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Sumário

ANO 1 | EDIÇÃO 2

ESPECIAL

ARTIGO
MEIO AMBIENTE

6 | Adélio Martins
entra para a
história de
Unaí

CARTA AO LEITOR

8 | Apresentação da
Revista GERAES
DE MINAS

Capa

Adélio
Martins.
Unaí
perde filho
ilustre

PAG. 6

PANORAMA

9 | Política
10 | Social
12 | Sociedade
14 | Cultura
15 | Meio Ambiente
e Educação

Recordes no Campo: PIB agropecuário de Unaí
é o maior de Minas Gerais
e o sexto do Brail

24 | Novo Código
Florestal:
mitos e verdades
por Deputado
federal Bernardo
Santana

PAG. 22

EDUCAÇÃO

26 | Colégio Rio Preto
35 anos de
ensinamentos que
ficaram para a vida

CULTURA

16 | Centenário Santos
Drummond - O poeta
das sete faces

Pastor Davi,
patrimônio
de Unaí

POLÍTICA

17 | Antônio Andrade,
deputado federal

PAG. 30

CIDADANIA

28 | Fiação e Tecelagem
de Unaí resgata
tecelagem artesanal

GENTE

30 | Pastor Davi,
patrimônio de Unaí

PERSONALIDADE

32 | Coronel Luciano,uma trajetória
de vitórias

Criação de
tilápias em
Morada Nova
de Minas

BELEZA

34 | Ensaio fotográfico
com Brenda
Lorrany

PAG. 18

CIDADES

22 | PIB agropecuário de
Unaí é o maior do estado
e o sexto do país

PAG. 34

CURIOSIDADES

18 | Morada Nova de Minas
20 | Unaí

CAPA | AGROPECUÁRIA

Ensaio
fotográfico
com Brenda
Lorrany:

SOCIEDADE

33 | Neuzani
Branquinho
Dama de Ouro

Aeronave leve
é construída
em Unaí

PAG. 36

36 | Aeronave leve projetada pela
UFMG é construída em Unaí

SAÚDE

38 | Vacinação Infantil
Imunização imediata

Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 5
Especial

Adélio Martins
entra para a
história de Unaí
O

ex-prefeito Adélio Martins,
que governou Unaí por dois
mandatos, faleceu no último
dia 23 de novembro, aos 76
anos de idade, na cidade de Unaí.
Doutor Adélio, como era chamado
pela maioria dos unaienses, lutava, há
muitos anos, contra o mal de Parkinson.
Ele era advogado, casado com Vera Lucia Basile Martins, tinha três filhos: Adélio Cláudio, Cláudia e Valéria. Deixou
oito netos: Isabela Lumena, Delvito Alves Neto, João Gabriel Alves, Fernando
Lucas Martins Silva, Bruna Martins Marins, Renato Martins Marins, Sophia Vinhal Martins e Raphael Basile Martins.
Durante seus dois mandatos, Unaí
passou por importantes transformações.
Adélio popularizou a administração
municipal ao criar a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social e o Serviço de Assistência Judiciária gratuito.
Durante seu governo, grandes
obras foram realizadas, como a duplicação da ponte Abdão Salgado (Rio
Preto) e a construção de várias escolas,
com destaque para a Escola Politécnica
e a Escola Agrícola.
No seu governo, Unaí recebeu a Penitenciária Agostinho de Oliveira Neto,
que possibilitou ao município, além de
centenas de empregos, a vinda de um
batalhão de Policia Militar, transformando Unaí em cidade sede de vários
órgãos de segurança pública.
O nome de Adélio Martins entra para a história de Unaí como um de seus
melhores governantes.

6
 | Novembro/2011 | Geraes de Minas

Um visionário

Atualmente Unaí se encontra em
primeiro lugar no ranking, dos municípios mineiros que mais produzem
grãos no Estado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em estudo feito sobre o valor
da produção agrícola do país, foi detectado uma produção de R$ 154 bilhões
(2010), representando assim um crescimento substancial de 8,9% em comparação com 2009. Unaí se destaca como
o município mineiro que mais produz
feijão, com 127, 5 mil toneladas.
Essa realidade, portanto, já tinha
sido prevista pelos antigos governantes do município, como exemplo, o exprefeito Adélio Martins, quando em sua
administração (1993/96) assinou o Protocolo de Intenções que permitia a ligação
ferroviária de Unaí a Pirapora, e daí, ao
Porto de Tubarão (ES). Agora no atual
governo de Antonio Anastásia (PSDB)
esse projeto volta a tona certificando
a importância do debate travado há a
mais de dez anos.
Realmente, Adélio tinha um espírito progressista e visionava as coisas
para além de seu tempo. Por isto, também ajudou na emancipação de municípios vizinhos à Unaí como Uruana e
Cabeceira Grande.
Em um livreto publicado por sua
administração em 1996, no mês de dezembro, o ex-prefeito destaca sua crença
sobre o município de Unaí. “Andando
pelas Minas Gerais e por muitos outros
municípios brasileiros, buscando expe-
Andando pelas
Minas Gerais
e por muitos
outros municípios
brasileiros,
buscando
experiências,
coloquei Unaí
e seu futuro à
minha frente”
Adélio Martins,
ex-prefeito de Unaí (1935-2011)

riências, coloquei Unaí e seu futuro à
minha frente” e completa dizendo que
“assim, mais concretamente, pude antever a nossa querida terra alcançando
resultados muito mais rápidos do que
muitas comunidades mais velhas”.
Por possuir um caráter ético e exímio,
Adélio, no mesmo livro, encerra seus
trabalhos com a consciência de que nem
tudo que foi proposto pela sua administração fora cumprido, mas que tentou
fazer tudo o que estava “ao seu alcance”.
E na ocasião, esclareceu, humildemente
aos unaienses que “houve faltas, reconheço, e as assumo”. E finaliza dizendo:
“este relatório (publicado em formato de
livreto) não tem o objetivo de alimentar a vaidade humana, mas foi a forma
encontrada para externar meu agradecimento a todos os que confiaram em
mim, desde o ato da eleição e trabalharam junto comigo, tornando possível tudo o que se fez”.

Geraes de Minas | Novembro/2011 | 7
Carta ao leitor

Apresentação
Unaí atravessa um momento
excepcional e de alegria!
O município de Unaí é
o primeiro na produção
agropecuária do Estado de
Minas e, agora, segundo o IBGE,
alcança o sexto maior
PIB agropecuário do Brasil.
Outro grande acontecimento do ano,
tão significativo quanto à conquista
dos produtores agropecuários, é, sem
dúvida, a vinda da Universidade Federal
dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri para
o município.
Mas nem tudo é somente alegria, há
tristeza também; a cidade se entristeceu
com a perda de um de seus filhos mais
ilustres: o ex-prefeito Adélio Martins, que
hoje faz parte da história municipal como
um de seus melhores administradores.
Estes assuntos são destaques nesta edição.
A revista Geraes de Minas parabeniza
todos os produtores, grandes e pequenos,
que contribuíram para o resultado
alcançado a nível nacional e deseja que
continuem a produzir cada vez mais.
No entanto, para agregar valor a essa
produção, gerando ainda mais riqueza
e empregos para a cidade, sabemos que
falta a almejada agroindustriliazação para

manufaturar os produtos que aqui são
produzidos.
Que a Universidade venha depressa.
Por outro lado, desejamos à família do
ex-prefeito Adélio Martins que Deus a
conforte neste momento de dor.

Diretor Geral: Danny Diogo T. Santana | Redação: Marcos Antônio Padilha, Mirella Piva | Direção de Arte: Danny Diogo T. Santana
Fotos: Redação, Retrattos, Unaínet, Portal Unaí, Jornal Tribuna, Jornal Visão Regional
Colaboradores: Adelaide Santos e Dias, Fernanda Eva Freitas da Silva, Fernando Antonio Campos Santos, Talyta Chayane
Departamento Comercial: Isaak Gonçalves (38) 9808-8585, comercial.geraes@gmail.com | Venda de Exemplares: Fernanda (38) 3676-3882
Tiragem: 3 mil exemplares | Periodicidade: Bimestral | Distribuição: Dirigida e paga | Circulação: Noroeste de Minas Gerais
Endereço para correspondência: Rua Celina Lisboa Frederico, nº 64, Sala 304, Centro, CEP 38.610-000, Unaí, MG
E-mail: geraesdeminas@gmail.com | Telefone: (38) 3676-3882
As matérias assinadas, comercializadas e os artigos não refletem necessariamente a opinião da Revista GERAES DE MINAS

8
 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas
Panaroma | Política

O prazo acabou
Quem filiou, filiou. Quem não
filiou, não filia mais. Esgotou-se
o prazo para que os interessados
em disputar as eleições municipais de 2012 filiassem ou mudassem de partido.

O troco da troca

O vereador Paulo Arara (foto) trocou o PSB, presidido pelo vereador Olimpio Antunes, pelo DEM do
ex-prefeito José Braz. Com a troca de partidos, Paulo
poderá perder o mandato, isso se o suplente
imediato do PSB, Netinho do Mamoeiro,
o requerer judicialmente.

Debandada

Quando o vereador
Olímpio Antunes (foto)
assumiu a presidência
da comissão provisória do PSB de Unaí, a
maioria dos filiados
(possíveis candidatos a
vereador)debandou para o PSL. Ao que parece,
o PSB terá que se coligar
com outros partidos, se
quiser eleger vereador.

Sem
representante

Previsão

Em Unaí, as oposições são várias, de tendências
diversas, que se opõem até entre si. Se este quadro
permacer com oposição unaiense dividida e sem
entendimento, possivelmente acontecerá algo novo
nas Eleições 2012, pois surgirão vários candidatos a
prefeito.

Prontidão

Corre a boca miúda que Dr. Joaquim e Cláudia Machado
(fotos), ao se filiarem no PR, entraram de prontidão.
Se Juca da Coagril decidir não ser candidato a vice de
Branquinho, que tem o apoio incondicional do prefeito
Antério Mânica, um dos dois será. Há quem aposte.

O Partido Progressista
(PP), presidido por Hélio Machado, perdeu
sua representação na
Câmara de Vereadores.
O vereador Edmilton
Andrade (foto) foi para o
PSD, partido recém criado, por isso não corre
o risco de perder o seu
mandato.

Candidatos a prefeito

O processo político para escolha
de candidatos a prefeito flui lentamente. Até o momento, além
dos pré-candidatos já anunciados
Branquinho (PSDB) e Romualdo
Gonzaga (PMDB), mais dois nomes
foram revelados: Padre Simonides
do PT (foto direita) e Jeová Costa do
PSOL (foto esquerda). Outros nomes
são cogitados: o do ex-prefeito José
Braz, o do deputado Delvito Alves,
Valdivino, Humberto Adjuto
dentre outros.

Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 9
Panaroma | Social

Compromisso com a causa

Eventos beneficentes realizados por clubes de serviços de Unaí
fazem do exercício da filantropia um bem para a comunidade
Churrascando Country

O evento, que é realizado há 12 anos
pelo Rotary Club Unaí Rio Preto
com o apoio da Casa da Amizade Unaí
Rio Preto, com a colaboração de outros
clubes de serviço do município, contribui financeiramente, todo ano, com
diversas entidades sociais da cidade.
Este ano, não foi diferente. Cerca de
4 mil pessoas prestigiaram o evento e
garantiram, mais uma vez, o sucesso
da causa, com uma arrecadação de
aproximadamente R$ 59 mil. 70% desta
renda foi destinada para a Associação
Natal Justino Costa; Comunidade
Nossa Senhora da Aparecida; Abrigo
Frei Anselmo; Cepasa; Comunidade
Terapêutica Mente Aberta; Banco de
Cadeiras de Rodas e Muletas de Unaí;
Associação dos Portadores dos Doentes
Renais do Noroeste de Minas, Associação Mão Amiga (foto) e a Casa da Amizade Unaí Rio Preto. O restante da arrecadação do evento (30%) servirá para o
desenvolvimento das ações sociais do
grupo durante o ano.

Costelão à Moda Gaúcha

A oitava edição do Costelão à Moda
Gaúcha, promovido pelo Lions
Clube de Unaí e realizado no Parque
de Exposições, serviu em uma noite,
cerca de 130 costelas bovinas (foto) que
foram consumidas, durante a festa, por
aproximadamente 2.600 convidados.
O evento contou com música ao vivo e
sorteio de uma moto O km. A renda foi
doada para Anmecc, Apae, Abrigo Frei
Anselmo e Mão Amiga e financiará as
ações sociais promovidas pelo próprio
clube de serviço, como o Banco de
Cadeira de Rodas e o Enxoval de Bebê.

Pequizada

No começo de dezembro, mais um
evento beneficente aconteceu em
Unaí realizado pelo Rotary Club
Unaí Centenário em parceria com
outros clubes de serviços do município. A segunda edição da Pequizada
ocorreu na sede do Rotary, com um
almoço com receitas variadas preparadas com o fruto típico da região, o
pequi (foto). A renda será revertida
à população através de ações sociais
desenvolvidas pelo clube.

Coquetel beneficente

As damas da Casa da Amizade
Unaí Rio Preto foram responsáveis
pela realização de uma noite com
glamour e muito requinte para a sociedade unaiense. O 8º Coquetel Beneficente reuniu apresentações artísticas, culturais e um desfile (foto) com
as tendências da moda, em outubro.
O evento ocorreu no Espaço Kalahari, que teve seu ambiente decorado
e iluminado e a renda revertida em
ações e projetos sociais acompanhados pela entidade.
Atração Natalina

A Casa do Papai Noel é uma atração que
evidencia o período natalino em Unaí

Giro Social
Novas Gerações

Este é o nome do novo Rotary Club
Unaí, o quarto na cidade. O Rotary
Club Unaí Novas Gerações terá
em média 30 membros, homens e
mulheres. O indicado para assumir
a primeira gestão na presidência do
clube é Robson Fontana (foto), administrador de empresas e palestrante.

13 anos de fundação

Residência do Bom Velhinho

Mantida pelo Rotary Club Unaí e
damas da Casa da Amizade Marlene
Vieira Coelho e o Bom Velhinho, com
a participação de voluntários, a casa
do Bom Velhinho recebe visitantes em
novo endereço durante a temporada
natalina (de 02 à 22/12), na rua Natal
Justino da Costa, 331, no Centro.
Durante o período de visitação, o
projeto é responsável por alimentar

a esperança de centenas de crianças que escrevem cartas contendo
diferentes pedidos de presentes ao
Papai Noel. Estas cartas ficam disponíveis para adoção no local, onde os
interessados podem retirá-las e fazer
valer a esperanças dos pequeninos.
Doações de brinquedos, materiais
escolares, roupas e cestas básicas
também são recebidas na residência
do Papai Noel.

O Rotary Clube Unaí Rio Preto
completou 13 anos de prestação de
serviço comunitário para a população
unaiense. O clube de serviços é um
dos maiores do Noroeste de Minas e
realiza um dos maiores eventos filantrópicos da região, o Churrascando
Country. A confraternização reuniu
10 dos 12 ex-presidentes (foto), além
do atual, Antônio Carlos.
Panaroma | Sociedade

Felipé e Marcela com seus pais,
José Gomes Branquinho e Neuzani Soares
Branquinho e Valdemar Silva Nunes e Maria
Dominga de Brito Nunes

Felipe e Marcela
Um dos grandes acontecimentos sociais aconteceu no dia
23 de setembro, na cidade mineira de Patrocínio; o casamento dos médicos Felipe e Marcela. O médico Felipe é
filho do vice-prefeito de Unaí José Gomes Branquinho e
de Neuzani Soares Branquinho e a médica Marcela é filha
de Valdemar Silva Nunes e de Maria Dominga de Brito
Nunes.
Uma grande comitiva de Unaí, tendo à frente o prefeito de
Unaí Antério Mânica e a primeira dama Benardete Mânica
(foto) prestigiou o casal. Outra presença importante no
evento foi a presença do deputado Bernardo Santana e sua
esposa Adriana Bello Vicintin de Vasconcellos (foto).
A sociedade da cidade de Patrocínio compareceu em peso,
lotando o salão de festas do Rotary Clube,

que lá estava para prestigiar a família Brito Nunes. Um
festão. Parabéns aos noivos, extensivos às suas famílias.
Os recém casados moram em Brasília/DF.

Studio
fotográfico
Av. Governador Valadares, 1.063 - Centro - Unaí/MG |

(38) 3676-5725
Férias na Rússia
Didito e Eliana Aleixo

acabam de retornar de um belo passeio pela Rússia. Voltaram maravilhados com os encantos do
país, principalmente os de Moscou, (Praça Vermelha, Teatro Bolshoi, Circo de Moscou e o Hotel
Metropol, um dos locais que serviram de cenário
para o filme Dr. Jivago (estrelado por Omar Sharif
e Julie Chistie) e os da cidade de São Petersburgo,
localizada às margens do rio Neva, na entrada do
Golfo da Finlândia, no mar Báltico.

Eliana Aleixo no Hotel Metropol, Moscou, Rússia

Didito e Eliana Aleixo na Praça Vermelha, Moscou, Rússia

Fernanda Freitas

Fernanda, filha de José Maria da Silva e de Marlene Freitas,
19 anos, 1.70 de altura, técnica farmacêutica, universitária
(letras/inglês), é colaboradora da revista Geraes Minas.
Panaroma | Cultura

Teatro

Vale a
pena
refletir
“Há campeões de tudo, inclusive de perda
de campeonatos.”
Carlos Drummond de Andrade

Reestréia da Saga dos Zumbis

Escrita por Régis Geraldo Neves, a peça teatral que é uma comédia, teve sua
estréia em 1994 e reexibição em 2001. A reestréia aconteceu no final de outubro e só foi possível graças a uma parceria do Grupo 2 de Teatro e o Grupo
Asas do Vento, que fizeram renascer o espetáculo juntando os atores que
estrelaram a primeira versão com atores da nova geração do teatro unaiense.
A direção da remontagem ficou por conta de Marinho e Robismar e foi assistida por cerca de oitocentos e cinqüenta pessoas na sua primeira exibição.

Na Tapera dos Porcos

Uma montagem teatral contemporânea e com uma linguagem
direta focada nas drogas foi mais
um espetáculo contracenado pelo
Grupo Teatral Fênix em Unaí. A
peça, escrita e dirigida por César
Júnior e estreada na primeira
quinzena de novembro, retrata
a vida de dois irmãos vítimas de
problemas familiares, que entram
para tráfico de drogas e acabam
mortos. A apresentação do grupo
Fênix surpreendeu e emocionou
quem assistiu a peça e o tema
proposto serviu para que os jovens reflitam sobre o assunto.

“O amor é grande e cabe nesta janela
sobre o mar.
O amoré grande e cabe na cama e no
colchão de amar.
O amor é grande e cabe no breve espaço
de beijar.”
Carlos Drummond de Andrade
“Só existem dois dias no ano que nada
pode ser feito. Um se chama ontem e o
outro se chama amanhã, portanto hoje é
o dia certo para amar, acreditar, fazer e
principalmente viver.”
Dalai Lama
“Para que preocuparmo-nos com a
morte? A vida tem tantos problemas que
temos de resolver primeiro.”
Confúcio
“O Cristo não pediu muita coisa, não
exigiu que as pessoas escalassem o
Everest ou fizessem grandes sacrifícios.
Ele só pediu que nos amássemos uns aos
outros.”
Chico Xavier
“Valoriza os amigos. Respeita os
adversários.”
Chico Xavier
Panaroma | Educação

Mais educação

Meio Ambiente

Menos burocracia

Instituto
Federal do
Triângulo Mineiro

Teve início os cursos
técnicos de Logística,
Meio Ambiente e
Segurança do Trabalho oferecidos pelo
Instituto Federal de
Educação, Ciência e
Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM),
unidade Unaí (vinculado ao campus de
Paracatu). Os cursos
são à distância, por meio de aulas telepresenciais (via satélite), com duração de dois anos. A demanda unaiense que
fomenta qualificação profissional mostra necessário avançar
ainda mais na área educacional, ampliando a gama de possibilidades para quem busca uma formação para o exigente
mercado de trabalho. Já no primeiro processo seletivo
pode-se observar esta demanda, que somou cerca de 1.000
candidatos aos cursos. Com isso, as vagas foram ampliadas
passando de 120 para 240, divididas entre os três cursos,
com duas salas de 40 alunos cada. As aulas tiveram início
no final de setembro na unidade que está localizada na rua
Natal Justino da Costa, 802 (antiga sede da Receita Federal e
da Superintendência Regional de Ensino).

Unidade Regional Integrada de Meio Ambiente em Unaí

Foi inaugurada na primeira quinzena de novembro a
Unidade Regional Integrada no Noroeste de Minas do
Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
(Sisema), que será responsável de prestar atendimento a
21 municípios da região. A unidade está localizada na rua
Jovino Rodrigues Santana, 10, bairro Nova Divinéia e em
suas dependências estão integrados a Superintendência
Regional de Regularização Ambiental (Supram), o Núcleo
Regional de Fiscalização Ambiental, o Escritório Regional
de Florestas e Biodiversidade do IEF (Instituto Estadual de
Florestas) e representação do Instituto Mineiro de Gestão
das Águas (Igam). Entre os serviços oferecidos, que estão
integrados na unidade ambiental, estão: licenças, regularizações, autorizações e análises técnicas.

PATRIMÔNIO

Conserbrás
adota Praça da
Igreja Matriz
Dentro do programa municipal “Abrace
o Verde”, instituído pela lei 2.211/04, a
Conserbrás, empresa responsável pela
coleta do lixo e limpeza pública da cidade de Unaí, assinou o termo de adoção da praça presidente Vargas (praça
da igreja matriz), centro de Unaí durante
audiência com o prefeito Antério Mânica,
no dia 3 de outubro. Segundo o diretor
superintendente da Conserbrás, Walter
Ferreira Soares, “a empresa assume a
praça e, a partir de então, fará ajardinamento, conservação e manutenção
do local e espera que as empresas da
cidade também adotem outras praças e
ajudem a cidade ficar mais bonita”

Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 15
Cultura

Centenário de nascimento de
Carlos Drummond de Andrade

O poeta das
sete faces
N

o dia dois de outubro, celebrou-se, em todo o país, o
centenário de nascimento de
Carlos Drummond de Andrade, um
dos principais escritores brasileiros
de todos os tempos. Este mineiro de
Itabira do Mato Dentro a todos encanta, ainda hoje, com seus poemas,
que retratam o cotidiano, por meio de
sentimentos comuns, como o amor,
a dor, a nostalgia, o medo. Os principais poemas de Drummond são:
No meio do caminho, Sentimento
do mundo, Confidência de itabirano,
Congresso internacional do medo,
Poema das sete faces, dentre outros.
Quando se fala em literatura brasileira, Drummond é uma das principais referências. Segundo Consuelo
Araújo, professora de Literatura Brasileira, não é possível estabelecer
uma relação entre a literatura nacional sem mencionar o nome de Drummond, escritor que utilizava as palavras para contextualizar a realidade
vivenciada pelo homem, de tempos
em tempos, por meio de poesias,
contos e crônicas. Ele é um dos principais representantes do Modernismo
brasileiro, um movimento cultural surgido em meados do século XX, cuja
repercussão se deu no campo artístico, principalmente, na literatura e nas
artes plásticas. Tal movimento caracteriza-se por ser herança das vanguardas européias, ramificações dos
movimentos artísticos e literários europeus como, por exemplo, o Cubismo (cujos principais fundadores são
Pablo Picasso e Georges Braque) e

do Futurismo (cujo principal fundador é Felippo Marinetti) que, por
sua vez, objetivaram a abolição das
regras até então vigentes e, sobretudo, a busca do novo.

Drummond e
o Modernismo

A obra de Drummond
é classificada de Modernista, movimento surgido no país
a partir da década
de 30, período considerado o divisor
de águas da literatura brasileira: após
a realização da Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo, a literatura verde-amarela transcendeu o
radicalismo, sobretudo, em busca do
conhecimento da linguagem, ou seja,
a literatura nacional serviu de meio
e, principalmente, abriu espaço para
reflexões em torno do significado a
respeito da figura do poeta, da importância do fazer poético e do que é a
poesia, a pesquisa estética.
Drummond é merecedor de todas
as homenagens a ele prestadas, pois,
segundo Consuelo, a constribuição
de suas obras na literatura brasileira
é incalculável devido à profusão delas aliada à simplicidade, leveza, sentimentalismo e a linguagem acessível
imbuídas nos poemas deste grande
escritor, um dos principais representantes da segunda fase do modernismo brasileiro, sobretudo, um grande
nome da literatura brasileira no cenário mundial, cujas obras foram traduzidas para diversos idiomas.

1
 6 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas

As obras de Drummond fazem
parte da vida de todos os brasileiros,
independentemente de classe social
e faixa etária, pois é considerado o
poeta do povo, em virtude da linguagem acessível presente em sua literatura, herança modernista. Dentre
as suas obras, destacam-se: Alguma
Poesia (1930), Sentimento do Mundo
(1940), A Rosa do Povo (1945), Claro
Enigma (1951), Poemas (1959), Lição de Coisas (1962), Corpo (1984).
Além das obras póstumas: Poesia Errante (1988), Poesia e Prosa (1992) e
Fariseu (1996).
Drummond possui uma característica peculiar: sua poesia enquadrase em todos os níveis temáticos. Ele
é um poeta completo, em todos os
sentidos. Por isso, deve-se homenagear, hoje e sempre, Drummond, um
dos maiores escritores brasileiros de
todos os tempos.
*Colaborou: Consuelo Rocha Martins de Araújo,
professora de Literatura e Redação no Colégio do
Carmo e do curso de Pedagogia na Faculdade Inesc.
Política

Antônio Andrade garante universidade
federal e mais qualidade de vida para Unaí

O

desenvolvimento de Unaí e a melhoria na qualidade de vida das
famílias do município são prioridades no trabalho do deputado federal,
presidente do PMDB de Minas Gerais,
Antônio Andrade. “Tenho o compromisso de trabalhar para o povo de Unaí, que
me apoiou nas três eleições como deputado estadual e nas duas como deputado
federal. Defendo sempre o município,
levando ações e recursos necessários para que Unaí se torne um lugar cada vez
melhor para se viver”, diz o deputado.
Uma das conquista mais importantes
desses últimos anos foi o campus da Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). O anúncio da
conquista foi feito pela presidente da República, Dilma Rousseff, dia 16 de agosto. Para tratar da implantação e construção do campus da universidade, dia 25
de outubro o deputado recebeu no seu
gabinete, em Brasília, o reitor da UFVJM,
Pedro Ângelo Almeida Abreu. “A UFVJM
foi uma grande conquista, resultado de
uma ação conjunta com outros companheiros como o deputado federal Reginaldo Lopes (PT) e o secretário Nacional
de Ensino Superior do Ministério da
Educação, Luiz Cláudio. A universidade
consolida definitivamente o município
como pólo educacional de ensino superior”, diz Antônio Andrade.
Outra conquista recente para o município, foi o recurso no valor de 150 mil
reais para a Associação de Pais e Amigos
dos Excepcionais (Apae). O dinheiro,
liberado dia 28 de setembro, será utilizado na aquisição de um micro-ônibus
adaptado às necessidades dos alunos da
Apae. “É motivo de muita alegria contribuir com a Apae de Unaí, entidade nobre
que desenvolve um serviço de excelência
e qualidade”, ressalta Antônio Andrade.
Além desses dois grandes presentes
para Unaí, Antônio Andrade destinou,
de 2008 a 2011, cerca de um milhão e
meio em recursos para o município.
Entre as principais ações destacam-se:
recursos no valor de 150 mil reais para
Atenção Básica de Saúde e de 150 mil
reais para Atenção Especializada Saúde;
250 mil reais, em parceria com o deputado estadual Delvito Alves, para aquisição

de duas patrulhas mecanizadas sendo
uma para a Associação PA São Miguel e
outra para a Associação PA Paraíso.
Antônio Andrade relembra outras
ações importantes: “Conseguimos implantar diversas superintendências e gerências regionais, que proporcionaram
autonomia a Unaí, progresso e independência, firmando, ainda mais, a condição do município como pólo regional.
Dentre essas conquistas está a implantação da Superintendência Regional de
Segurança Pública, que entre outros benefícios, contemplou Unaí com a instalação da banca examinadora permanente
do Detran”.
Na opinião do deputado, a Regional da Polícia Militar foi outro benefício:
“Com a instalação da Regional, aumentou o efetivo de policiais militares que
garantem a ordem pública de Unaí. E,
ainda, na área de segurança pública, empenhei para a instalação da Unidade do
Corpo de Bombeiros Militar”, ressalta.
Já no setor da justiça, a contribuição do
parlamentar foi para a criação da Vara da
Justiça Federal.
Para Antônio Andrade, a Regional de
Saúde foi, sem dúvida, outra grande vitória não só para a cidade, mas para toda
a região. “Com muito trabalho, também
conseguimos transformar em ação o sonho da instalação do campus universitário da Unimontes”, acrescenta.

A universidade consolida
definitivamente o município
como pólo educacional de
ensino superior”
Antônio Andrade, deputado federal
e presidente do PMDB de Minas Gerais

Os benefícios destinados por Antônio Andrade para Unaí não param. Este
ano, o deputado indicou no Orçamento
Geral da União de 2011 recursos para
construção do prédio da Unimontes, para asfaltamento do trecho que liga a cidade à cooperativa dos Açougueiros, para implantação de infra-estrutura para
Comunidade Terapêutica Mente Aberta,
para aquisição de mais duas patrulhas
mecanizadas.
Atualmente, no Congresso Nacional,
Antônio Andrade se empenha para que
o Senado aprove o projeto que inclui o
município na área de atuação do Fundo Constitucional de Financiamento do
Centro-Oeste (FCO), através de uma
emenda sua ao PL 491/2007. “A emenda
insere outros 22 municípios pertencentes à região Noroeste de Minas no FCO.
O objetivo é o desenvolvimento sócioeconômico”, salienta.

Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 17
Cidades

Morada Nova de Minas
O cultivo de tilápias em tanques-rede cresce significativamente em
Morada Nova de Minas, cidade localizada na região do lago de
Três Marias, centro do Estado de Minas Gerais

C

om o surgimento da represa de Três
Marias, o município de Morada Nova teve que reaprender suas vocações. A pesca surgiu como uma das alternativas, o que atraiu muito os pescadores
de outras regiões devido à alta piscosidade
na represa, porém, com o passar dos anos,
a elevada produção de peixe, até então
existente, foi reduzida, fato normal em lagos antigos, provocado pela diminuição de
concentração de nutrientes, afetando, de
forma significativa, a capacidade de produção pesqueira do lago.
Preocupado com as dificuldades dos
profissionais da pesca, devido à escassez do
pescado, em julho de 2001, durante a 38ª
Exposição Agropecuária de Morada Nova,
o então prefeito daquela cidade, Dr. Agenor
de Campos Santos, firmou convênio com a
CODEVASF – Companhia de Desenvolvimento do Rio São Francisco – para a criação de tilápia em tanques-rede. A intenção
era transformar o pescador artesanal em
pequeno empreendedor com garantia de
uma rentabilidade estável.
No início de novembro do mesmo ano,
Dr. Agenor, prefeito da cidade, colocava em
prática o projeto piloto com a implantação
de 20 tanques-rede fornecidos pela Codevasf para a criação de 50 mil peixes (tilápia
do Nilo), pelo período de um ano. Estava

1
 8 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas

dado o pontapé inicial ao projeto coordenado pelos técnicos da Codevasf com o
apoio da Prefeitura, Emater, Sindicato Rural e Associação dos Piscicultores de Morada Nova de Minas – Aspim -, logo criada,
com 22 sócios.
Depois disso, as administrações futuras
– de Walter de Moura e Alexsander da Silva
Rocha – deram continuidade e credibilidade a esta iniciativa, hoje bem sucedida.
Atualmente os piscicultores estão organizados e buscam, por meio de cooperativas
e associações, se desenvolverem na criação
de tilápias e, para isto, contam com o apoio
de entidades governamentais que os orientam quanto aos alevinos, estoques de peixes,
qualidade da água, mão de obra, comercialização e avaliação do empreendimento.
Em Morada Nova, como em outros criatórios de tilápias, prevalece a mão de obra
familiar que, vez por outra, utiliza serviços
temporários de terceiros. Os classificados
de médio e grande porte, como cooperativas e associações, utilizam mão de obra
contratada ou temporária, além do trabalho das famílias dos associados.
Quanto à comercialização predomina
o comércio direto com os consumidores; a
venda no varejo para pesque-pague, restaurantes e, no atacado, para supermercados e indústrias.

Os tanques-redes são
encontrados em vários
lugares no lago de
Três Marias

Em Morada
Nova, como em
outros criatórios de tilápias,
prevalece a mão
de obra familiar
que, vez por outra, utiliza serviços temporários
de terceiros”
Colaboração: Adelaide Santos e Dias

Para incentivar
os produtores e
divulgar a piscicultura da região,
acontece no mês
de outubro a Fepemor (Feira do
Peixe de Morada
Nova de Minas)
quando, além de
palestras, há
exposição de
produtos ligados
diretamente à
criação de tilápias”

Hoje nada se perde do peixe; os piscicultores locais vendem o filé, parte mais nobre
da tilápia e aproveitam as partes menos valorizadas do peixe para fazerem bolinhos,
empada, pastel, medalhão, pizza, destinando a carcaça para fabricação de adubo
e ração. O couro é utilizado em trabalho
artesanal.
A Cooperativa dos Piscicultores do Alto e Médio São Francisco Ltda. (Coopeixe)
trabalha com o apoio da CODEVASF e da
Prefeitura Municipal, organiza pescadores e
produtores da agricultura familiar em Associações e busca, perante os órgãos públicos,
melhorias para o setor, principalmente na
aquisição de tanques-rede para montagem
de pisciculturas. Hoje são várias Associações entre elas A Assim – Associação dos
Piscicultores de Morada Nova de Minas;
Cópia; Pescadores Profissionais do Indaiá
(PPI); Associação de Campo Alegre, além de
inúmeros produtores autônomos com destaque para Erotides, Darlan, Ademir, Gilson
entre outros que, juntos, impulsionam a atividade no município.
Em 2006, no governo de Walter Francisco de Moura, a prefeitura firmou convênio
com a CODEVASF para a construção de
uma Unidade de Beneficiamento de Pescados (UBP), para atender aos piscicultores, que devido a problemas técnicos só foi

inaugurada na gestão de Alexsander da Silva Rocha, atual prefeito de Morada Nova.
A UBP possui um caminhão frigorífico adquirido através de convênio firmado entre a
Prefeitura, a Coopeixe e o Ministério da Pesca e Aquicultura, com o Consórcio dos Municípios do Lago de Três Marias (Comlago),
equipado para venda do pescado beneficiado direto dos produtores aos consumidores,
fornecendo um produto com qualidade e
remunerando melhor o produtor.
Para incentivar os produtores e divulgar
a piscicultura da região, acontece no mês
de outubro a Fepemor (Feira do Peixe de
Morada Nova de Minas) quando, além de
palestras, há exposição de produtos ligados
diretamente à criação de tilápias. O festival
gastronômico, inserido na programação da
festa, divulga e valoriza a gastronomia local
com pratos a base de peixe no cardápio dos
estabelecimentos participantes, que proporcionam aos moradenses e muitos turistas,
apreciarem as deliciosas receitas. Hoje a Feira do Peixe integra o calendário turístico da
cidade.
Morada Nova possui 30 pisciculturas,
sendo uma cooperativa e duas associações,
com 130 pessoas ligadas diretamente à atividade. A produção é de 140 toneladas de
peixes por mês, aí incluída a produção dos
piscicultores autônomos.

Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 19
Cidades

Universidade federal em
Unaí terá oito cursos
A escolha dos cursos que serão implantados Universidade Federal dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), campus Unaí, foi definida em audiência pública

C

om a presença do reitor Pedro Ângelo Almeida Abreu da Universidade
Federal dos Vales do Jequitinhonha
e Mucuri (UFVJM), do prefeito Antério Mânica, do vice-prefeito José Gomes Branquinho, do secretário municipal de educação
Geraldo Magela da Cruz, de professores,
estudantes, funcionários públicos e representantes da sociedade civil organizada,
em uma audiência pública deferiram os
cursos que serão implantados no campus
da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) em Unaí.
Foram escolhidos quatro cursos em
ciências agrárias e medicina veterinária
(agronomia, agroecologia, engenharia
agrícola e medicina veterinária) e quatro
em áreas da comunicação social (jornalismo, midialogia, publicidade e propaganda
e ainda relações públicas).
Segundo o reitor da UFVJM, Pedro Ângelo Almeida Abreu, a escolha dos cursos
é resultado das audiências públicas realizadas em Unaí, com consultas a pessoas e lideranças locais, ressaltando que, apesar dos
cursos relacionados à saúde serem bastante
solicitados, o espaço de tempo era curto e
os custos elevados para sua implantação.
O início das atividades do futuro campus universitário de Unaí estão previstas

Representantes da sociedade solicitaram cursos na área da Saúde

para o ano de 2014, quando será necessária
a contratação de 99 professores e 179 servidores técnico-administrativos de nível superior e intermediário, para atendimento
inicial de 320 alunos (40 vagas por curso),
o que, ao final de cinco anos de funcionamento, serão 1.600 alunos nos cursos diurnos e 1.440 nos cursos noturnos.
A expectativa é que o local para o funcionamento do campus seja definido ainda este ano e o canteiro de obras do campus da UFVJM seja erguido no início do
próximo ano

O secretário Geraldo Cruz, o reitor Pedro
Ângelo, o prefeito Antério Mânica e o vice
Branquinho particiaparam da audiência
pública para a escolha dos cursos

2
 0 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas

O início das
atividades do
futuro campus
universitário
de Unaí estão
previstas para o
ano de 2014”
BDMG libera recurso para
asfaltamento de ruas em Unai

Além do acesso ao aeroporto, os bairros Riviera Park e Kamayurá serão asfaltados

O vice-governador Alberto
Pinto Coelho, o prefeito
Antério Mânica, o governador
Antônio Anastasia, o viceprefeito Branquinho e o
deputado Bernardo Santana
comemoram a assinatura
do contrato do empréstimo

O

Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BMDG) liberou recurso,
na ordem de R$ 5 milhões, do Projeto Novo Somma Urbaniza, Programa de
Modernização Institucional e Ampliação
de Infraestrutura urbana no município de
Unaí. A solenidade de assinatura ocorreu
no Palácio Tiradentes.
O recurso liberado para a Prefeitura será pago ao banco num prazo de 10 anos,

com carência de dois anos contados a partir do dia 15 de setembro.
Os R$ 5 milhões serão utilizados em
obras de pavimentação e drenagem de vias
nos bairros Riviera Park , incluindo a subida para o aeroporto, e Kamayurá.
Além de Unaí, outros 37 municípios
assinaram contrato em que o Governo de
Minas autoriza o financiamento do Projeto
Novo Somma Urbaniza do BDMG.
Acompanharam o prefeito Antério ao
ato de assinatura o vice-prefeito José Gomes Branquinho, o secretário municipal
Eurípedes Santana (Comunicação Social) e
o deputado federal Bernardo Santana.
Participaram da solenidade no Palácio
Tiradentes o vice-governador Alberto Pinto
Coelho, os secretários de Estado Danilo de
Castro (Governo), Maria Coeli Simões (Casa Civil e Relações Institucionais), Gil Pereira (Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas),
além do presidente do BDMG, Matheus
Cotta de Carvalho e do vice-presidente do
BDMG, José Santana de Vasconcelos.
Capa | Agropecuária

PIB agropecuário de
Unaí é o maior do
estado e o sexto do país
De acordo com o IBGE, o feijão e o leite são os produtos
agropecuários que mais contribuíram para a soma das
riquezas produzidas pelo setor no município

O

feijão e o leite fortaleceram
a produção agropecuária
unaiense e colaboraram
para que o município alcançasse o sexto lugar entre os 100
melhores resultados do país no último levantamento do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária,
realizado pelo Instituto Brasileiro de
Pesquisa e Estatística (IBGE), a partir
de dados de 2009.
Unaí demonstrou sua capacidade produtiva dentro de Minas Gerais ao figurar no primeiro lugar da
produção de grãos nas últimas duas
safras e na segunda colocação da
produção de leite (2010). Além de
possuir a maior soma de riquezas
relacionadas as atividades agrope-

cuárias do estado, o município é
destaque no cenário nacional do
agronegócio pelo fato de ter totalizado em seu PIB agropecuário, R$
512,3 milhões. Todo esse dinheiro
é fruto da produção agropecuária
que, segundo o IBGE, possui dois
produtos elementares que colaboraram para o resultado: o feijão, cuja
produção neste ano é representada
com 48 mil hectares plantados e 120
mil toneladas produzidas, e o leite,
representado com 340 mil bovinos
e uma produção de 110 milhões de
litros.
O levantamento mostra os 100
municípios que mais contribuíram
para o PIB em 2009. A classificação
se somada representa R$ 26,4 bi-

lhões. Entre os municípios que mais
somaram riquezas produzidas no
setor está Sorriso (MT), que sozinho
movimenta R$ 791 milhões.

Produtividade afiada

Com o consumo em alta nos países desenvolvidos a produção agrícola tende aumentar, pois grande
parte desses produtos é vendida como commodities no mercado internacional, ou seja, na bolsa de valores.
Desta forma, Unaí mesmo sem um
parque industrial, qualificado e diversificado, consegue competir entre os demais municípios brasileiros
que mais produzem no país.
De acordo com dado da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa),
Unaí é o maior produtor de soja do
Estado, com uma área plantada de
110 mil hectares, obteve uma safra de 330 mil toneladas. A cidade
também aparece em segundo lugar na produção de milho no esta-

Na pecuária o destaque no município
é a produção de leite com 110
milhões de litros em 2010

2
 2 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas
Locomotiva da Produção
Racking do PIB agropecuário
do Brasil (milhões)
1º

Sorriso (MT)

R$ 791,1

2º

São Deusidério (BA)

R$ 753,0

3º

Petrolina (PE)

R$ 658,7

4º

Sapezal (MT)

R$ 622,8

5º

Campo Verde (MT)

R$ 576,3

6º

Unaí (MG)

R$ 512,3

7º

Nova Mutum (MT)

R$ 512,2

8º

Primavera do Leste (MT)

R$ 509,7

9º

Uberaba (MG)

R$ 505,5

10º

Campo Novo dos Parecis (MT)

R$ 491,6
Fonte: IBGE

Racking do PIB Agropecuário de
Minas Gerais (milhões)
1º

Unaí (Noroeste)

R$ 512,3

2º

Uberaba (Triângulo)

R$ 505,5

3º

Uberlândia (Triângulo)

R$ 331,1

4º

Patrocínio (Alto Paranaíba)

R$ 319,6
R$ 291,6

5º

Perdizes (Alto Paranaíba)

6º

Sacramento (Alto Paranaíba)

R$ 283,8

7º

Paracatu (Noroeste

R$ 232,1

8º

R$ 225,4

Rio Paranaíba (Alto Paranaíba)

R$ 217,1

10º

A produção da soja está entre as atividades de maior importância para a
geração de riqueza no município que, neste ano, representa 330 mil toneladas

Araguari (Triângulo)

9º

Coromandel (Alto Paranaíba)

R$ 216,1
Fonte: IBGE

do: “o município registrou na safra
2010/2011 um volume de 249 mil toneladas em lavouras espalhadas por
30 mil hectares”, detalha a Seapa.
Outro produto também que teve grande representatividade dentro da agricultura unaiense foi o
sorgo. Sua produção também é a
maior do estado com 84 mil toneladas em 20 mil hectares plantados. A
produção local corresponde a 23%
da safra estadual.

O Noroeste de mãos dadas

Os números da produção de
grãos no último relatório do IBGE
sobre a safra de 2011 revelam que a
região do Noroeste de Minas Gerais
foi responsável por 25,4% da safra
estadual, o que a proporciona uma
produção de 2,7 milhões de toneladas de grãos. Um crescimento que
representou um aumento de aproximadamente 14% na produção estadual em relação a 2010.
Também foram divulgados os
dez municípios que mais produzi-

ram grãos no Estado mineiro. Unaí
ganhou destaque em primeiro lugar
com uma produção de 798 toneladas;
Buritis vinha em terceiro, com 530 toneladas; e Paracatu em quarto, com
366 toneladas de grãos produzidas.
Na pecuária, o levantamento
relizado pelo IBGE no último ano
revela Unaí como único município
da região entre os dez maiores produtores de leite do estado. Sua produção é segunda do estado, totalizando 110 milhões de litros por ano,
ficando atrás de Patos Minas, que
produz 143 milhões de litros.
Estes números representa o potencial da região noroestina. Junto à
produtividade de um bem primário,
ou seja, de um produto “in natura”,
ainda no setor primário da cadeia
produtiva, é necessário, para que haja agregação de valor sobre a produção agrícola, o beneficiamento desses produtos na própria região, viabilizando assim agroindustrialização
e, conseqüentemente, a comercialização dessa produção regional.

Racking dos maiores produtores de
grãos de Minas Gerais (mil ton.)
1º

Unaí (Noroeste)

798,5

2º

Uberaba (Triângulo)

577,6

3º

Buritis (Noroeste)

530,4

4º

Paracatu (Noroeste)

366,5

5º

Perdizes (Alto Paranaíba)

290,2

6º

Sacramento (Alto Paranaíba)

288,7

7º

Uberlândia (Triângulo)

283,5
246,8

8º

Coromandel (Alto Paranaíba)

9º

Guarda-Mor (Noroeste)

204,6

10º

Nova Ponte (Alto Paranaíba)

193,7
Fonte: IBGE

Racking dos maiores produtores de
leite de Minas Gerais (milhões litros)
1º

Patos de Minas (Triângulo)

2º

Unaí (Noroeste)

143,0
110,0

3º

Ibiá (Alto Paranaíba)

104,1
103,1

4º

Patrocínio (Alto Paranaíba)

5º

Coromandel (Alto Paranaíba)

99,0

6º

Uberlândia (Triângulo)

95,1

7º

Pompéu (Central)

83,3

8º

Prata (Triângulo)

83,2

9º

Perdizes (Alto Paranaíba)

78,6

10º

Uberaba (Triângulo)

77,6
Fonte: IBGE

Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 23
Artigo | Meio Ambiente

O novo Código Florestal:
mitos e verdades
por: DEPUTADO FEDERAL Bernardo Santana de Vasconcellos

A

atividade política não se
restringe a dados frios,
sem consistência. É muito
mais. Em primeiro lugar, é a postura
com que se coloca o político frente ao
desafio de defender o bem comum e
a moralidade administrativa e busca
influir na formulação e na decisão,
com firmeza de novos caminhos para o bem estar social, condicionados
à defesa permanente dos interesses
do País, das Unidades Federativas e
dos Municípios, sob o signo da Justiça, sempre.
A votação do Projeto de lei do Novo Código Florestal Brasileiro
(PL 1876/99) pela Câmara
dos Deputados, em maio,
foi acompanhada com muita
atenção por todos os segmentos da sociedade, como
não poderia deixar de ser,
dada a importância e complexidade do tema.
O texto aprovado representa uma
evolução, mesmo que não o perfeito,
para todos os segmentos.
Todavia, temos assistido – em
manifestações tanto da mídia quanto
de diversos representantes do Poder
Público – o levantamento de questões
que, em alguns momentos, alarmam
segmentos produtivos e, em outros,
os órgãos ambientais. O que nos preocupa, e nos deixa estarrecido, é o
fato de que muitos dos argumentos
expostos, sobretudo os que causam
alarde, existem apenas nas referidas
manifestações.
Importante, portanto, separarmos
os mitos das verdades.

Mito: O texto aprovado na Câmara
anistia desmatamentos ilegais e incentiva novos desmatamentos em áreas
de APP (área de preservação permanente) e reserva legal.
Verdade: Em nenhuma parte

do texto existem dispositivos desta
natureza.
Sobre os desmatamentos, anteriores a 2008, que não atenderam a lei
da sua época, o que o novo Código
propõe é a regularização ambiental,
ao invés de simplesmente se aplicar
multas, muitas das quais sequer são

vez no atual Governo), jamais poderia
ser aplicada, simplesmente porque a
real causa de todo a situação ora existente advém da insegurança jurídica
resultante da mutilação do Código Florestal.
Não se pode legislar sobre ocupação de solos rurais como se o Brasil
estivesse iniciando hoje suas atividades - como se Pedro Álvares Cabral
estivesse estacionando neste momento sua nau no litoral Brasileiro -,
sem observar o histórico de ocupações levadas a cabo pelo incentivo e
comandos dados pelas políticas públicas existentes nos últimos
511 anos.
Frise-se: não existem
incentivos a novos desmatamentos em área de APP.
Estes são expressamente vedados e, excepcionalmente,
serão possíveis somente em
casos restritos de utilidade
pública, mediante autorização do poder público.
Portanto, absurda a tese de que
o texto aprovado apenas na Câmara,
e ainda não vigente, estimule novos
desmatamentos, pois qualquer um
que ocorra hoje estaria acontecendo
sobre a vigência do Código Florestal
atual, e não do novo projeto.

“O que nosopreocupa, e nos deixa
estarrecido, é fato de que muitos dos

argumentos expostos, sobretudo os que
causam alarde, existem apenas nas
referidas manifestações

”

revestidas em prol da recuperação
ambiental. O não cumprimento dos
compromissos firmados junto aos órgãos ambientais competentes retorna
o empreendedor a situação de irregularidade e suas consequências. E
o cumprimento destes compromissos
resultará na aplicação dos valores
devidos das multas já aplicadas em
medidas necessárias à recuperação
ambiental.
É extremamente necessária a instituição deste pacto, porque a “criminalização ambiental” das áreas de reserva
legal e APP consolidadas, criada via
decreto editado em 2008 (suspenso
duas vezes no Governo anterior e uma

2
 4 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas

Mito: O Brasil possui muitas

terras disponíveis para a produção
de alimentos, sendo desnecessária
qualquer alteração no atual Código
Florestal.

Verdade: Segundo pesquisa reali-
zada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA, em
termos legais, o Brasil possui apenas
29% do seu território passível de ocupação agrossilvopastoril. Os 71% restantes enquadram-se, pela legislação
atual, em áreas destinadas à reserva
legal, APP, unidades de conservação
e terras indígenas.
A situação é realmente alarmante,
mesmo o Brasil possuindo a segunda maior área de florestas do mundo,
atrás apenas da Rússia. As florestas
naturais ocupam aproximadamente
509 milhões de hectares, o que equivale a 59,9% do território brasileiro.
A legislação ora vigente está diminuindo bruscamente as áreas disponíveis para produção, pela indisponibilidade de terras, elevando os custos para o setor, e até inviabilizando algumas
atividades.
Estamos transformando o
Brasil em uma Suíça. E, infelizmente, não nos índices de
qualidade de vida, mas em
extensão territorial, apequenando o nosso País.
Neste ponto, temos o
atual Código Florestal, mutilado mediante usurpação do
Poder Legislativo pelo Poder
Executivo, por meio de decretos, resoluções, medidas provisórias
e outros instrumentos, que inovaram
no mundo jurídico e desrespeitaram
os empreendimentos desenvolvidos
dentro das leis de sua época. A nossa Constituição veda expressamente
a possibilidade da lei nova retroagir,
desrespeitando e prejudicando o ato
jurídico perfeito.
O texto aprovado na Câmara promove a indispensável segurança jurídica para o setor produtivo brasileiro,
ao respeitar a ocupação antrópica consolidada do território brasileiro. Possibilita, ainda, o computo das áreas de
preservação permanente para a constituição de reserva legal que, mesmo
somadas, representam uma restrição
administrativa que varia de 20% a 80%
sobre o uso da propriedade.
Trata-se de medida justa, pois o

produtor rural não deve pagar sozinho uma conta que é de toda a coletividade. Não podemos esquecer que
o maior problema ambiental brasileiro
diz respeito à falta de saneamento, ao
despejo de esgoto nos rios, que vem
notadamente dos centros urbanos.

Mito: A produção de alimentos

sempre acompanha e atende a demanda global.

Verdade: A Organização das Na-

ções Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) alerta que a produção
de alimentos terá que crescer 70%
até 2050, para alimentar a população
mundial, estimada em 9,2 bilhões de
pessoas. E, embora a produção atual
atenda, em tese, a demanda global,
há atualmente quase 1 bilhão de pes-

zados pela Fundação João Pinheiro.
Agora, é preciso ter cuidado com
interesses que ferem a soberania de
nosso país e que visam diminuir a
nossa competitividade, muitas vezes
patrocinados por entes internacionais
que em seus países não tem sequer
vegetação nativa remanescente e,
portanto, não tem autoridade moral
para contestar o bem sucedido exemplo do Brasil.
Querem os nossos bens e não o
nosso bem. Isto está bem retratado
no documento “Farms Here, Forest
There” (disponível em nosso site www.
bernardosantana.com.br), no qual especialistas americanos defendem rigorosamente “Fazendas aqui (nos EUA)
e Florestas lá (no mundo tropical, especialmente no Brasil).
Esse documento faz um estudo
criterioso e pormenorizado
sobre os setores agropecuário e florestal/madeireiro
americanos, e o que estes
setores perderiam na competição com países, como o
Brasil, que estariam produzindo commodities agrícolas graças à destruição das
florestas.
E mais, o documento
aponta qual seria o ganho
para o mercado americano graças a
políticas de reflorestamento desses
países — com grande destaque para o
Brasil. Portanto, há muito, a discussão
ultrapassou o campo ideológico.
Precisamos defender as minorias,
mas não podemos colocar a maioria
em risco de insegurança alimentar e
recessão econômica. Somos todos
brasileiros e precisamos lutar pela
grandeza e unidade de nossa pátria.
Não podemos deixar que Interesses externos patrocinem a inviabilização de nosso desenvolvimento.
Precisamos lutar por nosso Estado de
Minas Gerais, por nossos municípios,
por Unaí. Por isso, e fazendo valer
meu compromisso com todos aqueles
que me confiaram o seu voto, lutarei
com afinco e determinação pelo novo
Código Florestal.

nossos bens e não
“Querem osestá bem retratadoono
nosso bem. Isto

documento “Farms Here, Forest There”,
no qual especialistas americanos
defendem rigorosamente “Fazendas
aqui (nos EUA) e Florestas lá (no mundo
tropical, especialmente no Brasil)
soas famintas no mundo, visto a falta
de alimentos decorrentes dos preços
elevados, da má distribuição de renda
no mundo e desperdício pelos países
desenvolvidos.
Não há como ignorar que a pior
degradação ambiental é a miséria e a
fome.
Felizmente, um dos segmentos em
que o Brasil é realmente competitivo é
o agronegócio. O nosso município de
Unaí é exemplo disso: é o maior produtor nacional de feijão, ocupa a oitava posição entre os maiores produtores de sorgo e a 10ª em produção de
milho. Sem contar com o perfil tecnológico da produção agrícola de Unaí,
comparável aos melhores do mundo,
permitindo que o município se destaque com o maior PIB agropecuário de
Minas Gerais, segundo estudos reali-

”

Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 25
Educação

Colégio Rio Preto

F

undado meses após do Golpe Militar de 1964, no dia 21 de abril, o antigo Colégio Rio Preto, fincava em
Unaí suas pilastras para dar início a uma
trajetória de 35 anos de existência voltada à capacitação educacional de alunos
de toda a região do Noroeste de Minas.
Pelas salas do colégio passaram cerca de 40 mil alunos. Localizado no centro de Unaí, onde hoje está instalado o
Objetivo, o colégio Rio Preto, desde sua
fundação chamou à atenção da sociedade devido ao grande número de alunos
que se interessavam pelos serviços oferecidos pela escola. Isto se comprova quando se certifica nos arquivos do colégio
que iniciou suas atividades com todas as
turmas (séries) formadas e cada turma
tinha cerca de 50 alunos.

A história do Colégio

O colégio Rio Preto começou suas atividades depois que um grupo de professores que trabalhava em outra escola

particular do município – colégio do Carmo – foram demitidos. Com a demissão,
os professores se viram em uma situação
complicada, o desemprego. Juntos, com
interesse educacional, os professores viram a oportunidade de fundar um colégio. E foi o que aconteceu, o colégio Rio
Preto é resultado de uma ação coletiva
que buscou resistir às intempéries impostas pela situação da época.
Segundo um dos fundadores do colégio Rio Preto e também professor, Milton Medeiros, em entrevista a GERAES
DE MINAS, o motivo central das demissões se deu por causa de um “esquema
administrativo”. “Era porque em Unaí
sempre viveu um bipartidarismo (PSD
e UDN) e, atualmente, PMDB e PSDB.
Mas naquela época, ainda era assim. Então, a turma que fundou o colégio Rio
Preto eram pessoas que militavam na
UDN e o Colégio do Carmo, onde nós
trabalhávamos, eram do PSD”, explica
Medeiros.

35 anos de ensinamentos
que ficaram para “a vida”

Em seus primeiros dias de funcionamento, ainda sem sede, as aulas foram
lecionadas no Grupo Escolar Domingos
Pinto Brochado e depois na Congregação Mariana. Por fim, instalou-se definitivamente onde hoje funciona colégio
Objetivo, com infra-estrutura composta
por: 32 salas de aulas, uma biblioteca
com mais de 10 mil exemplares de volumes, dois laboratórios sendo um de ciências Físicas e outro Biológicas, três quadras de esporte, uma piscina e “caixas de
areia” para a prática de esportes e salto
em distância. O colégio Rio Preto em seu
momento de grande áurea profissional
chegou a fazer o papel que, atualmente,
fazem as faculdades. Segundo Medeiros,
os municípios vizinhos (como Arinos,
Buritis, Uruana, entre outros) atualmente enviam seus habitantes para estudar
nas faculdades do município, o mesmo
fazia quando o colégio oferecia cursos
profissionalizantes em Magistério e Técnico em Contabilidade.
Non scholae sed vitae
dicimos”: Trata-se de
“ensinar para a vida,
não para a escola”

Alunos do Colégio Rio Preto durante desfile de 7 de setembro
Medeiros lembra que com o golpe
militar em 1964, houve um atrofiamento
do ensino superior, onde praticamente
nenhuma faculdade ou universidade foi
aberta no país. Mas em 1994, com já o
então presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, as faculdades voltaram
a ser reintroduzidas no Brasil. “A Revolução Redentora de março não permitiu
– durante o período entre 1964 a 1993
– abertura de cursos universitários no
Brasil. Tanto é que a Factu (Faculdade de
Ciências e Tecnologia de Unaí) foi criada
dentro do colégio Rio Preto”, complementa o professor.

O fim das aulas

Hoje trabalhando na Prefeitura Municipal de Unaí, Milton Medeiros afirma
que o colégio Rio Preto teve um final
“dramático”. Como já foi salientado, o
país não permitia a abertura de novas
universidades, sendo assim a capacitação
da mão de obra brasileira se via definhada. Com isto, os cursos técnicos eram os
responsáveis por formar a maioria dos
profissionais.
Mas com a chegada da chamada
“pós-modernidade”, era das redes virtuais, mundo cibernético, as faculdades
voltaram à tona e, com uma força arrasadora, ultrapassaram os cursos técnicos

com relação à preferência dos alunos que
buscavam por uma formação. “O profissionalizante (ensino) na época estava
sobrecarregando o mercado. As professoras não tinham campo para trabalhar,
contabilistas também não tinham. Então,
no momento era prestar vestibular. E para prestar vestibular era melhor fazer o
científico porque dava mais base do que
o Magistério”, lembra Medeiros.

Socialização

Pode ser que o final do colégio Rio
Preto tenha chegado no último dia 20 de
dezembro de 1998, dia quando houve a
última aula no colégio, mas com certeza
seus ensinamentos, garante Medeiros, ficaram para “a vida”.
Entre os 40 mil alunos que se formaram no colégio alguns conseguiram suas
autonomias, tanto profissional quanto
pessoal. Exemplo é o ex-aluno, Marcos
Regis de Souza, mais conhecido como
Marquinho, que hoje é dono de uma drogaria em Unaí e que também se formou
no colégio Rio Preto. Hoje, além de empresário, Marquinho trabalha e contribui
com ações filantrópicas dentro do município.
Outro aluno que se destacou durante
a existência do colégio foi ex-aluno e hoje
empresário Clodoaldo, mais conhecido

Foi com este lema, durante 35 anos, que os
ensinamentos do colégio Rio Preto, em Unaí,
eram conduzidos e fizeram parte da formação
de cerca de 40 mil alunos, entre 1964 e 1998

como Baiano. Ele, durante os anos de
1983, 84 e 85 foi um dos alunos que possuía as melhores notas.
Alunos como Alino Coelho, que
atualmente ocupa o cargo de Secretário
de Obras de Unaí, e o também atual vereador Adriano Adjuto, mais conhecido
como “Zé da Estrada”, destacaram sendo
uma das melhores duplas futebolísticas
da época.
Pelo colégio também passaram mulheres como Sebastiana de Sousa Coimbra, conhecida por Tanika, que além de
se formar no colégio no 2º grau profissionalizante em Contabilidade no ano de
1972, ela também lecionou no colégio as
disciplinas de Contabilidade e Técnicas
comerciais. Também por 25 anos prestou
serviços contábeis para o colégio. “Tenho
muitas saudades. Ali éramos uma família.
E como professora, foi uma experiência
muito boa, na qual, pude passar a outras
pessoas aquilo que eu sabia. Por isto, ainda acredito que tem que se divir o que se
sabe, o conhecimento”, afirma.

Os arquivos do colégio Rio Preto estão
disponíveis para consulta na Factu
(Faculdade de Ciências e Tecnologia de Unaí)
Endereço: Rua Eduardo Rodrigues Barbosa, 180
B. Cachoeira - Unaí MG. Telefone: (38) 3676-6222
Cidadania

Fiação e Tecelagem
de Unaí resgata
tecelagem artesanal

Sede da Fiação e Tecelagem Artesantal de Unaí, um dos Pontos de Cultura em Minas Gerais

A

Fiação e Tecelagem Artesanal de
Unaí, fundada em 05 de junho de
1999, objetiva o desenvolvimento de
atividades culturais como, por exemplo, o
resgate da técnica da tecelagem artesanal.
Trata-se de um dos projetos de maior relevância desenvolvidos pela Associação Beneficente Natal Justino da Costa, fundada
em 03 de abril de 1990, de caráter beneficente, educacional e de assistência social, sem
fins lucrativos. O surgimento da associação
resultou na formalização do trabalho desenvolvido pelo Centro Espírita Cristianismo
Redivivo, fundado em 1966.
A idealização da Fiação e Tecelagem Artesanal de Unaí surgiu de Luciana Navarro,
atual Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Cidadania de Unaí (Semdesc), após
residir por um período de oito anos na zona
rural, fato que permitiu o contato dela com
a tecelagem, por meio do trabalho realizado
pelas vizinhas, possuidoras de teares e cul-

2
 8 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas

tivadoras de algodão, que, por sua vez, davam continuidade à tradição cultuada pelas
mulheres das famílias da região. A partir de
então, Luciana adquiriu um tear e começou
a plantar o algodão marrom, para dar início
à sua produção.
O projeto ganhou vida com o apoio do
então embaixador do Brasil na Inglaterra,
Paulo Tarso Flecha de Lima, que adquiriu
algumas peças produzidas pelas tecelãs
para presentear amigos, gostou e, depois,
fez uma encomenda numerosa. Um recurso, obtido pelo embaixador junto ao Banco
Mundial, por meio do Serviço Voluntário de
Assistência Social (SERVAS), deu origem à
Fiação e Tecelagem Artesanal de Unaí.
Para a fundadora, além do resgate cultural, “o trabalho desenvolvido pela Tecelagem de Unaí gera renda, profissionaliza
mão de obra e contribui para o desenvolvimento do município”, observa Luciana.
A primeira encomenda vultosa recebida
O espaço físico da Tecelagem conta com salas de oficinas e de exposição de produtos

o trabalho desenvolvido
pela Tecelagem de Unaí gera
renda, profissionaliza mão
de obra e contribui para o
desenvolvimento do município”
Luciana Navarro, fundadora da Fiação
e Tecelagem Artesanal de Unaí

pela associação foram 80 mantas destinadas
ao Itamaraty, para um evento de nível internacional, onde foram presenteados membros de vários países. Para esta encomenda,
foi necessário inserir nos produtos etiquetas
trilíngues: em inglês, espanhol e português.
A Tecelagem de Unaí, hoje, comercializa produtos para o Grupo Pão de Açúcar, o projeto
Caras do Brasil, além de participar de exposições de artesanato Brasil afora.
Em 2009, a Tecelagem foi eleita um Ponto
de Cultura, que é uma das ações do Programa Mais Cultura do Ministério da Cultura

Luciana Navarro entrega a ex-primeiradama Marisa Letícia Lula da Silva produtos
da Tecelagem de Unaí. Luciana foi quem
idealizou a criação da Fiação e Tecelagem
de Unaí

em parceria com a Secretaria de Cultura de
Minas Gerais. Com isto, receberá apoio financeiro durante três anos para desenvolver
ações de divulgação, estrutura e difusão cultural, como cursos profissionalizantes e oficinas de teatro. Ao todo, serão investidos R$
180 mil no período. A inauguração do Ponto
de Cultura foi realizada no dia 11 de junho
do corrente ano.
“O projeto é uma fonte principal de renda para muitas mulheres que não tinham tal
oportunidade, também há inserção de pessoas portadoras de necessidades especiais
no mercado de trabalho, como, por exemplo,
surdos-mudos, além da reinserção de expresidiários, que foram acolhidos pelo projeto. E, sobretudo, o resgate dessa cultura da
fiação e dos teares, tão propagadas no passado, que quase foram extintas pela modernidade”, explica Luciana Navarro.
Os produtos lá fabricados são uma boa
opção para quem deseja presentear, além, é
claro, de contribuírem para o resgate da cultura local, em especial a cultura da fiação e
dos teares.

Os produtos da Tecelegem podem ser
encontratos na exposição permanente
da fábriga, localizada na rua da Serra,
nº 411 - Bairro Sagarana, em Unaí.
Mais informações pelo telefone: (38) 3676-6632
ou pelo site: www.tecelagemunai.com.br

Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 29
Gente

Pastor
Davi,
patrimônio
de Unaí
O

Como os jesuítas,
quando o pastor
Davi chegou em
Unaí, não havia
luz elétrica, água
encanada e nem
rede esgoto. Mas
foram, particularmente, essas
necessidades que
fizeram com que
Davi considerasse
desde muito cedo,
o povo de Unaí
como “seu povo”

historiador Caio Prado Junior, em seu
livro Formação do Brasil Contemporâneo, obra prima entre os intelectuais
acadêmicos, afirma que o “povoamento” das
regiões brasileiras, inclusive as regiões interioranas do país, se deu por meio de dois
fatores que seriam o “bandeirantismo” e os
“consumidores de carne” que fizeram com
que o homem fosse adentro o sertão em busca de pastagem para seu rebanho. Foram basicamente, segundo o historiador, esses dois
fatores que contribuíram para que o Brasil
fosse, em seus primeiros anos de colonização,
sendo povoado.
Essa ocupação do território brasileiro sempre foi vista como fator estratégico, porque do
outro lado, o continente estava sendo povoado pelos Espanhóis, portanto, tinha-se que a
melhor maneira de se defender e assegurar o
território, é povoá-lo, e isto, aconteceu.
Ao sul os bandeirantes, a procura de ouro
e Índio, ao Norte os jesuítas. E são esses, os
jesuítas, os membros da ordem católica fundada em 1540, cujo no Brasil teve um papel
fundamental dentro do processo de civilização da sociedade brasileira, que remeto neste
texto, para apresentar o pastorDavi.
Se pastor Davi tivesse vivido no período
colonial com certeza teria sido um jesuíta missionário; sem dúvida, teria se embrenhado –
como muitos fizeram – pela floresta amazônica em busca da catequização de índios e na
defesa da palavra de Deus, diante de tantas
atrocidades que na época eram cometidas
pelos colonizadores, como principalmente, o
uso do trabalho escravo.
Causas da comparação
Pastor Davi chegou à Unaí por volta dos
anos 60. Antes, ele já tinha vivido em Natalândia, cidade na qual chegou depois de
sair do Instituto Bíblico Eduardo Lane (Ibel),
na cidade de Patrocínio. Quando chegou em
Unaí, o desenvolvimento social ainda era bastante tardio. “O que tinha em fartura era pernilongo. Algumas coisas essenciais para uma
pessoa viver, não existiam. Mas aguentamos
as dificuldades, porque o povo daqui nos recebeu de braços abertos, como se fôssemos da
família”, lembra Davi.
As dificuldades nunca foram bloqueio para o pastor, muito pelo contrário, foram sim
estimulante para suas atividades e crenças.
Exemplo, foi sua contribuição para a construção diversos templos religiosos em Unaí e na
região; como a formação de um mutirão que
resultou na abertura de 40 km de estrada entre as cidades de Unaí e Natalândia.
A esposa e companheira do pastor Davi
em suas andanças pelo país, é Marcília. “Fui

vocacionada ainda criança e desde que começamos nessa carreira compartilho tudo com
ele. Se Davi tivesse ido para o meio dos índios, eu o teria acompanhado”, afirma Marcília. Hoje aos 71 anos de idade ela diz que apesar de todas as dificuldades, sempre o apoiou
e nunca desistiu, pois, “entende o chamado
de Deus”. Tanto que quando Marcília chegou
em Natalândia, junto ela trouxe sua irmã Lina Maria. Em um determinado dia, quando
faziam um piquenique, Lina Maria morreu
afogada. “Eu fiquei sozinha com a meninada
toda, muito triste, parecia que era para nós
desistirmos. Mas Deus nos deu força. Tinha
um passarinho, chamado urutau, que quando cantava, parecia a voz da minha irmã,
gritando no meio do mato”, conta Marcília.
Depois desse fato, Márcia e Davi se mudaram
para Unaí.
O resultado de uma prática
Casado e pai de dois filhos, pastor Davi
tinha 17 anos quando percebeu sua vocação,
ou seja, a voz que vinha do coração que dizia
que ele deveria pregar o evangelho. E foi também um chamado que o livrou, em certa ocasião quando ele desceu em uma cisterna para
saber o motivo pelo qual ela tinha parado de
fornecer água, de morrer. De acordo com o
pastor, quando ele estava lá em baixo verificando a cisterna ele ouviu: “Davi, Davi, Davi,
sai depressa”. O pastor lembra que, assim que
ele saiu, de repente, ouvi-se um estrondo, e “a
cisterna arriou de uma vez”.
Este acontecimento fez com que Davi entendesse o livramento de Deus e que ele tinha
um propósito em sua vida.
Mas mesmo entendendo o chamado de
Deus, Davi diz que não foi do dia para noite
que ele conseguiu ser pastor. “Eu fiquei esperando uns 11 anos, até que deu certo. Então,
estudei e fiz o curso teológico”, explica.
Como os jesuítas, quando o pastor Davi chegou em Unaí, segundo ele conta, não
havia luz elétrica, água encanada e nem rede esgoto. Mas foram, particularmente, essas
necessidades que fizeram com que Davi considerasse desde muito cedo, o povo de Unaí
como “seu povo”. “Nunca pensei em mudar
de Unaí. Aqui foi meu primeiro campo e fiz
de tudo para a igreja e a cidade crescerem. Isso me trouxe um enorme amor por Unaí, pelo
povo e pela igreja”, afirma o pastor.
Hoje, com seus 77 anos de idade, já jubilado, depois de ter dedicado 44 anos de sua
vida exclusivamente à causa de religiosa, na
Igreja Presbiteriana, pastor Davi conta que
se sente realizado com a profissão e, ao olhar
para trás, vê quanto foi útil no que tange à
evangelização.

Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 31
Personalidade

Coronel Luciano:
uma trajetória
de vitórias
Depois de trinta anos de serviços
prestados à Polícia Militar de Minas
Gerais, aposentadoria encerra carreira
do Comandante da 16ª RPM

G

eraldo Donizete Luciano é natural de Bom Despacho (MG).
Nascido em 1964, é o caçula de
uma família de 10 filhos. Tornou-se órfão
de pai aos 13 anos, quando, à época, teve de trabalhar durante o dia, primeiramente, em uma loja de calçados; depois,
integrou a equipe de um escritório de
contabilidade, para ajudar nas despesas
familiares. Dedicava-se aos estudos no
período noturno.
Aos 18 anos, ingressou no Curso de
Oficiais, em Belo Horizonte, tornandose um Oficial, na turbulenta e instável
década perdida, como era intitulada a
década de 80.
Segundo Luciano, a sua vinda à Unaí
ocorreu em abril de 1989; à época ocupou
o posto de Tenente, juntamente com o então Coronel Geraldo Antônio de Oliveira
e mais trinta policiais, que se tornaram
responsáveis pela segurança pública do
município.
Em 1992, Luciano, promovido a Capitão, mudou-se para Patos de Minas (MG),
para ser Assessor de Comunicação Social
do Batalhão daquela cidade. Três anos
depois, ingressou no curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, retornando à Unaí no
ano seguinte com a missão de instalar o
Batalhão na cidade.
O coronel quis aprimorar-se ainda mais.
Ingressa na faculdade de direito ambiental
e retorna à cidade de Patos de Minas, onde

3
 2 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas

atuou na Companhia Ambiental.
Em 2005, Luciano é promovido ao
posto de Tenente Coronel e assume o
comando do 28º Batalhão de Unaí, quando, simultaneamente, participa do curso
superior de polícia em Brasília (DF), promovido pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Classificado em primeiro
lugar, recebe a medalha de Caxias.
Coronel Luciano também foi homenageado com a medalha Alferes Tiradentes,
concedida pelo Governo Estadual.
O trabalho desenvolvido pelo coronel
Luciano foi a humanização do policial,
para que este profissional atuasse baseado nos princípios e diretrizes dos Direitos
Humanos, valorizando o policial militar.
Ele possui uma bela família: é casado
com Maria Aparecida e pai de três filhos:
Débora, Omar e Pedro. Luciano é também Professor de Direito Constitucional e
de Direito Ambiental.
Em setembro do corrente ano, Coronel Luciano concluiu a sua trajetória militar, após trinta anos de trabalho, de luta,
de aprendizado, de suor, de lágrimas e
de dedicação à instituição que, segundo
ele, foi responsável pela sua formação ética, moral e profissional. Um Coronel que
aprendeu a amar, a revolucionar e humanizar a sua profissão e, consequentemente, conquistar o respeito, a admiração e a
gratidão da sociedade mineira, principalmente a dos unaienses.

O trabalho
desenvolvido pelo
coronel Luciano foi
a humanização do
policial, para que
este profissional
atuasse baseado
nos princípios
e diretrizes dos
Direitos Humanos,
valorizando o
policial militar”
Dama de

Sociedade

Ouro
Neuzani Branquinho

Culta, elegante, bem sucedida,
Neuzani é uma educadora
conceituada e destaque na
sociedade unaiense

A

“

professora Neuzani das Graças
Soares Branquinho, filha de Burnival Lourenço Soares e de Maria Vitória Soares, nasceu em 1960, natural de
Santa Rosa da Serra (MG), região do Alto
Paranaíba.
Para Neuzani tudo começou muito
cedo. Seu primeiro emprego veio aos 13
anos de idade.
Aos 14 anos, Neuzani namorava José
Gomes Branquinho e, no ano seguinte, o
casal noivou e contraiu matrimônio.
Aprendeu a costurar com sua mãe
e, aos 10 anos,
confeccionou o primeiro vestido, um
hobby que cultua
ao longo da vida.
Neuzani, graduada em pedagogia,
lecionou nas escolas Domingos Pinto, Tancredo Neves e na Teófilo Martins quando,
por indicação dos colegas de trabalho, foi
eleita e reeleita diretora, cargo que exerceu
de 1992 até 1996.
Graduou em Didática do Ensino Superior pela Católica de Brasília (UCB) e se
especializou em Ciências da Religião, pela
Federal de Uberlândia (UFU) e em Gestão
de Pessoas pelo INESC.
Ela coordenou os cursos na Unimontes
(campus Unaí) de 2002 a 2003 e lecionou
nas unidades de Unaí e Paracatu.

Atualmente, Neuzani atua
como Diretora Educacional
da Superintendência de
Ensino de Unaí

”

Em 2005, Neuzani assumiu a Secretaria
de Educação, no governo de Antério Mânica, quando desenvolveu um excelente trabalho, inclusive com a criação do programa
“Educação de Jovens e Adultos” (EJA).
Após deixar a Secretaria de Educação, Neuzani voltou a lecionar quando,
paralelamente, fez mestrado no Departamento de Psicologia da Universidade de
Brasília (UnB).
Idealizou e presidiu a Associação dos
Profissionais da Educação do Noroeste
Mineiro (Aprenom), com o objetivo de promover o desenvolvimento da classe e viabilizar cursos de licenciatura em Unaí. Os
primeiros cursos da Unimontes abertos à
população são frutos do convênio firmado
com a Aprenom.
Recentemente foi aprovada no processo seletivo de Certificação Ocupacional da
Superintendência de Ensino, com a maior
titulação do Estado de Minas Gerais.
Atualmente, Neuzani atua como Diretora Educacional da Superintendência de
Ensino de Unaí.
Neuzani está casada há 35 anos com
José Gomes Branquinho que lhe rendeu
três filhos: André, 34 anos, casado com
Rhose; Adriano, 33 anos, casado com
Daniele e Felipe, 28 anos, casado com
Marcela. Tem três netos: Pedro Henrique,
14 anos; Lucas, 11 anos e Miguel, 3 anos,
que são considerados o orgulho da família, segundo ela.

Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 33
Ensaio fotográfico:

Rosimare Martins de Melo - Retrattos

Beleza

Brenda Lorrany

3
 4 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas
O nosso destaque beleza desta edição é Brenda
Lorrany, Rainha da Exposição Agropecuária de Unaí.
Essa linda garota de 16 anos, de 1,74, com 60 kg, é
chamada pelos amigos e familiares de Barbie. Gosta
da cor rosa, de orquídeas e o seu prato favorito é o
yakissoba. Para ela, “ser uma pessoa feliz é ter uma
família unida e realização de nossos sonhos”.
Brenda é filha de Aparecido Alves Viturino e de
Gasparina dos Reis Amaral Alves
Curiosidades

Aeronave projetada pela
UFMG é construída em Unaí
Q

ualquer pessoa, em especial os
mineiros, que são interessados
pela ciência e pela tecnologia,
tem conhecimento de que em Minas
Gerais a prática é contínua, e também abrupta de se dedicar ao desenvolvimento desses ramos.
O professor Cláudio Pinto de
Barros, criador do curso de engenharia aeronáutica da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG) e
integrante do Centro de Estudos Aeronáuticos (CEA), quem o diga. Ele é
um exemplo sobre como colocar suas
invenções em prática. Pai de 12 projetos, sendo a maioria voltados para
a construção de aeronaves leves, o
professor além de construir, ensinava. “Em 2000, após defender sua
tese e obter seu título de doutor em
engenharia mecânica, o Prof. Cláudio Barros iniciou os trabalho para
converter sua tese em um livro sobre
projeto de aeronaves leves. Tendo
sempre em mente a preocupação
com o caráter didático”, afirma a

UFMG em documento coletado no
site da instituição.
Claudio Barros faleceu este ano.
Conforme o professor de Robótica
Aérea da UFMG, Paulo Iscold, expressou no dia do falecimento do
professor, a universidade perde e
também os alunos, porque Cláudio
Barros tinha o gosto pela prática do
ensinar. E por ser aviador, Iscold despede do amigo dizendo: “suba com
asas como águia, porque você sempre esperou no Senhor! O CEA hoje
chora a sua ida, mas vamos continuar tocando isto aqui e honrando seu
nome! Voaremos cada vez mais alto,
cada vez mais longe, e cada vez mais
veloz!”.
Entre outros prêmios, o professor
Cláudio de Barros foi Campeão Brasileiro de Vôo e Vela com o planador
CB.2 Minuano e também conquistou
duas Bienais Brasileiras de Design
com o motoplanador CB.7 Vesper e o
Ultraleve CB.9 Curumim. Sua última
invenção foi o CB.10 Triathlon.

3
 6 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas

A propagação da invenção

Em Unaí, o aviador e mecânico de
avião, Paulo Roberto Modesto está dando vida à última criação do professor
Cláudio Barros. Se ele estivesse vivo
para ver sua idéia proliferar pelo país,
certamente se impressionaria ao constatar os trabalhos do mecânico Paulo.
Criado sobre os bancos dos aviões,
pois seu primeiro vôo aconteceu quando ela tinha 10 anos, Paulo Roberto
afirma que o CB.10 é um dos modelos
mais interessantes que ele já montou.
O aviador falou com a reportagem
da REVISTA GERAES DE MINAS no
local onde está construindo a aeronave, na antiga Serraria do Sadô, bairro
Jacilândia.
Paulo Roberto mora atualmente em
um apartamento no Centro da cidade de
Unaí. Todos os dias o mecânico tem uma
obrigação de montar cuidadosamente
um avião biplace, monoplano, ou seja,
com uma asa de cada lado fazendo a
sustentação, para que em breve, o avião
já possa fazer seu primeiro vôo.
Por ter baixo custo de fabricação e capacidade para dois tripulantes, o modelo CB.10 Triathlon já voa pelo céu do Brasil
Trabalho minucioso

A prática de montar, seja um quebra-cabeça ou um complexo avião,
consiste em uma “ciência” nata à poucos seres humanos: a paciência. Sem
paciência jamais, nem Paulo ou muito menos Santos Dumont (inventor e
aviador brasileiro) nunca teriam conseguido concluir suas façanhas.
Ao chegar no hangar, logo se percebe o ambiente tranquilo em que
Paulo trabalha. Sem rádio ou qualquer
outro meio de comunicação (além de
um pequeno aparelho celular), o mecânico fica minutos olhando para uma
peça, até se levantar e começar a fazer
apertos em parafusos, que ficam na
parte interna do avião. “Todo cuidado
que se deve ter na montagem resultará em um bom ou ruim avião”, garante o mecânico.
Todo cuidado é pouco na hora de
montar, mesmo estando com o projeto em mãos. Segundo Paulo, qualquer
desnivelamento provocado por alguma falha, como a falta de precisão na
envergadura das asas, podem ser imprescindíveis a um possível desastre.
“É como uma mesa, se tiver alguma
coisa desnivelada, fora do eixo, do
padrão, pode ocasionar em acidentes
fatais”, afirma.
Mas o CB.10 que Paulo está montando já foi comprovado pelo professor Cláudio Barros, quando afirmou
que teve “uma enorme alegria, ao voar
pela primeira vez no primeiro protótipo do CEA-307-CB.10-Triathlon, no
dia 28 de fevereiro de 2005”.
O CB.10 que Paulo está montando
é para um empresário de Unaí que,

segundo o mecânico, pretende usá-lo
para fins particulares. “Esses aviões
são muito usados para viagens e serviços de fotografias áreas”, observa
Paulo.

Conheça o CEA 307
CB.10 Triathlon

Construção em série

Para se fabricar um avião como o
CB.10 o interessado deverá desembolsar em média, segundo Paulo, cerca de
R$ 150 mil. Na internet, em um site especializado, a venda do mesmo avião
sai a R$ 70 mil, mas sem o motor.
Por ser um avião de fácil montagem, sua fabricação pode ser conforme o gosto do usuário. Com espaço
para duas pessoas, o modelo chega a
uma velocidade de 290 km/h. Seu motor, tendo 115HP de potência, pode
ser o Rotox 914, Lycoming O-235 ou o
Jabiru 3300.
Em Monte Alto, município paulista, a empresa Skyflyers Aviação Aerodesportiva, cujo propósito é montar
aeronaves Ultraleves (aeronaves de
baixas velocidades, capacidade de carregamento, potência, peso e custo),
começou a produzir o CB.10 depois
de se informar das características do
avião como o seu baixo custo de fabricação e sua capacidade para dois tripulantes.
Em 2001 a empresa fez o primeiro
vôo com um de seus aviões fabricados,
sendo hoje uma das principais reprodutora do modelo CB.10 do inventor
Cláudio Barros, junto, é claro, com
unaienses e amadores de todo o mundo, como Paulo Roberto, que em breve
deve fazer seu primeiro vôo sobre as
invenções do professor mineiro.

DADOS TÉCNICOS
Envergadura

7,5 m

Comprimento

6,27 m

Área Alar

8,66 m²

Alongamento

6,41

Peso Vazio

360 kgf

Peso Total

610 kgf

Carga Alar

70 kgf/m²

Velocidade de Cruzeiro

290 km/h

Velocidade de Estol

83 km/h

Razão de Dubida

9 m/s

Dist. Decolagem

200 m

Dist. Pouso

155 m

Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 37
Saúde

Vacinação infantil

Imunização imediata
D

e acordo com o calendário oficial
do Programa Nacional de Imunizações (PNI), toda criança brasileira deve, por direito, ser imunizado
contra dez tipos de infecções, incluindo também as chamadas “séries de reforços” das vacinas. Por ser um direito
garantido ao cidadão, todas as vacinas
podem ser tomadas gratuitamente em
postos de saúde ou durante as campanhas de vacinação que acontecem todos
os anos em território nacional.
Nem bem chega a chorar devido o
contato com um mundo real, o recém
nascido já é vacinado contra a hepatite
B. Também em seguida, vacina-se contra a tuberculose (a famosa BCG). Na
primeira vacinação, o responsável receberá pela criança receberá uma carteirinha de imunização que deverá guardada para ser apresentada em todas às
consultas de rotina no pediatra.
Após um mês do nascimento, ou seja, 30 dias, o recém nascido deve ser vacinado outra vez contra a hepatite B. E,
em seguida, ao completar dois meses de
idade, a criança deve tomar a primeira
dose da vacina tetravalente (DTP Hib),
que previne contra difteria, tétano, coqueluche e outras infecções.
Nessa idade toma também a primeira dose da vacina contra a poliomielite
(a paralisia infantil), conhecida pelo seu
famoso boneco propaganda, o Zé Gotinha. A dose contra a rotavírus (VORH),
também em gotinhas, que previne contra diarréias, deve ser aplicada durante
os dois meses de vida.
O bebê toma ainda a primeira dose da vacina pneumocócica 10-valente,
contra dez tipos da bactéria, causadora
de diversas infecções, principalmente
da meningite.

Aos três meses

Se pensar que em 1904, no Rio de
Janeiro, aconteceu a Revolta da Vacina,
onde a população se mostrou contrária
à vacinação contra a varíola. Hoje devi-

A vacinação infantil garante imunização gratuita dez tipos de doenças
do a existência de complexas bactérias,
é impensável a defesa contra a imunização das pessoas. O desenvolvimento
científico proporciona uma maior condição de vida para as pessoas. A vacinação contra o meningococo C, uma das
principais causadora da meningite, é
resultado desse desenvolvimento, que
possibilita ao recém nascido aos três meses de idade já se prevenir.
Depois com quatro meses o bebê
receberá a segunda dose das seguintes
vacinas: tetravalente (DTP Hib, contra
difteria, tétano, coqueluche e infecções
provocadas pela bactéria Haemophilus
influenzae tipo b), pólio (VOP), rotavírus (VORH) e pneumocócica conjugada
10-valente. E aos cinco meses de idade
aplica-se a vacina contra meningocócica
C conjugada.

De seis meses a um ano

3
 8 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas

Aos seis meses, completa-se a série

de 3 doses das vacinas iniciadas aos 2
meses: tetravalente (DTP Hib), contra
difteria, tétano, coqueluche e hemófilos
tipo B, mais pólio (VOP). Também já é
o momento da terceira dose da vacina
contra a hepatite B. Nessa época acontece a terceira dose da vacina penumocócica conjugada 10-valente, segundo o PNI.
E ao completar doses meses, um ano
de vida, a criança brasileira é vacinada
contra a rubéola, o sarampo e a caxumba, com uma dose que corresponde
a tríplice viral (SRC), além de receber
uma dose de reforço da meningocócica
C conjugada. Após uma ano e três meses o brasileiro ou a brasileira, já quase
pronto para ganhar a vida com seus
primeiros passos, recebem as chamadas
doses de reforços da DTP (difteria, tétano e coqueluche), da poliomielite e da
pneumocócica.
Siga os passos e não deixe de levar
seu filho ao pediatra regularmente.
Revista Geraes de Minas - Edição 02
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Revista Geraes de Minas - Edição 02

  • 1.
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5. Sumário ANO 1 | EDIÇÃO 2 ESPECIAL ARTIGO MEIO AMBIENTE 6 | Adélio Martins entra para a história de Unaí CARTA AO LEITOR 8 | Apresentação da Revista GERAES DE MINAS Capa Adélio Martins. Unaí perde filho ilustre PAG. 6 PANORAMA 9 | Política 10 | Social 12 | Sociedade 14 | Cultura 15 | Meio Ambiente e Educação Recordes no Campo: PIB agropecuário de Unaí é o maior de Minas Gerais e o sexto do Brail 24 | Novo Código Florestal: mitos e verdades por Deputado federal Bernardo Santana PAG. 22 EDUCAÇÃO 26 | Colégio Rio Preto 35 anos de ensinamentos que ficaram para a vida CULTURA 16 | Centenário Santos Drummond - O poeta das sete faces Pastor Davi, patrimônio de Unaí POLÍTICA 17 | Antônio Andrade, deputado federal PAG. 30 CIDADANIA 28 | Fiação e Tecelagem de Unaí resgata tecelagem artesanal GENTE 30 | Pastor Davi, patrimônio de Unaí PERSONALIDADE 32 | Coronel Luciano,uma trajetória de vitórias Criação de tilápias em Morada Nova de Minas BELEZA 34 | Ensaio fotográfico com Brenda Lorrany PAG. 18 CIDADES 22 | PIB agropecuário de Unaí é o maior do estado e o sexto do país PAG. 34 CURIOSIDADES 18 | Morada Nova de Minas 20 | Unaí CAPA | AGROPECUÁRIA Ensaio fotográfico com Brenda Lorrany: SOCIEDADE 33 | Neuzani Branquinho Dama de Ouro Aeronave leve é construída em Unaí PAG. 36 36 | Aeronave leve projetada pela UFMG é construída em Unaí SAÚDE 38 | Vacinação Infantil Imunização imediata Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 5
  • 6. Especial Adélio Martins entra para a história de Unaí O ex-prefeito Adélio Martins, que governou Unaí por dois mandatos, faleceu no último dia 23 de novembro, aos 76 anos de idade, na cidade de Unaí. Doutor Adélio, como era chamado pela maioria dos unaienses, lutava, há muitos anos, contra o mal de Parkinson. Ele era advogado, casado com Vera Lucia Basile Martins, tinha três filhos: Adélio Cláudio, Cláudia e Valéria. Deixou oito netos: Isabela Lumena, Delvito Alves Neto, João Gabriel Alves, Fernando Lucas Martins Silva, Bruna Martins Marins, Renato Martins Marins, Sophia Vinhal Martins e Raphael Basile Martins. Durante seus dois mandatos, Unaí passou por importantes transformações. Adélio popularizou a administração municipal ao criar a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social e o Serviço de Assistência Judiciária gratuito. Durante seu governo, grandes obras foram realizadas, como a duplicação da ponte Abdão Salgado (Rio Preto) e a construção de várias escolas, com destaque para a Escola Politécnica e a Escola Agrícola. No seu governo, Unaí recebeu a Penitenciária Agostinho de Oliveira Neto, que possibilitou ao município, além de centenas de empregos, a vinda de um batalhão de Policia Militar, transformando Unaí em cidade sede de vários órgãos de segurança pública. O nome de Adélio Martins entra para a história de Unaí como um de seus melhores governantes. 6 | Novembro/2011 | Geraes de Minas Um visionário Atualmente Unaí se encontra em primeiro lugar no ranking, dos municípios mineiros que mais produzem grãos no Estado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em estudo feito sobre o valor da produção agrícola do país, foi detectado uma produção de R$ 154 bilhões (2010), representando assim um crescimento substancial de 8,9% em comparação com 2009. Unaí se destaca como o município mineiro que mais produz feijão, com 127, 5 mil toneladas. Essa realidade, portanto, já tinha sido prevista pelos antigos governantes do município, como exemplo, o exprefeito Adélio Martins, quando em sua administração (1993/96) assinou o Protocolo de Intenções que permitia a ligação ferroviária de Unaí a Pirapora, e daí, ao Porto de Tubarão (ES). Agora no atual governo de Antonio Anastásia (PSDB) esse projeto volta a tona certificando a importância do debate travado há a mais de dez anos. Realmente, Adélio tinha um espírito progressista e visionava as coisas para além de seu tempo. Por isto, também ajudou na emancipação de municípios vizinhos à Unaí como Uruana e Cabeceira Grande. Em um livreto publicado por sua administração em 1996, no mês de dezembro, o ex-prefeito destaca sua crença sobre o município de Unaí. “Andando pelas Minas Gerais e por muitos outros municípios brasileiros, buscando expe-
  • 7. Andando pelas Minas Gerais e por muitos outros municípios brasileiros, buscando experiências, coloquei Unaí e seu futuro à minha frente” Adélio Martins, ex-prefeito de Unaí (1935-2011) riências, coloquei Unaí e seu futuro à minha frente” e completa dizendo que “assim, mais concretamente, pude antever a nossa querida terra alcançando resultados muito mais rápidos do que muitas comunidades mais velhas”. Por possuir um caráter ético e exímio, Adélio, no mesmo livro, encerra seus trabalhos com a consciência de que nem tudo que foi proposto pela sua administração fora cumprido, mas que tentou fazer tudo o que estava “ao seu alcance”. E na ocasião, esclareceu, humildemente aos unaienses que “houve faltas, reconheço, e as assumo”. E finaliza dizendo: “este relatório (publicado em formato de livreto) não tem o objetivo de alimentar a vaidade humana, mas foi a forma encontrada para externar meu agradecimento a todos os que confiaram em mim, desde o ato da eleição e trabalharam junto comigo, tornando possível tudo o que se fez”. Geraes de Minas | Novembro/2011 | 7
  • 8. Carta ao leitor Apresentação Unaí atravessa um momento excepcional e de alegria! O município de Unaí é o primeiro na produção agropecuária do Estado de Minas e, agora, segundo o IBGE, alcança o sexto maior PIB agropecuário do Brasil. Outro grande acontecimento do ano, tão significativo quanto à conquista dos produtores agropecuários, é, sem dúvida, a vinda da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri para o município. Mas nem tudo é somente alegria, há tristeza também; a cidade se entristeceu com a perda de um de seus filhos mais ilustres: o ex-prefeito Adélio Martins, que hoje faz parte da história municipal como um de seus melhores administradores. Estes assuntos são destaques nesta edição. A revista Geraes de Minas parabeniza todos os produtores, grandes e pequenos, que contribuíram para o resultado alcançado a nível nacional e deseja que continuem a produzir cada vez mais. No entanto, para agregar valor a essa produção, gerando ainda mais riqueza e empregos para a cidade, sabemos que falta a almejada agroindustriliazação para manufaturar os produtos que aqui são produzidos. Que a Universidade venha depressa. Por outro lado, desejamos à família do ex-prefeito Adélio Martins que Deus a conforte neste momento de dor. Diretor Geral: Danny Diogo T. Santana | Redação: Marcos Antônio Padilha, Mirella Piva | Direção de Arte: Danny Diogo T. Santana Fotos: Redação, Retrattos, Unaínet, Portal Unaí, Jornal Tribuna, Jornal Visão Regional Colaboradores: Adelaide Santos e Dias, Fernanda Eva Freitas da Silva, Fernando Antonio Campos Santos, Talyta Chayane Departamento Comercial: Isaak Gonçalves (38) 9808-8585, comercial.geraes@gmail.com | Venda de Exemplares: Fernanda (38) 3676-3882 Tiragem: 3 mil exemplares | Periodicidade: Bimestral | Distribuição: Dirigida e paga | Circulação: Noroeste de Minas Gerais Endereço para correspondência: Rua Celina Lisboa Frederico, nº 64, Sala 304, Centro, CEP 38.610-000, Unaí, MG E-mail: geraesdeminas@gmail.com | Telefone: (38) 3676-3882 As matérias assinadas, comercializadas e os artigos não refletem necessariamente a opinião da Revista GERAES DE MINAS 8 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas
  • 9. Panaroma | Política O prazo acabou Quem filiou, filiou. Quem não filiou, não filia mais. Esgotou-se o prazo para que os interessados em disputar as eleições municipais de 2012 filiassem ou mudassem de partido. O troco da troca O vereador Paulo Arara (foto) trocou o PSB, presidido pelo vereador Olimpio Antunes, pelo DEM do ex-prefeito José Braz. Com a troca de partidos, Paulo poderá perder o mandato, isso se o suplente imediato do PSB, Netinho do Mamoeiro, o requerer judicialmente. Debandada Quando o vereador Olímpio Antunes (foto) assumiu a presidência da comissão provisória do PSB de Unaí, a maioria dos filiados (possíveis candidatos a vereador)debandou para o PSL. Ao que parece, o PSB terá que se coligar com outros partidos, se quiser eleger vereador. Sem representante Previsão Em Unaí, as oposições são várias, de tendências diversas, que se opõem até entre si. Se este quadro permacer com oposição unaiense dividida e sem entendimento, possivelmente acontecerá algo novo nas Eleições 2012, pois surgirão vários candidatos a prefeito. Prontidão Corre a boca miúda que Dr. Joaquim e Cláudia Machado (fotos), ao se filiarem no PR, entraram de prontidão. Se Juca da Coagril decidir não ser candidato a vice de Branquinho, que tem o apoio incondicional do prefeito Antério Mânica, um dos dois será. Há quem aposte. O Partido Progressista (PP), presidido por Hélio Machado, perdeu sua representação na Câmara de Vereadores. O vereador Edmilton Andrade (foto) foi para o PSD, partido recém criado, por isso não corre o risco de perder o seu mandato. Candidatos a prefeito O processo político para escolha de candidatos a prefeito flui lentamente. Até o momento, além dos pré-candidatos já anunciados Branquinho (PSDB) e Romualdo Gonzaga (PMDB), mais dois nomes foram revelados: Padre Simonides do PT (foto direita) e Jeová Costa do PSOL (foto esquerda). Outros nomes são cogitados: o do ex-prefeito José Braz, o do deputado Delvito Alves, Valdivino, Humberto Adjuto dentre outros. Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 9
  • 10. Panaroma | Social Compromisso com a causa Eventos beneficentes realizados por clubes de serviços de Unaí fazem do exercício da filantropia um bem para a comunidade Churrascando Country O evento, que é realizado há 12 anos pelo Rotary Club Unaí Rio Preto com o apoio da Casa da Amizade Unaí Rio Preto, com a colaboração de outros clubes de serviço do município, contribui financeiramente, todo ano, com diversas entidades sociais da cidade. Este ano, não foi diferente. Cerca de 4 mil pessoas prestigiaram o evento e garantiram, mais uma vez, o sucesso da causa, com uma arrecadação de aproximadamente R$ 59 mil. 70% desta renda foi destinada para a Associação Natal Justino Costa; Comunidade Nossa Senhora da Aparecida; Abrigo Frei Anselmo; Cepasa; Comunidade Terapêutica Mente Aberta; Banco de Cadeiras de Rodas e Muletas de Unaí; Associação dos Portadores dos Doentes Renais do Noroeste de Minas, Associação Mão Amiga (foto) e a Casa da Amizade Unaí Rio Preto. O restante da arrecadação do evento (30%) servirá para o desenvolvimento das ações sociais do grupo durante o ano. Costelão à Moda Gaúcha A oitava edição do Costelão à Moda Gaúcha, promovido pelo Lions Clube de Unaí e realizado no Parque de Exposições, serviu em uma noite, cerca de 130 costelas bovinas (foto) que foram consumidas, durante a festa, por aproximadamente 2.600 convidados. O evento contou com música ao vivo e sorteio de uma moto O km. A renda foi doada para Anmecc, Apae, Abrigo Frei Anselmo e Mão Amiga e financiará as ações sociais promovidas pelo próprio clube de serviço, como o Banco de Cadeira de Rodas e o Enxoval de Bebê. Pequizada No começo de dezembro, mais um evento beneficente aconteceu em Unaí realizado pelo Rotary Club Unaí Centenário em parceria com outros clubes de serviços do município. A segunda edição da Pequizada ocorreu na sede do Rotary, com um almoço com receitas variadas preparadas com o fruto típico da região, o pequi (foto). A renda será revertida à população através de ações sociais desenvolvidas pelo clube. Coquetel beneficente As damas da Casa da Amizade Unaí Rio Preto foram responsáveis pela realização de uma noite com glamour e muito requinte para a sociedade unaiense. O 8º Coquetel Beneficente reuniu apresentações artísticas, culturais e um desfile (foto) com as tendências da moda, em outubro. O evento ocorreu no Espaço Kalahari, que teve seu ambiente decorado e iluminado e a renda revertida em ações e projetos sociais acompanhados pela entidade.
  • 11. Atração Natalina A Casa do Papai Noel é uma atração que evidencia o período natalino em Unaí Giro Social Novas Gerações Este é o nome do novo Rotary Club Unaí, o quarto na cidade. O Rotary Club Unaí Novas Gerações terá em média 30 membros, homens e mulheres. O indicado para assumir a primeira gestão na presidência do clube é Robson Fontana (foto), administrador de empresas e palestrante. 13 anos de fundação Residência do Bom Velhinho Mantida pelo Rotary Club Unaí e damas da Casa da Amizade Marlene Vieira Coelho e o Bom Velhinho, com a participação de voluntários, a casa do Bom Velhinho recebe visitantes em novo endereço durante a temporada natalina (de 02 à 22/12), na rua Natal Justino da Costa, 331, no Centro. Durante o período de visitação, o projeto é responsável por alimentar a esperança de centenas de crianças que escrevem cartas contendo diferentes pedidos de presentes ao Papai Noel. Estas cartas ficam disponíveis para adoção no local, onde os interessados podem retirá-las e fazer valer a esperanças dos pequeninos. Doações de brinquedos, materiais escolares, roupas e cestas básicas também são recebidas na residência do Papai Noel. O Rotary Clube Unaí Rio Preto completou 13 anos de prestação de serviço comunitário para a população unaiense. O clube de serviços é um dos maiores do Noroeste de Minas e realiza um dos maiores eventos filantrópicos da região, o Churrascando Country. A confraternização reuniu 10 dos 12 ex-presidentes (foto), além do atual, Antônio Carlos.
  • 12. Panaroma | Sociedade Felipé e Marcela com seus pais, José Gomes Branquinho e Neuzani Soares Branquinho e Valdemar Silva Nunes e Maria Dominga de Brito Nunes Felipe e Marcela Um dos grandes acontecimentos sociais aconteceu no dia 23 de setembro, na cidade mineira de Patrocínio; o casamento dos médicos Felipe e Marcela. O médico Felipe é filho do vice-prefeito de Unaí José Gomes Branquinho e de Neuzani Soares Branquinho e a médica Marcela é filha de Valdemar Silva Nunes e de Maria Dominga de Brito Nunes. Uma grande comitiva de Unaí, tendo à frente o prefeito de Unaí Antério Mânica e a primeira dama Benardete Mânica (foto) prestigiou o casal. Outra presença importante no evento foi a presença do deputado Bernardo Santana e sua esposa Adriana Bello Vicintin de Vasconcellos (foto). A sociedade da cidade de Patrocínio compareceu em peso, lotando o salão de festas do Rotary Clube, que lá estava para prestigiar a família Brito Nunes. Um festão. Parabéns aos noivos, extensivos às suas famílias. Os recém casados moram em Brasília/DF. Studio fotográfico Av. Governador Valadares, 1.063 - Centro - Unaí/MG | (38) 3676-5725
  • 13. Férias na Rússia Didito e Eliana Aleixo acabam de retornar de um belo passeio pela Rússia. Voltaram maravilhados com os encantos do país, principalmente os de Moscou, (Praça Vermelha, Teatro Bolshoi, Circo de Moscou e o Hotel Metropol, um dos locais que serviram de cenário para o filme Dr. Jivago (estrelado por Omar Sharif e Julie Chistie) e os da cidade de São Petersburgo, localizada às margens do rio Neva, na entrada do Golfo da Finlândia, no mar Báltico. Eliana Aleixo no Hotel Metropol, Moscou, Rússia Didito e Eliana Aleixo na Praça Vermelha, Moscou, Rússia Fernanda Freitas Fernanda, filha de José Maria da Silva e de Marlene Freitas, 19 anos, 1.70 de altura, técnica farmacêutica, universitária (letras/inglês), é colaboradora da revista Geraes Minas.
  • 14. Panaroma | Cultura Teatro Vale a pena refletir “Há campeões de tudo, inclusive de perda de campeonatos.” Carlos Drummond de Andrade Reestréia da Saga dos Zumbis Escrita por Régis Geraldo Neves, a peça teatral que é uma comédia, teve sua estréia em 1994 e reexibição em 2001. A reestréia aconteceu no final de outubro e só foi possível graças a uma parceria do Grupo 2 de Teatro e o Grupo Asas do Vento, que fizeram renascer o espetáculo juntando os atores que estrelaram a primeira versão com atores da nova geração do teatro unaiense. A direção da remontagem ficou por conta de Marinho e Robismar e foi assistida por cerca de oitocentos e cinqüenta pessoas na sua primeira exibição. Na Tapera dos Porcos Uma montagem teatral contemporânea e com uma linguagem direta focada nas drogas foi mais um espetáculo contracenado pelo Grupo Teatral Fênix em Unaí. A peça, escrita e dirigida por César Júnior e estreada na primeira quinzena de novembro, retrata a vida de dois irmãos vítimas de problemas familiares, que entram para tráfico de drogas e acabam mortos. A apresentação do grupo Fênix surpreendeu e emocionou quem assistiu a peça e o tema proposto serviu para que os jovens reflitam sobre o assunto. “O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O amoré grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.” Carlos Drummond de Andrade “Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.” Dalai Lama “Para que preocuparmo-nos com a morte? A vida tem tantos problemas que temos de resolver primeiro.” Confúcio “O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros.” Chico Xavier “Valoriza os amigos. Respeita os adversários.” Chico Xavier
  • 15. Panaroma | Educação Mais educação Meio Ambiente Menos burocracia Instituto Federal do Triângulo Mineiro Teve início os cursos técnicos de Logística, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho oferecidos pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM), unidade Unaí (vinculado ao campus de Paracatu). Os cursos são à distância, por meio de aulas telepresenciais (via satélite), com duração de dois anos. A demanda unaiense que fomenta qualificação profissional mostra necessário avançar ainda mais na área educacional, ampliando a gama de possibilidades para quem busca uma formação para o exigente mercado de trabalho. Já no primeiro processo seletivo pode-se observar esta demanda, que somou cerca de 1.000 candidatos aos cursos. Com isso, as vagas foram ampliadas passando de 120 para 240, divididas entre os três cursos, com duas salas de 40 alunos cada. As aulas tiveram início no final de setembro na unidade que está localizada na rua Natal Justino da Costa, 802 (antiga sede da Receita Federal e da Superintendência Regional de Ensino). Unidade Regional Integrada de Meio Ambiente em Unaí Foi inaugurada na primeira quinzena de novembro a Unidade Regional Integrada no Noroeste de Minas do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), que será responsável de prestar atendimento a 21 municípios da região. A unidade está localizada na rua Jovino Rodrigues Santana, 10, bairro Nova Divinéia e em suas dependências estão integrados a Superintendência Regional de Regularização Ambiental (Supram), o Núcleo Regional de Fiscalização Ambiental, o Escritório Regional de Florestas e Biodiversidade do IEF (Instituto Estadual de Florestas) e representação do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). Entre os serviços oferecidos, que estão integrados na unidade ambiental, estão: licenças, regularizações, autorizações e análises técnicas. PATRIMÔNIO Conserbrás adota Praça da Igreja Matriz Dentro do programa municipal “Abrace o Verde”, instituído pela lei 2.211/04, a Conserbrás, empresa responsável pela coleta do lixo e limpeza pública da cidade de Unaí, assinou o termo de adoção da praça presidente Vargas (praça da igreja matriz), centro de Unaí durante audiência com o prefeito Antério Mânica, no dia 3 de outubro. Segundo o diretor superintendente da Conserbrás, Walter Ferreira Soares, “a empresa assume a praça e, a partir de então, fará ajardinamento, conservação e manutenção do local e espera que as empresas da cidade também adotem outras praças e ajudem a cidade ficar mais bonita” Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 15
  • 16. Cultura Centenário de nascimento de Carlos Drummond de Andrade O poeta das sete faces N o dia dois de outubro, celebrou-se, em todo o país, o centenário de nascimento de Carlos Drummond de Andrade, um dos principais escritores brasileiros de todos os tempos. Este mineiro de Itabira do Mato Dentro a todos encanta, ainda hoje, com seus poemas, que retratam o cotidiano, por meio de sentimentos comuns, como o amor, a dor, a nostalgia, o medo. Os principais poemas de Drummond são: No meio do caminho, Sentimento do mundo, Confidência de itabirano, Congresso internacional do medo, Poema das sete faces, dentre outros. Quando se fala em literatura brasileira, Drummond é uma das principais referências. Segundo Consuelo Araújo, professora de Literatura Brasileira, não é possível estabelecer uma relação entre a literatura nacional sem mencionar o nome de Drummond, escritor que utilizava as palavras para contextualizar a realidade vivenciada pelo homem, de tempos em tempos, por meio de poesias, contos e crônicas. Ele é um dos principais representantes do Modernismo brasileiro, um movimento cultural surgido em meados do século XX, cuja repercussão se deu no campo artístico, principalmente, na literatura e nas artes plásticas. Tal movimento caracteriza-se por ser herança das vanguardas européias, ramificações dos movimentos artísticos e literários europeus como, por exemplo, o Cubismo (cujos principais fundadores são Pablo Picasso e Georges Braque) e do Futurismo (cujo principal fundador é Felippo Marinetti) que, por sua vez, objetivaram a abolição das regras até então vigentes e, sobretudo, a busca do novo. Drummond e o Modernismo A obra de Drummond é classificada de Modernista, movimento surgido no país a partir da década de 30, período considerado o divisor de águas da literatura brasileira: após a realização da Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo, a literatura verde-amarela transcendeu o radicalismo, sobretudo, em busca do conhecimento da linguagem, ou seja, a literatura nacional serviu de meio e, principalmente, abriu espaço para reflexões em torno do significado a respeito da figura do poeta, da importância do fazer poético e do que é a poesia, a pesquisa estética. Drummond é merecedor de todas as homenagens a ele prestadas, pois, segundo Consuelo, a constribuição de suas obras na literatura brasileira é incalculável devido à profusão delas aliada à simplicidade, leveza, sentimentalismo e a linguagem acessível imbuídas nos poemas deste grande escritor, um dos principais representantes da segunda fase do modernismo brasileiro, sobretudo, um grande nome da literatura brasileira no cenário mundial, cujas obras foram traduzidas para diversos idiomas. 1 6 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas As obras de Drummond fazem parte da vida de todos os brasileiros, independentemente de classe social e faixa etária, pois é considerado o poeta do povo, em virtude da linguagem acessível presente em sua literatura, herança modernista. Dentre as suas obras, destacam-se: Alguma Poesia (1930), Sentimento do Mundo (1940), A Rosa do Povo (1945), Claro Enigma (1951), Poemas (1959), Lição de Coisas (1962), Corpo (1984). Além das obras póstumas: Poesia Errante (1988), Poesia e Prosa (1992) e Fariseu (1996). Drummond possui uma característica peculiar: sua poesia enquadrase em todos os níveis temáticos. Ele é um poeta completo, em todos os sentidos. Por isso, deve-se homenagear, hoje e sempre, Drummond, um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos. *Colaborou: Consuelo Rocha Martins de Araújo, professora de Literatura e Redação no Colégio do Carmo e do curso de Pedagogia na Faculdade Inesc.
  • 17. Política Antônio Andrade garante universidade federal e mais qualidade de vida para Unaí O desenvolvimento de Unaí e a melhoria na qualidade de vida das famílias do município são prioridades no trabalho do deputado federal, presidente do PMDB de Minas Gerais, Antônio Andrade. “Tenho o compromisso de trabalhar para o povo de Unaí, que me apoiou nas três eleições como deputado estadual e nas duas como deputado federal. Defendo sempre o município, levando ações e recursos necessários para que Unaí se torne um lugar cada vez melhor para se viver”, diz o deputado. Uma das conquista mais importantes desses últimos anos foi o campus da Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). O anúncio da conquista foi feito pela presidente da República, Dilma Rousseff, dia 16 de agosto. Para tratar da implantação e construção do campus da universidade, dia 25 de outubro o deputado recebeu no seu gabinete, em Brasília, o reitor da UFVJM, Pedro Ângelo Almeida Abreu. “A UFVJM foi uma grande conquista, resultado de uma ação conjunta com outros companheiros como o deputado federal Reginaldo Lopes (PT) e o secretário Nacional de Ensino Superior do Ministério da Educação, Luiz Cláudio. A universidade consolida definitivamente o município como pólo educacional de ensino superior”, diz Antônio Andrade. Outra conquista recente para o município, foi o recurso no valor de 150 mil reais para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). O dinheiro, liberado dia 28 de setembro, será utilizado na aquisição de um micro-ônibus adaptado às necessidades dos alunos da Apae. “É motivo de muita alegria contribuir com a Apae de Unaí, entidade nobre que desenvolve um serviço de excelência e qualidade”, ressalta Antônio Andrade. Além desses dois grandes presentes para Unaí, Antônio Andrade destinou, de 2008 a 2011, cerca de um milhão e meio em recursos para o município. Entre as principais ações destacam-se: recursos no valor de 150 mil reais para Atenção Básica de Saúde e de 150 mil reais para Atenção Especializada Saúde; 250 mil reais, em parceria com o deputado estadual Delvito Alves, para aquisição de duas patrulhas mecanizadas sendo uma para a Associação PA São Miguel e outra para a Associação PA Paraíso. Antônio Andrade relembra outras ações importantes: “Conseguimos implantar diversas superintendências e gerências regionais, que proporcionaram autonomia a Unaí, progresso e independência, firmando, ainda mais, a condição do município como pólo regional. Dentre essas conquistas está a implantação da Superintendência Regional de Segurança Pública, que entre outros benefícios, contemplou Unaí com a instalação da banca examinadora permanente do Detran”. Na opinião do deputado, a Regional da Polícia Militar foi outro benefício: “Com a instalação da Regional, aumentou o efetivo de policiais militares que garantem a ordem pública de Unaí. E, ainda, na área de segurança pública, empenhei para a instalação da Unidade do Corpo de Bombeiros Militar”, ressalta. Já no setor da justiça, a contribuição do parlamentar foi para a criação da Vara da Justiça Federal. Para Antônio Andrade, a Regional de Saúde foi, sem dúvida, outra grande vitória não só para a cidade, mas para toda a região. “Com muito trabalho, também conseguimos transformar em ação o sonho da instalação do campus universitário da Unimontes”, acrescenta. A universidade consolida definitivamente o município como pólo educacional de ensino superior” Antônio Andrade, deputado federal e presidente do PMDB de Minas Gerais Os benefícios destinados por Antônio Andrade para Unaí não param. Este ano, o deputado indicou no Orçamento Geral da União de 2011 recursos para construção do prédio da Unimontes, para asfaltamento do trecho que liga a cidade à cooperativa dos Açougueiros, para implantação de infra-estrutura para Comunidade Terapêutica Mente Aberta, para aquisição de mais duas patrulhas mecanizadas. Atualmente, no Congresso Nacional, Antônio Andrade se empenha para que o Senado aprove o projeto que inclui o município na área de atuação do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), através de uma emenda sua ao PL 491/2007. “A emenda insere outros 22 municípios pertencentes à região Noroeste de Minas no FCO. O objetivo é o desenvolvimento sócioeconômico”, salienta. Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 17
  • 18. Cidades Morada Nova de Minas O cultivo de tilápias em tanques-rede cresce significativamente em Morada Nova de Minas, cidade localizada na região do lago de Três Marias, centro do Estado de Minas Gerais C om o surgimento da represa de Três Marias, o município de Morada Nova teve que reaprender suas vocações. A pesca surgiu como uma das alternativas, o que atraiu muito os pescadores de outras regiões devido à alta piscosidade na represa, porém, com o passar dos anos, a elevada produção de peixe, até então existente, foi reduzida, fato normal em lagos antigos, provocado pela diminuição de concentração de nutrientes, afetando, de forma significativa, a capacidade de produção pesqueira do lago. Preocupado com as dificuldades dos profissionais da pesca, devido à escassez do pescado, em julho de 2001, durante a 38ª Exposição Agropecuária de Morada Nova, o então prefeito daquela cidade, Dr. Agenor de Campos Santos, firmou convênio com a CODEVASF – Companhia de Desenvolvimento do Rio São Francisco – para a criação de tilápia em tanques-rede. A intenção era transformar o pescador artesanal em pequeno empreendedor com garantia de uma rentabilidade estável. No início de novembro do mesmo ano, Dr. Agenor, prefeito da cidade, colocava em prática o projeto piloto com a implantação de 20 tanques-rede fornecidos pela Codevasf para a criação de 50 mil peixes (tilápia do Nilo), pelo período de um ano. Estava 1 8 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas dado o pontapé inicial ao projeto coordenado pelos técnicos da Codevasf com o apoio da Prefeitura, Emater, Sindicato Rural e Associação dos Piscicultores de Morada Nova de Minas – Aspim -, logo criada, com 22 sócios. Depois disso, as administrações futuras – de Walter de Moura e Alexsander da Silva Rocha – deram continuidade e credibilidade a esta iniciativa, hoje bem sucedida. Atualmente os piscicultores estão organizados e buscam, por meio de cooperativas e associações, se desenvolverem na criação de tilápias e, para isto, contam com o apoio de entidades governamentais que os orientam quanto aos alevinos, estoques de peixes, qualidade da água, mão de obra, comercialização e avaliação do empreendimento. Em Morada Nova, como em outros criatórios de tilápias, prevalece a mão de obra familiar que, vez por outra, utiliza serviços temporários de terceiros. Os classificados de médio e grande porte, como cooperativas e associações, utilizam mão de obra contratada ou temporária, além do trabalho das famílias dos associados. Quanto à comercialização predomina o comércio direto com os consumidores; a venda no varejo para pesque-pague, restaurantes e, no atacado, para supermercados e indústrias. Os tanques-redes são encontrados em vários lugares no lago de Três Marias Em Morada Nova, como em outros criatórios de tilápias, prevalece a mão de obra familiar que, vez por outra, utiliza serviços temporários de terceiros”
  • 19. Colaboração: Adelaide Santos e Dias Para incentivar os produtores e divulgar a piscicultura da região, acontece no mês de outubro a Fepemor (Feira do Peixe de Morada Nova de Minas) quando, além de palestras, há exposição de produtos ligados diretamente à criação de tilápias” Hoje nada se perde do peixe; os piscicultores locais vendem o filé, parte mais nobre da tilápia e aproveitam as partes menos valorizadas do peixe para fazerem bolinhos, empada, pastel, medalhão, pizza, destinando a carcaça para fabricação de adubo e ração. O couro é utilizado em trabalho artesanal. A Cooperativa dos Piscicultores do Alto e Médio São Francisco Ltda. (Coopeixe) trabalha com o apoio da CODEVASF e da Prefeitura Municipal, organiza pescadores e produtores da agricultura familiar em Associações e busca, perante os órgãos públicos, melhorias para o setor, principalmente na aquisição de tanques-rede para montagem de pisciculturas. Hoje são várias Associações entre elas A Assim – Associação dos Piscicultores de Morada Nova de Minas; Cópia; Pescadores Profissionais do Indaiá (PPI); Associação de Campo Alegre, além de inúmeros produtores autônomos com destaque para Erotides, Darlan, Ademir, Gilson entre outros que, juntos, impulsionam a atividade no município. Em 2006, no governo de Walter Francisco de Moura, a prefeitura firmou convênio com a CODEVASF para a construção de uma Unidade de Beneficiamento de Pescados (UBP), para atender aos piscicultores, que devido a problemas técnicos só foi inaugurada na gestão de Alexsander da Silva Rocha, atual prefeito de Morada Nova. A UBP possui um caminhão frigorífico adquirido através de convênio firmado entre a Prefeitura, a Coopeixe e o Ministério da Pesca e Aquicultura, com o Consórcio dos Municípios do Lago de Três Marias (Comlago), equipado para venda do pescado beneficiado direto dos produtores aos consumidores, fornecendo um produto com qualidade e remunerando melhor o produtor. Para incentivar os produtores e divulgar a piscicultura da região, acontece no mês de outubro a Fepemor (Feira do Peixe de Morada Nova de Minas) quando, além de palestras, há exposição de produtos ligados diretamente à criação de tilápias. O festival gastronômico, inserido na programação da festa, divulga e valoriza a gastronomia local com pratos a base de peixe no cardápio dos estabelecimentos participantes, que proporcionam aos moradenses e muitos turistas, apreciarem as deliciosas receitas. Hoje a Feira do Peixe integra o calendário turístico da cidade. Morada Nova possui 30 pisciculturas, sendo uma cooperativa e duas associações, com 130 pessoas ligadas diretamente à atividade. A produção é de 140 toneladas de peixes por mês, aí incluída a produção dos piscicultores autônomos. Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 19
  • 20. Cidades Universidade federal em Unaí terá oito cursos A escolha dos cursos que serão implantados Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), campus Unaí, foi definida em audiência pública C om a presença do reitor Pedro Ângelo Almeida Abreu da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), do prefeito Antério Mânica, do vice-prefeito José Gomes Branquinho, do secretário municipal de educação Geraldo Magela da Cruz, de professores, estudantes, funcionários públicos e representantes da sociedade civil organizada, em uma audiência pública deferiram os cursos que serão implantados no campus da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) em Unaí. Foram escolhidos quatro cursos em ciências agrárias e medicina veterinária (agronomia, agroecologia, engenharia agrícola e medicina veterinária) e quatro em áreas da comunicação social (jornalismo, midialogia, publicidade e propaganda e ainda relações públicas). Segundo o reitor da UFVJM, Pedro Ângelo Almeida Abreu, a escolha dos cursos é resultado das audiências públicas realizadas em Unaí, com consultas a pessoas e lideranças locais, ressaltando que, apesar dos cursos relacionados à saúde serem bastante solicitados, o espaço de tempo era curto e os custos elevados para sua implantação. O início das atividades do futuro campus universitário de Unaí estão previstas Representantes da sociedade solicitaram cursos na área da Saúde para o ano de 2014, quando será necessária a contratação de 99 professores e 179 servidores técnico-administrativos de nível superior e intermediário, para atendimento inicial de 320 alunos (40 vagas por curso), o que, ao final de cinco anos de funcionamento, serão 1.600 alunos nos cursos diurnos e 1.440 nos cursos noturnos. A expectativa é que o local para o funcionamento do campus seja definido ainda este ano e o canteiro de obras do campus da UFVJM seja erguido no início do próximo ano O secretário Geraldo Cruz, o reitor Pedro Ângelo, o prefeito Antério Mânica e o vice Branquinho particiaparam da audiência pública para a escolha dos cursos 2 0 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas O início das atividades do futuro campus universitário de Unaí estão previstas para o ano de 2014”
  • 21. BDMG libera recurso para asfaltamento de ruas em Unai Além do acesso ao aeroporto, os bairros Riviera Park e Kamayurá serão asfaltados O vice-governador Alberto Pinto Coelho, o prefeito Antério Mânica, o governador Antônio Anastasia, o viceprefeito Branquinho e o deputado Bernardo Santana comemoram a assinatura do contrato do empréstimo O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BMDG) liberou recurso, na ordem de R$ 5 milhões, do Projeto Novo Somma Urbaniza, Programa de Modernização Institucional e Ampliação de Infraestrutura urbana no município de Unaí. A solenidade de assinatura ocorreu no Palácio Tiradentes. O recurso liberado para a Prefeitura será pago ao banco num prazo de 10 anos, com carência de dois anos contados a partir do dia 15 de setembro. Os R$ 5 milhões serão utilizados em obras de pavimentação e drenagem de vias nos bairros Riviera Park , incluindo a subida para o aeroporto, e Kamayurá. Além de Unaí, outros 37 municípios assinaram contrato em que o Governo de Minas autoriza o financiamento do Projeto Novo Somma Urbaniza do BDMG. Acompanharam o prefeito Antério ao ato de assinatura o vice-prefeito José Gomes Branquinho, o secretário municipal Eurípedes Santana (Comunicação Social) e o deputado federal Bernardo Santana. Participaram da solenidade no Palácio Tiradentes o vice-governador Alberto Pinto Coelho, os secretários de Estado Danilo de Castro (Governo), Maria Coeli Simões (Casa Civil e Relações Institucionais), Gil Pereira (Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas), além do presidente do BDMG, Matheus Cotta de Carvalho e do vice-presidente do BDMG, José Santana de Vasconcelos.
  • 22. Capa | Agropecuária PIB agropecuário de Unaí é o maior do estado e o sexto do país De acordo com o IBGE, o feijão e o leite são os produtos agropecuários que mais contribuíram para a soma das riquezas produzidas pelo setor no município O feijão e o leite fortaleceram a produção agropecuária unaiense e colaboraram para que o município alcançasse o sexto lugar entre os 100 melhores resultados do país no último levantamento do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária, realizado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE), a partir de dados de 2009. Unaí demonstrou sua capacidade produtiva dentro de Minas Gerais ao figurar no primeiro lugar da produção de grãos nas últimas duas safras e na segunda colocação da produção de leite (2010). Além de possuir a maior soma de riquezas relacionadas as atividades agrope- cuárias do estado, o município é destaque no cenário nacional do agronegócio pelo fato de ter totalizado em seu PIB agropecuário, R$ 512,3 milhões. Todo esse dinheiro é fruto da produção agropecuária que, segundo o IBGE, possui dois produtos elementares que colaboraram para o resultado: o feijão, cuja produção neste ano é representada com 48 mil hectares plantados e 120 mil toneladas produzidas, e o leite, representado com 340 mil bovinos e uma produção de 110 milhões de litros. O levantamento mostra os 100 municípios que mais contribuíram para o PIB em 2009. A classificação se somada representa R$ 26,4 bi- lhões. Entre os municípios que mais somaram riquezas produzidas no setor está Sorriso (MT), que sozinho movimenta R$ 791 milhões. Produtividade afiada Com o consumo em alta nos países desenvolvidos a produção agrícola tende aumentar, pois grande parte desses produtos é vendida como commodities no mercado internacional, ou seja, na bolsa de valores. Desta forma, Unaí mesmo sem um parque industrial, qualificado e diversificado, consegue competir entre os demais municípios brasileiros que mais produzem no país. De acordo com dado da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), Unaí é o maior produtor de soja do Estado, com uma área plantada de 110 mil hectares, obteve uma safra de 330 mil toneladas. A cidade também aparece em segundo lugar na produção de milho no esta- Na pecuária o destaque no município é a produção de leite com 110 milhões de litros em 2010 2 2 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas
  • 23. Locomotiva da Produção Racking do PIB agropecuário do Brasil (milhões) 1º Sorriso (MT) R$ 791,1 2º São Deusidério (BA) R$ 753,0 3º Petrolina (PE) R$ 658,7 4º Sapezal (MT) R$ 622,8 5º Campo Verde (MT) R$ 576,3 6º Unaí (MG) R$ 512,3 7º Nova Mutum (MT) R$ 512,2 8º Primavera do Leste (MT) R$ 509,7 9º Uberaba (MG) R$ 505,5 10º Campo Novo dos Parecis (MT) R$ 491,6 Fonte: IBGE Racking do PIB Agropecuário de Minas Gerais (milhões) 1º Unaí (Noroeste) R$ 512,3 2º Uberaba (Triângulo) R$ 505,5 3º Uberlândia (Triângulo) R$ 331,1 4º Patrocínio (Alto Paranaíba) R$ 319,6 R$ 291,6 5º Perdizes (Alto Paranaíba) 6º Sacramento (Alto Paranaíba) R$ 283,8 7º Paracatu (Noroeste R$ 232,1 8º R$ 225,4 Rio Paranaíba (Alto Paranaíba) R$ 217,1 10º A produção da soja está entre as atividades de maior importância para a geração de riqueza no município que, neste ano, representa 330 mil toneladas Araguari (Triângulo) 9º Coromandel (Alto Paranaíba) R$ 216,1 Fonte: IBGE do: “o município registrou na safra 2010/2011 um volume de 249 mil toneladas em lavouras espalhadas por 30 mil hectares”, detalha a Seapa. Outro produto também que teve grande representatividade dentro da agricultura unaiense foi o sorgo. Sua produção também é a maior do estado com 84 mil toneladas em 20 mil hectares plantados. A produção local corresponde a 23% da safra estadual. O Noroeste de mãos dadas Os números da produção de grãos no último relatório do IBGE sobre a safra de 2011 revelam que a região do Noroeste de Minas Gerais foi responsável por 25,4% da safra estadual, o que a proporciona uma produção de 2,7 milhões de toneladas de grãos. Um crescimento que representou um aumento de aproximadamente 14% na produção estadual em relação a 2010. Também foram divulgados os dez municípios que mais produzi- ram grãos no Estado mineiro. Unaí ganhou destaque em primeiro lugar com uma produção de 798 toneladas; Buritis vinha em terceiro, com 530 toneladas; e Paracatu em quarto, com 366 toneladas de grãos produzidas. Na pecuária, o levantamento relizado pelo IBGE no último ano revela Unaí como único município da região entre os dez maiores produtores de leite do estado. Sua produção é segunda do estado, totalizando 110 milhões de litros por ano, ficando atrás de Patos Minas, que produz 143 milhões de litros. Estes números representa o potencial da região noroestina. Junto à produtividade de um bem primário, ou seja, de um produto “in natura”, ainda no setor primário da cadeia produtiva, é necessário, para que haja agregação de valor sobre a produção agrícola, o beneficiamento desses produtos na própria região, viabilizando assim agroindustrialização e, conseqüentemente, a comercialização dessa produção regional. Racking dos maiores produtores de grãos de Minas Gerais (mil ton.) 1º Unaí (Noroeste) 798,5 2º Uberaba (Triângulo) 577,6 3º Buritis (Noroeste) 530,4 4º Paracatu (Noroeste) 366,5 5º Perdizes (Alto Paranaíba) 290,2 6º Sacramento (Alto Paranaíba) 288,7 7º Uberlândia (Triângulo) 283,5 246,8 8º Coromandel (Alto Paranaíba) 9º Guarda-Mor (Noroeste) 204,6 10º Nova Ponte (Alto Paranaíba) 193,7 Fonte: IBGE Racking dos maiores produtores de leite de Minas Gerais (milhões litros) 1º Patos de Minas (Triângulo) 2º Unaí (Noroeste) 143,0 110,0 3º Ibiá (Alto Paranaíba) 104,1 103,1 4º Patrocínio (Alto Paranaíba) 5º Coromandel (Alto Paranaíba) 99,0 6º Uberlândia (Triângulo) 95,1 7º Pompéu (Central) 83,3 8º Prata (Triângulo) 83,2 9º Perdizes (Alto Paranaíba) 78,6 10º Uberaba (Triângulo) 77,6 Fonte: IBGE Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 23
  • 24. Artigo | Meio Ambiente O novo Código Florestal: mitos e verdades por: DEPUTADO FEDERAL Bernardo Santana de Vasconcellos A atividade política não se restringe a dados frios, sem consistência. É muito mais. Em primeiro lugar, é a postura com que se coloca o político frente ao desafio de defender o bem comum e a moralidade administrativa e busca influir na formulação e na decisão, com firmeza de novos caminhos para o bem estar social, condicionados à defesa permanente dos interesses do País, das Unidades Federativas e dos Municípios, sob o signo da Justiça, sempre. A votação do Projeto de lei do Novo Código Florestal Brasileiro (PL 1876/99) pela Câmara dos Deputados, em maio, foi acompanhada com muita atenção por todos os segmentos da sociedade, como não poderia deixar de ser, dada a importância e complexidade do tema. O texto aprovado representa uma evolução, mesmo que não o perfeito, para todos os segmentos. Todavia, temos assistido – em manifestações tanto da mídia quanto de diversos representantes do Poder Público – o levantamento de questões que, em alguns momentos, alarmam segmentos produtivos e, em outros, os órgãos ambientais. O que nos preocupa, e nos deixa estarrecido, é o fato de que muitos dos argumentos expostos, sobretudo os que causam alarde, existem apenas nas referidas manifestações. Importante, portanto, separarmos os mitos das verdades. Mito: O texto aprovado na Câmara anistia desmatamentos ilegais e incentiva novos desmatamentos em áreas de APP (área de preservação permanente) e reserva legal. Verdade: Em nenhuma parte do texto existem dispositivos desta natureza. Sobre os desmatamentos, anteriores a 2008, que não atenderam a lei da sua época, o que o novo Código propõe é a regularização ambiental, ao invés de simplesmente se aplicar multas, muitas das quais sequer são vez no atual Governo), jamais poderia ser aplicada, simplesmente porque a real causa de todo a situação ora existente advém da insegurança jurídica resultante da mutilação do Código Florestal. Não se pode legislar sobre ocupação de solos rurais como se o Brasil estivesse iniciando hoje suas atividades - como se Pedro Álvares Cabral estivesse estacionando neste momento sua nau no litoral Brasileiro -, sem observar o histórico de ocupações levadas a cabo pelo incentivo e comandos dados pelas políticas públicas existentes nos últimos 511 anos. Frise-se: não existem incentivos a novos desmatamentos em área de APP. Estes são expressamente vedados e, excepcionalmente, serão possíveis somente em casos restritos de utilidade pública, mediante autorização do poder público. Portanto, absurda a tese de que o texto aprovado apenas na Câmara, e ainda não vigente, estimule novos desmatamentos, pois qualquer um que ocorra hoje estaria acontecendo sobre a vigência do Código Florestal atual, e não do novo projeto. “O que nosopreocupa, e nos deixa estarrecido, é fato de que muitos dos argumentos expostos, sobretudo os que causam alarde, existem apenas nas referidas manifestações ” revestidas em prol da recuperação ambiental. O não cumprimento dos compromissos firmados junto aos órgãos ambientais competentes retorna o empreendedor a situação de irregularidade e suas consequências. E o cumprimento destes compromissos resultará na aplicação dos valores devidos das multas já aplicadas em medidas necessárias à recuperação ambiental. É extremamente necessária a instituição deste pacto, porque a “criminalização ambiental” das áreas de reserva legal e APP consolidadas, criada via decreto editado em 2008 (suspenso duas vezes no Governo anterior e uma 2 4 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas Mito: O Brasil possui muitas terras disponíveis para a produção de alimentos, sendo desnecessária qualquer alteração no atual Código Florestal. Verdade: Segundo pesquisa reali-
  • 25. zada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA, em termos legais, o Brasil possui apenas 29% do seu território passível de ocupação agrossilvopastoril. Os 71% restantes enquadram-se, pela legislação atual, em áreas destinadas à reserva legal, APP, unidades de conservação e terras indígenas. A situação é realmente alarmante, mesmo o Brasil possuindo a segunda maior área de florestas do mundo, atrás apenas da Rússia. As florestas naturais ocupam aproximadamente 509 milhões de hectares, o que equivale a 59,9% do território brasileiro. A legislação ora vigente está diminuindo bruscamente as áreas disponíveis para produção, pela indisponibilidade de terras, elevando os custos para o setor, e até inviabilizando algumas atividades. Estamos transformando o Brasil em uma Suíça. E, infelizmente, não nos índices de qualidade de vida, mas em extensão territorial, apequenando o nosso País. Neste ponto, temos o atual Código Florestal, mutilado mediante usurpação do Poder Legislativo pelo Poder Executivo, por meio de decretos, resoluções, medidas provisórias e outros instrumentos, que inovaram no mundo jurídico e desrespeitaram os empreendimentos desenvolvidos dentro das leis de sua época. A nossa Constituição veda expressamente a possibilidade da lei nova retroagir, desrespeitando e prejudicando o ato jurídico perfeito. O texto aprovado na Câmara promove a indispensável segurança jurídica para o setor produtivo brasileiro, ao respeitar a ocupação antrópica consolidada do território brasileiro. Possibilita, ainda, o computo das áreas de preservação permanente para a constituição de reserva legal que, mesmo somadas, representam uma restrição administrativa que varia de 20% a 80% sobre o uso da propriedade. Trata-se de medida justa, pois o produtor rural não deve pagar sozinho uma conta que é de toda a coletividade. Não podemos esquecer que o maior problema ambiental brasileiro diz respeito à falta de saneamento, ao despejo de esgoto nos rios, que vem notadamente dos centros urbanos. Mito: A produção de alimentos sempre acompanha e atende a demanda global. Verdade: A Organização das Na- ções Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) alerta que a produção de alimentos terá que crescer 70% até 2050, para alimentar a população mundial, estimada em 9,2 bilhões de pessoas. E, embora a produção atual atenda, em tese, a demanda global, há atualmente quase 1 bilhão de pes- zados pela Fundação João Pinheiro. Agora, é preciso ter cuidado com interesses que ferem a soberania de nosso país e que visam diminuir a nossa competitividade, muitas vezes patrocinados por entes internacionais que em seus países não tem sequer vegetação nativa remanescente e, portanto, não tem autoridade moral para contestar o bem sucedido exemplo do Brasil. Querem os nossos bens e não o nosso bem. Isto está bem retratado no documento “Farms Here, Forest There” (disponível em nosso site www. bernardosantana.com.br), no qual especialistas americanos defendem rigorosamente “Fazendas aqui (nos EUA) e Florestas lá (no mundo tropical, especialmente no Brasil). Esse documento faz um estudo criterioso e pormenorizado sobre os setores agropecuário e florestal/madeireiro americanos, e o que estes setores perderiam na competição com países, como o Brasil, que estariam produzindo commodities agrícolas graças à destruição das florestas. E mais, o documento aponta qual seria o ganho para o mercado americano graças a políticas de reflorestamento desses países — com grande destaque para o Brasil. Portanto, há muito, a discussão ultrapassou o campo ideológico. Precisamos defender as minorias, mas não podemos colocar a maioria em risco de insegurança alimentar e recessão econômica. Somos todos brasileiros e precisamos lutar pela grandeza e unidade de nossa pátria. Não podemos deixar que Interesses externos patrocinem a inviabilização de nosso desenvolvimento. Precisamos lutar por nosso Estado de Minas Gerais, por nossos municípios, por Unaí. Por isso, e fazendo valer meu compromisso com todos aqueles que me confiaram o seu voto, lutarei com afinco e determinação pelo novo Código Florestal. nossos bens e não “Querem osestá bem retratadoono nosso bem. Isto documento “Farms Here, Forest There”, no qual especialistas americanos defendem rigorosamente “Fazendas aqui (nos EUA) e Florestas lá (no mundo tropical, especialmente no Brasil) soas famintas no mundo, visto a falta de alimentos decorrentes dos preços elevados, da má distribuição de renda no mundo e desperdício pelos países desenvolvidos. Não há como ignorar que a pior degradação ambiental é a miséria e a fome. Felizmente, um dos segmentos em que o Brasil é realmente competitivo é o agronegócio. O nosso município de Unaí é exemplo disso: é o maior produtor nacional de feijão, ocupa a oitava posição entre os maiores produtores de sorgo e a 10ª em produção de milho. Sem contar com o perfil tecnológico da produção agrícola de Unaí, comparável aos melhores do mundo, permitindo que o município se destaque com o maior PIB agropecuário de Minas Gerais, segundo estudos reali- ” Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 25
  • 26. Educação Colégio Rio Preto F undado meses após do Golpe Militar de 1964, no dia 21 de abril, o antigo Colégio Rio Preto, fincava em Unaí suas pilastras para dar início a uma trajetória de 35 anos de existência voltada à capacitação educacional de alunos de toda a região do Noroeste de Minas. Pelas salas do colégio passaram cerca de 40 mil alunos. Localizado no centro de Unaí, onde hoje está instalado o Objetivo, o colégio Rio Preto, desde sua fundação chamou à atenção da sociedade devido ao grande número de alunos que se interessavam pelos serviços oferecidos pela escola. Isto se comprova quando se certifica nos arquivos do colégio que iniciou suas atividades com todas as turmas (séries) formadas e cada turma tinha cerca de 50 alunos. A história do Colégio O colégio Rio Preto começou suas atividades depois que um grupo de professores que trabalhava em outra escola particular do município – colégio do Carmo – foram demitidos. Com a demissão, os professores se viram em uma situação complicada, o desemprego. Juntos, com interesse educacional, os professores viram a oportunidade de fundar um colégio. E foi o que aconteceu, o colégio Rio Preto é resultado de uma ação coletiva que buscou resistir às intempéries impostas pela situação da época. Segundo um dos fundadores do colégio Rio Preto e também professor, Milton Medeiros, em entrevista a GERAES DE MINAS, o motivo central das demissões se deu por causa de um “esquema administrativo”. “Era porque em Unaí sempre viveu um bipartidarismo (PSD e UDN) e, atualmente, PMDB e PSDB. Mas naquela época, ainda era assim. Então, a turma que fundou o colégio Rio Preto eram pessoas que militavam na UDN e o Colégio do Carmo, onde nós trabalhávamos, eram do PSD”, explica Medeiros. 35 anos de ensinamentos que ficaram para “a vida” Em seus primeiros dias de funcionamento, ainda sem sede, as aulas foram lecionadas no Grupo Escolar Domingos Pinto Brochado e depois na Congregação Mariana. Por fim, instalou-se definitivamente onde hoje funciona colégio Objetivo, com infra-estrutura composta por: 32 salas de aulas, uma biblioteca com mais de 10 mil exemplares de volumes, dois laboratórios sendo um de ciências Físicas e outro Biológicas, três quadras de esporte, uma piscina e “caixas de areia” para a prática de esportes e salto em distância. O colégio Rio Preto em seu momento de grande áurea profissional chegou a fazer o papel que, atualmente, fazem as faculdades. Segundo Medeiros, os municípios vizinhos (como Arinos, Buritis, Uruana, entre outros) atualmente enviam seus habitantes para estudar nas faculdades do município, o mesmo fazia quando o colégio oferecia cursos profissionalizantes em Magistério e Técnico em Contabilidade.
  • 27. Non scholae sed vitae dicimos”: Trata-se de “ensinar para a vida, não para a escola” Alunos do Colégio Rio Preto durante desfile de 7 de setembro Medeiros lembra que com o golpe militar em 1964, houve um atrofiamento do ensino superior, onde praticamente nenhuma faculdade ou universidade foi aberta no país. Mas em 1994, com já o então presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, as faculdades voltaram a ser reintroduzidas no Brasil. “A Revolução Redentora de março não permitiu – durante o período entre 1964 a 1993 – abertura de cursos universitários no Brasil. Tanto é que a Factu (Faculdade de Ciências e Tecnologia de Unaí) foi criada dentro do colégio Rio Preto”, complementa o professor. O fim das aulas Hoje trabalhando na Prefeitura Municipal de Unaí, Milton Medeiros afirma que o colégio Rio Preto teve um final “dramático”. Como já foi salientado, o país não permitia a abertura de novas universidades, sendo assim a capacitação da mão de obra brasileira se via definhada. Com isto, os cursos técnicos eram os responsáveis por formar a maioria dos profissionais. Mas com a chegada da chamada “pós-modernidade”, era das redes virtuais, mundo cibernético, as faculdades voltaram à tona e, com uma força arrasadora, ultrapassaram os cursos técnicos com relação à preferência dos alunos que buscavam por uma formação. “O profissionalizante (ensino) na época estava sobrecarregando o mercado. As professoras não tinham campo para trabalhar, contabilistas também não tinham. Então, no momento era prestar vestibular. E para prestar vestibular era melhor fazer o científico porque dava mais base do que o Magistério”, lembra Medeiros. Socialização Pode ser que o final do colégio Rio Preto tenha chegado no último dia 20 de dezembro de 1998, dia quando houve a última aula no colégio, mas com certeza seus ensinamentos, garante Medeiros, ficaram para “a vida”. Entre os 40 mil alunos que se formaram no colégio alguns conseguiram suas autonomias, tanto profissional quanto pessoal. Exemplo é o ex-aluno, Marcos Regis de Souza, mais conhecido como Marquinho, que hoje é dono de uma drogaria em Unaí e que também se formou no colégio Rio Preto. Hoje, além de empresário, Marquinho trabalha e contribui com ações filantrópicas dentro do município. Outro aluno que se destacou durante a existência do colégio foi ex-aluno e hoje empresário Clodoaldo, mais conhecido Foi com este lema, durante 35 anos, que os ensinamentos do colégio Rio Preto, em Unaí, eram conduzidos e fizeram parte da formação de cerca de 40 mil alunos, entre 1964 e 1998 como Baiano. Ele, durante os anos de 1983, 84 e 85 foi um dos alunos que possuía as melhores notas. Alunos como Alino Coelho, que atualmente ocupa o cargo de Secretário de Obras de Unaí, e o também atual vereador Adriano Adjuto, mais conhecido como “Zé da Estrada”, destacaram sendo uma das melhores duplas futebolísticas da época. Pelo colégio também passaram mulheres como Sebastiana de Sousa Coimbra, conhecida por Tanika, que além de se formar no colégio no 2º grau profissionalizante em Contabilidade no ano de 1972, ela também lecionou no colégio as disciplinas de Contabilidade e Técnicas comerciais. Também por 25 anos prestou serviços contábeis para o colégio. “Tenho muitas saudades. Ali éramos uma família. E como professora, foi uma experiência muito boa, na qual, pude passar a outras pessoas aquilo que eu sabia. Por isto, ainda acredito que tem que se divir o que se sabe, o conhecimento”, afirma. Os arquivos do colégio Rio Preto estão disponíveis para consulta na Factu (Faculdade de Ciências e Tecnologia de Unaí) Endereço: Rua Eduardo Rodrigues Barbosa, 180 B. Cachoeira - Unaí MG. Telefone: (38) 3676-6222
  • 28. Cidadania Fiação e Tecelagem de Unaí resgata tecelagem artesanal Sede da Fiação e Tecelagem Artesantal de Unaí, um dos Pontos de Cultura em Minas Gerais A Fiação e Tecelagem Artesanal de Unaí, fundada em 05 de junho de 1999, objetiva o desenvolvimento de atividades culturais como, por exemplo, o resgate da técnica da tecelagem artesanal. Trata-se de um dos projetos de maior relevância desenvolvidos pela Associação Beneficente Natal Justino da Costa, fundada em 03 de abril de 1990, de caráter beneficente, educacional e de assistência social, sem fins lucrativos. O surgimento da associação resultou na formalização do trabalho desenvolvido pelo Centro Espírita Cristianismo Redivivo, fundado em 1966. A idealização da Fiação e Tecelagem Artesanal de Unaí surgiu de Luciana Navarro, atual Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Cidadania de Unaí (Semdesc), após residir por um período de oito anos na zona rural, fato que permitiu o contato dela com a tecelagem, por meio do trabalho realizado pelas vizinhas, possuidoras de teares e cul- 2 8 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas tivadoras de algodão, que, por sua vez, davam continuidade à tradição cultuada pelas mulheres das famílias da região. A partir de então, Luciana adquiriu um tear e começou a plantar o algodão marrom, para dar início à sua produção. O projeto ganhou vida com o apoio do então embaixador do Brasil na Inglaterra, Paulo Tarso Flecha de Lima, que adquiriu algumas peças produzidas pelas tecelãs para presentear amigos, gostou e, depois, fez uma encomenda numerosa. Um recurso, obtido pelo embaixador junto ao Banco Mundial, por meio do Serviço Voluntário de Assistência Social (SERVAS), deu origem à Fiação e Tecelagem Artesanal de Unaí. Para a fundadora, além do resgate cultural, “o trabalho desenvolvido pela Tecelagem de Unaí gera renda, profissionaliza mão de obra e contribui para o desenvolvimento do município”, observa Luciana. A primeira encomenda vultosa recebida
  • 29. O espaço físico da Tecelagem conta com salas de oficinas e de exposição de produtos o trabalho desenvolvido pela Tecelagem de Unaí gera renda, profissionaliza mão de obra e contribui para o desenvolvimento do município” Luciana Navarro, fundadora da Fiação e Tecelagem Artesanal de Unaí pela associação foram 80 mantas destinadas ao Itamaraty, para um evento de nível internacional, onde foram presenteados membros de vários países. Para esta encomenda, foi necessário inserir nos produtos etiquetas trilíngues: em inglês, espanhol e português. A Tecelagem de Unaí, hoje, comercializa produtos para o Grupo Pão de Açúcar, o projeto Caras do Brasil, além de participar de exposições de artesanato Brasil afora. Em 2009, a Tecelagem foi eleita um Ponto de Cultura, que é uma das ações do Programa Mais Cultura do Ministério da Cultura Luciana Navarro entrega a ex-primeiradama Marisa Letícia Lula da Silva produtos da Tecelagem de Unaí. Luciana foi quem idealizou a criação da Fiação e Tecelagem de Unaí em parceria com a Secretaria de Cultura de Minas Gerais. Com isto, receberá apoio financeiro durante três anos para desenvolver ações de divulgação, estrutura e difusão cultural, como cursos profissionalizantes e oficinas de teatro. Ao todo, serão investidos R$ 180 mil no período. A inauguração do Ponto de Cultura foi realizada no dia 11 de junho do corrente ano. “O projeto é uma fonte principal de renda para muitas mulheres que não tinham tal oportunidade, também há inserção de pessoas portadoras de necessidades especiais no mercado de trabalho, como, por exemplo, surdos-mudos, além da reinserção de expresidiários, que foram acolhidos pelo projeto. E, sobretudo, o resgate dessa cultura da fiação e dos teares, tão propagadas no passado, que quase foram extintas pela modernidade”, explica Luciana Navarro. Os produtos lá fabricados são uma boa opção para quem deseja presentear, além, é claro, de contribuírem para o resgate da cultura local, em especial a cultura da fiação e dos teares. Os produtos da Tecelegem podem ser encontratos na exposição permanente da fábriga, localizada na rua da Serra, nº 411 - Bairro Sagarana, em Unaí. Mais informações pelo telefone: (38) 3676-6632 ou pelo site: www.tecelagemunai.com.br Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 29
  • 31. O Como os jesuítas, quando o pastor Davi chegou em Unaí, não havia luz elétrica, água encanada e nem rede esgoto. Mas foram, particularmente, essas necessidades que fizeram com que Davi considerasse desde muito cedo, o povo de Unaí como “seu povo” historiador Caio Prado Junior, em seu livro Formação do Brasil Contemporâneo, obra prima entre os intelectuais acadêmicos, afirma que o “povoamento” das regiões brasileiras, inclusive as regiões interioranas do país, se deu por meio de dois fatores que seriam o “bandeirantismo” e os “consumidores de carne” que fizeram com que o homem fosse adentro o sertão em busca de pastagem para seu rebanho. Foram basicamente, segundo o historiador, esses dois fatores que contribuíram para que o Brasil fosse, em seus primeiros anos de colonização, sendo povoado. Essa ocupação do território brasileiro sempre foi vista como fator estratégico, porque do outro lado, o continente estava sendo povoado pelos Espanhóis, portanto, tinha-se que a melhor maneira de se defender e assegurar o território, é povoá-lo, e isto, aconteceu. Ao sul os bandeirantes, a procura de ouro e Índio, ao Norte os jesuítas. E são esses, os jesuítas, os membros da ordem católica fundada em 1540, cujo no Brasil teve um papel fundamental dentro do processo de civilização da sociedade brasileira, que remeto neste texto, para apresentar o pastorDavi. Se pastor Davi tivesse vivido no período colonial com certeza teria sido um jesuíta missionário; sem dúvida, teria se embrenhado – como muitos fizeram – pela floresta amazônica em busca da catequização de índios e na defesa da palavra de Deus, diante de tantas atrocidades que na época eram cometidas pelos colonizadores, como principalmente, o uso do trabalho escravo. Causas da comparação Pastor Davi chegou à Unaí por volta dos anos 60. Antes, ele já tinha vivido em Natalândia, cidade na qual chegou depois de sair do Instituto Bíblico Eduardo Lane (Ibel), na cidade de Patrocínio. Quando chegou em Unaí, o desenvolvimento social ainda era bastante tardio. “O que tinha em fartura era pernilongo. Algumas coisas essenciais para uma pessoa viver, não existiam. Mas aguentamos as dificuldades, porque o povo daqui nos recebeu de braços abertos, como se fôssemos da família”, lembra Davi. As dificuldades nunca foram bloqueio para o pastor, muito pelo contrário, foram sim estimulante para suas atividades e crenças. Exemplo, foi sua contribuição para a construção diversos templos religiosos em Unaí e na região; como a formação de um mutirão que resultou na abertura de 40 km de estrada entre as cidades de Unaí e Natalândia. A esposa e companheira do pastor Davi em suas andanças pelo país, é Marcília. “Fui vocacionada ainda criança e desde que começamos nessa carreira compartilho tudo com ele. Se Davi tivesse ido para o meio dos índios, eu o teria acompanhado”, afirma Marcília. Hoje aos 71 anos de idade ela diz que apesar de todas as dificuldades, sempre o apoiou e nunca desistiu, pois, “entende o chamado de Deus”. Tanto que quando Marcília chegou em Natalândia, junto ela trouxe sua irmã Lina Maria. Em um determinado dia, quando faziam um piquenique, Lina Maria morreu afogada. “Eu fiquei sozinha com a meninada toda, muito triste, parecia que era para nós desistirmos. Mas Deus nos deu força. Tinha um passarinho, chamado urutau, que quando cantava, parecia a voz da minha irmã, gritando no meio do mato”, conta Marcília. Depois desse fato, Márcia e Davi se mudaram para Unaí. O resultado de uma prática Casado e pai de dois filhos, pastor Davi tinha 17 anos quando percebeu sua vocação, ou seja, a voz que vinha do coração que dizia que ele deveria pregar o evangelho. E foi também um chamado que o livrou, em certa ocasião quando ele desceu em uma cisterna para saber o motivo pelo qual ela tinha parado de fornecer água, de morrer. De acordo com o pastor, quando ele estava lá em baixo verificando a cisterna ele ouviu: “Davi, Davi, Davi, sai depressa”. O pastor lembra que, assim que ele saiu, de repente, ouvi-se um estrondo, e “a cisterna arriou de uma vez”. Este acontecimento fez com que Davi entendesse o livramento de Deus e que ele tinha um propósito em sua vida. Mas mesmo entendendo o chamado de Deus, Davi diz que não foi do dia para noite que ele conseguiu ser pastor. “Eu fiquei esperando uns 11 anos, até que deu certo. Então, estudei e fiz o curso teológico”, explica. Como os jesuítas, quando o pastor Davi chegou em Unaí, segundo ele conta, não havia luz elétrica, água encanada e nem rede esgoto. Mas foram, particularmente, essas necessidades que fizeram com que Davi considerasse desde muito cedo, o povo de Unaí como “seu povo”. “Nunca pensei em mudar de Unaí. Aqui foi meu primeiro campo e fiz de tudo para a igreja e a cidade crescerem. Isso me trouxe um enorme amor por Unaí, pelo povo e pela igreja”, afirma o pastor. Hoje, com seus 77 anos de idade, já jubilado, depois de ter dedicado 44 anos de sua vida exclusivamente à causa de religiosa, na Igreja Presbiteriana, pastor Davi conta que se sente realizado com a profissão e, ao olhar para trás, vê quanto foi útil no que tange à evangelização. Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 31
  • 32. Personalidade Coronel Luciano: uma trajetória de vitórias Depois de trinta anos de serviços prestados à Polícia Militar de Minas Gerais, aposentadoria encerra carreira do Comandante da 16ª RPM G eraldo Donizete Luciano é natural de Bom Despacho (MG). Nascido em 1964, é o caçula de uma família de 10 filhos. Tornou-se órfão de pai aos 13 anos, quando, à época, teve de trabalhar durante o dia, primeiramente, em uma loja de calçados; depois, integrou a equipe de um escritório de contabilidade, para ajudar nas despesas familiares. Dedicava-se aos estudos no período noturno. Aos 18 anos, ingressou no Curso de Oficiais, em Belo Horizonte, tornandose um Oficial, na turbulenta e instável década perdida, como era intitulada a década de 80. Segundo Luciano, a sua vinda à Unaí ocorreu em abril de 1989; à época ocupou o posto de Tenente, juntamente com o então Coronel Geraldo Antônio de Oliveira e mais trinta policiais, que se tornaram responsáveis pela segurança pública do município. Em 1992, Luciano, promovido a Capitão, mudou-se para Patos de Minas (MG), para ser Assessor de Comunicação Social do Batalhão daquela cidade. Três anos depois, ingressou no curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, retornando à Unaí no ano seguinte com a missão de instalar o Batalhão na cidade. O coronel quis aprimorar-se ainda mais. Ingressa na faculdade de direito ambiental e retorna à cidade de Patos de Minas, onde 3 2 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas atuou na Companhia Ambiental. Em 2005, Luciano é promovido ao posto de Tenente Coronel e assume o comando do 28º Batalhão de Unaí, quando, simultaneamente, participa do curso superior de polícia em Brasília (DF), promovido pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Classificado em primeiro lugar, recebe a medalha de Caxias. Coronel Luciano também foi homenageado com a medalha Alferes Tiradentes, concedida pelo Governo Estadual. O trabalho desenvolvido pelo coronel Luciano foi a humanização do policial, para que este profissional atuasse baseado nos princípios e diretrizes dos Direitos Humanos, valorizando o policial militar. Ele possui uma bela família: é casado com Maria Aparecida e pai de três filhos: Débora, Omar e Pedro. Luciano é também Professor de Direito Constitucional e de Direito Ambiental. Em setembro do corrente ano, Coronel Luciano concluiu a sua trajetória militar, após trinta anos de trabalho, de luta, de aprendizado, de suor, de lágrimas e de dedicação à instituição que, segundo ele, foi responsável pela sua formação ética, moral e profissional. Um Coronel que aprendeu a amar, a revolucionar e humanizar a sua profissão e, consequentemente, conquistar o respeito, a admiração e a gratidão da sociedade mineira, principalmente a dos unaienses. O trabalho desenvolvido pelo coronel Luciano foi a humanização do policial, para que este profissional atuasse baseado nos princípios e diretrizes dos Direitos Humanos, valorizando o policial militar”
  • 33. Dama de Sociedade Ouro Neuzani Branquinho Culta, elegante, bem sucedida, Neuzani é uma educadora conceituada e destaque na sociedade unaiense A “ professora Neuzani das Graças Soares Branquinho, filha de Burnival Lourenço Soares e de Maria Vitória Soares, nasceu em 1960, natural de Santa Rosa da Serra (MG), região do Alto Paranaíba. Para Neuzani tudo começou muito cedo. Seu primeiro emprego veio aos 13 anos de idade. Aos 14 anos, Neuzani namorava José Gomes Branquinho e, no ano seguinte, o casal noivou e contraiu matrimônio. Aprendeu a costurar com sua mãe e, aos 10 anos, confeccionou o primeiro vestido, um hobby que cultua ao longo da vida. Neuzani, graduada em pedagogia, lecionou nas escolas Domingos Pinto, Tancredo Neves e na Teófilo Martins quando, por indicação dos colegas de trabalho, foi eleita e reeleita diretora, cargo que exerceu de 1992 até 1996. Graduou em Didática do Ensino Superior pela Católica de Brasília (UCB) e se especializou em Ciências da Religião, pela Federal de Uberlândia (UFU) e em Gestão de Pessoas pelo INESC. Ela coordenou os cursos na Unimontes (campus Unaí) de 2002 a 2003 e lecionou nas unidades de Unaí e Paracatu. Atualmente, Neuzani atua como Diretora Educacional da Superintendência de Ensino de Unaí ” Em 2005, Neuzani assumiu a Secretaria de Educação, no governo de Antério Mânica, quando desenvolveu um excelente trabalho, inclusive com a criação do programa “Educação de Jovens e Adultos” (EJA). Após deixar a Secretaria de Educação, Neuzani voltou a lecionar quando, paralelamente, fez mestrado no Departamento de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB). Idealizou e presidiu a Associação dos Profissionais da Educação do Noroeste Mineiro (Aprenom), com o objetivo de promover o desenvolvimento da classe e viabilizar cursos de licenciatura em Unaí. Os primeiros cursos da Unimontes abertos à população são frutos do convênio firmado com a Aprenom. Recentemente foi aprovada no processo seletivo de Certificação Ocupacional da Superintendência de Ensino, com a maior titulação do Estado de Minas Gerais. Atualmente, Neuzani atua como Diretora Educacional da Superintendência de Ensino de Unaí. Neuzani está casada há 35 anos com José Gomes Branquinho que lhe rendeu três filhos: André, 34 anos, casado com Rhose; Adriano, 33 anos, casado com Daniele e Felipe, 28 anos, casado com Marcela. Tem três netos: Pedro Henrique, 14 anos; Lucas, 11 anos e Miguel, 3 anos, que são considerados o orgulho da família, segundo ela. Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 33
  • 34. Ensaio fotográfico: Rosimare Martins de Melo - Retrattos Beleza Brenda Lorrany 3 4 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas
  • 35. O nosso destaque beleza desta edição é Brenda Lorrany, Rainha da Exposição Agropecuária de Unaí. Essa linda garota de 16 anos, de 1,74, com 60 kg, é chamada pelos amigos e familiares de Barbie. Gosta da cor rosa, de orquídeas e o seu prato favorito é o yakissoba. Para ela, “ser uma pessoa feliz é ter uma família unida e realização de nossos sonhos”. Brenda é filha de Aparecido Alves Viturino e de Gasparina dos Reis Amaral Alves
  • 36. Curiosidades Aeronave projetada pela UFMG é construída em Unaí Q ualquer pessoa, em especial os mineiros, que são interessados pela ciência e pela tecnologia, tem conhecimento de que em Minas Gerais a prática é contínua, e também abrupta de se dedicar ao desenvolvimento desses ramos. O professor Cláudio Pinto de Barros, criador do curso de engenharia aeronáutica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e integrante do Centro de Estudos Aeronáuticos (CEA), quem o diga. Ele é um exemplo sobre como colocar suas invenções em prática. Pai de 12 projetos, sendo a maioria voltados para a construção de aeronaves leves, o professor além de construir, ensinava. “Em 2000, após defender sua tese e obter seu título de doutor em engenharia mecânica, o Prof. Cláudio Barros iniciou os trabalho para converter sua tese em um livro sobre projeto de aeronaves leves. Tendo sempre em mente a preocupação com o caráter didático”, afirma a UFMG em documento coletado no site da instituição. Claudio Barros faleceu este ano. Conforme o professor de Robótica Aérea da UFMG, Paulo Iscold, expressou no dia do falecimento do professor, a universidade perde e também os alunos, porque Cláudio Barros tinha o gosto pela prática do ensinar. E por ser aviador, Iscold despede do amigo dizendo: “suba com asas como águia, porque você sempre esperou no Senhor! O CEA hoje chora a sua ida, mas vamos continuar tocando isto aqui e honrando seu nome! Voaremos cada vez mais alto, cada vez mais longe, e cada vez mais veloz!”. Entre outros prêmios, o professor Cláudio de Barros foi Campeão Brasileiro de Vôo e Vela com o planador CB.2 Minuano e também conquistou duas Bienais Brasileiras de Design com o motoplanador CB.7 Vesper e o Ultraleve CB.9 Curumim. Sua última invenção foi o CB.10 Triathlon. 3 6 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas A propagação da invenção Em Unaí, o aviador e mecânico de avião, Paulo Roberto Modesto está dando vida à última criação do professor Cláudio Barros. Se ele estivesse vivo para ver sua idéia proliferar pelo país, certamente se impressionaria ao constatar os trabalhos do mecânico Paulo. Criado sobre os bancos dos aviões, pois seu primeiro vôo aconteceu quando ela tinha 10 anos, Paulo Roberto afirma que o CB.10 é um dos modelos mais interessantes que ele já montou. O aviador falou com a reportagem da REVISTA GERAES DE MINAS no local onde está construindo a aeronave, na antiga Serraria do Sadô, bairro Jacilândia. Paulo Roberto mora atualmente em um apartamento no Centro da cidade de Unaí. Todos os dias o mecânico tem uma obrigação de montar cuidadosamente um avião biplace, monoplano, ou seja, com uma asa de cada lado fazendo a sustentação, para que em breve, o avião já possa fazer seu primeiro vôo.
  • 37. Por ter baixo custo de fabricação e capacidade para dois tripulantes, o modelo CB.10 Triathlon já voa pelo céu do Brasil Trabalho minucioso A prática de montar, seja um quebra-cabeça ou um complexo avião, consiste em uma “ciência” nata à poucos seres humanos: a paciência. Sem paciência jamais, nem Paulo ou muito menos Santos Dumont (inventor e aviador brasileiro) nunca teriam conseguido concluir suas façanhas. Ao chegar no hangar, logo se percebe o ambiente tranquilo em que Paulo trabalha. Sem rádio ou qualquer outro meio de comunicação (além de um pequeno aparelho celular), o mecânico fica minutos olhando para uma peça, até se levantar e começar a fazer apertos em parafusos, que ficam na parte interna do avião. “Todo cuidado que se deve ter na montagem resultará em um bom ou ruim avião”, garante o mecânico. Todo cuidado é pouco na hora de montar, mesmo estando com o projeto em mãos. Segundo Paulo, qualquer desnivelamento provocado por alguma falha, como a falta de precisão na envergadura das asas, podem ser imprescindíveis a um possível desastre. “É como uma mesa, se tiver alguma coisa desnivelada, fora do eixo, do padrão, pode ocasionar em acidentes fatais”, afirma. Mas o CB.10 que Paulo está montando já foi comprovado pelo professor Cláudio Barros, quando afirmou que teve “uma enorme alegria, ao voar pela primeira vez no primeiro protótipo do CEA-307-CB.10-Triathlon, no dia 28 de fevereiro de 2005”. O CB.10 que Paulo está montando é para um empresário de Unaí que, segundo o mecânico, pretende usá-lo para fins particulares. “Esses aviões são muito usados para viagens e serviços de fotografias áreas”, observa Paulo. Conheça o CEA 307 CB.10 Triathlon Construção em série Para se fabricar um avião como o CB.10 o interessado deverá desembolsar em média, segundo Paulo, cerca de R$ 150 mil. Na internet, em um site especializado, a venda do mesmo avião sai a R$ 70 mil, mas sem o motor. Por ser um avião de fácil montagem, sua fabricação pode ser conforme o gosto do usuário. Com espaço para duas pessoas, o modelo chega a uma velocidade de 290 km/h. Seu motor, tendo 115HP de potência, pode ser o Rotox 914, Lycoming O-235 ou o Jabiru 3300. Em Monte Alto, município paulista, a empresa Skyflyers Aviação Aerodesportiva, cujo propósito é montar aeronaves Ultraleves (aeronaves de baixas velocidades, capacidade de carregamento, potência, peso e custo), começou a produzir o CB.10 depois de se informar das características do avião como o seu baixo custo de fabricação e sua capacidade para dois tripulantes. Em 2001 a empresa fez o primeiro vôo com um de seus aviões fabricados, sendo hoje uma das principais reprodutora do modelo CB.10 do inventor Cláudio Barros, junto, é claro, com unaienses e amadores de todo o mundo, como Paulo Roberto, que em breve deve fazer seu primeiro vôo sobre as invenções do professor mineiro. DADOS TÉCNICOS Envergadura 7,5 m Comprimento 6,27 m Área Alar 8,66 m² Alongamento 6,41 Peso Vazio 360 kgf Peso Total 610 kgf Carga Alar 70 kgf/m² Velocidade de Cruzeiro 290 km/h Velocidade de Estol 83 km/h Razão de Dubida 9 m/s Dist. Decolagem 200 m Dist. Pouso 155 m Geraes de Minas | Dezembro/2011 | 37
  • 38. Saúde Vacinação infantil Imunização imediata D e acordo com o calendário oficial do Programa Nacional de Imunizações (PNI), toda criança brasileira deve, por direito, ser imunizado contra dez tipos de infecções, incluindo também as chamadas “séries de reforços” das vacinas. Por ser um direito garantido ao cidadão, todas as vacinas podem ser tomadas gratuitamente em postos de saúde ou durante as campanhas de vacinação que acontecem todos os anos em território nacional. Nem bem chega a chorar devido o contato com um mundo real, o recém nascido já é vacinado contra a hepatite B. Também em seguida, vacina-se contra a tuberculose (a famosa BCG). Na primeira vacinação, o responsável receberá pela criança receberá uma carteirinha de imunização que deverá guardada para ser apresentada em todas às consultas de rotina no pediatra. Após um mês do nascimento, ou seja, 30 dias, o recém nascido deve ser vacinado outra vez contra a hepatite B. E, em seguida, ao completar dois meses de idade, a criança deve tomar a primeira dose da vacina tetravalente (DTP Hib), que previne contra difteria, tétano, coqueluche e outras infecções. Nessa idade toma também a primeira dose da vacina contra a poliomielite (a paralisia infantil), conhecida pelo seu famoso boneco propaganda, o Zé Gotinha. A dose contra a rotavírus (VORH), também em gotinhas, que previne contra diarréias, deve ser aplicada durante os dois meses de vida. O bebê toma ainda a primeira dose da vacina pneumocócica 10-valente, contra dez tipos da bactéria, causadora de diversas infecções, principalmente da meningite. Aos três meses Se pensar que em 1904, no Rio de Janeiro, aconteceu a Revolta da Vacina, onde a população se mostrou contrária à vacinação contra a varíola. Hoje devi- A vacinação infantil garante imunização gratuita dez tipos de doenças do a existência de complexas bactérias, é impensável a defesa contra a imunização das pessoas. O desenvolvimento científico proporciona uma maior condição de vida para as pessoas. A vacinação contra o meningococo C, uma das principais causadora da meningite, é resultado desse desenvolvimento, que possibilita ao recém nascido aos três meses de idade já se prevenir. Depois com quatro meses o bebê receberá a segunda dose das seguintes vacinas: tetravalente (DTP Hib, contra difteria, tétano, coqueluche e infecções provocadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b), pólio (VOP), rotavírus (VORH) e pneumocócica conjugada 10-valente. E aos cinco meses de idade aplica-se a vacina contra meningocócica C conjugada. De seis meses a um ano 3 8 | Dezembro/2011 | Geraes de Minas Aos seis meses, completa-se a série de 3 doses das vacinas iniciadas aos 2 meses: tetravalente (DTP Hib), contra difteria, tétano, coqueluche e hemófilos tipo B, mais pólio (VOP). Também já é o momento da terceira dose da vacina contra a hepatite B. Nessa época acontece a terceira dose da vacina penumocócica conjugada 10-valente, segundo o PNI. E ao completar doses meses, um ano de vida, a criança brasileira é vacinada contra a rubéola, o sarampo e a caxumba, com uma dose que corresponde a tríplice viral (SRC), além de receber uma dose de reforço da meningocócica C conjugada. Após uma ano e três meses o brasileiro ou a brasileira, já quase pronto para ganhar a vida com seus primeiros passos, recebem as chamadas doses de reforços da DTP (difteria, tétano e coqueluche), da poliomielite e da pneumocócica. Siga os passos e não deixe de levar seu filho ao pediatra regularmente.