SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 19
 Pelo Professor: Gilson Nunes  Parte 1 O Barroco na Europa: uma síntese. 1563-1750
Surgiu em Roma, através do 19º Concilio Ecumênico, em 1563, na cidade de Trento.  Era preciso reagir à expansão da Reforma protestante, iniciada por Lutero na Alemanha em 1517.  A Igreja a grande mãe mecenas, patrocinadora da arte com  objetivo de fazer de Roma a mais bela cidade do mundo cristão para glória de Deus, ou seja, o catolicismo renovado – a Contra-Reforma.  Conquistar os fiéis através do poder das imagens sacras. Pois os artistas pintavam com as mãos e os olhos de Deus. Os escolhidos pelo “dom divino”.
Em 1575, em Roma, construíram a Igreja de Jesus para sediar a ordem dos jesuítas, fundada para combater o protestantismo.
O Concilio de Trento e suas idéias estéticas ajudaram os reis católicos a impor seu poder sobre os nobres.  Com isso, o surgimento de suntuosos palácios, a exemplo: Versalhes (1678) na França, reafirmando a grandeza do Estado. Porém, o estilo foi batizado como Luís XIV ou “classicismo barroco”, retomada dos valores do Renascimento Pleno italiano.
Por que Barroco??? - O termo deriva da palavra espanhola barueco, que significa pérola irregular, contorcido e grotesco. Usado na ourivesaria.  - Em francês: Trompe-l’oeil (se pronuncia tromp lei), ou seja, engana o olho.
Como identificar o estilo barroco? -  Homem dividido entre o desejo de aproveitar a vida e o de garantir um lugar no céu;  - Apelação pelo emocional, impressionar o observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos, da emoção e não apenas pelo racional.  - Relação de forças entre o bem e o mal – Deus e o Diabo, céu e a terra, pureza e pecado, alegria e tristeza, paganismo e cristianismo, espírito e matéria.
Corpos musculosos, modelados de forma a exibir força e paixão. Pirâmide de corpos, em equilíbrio precário, rompe os limites da moldura e lhe convida a participar da cena. Efeitos decorativos para impressionar o observador, elementos arquitetônicos: através de cursas, escadas, balcões, degraus e colunas retorcidas entrelaçadas entre esculturas e pinturas, com violentos contrastes de luz e sombra – efeito ilusionista – a impressão de  ver o céu, está dentro dele. A  pintura é a realidade,  e a parede, de fato, não existe,  é a ampliação do espaço virtual. - Composição assimétrica, em diagonal, a forma curvilínea, conduzindo a figura central de cristo com a cabeça caindo de lado, - Iluminação teatral – Cristo banhado em uma profusão de luz, que revela um estilo grandioso e monumental.
[object Object]
Acentuado contraste de claro-escuro – eram  recursos que visava  intensificar a sensação de profundidade, além da perspectiva aérea.- O efeito da luz nos objetos é tão exagerado que se cria um estilo de grandes contrastes: os objetos principais são mais iluminados, enquanto os secundários são sombras.  - A luz não aparece por um meio natural, mas sim  projetada para guiar o olhar do observador, direcionando a visão ao acontecimento principal da obra.  Realismo social, envolvendo todas as camadas sociais.
O estilo maneirista iniciado em 1520, foi o prenúncio do barroco.  Precursores do Barroco: Andrea Mantgna, Rafael Sanzio, Michelangelo, Jacopo Tintoretto, Giorgio Vasari, Agnelo Bronzino, Pelegrini Tibaldi, Giulio Romano.
Andrea Mantegna. Roundel with Putti and Ladies Looking Down. Detail of ceiling. 1465-74. Fresco. Palazzo Ducale, Camera degli Sposi (Bridal Chamber), Mantua, Italy.
                                 Rafael Sanzio. A transfiguração. 1518-20. Museu do Vaticano.
Giulio Romano. The Fall of the gigants. 1526-34. Coleção Particular.
- Os músculos fazem contorções absolutamente impróprias para os seres humanos. Michelangelo. Juízo Final, 1534-1541 – Capela Sistina, Roma.
Agnelo Bronzino. Deposição de Cristo. 1545. Osm. 268x173. Musée dês Beaux-Artes, Besonçon.
Jacopo Tintoretto. O milagre do Escravo. 1548. Galeria Dell Accademia, Venice, Itália. (precursor do Barroco)
Rostos melancólicos e misteriosos surgem entre as vestes de um drapejado minucioso e cores brilhantes. Pellegrino Tibaldi. Adoração do menino Jesus, 1548. Galeria Borghese. Roma, Itália.
Apelação pelo dramático.  Giorgio Vasari. A deposição de Cristo, 1550. Galleria Dooria-Pamphili, Roma Itália.
Referencial IANDRADE, Mario de. A arte religiosa no Brasil. São Paulo, Ed. Experimento, 1993. ÁVILA, Affonso. O lúdico e as projeções do mundo barroco. São Paulo, Perspectiva, 1971. JANSON, H. W. Historia Geral da Arte: Renascimento e Barroco. São Paulo, Martins Fontes, 1993. MENESES, Ivo Porto  et  outros. Barroco: João Gomes Baptista. V. 5, Minas Gerais, Impressa da Universidade Federal de Minas Gerais, 7º Festival de Inverno, 1973. p. 99 NASCIMENTO, Erinaldo Alves do. Formação profissional do “bom silvícola” nas artes e ofícios: a perspectiva do jesuitismo. In: BARBOSA, Ana Mae (org.). Ensino da arte: história e memória. São Paulo, Perspectiva, 2008. Revista Superinteressante. O renascimento do barroco.  São Paulo, Nº 131, Editora Abril, 1998. PP. 30-39. www.abcgallery.com

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

La actualidad más candente (20)

O maneirismo1
O maneirismo1O maneirismo1
O maneirismo1
 
1 A Mentalidade E A Arte Barrocas
1 A Mentalidade E A Arte Barrocas1 A Mentalidade E A Arte Barrocas
1 A Mentalidade E A Arte Barrocas
 
Arte Renascentista
Arte RenascentistaArte Renascentista
Arte Renascentista
 
Arte renascentista
Arte renascentistaArte renascentista
Arte renascentista
 
Arte Renascentista
Arte RenascentistaArte Renascentista
Arte Renascentista
 
Van Dyck
Van DyckVan Dyck
Van Dyck
 
Renascimento: A arte e a ciência
Renascimento: A arte e a ciênciaRenascimento: A arte e a ciência
Renascimento: A arte e a ciência
 
Arte no Renascimento
Arte no RenascimentoArte no Renascimento
Arte no Renascimento
 
A Pintura Renascentista
A Pintura RenascentistaA Pintura Renascentista
A Pintura Renascentista
 
Renascimento
RenascimentoRenascimento
Renascimento
 
1 aula de Arte Barroca
1 aula de Arte Barroca 1 aula de Arte Barroca
1 aula de Arte Barroca
 
Barroco 2019ok
Barroco 2019okBarroco 2019ok
Barroco 2019ok
 
Renascimento - Prof. Kelly Mendes - Arte
Renascimento - Prof. Kelly Mendes - ArteRenascimento - Prof. Kelly Mendes - Arte
Renascimento - Prof. Kelly Mendes - Arte
 
Resumo renascimento-rococó
Resumo renascimento-rococóResumo renascimento-rococó
Resumo renascimento-rococó
 
Pintura Barroca
Pintura BarrocaPintura Barroca
Pintura Barroca
 
7
77
7
 
Arte renascentista
Arte renascentistaArte renascentista
Arte renascentista
 
Maneirismo
ManeirismoManeirismo
Maneirismo
 
21 barroco eurobras
21 barroco eurobras21 barroco eurobras
21 barroco eurobras
 
ARTES: Renascimento
ARTES: RenascimentoARTES: Renascimento
ARTES: Renascimento
 

Destacado (8)

Segredos da arte brasileira 1
Segredos da arte brasileira 1Segredos da arte brasileira 1
Segredos da arte brasileira 1
 
Carta de um professor aos paraibanos
Carta de um professor aos paraibanosCarta de um professor aos paraibanos
Carta de um professor aos paraibanos
 
Michelangelo: Alto-Renascimento - Parte 3
 Michelangelo: Alto-Renascimento - Parte 3 Michelangelo: Alto-Renascimento - Parte 3
Michelangelo: Alto-Renascimento - Parte 3
 
O planeta movido a internet é escravo...
O planeta movido a internet é escravo...O planeta movido a internet é escravo...
O planeta movido a internet é escravo...
 
PNE - 2011-2020: construindo um presente tardio
PNE - 2011-2020: construindo um presente tardioPNE - 2011-2020: construindo um presente tardio
PNE - 2011-2020: construindo um presente tardio
 
Neo-impressionismo 4
Neo-impressionismo 4Neo-impressionismo 4
Neo-impressionismo 4
 
Barroco no Brasil. Parte 2
 Barroco no Brasil. Parte 2 Barroco no Brasil. Parte 2
Barroco no Brasil. Parte 2
 
A reforma política que queremos
A reforma política que queremosA reforma política que queremos
A reforma política que queremos
 

Similar a O Barroco na Europa, Parte 1 - 1563-1750.

Renascimento na arte - Aula 2º ano ensino médio
Renascimento na arte - Aula 2º ano ensino médioRenascimento na arte - Aula 2º ano ensino médio
Renascimento na arte - Aula 2º ano ensino médioalexandramatos33
 
O maneirismo
O maneirismoO maneirismo
O maneirismoAlaenne
 
A arte barroca na europa
A arte barroca na europaA arte barroca na europa
A arte barroca na europaCEF16
 
Apresentação arte renascimento 2ª série
Apresentação arte renascimento 2ª sérieApresentação arte renascimento 2ª série
Apresentação arte renascimento 2ª sériehistosofia
 
Apresentação arte renascimento 2ª série
Apresentação arte renascimento 2ª série Apresentação arte renascimento 2ª série
Apresentação arte renascimento 2ª série histosofia
 
Apresentação arte no renascimento - histosofia
Apresentação arte no  renascimento - histosofiaApresentação arte no  renascimento - histosofia
Apresentação arte no renascimento - histosofiahistosofia
 
Historiando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesHistoriando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesJanayna Lira
 
Historiando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesHistoriando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesJanayna Lira
 
A arte barroca na europa
A arte barroca na europaA arte barroca na europa
A arte barroca na europaCEF16
 
HISTÓRIA DA ARTE REVISÃO ENEM 1.pdf
HISTÓRIA DA ARTE REVISÃO ENEM 1.pdfHISTÓRIA DA ARTE REVISÃO ENEM 1.pdf
HISTÓRIA DA ARTE REVISÃO ENEM 1.pdfjarbas5
 

Similar a O Barroco na Europa, Parte 1 - 1563-1750. (20)

Renascimento 2018
Renascimento 2018Renascimento 2018
Renascimento 2018
 
Barroco 2019ok
Barroco 2019okBarroco 2019ok
Barroco 2019ok
 
7 barroco 2020
7 barroco 20207 barroco 2020
7 barroco 2020
 
Renascimento na arte - Aula 2º ano ensino médio
Renascimento na arte - Aula 2º ano ensino médioRenascimento na arte - Aula 2º ano ensino médio
Renascimento na arte - Aula 2º ano ensino médio
 
Arte barroca
Arte barrocaArte barroca
Arte barroca
 
O maneirismo
O maneirismoO maneirismo
O maneirismo
 
Historia da arte net (1)
Historia da arte net (1)Historia da arte net (1)
Historia da arte net (1)
 
Capítulo 1 - Renascimento e Reformas Religiosas
Capítulo 1 -  Renascimento e Reformas ReligiosasCapítulo 1 -  Renascimento e Reformas Religiosas
Capítulo 1 - Renascimento e Reformas Religiosas
 
arte
artearte
arte
 
Renascimento
RenascimentoRenascimento
Renascimento
 
A arte barroca na europa
A arte barroca na europaA arte barroca na europa
A arte barroca na europa
 
Apresentação arte renascimento 2ª série
Apresentação arte renascimento 2ª sérieApresentação arte renascimento 2ª série
Apresentação arte renascimento 2ª série
 
Apresentação arte renascimento 2ª série
Apresentação arte renascimento 2ª série Apresentação arte renascimento 2ª série
Apresentação arte renascimento 2ª série
 
Apresentação arte no renascimento - histosofia
Apresentação arte no  renascimento - histosofiaApresentação arte no  renascimento - histosofia
Apresentação arte no renascimento - histosofia
 
Historiando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesHistoriando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olhares
 
Historiando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesHistoriando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olhares
 
A arte barroca na europa
A arte barroca na europaA arte barroca na europa
A arte barroca na europa
 
HISTÓRIA DA ARTE REVISÃO ENEM 1.pdf
HISTÓRIA DA ARTE REVISÃO ENEM 1.pdfHISTÓRIA DA ARTE REVISÃO ENEM 1.pdf
HISTÓRIA DA ARTE REVISÃO ENEM 1.pdf
 
6 renascimento 2020
6 renascimento 20206 renascimento 2020
6 renascimento 2020
 
Renascimento 2020
Renascimento 2020Renascimento 2020
Renascimento 2020
 

Más de Professor Gilson Nunes

Reflexão epistemológica dos estudos culturais numa perspectiva da educação
Reflexão epistemológica dos estudos culturais numa perspectiva da educaçãoReflexão epistemológica dos estudos culturais numa perspectiva da educação
Reflexão epistemológica dos estudos culturais numa perspectiva da educaçãoProfessor Gilson Nunes
 
Ricardo coutinho e a classe artística campinense
Ricardo coutinho e a classe artística campinenseRicardo coutinho e a classe artística campinense
Ricardo coutinho e a classe artística campinenseProfessor Gilson Nunes
 
Porfessor da Paraíba luta por um piso salarial nacional de r$ 3.800 reais.
Porfessor da Paraíba  luta por um piso salarial nacional  de r$ 3.800 reais.Porfessor da Paraíba  luta por um piso salarial nacional  de r$ 3.800 reais.
Porfessor da Paraíba luta por um piso salarial nacional de r$ 3.800 reais.Professor Gilson Nunes
 

Más de Professor Gilson Nunes (20)

Cubismo 1907-1914
Cubismo   1907-1914Cubismo   1907-1914
Cubismo 1907-1914
 
Trabalho de arte 10
Trabalho de arte 10Trabalho de arte 10
Trabalho de arte 10
 
Arte abstrata 1910 1950
Arte abstrata        1910 1950Arte abstrata        1910 1950
Arte abstrata 1910 1950
 
Trabalho de arte 9
Trabalho de arte 9Trabalho de arte 9
Trabalho de arte 9
 
Trabalho de arte 8
Trabalho de arte 8Trabalho de arte 8
Trabalho de arte 8
 
Trabalho de arte 7
Trabalho de arte   7Trabalho de arte   7
Trabalho de arte 7
 
Trabalho de arte 5
Trabalho de arte 5Trabalho de arte 5
Trabalho de arte 5
 
Trabalho de arte 4
Trabalho de arte 4Trabalho de arte 4
Trabalho de arte 4
 
Trabalho de arte 6
Trabalho   de arte  6Trabalho   de arte  6
Trabalho de arte 6
 
Trabalho de arte 3
Trabalho de arte 3Trabalho de arte 3
Trabalho de arte 3
 
Trabalho de arte 1
Trabalho de arte 1Trabalho de arte 1
Trabalho de arte 1
 
Trabalho de arte 2
Trabalho de arte 2Trabalho de arte 2
Trabalho de arte 2
 
Neo-impressionismo - 3
Neo-impressionismo - 3Neo-impressionismo - 3
Neo-impressionismo - 3
 
Neo-impressionismo parte 2
Neo-impressionismo parte 2Neo-impressionismo parte 2
Neo-impressionismo parte 2
 
Neo-impressionismo parte 1
Neo-impressionismo parte 1Neo-impressionismo parte 1
Neo-impressionismo parte 1
 
Reflexão epistemológica dos estudos culturais numa perspectiva da educação
Reflexão epistemológica dos estudos culturais numa perspectiva da educaçãoReflexão epistemológica dos estudos culturais numa perspectiva da educação
Reflexão epistemológica dos estudos culturais numa perspectiva da educação
 
Ricardo coutinho e a classe artística campinense
Ricardo coutinho e a classe artística campinenseRicardo coutinho e a classe artística campinense
Ricardo coutinho e a classe artística campinense
 
Porfessor da Paraíba luta por um piso salarial nacional de r$ 3.800 reais.
Porfessor da Paraíba  luta por um piso salarial nacional  de r$ 3.800 reais.Porfessor da Paraíba  luta por um piso salarial nacional  de r$ 3.800 reais.
Porfessor da Paraíba luta por um piso salarial nacional de r$ 3.800 reais.
 
Pós impressionismo
Pós impressionismoPós impressionismo
Pós impressionismo
 
Questionário arte egípcia.
Questionário arte egípcia.Questionário arte egípcia.
Questionário arte egípcia.
 

Último

Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploPadrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploDanilo Pinotti
 
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsBoas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsDanilo Pinotti
 
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx2m Assessoria
 
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docxATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx2m Assessoria
 
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx2m Assessoria
 
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdfAssessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdfNatalia Granato
 

Último (6)

Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploPadrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
 
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsBoas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
 
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
 
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docxATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
 
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
 
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdfAssessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
 

O Barroco na Europa, Parte 1 - 1563-1750.

  • 1. Pelo Professor: Gilson Nunes Parte 1 O Barroco na Europa: uma síntese. 1563-1750
  • 2. Surgiu em Roma, através do 19º Concilio Ecumênico, em 1563, na cidade de Trento. Era preciso reagir à expansão da Reforma protestante, iniciada por Lutero na Alemanha em 1517. A Igreja a grande mãe mecenas, patrocinadora da arte com objetivo de fazer de Roma a mais bela cidade do mundo cristão para glória de Deus, ou seja, o catolicismo renovado – a Contra-Reforma. Conquistar os fiéis através do poder das imagens sacras. Pois os artistas pintavam com as mãos e os olhos de Deus. Os escolhidos pelo “dom divino”.
  • 3. Em 1575, em Roma, construíram a Igreja de Jesus para sediar a ordem dos jesuítas, fundada para combater o protestantismo.
  • 4. O Concilio de Trento e suas idéias estéticas ajudaram os reis católicos a impor seu poder sobre os nobres. Com isso, o surgimento de suntuosos palácios, a exemplo: Versalhes (1678) na França, reafirmando a grandeza do Estado. Porém, o estilo foi batizado como Luís XIV ou “classicismo barroco”, retomada dos valores do Renascimento Pleno italiano.
  • 5. Por que Barroco??? - O termo deriva da palavra espanhola barueco, que significa pérola irregular, contorcido e grotesco. Usado na ourivesaria. - Em francês: Trompe-l’oeil (se pronuncia tromp lei), ou seja, engana o olho.
  • 6. Como identificar o estilo barroco? - Homem dividido entre o desejo de aproveitar a vida e o de garantir um lugar no céu; - Apelação pelo emocional, impressionar o observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos, da emoção e não apenas pelo racional. - Relação de forças entre o bem e o mal – Deus e o Diabo, céu e a terra, pureza e pecado, alegria e tristeza, paganismo e cristianismo, espírito e matéria.
  • 7. Corpos musculosos, modelados de forma a exibir força e paixão. Pirâmide de corpos, em equilíbrio precário, rompe os limites da moldura e lhe convida a participar da cena. Efeitos decorativos para impressionar o observador, elementos arquitetônicos: através de cursas, escadas, balcões, degraus e colunas retorcidas entrelaçadas entre esculturas e pinturas, com violentos contrastes de luz e sombra – efeito ilusionista – a impressão de ver o céu, está dentro dele. A pintura é a realidade, e a parede, de fato, não existe, é a ampliação do espaço virtual. - Composição assimétrica, em diagonal, a forma curvilínea, conduzindo a figura central de cristo com a cabeça caindo de lado, - Iluminação teatral – Cristo banhado em uma profusão de luz, que revela um estilo grandioso e monumental.
  • 8.
  • 9. Acentuado contraste de claro-escuro – eram recursos que visava intensificar a sensação de profundidade, além da perspectiva aérea.- O efeito da luz nos objetos é tão exagerado que se cria um estilo de grandes contrastes: os objetos principais são mais iluminados, enquanto os secundários são sombras. - A luz não aparece por um meio natural, mas sim projetada para guiar o olhar do observador, direcionando a visão ao acontecimento principal da obra. Realismo social, envolvendo todas as camadas sociais.
  • 10. O estilo maneirista iniciado em 1520, foi o prenúncio do barroco. Precursores do Barroco: Andrea Mantgna, Rafael Sanzio, Michelangelo, Jacopo Tintoretto, Giorgio Vasari, Agnelo Bronzino, Pelegrini Tibaldi, Giulio Romano.
  • 11. Andrea Mantegna. Roundel with Putti and Ladies Looking Down. Detail of ceiling. 1465-74. Fresco. Palazzo Ducale, Camera degli Sposi (Bridal Chamber), Mantua, Italy.
  • 12. Rafael Sanzio. A transfiguração. 1518-20. Museu do Vaticano.
  • 13. Giulio Romano. The Fall of the gigants. 1526-34. Coleção Particular.
  • 14. - Os músculos fazem contorções absolutamente impróprias para os seres humanos. Michelangelo. Juízo Final, 1534-1541 – Capela Sistina, Roma.
  • 15. Agnelo Bronzino. Deposição de Cristo. 1545. Osm. 268x173. Musée dês Beaux-Artes, Besonçon.
  • 16. Jacopo Tintoretto. O milagre do Escravo. 1548. Galeria Dell Accademia, Venice, Itália. (precursor do Barroco)
  • 17. Rostos melancólicos e misteriosos surgem entre as vestes de um drapejado minucioso e cores brilhantes. Pellegrino Tibaldi. Adoração do menino Jesus, 1548. Galeria Borghese. Roma, Itália.
  • 18. Apelação pelo dramático. Giorgio Vasari. A deposição de Cristo, 1550. Galleria Dooria-Pamphili, Roma Itália.
  • 19. Referencial IANDRADE, Mario de. A arte religiosa no Brasil. São Paulo, Ed. Experimento, 1993. ÁVILA, Affonso. O lúdico e as projeções do mundo barroco. São Paulo, Perspectiva, 1971. JANSON, H. W. Historia Geral da Arte: Renascimento e Barroco. São Paulo, Martins Fontes, 1993. MENESES, Ivo Porto et outros. Barroco: João Gomes Baptista. V. 5, Minas Gerais, Impressa da Universidade Federal de Minas Gerais, 7º Festival de Inverno, 1973. p. 99 NASCIMENTO, Erinaldo Alves do. Formação profissional do “bom silvícola” nas artes e ofícios: a perspectiva do jesuitismo. In: BARBOSA, Ana Mae (org.). Ensino da arte: história e memória. São Paulo, Perspectiva, 2008. Revista Superinteressante. O renascimento do barroco. São Paulo, Nº 131, Editora Abril, 1998. PP. 30-39. www.abcgallery.com
  • 20. Criação e autoria: Gilson Cruz Nunes (Especialista em Artes Visuais – UFPB) Campina Grande, 07 de janeiro de 2010. Paraíba - Brasil. gilsonunes2000@bol.com.br www.professorgilsonunes.blogspot.com