SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 63
A ARTE NO EGITO
A arte no egito Desenvolvida às margens do rio Nilo, na África, a civilização egípcia foi uma das mais importantes da Antiguidade. De organização social bastante complexa e riquíssima em realizações culturais, produziu também uma escrita bem estruturada, graças à qual podemos, hoje, conhecer muitos detalhes dessa civilização.
A arte no egito Hieróglifos
RIO NILO
A ARTE NO EGITO  A expressão artística egípcia refletiu com profundidade cada momento histórico dessa civilização. Nos 3 períodos em que se costuma dividir sua história – o Antigo Império, o Médio Império e o Novo Império -, o Egito conheceu um significativo desenvolvimento, em que a arte teve papel em destaque.
A ARTE NO EGITO Entre todos os aspectos de sua cultura, porém, talvez a religião seja o mais relevante. Tudo no Egito era orientado por ela. Para os egípcios, eram as práticas rituais que asseguravam a felicidade nesta vida e a existência depois da morte. A religião, portanto, permeava toda a vida egípcia, interpretando o Universo, justificando a organização social e política, determinando o papel das classes sociais e, consequentemente, orientando toda a produção artística.
UMA ARTE DEDICADA À VIDA DEPOIS DA MORTE A arte desenvolvida pela cultura egípcia refletiu suas crenças fundamentais. Segundo essas crenças, a vida humana podia sofrer interferência dos deuses. Além disso, a vida após a morte era considerada mais importante do que a existência terrena. Assim, desde seu início a arte egípcia concretizou-se nos túmulos e nos objetos, como estatuetas e vasos deixados juntos aos mortos, Também a arquitetura egípcia realizou-se sobretudo nas tumbas e nas construções mortuárias.
UMA ARTE DEDICADA À VIDA DEPOIS DA MORTE As tumbas dos primeiros faraós eram réplicas da casa em que moravam. Já as pessoas sem posição social de destaque eram sepultadas em construções retangulares muito simples, as MASTABAS, que deram origem às grandes pirâmides, que viriam a ser construídas mais tarde.
UMA ARTE DEDICADA À VIDA DEPOIS DA MORTE A palavra “mastaba” provém do termo árabe maabba, que significa “banco”, pois a distância esse tipo de túmulo lembra um banco de pedra ou lama. As mastabas podiam ser construídas com pedra calcária ou tijolo de barro (adobe). A câmara mortuária, em geral, localizava-se bem abaixo da base, ligando-se a ela por uma passagem em forma de poço.
A IMPONÊNCIA DO PODER RELIGIOSO E POLÍTICO  O faraó Djoser, que deu início ao Antigo Império, exerceu o poder autoritariamente e transformou o Baixo Egito, com a capital em Mênfis, no centro mais importante do reino. Desse período restaram importantes monumentos artísticos, erguidos para ostentar a grandiosidade e a imponência do poder político e religioso do faraó.
A IMPONÊNCIA DO PODER RELIGIOSO E POLÍTICO  A pirâmide de Djoser, por exemplo, foi construída pelo arquiteto Imotep na região de Sacará. Essa talvez seja a primeira construção egípcia de grandes proporções. As obras arquitetônicas mais famosas, porém, são as pirâmides do deserto de Gizé, construídas por ordem de 3 importantes faraós do Antigo Império: Queóps, Quéfren e Miquerinos.
PIRÂMIDE DE DJOSER, EM SACARÁ (SÉC. XVIII a.C)
A IMPONÊNCIA DO PODER RELIGIOSO E POLÍTICO A maior dessas três pirâmides é a de Queóps: tem 146 metros de altura e ocupa uma área de 54 300 metros quadrados. Esse monumento revela o domínio técnico da arquitetura egípcia: não foi utilizada nenhuma espécie de argamassa entre os blocos de pedra que formam suas imensas paredes. Argamassa: mistura de areia e água com um aglutinante, como cimento.
PIRÂMIDE DE QUEÓPS
PIRÂMIDE DE MIQUERINOS
PIRÂMIDE DE QUEÓPS, QUÉFREN E MIQUERINOS
A IMPONÊNCIA DO PODER RELIGIOSO E POLÍTICO No Egito Antigo eram também construídas esfinges, figuras fantásticas, por exemplo, com corpo de leão e cabeça humana, cuja finalidade era guardar os túmulos. Junto às pirâmides de Queóps, Quéfren e Miquerinos encontra-se a mais conhecida delas, a esfinge de Quéfren. É outra obra gigantesca: tem 20 metros de altura e 74 de comprimento. Sua cabeça representa o faraó Quefrén, mas a ação erosiva do vento e das areias do deserto deu-lhe, ao longo dos séculos, um aspecto enigmático e misterioso.
ESFINGE QUE REPRESENTA O FARAÓ QUÉFREN, NA PLANÍCIE DE GIZÉ.
UMA ARTE DE CONVENÇÕES Como já foi dito, a arte egípcia estava intimamente ligada à religião, servindo de veículo para a difusão dos preceitos e das crenças religiosas. Por isso, obedecia a uma série de padrões e regras, o que limitava a criatividade ou a imaginação pessoal do artista. Assim, o artista egípcio criou uma arte anônima, pois a obra deveria revelar perfeito domínio das técnicas de execução, e não o estilo de quem a executava.
UMA ARTE DE CONVENÇÕES Entre as regras seguidas na pintura e nos baixos-relevos, destaca-se a lei da frontalidade, uma verdadeira marca da arte egípcia. De acordo com ela, a arte não deveria apresentar uma reprodução naturalista, que sugerisse ilusão de realidade: pelo contrário, diante de uma figura humana retratada frontalmente, o observador deveria reconhecer claramente tratar-se de uma representação.
UMA ARTE DE CONVENÇÕES Nas imagens mostradas, veem-se as características determinadas pela lei da frontalidade: o tronco das figuras representado de frente, enquanto a cabeça, as pernas e os pés vistos de perfil.
UMA ARTE DE CONVENÇÕES No Antigo Império, a escultura foi a manifestação artística que ganhou as mais belas representações. Embora também cheia de convenções, a escultura desenvolveu uma expressividade que surpreende o observador.
UMA ARTE DE CONVENÇÕES Um bom exemplo é a conhecida imagem que mostra um escriba no exercício de sua função
UMA ARTE DE CONVENÇÕES Essa obra, encontrada em um sepulcro da necrópole de Sacará, representa bem a importância dada à escultura no Antigo Império: por meio dela, revelam-se dados particulares do retratado, como sua fisionomia, seus traços raciais e sua condição social. Trata-se de uma obra de autoria desconhecida, realizada entre 2620 e 2350 a.C e que retrata, provavelmente, um escriba ou um príncipe.
UMA ARTE DE CONVENÇÕES Essa dúvida é motivada pela qualidade da obra. Os cuidados com os detalhes não eram comumente dedicados pelos artistas na representação dos funcionários da burocracia do Império. A hipótese de que se trata de um escriba é reforçada pelos olhos fixos em um provável interlocutor e lábios cerrados do homem retratado, que, no momento, não está falando ou sorrindo, mas concentrado em ouvir para reproduzir por meio da escrita as palavras de quem lhe fala alguma coisa. As mãos completam a atitude de prontidão para a escrita.
UMA ARTE DE CONVENÇÕES Apesar da expressividade obtida na escultura do Antigo Império, no período seguinte, o Médio Império o convencionalismo e o conservadorismo das técnicas voltaram a produzir esculturas e retratos estereotipados (de acordo com um padrão), que representava, a aparência ideal dos seres – principalmente dos reis – e não seu aspecto real.
NEFERTITI
O APOGEU DO PODER E DA ARTE Foi no Novo Império que o Egito viveu o ponto alto de seu poder e de sua cultura. Nesse período, os faraós reiniciaram as grandes construções, processo que havia sido interrompido por sucessivas crises políticas. Dessas construções, as mais conservadas são os templos de Luxor e Carnac, ambos dedicados ao deus Amon.
O APOGEU DO PODER E DA ARTE Construído por determinação de Amenófis III, por volta de 1380 a.C., o templo de Luxor possui colunata composta de sete pares de colunas com cerca de 16 metros de altura. Esteticamente, seu aspecto mais importante é o novo tipo de coluna, com capitel (arremete superior) trabalhando com motivos tirados da natureza, como o papiro e a flor de lótus.
TEMPLO DE LUXOR TEMPLO DE LUXOR
O APOGEU DO PODER E DA ARTE Entre os grandes monumentos funerários desse período, um dos mais importantes é o templo da rainha Hatshepsut. Essa construção imponente e harmoniosa deve sua beleza, em grande parte, à maneira como foi concebida: a montanha rochosa que lhe serve de fundo parece fazer parte do conjunto, o que cria uma profunda integração entre a arquitetura e o ambiente natural
O APOGEU DO PODER E DA ARTE Na pintura do Novo Império surgiram criações artísticas mais leves e de cores mais variadas que as dos períodos anteriores. Abandona a rigidez de postura das figuras, elas parecem ganhar movimento.
O APOGEU DO PODER E DA ARTE Tais alterações na expressão artística decorreram de mudanças políticas promovidas por Amenófis IV. Esse soberano neutralizou radicalmente o grande poder exercido pelos sacerdotes, que chegavam a dominar os próprios faraós. Com sua morte, porém, os sacerdotes retomaram o antigo poder e passaram novamente a dirigir o Egito ao lado de Tutancâmon, o novo faraó.
O APOGEU DO PODER E DA ARTE Tutancâmon, entretanto, viria a morrer com apenas 18 anos de idade. Em sua tumba, no Vale dos Reis, o pesquisador inglês Howard Carter encontrou, em 1922, um imenso tesouro.
O APOGEU DO PODER E DA ARTE O túmulo de Tutancâmon é uma grande construção formada por um salão de entrada, onde duas portas secretas dão acesso à chamada “câmara do tesouro” e à sala sepulcral. O tesouro era constituído por vasos, arcas, um rico trono, carruagens, esquifes e inúmeras peças de esculturas, entre as quais duas estátuas de quase 2 metros, representando o jovem soberano.
O APOGEU DO PODER E DA ARTE Feito de madeira esculpida, esse trono é recoberto com uma lâmina de ouro e ornamentado com incrustações multicoloridas de vidro, cerâmica esmaltada, prata e pedras. Trata-se de uma das obras mais esplêndidas do tesouro de Tutancâmon.
O APOGEU DO PODER E DA ARTE A múmia imperial estava protegida por três sarcófagos, um dentro do outro: um de madeira dourada, outro também de madeira, mas com incrustações preciosas e, finalmente, o terceiro, em ouro maciço com aplicações de lápis-lazúli, coralinas e turquesas, e que guardava o corpo do faraó.
O APOGEU DO PODER E DA ARTE Os reis da dinastia que se seguiu ao reinado de Tutancâmon preocuparam-se em expandir o poder político do Egito, o que foi conseguido por Ramsés II. Como conseqüência, toda a arte de seu reinado foi uma demonstração de poder. Isso pode ser observado, por exemplo, nas estátuas gigantescas e nas imensas colunas comemorativas dos feitos políticos desse soberano.
O APOGEU DO PODER E DA ARTE As quatro figuras que representam o faraó na fachada do templo tem mais de 20 metros de altura. Não fosse por uma campanha internacional em sua defesa, a barragem de Assuã o teria deixado submerso pelas águas do Nilo. Em 1968, a parte escavada na rocha foi cortada em grandes blocos e transferida de local. Hoje, o templo repousa acima do nível das águas da represa.
O APOGEU DO PODER E DA ARTE Data também dessa época a utilização dos hieróglifos como elemento estético. Com a intenção de deixar gravados para a posterioridade os feitos de Ramsés II, eles começaram a ser esculpidos nas fachadas e colunas dos templos. Assim, passaram a fazer parte da ornamentação das obras arquitetônicas.
O APOGEU DO PODER E DA ARTE Após a morte de Ramsés II, o poder real tornou-se muito fraco e o Império passou a ser governado pelos sacerdotes. Com isso, houve uma estabilidade apenas aparente, e as ameaças de invasão acabaram tornando-se realidade. O Egito foi invadido sucessivamente por etíopes, persas, gregos e, finalmente, pelos romanos.
O APOGEU DO PODER E DA ARTE  Aos poucos, essas invasões foram desorganizando a sociedade egípcia e, consequentemente, sua arte: influenciada pela cultura dos povos invasores, ela foi perdendo suas características e refletindo a própria crise política do Império.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente (20)

Arte Grega
Arte GregaArte Grega
Arte Grega
 
Arte grega
Arte gregaArte grega
Arte grega
 
Arte egipcía
Arte egipcíaArte egipcía
Arte egipcía
 
Arte Pré-Histórica
Arte Pré-HistóricaArte Pré-Histórica
Arte Pré-Histórica
 
Arte bizantina
Arte bizantinaArte bizantina
Arte bizantina
 
Aula arte egipicia
Aula arte egipiciaAula arte egipicia
Aula arte egipicia
 
Cânones de Proporção Egípcio
Cânones de Proporção EgípcioCânones de Proporção Egípcio
Cânones de Proporção Egípcio
 
Arte na mesopotamia e Egito
Arte na mesopotamia e EgitoArte na mesopotamia e Egito
Arte na mesopotamia e Egito
 
Arte Pré-histórica: um compêndio.
 Arte  Pré-histórica: um compêndio. Arte  Pré-histórica: um compêndio.
Arte Pré-histórica: um compêndio.
 
Arte indiana
Arte indianaArte indiana
Arte indiana
 
Arte na Pré História
Arte na Pré HistóriaArte na Pré História
Arte na Pré História
 
ARTE BIZANTINA - sheila de souza.pdf
ARTE BIZANTINA - sheila de souza.pdfARTE BIZANTINA - sheila de souza.pdf
ARTE BIZANTINA - sheila de souza.pdf
 
Arte egípcia
Arte egípciaArte egípcia
Arte egípcia
 
Curso de historia da arte
Curso de historia da arteCurso de historia da arte
Curso de historia da arte
 
O egito antigo arquitetura
O egito antigo arquiteturaO egito antigo arquitetura
O egito antigo arquitetura
 
ARTE PRÉ COLOMBIANA
ARTE PRÉ COLOMBIANAARTE PRÉ COLOMBIANA
ARTE PRÉ COLOMBIANA
 
História da Arte Antiga
História da Arte AntigaHistória da Arte Antiga
História da Arte Antiga
 
A arte na pré história
A arte na pré históriaA arte na pré história
A arte na pré história
 
Arte egípcia
Arte egípciaArte egípcia
Arte egípcia
 
Arte grega 2019
Arte grega 2019Arte grega 2019
Arte grega 2019
 

Destacado

Religião egípcia
Religião egípciaReligião egípcia
Religião egípciaMaria Gomes
 
Antigo Egito - A religião egípcia
Antigo Egito - A religião egípciaAntigo Egito - A religião egípcia
Antigo Egito - A religião egípciaCarlos Pinheiro
 
Civilização Egípcia
Civilização EgípciaCivilização Egípcia
Civilização EgípciaJorge Almeida
 
Egito Antigo: Nilo, economia e sociedade
Egito Antigo: Nilo, economia e sociedadeEgito Antigo: Nilo, economia e sociedade
Egito Antigo: Nilo, economia e sociedadeCarlos Pinheiro
 

Destacado (8)

Arte egípcia
Arte egípciaArte egípcia
Arte egípcia
 
Religião egípcia
Religião egípciaReligião egípcia
Religião egípcia
 
Religião egipcia
Religião egipciaReligião egipcia
Religião egipcia
 
Antigo Egito - A religião egípcia
Antigo Egito - A religião egípciaAntigo Egito - A religião egípcia
Antigo Egito - A religião egípcia
 
Arte Egípcia
Arte EgípciaArte Egípcia
Arte Egípcia
 
Civilização Egípcia
Civilização EgípciaCivilização Egípcia
Civilização Egípcia
 
Egito slide
Egito slideEgito slide
Egito slide
 
Egito Antigo: Nilo, economia e sociedade
Egito Antigo: Nilo, economia e sociedadeEgito Antigo: Nilo, economia e sociedade
Egito Antigo: Nilo, economia e sociedade
 

Similar a A arte no egito (20)

Aartenoegito
AartenoegitoAartenoegito
Aartenoegito
 
A arte no egito
A arte no egitoA arte no egito
A arte no egito
 
6o. ano -A Arte no Egito- do livro Descobrindo a História da Arte de Graça P...
6o. ano  -A Arte no Egito- do livro Descobrindo a História da Arte de Graça P...6o. ano  -A Arte no Egito- do livro Descobrindo a História da Arte de Graça P...
6o. ano -A Arte no Egito- do livro Descobrindo a História da Arte de Graça P...
 
A arte no egito
A arte no egitoA arte no egito
A arte no egito
 
48787715 apostila-de-arte
48787715 apostila-de-arte48787715 apostila-de-arte
48787715 apostila-de-arte
 
Arte.egipcia
Arte.egipciaArte.egipcia
Arte.egipcia
 
Egito
EgitoEgito
Egito
 
Egito
EgitoEgito
Egito
 
Arte grega
Arte gregaArte grega
Arte grega
 
1291380538 arte do_antigo_egipto
1291380538 arte do_antigo_egipto1291380538 arte do_antigo_egipto
1291380538 arte do_antigo_egipto
 
Arte Egípicia
Arte EgípiciaArte Egípicia
Arte Egípicia
 
Egito história da arte 7º ano
Egito história da arte 7º anoEgito história da arte 7º ano
Egito história da arte 7º ano
 
Trabalho
 Trabalho Trabalho
Trabalho
 
Breve estudo da história da arte
Breve estudo da história da arteBreve estudo da história da arte
Breve estudo da história da arte
 
1017
10171017
1017
 
129138538 arte do_antigo_egipto
129138538 arte do_antigo_egipto129138538 arte do_antigo_egipto
129138538 arte do_antigo_egipto
 
Art.egip
Art.egipArt.egip
Art.egip
 
Revisão de História da Arte (01)
Revisão de História da Arte (01)Revisão de História da Arte (01)
Revisão de História da Arte (01)
 
Trabalho arte egípcia
Trabalho arte egípciaTrabalho arte egípcia
Trabalho arte egípcia
 
Mesopotâmia e Egito 2019
Mesopotâmia  e Egito 2019Mesopotâmia  e Egito 2019
Mesopotâmia e Egito 2019
 

Más de Giorgia Marrone

Más de Giorgia Marrone (10)

História idade média arábes
História idade média arábesHistória idade média arábes
História idade média arábes
 
História Idade Média Árabes
História Idade Média ÁrabesHistória Idade Média Árabes
História Idade Média Árabes
 
História Idade Média (Francos)
História Idade Média (Francos)História Idade Média (Francos)
História Idade Média (Francos)
 
Geografia cap. 19 a 30
Geografia cap. 19 a 30Geografia cap. 19 a 30
Geografia cap. 19 a 30
 
A Arte na pré-história brasileira
A Arte na pré-história brasileiraA Arte na pré-história brasileira
A Arte na pré-história brasileira
 
A Arte na Pré-História
A Arte na Pré-HistóriaA Arte na Pré-História
A Arte na Pré-História
 
Geografia cap 1 a 18
Geografia cap 1 a 18Geografia cap 1 a 18
Geografia cap 1 a 18
 
História (Roma)
História (Roma)História (Roma)
História (Roma)
 
História (Grécia)
História (Grécia)História (Grécia)
História (Grécia)
 
Sociologia
SociologiaSociologia
Sociologia
 

Último

A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERDeiciane Chaves
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 

Último (20)

A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 

A arte no egito

  • 1. A ARTE NO EGITO
  • 2. A arte no egito Desenvolvida às margens do rio Nilo, na África, a civilização egípcia foi uma das mais importantes da Antiguidade. De organização social bastante complexa e riquíssima em realizações culturais, produziu também uma escrita bem estruturada, graças à qual podemos, hoje, conhecer muitos detalhes dessa civilização.
  • 3. A arte no egito Hieróglifos
  • 5. A ARTE NO EGITO A expressão artística egípcia refletiu com profundidade cada momento histórico dessa civilização. Nos 3 períodos em que se costuma dividir sua história – o Antigo Império, o Médio Império e o Novo Império -, o Egito conheceu um significativo desenvolvimento, em que a arte teve papel em destaque.
  • 6. A ARTE NO EGITO Entre todos os aspectos de sua cultura, porém, talvez a religião seja o mais relevante. Tudo no Egito era orientado por ela. Para os egípcios, eram as práticas rituais que asseguravam a felicidade nesta vida e a existência depois da morte. A religião, portanto, permeava toda a vida egípcia, interpretando o Universo, justificando a organização social e política, determinando o papel das classes sociais e, consequentemente, orientando toda a produção artística.
  • 7.
  • 8. UMA ARTE DEDICADA À VIDA DEPOIS DA MORTE A arte desenvolvida pela cultura egípcia refletiu suas crenças fundamentais. Segundo essas crenças, a vida humana podia sofrer interferência dos deuses. Além disso, a vida após a morte era considerada mais importante do que a existência terrena. Assim, desde seu início a arte egípcia concretizou-se nos túmulos e nos objetos, como estatuetas e vasos deixados juntos aos mortos, Também a arquitetura egípcia realizou-se sobretudo nas tumbas e nas construções mortuárias.
  • 9.
  • 10. UMA ARTE DEDICADA À VIDA DEPOIS DA MORTE As tumbas dos primeiros faraós eram réplicas da casa em que moravam. Já as pessoas sem posição social de destaque eram sepultadas em construções retangulares muito simples, as MASTABAS, que deram origem às grandes pirâmides, que viriam a ser construídas mais tarde.
  • 11.
  • 12. UMA ARTE DEDICADA À VIDA DEPOIS DA MORTE A palavra “mastaba” provém do termo árabe maabba, que significa “banco”, pois a distância esse tipo de túmulo lembra um banco de pedra ou lama. As mastabas podiam ser construídas com pedra calcária ou tijolo de barro (adobe). A câmara mortuária, em geral, localizava-se bem abaixo da base, ligando-se a ela por uma passagem em forma de poço.
  • 13.
  • 14. A IMPONÊNCIA DO PODER RELIGIOSO E POLÍTICO O faraó Djoser, que deu início ao Antigo Império, exerceu o poder autoritariamente e transformou o Baixo Egito, com a capital em Mênfis, no centro mais importante do reino. Desse período restaram importantes monumentos artísticos, erguidos para ostentar a grandiosidade e a imponência do poder político e religioso do faraó.
  • 15. A IMPONÊNCIA DO PODER RELIGIOSO E POLÍTICO A pirâmide de Djoser, por exemplo, foi construída pelo arquiteto Imotep na região de Sacará. Essa talvez seja a primeira construção egípcia de grandes proporções. As obras arquitetônicas mais famosas, porém, são as pirâmides do deserto de Gizé, construídas por ordem de 3 importantes faraós do Antigo Império: Queóps, Quéfren e Miquerinos.
  • 16. PIRÂMIDE DE DJOSER, EM SACARÁ (SÉC. XVIII a.C)
  • 17. A IMPONÊNCIA DO PODER RELIGIOSO E POLÍTICO A maior dessas três pirâmides é a de Queóps: tem 146 metros de altura e ocupa uma área de 54 300 metros quadrados. Esse monumento revela o domínio técnico da arquitetura egípcia: não foi utilizada nenhuma espécie de argamassa entre os blocos de pedra que formam suas imensas paredes. Argamassa: mistura de areia e água com um aglutinante, como cimento.
  • 20. PIRÂMIDE DE QUEÓPS, QUÉFREN E MIQUERINOS
  • 21. A IMPONÊNCIA DO PODER RELIGIOSO E POLÍTICO No Egito Antigo eram também construídas esfinges, figuras fantásticas, por exemplo, com corpo de leão e cabeça humana, cuja finalidade era guardar os túmulos. Junto às pirâmides de Queóps, Quéfren e Miquerinos encontra-se a mais conhecida delas, a esfinge de Quéfren. É outra obra gigantesca: tem 20 metros de altura e 74 de comprimento. Sua cabeça representa o faraó Quefrén, mas a ação erosiva do vento e das areias do deserto deu-lhe, ao longo dos séculos, um aspecto enigmático e misterioso.
  • 22. ESFINGE QUE REPRESENTA O FARAÓ QUÉFREN, NA PLANÍCIE DE GIZÉ.
  • 23. UMA ARTE DE CONVENÇÕES Como já foi dito, a arte egípcia estava intimamente ligada à religião, servindo de veículo para a difusão dos preceitos e das crenças religiosas. Por isso, obedecia a uma série de padrões e regras, o que limitava a criatividade ou a imaginação pessoal do artista. Assim, o artista egípcio criou uma arte anônima, pois a obra deveria revelar perfeito domínio das técnicas de execução, e não o estilo de quem a executava.
  • 24. UMA ARTE DE CONVENÇÕES Entre as regras seguidas na pintura e nos baixos-relevos, destaca-se a lei da frontalidade, uma verdadeira marca da arte egípcia. De acordo com ela, a arte não deveria apresentar uma reprodução naturalista, que sugerisse ilusão de realidade: pelo contrário, diante de uma figura humana retratada frontalmente, o observador deveria reconhecer claramente tratar-se de uma representação.
  • 25.
  • 26.
  • 27.
  • 28. UMA ARTE DE CONVENÇÕES Nas imagens mostradas, veem-se as características determinadas pela lei da frontalidade: o tronco das figuras representado de frente, enquanto a cabeça, as pernas e os pés vistos de perfil.
  • 29. UMA ARTE DE CONVENÇÕES No Antigo Império, a escultura foi a manifestação artística que ganhou as mais belas representações. Embora também cheia de convenções, a escultura desenvolveu uma expressividade que surpreende o observador.
  • 30. UMA ARTE DE CONVENÇÕES Um bom exemplo é a conhecida imagem que mostra um escriba no exercício de sua função
  • 31.
  • 32. UMA ARTE DE CONVENÇÕES Essa obra, encontrada em um sepulcro da necrópole de Sacará, representa bem a importância dada à escultura no Antigo Império: por meio dela, revelam-se dados particulares do retratado, como sua fisionomia, seus traços raciais e sua condição social. Trata-se de uma obra de autoria desconhecida, realizada entre 2620 e 2350 a.C e que retrata, provavelmente, um escriba ou um príncipe.
  • 33. UMA ARTE DE CONVENÇÕES Essa dúvida é motivada pela qualidade da obra. Os cuidados com os detalhes não eram comumente dedicados pelos artistas na representação dos funcionários da burocracia do Império. A hipótese de que se trata de um escriba é reforçada pelos olhos fixos em um provável interlocutor e lábios cerrados do homem retratado, que, no momento, não está falando ou sorrindo, mas concentrado em ouvir para reproduzir por meio da escrita as palavras de quem lhe fala alguma coisa. As mãos completam a atitude de prontidão para a escrita.
  • 34. UMA ARTE DE CONVENÇÕES Apesar da expressividade obtida na escultura do Antigo Império, no período seguinte, o Médio Império o convencionalismo e o conservadorismo das técnicas voltaram a produzir esculturas e retratos estereotipados (de acordo com um padrão), que representava, a aparência ideal dos seres – principalmente dos reis – e não seu aspecto real.
  • 36.
  • 37. O APOGEU DO PODER E DA ARTE Foi no Novo Império que o Egito viveu o ponto alto de seu poder e de sua cultura. Nesse período, os faraós reiniciaram as grandes construções, processo que havia sido interrompido por sucessivas crises políticas. Dessas construções, as mais conservadas são os templos de Luxor e Carnac, ambos dedicados ao deus Amon.
  • 38. O APOGEU DO PODER E DA ARTE Construído por determinação de Amenófis III, por volta de 1380 a.C., o templo de Luxor possui colunata composta de sete pares de colunas com cerca de 16 metros de altura. Esteticamente, seu aspecto mais importante é o novo tipo de coluna, com capitel (arremete superior) trabalhando com motivos tirados da natureza, como o papiro e a flor de lótus.
  • 39. TEMPLO DE LUXOR TEMPLO DE LUXOR
  • 40.
  • 41. O APOGEU DO PODER E DA ARTE Entre os grandes monumentos funerários desse período, um dos mais importantes é o templo da rainha Hatshepsut. Essa construção imponente e harmoniosa deve sua beleza, em grande parte, à maneira como foi concebida: a montanha rochosa que lhe serve de fundo parece fazer parte do conjunto, o que cria uma profunda integração entre a arquitetura e o ambiente natural
  • 42.
  • 43.
  • 44.
  • 45. O APOGEU DO PODER E DA ARTE Na pintura do Novo Império surgiram criações artísticas mais leves e de cores mais variadas que as dos períodos anteriores. Abandona a rigidez de postura das figuras, elas parecem ganhar movimento.
  • 46. O APOGEU DO PODER E DA ARTE Tais alterações na expressão artística decorreram de mudanças políticas promovidas por Amenófis IV. Esse soberano neutralizou radicalmente o grande poder exercido pelos sacerdotes, que chegavam a dominar os próprios faraós. Com sua morte, porém, os sacerdotes retomaram o antigo poder e passaram novamente a dirigir o Egito ao lado de Tutancâmon, o novo faraó.
  • 47.
  • 48. O APOGEU DO PODER E DA ARTE Tutancâmon, entretanto, viria a morrer com apenas 18 anos de idade. Em sua tumba, no Vale dos Reis, o pesquisador inglês Howard Carter encontrou, em 1922, um imenso tesouro.
  • 49.
  • 50.
  • 51. O APOGEU DO PODER E DA ARTE O túmulo de Tutancâmon é uma grande construção formada por um salão de entrada, onde duas portas secretas dão acesso à chamada “câmara do tesouro” e à sala sepulcral. O tesouro era constituído por vasos, arcas, um rico trono, carruagens, esquifes e inúmeras peças de esculturas, entre as quais duas estátuas de quase 2 metros, representando o jovem soberano.
  • 52. O APOGEU DO PODER E DA ARTE Feito de madeira esculpida, esse trono é recoberto com uma lâmina de ouro e ornamentado com incrustações multicoloridas de vidro, cerâmica esmaltada, prata e pedras. Trata-se de uma das obras mais esplêndidas do tesouro de Tutancâmon.
  • 53.
  • 54. O APOGEU DO PODER E DA ARTE A múmia imperial estava protegida por três sarcófagos, um dentro do outro: um de madeira dourada, outro também de madeira, mas com incrustações preciosas e, finalmente, o terceiro, em ouro maciço com aplicações de lápis-lazúli, coralinas e turquesas, e que guardava o corpo do faraó.
  • 55.
  • 56.
  • 57. O APOGEU DO PODER E DA ARTE Os reis da dinastia que se seguiu ao reinado de Tutancâmon preocuparam-se em expandir o poder político do Egito, o que foi conseguido por Ramsés II. Como conseqüência, toda a arte de seu reinado foi uma demonstração de poder. Isso pode ser observado, por exemplo, nas estátuas gigantescas e nas imensas colunas comemorativas dos feitos políticos desse soberano.
  • 58.
  • 59. O APOGEU DO PODER E DA ARTE As quatro figuras que representam o faraó na fachada do templo tem mais de 20 metros de altura. Não fosse por uma campanha internacional em sua defesa, a barragem de Assuã o teria deixado submerso pelas águas do Nilo. Em 1968, a parte escavada na rocha foi cortada em grandes blocos e transferida de local. Hoje, o templo repousa acima do nível das águas da represa.
  • 60. O APOGEU DO PODER E DA ARTE Data também dessa época a utilização dos hieróglifos como elemento estético. Com a intenção de deixar gravados para a posterioridade os feitos de Ramsés II, eles começaram a ser esculpidos nas fachadas e colunas dos templos. Assim, passaram a fazer parte da ornamentação das obras arquitetônicas.
  • 61.
  • 62. O APOGEU DO PODER E DA ARTE Após a morte de Ramsés II, o poder real tornou-se muito fraco e o Império passou a ser governado pelos sacerdotes. Com isso, houve uma estabilidade apenas aparente, e as ameaças de invasão acabaram tornando-se realidade. O Egito foi invadido sucessivamente por etíopes, persas, gregos e, finalmente, pelos romanos.
  • 63. O APOGEU DO PODER E DA ARTE Aos poucos, essas invasões foram desorganizando a sociedade egípcia e, consequentemente, sua arte: influenciada pela cultura dos povos invasores, ela foi perdendo suas características e refletindo a própria crise política do Império.