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Protocolo ProfiBus 
Engenharia Elétrica 10° Período 26/11/2014 
Redes Industriais – UNICEP 
Professor Rodrigo 
Alunos: 
Isac Negreiros dos Santos Junior, RA: 3800608 
João Paulo Ferreira, RA 3800605 
Tiago Valério Franco, RA 3800576 
Antônio Marcos Lino dos Santos, RA 3800591 
Gerson Roberto da Silva, RA 3800701
PROTOCOLO PROFIBUS 
Comunicação Industrial 
Figura 1 – Comunicação Industrial 
A tecnologia da informação tem sido determinante no desenvolvimento da 
tecnologia da automação, alterou hierarquias e estruturas no ambiente dos 
escritórios e chega agora ao ambiente industrial nos seus mais diversos 
setores, desde as indústrias de processo e manufatura até prédios e sistemas 
logísticos. A capacidade de comunicação entre dispositivos e o uso de 
mecanismos padronizados, abertos e transparentes são componentes 
indispensáveis do conceito de automação de hoje. A comunicação vem se 
expandindo rapidamente no sentido horizontal nos níveis inferiores (field 
level), assim como no sentido vertical integrando todos os níveis 
hierárquicos. De acordo com as características da aplicação e do custo 
máximo a ser atingido, uma combinação gradual de diferentes sistemas de 
comunicação, tais como Ethernet, PROFIBUS e AS-Interface, oferece as 
condições ideais de redes abertas em processos industriais. 
No nível de atuadores/sensores o AS-Interface é o sistema de comunicação 
de dados ideal, pois os sinais binários de dados são transmitidos via um 
barramento extremamente simples e de baixo custo, juntamente com a 
energia (24Vdc) necessária para alimentar estes mesmos sensores e 
atuadores. Outra característica importante é que os dados são transmitidos 
ciclicamente, de uma maneira extremamente eficiente e rápida.
No nível de campo, a periferia distribuída, tais como módulos de E/S, 
transdutores, acionamentos (drives), válvulas e painéis de operação, 
comunicam-se com sistemas de automação via um eficiente sistema de 
comunicação em tempo real, o PROFIBUS DP ou PA. A transmissão de 
dados do processo é efetuada ciclicamente, enquanto alarmes, parâmetros e 
diagnósticos são transmitidos aciclicamente, somente quando necessário. 
No nível de célula, os controladores programáveis, tais como CLP’s e PC’s 
comunicam-se uns com os outros, o que requer grandes pacotes de dados e 
um grande número de funções poderosas de comunicação. Além disto, uma 
integração eficiente aos sistemas de comunicação corporativos existentes, 
tais como: Intranet, Internet e Ethernet é um requisito absolutamente 
mandatório, o que o PROFIBUS FMS e o PROFINet podem suprir. 
A revolução da comunicação industrial na tecnologia da automação está 
revelando um enorme potencial na otimização de sistemas de processo e 
tem feito uma importante contribuição na direção da melhoria no uso 
de recursos. 
Um pouco de história 
A história do PROFIBUS começa na aventura de um projeto da associação 
apoiado por autoridades públicas, que iniciou em 1987 na Alemanha. 
Dentro do contexto desta aventura, 21 companhias e institutos uniram 
forças e criaram um projeto estratégico fieldbus. O objetivo era a realização 
e estabilização de um barramento de campo bit serial, sendo o requisito 
básico a padronização da interface de dispositivo de campo. Por esta razão, 
os membros relevantes das companhias do ZVEI (Associação Central da 
Indústria Elétrica) concordaram em apoiar um conceito técnico mútuo para 
manufatura e automação de processos. 
Um primeiro passo foi a especificação do protocolo de comunicações 
complexas PROFIBUS FMS (Especificação de Mensagens Fieldbus), que 
foi costurado para exigência de tarefas de comunicação. 
Um passo mais adiante em 1993, viu-se a conclusão da especificação para 
o mais simplesmente configurado e mais rápido PROFIBUS DP (Periferia 
Descentralizada). Este protocolo está disponível agora em três versões 
funcionais, o DP-V0, DPV1 e DP-V2. 
Baseado nestes dois protocolos de comunicação, acoplado com o 
desenvolvimento de numerosos perfis de aplicações orientadas e um 
número de dispositivos de crescimento rápido, o PROFIBUS começou seu 
avanço inicialmente na automação manufatura, e desde 1995, na automação 
de processos. Hoje, o PROFIBUS é o barramento de campo líder no 
mercado mundial.
REDE PROFIBUS PA 
O Profibus PA define, em adição às definições padrões do Profibus DP, os 
parâmetros e blocos de função para dispositivos de automação de processo, 
tais como transmissores, válvulas e posicionadores. 
Além disso, possui uma característica adicional que é a transmissão 
intrinsecamente segura, o que faz com que ele possa ser usado em áreas 
classificadas, ou seja, ambientes onde existe o perigo de explosão. 
É indicado para controlar variáveis analógicas em controle de processos. É 
encontrado predominantemente nas indústrias de transformação e pode ser 
utilizado em substituição ao padrão 4 a 20 mA. 
Principais vantagens: 
• Transmissão confiável das informações; 
• Tratamento de status das variáveis; 
• Sistema de segurança em caso de falha; 
• Equipamentos com capacidade de auto diagnose; 
• Integração com controle discreto em alta velocidade; 
• Aplicações em qualquer segmento; 
• Redução de até 40% nos custos de instalação; 
• Redução de até 25% nos custos de manutenção; 
• Menor tempo de startup; 
• Aumento significativo da funcionalidade, disponibilidade e 
segurança. 
Características técnicas: 
• Abaixo, podemos conferir as características técnicas do protocolo 
Profibus PA: 
• Nível de tensão do sinal: 750 a 1000 mV. 
• Camadas utilizadas: Física (Physical Layer), Enlace (Data Link 
Layer) e Interface com o Usuário (User Interface).
• Velocidade de transmissão utilizada: modo H1 – 31,25 Kbps. 
• Tipo de codificação: Manchester. 
• Alimentação: cada equipamento na rede deve ser alimentado com no 
mínimo 9V. Essa alimentação pode ser externa ou via barramento. 
• Comprimento máximo do segmento: 1900m sem repetidor. É 
permitido o uso de até 4 repetidores, o que faz com que a extensão da 
rede alcance 9,5 km. 
• Número de equipamentos no barramento: até 32. Este número pode 
variar de acordo com a classificação da área, o consumo de corrente 
nestes equipamentos, as distâncias envolvidas entre mestre e 
escravos e o tipo de cabo utilizado na instalação. 
• Áreas com segurança intrínseca: utilização de até 9 equipamentos em 
áreas classificadas como Grupo IIC e até 23 equipamentos em áreas 
classificadas como Grupo IIB. Esses valores usam como referência 
uma corrente quiescente de 10 mA. 
• Topologias: barramento, árvore, estrela ou mista. 
O modelo fisco 
• O modelo FISCO cumpre os requisitos de segurança intrínseca, mas 
trouxe algumas vantagens sobre o modelo como a segurança 
intrínseca era implementada anteriormente. As duas principais 
vantagens são: 
• Maior disponibilidade de potência no barramento intrinsecamente 
seguro; 
• Simplificação da verificação de conformidade de um sistema 
implementado com dispositivos certificados para o modelo FISCO, 
dispensando a certificação do sistema como um todo (este processo 
de certificação era complexo e caro). 
• O modelo FISCO consiste basicamente em: 
• Ter um único dispositivo ativo (fonte de alimentação) no barramento 
de campo, localizado na área não classificada;
• Todos os demais dispositivos de campo, na área classificada, são 
passivos; 
• Os dispositivos de campo devem ser certificados conforme o modelo 
FISCO, por entidades como PTB (Alemanha), CSA (Canadá), e 
outros; 
• Cada dispositivo de campo deve garantir o consumo de, pelo menos, 
10 mA (ver figura 2); 
• O comprimento máximo do barramento de campo deve ser 1000 m 
(Ex ia) ou 1900 m (Ex ib); 
• Os cabos do barramento devem ter os seguintes parâmetros: 
• resistência entre 15 e 150 /km; 
• capacitância entre 80 e 200 F/km; 
• indutância entre 0,4 e 1 mH/km. 
Tipos de cabos 
Existem 4 tipos de cabos que podem ser utilizados em uma instalação. Veja 
na Tabela 1 as principais características de cada um deles. 
Tabela 1 – Caracteristicas de cabos
Uma das situações que podem causar interferência nos sinais que estão 
sendo transmitidos é a proximidade com alguns tipos de cabos. Para evitar 
este tipo de problema, veja na Tabela 2 as distâncias mínimas 
recomendadas para instalação de cabos Profibus. 
Tabela 2 – Distâncias Mínimas 
PERFIL DE COMUNICAÇÃO FMS 
O perfil de comunicação FMS foi projetado para a comunicação no nível 
de células. Neste nível, controladores programáveis (CLP’s ou PC’s) 
comunicam-se uns com outros. Nesta área de aplicação, mais importante 
que um sistema com tempos de reação rápida é um sistema com uma 
diversidade grande de funções disponíveis. 
A camada de aplicação (7) do FMS é composta das seguintes partes: 
- FMS: Fildbus Message Specification e 
- LLI: Lower Layer Interface 
O modelo de comunicação PROFIBUS FMS possibilita que aplicações 
distribuídas sejam unificadas em um processo comum através do uso de 
relacionamentos de comunicação. A parte da aplicação situada no 
dispositivo de campo que pode ser acessada via comunicação é 
denominada de dispositivo virtual campo (VFD – virtual field device). A 
figura 2 mostra a relação entre um dispositivo real e virtual. Neste exemplo
somente determinadas variáveis (isto é, número de unidades, taxa de falhas 
e paradas) são parte do dispositivo de campo virtual e podem ser acessadas 
via uma relação de comunicação. As variáveis “valor desejado” (setpoint) e 
“receita” (recipe) não estão disponíveis neste caso. 
Todos os objetos de comunicação de um dispositivo FMS são registrado 
em um dicionário de objetos (OD). O dicionário contém descrição, 
estrutura e tipo de dados, assim como a associação entre os endereços 
internos do dispositivo do objeto de comunicação e sua denominação no 
barramento (índice/nome). 
Objetos de comunicação estática são registrados no dicionário de objetos 
estáticos. São configurados um única vez e não podem ser modificados 
durante a operação. FMS reconhece cinco tipos de objetos de comunicação. 
- variáveis simples 
- matriz (array): série de simples variáveis do mesmo tipo 
- registro (record): série de variáveis simples de diferentes tipos 
- domínio (domain) 
- evento (event message) 
“Objetos de comunicação dinâmica são registrados na seção dinâmica do 
dicionário de objetos”. Estes podem ser modificados durante a operação.
Figura 2 – VFD – equipamento de campo virtual com OD 
Endereçamento lógico é o método preferido de endereçamento de objetos. 
O acesso é realizado com um endereço curto (índice) que é um número 
inteiro sem sinal. Cada objeto possui um único índice. 
Opcionalmente pode-se endereçar os objetos pelo nome. 
Objetos de comunicação podem também ser protegidos do acesso não 
autorizado através da proteção de acesso, ou os serviços de acesso é que 
podem ser restringidos (por exemplo somente leitura). 
FMS Services 
Os serviços FMS são um subset dos serviços MMS (MMS – Manufacturing 
Message Specification, ISSO 9506), que foram otimizados para aplicações 
de barramentos e que foram então estendidos por funções para a 
administração dos objetos de comunicação e gerenciamento de redes. A 
figura 3 provê uma visão geral dos serviços profibus disponíveis.
Serviços confirmados podem somente ser utilizados para relação de 
comunicação orientada à conexão. A execução do serviço é mostrada na 
figura 4. 
Serviços não confirmados podem também ser utilizados em relações de 
comunicação sem conexão (broadcast e multicast). Podem ser transmitidos 
em alta ou baixa prioridade. 
Figura 3 – Serviços FMS 
Os serviços FMS estão divididos nos seguintes grupos: 
- Serviços de gerenciamento do contexto para estabelecer ou encerrar 
conexões lógica. 
- Serviços de acesso à variáveis utilizados para acessar variáveis, registros, 
matrizes ou lista de variáveis.
- Serviços de gerenciamento do domínio utilizados para transmitir grande 
quantidades de memória. Os dados devem ser divididos em segmentos pelo 
usuário. 
- Serviços de gerenciamento de chamada de programas utilizados para 
controle de programas. 
- Serviços de gerenciamento de eventos utilizados para transmitir 
mensagens de alarme. Estas mensagens são enviadas como transmissões 
multicast ou broadcast. 
- Serviços VFD Suport utilizados para identificação e status. Podem ser 
enviados espontaneamente quando requisitados por um dispositivo como 
transmissão multicast ou broadcast. 
- Serviços de gerenciamento OD utilizados para acessos de leitura e escrita 
ao dicionário de objetos. Lower Layer Interface (LLI). 
O mapeamento das camadas 7 a 2 é gerenciada pela LLI. Tarefas incluem 
controle de fluxo e monitoração da conexão. O usuário comunica-se com 
outros processos através de canal lógico denominado de associação de 
comunicação. O LLI provê vários tipos de associação de comunicação para 
a execução do FMS e serviços de gerenciamento. As associações de 
comunicações têm diferentes capacidades de conexão (isto é, monitoração, 
transmissão e demandas dos parceiros de comunicação). 
Associação de comunicação orientada à conexão representa uma conexão 
lógica ponto-a-ponto entre dois processos de aplicação. A conexão deve 
primeira ser estabelecida com um serviço Initiate antes que possa ser 
utilizado para transmissão de dados. Após tenha sido estabelecida com 
sucesso, a conexão é protegida contra acesso não autorizado e fica 
disponível para a transmissão de dados. Quando a conexão não é mais 
necessária, ela pode ser desconectada através do serviço Abort. O LLI 
possibilita a monitoração controlada por tempo para associações de 
comunicação orientadas à conexão. 
Os atributos da conexão “aberta” e “definida” são outra importante 
característica de uma associação de comunicação orientada à conexão.
Nas conexões definidas o parceiro da comunicação é especificado durante a 
configuração. Em conexões abertas o parceiro da comunicação não 
especificado até a fase de estabelecimento da conexão. 
Associações de comunicação sem conexão possibilitam a um dispositivo se 
comunicar simultaneamente com diversas estações utilizando serviços não 
confirmados. Em associações de comunicação broadcast, um serviço FMS 
não confirmado é simultaneamente enviado para todas as outras estações. 
Em relacionamentos de comunicação multicast, um serviço FMS não 
confirmado é simultaneamente enviados para um predefinido grupo de 
estações. 
Todas as associações de um dispositivo FMS são registrados no CRL. EM 
dispositivos simples, a lista é definida pelo fabricante. No caso de 
dispositivos complexos, o CRL é configurável pelo usuário. Cada 
associação de comunicação é endereçado por uma designação abreviada, a 
referência de comunicação (CREF). Do ponto de vista do barramento, uma 
CREF é definida pelo endereço da estação, ponto de acesso do serviço da 
camada 2 e LLI. O CRL contém a associação entre o CREF e a camada 2 
bem como o endereço LLI. Adicionalmente, o CRL também especifica 
quais serviços DMS serão suportados, o tamanho dos telegramas, etc. para 
cada CREF.
Figura 4 – Sequência de um serviço FMS 
Gerenciamento de Rede 
Além dos serviços FMS, funções de gerenciamento de rede (Fieldbus 
Management Layer 7 = FMA7) estão disponíveis. As funções FMA7 são 
opcionais e permitem uma configuração central. Podem ser iniciadas 
remota ou localmente. 
Gerenciamento de Contexto: pode ser utilizado para estabelecer e 
desconectar uma conexão FMA7. 
Gerenciamento da Configuração: pode ser usada para acessar CRL’s, 
variáveis, contadores estáticos e parâmetros das camadas 1e 2. Pode 
também ser usada para identificação e registro das estações do barramento. 
Gerenciamento de Falha: pode ser usada para indicar falhas/eventos e para 
reiniciar os dispositivos.
Profinet 
O profinet é uma rede padronizada pela Associação profibus Internacional 
como uma das quatorze redes de Ethernet industrial A norma que 
regulamenta o profinet é a IEC61158-5 e IEC61158,sendo o décimo 
protocolo incluso desta norma (Type 10). 
Basicamente, há dois tipos de redes Profinet: Profinet IO e Profinet CBA. 
O Profinet IO é utilizado em aplicações em tempo real (rápidas) e o 
Profinet CBA é utilizado em aplicações onde o tempo não é tão critico, por 
exemplo, na conversão da rede profibus DP. 
A figura abaixo ilustra como o profinet definiu suas chamadas baseadas nas 
arquiteturas TPC/IP. 
Figura – Arquitetura TCP/IP para Profinet 
Nota-se pela figura acima que o profinet pode ter três formas distintas de 
operação, sendo duas pelo tempo real e uma para não tempo real.
A primeira baseia-se a arquitetura TCP ou UDP na camada quatro. Essa 
arquitetura é a chamada e NON-REAL TIME (Non-RT), pois se tempo de 
processamento aproxima-se dos 100ms. A grande aplicação neste tipo de 
comunicação é de configuração e rede ou na comunicação com os Proxis, 
utilizando CBA. Os Proxis são conversores de um determinado protocolo 
em outro (por exemplo, de profinet para profibus DP ou de Profinet para 
Interbus S ), conforme mostrado na figura abaixo. 
Figura – Proxy Profinet/Profbus DP e Profnet/Interbus S. 
A segunda maneira baseia-se no chamado Soft Real Time (SRT), 
caracterizando por ser um sinal que interliga diretamente a chamada da 
Ethernet a aplicação. Com a eliminação de vários níveis de protocolo, há 
redução no comprimento das mensagens transmitidas , necessitando de 
menos tempo para transmitir os dados na rede. Podem-se utilizar os dois 
tipos de Profinet, CBA e IO, nesse caso. 
A terceira maneira baseia-se no conceito de Isochronous Real Time (IRT), 
para aplicações em que o tempo de resposta é critico e deve ser menor do 
que 1 ms. Uma aplicação típica deste conceito é o controle de movimentos 
de robôs, quando o tempo de atualização dos dados deve ser pequeno. 
Utiliza-se apenas o Profinet IO para este caso. 
A figura abaixo os conceitos de Non-Real-Time (aplicações com tempos de 
varredura em torno de 100ms), Soft Real Time (aplicações com tempo de 
varredura em torno de 10 ms) e Isochronous Real Time (aplicações com 
tempo de varredura menores do que 1 ms).
Figura – Comparativos de tempos da rede Profinet. 
Profinet IO 
O profinet IO é, na realidade, uma extensão de protocolo profibus DP. Ele 
opera diretamente com os elementos de campo, realizando leituras dos 
sensores, atualizações dos sinais de saída e controle do diagnóstico de rede. 
A rede ethernet industrial Profinet IO descreve um modelo do dispositivo 
baseado em características essenciais, o profibus DP, incluindo canais para 
cada elemento alocado na rede . As características dos dispositivos de 
campo são descritas via GSD em uma base XML. 
O arquivo GSDML (GSD em uma base de programação XML) acompanha 
todos os elementos da rede Profinet IO e descreve as principais 
características de cada um deles . O mesmo deve ser fornecido pelo 
fabricante do equipamento. 
Para se conseguir um tempo de resposta utilizando o Profinet IO na 
configuração IRT (Isochronous Real Time ), é necessário um hardware 
especifico que consiga processar as informações nesse tempo (para o cabo 
IRT). Assim a Siemens desenvolveu o ERTEC 400 que é um processador 
voltado as aplicações em Profinet.
O quadro da rede Profinet IO é mostrado na figura abaixo e segue a mesma 
estrutura do campo Ethernet falado anteriormente, a grande diferença esta 
no campo Frame ID, que nesse caso é possível distinguir se o quadro é 
IRT, SRT ou Non-RT, de acordo com os dois bytes do campo. Cada valor 
deste campo, define como as mensagens serão trafegadas na rede por 
exemplo: de 0000h a 00FFh, quadro IRT, de 8000h a FBFFh, quadro SRT 
e de FC00h a FE02h, quadro Non-RT. De acordo com a figura abaixo, a 
quantidade mínima de bytes do quadro Profinet IO é de setenta e dois 
bytes, contando cabeçalho, informações e verificação de erro. 
Figura – Quadro profinet IO 
O preâmbulo são bits auxiliares que identificam o inicio da transmissão e 
servem para sincronizar o elemento que deseja transmitir seus dados com o 
Clock da rede, o padrão para cada byte é AAh (10101010). 
Os endereços de origem e destino identificam o que esta sendo transmitido 
e quem esta recebendo as informações, esses endereços são conhecidos 
como endereço MAC e possuem quarenta e oito bytes de comprimento. 
O endereço MAC é o endereço físico do elemento de rede. Os três 
primeiros bytes são destinados a informação do fabricante, os três 
posteriores são fornecidos pelo fabricante para identificação do modulo de 
rede Profinet.
O campo tipo e frame ID identificam o tipo de informação a ser transmitida 
e o tamanho do campo de dados. O campo de dados pode variar de trinta e 
seis a mil quatrocentos e setenta e dois bytes. No quadro ethernet 
IEEE802.3, a variação de campo de dados é de quarenta e seis a mil 
quinhentos bytes (cabeçalho e informação), essa diferença é justamente 
para aplicações IRT, com a diminuição do campo de dados e, 
consequentemente, o tempo de resposta da rede. 
A verificação de erro é do tipo CRC, onde se tem um polinômio de grau 
trinta e dois para efetuar a operação matemática de verificação de erro na 
mensagem transmitida. 
Outro ponto a ser destacado é o atraso da rede com relação ao switch, 
sendo que o switch gera um pequeno atraso na rede . 
É importante levar em consideração na hora de calcular o ciclo de 
varredura da rede ou no atraso que um elemento pode causar se houver 
muitos switches na rede. 
O meio físico IEEE802.3 para redes Ethernet industriais 
Tabela – Características físicas das redes de Ethernet industriais. 
Para a configuração utilizando par trançado blindado, o cabo possui dois 
pares (quatro vias), categoria 5 e também há possibilidade de utilização de
repetidores (hubs industriais) ou switches industriais que podem aumentar a 
distancia da rede para ate 500 metros (utilizando par trançado ) . 
Já para configuração utilizando fibra ótica é possível utilizar repetidores 
ópticos e, dependendo do tipo de fibra utilizada (monomodo ou 
multímodo), pode-se chegar a distancias de dezenas de quilômetros, 
colocando vários repetidores em cascata durante o percurso do sinal óptico. 
A topologia da rede é, comumente, projetada em estrela, utilizando o 
mestre (controller) como elemento central da rede, os switches industriais 
especiais para derivar e interligar os elementos da rede e os módulos de 
campo (nodes) onde são conectados os sensores e atuadores. 
A figura abaixo ilustra uma topologia típica para uma rede Ethernet 
industrial. 
Figura – Topologia para uma rede Ethernet industrial qualquer. 
PROFIBUS DP 
O PROFIBUS DP é a solução de alta velocidade (high-speed) do 
PROFIBUS. Seu desenvolvimento foi otimizado especialmente para 
comunicações entres os sistemas de automações e equipamentos 
descentralizados. Voltada para sistemas de controle, onde se destaca o
acesso aos dispositivos de I/O distribuídos. É utilizada em substituição aos 
sistemas convencionais 4 a 20 mA, HART ou em transmissão com 24 
Volts. Utiliza-se do meio físico RS-485 ou fibra ótica. Requer menos de 2 
ms para a transmissão de 1 kbyte de entrada e saída e é amplamente 
utilizada em controles com tempo crítico. 
Atualmente, 90% das aplicações envolvendo escravos Profibus utilizam-se 
do PROFIBUS DP. Essa variante está disponível em três versões: DP-V0 
(1993), DP-V1 (1997) e DP-V2 (2002). A origem de cada versão aconteceu 
de acordo com o avanço tecnológico e a demanda das aplicações exigidas 
ao longo do tempo. 
Figura 1 – Tipo de funcionalidade dos periféricos. 
RS 485: O MEIO FÍSICO MAIS APLICADO DO PROFIBUS 
A transmissão RS 485 é a tecnologia de transmissão mais utilizada no 
PROFIBUS, embora a fibra ótica possa ser usada em casos de longas 
distâncias (maior do que 80Km). Seguem as principais características: 
 Transmissão Assíncrona NRZ.
 Baud rates de 9.6 kBit/s a 12 Mbit/s, selecionável. 
 Par trançado com blindagem. 
 32 estações por segmento, máx. 127 estações. 
 Distância dependente da taxa de transmissão (tabela 1). 
 12 MBit/s = 100 m; 1.5 MBit/s = 400m; < 187.5 kBit/s = 1000 m. 
 Distância expansível até 10Km com o uso de repetidores. 
 9 PIN, D-Sub conector. 
Normalmente se aplica em áreas envolvendo alta taxa de transmissão, 
instalação simples a um custo baixo. A estrutura do barramento permite a 
adição e remoção de estações sem influências em outras estações com 
expansões posteriores sem nenhum efeito em estações que já estão em 
operação. 
Quando o sistema é configurado, apenas uma única taxa de transmissão é 
selecionada para todos os dispositivos no barramento. 
Há necessidade da terminação ativa no barramento no começo e fim de 
cada segmento, conforme a figura 2, sendo que, para manter a integridade 
do sinal de comunicação, ambos terminadores devem ser energizados. 
Figura 2 – Padrão de comunicação RS 232.
PROFIBUS-DP E A ALTA TAXA DE VELOCIDADE DE 
COMUNICAÇÃO. 
O perfil PROFIBUS-DP foi desenvolvido para atender comunicação cíclica 
de forma rápida entre os dispositivos distribuídos. Além disso, o 
PROFIBUS DP oferece funções para serviços de acesso acíclico, como 
configuração, monitoração, diagnósticos e gerenciamento de alarmes de 
equipamentos de campo. 
Em 12Mbit/s, O PROFIBUS-DP requer somente 1 ms para transmitir 512 
bits de entrada e 512 bits de saída, distribuídos entre 32 estações. Esse 
perfil é ideal para controles discretos, exigindo alta velocidade de 
processamento. A Figura 7 mostra o tempo típico de transmissão do 
PROFIBUS-DP, em função do número de estações e velocidade de 
transmissão, onde cada escravo possui 2 bytes de entrada e 2 bytes de saída 
e o “ Minimal Slave Interval Time ” é 200μs. 
Figura 3 – Comparativo entre os tipos de ProfiBus
TEMPO DE RESPOSTA NO PROFIBUS DP 
O tempo de reposta em um sistema Profibus DP é essencialmente 
dependente dos seguintes fatores: 
 MaxTSDR (tempo de resposta após o qual uma estação pode 
responder). 
 A taxa de comunicação selecionada. 
 Min_Slave_Intervall (tempo entre dois ciclos de polling, no qual um 
escravo pode trocar dados com um escravo. Depende do ASIC 
utilizado, porém no mercado encontra-se tempos de 100μs). 
Para efeitos práticos, à 12Mbits/s pode-se assumir que o tempo de ciclo de 
mensagem (Tmc), que envolve o promptingtelegram + TSDR + a resposta 
do escravo, onde N é o número de entradas e saídas do escravo, é: 
Tmc = 27μs + N x 1.5μs 
Por exemplo: um mestre com 5 escravos e cada escravo com 10 bytes de 
entrada e 20 de saída, à 12Mbits/s teria um Tmc aproximado de 72μs/slave. 
O tempo de ciclo de barramento é obtido somando-se todos os ciclos de 
mensagem: 
Tbc = 5 x 72μs = 360μs 
Uma explicação mais detalhada sobre tempos do sistema pode ser 
consultada no padrão IEC 61158. 
O comprimento da rede é um fator muito importante a ser analisado, pois 
quanto maior ele for maior pode ser a distorção dos sinais. O terminador é 
uma impedância que se acrescenta na rede PROFIBUS a fim de evitar este 
problema, pois este tem a função de casar a impedância da rede,
minimizando erros de comunicação por distorções de sinais. Vale a pena 
lembrar que se não houver um terminador na rede, o cabeamento irá 
funciona como uma antena, facilitando a distorção de sinais e aumentando 
a susceptibilidade a ruídos. A impedância característica é o valor da carga, 
que colocada no final desta linha, não reflete nenhuma energia. Em outras 
palavras, é o valor da carga que proporciona um coeficiente de reflexão 
zero, ou ainda, uma relação de ondas estacionárias igual a um. 
Tanto a rede PROFIBUS-DP quanto a rede PROFIBUS-PA exigem 
terminadores, pois sua ausência causa o desbalanceamento, provocando 
atraso de propagação, assim como oscilações ressonantes amortecidas, 
causando transposição dos níveis lógicos (thresholds), além de melhorar a 
margem de ruído estático. No PROFIBUS-DP, os terminadores são ativos, 
isto é, são alimentados. Veja a Figura 4. 
Figura 4 – Terminação rede ProfiBus.
Bibliografia 
1. Normativa Peças de Profibus FMS, DP e PA, de acordo com a norma 
europeia EN5170 Volume 2. Edição 1.0 (1998). 
2. NETO, CD (2008). O Profissional de Automação com Nível 
Superior. III Fórum Internacional de Automação do Setor Sucroalcoleiro e 
Alimentício. 2008. 
3. Manual dos Procedimentos de instalação, Operação e Manutenção - 
Geral Profibus PA. Smar, de 2009. 
4. http://www.smar.com/brasil/artigo-tecnico/profibus-instalacao-avancada- 
parte-1. Acesso em : 24/11/2014

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  • 1. Protocolo ProfiBus Engenharia Elétrica 10° Período 26/11/2014 Redes Industriais – UNICEP Professor Rodrigo Alunos: Isac Negreiros dos Santos Junior, RA: 3800608 João Paulo Ferreira, RA 3800605 Tiago Valério Franco, RA 3800576 Antônio Marcos Lino dos Santos, RA 3800591 Gerson Roberto da Silva, RA 3800701
  • 2. PROTOCOLO PROFIBUS Comunicação Industrial Figura 1 – Comunicação Industrial A tecnologia da informação tem sido determinante no desenvolvimento da tecnologia da automação, alterou hierarquias e estruturas no ambiente dos escritórios e chega agora ao ambiente industrial nos seus mais diversos setores, desde as indústrias de processo e manufatura até prédios e sistemas logísticos. A capacidade de comunicação entre dispositivos e o uso de mecanismos padronizados, abertos e transparentes são componentes indispensáveis do conceito de automação de hoje. A comunicação vem se expandindo rapidamente no sentido horizontal nos níveis inferiores (field level), assim como no sentido vertical integrando todos os níveis hierárquicos. De acordo com as características da aplicação e do custo máximo a ser atingido, uma combinação gradual de diferentes sistemas de comunicação, tais como Ethernet, PROFIBUS e AS-Interface, oferece as condições ideais de redes abertas em processos industriais. No nível de atuadores/sensores o AS-Interface é o sistema de comunicação de dados ideal, pois os sinais binários de dados são transmitidos via um barramento extremamente simples e de baixo custo, juntamente com a energia (24Vdc) necessária para alimentar estes mesmos sensores e atuadores. Outra característica importante é que os dados são transmitidos ciclicamente, de uma maneira extremamente eficiente e rápida.
  • 3. No nível de campo, a periferia distribuída, tais como módulos de E/S, transdutores, acionamentos (drives), válvulas e painéis de operação, comunicam-se com sistemas de automação via um eficiente sistema de comunicação em tempo real, o PROFIBUS DP ou PA. A transmissão de dados do processo é efetuada ciclicamente, enquanto alarmes, parâmetros e diagnósticos são transmitidos aciclicamente, somente quando necessário. No nível de célula, os controladores programáveis, tais como CLP’s e PC’s comunicam-se uns com os outros, o que requer grandes pacotes de dados e um grande número de funções poderosas de comunicação. Além disto, uma integração eficiente aos sistemas de comunicação corporativos existentes, tais como: Intranet, Internet e Ethernet é um requisito absolutamente mandatório, o que o PROFIBUS FMS e o PROFINet podem suprir. A revolução da comunicação industrial na tecnologia da automação está revelando um enorme potencial na otimização de sistemas de processo e tem feito uma importante contribuição na direção da melhoria no uso de recursos. Um pouco de história A história do PROFIBUS começa na aventura de um projeto da associação apoiado por autoridades públicas, que iniciou em 1987 na Alemanha. Dentro do contexto desta aventura, 21 companhias e institutos uniram forças e criaram um projeto estratégico fieldbus. O objetivo era a realização e estabilização de um barramento de campo bit serial, sendo o requisito básico a padronização da interface de dispositivo de campo. Por esta razão, os membros relevantes das companhias do ZVEI (Associação Central da Indústria Elétrica) concordaram em apoiar um conceito técnico mútuo para manufatura e automação de processos. Um primeiro passo foi a especificação do protocolo de comunicações complexas PROFIBUS FMS (Especificação de Mensagens Fieldbus), que foi costurado para exigência de tarefas de comunicação. Um passo mais adiante em 1993, viu-se a conclusão da especificação para o mais simplesmente configurado e mais rápido PROFIBUS DP (Periferia Descentralizada). Este protocolo está disponível agora em três versões funcionais, o DP-V0, DPV1 e DP-V2. Baseado nestes dois protocolos de comunicação, acoplado com o desenvolvimento de numerosos perfis de aplicações orientadas e um número de dispositivos de crescimento rápido, o PROFIBUS começou seu avanço inicialmente na automação manufatura, e desde 1995, na automação de processos. Hoje, o PROFIBUS é o barramento de campo líder no mercado mundial.
  • 4. REDE PROFIBUS PA O Profibus PA define, em adição às definições padrões do Profibus DP, os parâmetros e blocos de função para dispositivos de automação de processo, tais como transmissores, válvulas e posicionadores. Além disso, possui uma característica adicional que é a transmissão intrinsecamente segura, o que faz com que ele possa ser usado em áreas classificadas, ou seja, ambientes onde existe o perigo de explosão. É indicado para controlar variáveis analógicas em controle de processos. É encontrado predominantemente nas indústrias de transformação e pode ser utilizado em substituição ao padrão 4 a 20 mA. Principais vantagens: • Transmissão confiável das informações; • Tratamento de status das variáveis; • Sistema de segurança em caso de falha; • Equipamentos com capacidade de auto diagnose; • Integração com controle discreto em alta velocidade; • Aplicações em qualquer segmento; • Redução de até 40% nos custos de instalação; • Redução de até 25% nos custos de manutenção; • Menor tempo de startup; • Aumento significativo da funcionalidade, disponibilidade e segurança. Características técnicas: • Abaixo, podemos conferir as características técnicas do protocolo Profibus PA: • Nível de tensão do sinal: 750 a 1000 mV. • Camadas utilizadas: Física (Physical Layer), Enlace (Data Link Layer) e Interface com o Usuário (User Interface).
  • 5. • Velocidade de transmissão utilizada: modo H1 – 31,25 Kbps. • Tipo de codificação: Manchester. • Alimentação: cada equipamento na rede deve ser alimentado com no mínimo 9V. Essa alimentação pode ser externa ou via barramento. • Comprimento máximo do segmento: 1900m sem repetidor. É permitido o uso de até 4 repetidores, o que faz com que a extensão da rede alcance 9,5 km. • Número de equipamentos no barramento: até 32. Este número pode variar de acordo com a classificação da área, o consumo de corrente nestes equipamentos, as distâncias envolvidas entre mestre e escravos e o tipo de cabo utilizado na instalação. • Áreas com segurança intrínseca: utilização de até 9 equipamentos em áreas classificadas como Grupo IIC e até 23 equipamentos em áreas classificadas como Grupo IIB. Esses valores usam como referência uma corrente quiescente de 10 mA. • Topologias: barramento, árvore, estrela ou mista. O modelo fisco • O modelo FISCO cumpre os requisitos de segurança intrínseca, mas trouxe algumas vantagens sobre o modelo como a segurança intrínseca era implementada anteriormente. As duas principais vantagens são: • Maior disponibilidade de potência no barramento intrinsecamente seguro; • Simplificação da verificação de conformidade de um sistema implementado com dispositivos certificados para o modelo FISCO, dispensando a certificação do sistema como um todo (este processo de certificação era complexo e caro). • O modelo FISCO consiste basicamente em: • Ter um único dispositivo ativo (fonte de alimentação) no barramento de campo, localizado na área não classificada;
  • 6. • Todos os demais dispositivos de campo, na área classificada, são passivos; • Os dispositivos de campo devem ser certificados conforme o modelo FISCO, por entidades como PTB (Alemanha), CSA (Canadá), e outros; • Cada dispositivo de campo deve garantir o consumo de, pelo menos, 10 mA (ver figura 2); • O comprimento máximo do barramento de campo deve ser 1000 m (Ex ia) ou 1900 m (Ex ib); • Os cabos do barramento devem ter os seguintes parâmetros: • resistência entre 15 e 150 /km; • capacitância entre 80 e 200 F/km; • indutância entre 0,4 e 1 mH/km. Tipos de cabos Existem 4 tipos de cabos que podem ser utilizados em uma instalação. Veja na Tabela 1 as principais características de cada um deles. Tabela 1 – Caracteristicas de cabos
  • 7. Uma das situações que podem causar interferência nos sinais que estão sendo transmitidos é a proximidade com alguns tipos de cabos. Para evitar este tipo de problema, veja na Tabela 2 as distâncias mínimas recomendadas para instalação de cabos Profibus. Tabela 2 – Distâncias Mínimas PERFIL DE COMUNICAÇÃO FMS O perfil de comunicação FMS foi projetado para a comunicação no nível de células. Neste nível, controladores programáveis (CLP’s ou PC’s) comunicam-se uns com outros. Nesta área de aplicação, mais importante que um sistema com tempos de reação rápida é um sistema com uma diversidade grande de funções disponíveis. A camada de aplicação (7) do FMS é composta das seguintes partes: - FMS: Fildbus Message Specification e - LLI: Lower Layer Interface O modelo de comunicação PROFIBUS FMS possibilita que aplicações distribuídas sejam unificadas em um processo comum através do uso de relacionamentos de comunicação. A parte da aplicação situada no dispositivo de campo que pode ser acessada via comunicação é denominada de dispositivo virtual campo (VFD – virtual field device). A figura 2 mostra a relação entre um dispositivo real e virtual. Neste exemplo
  • 8. somente determinadas variáveis (isto é, número de unidades, taxa de falhas e paradas) são parte do dispositivo de campo virtual e podem ser acessadas via uma relação de comunicação. As variáveis “valor desejado” (setpoint) e “receita” (recipe) não estão disponíveis neste caso. Todos os objetos de comunicação de um dispositivo FMS são registrado em um dicionário de objetos (OD). O dicionário contém descrição, estrutura e tipo de dados, assim como a associação entre os endereços internos do dispositivo do objeto de comunicação e sua denominação no barramento (índice/nome). Objetos de comunicação estática são registrados no dicionário de objetos estáticos. São configurados um única vez e não podem ser modificados durante a operação. FMS reconhece cinco tipos de objetos de comunicação. - variáveis simples - matriz (array): série de simples variáveis do mesmo tipo - registro (record): série de variáveis simples de diferentes tipos - domínio (domain) - evento (event message) “Objetos de comunicação dinâmica são registrados na seção dinâmica do dicionário de objetos”. Estes podem ser modificados durante a operação.
  • 9. Figura 2 – VFD – equipamento de campo virtual com OD Endereçamento lógico é o método preferido de endereçamento de objetos. O acesso é realizado com um endereço curto (índice) que é um número inteiro sem sinal. Cada objeto possui um único índice. Opcionalmente pode-se endereçar os objetos pelo nome. Objetos de comunicação podem também ser protegidos do acesso não autorizado através da proteção de acesso, ou os serviços de acesso é que podem ser restringidos (por exemplo somente leitura). FMS Services Os serviços FMS são um subset dos serviços MMS (MMS – Manufacturing Message Specification, ISSO 9506), que foram otimizados para aplicações de barramentos e que foram então estendidos por funções para a administração dos objetos de comunicação e gerenciamento de redes. A figura 3 provê uma visão geral dos serviços profibus disponíveis.
  • 10. Serviços confirmados podem somente ser utilizados para relação de comunicação orientada à conexão. A execução do serviço é mostrada na figura 4. Serviços não confirmados podem também ser utilizados em relações de comunicação sem conexão (broadcast e multicast). Podem ser transmitidos em alta ou baixa prioridade. Figura 3 – Serviços FMS Os serviços FMS estão divididos nos seguintes grupos: - Serviços de gerenciamento do contexto para estabelecer ou encerrar conexões lógica. - Serviços de acesso à variáveis utilizados para acessar variáveis, registros, matrizes ou lista de variáveis.
  • 11. - Serviços de gerenciamento do domínio utilizados para transmitir grande quantidades de memória. Os dados devem ser divididos em segmentos pelo usuário. - Serviços de gerenciamento de chamada de programas utilizados para controle de programas. - Serviços de gerenciamento de eventos utilizados para transmitir mensagens de alarme. Estas mensagens são enviadas como transmissões multicast ou broadcast. - Serviços VFD Suport utilizados para identificação e status. Podem ser enviados espontaneamente quando requisitados por um dispositivo como transmissão multicast ou broadcast. - Serviços de gerenciamento OD utilizados para acessos de leitura e escrita ao dicionário de objetos. Lower Layer Interface (LLI). O mapeamento das camadas 7 a 2 é gerenciada pela LLI. Tarefas incluem controle de fluxo e monitoração da conexão. O usuário comunica-se com outros processos através de canal lógico denominado de associação de comunicação. O LLI provê vários tipos de associação de comunicação para a execução do FMS e serviços de gerenciamento. As associações de comunicações têm diferentes capacidades de conexão (isto é, monitoração, transmissão e demandas dos parceiros de comunicação). Associação de comunicação orientada à conexão representa uma conexão lógica ponto-a-ponto entre dois processos de aplicação. A conexão deve primeira ser estabelecida com um serviço Initiate antes que possa ser utilizado para transmissão de dados. Após tenha sido estabelecida com sucesso, a conexão é protegida contra acesso não autorizado e fica disponível para a transmissão de dados. Quando a conexão não é mais necessária, ela pode ser desconectada através do serviço Abort. O LLI possibilita a monitoração controlada por tempo para associações de comunicação orientadas à conexão. Os atributos da conexão “aberta” e “definida” são outra importante característica de uma associação de comunicação orientada à conexão.
  • 12. Nas conexões definidas o parceiro da comunicação é especificado durante a configuração. Em conexões abertas o parceiro da comunicação não especificado até a fase de estabelecimento da conexão. Associações de comunicação sem conexão possibilitam a um dispositivo se comunicar simultaneamente com diversas estações utilizando serviços não confirmados. Em associações de comunicação broadcast, um serviço FMS não confirmado é simultaneamente enviado para todas as outras estações. Em relacionamentos de comunicação multicast, um serviço FMS não confirmado é simultaneamente enviados para um predefinido grupo de estações. Todas as associações de um dispositivo FMS são registrados no CRL. EM dispositivos simples, a lista é definida pelo fabricante. No caso de dispositivos complexos, o CRL é configurável pelo usuário. Cada associação de comunicação é endereçado por uma designação abreviada, a referência de comunicação (CREF). Do ponto de vista do barramento, uma CREF é definida pelo endereço da estação, ponto de acesso do serviço da camada 2 e LLI. O CRL contém a associação entre o CREF e a camada 2 bem como o endereço LLI. Adicionalmente, o CRL também especifica quais serviços DMS serão suportados, o tamanho dos telegramas, etc. para cada CREF.
  • 13. Figura 4 – Sequência de um serviço FMS Gerenciamento de Rede Além dos serviços FMS, funções de gerenciamento de rede (Fieldbus Management Layer 7 = FMA7) estão disponíveis. As funções FMA7 são opcionais e permitem uma configuração central. Podem ser iniciadas remota ou localmente. Gerenciamento de Contexto: pode ser utilizado para estabelecer e desconectar uma conexão FMA7. Gerenciamento da Configuração: pode ser usada para acessar CRL’s, variáveis, contadores estáticos e parâmetros das camadas 1e 2. Pode também ser usada para identificação e registro das estações do barramento. Gerenciamento de Falha: pode ser usada para indicar falhas/eventos e para reiniciar os dispositivos.
  • 14. Profinet O profinet é uma rede padronizada pela Associação profibus Internacional como uma das quatorze redes de Ethernet industrial A norma que regulamenta o profinet é a IEC61158-5 e IEC61158,sendo o décimo protocolo incluso desta norma (Type 10). Basicamente, há dois tipos de redes Profinet: Profinet IO e Profinet CBA. O Profinet IO é utilizado em aplicações em tempo real (rápidas) e o Profinet CBA é utilizado em aplicações onde o tempo não é tão critico, por exemplo, na conversão da rede profibus DP. A figura abaixo ilustra como o profinet definiu suas chamadas baseadas nas arquiteturas TPC/IP. Figura – Arquitetura TCP/IP para Profinet Nota-se pela figura acima que o profinet pode ter três formas distintas de operação, sendo duas pelo tempo real e uma para não tempo real.
  • 15. A primeira baseia-se a arquitetura TCP ou UDP na camada quatro. Essa arquitetura é a chamada e NON-REAL TIME (Non-RT), pois se tempo de processamento aproxima-se dos 100ms. A grande aplicação neste tipo de comunicação é de configuração e rede ou na comunicação com os Proxis, utilizando CBA. Os Proxis são conversores de um determinado protocolo em outro (por exemplo, de profinet para profibus DP ou de Profinet para Interbus S ), conforme mostrado na figura abaixo. Figura – Proxy Profinet/Profbus DP e Profnet/Interbus S. A segunda maneira baseia-se no chamado Soft Real Time (SRT), caracterizando por ser um sinal que interliga diretamente a chamada da Ethernet a aplicação. Com a eliminação de vários níveis de protocolo, há redução no comprimento das mensagens transmitidas , necessitando de menos tempo para transmitir os dados na rede. Podem-se utilizar os dois tipos de Profinet, CBA e IO, nesse caso. A terceira maneira baseia-se no conceito de Isochronous Real Time (IRT), para aplicações em que o tempo de resposta é critico e deve ser menor do que 1 ms. Uma aplicação típica deste conceito é o controle de movimentos de robôs, quando o tempo de atualização dos dados deve ser pequeno. Utiliza-se apenas o Profinet IO para este caso. A figura abaixo os conceitos de Non-Real-Time (aplicações com tempos de varredura em torno de 100ms), Soft Real Time (aplicações com tempo de varredura em torno de 10 ms) e Isochronous Real Time (aplicações com tempo de varredura menores do que 1 ms).
  • 16. Figura – Comparativos de tempos da rede Profinet. Profinet IO O profinet IO é, na realidade, uma extensão de protocolo profibus DP. Ele opera diretamente com os elementos de campo, realizando leituras dos sensores, atualizações dos sinais de saída e controle do diagnóstico de rede. A rede ethernet industrial Profinet IO descreve um modelo do dispositivo baseado em características essenciais, o profibus DP, incluindo canais para cada elemento alocado na rede . As características dos dispositivos de campo são descritas via GSD em uma base XML. O arquivo GSDML (GSD em uma base de programação XML) acompanha todos os elementos da rede Profinet IO e descreve as principais características de cada um deles . O mesmo deve ser fornecido pelo fabricante do equipamento. Para se conseguir um tempo de resposta utilizando o Profinet IO na configuração IRT (Isochronous Real Time ), é necessário um hardware especifico que consiga processar as informações nesse tempo (para o cabo IRT). Assim a Siemens desenvolveu o ERTEC 400 que é um processador voltado as aplicações em Profinet.
  • 17. O quadro da rede Profinet IO é mostrado na figura abaixo e segue a mesma estrutura do campo Ethernet falado anteriormente, a grande diferença esta no campo Frame ID, que nesse caso é possível distinguir se o quadro é IRT, SRT ou Non-RT, de acordo com os dois bytes do campo. Cada valor deste campo, define como as mensagens serão trafegadas na rede por exemplo: de 0000h a 00FFh, quadro IRT, de 8000h a FBFFh, quadro SRT e de FC00h a FE02h, quadro Non-RT. De acordo com a figura abaixo, a quantidade mínima de bytes do quadro Profinet IO é de setenta e dois bytes, contando cabeçalho, informações e verificação de erro. Figura – Quadro profinet IO O preâmbulo são bits auxiliares que identificam o inicio da transmissão e servem para sincronizar o elemento que deseja transmitir seus dados com o Clock da rede, o padrão para cada byte é AAh (10101010). Os endereços de origem e destino identificam o que esta sendo transmitido e quem esta recebendo as informações, esses endereços são conhecidos como endereço MAC e possuem quarenta e oito bytes de comprimento. O endereço MAC é o endereço físico do elemento de rede. Os três primeiros bytes são destinados a informação do fabricante, os três posteriores são fornecidos pelo fabricante para identificação do modulo de rede Profinet.
  • 18. O campo tipo e frame ID identificam o tipo de informação a ser transmitida e o tamanho do campo de dados. O campo de dados pode variar de trinta e seis a mil quatrocentos e setenta e dois bytes. No quadro ethernet IEEE802.3, a variação de campo de dados é de quarenta e seis a mil quinhentos bytes (cabeçalho e informação), essa diferença é justamente para aplicações IRT, com a diminuição do campo de dados e, consequentemente, o tempo de resposta da rede. A verificação de erro é do tipo CRC, onde se tem um polinômio de grau trinta e dois para efetuar a operação matemática de verificação de erro na mensagem transmitida. Outro ponto a ser destacado é o atraso da rede com relação ao switch, sendo que o switch gera um pequeno atraso na rede . É importante levar em consideração na hora de calcular o ciclo de varredura da rede ou no atraso que um elemento pode causar se houver muitos switches na rede. O meio físico IEEE802.3 para redes Ethernet industriais Tabela – Características físicas das redes de Ethernet industriais. Para a configuração utilizando par trançado blindado, o cabo possui dois pares (quatro vias), categoria 5 e também há possibilidade de utilização de
  • 19. repetidores (hubs industriais) ou switches industriais que podem aumentar a distancia da rede para ate 500 metros (utilizando par trançado ) . Já para configuração utilizando fibra ótica é possível utilizar repetidores ópticos e, dependendo do tipo de fibra utilizada (monomodo ou multímodo), pode-se chegar a distancias de dezenas de quilômetros, colocando vários repetidores em cascata durante o percurso do sinal óptico. A topologia da rede é, comumente, projetada em estrela, utilizando o mestre (controller) como elemento central da rede, os switches industriais especiais para derivar e interligar os elementos da rede e os módulos de campo (nodes) onde são conectados os sensores e atuadores. A figura abaixo ilustra uma topologia típica para uma rede Ethernet industrial. Figura – Topologia para uma rede Ethernet industrial qualquer. PROFIBUS DP O PROFIBUS DP é a solução de alta velocidade (high-speed) do PROFIBUS. Seu desenvolvimento foi otimizado especialmente para comunicações entres os sistemas de automações e equipamentos descentralizados. Voltada para sistemas de controle, onde se destaca o
  • 20. acesso aos dispositivos de I/O distribuídos. É utilizada em substituição aos sistemas convencionais 4 a 20 mA, HART ou em transmissão com 24 Volts. Utiliza-se do meio físico RS-485 ou fibra ótica. Requer menos de 2 ms para a transmissão de 1 kbyte de entrada e saída e é amplamente utilizada em controles com tempo crítico. Atualmente, 90% das aplicações envolvendo escravos Profibus utilizam-se do PROFIBUS DP. Essa variante está disponível em três versões: DP-V0 (1993), DP-V1 (1997) e DP-V2 (2002). A origem de cada versão aconteceu de acordo com o avanço tecnológico e a demanda das aplicações exigidas ao longo do tempo. Figura 1 – Tipo de funcionalidade dos periféricos. RS 485: O MEIO FÍSICO MAIS APLICADO DO PROFIBUS A transmissão RS 485 é a tecnologia de transmissão mais utilizada no PROFIBUS, embora a fibra ótica possa ser usada em casos de longas distâncias (maior do que 80Km). Seguem as principais características:  Transmissão Assíncrona NRZ.
  • 21.  Baud rates de 9.6 kBit/s a 12 Mbit/s, selecionável.  Par trançado com blindagem.  32 estações por segmento, máx. 127 estações.  Distância dependente da taxa de transmissão (tabela 1).  12 MBit/s = 100 m; 1.5 MBit/s = 400m; < 187.5 kBit/s = 1000 m.  Distância expansível até 10Km com o uso de repetidores.  9 PIN, D-Sub conector. Normalmente se aplica em áreas envolvendo alta taxa de transmissão, instalação simples a um custo baixo. A estrutura do barramento permite a adição e remoção de estações sem influências em outras estações com expansões posteriores sem nenhum efeito em estações que já estão em operação. Quando o sistema é configurado, apenas uma única taxa de transmissão é selecionada para todos os dispositivos no barramento. Há necessidade da terminação ativa no barramento no começo e fim de cada segmento, conforme a figura 2, sendo que, para manter a integridade do sinal de comunicação, ambos terminadores devem ser energizados. Figura 2 – Padrão de comunicação RS 232.
  • 22. PROFIBUS-DP E A ALTA TAXA DE VELOCIDADE DE COMUNICAÇÃO. O perfil PROFIBUS-DP foi desenvolvido para atender comunicação cíclica de forma rápida entre os dispositivos distribuídos. Além disso, o PROFIBUS DP oferece funções para serviços de acesso acíclico, como configuração, monitoração, diagnósticos e gerenciamento de alarmes de equipamentos de campo. Em 12Mbit/s, O PROFIBUS-DP requer somente 1 ms para transmitir 512 bits de entrada e 512 bits de saída, distribuídos entre 32 estações. Esse perfil é ideal para controles discretos, exigindo alta velocidade de processamento. A Figura 7 mostra o tempo típico de transmissão do PROFIBUS-DP, em função do número de estações e velocidade de transmissão, onde cada escravo possui 2 bytes de entrada e 2 bytes de saída e o “ Minimal Slave Interval Time ” é 200μs. Figura 3 – Comparativo entre os tipos de ProfiBus
  • 23. TEMPO DE RESPOSTA NO PROFIBUS DP O tempo de reposta em um sistema Profibus DP é essencialmente dependente dos seguintes fatores:  MaxTSDR (tempo de resposta após o qual uma estação pode responder).  A taxa de comunicação selecionada.  Min_Slave_Intervall (tempo entre dois ciclos de polling, no qual um escravo pode trocar dados com um escravo. Depende do ASIC utilizado, porém no mercado encontra-se tempos de 100μs). Para efeitos práticos, à 12Mbits/s pode-se assumir que o tempo de ciclo de mensagem (Tmc), que envolve o promptingtelegram + TSDR + a resposta do escravo, onde N é o número de entradas e saídas do escravo, é: Tmc = 27μs + N x 1.5μs Por exemplo: um mestre com 5 escravos e cada escravo com 10 bytes de entrada e 20 de saída, à 12Mbits/s teria um Tmc aproximado de 72μs/slave. O tempo de ciclo de barramento é obtido somando-se todos os ciclos de mensagem: Tbc = 5 x 72μs = 360μs Uma explicação mais detalhada sobre tempos do sistema pode ser consultada no padrão IEC 61158. O comprimento da rede é um fator muito importante a ser analisado, pois quanto maior ele for maior pode ser a distorção dos sinais. O terminador é uma impedância que se acrescenta na rede PROFIBUS a fim de evitar este problema, pois este tem a função de casar a impedância da rede,
  • 24. minimizando erros de comunicação por distorções de sinais. Vale a pena lembrar que se não houver um terminador na rede, o cabeamento irá funciona como uma antena, facilitando a distorção de sinais e aumentando a susceptibilidade a ruídos. A impedância característica é o valor da carga, que colocada no final desta linha, não reflete nenhuma energia. Em outras palavras, é o valor da carga que proporciona um coeficiente de reflexão zero, ou ainda, uma relação de ondas estacionárias igual a um. Tanto a rede PROFIBUS-DP quanto a rede PROFIBUS-PA exigem terminadores, pois sua ausência causa o desbalanceamento, provocando atraso de propagação, assim como oscilações ressonantes amortecidas, causando transposição dos níveis lógicos (thresholds), além de melhorar a margem de ruído estático. No PROFIBUS-DP, os terminadores são ativos, isto é, são alimentados. Veja a Figura 4. Figura 4 – Terminação rede ProfiBus.
  • 25. Bibliografia 1. Normativa Peças de Profibus FMS, DP e PA, de acordo com a norma europeia EN5170 Volume 2. Edição 1.0 (1998). 2. NETO, CD (2008). O Profissional de Automação com Nível Superior. III Fórum Internacional de Automação do Setor Sucroalcoleiro e Alimentício. 2008. 3. Manual dos Procedimentos de instalação, Operação e Manutenção - Geral Profibus PA. Smar, de 2009. 4. http://www.smar.com/brasil/artigo-tecnico/profibus-instalacao-avancada- parte-1. Acesso em : 24/11/2014