O documento discute fatores de risco e sinais e sintomas da vulvovaginite atrófica, incluindo a importância da microbiota vaginal e da terapia hormonal no tratamento.
2.
Ausência dos coxins adiposos labiais e da proteção dos
pelos pubianos
Proximidade do ânus à vagina
Masturbação
Níveis baixos de estrógeno das pré- púberes , meopausa
Pequena abertura himenal
Retenção de urina no canal vaginal
Fatores Predisponentes
3.
Uso de roupas apertadas, úmidas ou de material sintético
Uso de fraldas, sabonetes e cremes irritantes
Constipação intestinal
Doenças exantemáticas, IVAS ou Diabetes Mellitus
Antibioticoterapia prolongada
Corpo estranho
Fatores Predisponentes
5.
Hipoestrogenismo:
Atrofia urogenital
Mucosa vaginal
Fina e ressecada
Desconforto vaginal, ardor, prurido, ressecamento e
dispareunia.
Mudanças na microbiota e no pH vaginal
predispõem à vulvovaginite atrófica.
Menopausa
6.
Sintomas:
Fogachos ; aumento da transpiração;
Alterações de humor ; depressão;
Fadiga, irritabilidade;
Perda de memória, insônia;
Diminuição do desejo sexual.
Repercussões em longo prazo:
Maior risco de doenças cardiovasculares
Perda de massa óssea.
Falência Ovariana
7.
Vagina
Epitélio escamoso estratificado e sem glândulas
Conteúdo vaginal
Muco cervical, secreções transudadas
Células epiteliais escamosas descamadas
Claro, inodoro, viscoso, homogêneo,
pH entre 3,5 e 4,5
Sem sinais inflamatórios (neutrófilos)
Constituintes orgânicos principais da secreção vaginal:
Proteínas, hidratos de carbono e ácidos graxos,
Produtos metabólicos da microbiota bacteriana vaginal.
Microbiota Vaginal
8.
Diferentes espécies de lactobacilos:
Formação de biofilme
Inibem a adesão, crescimento e proliferação de outros
microrganismos
secreção de ácidos orgânicos e produção de substâncias
antimicrobianas (peróxido de hidrogênio, bacteriocinas e
biossurfactantes)
competição por nutrientes (arginina) e por receptores, no
momento da adesão ao epitélio
Microbiota Vaginal
9.
O ecossistema vaginal é dinâmico:
Alterações de quantidade e composição
Idade, higiene, estado emocional,
Uso de drogas (antibióticos ou espermicidas),
Atividade sexual, fase do ciclo menstrual,
Contraceptivos hormonais e não-hormonais,
Gravidez e flutuações dos níveis de estrogênio e progesterona.
Microbiota Vaginal
10.
Microbiota Vaginal
Microbiota vaginal no menacme:
• Predomínio de lactobacílios produtores de peróxido de hidrogênio e ácido lático
• Reduzem o pH vaginal:
• limita o crescimento de estreptococos, Gardnerella vaginalis e anaeróbios
11.
Depleção dos lactobacilos vaginais
Colonização por E. coli e enterococos
Pacientes com deficiência de estrógenos
Maior prevalência de infecção do trato urinário
Maior risco de infecção pelo HIV e outras DSTs
Microbiota Vaginal
pós- Menopausa
13.
Vaginose bacteriana
Flora com diminuição/ ausência de lactobacilos
Aumento de microrganismos anaeróbios:
Peptostreptococcus, Bacteróides sp, Gardnerella vaginalis,
Mobiluncus sp e Micoplasma hominis.
Corrimento vaginal acinzentado e pH> 4,5
Pós-menopausa: alta frequência de vaginose
bacteriana assintomática
Microbiota Vaginal
Patogênica
14.
A microbiota vaginal das mulheres que se submetem
à terapia hormonal assemelha-se à microbiota
vaginal de mulheres no menacme.
Com o estímulo estrogênico, o epitélio escamoso
vaginal torna-se rico em glicogênio, substrato
essencial para a proliferação dos lactobacilos
Microbiologia Vaginal
pós- menopausa
16.
Mulheres > 50 anos
Sensibilidade vulvar,
Irritação, prurido,
Dispareunia e secura vaginal
40% das menopausadas
Deficiência estrogênica
Mulheres no menacme
Uso de substância antiestrogênica
Patologias que cursam com depleção do estrogênio
Hiperprolactinemia
Falência ovariana prematura
Vulvovaginite Atrófica
17.
Queda dos níveis de estrogênio
Atrofia endometrial e aumento do pH vaginal
Mucosa vaginal mais delgada e ressecada
Desconforto vaginal, prurido, dispaurenia
Predisposição a inflamações, infecções e
sintomas urinários
Vulvovaginite Atrófica
18.
Sinais e Sintomas
Manifestações Clínicas:
Secura vaginal,
Dispareunia,
Prurido genital,
Irritação ou ardor.
Sinais:
Palidez das mucosas,
Petéquias,
Friabilidade,
Ausência de pregas
Esfregaço vaginal com menor maturação celular:
Aumento da participação proporcional das células basais e redução das
células intermediárias e superficiais do epitélio
20.
Tratamento da causa infecciosa
Clindamicina tópica, a 2% por 3 a 7 dias
Terapia hormonal
Reposição estrogênca
Sistêmica
Local
Individualizado para cada paciente
Se a reposição estiver contraindicada
Restauração da microbiota vaginal com probióticos
Tratamento
21.
Avaliação regular das mulheres menopausadas:
Se atrofia genital:
Incentivo à prática sexual regular,
Prevenção de infecções urinárias recorrentes,
Utilização de lubrificantes vaginais durante o coito
Estrogenização local e/ou sistêmica, quando indicado.
Medidas
complementares
22.
O uso de baixas doses de estrógenos por via vaginal
é eficaz e bem tolerado como tratamento da atrofia
genital decorrente do hipoestrogenismo.
O uso de progesterona é contraindicado!
Efeitos colaterais
estimulação endometrial, sangramento
transvaginal, hiperplasia endometrial, mastalgia e dor
pélvica
Atentar caso a paciente já tenha apresentado alguma
neoplasia hormônio-dependente
Terapia hormonal