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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E FISIOTERAPIA
Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica
PARFOR
GERLAN DA SILVA DIAS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Atividade física voltada para pessoas com deficiência
JUTAÍ
2014
GERLAN DA SILVA DIAS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Atividade física voltada para pessoas com deficiência
JUTAÍ
2014
Relatório final de Estágio Supervisionado do curso
de licenciatura em Educação Física da Faculdade de
Educação Física e Fisioterapia, da Universidade
Federal do Amazonas - UFAM, sob a orientação da
Professora MSc. Lionela da Silva Corrêa. O Estágio
foi realizado na escola “Escola Municipal Presidente
Tancredo Neves”
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................................3
1.1 Objetivo Geral ...................................................................................................................................4
1.2Objetivos Específicos...........................................................................................................................5
2.2.1 OBSERVAÇÃO ..............................................................................................................................8
2.2.2 CO-REGÊNCIA/REGÊNCIA.............................................................................................................8
INTRODUÇÃO
O presente relatório tem por finalidade relatar de forma clara todo o meu percurso no
estágio fazendo um diagnostico minucioso da escola e relatando as atividades desenvolvidas
neste percurso, sabendo que o estagio é parte de suma importância no aprendizado de um
acadêmico em qualquer curso tendo esse direito previsto por lei para obtenção da graduação e
poder atuar na sua área, com o curso de Educação física não e diferente o acadêmico passa por
três estágios sendo o primeiro só de observação que consistiu em assistir as aulas do professor de
Educação Física da instituição concedente. Durante as atividades de observação, o estagiário tem
que coletar registrar e analisar as informações das turmas que acompanhou e deve descrevê-las.
Fazendo uma analise crítica da mesma, o segundo estagio e o co-regência que o estagiário atua
em parte da aula e o último e mais importante estagio e a regência onde o acadêmico assume uma
sala de aula por todo período do mesmo. O estágio é a chance que o acadêmico tem de colocar
em prática tudo que aprendeu durante o curso visando o aprimoramento profissional e a
contextualização curricular objetivando desenvolver o acadêmico para a vida cidadã e o mercado
de trabalho. Neste período depois de ter passado pelos os estágios de observação e co-regência eu
assumi uma turma do 4º ano do Ensino Fundamental I de Educação física onde foi trabalhado a
psicomotricidade de forma mais lúdica com alunos com deficiência. O estagio na escola era
sempre acompanhado pela professora orientadora do curso que fazia a observação do estagio em
campo, corrigia os planos de aula na hora e fazia o feedbeek sob a atuação do acadêmico naquele
dia, e sempre passando mais conhecimento sobre o que podia ser desenvolvido nas próximas
aulas.
1. OBJETIVOS DO ESTÁGIO
1.1 Objetivo Geral
Estabelecer-se com espaço da práxis, ou seja, da relação da teoria e prática, possibilitando
a formação de profissionais que tenham como objeto de estudo o movimento humano,
possibilitando a sua intervenção nos diversos campos da Educação Física, visando à formação de
cidadãos conscientes em direção à construção da “cidadania como patrimônio civil”. Bem como
estabelecer-se como espaço de reflexão, questionamento e da reelaboração das concepções
relativas à Educação Física nos diversos campos de atuação, através da leitura de textos, das
discussões e da elaboração do relatório de estágio.
1.2 Objetivos Específicos
• Propiciar que o discente identifique os caminhos realizados até a sua escolha profissional;
• Realizar a observação, em situações de aula/sessões, de um profissional de Educação
Física, nos diferentes campos de intervenção;
• Registrar as observações realizadas, refletindo sobre a atuação do profissional observado;
• Analisar os registros realizados, buscando fundamentação em teorias que a sustentem e
complementem;
• Discutir as análises realizadas, socializando suas experiências visando a construção
coletiva do conhecimento.
• Construir seu diário de campo, realizando a observação participante das aulas ministradas
em co-atuação com o professor supervisor da unidade concedente e registrando esta
observação em fichas organizadas pelos alunos conforme o trabalho desenvolvido.
• Analisar e fundamentar as ações realizadas, utilizando-se de referencias teóricos relativos
à área de atuação, o diário de campo construído, buscando soluções aos problemas
surgidos.
• Ministrar aulas sob a supervisão do professor da unidade concedente, realizando a
observação e a análise de seu desempenho no processo.
• Construir seu diário de campo, realizando a observação participante das aulas ministradas
sob supervisão do professor da unidade concedente e registrando esta observação em
fichas organizadas pelos alunos orientadas pelo professor supervisor da Faculdade de
Educação Física e Fisioterapia – FEFF da UFAM.
2. DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO
2.1 Sobre a escola
O presente Diagnóstico refere-se à Escola Municipal Presidente Tancredo Neves, que
recebeu este nome em homenagem ao Presidente do Brasil eleito na época. Presidente Tancredo
de Almeida Neves, que veio a falecer logo após assumir o mandato de Presidente da República.
A referida escola está situada à Rua Santa Maria, no
139, do bairro de São José, zona leste da
cidade de Jutaí. Foi construída em 13 de março de 1982 com recursos públicos municipais
provenientes da Prefeitura Municipal de Jutaí na gestão do Prefeito Municipal Sr. Francisco
Chagas Souza de Moura.
O estabelecimento escolar funcionou oficialmente legalizado pelo Decreto Municipal a
partir da Lei nº 003 de 23 de agosto de 1993, dando a ela uma estabilidade constitucional e
proporcionando aos moradores do bairro de São José a garantia de tê-la uma escola municipal
formalizado em Lei. A mesma passou por varias direção, sendo a atual gestora a Professara Naira
Ribeiro Santa Luzia.
O prédio da escola é construído em piso de alvenaria e suas paredes são de tabua de
madeira de lei, coberto de telha de alumínio, possui forro, a mesma possui 08 salas de aulas, 01
secretaria, 01 cozinha, 01 almoxarifado, 03 banheiros, e passou por uma reforma geral recente e
foi construída mais 03 (três) salas em outro prédio ao lado onde estar instalado o laboratório de
informática do Projeto Federal Proinfo. A mesma é composta 03 (três) prédios separados por um
pátio coberto entre o prédio I e II.
A área onde a escola está situada mede 45 m de largura por 36 m de comprimento, a mesma
faz limites com os seguintes: ao sul terra particular da Srª. Márcia e ao norte com a rua travessa
Santa Maria e fica próxima da Igreja católica Santa Maria. De acordo com as orientações dos
PCN’s, a Escola Municipal Presidente Tancredo Neves não possui um espaço físico adequado
para construir uma área de lazer e recreação aos alunos.
O corpo docente da escola para o ano letivo de 2014 é composto de 27 professores sendo
no período matutino 18 professores e no período vespertino 09 professores e 01 pedagogo. A
demanda do corpo discente da escola para 2014 é de 518 alunos, distribuídos na educação infantil
e series inicial, a mesma dispõem de 17 funcionários distribuídos nos turnos: 07 matutino, 08,
vespertino e 02 noturno.
Os processos educativos são muito complexos, e não se definem por uma única variável,
pois o âmbito educacional se faz repleto de condicionantes. Neste sentido, a prática pedagógica
se configura na interação de todos os elementos que nela intervêm (ZABALA, 1998).
2.2 Atividades desenvolvidas
Toda atividade por natureza desafia, encanta, traz movimento, barulho e certa alegria para
o espaço no qual se encontra. O jogar pode ser visto como uma das bases sobre a qual se
desenvolve o espírito construtivo, a imaginação, a capacidade de sistematizar e abstrair e a
capacidade de interagir socialmente. Uma questão importante é o aspecto lúdico para a criança,
sendo extremamente relevante para seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e cultural e levar a
criança a perceber a alegria e a descontração que os jogos e brincadeiras proporcionam.
Nestas atividades o objetivo era trabalhar o cognitivo, o desenvolvimento psicomotor e
sócio-afetivo na criança através dos jogos lúdicos. 1ª Atividade: O gato e o rato e os
procedimentos: A crianças forma uma roda de mão dada. O professor escolhe duas crianças que
farão o papel de gato e rato, as outras são as portas o gato fica do lado fora e corre para pega o
rato, pegando o rato muda de duplas. 2ª Atividade: Quadro mágico e os procedimentos: Serão
formadas duas equipes de trio, onde os alunos ficarão em oposição. Inicia o jogo a equipe que
ganhar o par ou ímpar. Cada trio terá três bolas. Se a equipe pontuar, continua jogando. Se não
pontuar, passa a vez para outra equipe procedendo igualmente na jogada. Ganha a partida a
equipe que obtiver maior pontuação no tempo determinado. Regra: se a bola cair no quadro do
sinal de mais ( + ), a equipe ganha cinco ( 5 ) pontos. Se a bola cair no quadro do sinal de
menos( - ), a equipe perde cinco ( 5 ) pontos. No caso em que o trio não tenha pontuado e a bola
cair no sinal negativo, não será alterado a sua pontuação negativa. 3ª Atividade: Quem é o
mestre? E os Procedimentos: Os alunos ficarão em circulo e o professor escolherá um aluno que
irá adivinhar quem é o mestre, este ficará pelo lado do círculo, dando um sinal, o mesmo voltará e
tentará adivinhar quer está fazendo os gestos. Adivinhando será feito a substituição. 4ª
Atividade: corrida passando no bambolê e os procedimentos era formarem dois grupos. Para
iniciar o jogo, o dirigente da brincadeira dará um sinal e o primeiro aluno de cada fila deverá
colocar o bambolê pela cabeça e tirando-o pelos pés e imediatamente entregá-lo ao seguinte
participante que também fará o mesmo. O último aluno da fila depois de ter atravessado o
bambolê, deve correr até o limite designado para deixar o aro, voltando imediatamente para o seu
lugar. Vence quem o fizer em menos tempo. 5ª Atividade: golfe adaptado e os procedimentos: O
esporte pode ser jogado individualmente ou em grupos de dois a quatro jogadores, enquanto uma
equipe executa suas jogadas as demais permanecem em silêncio, observando a jogada da equipe
adversária, ganha quem colocar o maior numero de bolas nos buracos. 6ª Atividade: Balão
surpresa e os procedimentos foram organizam-se os alunos em circulo, em seguida o primeiro
balão circula entre os alunos enquanto se canta uma determinada música, sendo a mesma
interrompida quem estiver com o balão será o escolhido para estourar o balão e encontrará uma
surpresa. Procedendo igualmente com os demais balões.
2.2.1 OBSERVAÇÃO
No dia 08/04/2014, pela manhã foi apresentado à carta de apresentação de estágio junto à
direção da escola, onde a mesma deu como recebido. E comentou algumas dificuldades
encontradas sobre as turmas com alunos deficientes. Após, feito isso, deu-se início a observação
do prédio da escola, onde a mesma não oferece nenhuma estrutura física para atender alunos com
deficiência. Já pela parte da tarde, observou-se o comportamento de alunos com deficiência nas
turmas.
No dia 09/04/2014, pela manhã começo a observação de alunos com deficiência na turma
como trinta do 2º ano “A” da professora titular Janeide Alves paulino, onde foi encontrada a
síndrome de down, em um dos alunos, toda atenção é voltada para este, porque o mesmo não
consegui acompanha nas atividades desenvolvida pela professora. Já no turno vespertino
observou-se a turma do 3º ano “C” da professora titular Terezinha Chaves da Silva, e dos 28
alunos um é deficiente mental, o mesmo tem dificuldade em assimilar os conteúdos em sala de
aula e qualquer situação problema ele não que mais participar das atividades. A professora, agir
de maneira minuciosa para conquista o mesmo para fazer suas tarefas.
2.2.2 CO-REGÊNCIA/REGÊNCIA
Meu estagio de co-regência teve inicio pela manhã do dia 10/04/2014 com 04h e terminou
pela tarde do mesmo dia com mais 04h, totalizando 08 h, e foi realizado na Escola Municipal
Presidente Tancredo Neves, sob a supervisão da Professora MSc. Lionela da Silva Corrêa, de
segunda à sexta, no período matutino das 07:00h às 11:00h, e no período vespertino das 13:00h
às 17:00h.
O desenvolvimento das atividades do professor titular tinha como finalidade ampliar o
repertório motor dos alunos através de atividades variadas, que eram passadas de forma a
trabalhar os movimentos num modo progressista, ou seja, o professor embasava certos
movimentos numa aula, que seriam usados numa atividade seguinte, exemplo; era dada uma
atividade ou brincadeira onde o foco era arremessar, na sequência uma atividade de queimada.
Além disso, tinham também interfaces com outras disciplinas. As atividades propostas para o dia
eram sempre planejadas com antecedência e coerentes com o plano de ensino, o professor variar
as atividades, buscando repeti-lás o mínimo possível no decorrer das aulas tornando assim as
aulas mais interessantes.
Já no dia 11/04/2014, pela manhã iniciei a minha regência com a turma do 4º ano “A”
com alunos na faixa etária de 10 a 12 anos de idade e dos 23 alunos um deles tinha uma
deficiência física no pé, mas isso na era um empecilho para o mesmo porque ele participava das
aulas sem nenhum problema. Elaborei meu plano de acordo com o ambiente que tinha observado
durante a minha observação. E escolhe uma atividade bem simples, onde todos pudessem
participar com entusiasmo e foi isso que aconteceu todos gostaram muito de como eu conduzi as
atividades planejadas, foi um sucesso. Pela tarde executei outro plano de aula com atividade
parecida com as da manhã e o resultado foi idêntico os alunos fizeram a mesma coisa todos
demonstraram interesse e participações em quero fazem as atividades dependendo, ou, não da
situação do ambiente. Essa turma do 3º ano “C”, na faixa etária de 09 a 11 anos de idade e tinha
31 alunos e desses 03 eram deficiente, mas os mesmos não mediram esforço em participar das
atividades e assim foi a minha contribuição no processo ensino e aprendizagem dos alunos com
deficiência na minha regência como educador físico.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A sociedade atual vem discutindo muito a respeito da Inclusão no contexto escolar. As
várias discussões são em torno das possibilidades e desafios para a concretização da Inclusão e é
imprescindível que haja por parte da sociedade a concepção de que a verdadeira Inclusão deve,
necessariamente, permitir o princípio da igualdade de direito. Segundo Sassaki (1997) apud
Cidade e Freitas (2002, p. 26):
A inclusão é um processo que exige transformações,
pequenas e grandes nos ambientes físicos e na mentalidade
de todas as pessoas, inclusive da própria pessoa com
necessidades especiais, com o objetivo de se alcançar uma
sociedade que não só aceite e valorize as diferenças
individuais humanas, por meio da compreensão e da
cooperação.
Já para Mantoan (2003), apud Junqueira e Bacciotto (2004, p.1), “A inclusão é a
modificação da sociedade, sendo ela adaptada para receber as pessoas com deficiência”. Para a
autora, não basta somente a preparação do ambiente escolar para a inclusão dos alunos, ou seja,
os alunos se adaptarem para serem incluídos na escola, é preciso também que a escola mude para
receber os alunos.
Ainda conforme a autora, as Escolas Inclusivas propõem um modo de organização do
Sistema Educacional que considera as necessidades de todos os alunos. Percebe-se nessa
concepção que a Inclusão deve causar uma mudança de perspectiva educacional, haja vista que
não se limita a ajudar tão somente os alunos que apresentam dificuldade na escola, mas esse
apoio deve ser extensivo a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para que todos
obtenham de fato, o sucesso na corrente educativa.
Dessa forma, a Inclusão passa a ser vista como um Sistema que estabelece a inserção do
aluno com deficiência a um grupo de outros alunos que não foram anteriormente excluídos.
Assim a meta da inclusão é, desde o início, não deixar ninguém de fora do sistema escolar, o
qual, necessariamente terá que se adaptar às particularidades de todos os alunos para que
realmente haja a Inclusão.
Nesse contexto, os recursos físicos e materiais para a concretização de um processo
escolar devem ceder espaço para o desenvolvimento de procedimentos atitudinais na escola
exigindo novas formas de relacionamento pessoal e social de maneira de que seja possível
efetivar os processos de ensino e aprendizagem
Dentro dessa perspectiva, a formação de todos os envolvidos na Inclusão é condição
indispensável para o sucesso da proposta, aliado evidentemente à assistência às famílias para que
haja de fato uma sustentação aos que estão diretamente implicados com as mudanças. A
preparação do professor na sua formação inicial muitas das vezes é falha, pois, há um choque do
que foi aprendido pelo professor, na teoria, e sua aplicação na prática, já que os futuros
professores esperam que, em seus cursos de formação, lhes ensinem receitas prontas de como
trabalharem na sala de aula.
Segundo Mantoan (2003, p. 43) “Todos os níveis de cursos de formação de professores
devem sofrer modificações nos seus currículos, de modo que os futuros professores aprendam
práticas de ensino adequadas ás diferenças”. Outra questão importante é a participação ativa dos
familiares, já que na maioria das vezes os próprios pais representam obstáculos devido à
superproteção ou até mesmo a negação da deficiência, sendo que os mesmos são a peça-chave
para que a Inclusão alcance seus objetivos no processo de ensino e aprendizagem. Para Mantoan
(2003, p. 53);
Os pais podem ser nossos grandes aliados na reconstrução
da nova escola brasileira. Eles são uma força estimuladora e
reivindicadora dessa tão almejada recriação da escola,
exigindo o melhor para seus filhos, com ou sem deficiência,
e não se contentando com projetos e programas que
continuem batendo nas mesmas teclas e maquinando o que
sempre existiu.
A garantia à educação e ao acesso à escola sem descriminação é uma questão de direito,
dada pela Constituição Federal (1988) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei n
9394/96), para o qual as escolas e os professores devem estar preparados para desenvolver de
forma altamente especializada o atendimento a pessoas com deficiência, respeitando as
necessidades especiais de forma individualizada.
Mesmo diante dessa garantia, sabemos que as escolas do Ensino Regular ainda não estão
preparadas para receber alunos com deficiências, partindo da falta de preparo dos professores,
que não se sentem capacitados para desenvolver o trabalho de Inclusão e até mesmos a própria
sociedade, onde os colegas de sala não aceitam esse processo de interação entre os alunos,
refletindo na não aceitação dos alunos com deficiência, expondo na maioria das vezes esses
indivíduos como motivo de chacotas.
A Educação Física Adaptada é uma área de conhecimento da Educação Física que tem
como idéia principal incluir as pessoas com deficiência em um conjunto de atividade, jogos,
esportes e exercícios. Pois, muitas vezes, esses indivíduos são excluídos devido a suas condições.
Segundo Duarte e Werner (1995), apud Cidade e Freitas (2002, p. 27):
A Educação Física Adaptada é uma área da educação física
que tem como objeto de estudo a motricidade humana para
as pessoas com necessidades educacionais especiais,
adequando metodologias de ensino para o atendimento ás
características de cada aluno com deficiência, respeitando
suas diferenças individuais.
Para o autor, o processo de ensino aprendizagem deve ser adequado às características
individuais de cada pessoa com deficiência. Já para Martins (1995), apud Filus e Martins Junior
(2004, p.79), refere que a “Educação Física Adaptada é um campo emergente da educação física,
onde o professor deve ser paciente, observador e criativo”. O autor destaca a importância do
professor, pois, para lidar com esses indivíduos, as dificuldades são sempre maiores.
A Educação Física esbarra em históricas dificuldades, onde são selecionados os mais
aptos e os melhores para sua prática, sendo que os demais alunos, aqueles considerados anormais
ficam de fora. Dessa forma o surgimento da Educação Física Adaptada vem contribuindo para
minimizar esta visão da disciplina, fazendo com que as escolas repensem sobre as necessidades
dos alunos com deficiência. Conforme Pedrinelli (1994) apud Costa e Sousa (2004, p. 29):
A Educação Física Adaptada surgiu na década de 1950 e foi
definida pela American Associanton, como um programa
diversificado de atividades desenvolvimentistas, jogos e
ritmos a interesses, capacidades e limitações de estudantes
com deficiência que não podem se engajar com participação
irrestrita, segura e bem-sucedida em atividades vigorosas de
um programa de Educação Física Geral.
Dessa forma, cabe aos professores de Educação Física que trabalham com as pessoas com
deficiência ou não, terem conhecimentos básicos relativos ao seu aluno, bem como competência
para organizar os ambientes que permitem a execução das tarefas, conforme o aluno for se
adaptando às aulas, o nível vai aumentando. O professor tem que respeitar a individualidade dos
alunos sabendo explorar seus potenciais.
Para Bueno e Rose (1995), apud Cidade e Freitas (2002, p.27), “A Educação Física
Adaptada para pessoas com deficiência não se diferencia da Educação Física em seus conteúdos,
mas compreende técnicas, métodos e formas de organização que podem ser aplicados ao
individuo deficiente”. Para a autora, o professor precisa ter planejamento que vise atender às
necessidades de seus alunos, combinando procedimentos para romper as barreiras da
aprendizagem; é preciso que o professor seja criativo, adaptando as aulas de acordo com nível de
deficiência do seu aluno. Nas palavras de Cidade e Freitas (2002, p. 30):
Não existe nenhum método ideal ou perfeito da Educação
Física que se aplique no processo de inclusão, porque o
professor sabe e pode combinar inúmeros procedimentos
para remover as barreiras e promover a aprendizagem dos
seus alunos.
O professor que trabalha com a Educação Física Adaptada na escola, muitas vezes
encontra desafios em desenvolver Programas de Atividades Físicas para alunos com deficiência,
estes desafios estão diretamente ligados por uma formação inicial deficiente, já que no Brasil só a
partir da década de 80 começaram a ocorrer estudos sobre pessoas com deficiência e possíveis
intervenções nos cursos de Educação Física, por meio de disciplinas específicas, como a
Educação Física Especial e a Educação Física Adaptada.
Segundo Cidade e Freitas (2002, p. 27) “A Educação Física Adaptada surgiu oficialmente
nos cursos de Graduação através da resolução 03/87 do Conselho Federal de Educação, prevendo
a atuação do professor de Educação Física junto às pessoas com deficiência e outras necessidades
especiais”.
Portanto, muitos dos professores de educação física que atuavam nas escolas antes da
década de 80, não tiveram durante o processo de formação inicial matérias ou assuntos
relacionados à Educação Física Adaptada. Atualmente quase todos os cursos de Educação Física
disponibilizam nas grades curriculares conteúdos relacionados à Educação Física Adaptada e à
Inclusão, mas isso não certifica que os professores, ao saírem da instituição de ensino, estejam
prontos para desenvolver atividades junto com as pessoas com deficiência.
A formação dos professores de Educação Física para lidar com alunos com deficiência é
de extrema importância, mas não basta somente uma boa formação inicial, e sim mudanças em
toda a esfera educacional, pois nem todas as escolas estão prontas para acolher o aluno com
deficiência. Todos estes problemas, sejam na formação dos profissionais ou no ambiente
educacional, vêm tornando-se fundamental no momento em que a inclusão é um assunto
importante no âmbito escolar.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo sobre Educação Física Adaptada é um grande desafio para mim, como professor
de educação física no trabalho com alunos com deficiência na Escola Municipal Presidente
Tancredo Neves, isso permitiu identificar que uma grande parte dos professores não teve em sua
formação inicial disciplinas voltadas da aprendizagem dos alunos ou referente à Inclusão e a
capacitação profissional surgiu como uma forma de preencher a formação inicial insuficiente. Foi
possível verificar que os professores não enfrentam dificuldades em relação aos recursos
materiais e físicos para desenvolverem trabalhos junto aos alunos, pois a escola fornece uma
ampla variedade de disciplinas que permitem o trabalho adequado dos profissionais. Foi
demonstrado que a participação dos familiares dos alunos com deficiência é uma realidade
encontrada pelos professores, a colaboração familiar é de extrema importância já que a família é
a peça chave para que a inclusão alcance seus objetivos no processo de ensino e aprendizagem.
Observou-se que os maiores desafios citados pelos professores estão relacionados ao
planejamento das aulas, heterogeneidade da turma, comunicação, processo de aprendizagem e
tempo da aula, todos estes desafios estão diretamente ligados com uma formação inicial
deficiente. Diante de todos os desafios encontrados pelos professores de Educação Física, frente à
inclusão de alunos com deficiência, observou que é necessário que nos professores busquem se
preparar para o processo da Inclusão de alunos com deficiência, já que é uma realidade
encontrada nas escolas. Para finalizar, sugere-se que esse estudo seja ampliado para um número
maior de professores de Educação Física, a fim de que os resultados obtidos identifiquem as
necessidades dos alunos com deficiência frente ao processo de ensino e aprendizagem.
REFERENCIAS
BRASIL. Constituição (1988) Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília:
Senado, 1988.p.168.
BRASIL. Lei de diretrizes e bases da Educação Nacional. Nº9. 394/96 de 20/12/96. Brasília:
Ministério da Educação e Desporto, 1996.
CIDADE, R, E, FREITAS, P, S. Educação Física e Inclusão: considerações para a prática
pedagógica na escola. Revista Integração. Ministério da Educação. Secretaria de Educação
Especial. Ano14. Edição especial 2002 pg.26 – 30.
COSTA, Alberto Martins; SOUSA, Sônia Bertoni. Educação física e esporte adaptado:
historia avanços e retrocessos em relação aos princípios da integração/inclusão e
Perspectivas para o século XXI. In: Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, v. 25,
n. 3, p. 7-160, maio 2004. (Temática Educação Física Adaptada). p. 27-42.
FILUS, J. F, e MARTINS, J. Reflexões sobre a formação em educação física e a sua aplicação
no trabalho junto às pessoas com deficiência. Curso de mestrado em educação, Maringá, V.15,
p. 79-82, Ano 2004.
JUNQUEIRA. F.J; BACCIOTTO. S.M. Educação física adaptada: As dificuldades
encontradas pelos professores de educação física de Campo Grande/MT frente á inclusão,
Mato grosso, p. 1- 8 , 2004.
MANTOAN, M. T. E. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer? Editora Moderna
2003.
ANEXOS
ANEXO 01 – CARTA DE APRESENTAÇÃO DE ESTÁGIO
ANEXO 02 – ROTEIRO PARA ANALISE DAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS DA ESCOLA
ANEXO 03 – CONTROLE DE ESTAGIO SUPERVISIONADO
ANEXO 04 – FICHA DE OBSERVAÇÃO “04”
ANEXO 05 – PLANO DE ESTAGIO EM CO-REGÊNCIA E REGÊNCIA
ANEXO 06 – PLANO DE AULA
ANEXO 07 – FICHA DE AVALIAÇÃO DO ESTAGIÁRIO
ANEXO 08 – FOTOS DAS ATIVIDADES MINISTRADAS
Foto tirada no dia 08/04/2014 “observação da escola”
Foto tirada no dia 09/04/2014 “corpo docente e os acadêmicos”
Foto tirada no dia 09/04/2014 “professora MSc. Lionela da Silva Corrêa supervisiona do estágio”
Foto tirada no dia 10/04/2014 “co-regência atividade de aquecimento ministrada o gato e rato”
Foto tirada no dia 09/04/2014 “co-regência atividade principal ministrada o quadro mágico”
Foto tirada no dia 10/04/2014. “co-regência atividade de volta à calma” “Quem é o mestre”.
Foto tirada no dia 10/04/2014, “co-regência explicando atividade a ser ministrada”
Foto tirada no dia 10/04/2014 “co-regência finalizando as atividades ministradas”
Foto tirada no dia 11/04/2014. “Regência, atividade de aquecimento corrida passando no bambolê”
Foto tirada no dia 11/04/2014. “Regência, atividade principal golfe adaptado”
Foto tirada no dia 11/04/2014. “ Regência, atividade de volta à calma tiro ao alvo”
Foto tirada no dia 11/04/2014. “Regência, finalizando as atividades”

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Trabalho de Educação Física

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E FISIOTERAPIA Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica PARFOR GERLAN DA SILVA DIAS RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Atividade física voltada para pessoas com deficiência JUTAÍ 2014
  • 2. GERLAN DA SILVA DIAS RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Atividade física voltada para pessoas com deficiência JUTAÍ 2014 Relatório final de Estágio Supervisionado do curso de licenciatura em Educação Física da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia, da Universidade Federal do Amazonas - UFAM, sob a orientação da Professora MSc. Lionela da Silva Corrêa. O Estágio foi realizado na escola “Escola Municipal Presidente Tancredo Neves”
  • 3. SUMÁRIO INTRODUÇÃO...............................................................................................................................................3 1.1 Objetivo Geral ...................................................................................................................................4 1.2Objetivos Específicos...........................................................................................................................5 2.2.1 OBSERVAÇÃO ..............................................................................................................................8 2.2.2 CO-REGÊNCIA/REGÊNCIA.............................................................................................................8 INTRODUÇÃO O presente relatório tem por finalidade relatar de forma clara todo o meu percurso no estágio fazendo um diagnostico minucioso da escola e relatando as atividades desenvolvidas neste percurso, sabendo que o estagio é parte de suma importância no aprendizado de um acadêmico em qualquer curso tendo esse direito previsto por lei para obtenção da graduação e poder atuar na sua área, com o curso de Educação física não e diferente o acadêmico passa por três estágios sendo o primeiro só de observação que consistiu em assistir as aulas do professor de
  • 4. Educação Física da instituição concedente. Durante as atividades de observação, o estagiário tem que coletar registrar e analisar as informações das turmas que acompanhou e deve descrevê-las. Fazendo uma analise crítica da mesma, o segundo estagio e o co-regência que o estagiário atua em parte da aula e o último e mais importante estagio e a regência onde o acadêmico assume uma sala de aula por todo período do mesmo. O estágio é a chance que o acadêmico tem de colocar em prática tudo que aprendeu durante o curso visando o aprimoramento profissional e a contextualização curricular objetivando desenvolver o acadêmico para a vida cidadã e o mercado de trabalho. Neste período depois de ter passado pelos os estágios de observação e co-regência eu assumi uma turma do 4º ano do Ensino Fundamental I de Educação física onde foi trabalhado a psicomotricidade de forma mais lúdica com alunos com deficiência. O estagio na escola era sempre acompanhado pela professora orientadora do curso que fazia a observação do estagio em campo, corrigia os planos de aula na hora e fazia o feedbeek sob a atuação do acadêmico naquele dia, e sempre passando mais conhecimento sobre o que podia ser desenvolvido nas próximas aulas. 1. OBJETIVOS DO ESTÁGIO 1.1 Objetivo Geral Estabelecer-se com espaço da práxis, ou seja, da relação da teoria e prática, possibilitando a formação de profissionais que tenham como objeto de estudo o movimento humano, possibilitando a sua intervenção nos diversos campos da Educação Física, visando à formação de cidadãos conscientes em direção à construção da “cidadania como patrimônio civil”. Bem como estabelecer-se como espaço de reflexão, questionamento e da reelaboração das concepções
  • 5. relativas à Educação Física nos diversos campos de atuação, através da leitura de textos, das discussões e da elaboração do relatório de estágio. 1.2 Objetivos Específicos • Propiciar que o discente identifique os caminhos realizados até a sua escolha profissional; • Realizar a observação, em situações de aula/sessões, de um profissional de Educação Física, nos diferentes campos de intervenção; • Registrar as observações realizadas, refletindo sobre a atuação do profissional observado; • Analisar os registros realizados, buscando fundamentação em teorias que a sustentem e complementem; • Discutir as análises realizadas, socializando suas experiências visando a construção coletiva do conhecimento. • Construir seu diário de campo, realizando a observação participante das aulas ministradas em co-atuação com o professor supervisor da unidade concedente e registrando esta observação em fichas organizadas pelos alunos conforme o trabalho desenvolvido. • Analisar e fundamentar as ações realizadas, utilizando-se de referencias teóricos relativos à área de atuação, o diário de campo construído, buscando soluções aos problemas surgidos. • Ministrar aulas sob a supervisão do professor da unidade concedente, realizando a observação e a análise de seu desempenho no processo. • Construir seu diário de campo, realizando a observação participante das aulas ministradas sob supervisão do professor da unidade concedente e registrando esta observação em fichas organizadas pelos alunos orientadas pelo professor supervisor da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia – FEFF da UFAM. 2. DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO 2.1 Sobre a escola O presente Diagnóstico refere-se à Escola Municipal Presidente Tancredo Neves, que recebeu este nome em homenagem ao Presidente do Brasil eleito na época. Presidente Tancredo de Almeida Neves, que veio a falecer logo após assumir o mandato de Presidente da República. A referida escola está situada à Rua Santa Maria, no 139, do bairro de São José, zona leste da cidade de Jutaí. Foi construída em 13 de março de 1982 com recursos públicos municipais
  • 6. provenientes da Prefeitura Municipal de Jutaí na gestão do Prefeito Municipal Sr. Francisco Chagas Souza de Moura. O estabelecimento escolar funcionou oficialmente legalizado pelo Decreto Municipal a partir da Lei nº 003 de 23 de agosto de 1993, dando a ela uma estabilidade constitucional e proporcionando aos moradores do bairro de São José a garantia de tê-la uma escola municipal formalizado em Lei. A mesma passou por varias direção, sendo a atual gestora a Professara Naira Ribeiro Santa Luzia. O prédio da escola é construído em piso de alvenaria e suas paredes são de tabua de madeira de lei, coberto de telha de alumínio, possui forro, a mesma possui 08 salas de aulas, 01 secretaria, 01 cozinha, 01 almoxarifado, 03 banheiros, e passou por uma reforma geral recente e foi construída mais 03 (três) salas em outro prédio ao lado onde estar instalado o laboratório de informática do Projeto Federal Proinfo. A mesma é composta 03 (três) prédios separados por um pátio coberto entre o prédio I e II. A área onde a escola está situada mede 45 m de largura por 36 m de comprimento, a mesma faz limites com os seguintes: ao sul terra particular da Srª. Márcia e ao norte com a rua travessa Santa Maria e fica próxima da Igreja católica Santa Maria. De acordo com as orientações dos PCN’s, a Escola Municipal Presidente Tancredo Neves não possui um espaço físico adequado para construir uma área de lazer e recreação aos alunos. O corpo docente da escola para o ano letivo de 2014 é composto de 27 professores sendo no período matutino 18 professores e no período vespertino 09 professores e 01 pedagogo. A demanda do corpo discente da escola para 2014 é de 518 alunos, distribuídos na educação infantil e series inicial, a mesma dispõem de 17 funcionários distribuídos nos turnos: 07 matutino, 08, vespertino e 02 noturno. Os processos educativos são muito complexos, e não se definem por uma única variável, pois o âmbito educacional se faz repleto de condicionantes. Neste sentido, a prática pedagógica se configura na interação de todos os elementos que nela intervêm (ZABALA, 1998). 2.2 Atividades desenvolvidas Toda atividade por natureza desafia, encanta, traz movimento, barulho e certa alegria para o espaço no qual se encontra. O jogar pode ser visto como uma das bases sobre a qual se
  • 7. desenvolve o espírito construtivo, a imaginação, a capacidade de sistematizar e abstrair e a capacidade de interagir socialmente. Uma questão importante é o aspecto lúdico para a criança, sendo extremamente relevante para seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e cultural e levar a criança a perceber a alegria e a descontração que os jogos e brincadeiras proporcionam. Nestas atividades o objetivo era trabalhar o cognitivo, o desenvolvimento psicomotor e sócio-afetivo na criança através dos jogos lúdicos. 1ª Atividade: O gato e o rato e os procedimentos: A crianças forma uma roda de mão dada. O professor escolhe duas crianças que farão o papel de gato e rato, as outras são as portas o gato fica do lado fora e corre para pega o rato, pegando o rato muda de duplas. 2ª Atividade: Quadro mágico e os procedimentos: Serão formadas duas equipes de trio, onde os alunos ficarão em oposição. Inicia o jogo a equipe que ganhar o par ou ímpar. Cada trio terá três bolas. Se a equipe pontuar, continua jogando. Se não pontuar, passa a vez para outra equipe procedendo igualmente na jogada. Ganha a partida a equipe que obtiver maior pontuação no tempo determinado. Regra: se a bola cair no quadro do sinal de mais ( + ), a equipe ganha cinco ( 5 ) pontos. Se a bola cair no quadro do sinal de menos( - ), a equipe perde cinco ( 5 ) pontos. No caso em que o trio não tenha pontuado e a bola cair no sinal negativo, não será alterado a sua pontuação negativa. 3ª Atividade: Quem é o mestre? E os Procedimentos: Os alunos ficarão em circulo e o professor escolherá um aluno que irá adivinhar quem é o mestre, este ficará pelo lado do círculo, dando um sinal, o mesmo voltará e tentará adivinhar quer está fazendo os gestos. Adivinhando será feito a substituição. 4ª Atividade: corrida passando no bambolê e os procedimentos era formarem dois grupos. Para iniciar o jogo, o dirigente da brincadeira dará um sinal e o primeiro aluno de cada fila deverá colocar o bambolê pela cabeça e tirando-o pelos pés e imediatamente entregá-lo ao seguinte participante que também fará o mesmo. O último aluno da fila depois de ter atravessado o bambolê, deve correr até o limite designado para deixar o aro, voltando imediatamente para o seu lugar. Vence quem o fizer em menos tempo. 5ª Atividade: golfe adaptado e os procedimentos: O esporte pode ser jogado individualmente ou em grupos de dois a quatro jogadores, enquanto uma equipe executa suas jogadas as demais permanecem em silêncio, observando a jogada da equipe adversária, ganha quem colocar o maior numero de bolas nos buracos. 6ª Atividade: Balão surpresa e os procedimentos foram organizam-se os alunos em circulo, em seguida o primeiro balão circula entre os alunos enquanto se canta uma determinada música, sendo a mesma interrompida quem estiver com o balão será o escolhido para estourar o balão e encontrará uma
  • 8. surpresa. Procedendo igualmente com os demais balões. 2.2.1 OBSERVAÇÃO No dia 08/04/2014, pela manhã foi apresentado à carta de apresentação de estágio junto à direção da escola, onde a mesma deu como recebido. E comentou algumas dificuldades encontradas sobre as turmas com alunos deficientes. Após, feito isso, deu-se início a observação do prédio da escola, onde a mesma não oferece nenhuma estrutura física para atender alunos com deficiência. Já pela parte da tarde, observou-se o comportamento de alunos com deficiência nas turmas. No dia 09/04/2014, pela manhã começo a observação de alunos com deficiência na turma como trinta do 2º ano “A” da professora titular Janeide Alves paulino, onde foi encontrada a síndrome de down, em um dos alunos, toda atenção é voltada para este, porque o mesmo não consegui acompanha nas atividades desenvolvida pela professora. Já no turno vespertino observou-se a turma do 3º ano “C” da professora titular Terezinha Chaves da Silva, e dos 28 alunos um é deficiente mental, o mesmo tem dificuldade em assimilar os conteúdos em sala de aula e qualquer situação problema ele não que mais participar das atividades. A professora, agir de maneira minuciosa para conquista o mesmo para fazer suas tarefas. 2.2.2 CO-REGÊNCIA/REGÊNCIA Meu estagio de co-regência teve inicio pela manhã do dia 10/04/2014 com 04h e terminou pela tarde do mesmo dia com mais 04h, totalizando 08 h, e foi realizado na Escola Municipal Presidente Tancredo Neves, sob a supervisão da Professora MSc. Lionela da Silva Corrêa, de segunda à sexta, no período matutino das 07:00h às 11:00h, e no período vespertino das 13:00h às 17:00h.
  • 9. O desenvolvimento das atividades do professor titular tinha como finalidade ampliar o repertório motor dos alunos através de atividades variadas, que eram passadas de forma a trabalhar os movimentos num modo progressista, ou seja, o professor embasava certos movimentos numa aula, que seriam usados numa atividade seguinte, exemplo; era dada uma atividade ou brincadeira onde o foco era arremessar, na sequência uma atividade de queimada. Além disso, tinham também interfaces com outras disciplinas. As atividades propostas para o dia eram sempre planejadas com antecedência e coerentes com o plano de ensino, o professor variar as atividades, buscando repeti-lás o mínimo possível no decorrer das aulas tornando assim as aulas mais interessantes. Já no dia 11/04/2014, pela manhã iniciei a minha regência com a turma do 4º ano “A” com alunos na faixa etária de 10 a 12 anos de idade e dos 23 alunos um deles tinha uma deficiência física no pé, mas isso na era um empecilho para o mesmo porque ele participava das aulas sem nenhum problema. Elaborei meu plano de acordo com o ambiente que tinha observado durante a minha observação. E escolhe uma atividade bem simples, onde todos pudessem participar com entusiasmo e foi isso que aconteceu todos gostaram muito de como eu conduzi as atividades planejadas, foi um sucesso. Pela tarde executei outro plano de aula com atividade parecida com as da manhã e o resultado foi idêntico os alunos fizeram a mesma coisa todos demonstraram interesse e participações em quero fazem as atividades dependendo, ou, não da situação do ambiente. Essa turma do 3º ano “C”, na faixa etária de 09 a 11 anos de idade e tinha 31 alunos e desses 03 eram deficiente, mas os mesmos não mediram esforço em participar das atividades e assim foi a minha contribuição no processo ensino e aprendizagem dos alunos com deficiência na minha regência como educador físico. 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A sociedade atual vem discutindo muito a respeito da Inclusão no contexto escolar. As várias discussões são em torno das possibilidades e desafios para a concretização da Inclusão e é imprescindível que haja por parte da sociedade a concepção de que a verdadeira Inclusão deve, necessariamente, permitir o princípio da igualdade de direito. Segundo Sassaki (1997) apud Cidade e Freitas (2002, p. 26):
  • 10. A inclusão é um processo que exige transformações, pequenas e grandes nos ambientes físicos e na mentalidade de todas as pessoas, inclusive da própria pessoa com necessidades especiais, com o objetivo de se alcançar uma sociedade que não só aceite e valorize as diferenças individuais humanas, por meio da compreensão e da cooperação. Já para Mantoan (2003), apud Junqueira e Bacciotto (2004, p.1), “A inclusão é a modificação da sociedade, sendo ela adaptada para receber as pessoas com deficiência”. Para a autora, não basta somente a preparação do ambiente escolar para a inclusão dos alunos, ou seja, os alunos se adaptarem para serem incluídos na escola, é preciso também que a escola mude para receber os alunos. Ainda conforme a autora, as Escolas Inclusivas propõem um modo de organização do Sistema Educacional que considera as necessidades de todos os alunos. Percebe-se nessa concepção que a Inclusão deve causar uma mudança de perspectiva educacional, haja vista que não se limita a ajudar tão somente os alunos que apresentam dificuldade na escola, mas esse apoio deve ser extensivo a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para que todos obtenham de fato, o sucesso na corrente educativa. Dessa forma, a Inclusão passa a ser vista como um Sistema que estabelece a inserção do aluno com deficiência a um grupo de outros alunos que não foram anteriormente excluídos. Assim a meta da inclusão é, desde o início, não deixar ninguém de fora do sistema escolar, o qual, necessariamente terá que se adaptar às particularidades de todos os alunos para que realmente haja a Inclusão. Nesse contexto, os recursos físicos e materiais para a concretização de um processo escolar devem ceder espaço para o desenvolvimento de procedimentos atitudinais na escola exigindo novas formas de relacionamento pessoal e social de maneira de que seja possível efetivar os processos de ensino e aprendizagem
  • 11. Dentro dessa perspectiva, a formação de todos os envolvidos na Inclusão é condição indispensável para o sucesso da proposta, aliado evidentemente à assistência às famílias para que haja de fato uma sustentação aos que estão diretamente implicados com as mudanças. A preparação do professor na sua formação inicial muitas das vezes é falha, pois, há um choque do que foi aprendido pelo professor, na teoria, e sua aplicação na prática, já que os futuros professores esperam que, em seus cursos de formação, lhes ensinem receitas prontas de como trabalharem na sala de aula. Segundo Mantoan (2003, p. 43) “Todos os níveis de cursos de formação de professores devem sofrer modificações nos seus currículos, de modo que os futuros professores aprendam práticas de ensino adequadas ás diferenças”. Outra questão importante é a participação ativa dos familiares, já que na maioria das vezes os próprios pais representam obstáculos devido à superproteção ou até mesmo a negação da deficiência, sendo que os mesmos são a peça-chave para que a Inclusão alcance seus objetivos no processo de ensino e aprendizagem. Para Mantoan (2003, p. 53); Os pais podem ser nossos grandes aliados na reconstrução da nova escola brasileira. Eles são uma força estimuladora e reivindicadora dessa tão almejada recriação da escola, exigindo o melhor para seus filhos, com ou sem deficiência, e não se contentando com projetos e programas que continuem batendo nas mesmas teclas e maquinando o que sempre existiu. A garantia à educação e ao acesso à escola sem descriminação é uma questão de direito, dada pela Constituição Federal (1988) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei n 9394/96), para o qual as escolas e os professores devem estar preparados para desenvolver de forma altamente especializada o atendimento a pessoas com deficiência, respeitando as necessidades especiais de forma individualizada.
  • 12. Mesmo diante dessa garantia, sabemos que as escolas do Ensino Regular ainda não estão preparadas para receber alunos com deficiências, partindo da falta de preparo dos professores, que não se sentem capacitados para desenvolver o trabalho de Inclusão e até mesmos a própria sociedade, onde os colegas de sala não aceitam esse processo de interação entre os alunos, refletindo na não aceitação dos alunos com deficiência, expondo na maioria das vezes esses indivíduos como motivo de chacotas. A Educação Física Adaptada é uma área de conhecimento da Educação Física que tem como idéia principal incluir as pessoas com deficiência em um conjunto de atividade, jogos, esportes e exercícios. Pois, muitas vezes, esses indivíduos são excluídos devido a suas condições. Segundo Duarte e Werner (1995), apud Cidade e Freitas (2002, p. 27): A Educação Física Adaptada é uma área da educação física que tem como objeto de estudo a motricidade humana para as pessoas com necessidades educacionais especiais, adequando metodologias de ensino para o atendimento ás características de cada aluno com deficiência, respeitando suas diferenças individuais. Para o autor, o processo de ensino aprendizagem deve ser adequado às características individuais de cada pessoa com deficiência. Já para Martins (1995), apud Filus e Martins Junior (2004, p.79), refere que a “Educação Física Adaptada é um campo emergente da educação física, onde o professor deve ser paciente, observador e criativo”. O autor destaca a importância do professor, pois, para lidar com esses indivíduos, as dificuldades são sempre maiores. A Educação Física esbarra em históricas dificuldades, onde são selecionados os mais aptos e os melhores para sua prática, sendo que os demais alunos, aqueles considerados anormais ficam de fora. Dessa forma o surgimento da Educação Física Adaptada vem contribuindo para minimizar esta visão da disciplina, fazendo com que as escolas repensem sobre as necessidades dos alunos com deficiência. Conforme Pedrinelli (1994) apud Costa e Sousa (2004, p. 29): A Educação Física Adaptada surgiu na década de 1950 e foi definida pela American Associanton, como um programa
  • 13. diversificado de atividades desenvolvimentistas, jogos e ritmos a interesses, capacidades e limitações de estudantes com deficiência que não podem se engajar com participação irrestrita, segura e bem-sucedida em atividades vigorosas de um programa de Educação Física Geral. Dessa forma, cabe aos professores de Educação Física que trabalham com as pessoas com deficiência ou não, terem conhecimentos básicos relativos ao seu aluno, bem como competência para organizar os ambientes que permitem a execução das tarefas, conforme o aluno for se adaptando às aulas, o nível vai aumentando. O professor tem que respeitar a individualidade dos alunos sabendo explorar seus potenciais. Para Bueno e Rose (1995), apud Cidade e Freitas (2002, p.27), “A Educação Física Adaptada para pessoas com deficiência não se diferencia da Educação Física em seus conteúdos, mas compreende técnicas, métodos e formas de organização que podem ser aplicados ao individuo deficiente”. Para a autora, o professor precisa ter planejamento que vise atender às necessidades de seus alunos, combinando procedimentos para romper as barreiras da aprendizagem; é preciso que o professor seja criativo, adaptando as aulas de acordo com nível de deficiência do seu aluno. Nas palavras de Cidade e Freitas (2002, p. 30): Não existe nenhum método ideal ou perfeito da Educação Física que se aplique no processo de inclusão, porque o professor sabe e pode combinar inúmeros procedimentos para remover as barreiras e promover a aprendizagem dos seus alunos. O professor que trabalha com a Educação Física Adaptada na escola, muitas vezes encontra desafios em desenvolver Programas de Atividades Físicas para alunos com deficiência, estes desafios estão diretamente ligados por uma formação inicial deficiente, já que no Brasil só a partir da década de 80 começaram a ocorrer estudos sobre pessoas com deficiência e possíveis intervenções nos cursos de Educação Física, por meio de disciplinas específicas, como a Educação Física Especial e a Educação Física Adaptada.
  • 14. Segundo Cidade e Freitas (2002, p. 27) “A Educação Física Adaptada surgiu oficialmente nos cursos de Graduação através da resolução 03/87 do Conselho Federal de Educação, prevendo a atuação do professor de Educação Física junto às pessoas com deficiência e outras necessidades especiais”. Portanto, muitos dos professores de educação física que atuavam nas escolas antes da década de 80, não tiveram durante o processo de formação inicial matérias ou assuntos relacionados à Educação Física Adaptada. Atualmente quase todos os cursos de Educação Física disponibilizam nas grades curriculares conteúdos relacionados à Educação Física Adaptada e à Inclusão, mas isso não certifica que os professores, ao saírem da instituição de ensino, estejam prontos para desenvolver atividades junto com as pessoas com deficiência. A formação dos professores de Educação Física para lidar com alunos com deficiência é de extrema importância, mas não basta somente uma boa formação inicial, e sim mudanças em toda a esfera educacional, pois nem todas as escolas estão prontas para acolher o aluno com deficiência. Todos estes problemas, sejam na formação dos profissionais ou no ambiente educacional, vêm tornando-se fundamental no momento em que a inclusão é um assunto importante no âmbito escolar. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo sobre Educação Física Adaptada é um grande desafio para mim, como professor de educação física no trabalho com alunos com deficiência na Escola Municipal Presidente Tancredo Neves, isso permitiu identificar que uma grande parte dos professores não teve em sua formação inicial disciplinas voltadas da aprendizagem dos alunos ou referente à Inclusão e a capacitação profissional surgiu como uma forma de preencher a formação inicial insuficiente. Foi
  • 15. possível verificar que os professores não enfrentam dificuldades em relação aos recursos materiais e físicos para desenvolverem trabalhos junto aos alunos, pois a escola fornece uma ampla variedade de disciplinas que permitem o trabalho adequado dos profissionais. Foi demonstrado que a participação dos familiares dos alunos com deficiência é uma realidade encontrada pelos professores, a colaboração familiar é de extrema importância já que a família é a peça chave para que a inclusão alcance seus objetivos no processo de ensino e aprendizagem. Observou-se que os maiores desafios citados pelos professores estão relacionados ao planejamento das aulas, heterogeneidade da turma, comunicação, processo de aprendizagem e tempo da aula, todos estes desafios estão diretamente ligados com uma formação inicial deficiente. Diante de todos os desafios encontrados pelos professores de Educação Física, frente à inclusão de alunos com deficiência, observou que é necessário que nos professores busquem se preparar para o processo da Inclusão de alunos com deficiência, já que é uma realidade encontrada nas escolas. Para finalizar, sugere-se que esse estudo seja ampliado para um número maior de professores de Educação Física, a fim de que os resultados obtidos identifiquem as necessidades dos alunos com deficiência frente ao processo de ensino e aprendizagem. REFERENCIAS BRASIL. Constituição (1988) Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988.p.168. BRASIL. Lei de diretrizes e bases da Educação Nacional. Nº9. 394/96 de 20/12/96. Brasília: Ministério da Educação e Desporto, 1996.
  • 16. CIDADE, R, E, FREITAS, P, S. Educação Física e Inclusão: considerações para a prática pedagógica na escola. Revista Integração. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Ano14. Edição especial 2002 pg.26 – 30. COSTA, Alberto Martins; SOUSA, Sônia Bertoni. Educação física e esporte adaptado: historia avanços e retrocessos em relação aos princípios da integração/inclusão e Perspectivas para o século XXI. In: Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, v. 25, n. 3, p. 7-160, maio 2004. (Temática Educação Física Adaptada). p. 27-42. FILUS, J. F, e MARTINS, J. Reflexões sobre a formação em educação física e a sua aplicação no trabalho junto às pessoas com deficiência. Curso de mestrado em educação, Maringá, V.15, p. 79-82, Ano 2004. JUNQUEIRA. F.J; BACCIOTTO. S.M. Educação física adaptada: As dificuldades encontradas pelos professores de educação física de Campo Grande/MT frente á inclusão, Mato grosso, p. 1- 8 , 2004. MANTOAN, M. T. E. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer? Editora Moderna 2003. ANEXOS ANEXO 01 – CARTA DE APRESENTAÇÃO DE ESTÁGIO ANEXO 02 – ROTEIRO PARA ANALISE DAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS DA ESCOLA ANEXO 03 – CONTROLE DE ESTAGIO SUPERVISIONADO ANEXO 04 – FICHA DE OBSERVAÇÃO “04”
  • 17. ANEXO 05 – PLANO DE ESTAGIO EM CO-REGÊNCIA E REGÊNCIA ANEXO 06 – PLANO DE AULA ANEXO 07 – FICHA DE AVALIAÇÃO DO ESTAGIÁRIO ANEXO 08 – FOTOS DAS ATIVIDADES MINISTRADAS
  • 18. Foto tirada no dia 08/04/2014 “observação da escola” Foto tirada no dia 09/04/2014 “corpo docente e os acadêmicos”
  • 19. Foto tirada no dia 09/04/2014 “professora MSc. Lionela da Silva Corrêa supervisiona do estágio” Foto tirada no dia 10/04/2014 “co-regência atividade de aquecimento ministrada o gato e rato”
  • 20. Foto tirada no dia 09/04/2014 “co-regência atividade principal ministrada o quadro mágico” Foto tirada no dia 10/04/2014. “co-regência atividade de volta à calma” “Quem é o mestre”.
  • 21. Foto tirada no dia 10/04/2014, “co-regência explicando atividade a ser ministrada” Foto tirada no dia 10/04/2014 “co-regência finalizando as atividades ministradas”
  • 22. Foto tirada no dia 11/04/2014. “Regência, atividade de aquecimento corrida passando no bambolê” Foto tirada no dia 11/04/2014. “Regência, atividade principal golfe adaptado”
  • 23. Foto tirada no dia 11/04/2014. “ Regência, atividade de volta à calma tiro ao alvo” Foto tirada no dia 11/04/2014. “Regência, finalizando as atividades”