenas para as borregas do grupo
2) teve início no dia que iniciou o tratamento hormonal (14 dias antes da inseminação) e finalizou no dia da ultrassonografia para identificação das borregas
prenhes (32 dias após a inseminação),
totalizando 46 dias de suplementação.
Durante todo o período experimental as
borregas receberam sal mineral (Ovinofós Pasto, Tortuga®) à vontade. Portanto,
o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da suplementação com concentrado
sobre o percentual de prenhez destas
borregas inseminadas por laparoscopia

Tabela 2: Percentual de prenhez de borregas Ile de France e cruza Hampshire Down (Guarapuava, PR)
mantidas a pasto e suplementadas com silagem de milho sem (Grupo 1) ou com (Grupo 2) adição
(mistura) de concentrado na silagem e inseminadas em tempo fixo por laparoscopia com sêmen
descongelado em junho de 2012 (dados não publicados).
Tratamento (dieta)

Nº total de borregas

Nº de borregas
prenhes

Percentual de
borregas prenhes

Grupo 1:
sem concentrado

18

14

77,7%

Grupo 2:
com concentrado

16

14

87,5%

Total (média)

34

28

82,3%

64

Revista do Produtor Rural

com sêmen descongelado. Não houve
repasse da inseminação com carneiros,
sendo os resultados de prenhez exclusivos da inseminação. Os resultados estão
demonstrados na Tabela 2.
Um dos fatores limitantes da laparoscopia é o alto custo dos equipamentos e a necessidade de veterinário especializado. Com o intuito de substituir
a técnica da laparoscopia por simplificar e reduzir o custo da inseminação de
ovelhas com sêmen descongelado foi
desenvolvido no Brasil, há alguns anos,
um kit comercial denominado “Aplicador Expansor Ovino” que, mediante pinçamento (pela vagina) e tração do óstio
cervical em direção à vulva, permitiria o
alinhamento dos anéis cervicais (fisiologicamente tortuosos), a transposição
do aplicador pelo colo do útero (cérvix)
e a deposição do sêmen descongelado no interior do corpo do útero da
ovelha, o que resultaria em percentual de prenhez similar ao da técnica de
laparoscopia. Esta técnica é chamada
de inseminação intra-uterina pela via
transcervical. Entretanto, a equipe do
ReproCentro implementou vários experimentos (Prado et al., 2011; alguns
dados não publicados) utilizando o
“Aplicador Expansor Ovino” em diferentes rebanhos, raças e utilizando três
modalidades de sêmen (fresco, resfriado e descongelado) e os percentuais de
prenhez nunca ultrapassaram 19% (geralmente abaixo de 10%). Suspeita-se
que nas raças trabalhadas (Ile de France,
Texel, Suffolk e Santa Inês) o “Aplicador
Expansor Ovino” perfura o colo do útero (cérvix) das ovelhas, sendo o sêmen
depositado na cavidade abdominal.
Embora a técnica transcervical
aparentemente não resulte em danos
irreversíveis ao trato genital nem comprometa a fertilidade subsequente das
ovelhas, uma vez que a maioria delas
resultou prenhe a partir do repasse com
os carneiros, o “Aplicador Expansor Ovino” é desaconselhado pela nossa equipe, permanecendo a laparoscopia como
a metodologia padrão e recomendada
para a inseminação de ovelhas com
sêmen descongelado. O ReproCentro
foi equipado com recursos oriundos de
projetos de pesquisa e extensão rural, e
está pronto para prestação de serviços
na área de reprodução de ovinos, bovinos e equinos (Tabela 3).
Tabela 3: Relação dos serviços ofertados pelo Laboratório de Reprodução Animal da Unicentro (ReproCentro).
Prestação de serviços em Reprodução Animal

Serviços ofertados

Espécie

Ovina

Bovina

Equina

Diagnóstico de prenhez por ultrassonografia

x

x

x

Sexagem fetal por ultrassonografia

x

x

x

Inseminação artificial convencional

x

x

x

Inseminação artificial por laparoscopia

x

Exame ginecológio

x

x

Cesariana

x

x

Vulvoplastia

x

x

x

Exame andrológico

x

x

x

Congelação de sêmen

x

x

x

Transferência e congelação de embriões

x

x

x

Descongelação e inovulação de embriões

x

x

x

Análise de sêmen congelado

x

x

x

Agradecimentos
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico –
CNPq, pelo suporte financeiro (Projeto n°574674/2008-0). Aos ovinocultores
Armando Rabbers e Leonardo Mattos Leão por disponibilizar os animais para
os estudos.

Referências Bibliográficas
Odilei Rogério Prado, Alda Lúcia Gomes Monteiro, Guilherme de Medeiros Bastos, Carlos
Henrique Kulik, Thiago Augusto Cruz. Efeito
da adição de plasma seminal ovino ao sêmen
descongelado na inseminação artificial de
ovelhas pela via cervical superficial. Synergismus Scyentifica UTFPR, Pato Branco, 07 (1),
2012 (Resumo Expandido).
Andressa Pereira de Souza, Guilherme de Medeiros Bastos, Odilei Rogério Prado, Julian Michel Tschonka, Luiz Henrique Silveira Martins,
Naidiel Renã Galon, Alda Lúcia Gomes Monteiro, Francisco Romano Gaievski. Desempenho
reprodutivo de ovelhas Texel confinadas e
submetidas a protocolo hormonal curto ou
longo de sincronização de cios e inseminadas por laparoscopia durante a estação
reprodutiva. Anais da 49ª Reunião Anual da
Sociedade Brasileira de Zootecnia, 2012 - CD-ROM (Resumo Expandido).
Odilei Rogério Prado, Guiherme de Medeiros
Bastos, Bruno Bueno Saab, Moana Rodrigues
França, Fernando Hentz, Rogério Ferreira. Fertilidade de borregas submetidas a protocolo
curto ou longo de indução de cios e inseminadas em tempo fixo com sêmen resfriado
ou descongelado na contra-estação reprodutiva. Anais da 48º Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia, 2011 - CD-ROM
(Resumo Expandido).

Revista do Produtor Rural

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Inseminação artificial em ovinos por laparoscopia

  • 1. [Ovinocultura] Inseminação artificial em ovinos por laparoscopia Guilherme de Medeiros Bastos1, Luiz Henrique Silveira Martins2, Mariana Garcia Kako Rodriguez2, Marcela Ambrogi2, Guilherme da Silva Dranca2, Naidiel Renã Galon2, Andressa Pereira de Souza2, Julian Michel Tschonka2, Odilei Rogério Prado3, Alda Lúcia Gomes Monteiro3 Prof. Adjunto B – UNICENTRO, Guarapuava-PR. Coordenador do Laboratório de Reprodução Animal (ReproCentro). Fone (42) 8403-6265. E-mail: gmbastos2004@yahoo.com.br 2 Estagiário(a) do ReproCentro. Aluno(a) de graduação em Medicina Veterinária – UNICENTRO, Guarapuava-PR. 3 Laboratório de Produção e Pesquisa em Ovinos e Caprinos - LAPOC - Departamento de Zootecnia – UFPR, Curitiba-PR. 1 A ovinocultura no estado do Paraná, outrora vista como atividade com lucratividade marginal nas propriedades rurais, principalmente pela falta de organização na cadeia produtiva, encontra-se em franca ascensão. Atualmente, o Paraná conta com cinco cooperativas que coordenam o abate, o preparo de cortes especiais e a oferta regular de carne de cordeiro para os mercados consumidores e, o mais importante, a garantia de pagamento de um preço justo pelas carcaças comercializadas. Um dos principais fatores relacionados à lucratividade do ovinocultor é a eficiência reprodutiva do rebanho. Nas raças especializadas para produção de cordeiros tipo carne, um número significativo de ovelhas apresenta prenhez gemelar e até mesmo trigemelar que, se devidamente manejadas, resulta em índices de natalidade e desmame superiores a 100%. Entretanto, não basta ter cordeiros para ofertar ao mercado, é fundamental que os mesmos tenham peso e acabamento de carcaça desejados a uma tenra idade (média de 4 meses). Para tanto, é preciso ter genética de qualidade, ou seja, instituir um programa de melhoramento genético no rebanho, considerando-se a raça escolhida, a partir de carneiros (machos reprodutores) com características fenotípicas desejáveis para a raça em questão e que tenham o potencial de produzir descendentes 62 Revista do Produtor Rural (prole) que apresentem desempenho produtivo (ganho de peso e acabamento de carcaça) com maior eficiência a cada geração. Atualmente, muitos ovinocultores utilizam reprodutores de baixo valor comercial e, não raramente, alternam estes machos com outros criadores a fim de economizar recursos naquele que é, ou deveria ser, o principal multiplicador de genética de qualidade, ou seja, o carneiro reprodutor. A inseminação artificial, se bem orientada e conduzida, é uma importante alternativa para incrementar o melhoramento genético dos rebanhos. Em condições normais, é preciso 2 a 3% de carneiros reprodutores para monta de um lote de 100 ovelhas. Quando se adota a inseminação, apenas um carneiro (fenotipicamente superior e de maior valor comercial) é capaz de servir um número bem maior de ovelhas na temporada reprodutiva. Quando o carneiro reprodutor encontra-se na propriedade, a inseminação poderá ser feita em ovelhas que manifestam cio natural ou com cio sincronizado com hormônios da esfera reprodutiva, o que permite inseminar todas as ovelhas sem a necessidade de detecção de cios, ou seja, praticar a inseminação artificial em tempo fixo (IATF) em apenas um turno do dia. Quanto à técnica, utiliza-se a inseminação artificial cervical superficial pela via vaginal quando se emprega o sêmen fresco (recém-colhido do carneiro), fresco diluído (que possibilita inseminar um maior número de ovelhas com apenas um ejaculado), ou ainda o sêmen diluído refrigerado (que torna possível inseminar as ovelhas até 12 horas após o sêmen ser colhido do carneiro reprodutor). Esta modalidade de inseminação é simples e rápida, sem qualquer prejuízo para os animais. O percentual de ovelhas que resulta prenhe está na dependência de vários fatores, como a condição nutricional e sanitária do rebanho, a época do ano, a qualidade e a modalidade de uso do sêmen (fresco ou refrigerado), se o cio é natural ou induzido com hormônios e, ainda, a experiência da equipe técnica. Outra alternativa bastante interessante é a inseminação das ovelhas com sêmen descongelado, a semelhança do que é largamente praticado com vacas. Neste caso, o ovinocultor ou um condomínio de criadores poderá adquirir um carneiro de alto mérito genético e valor comercial e submetê-lo a colheitas regulares de sêmen para fins de congelação. Esta prática pode ser feita na própria propriedade onde o carneiro está alojado. As doses de sêmen (palhetas) congeladas são armazenadas em botijões criogênicos (em nitrogênio líquido) por tempo indeterminado, até que o produtor decida utilizá-las na inseminação das ovelhas. Além disso, estas doses de sêmen congelado servirão como um “seguro do carneiro”
  • 2. caso o mesmo venha a óbito ou tenha (no futuro) a sua qualidade de sêmen prejudicada pela época do ano, lesões ou enfermidades. A partir de um ejaculado é possível congelar entre 40 e 60 doses de sêmen, estando a quantidade na dependência do volume e da concentração de espermatozoides do ejaculado, bem como da concentração de espermatozoides desejada por dose (palheta). Opcionalmente, o produtor poderá adquirir sêmen congelado de carneiros de diferentes raças em centrais especializadas na produção e comercialização de sêmen congelado. O resultado da inseminação, ou seja, o diagnóstico de quais ovelhas resultaram prenhes, poderá ser realizado por ultrassonografia a partir de 28 dias, prática esta que é simples, rápida e não oferece riscos a ovelha nem ao embrião/feto. A partir daí, as ovelhas vazias (não gestantes) poderão ser inseminadas pela segunda vez ou o carneiro poderá repassá-las pela monta natural. Uma limitação do sêmen congelado é que a técnica de inseminação não deverá ser realizada pela via cervical superficial (conforme descrito acima para sêmen fresco ou resfriado), pois resulta em percentuais de prenhez abaixo de 10% (Prado et al., 2012), uma vez que a dose apresenta menor concentração e viabilidade (tempo de vida) dos espermatozóides descongelados em comparação àqueles obtidos no ejaculado recém-colhido do carneiro. A técnica de eleição e que é mundialmente praticada para a inseminação de ovelhas com sêmen descongelado é a laparoscopia (Figura 1). Ela permite depositar o sêmen descongelado diretamente no interior do útero da ovelha, “encurtando caminhos” e possibilitando que um número adequado de espermatozóides adentre o oviduto e fertilize o óvulo. As ovelhas que serão submetidas à inseminação por laparoscopia devem ser preferencialmente, submetidas à sincronização/indução de cios com hormônios da esfera reprodutiva. A inseminação artificial em tempo fixo (IATF) é realizada entre 55 e 60 horas após o término da aplicação dos hormônios. Com uma equipe experiente é possível inseminar 50 ovelhas em um turno, totalizando 100 animais ao dia. Prof. Guilherme Bastos: inseminação de ovelhas por laparoscopia A técnica consiste em conter a ovelha em decúbito dorsal (barriga para cima) em uma maca específica conforme demonstrado na Figura 1. Após lavagem e antissepsia (lavagem com desinfetante) do ventre do animal, é feita anestesia local em torno de 5cm abaixo do úbere, em ambos os lados direito e esquerdo, onde é feita uma “pequena incisão” na pele com bisturi. Nestas “incisões” são introduzidos trocateres (cânulas) por onde passam o laparoscópio (ótica) e um aplicador de sêmen contendo a dose descongelada, sendo o aplicador recoberto por uma bainha plástica contendo uma agulhinha de insulina (pequena e fina) na ponta. Ao visualizar o útero, o inseminador encosta a referida agulhinha no órgão (útero) e ela penetra na “luz” (lúmen) do útero onde o sêmen é depositado. Feito isso, é realizado um ponto isolado simples com fio reabsorvível (não precisa ser removido) na pele onde foi anteriormente feita a pequena incisão e aplicado spray cicatrizante. Os animais são liberados da maca e vão imediatamente para o pasto ou aprisco, seguindo o manejo normal da propriedade. O tempo médio decorrido entre a colocação da ovelha na maca, a inseminação e a liberação do animal é de 4 minutos. A laparoscopia não oferece riscos à vida nem ao trato genital da ovelha. O percentual médio de prenhez mundialmente aceito para esta técnica com sêmen descongelado é de 50%. Este percentual é semelhante ou pouco inferior ao obtido na monta natural do carneiro em um único cio. Geralmente o produtor contabiliza o resultado próximo a 100% de prenhez ao final da temporada reprodutiva ou com base na parição, mas neste caso as ovelhas já manifestaram vários cios e foram cobertas repetidas vezes (a cada cio) pelos carneiros. O Laboratório de Reprodução Animal da Unicentro (ReproCentro) tem realizado pesquisas utilizando a metodologia de inseminação por laparoscopia com sêmen descongelado. Um dos pré-experimentos foi realizado em Castro – PR, durante o mês de dezembro de 2011, na propriedade do Sr. Armando Rabbers, onde ovelhas Texel desmamadas e mantidas em regime de confinamento foram submetidas à inseminação por laparoscopia com sêmen descongelado de um mesmo carneiro (Souza et al., 2012). A dieta dos animais Revista do Produtor Rural 63
  • 3. desde o dia em que foi iniciada a aplicação de hormônio para sincronização de cios até o dia da inseminação (período de 14 dias) foi composta por 500 g de fubá de milho, 200 g de concentrado (18% de PB; Castrolanda 04B) e 3 kg de silagem de milho por cabeça. Do dia seguinte à inseminação até o 35° dia (momento da ultrassonografia para detecção de prenhez), a dieta foi composta por 300 g de fubá de milho, 200 g de concentrado (16% de PB) e 3 kg de silagem de trigo por cabeça. Durante todo o período experimental os de 2012, na propriedade do médico veterinário Leonardo Mattos Leão, utilizando borregas (dois dentes) da raça Ile de France e algumas cruza Hampshire Down. Neste estudo, as borregas foram mantidas em pasto de Hermátria (Hermátria altíssima) durante o dia. A noite, ao serem encerradas separadamente no aprisco, metade dos animais (Grupo 1) recebeu suplementação com 1 kg de silagem de milho/cabeça/dia e, a outra metade dos animais (Grupo 2), recebeu a mesma quantidade de silagem de milho misturada a 300 g (cabeça/dia) de Tabela 1: Percentual de prenhez de ovelhas Texel confinadas (Castro, PR), submetidas ao protocolo hormonal curto ou longo de sincronização de cios e inseminadas em tempo fixo por laparoscopia com sêmen descongelado em dezembro de 2011. Protocolo hormonal Nº total de ovelhas Nº de ovelhas prenhes Percentual de ovelhas prenhes Curto (6 dias) 23 13 56,5% Longo (12 dias) 20 13 65,0% Total (média) 43 26 60,5% Fonte: Adaptado de Souza et al. (2012). animais tiveram livre acesso à água e suplemento mineral para ovinos (SMO, Castrolanda). Neste estudo, parte das ovelhas foram submetidas à sincronização de cios com esponja vaginal contendo hormônio por 6 dias (protocolo curto) e, o outro grupo de animais por 12 dias (protocolo longo). As ovelhas permaneceram sem contato com carneiros até a ultrassonografia que foi realizada 35 dias após a data da inseminação. Os resultados de prenhez estão demonstrados na Tabela 1. Outro estudo (pré-experimento; dados ainda não publicados) foi realizado em Guarapuava – PR, no mês de junho concentrado (RAO – OVINOS, Agrária) para ovinos. A suplementação com silagem (para ambos os grupos) e concentrado (apenas para as borregas do grupo 2) teve início no dia que iniciou o tratamento hormonal (14 dias antes da inseminação) e finalizou no dia da ultrassonografia para identificação das borregas prenhes (32 dias após a inseminação), totalizando 46 dias de suplementação. Durante todo o período experimental as borregas receberam sal mineral (Ovinofós Pasto, Tortuga®) à vontade. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da suplementação com concentrado sobre o percentual de prenhez destas borregas inseminadas por laparoscopia Tabela 2: Percentual de prenhez de borregas Ile de France e cruza Hampshire Down (Guarapuava, PR) mantidas a pasto e suplementadas com silagem de milho sem (Grupo 1) ou com (Grupo 2) adição (mistura) de concentrado na silagem e inseminadas em tempo fixo por laparoscopia com sêmen descongelado em junho de 2012 (dados não publicados). Tratamento (dieta) Nº total de borregas Nº de borregas prenhes Percentual de borregas prenhes Grupo 1: sem concentrado 18 14 77,7% Grupo 2: com concentrado 16 14 87,5% Total (média) 34 28 82,3% 64 Revista do Produtor Rural com sêmen descongelado. Não houve repasse da inseminação com carneiros, sendo os resultados de prenhez exclusivos da inseminação. Os resultados estão demonstrados na Tabela 2. Um dos fatores limitantes da laparoscopia é o alto custo dos equipamentos e a necessidade de veterinário especializado. Com o intuito de substituir a técnica da laparoscopia por simplificar e reduzir o custo da inseminação de ovelhas com sêmen descongelado foi desenvolvido no Brasil, há alguns anos, um kit comercial denominado “Aplicador Expansor Ovino” que, mediante pinçamento (pela vagina) e tração do óstio cervical em direção à vulva, permitiria o alinhamento dos anéis cervicais (fisiologicamente tortuosos), a transposição do aplicador pelo colo do útero (cérvix) e a deposição do sêmen descongelado no interior do corpo do útero da ovelha, o que resultaria em percentual de prenhez similar ao da técnica de laparoscopia. Esta técnica é chamada de inseminação intra-uterina pela via transcervical. Entretanto, a equipe do ReproCentro implementou vários experimentos (Prado et al., 2011; alguns dados não publicados) utilizando o “Aplicador Expansor Ovino” em diferentes rebanhos, raças e utilizando três modalidades de sêmen (fresco, resfriado e descongelado) e os percentuais de prenhez nunca ultrapassaram 19% (geralmente abaixo de 10%). Suspeita-se que nas raças trabalhadas (Ile de France, Texel, Suffolk e Santa Inês) o “Aplicador Expansor Ovino” perfura o colo do útero (cérvix) das ovelhas, sendo o sêmen depositado na cavidade abdominal. Embora a técnica transcervical aparentemente não resulte em danos irreversíveis ao trato genital nem comprometa a fertilidade subsequente das ovelhas, uma vez que a maioria delas resultou prenhe a partir do repasse com os carneiros, o “Aplicador Expansor Ovino” é desaconselhado pela nossa equipe, permanecendo a laparoscopia como a metodologia padrão e recomendada para a inseminação de ovelhas com sêmen descongelado. O ReproCentro foi equipado com recursos oriundos de projetos de pesquisa e extensão rural, e está pronto para prestação de serviços na área de reprodução de ovinos, bovinos e equinos (Tabela 3).
  • 4. Tabela 3: Relação dos serviços ofertados pelo Laboratório de Reprodução Animal da Unicentro (ReproCentro). Prestação de serviços em Reprodução Animal Serviços ofertados Espécie Ovina Bovina Equina Diagnóstico de prenhez por ultrassonografia x x x Sexagem fetal por ultrassonografia x x x Inseminação artificial convencional x x x Inseminação artificial por laparoscopia x Exame ginecológio x x Cesariana x x Vulvoplastia x x x Exame andrológico x x x Congelação de sêmen x x x Transferência e congelação de embriões x x x Descongelação e inovulação de embriões x x x Análise de sêmen congelado x x x Agradecimentos Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, pelo suporte financeiro (Projeto n°574674/2008-0). Aos ovinocultores Armando Rabbers e Leonardo Mattos Leão por disponibilizar os animais para os estudos. Referências Bibliográficas Odilei Rogério Prado, Alda Lúcia Gomes Monteiro, Guilherme de Medeiros Bastos, Carlos Henrique Kulik, Thiago Augusto Cruz. Efeito da adição de plasma seminal ovino ao sêmen descongelado na inseminação artificial de ovelhas pela via cervical superficial. Synergismus Scyentifica UTFPR, Pato Branco, 07 (1), 2012 (Resumo Expandido). Andressa Pereira de Souza, Guilherme de Medeiros Bastos, Odilei Rogério Prado, Julian Michel Tschonka, Luiz Henrique Silveira Martins, Naidiel Renã Galon, Alda Lúcia Gomes Monteiro, Francisco Romano Gaievski. Desempenho reprodutivo de ovelhas Texel confinadas e submetidas a protocolo hormonal curto ou longo de sincronização de cios e inseminadas por laparoscopia durante a estação reprodutiva. Anais da 49ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia, 2012 - CD-ROM (Resumo Expandido). Odilei Rogério Prado, Guiherme de Medeiros Bastos, Bruno Bueno Saab, Moana Rodrigues França, Fernando Hentz, Rogério Ferreira. Fertilidade de borregas submetidas a protocolo curto ou longo de indução de cios e inseminadas em tempo fixo com sêmen resfriado ou descongelado na contra-estação reprodutiva. Anais da 48º Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia, 2011 - CD-ROM (Resumo Expandido). Revista do Produtor Rural 65