O documento discute a corrupção política em Limeira e a dificuldade de protocolar um projeto social na prefeitura para combater o trabalho infantil. O autor descreve sua jornada burocrática enfrentando vários obstáculos como taxas, sistemas indisponíveis e falta de apoio do poder público. Apesar dos desafios, ele permanece determinado em levar o projeto adiante para ajudar a comunidade.
Desafios para implementar um projeto social em Limeira
1. (Via Facebook)
A diferença do atual prefeito de Limeira para o corrupto antecessor, é que o Félix não
escorregou na entrada, mas escorregou na saída. Esse que está aí já entrou
escorregando. E quem entra escorregando, tende-se a perder o equilíbrio rapidinho,
rapidinho.
Nota: limeirenses adeptos do fisiologismo, por favor, não “Curtam” aqui. A prática desses
fracos (políticos) é a de magoar-se com facilidade, alimentar rancores moleques e atacar,
repletos de ingênuas vinganças, as quais, normalmente, causam desgastes para ambos
os lados.
——:——
http://servicosonline.limeira.sp.gov.br/procweb/cnsProcesso/cnsProcesso.php
(Ano:2013–NºProcesso:40035)
Quando temos um pedido de legitimidade e interesse público indeferido politicamente, a
princípio é natural a nossa sensação de perda de uma batalha. Porém, paradoxalmente,
uma sensação de vitória emerge-se ante a comprovação do mesmo Processo Oficial,
expondo à prova aquilo que alguns cidadãos ainda duvidam: as fraquezas de políticas
públicas de atos não competentes ao verdadeiro poder que a eles outorgamos nas urnas.
Com estes documentos em mãos, nós, meros cidadãos de ideias e ideais emergentes e
permanentes, adicionamos mais valores pessoais no sentido da nossa automoralidade,
ao podermos propagar à cidadania de bem as já sabidas obscuridades existentes por trás
dos muros de rastejantes ausências de Estado; toda a pequenez e sórdidas covardias,
alimentadas pelos jogos de interesses escusos de politicagens, politiqueiros e um enorme
contingente de prostitutas(os) que vivem o resto de suas vidas presos às amarras do
mau-cheiro dos canais de esgotos que as direcionam pelas facilidades que fomentam a
asquerosa e não menos estúpida cultura conservadora do rabo-preso, compactuando
com o aumento dos fracassos sociais.
2. (www.softcronicas.blogspot.com)
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Um Clique para a ATUALIDADE
Daqui a apenas dois dias completar-se-á um mês da reinauguração da quadra esportiva
do Centro Comunitário do Jardim Glória, aqui em Limeira.
O motivo do evento foi a reforma desse específico espaço por conta de uma parceria da
Rio Verde Engenharia e Construções com a prefeitura municipal.
Quase que diariamente passo em frente ao referido Centro Comunitário, inclusive no dia
de hoje. Depois da reforma na quadra, nunca presenciei esta aberta para o uso público. O
que se vê são algumas poças de água que impedem qualquer prática de esportes no
local.
Ora, é basicamente sabido que um projeto — seja ele de reforma ou não — de
engenharia e construção, preza pelo ideal nivelamento do piso da uma quadra esportiva,
que evite poças d’água. Vale salientar também que, ali, há uma cobertura, em mal estado
de conservação que, desde mesmo antes da tal reforma já apresentava goteiras.
O evento de reinauguração, no dia 18 de dezembro de 2013, foi um sucesso de público;
público submisso. Contando-se os moradores, estes não atingiam uma dezena de pais
vizinhos do Centro Comunitário que acompanhavam seus filhos. Tirante a pequena
comunidade, destacava-se a massa: o prefeito, funcionários públicos, aplaudindo e
fotografando o discurso da placa — que está e permanecerá sólida lá no mesmo local
onde foi descerrada pelo chefe do executivo —, representantes empresariais, e a
imprensa local, que não deu a mínima para a Sociedade Civil, que se apresentava munida
de apelos relevantes ao tema.
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Sem Puxa-Saquismos
Hoje, 18 de dezembro, 15h00. Houve um evento no Centro Comunitário / Jardim Glória /
Limeira.
Entre tantos cidadãos presentes, também compareço — como sempre, no improviso. Eis
que surge uma pequena comissão pública com o prefeito que, após apertar várias mãos,
chega às minhas.
— Prefeito, posso tomar quase um minuto do seu tempo? — indaguei.
— Tenho que cumprimentar outras pessoas.
3. Ainda segurando a sua mão, eu disse:
— Quando você ainda era um candidato, dava toda a atenção necessária para quem quer
que fosse e aonde quer que fosse. Agora que foi eleito já não se preocupa mais com isso.
Instintivamente, ele soltou a minha mão e, forçudamente, apertou o meu braço, um pouco
abaixo do meu ombro, olhando nos meus olhos, com toda a habilidade de ex-delegado de
polícia que a vida lhe deu.
— Não é bem assim, não!
Instintivamente eu pedi:
— Se puder soltar o meu braço, eu agradeço.
Insisti no meu convite e, espontaneamente, ele acompanhou-me, ao contrário da direção
que ele vinha, e lhe mostrei um cartaz que eu havia colado na parede, com a prévia
autorização da coordenadora local.
— Apenas queria lembrá-lo de que isto se refere a um Projeto Social que vem tramitando
na prefeitura desde setembro e que, diferentemente de outros projetos, esse necessita
apenas da aprovação do Poder Público e é independente de qualquer centavo e/ ou troca
de favores.
Depois ele foi inaugurar uma placa, receber aplausos e posar para fotos.
E, por enquanto, ficou nisso...
sábado, 28 de setembro de 2013
Desinteressando interesses
Nesta semana ocorreu um fato, ao qual me segurei até hoje, mas, como veem, não pude
resistir.
Um fulano de tal, identificando-se como representante de uma consultoria (consulting etc.,
etc...), com e-mail corporativo, site da tal "consulting", me contactou, oferecendo seus
serviços.
Uma proposta assim, não é de se descartar de imediato, sem antes levar em
consideração:
• O que leva uma consultora ao interesse de uma Causa Social?
• Me dizer que estou equivocado no planejamento?!
• Que não devo, aqui, maldizer o poder público?!
• Que eles são vingativos e pirracentos?!
• E que, dependendo da sanção política para este Projeto, corro um sério risco de nada
conseguir?!
Obrigado meus amigos consultores. Nem perdi tempo em lhes perguntar se a prestação
desses seus serviços seria de caráter colaborativo ou quanto eu deveria pagar por ela —
4. já que, no primeiro e, de minha parte, o único contato, o nobre consultor omitiu essas
informações.
Independentemente, fica a minha ressalva: cutucar podres poderes , também é uma das
diretrizes do Projeto SOFT.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
A Via Crucis
Vinte e três de Setembro. Segundona braba! Um dos dias, senão o dia, de maior mauhumor de cumpridores de expedientes em repartições públicas.
Acordo, me preparo e saio em direção ao campo de batalha — novamente a sede da
prefeitura.
Logo na entrada, a primeira cópia impressa referente aos avisos amedrontadores
espalhados pelos extensos 17,2 mil m², da construção que compreende os atendimentos,
de que o cidadão não é bem-vindo àquele local: "Desacatar funcionário público é crime,
com pena de multa e bom tempo mofando atrás das grades".
Ora, não há motivo para tanto terrorismo. Pelo que se entende, funcionário público é ser
humano como qualquer semelhante e, desacato à pessoas é crime comum. Isso é
basicamente sabido e dispensa qualquer tipo de prévia intimidação. Então, bastaria
recomendar: "Não desacate o seu próximo, independentemente de qual for a sua, ou a
atribuição deste". Ficar-se-ia, digamos, mais social.
— Moça, vim para mais uma tentativa de protocolar este documento. Hoje o sistema está
ativo?
— Sim. Pode ir pagar a taxa no guichê ao fim do corredor. Depois retorne aqui.
No tal guichê no fundo do corredor fui atendido... com mais uma transferência:
— Vá ao departamento de Dívida Ativa e recolha a guia para o pagamento.
Já no departamento de Dívida Ativa:
— Tem senha? — me questionou a mocinha.
Não.
— Então, pegue a senha lá naquele canto — me apontando a direção. — Pegue a senha
vermelha — concluiu ela.
No console havia quatro botões de cores: um verde, azul, amarelo e... Quem diria! Tinha
também um vermelho. Apertei o dito cujo. E a maquininha cuspiu um tíquete amarelo.
Fui recebido por um prestativo estagiário — prestativo, mesmo! Tô zombando, não — que
se
dispôs
em
me
auxiliar
a
economizar
tempo,
dizendo:
— No caixa, tu foi comunicado que não há como fazer o pagamento lá?
— Não.
— Tome aqui as suas guias. Pague numa agência da Caixa Econômica Federal ou numa
lotérica mais próxima. Após isso já poderá retornar diretamente ao protocolo.
Logicamente, optei pelo pagamento numa lotérica. Os bancos estão em greve, pra variar.
Resumindo... Gente, não é que eu sou um dos habitantes locais de uma invejável sorte
5. extraordinária? Pois, é, logo na segunda visita à prefeitura, já consegui o tal protocolo do
Projeto SOFT. Agora é esperar mais alguns anos para que eu obtenha uma resposta do
deferimento.
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Após um relativo tempo de desafios, pesquisas, contatos e aproximações, nosso Grupo
encara o maior empecilho para a continuidade do Projeto SOFT.
Vinte de setembro de 2013. Dirijo-me ao prédio da Prefeitura de Limeira — o maior
complexo burocrático municipal — munido do devido Requerimento para o nosso
protocolo de boas intenções, e me apresento:
— Moço, vim fazer parte de uma obrigação do Poder Público que o mesmo deixa
muitíssimo a desejar em nossa cidade. Represento a Sociedade Civil que vem se
movimentando para a minimização e erradicação da exploração do trabalho infantil que
ocorre bem debaixo dos narizes de toda a população limeirense.
O burocrata me olha desconfiado, indagando:
— O que você quer, exatamente?
— Não vim implorar favores. Muito menos dinheiro, doação de um espaço físico ou pedir
que você se levante dessa sua confortável cadeira. Quero apenas que algum servidor
bata um carimbo neste documento que tenho em mãos.
— Tá. Primeiro passe no guichê do Protocolo — ele me orientou.
E lá fomos: eu e os papéis, repetir a mesma fala para a atendente, acomodada atrás de
um vidro transparente. Isso mesmo. Na prefeitura daqui, pelo menos os vidros
transparentes são transparentes.
Ouço o que a servidora tem a me dizer:
— Dirija-se ao nosso caixa, pague a devida taxa de requerimento e retorne aqui com a
guia paga.
— Fique tranquila — eu disse pra ela, na intenção de ME tranquilizar. — Não estou
discutindo com você. Estou apenas pensando em voz alta: "Que maravilha!
Estou trabalhando para a prefeitura, sem cobrar-lhe um centavo sequer, pagando os
meus impostos diários em dia, e o prefeito exige que eu lhe pague por este trabalho
também?".
Ouvindo isso, a atendente preocupa-se em mostrar competência na sua função, me
alertando:
— Pode ser que, mesmo pagando, você não consiga protocolar, ainda hoje, o seu
protocolo aqui no nosso protocolo. Estamos sem sistema. Sem previsão para a retomada
de nossos serviços.
Agradeci e saí.
É, tô vendo que, a partir de agora, isto aqui também vai consumir inúmeras páginas e
render mais um volumoso livro.