2. ESPÉCIES ESCOLHIDAS ACACIA MANGIUM – espécie exótica GUANANDI / JACAREUBA – espécie nativa
3. ACACIA MANGIUM Família: Mimosaceae Espécie: Acacia mangium Sinonímia botânica: Racosperma mangium Willd Outros nomes (vulgares): acácia-australiana, acácia, cássia . aproximadamente 2.000.000 ha plantados em todo o mundo, produções direcionadas para polpa de celulose, madeira para movelaria e construção, matéria-prima para compensados, combustível, controle de erosão, quebra-vento e sombreamento (MARSARO JR,s.d.). A espécie é uma leguminosa pioneira e vem despertando a atenção dos técnicos e pesquisadores pela rusticidade, rapidez de crescimento e, principalmente, por ser espécie nitrificadora (VEIGA et al.,2000). O interesse também parte por ela apresentar significativa capacidade de adaptação às condições edafoclimáticas brasileiras (ANDRADE et al., 2000), sobretudo em solos pobres, ácidos e degradados produzindo elevada quantidade de madeira com baixa acumulação de nutrientes. Assim, a espécie destaca-se em programas de recuperação de áreas degradadas (RAD) e representa uma opção silvicultural para o Brasil (BALIEIRO et al.,2004). A acácia é uma espécie nativa da parte noroeste da Austrália, de Papua Nova-Guiné e do oeste da Indonésia. (SMIDERLE,2005).
5. Com aproximadamente 2 cm de comprimento e 1 cm de largura , as sementes de Acacia M. possuem uma membrana de coloração amarela que é oxidante e em condições naturais auxilia na dispersão das sementes . Aproximadamente 60.000 sementes por Kg
6. Florada da Acacia M. Vagem das sementes Na região Sudeste do Brasil a florada começa no mês de Março
19. Produtos Não-Madeireiros Como as flores da espécie são melíferas (BALIEIRO et al.,2004), o néctar extrafloral pode produzir mel por abelhas do gênero Apis (BARBOSA,2002). A apicultura em povoamentos de Acácia mangium é uma atividade altamente lucrativa porque o néctar é produzido em nectários extraflorais existentes nas folhas e que produzem néctar durante toda época do ano, constituindo excelente pasto para as abelhas, principalmente na Ásia (Vietnam, Tailândia, Austrália) onde a espécie é cultivada em extensas áreas (CASTRO e CIA,s.d.).
20. Da casca da árvore pode-se explorar o tanino para indústrias de couro, fabricação de colas e adesivos, branqueamento de açúcar e purificação de água (floculante), cujo tanino poderá ser comercializado junto aos curtumes, empresas fabricantes de colas; usinas açucareiras e empresas de tratamento de água e esgoto, resultando em rendas adicionais e benefícios ambientais. (Flávio Pereira Silva Eng. Florestal- D.Sc. em Silvicultura) TANINO
22. HISTORIA DO GUANANDI O guanandi, durante o período regencial, tornou-se monopólio do Estado Brasileiro e, em 1835, passou a ser a primeira "Madeira de Lei" do país. Desde então, a intensa exploração quase o extinguiu. Atualmente, as populações de guanandi estão expostas à devastação, tanto pela extração ilegal de madeira, quanto pela pressão de ocupação nas áreas de ocorrência.
24. SEMENTES FRUTOS Os frutos do guanandi possuem uma polpa que envolvem a casca e a semente é a castanha que fica dentro da casca A colheita é feita quando os morcegos começam a comer a polpa dos frutos do guanandi, nesse momento as castanhas já estão maduras e prontas para serem despolpadas.
29. Aspectos ecológicos O guanandi é uma espécie pertencente ao grupo sucessional secundária/intermediária tardia (Durigan & Nogueira, 1990), porém ocorrem guanandizais quase puros, em condições pioneiras, no litoral paranaense (Carvalho, 1996). A espécie ocorre em todas as bacias brasileiras, sobretudo em planícies temporariamente inundadas. Observa-se, nessas condições, que mesmo submersas as sementes mantêm a viabilidade, bem como as plantas crescem normalmente em solo encharcado (Marques & Joly, 2000).
30. ASPECTOS FISICOS Quando adulta, a árvore pode atingir até 20m de altura e diâmetro (DAP) entre 20 a 50 cm. Na região amazônica pode atingir 40 m de altura e 150 cm de DAP. Seu tronco é geralmente reto e cilíndrico, apresentando fuste de até 15 m de altura. O guanandi é uma espécie de folhas perenes, com copa larga e arredondada, densa e de coloração verde-escuro. Guanandi serrado (Costa Rica) Peça de Guanandi trabalhada
31. Crescimento e produção O guanandi é uma espécie de crescimento lento a moderado. Em Manaus-AM, apresentou incremento médio anual de 8,40 m³/ha/ano, (Schimidt & Volpato, 1972).
32. Plantio de Guanandi em várzeas (Vale do Paraiba) As árvore de guanandi foram plantadas em várzeas onde antes era planado arroz . É mais uma opção para o produtor rural
36. MADEIRA: Brasil tem déficit de 8,7 mi de hectares de madeira Fonte: Diário Net/Painel Florestal A demanda de madeira no Brasil é estimada em 350 milhões de metros cúbicos por ano e os plantios florestais conseguem suprir apenas 90 milhões de m³/ano, equivalentes à exploração de 600 mil hectares/ano. A diferença vem das florestas nativas. Sem considerar planos de manejo, que preconizam a sustentabilidade e contribuem para a redução deste déficit, os 260 milhões de m³ para serem supridos integralmente por florestas plantadas demandariam mais 8,7 milhões de hectares, o equivalente 0,9% do território nacional, elevando o percentual de área com plantios florestais de 0,6% para 1,5%, o que seria muito inferior à área ocupada com outras culturas. Assim, caso não haja oferta de energia que substitua a madeira e sem uma política de estímulo ao plantio, se a demanda atual se mantiver, fatalmente a pressão sobre os remanescentes de florestas nativas será grande e com conseqüências indesejáveis. A previsão realista e pouco animadora é do chefe-geral, Helton Damin da Silva, e da pesquisadora Rosana Higa, da Embrapa Florestas. MADEIRA: Brasil tem déficit de 8,7 mi de hectares de madeira
37. ESTIMATIVA DA DEMANDA MUNDIAL DE MADEIRA !!!! Estima-se que em 2020 a demanda mundial potencial por madeira atinja o patamar de 4,0 bilhões de metros cúbicos, sendo 51,8% de madeira para fins energéticos e 48,2% de madeira para usos industriais. No entanto, os níveis de produção mundial de produtos florestais estarão muito aquém do aumento da demanda. No passado, a resposta à procura crescente por produtos madeireiros foi o estabelecimento de plantios florestais de baixo custo nos trópicos. Mas, a emergente realidade social e econômica irá dificultar expansões significativas do uso das terras para o plantio florestais, principalmente em países com restrições territoriais. Nesse contexto, é provável que o mundo priorize o Brasil, com vistas ao abastecimento de produtos florestais que sejam produzidos de forma sustentável. Fonte: Radar Silviconsult.
38. SETOR FLORESTAL: Estrangeiro investe em plantio de florestas O investimento estrangeiro em florestas sempre foi tímido no Brasil. Nos anos 1990, uma ou outra iniciativa de capital de risco chegou a apostar no manejo florestal sustentável na Amazônia. Mas, nos últimos anos, o País começou a atrair aportes de grandes fundos florestais interessados em investimentos de longo prazo. Esses investidores querem distância da Amazônia e do risco que a região oferece. Passaram a investir em florestas plantadas principalmente depois da conquista da maior estabilidade econômica do Brasil nos últimos anos, apesar de já conhecerem o grande potencial do País em termos de produtividade. "Após o investment grade, se abriu um leque para os fundos americanos que antes, por estatuto, não poderiam investir aqui", diz John Forgach, presidente do Fundo Equator, que investe em projetos ambientais. A nova tendência começou a se desenhar a partir de 2001, quando a Global Forest Partners (GFP) iniciou o investimento no Brasil com a compra de 60 mil hectares de pinus no Paraná. "Esse é até hoje um dos maiores maciços florestais sob propriedade de um fundo no Brasil", diz o economista da consultoria florestal Consufor, Ederson Almeida. Em 2002, foi a vez da Hancock Timber Resource Group, outra gigante norte-americana, vir para o País. De 2005 a 2008, outros oito fundos internacionais fizeram o mesmo caminho. De acordo com levantamento da Consufor, eles investiram R$ 2 bilhões no Brasil até o ano passado. O número ainda é tímido, se comparado ao que elas têm investido em outros países. Neste ano, a única negociação conhecida foi a compra de 10 mil hectares, em Mato Grosso, pela Phaunos Timber Fund Limited. O investimento total no projeto deve chegar a US$ 150 milhões. Até o fim de abril, o fundo havia desembolsado US$ 47,5 milhões.
39. EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE PRODUTOS FLORESTAIS No mês de abril, as exportações brasileiras de madeira, celulose e papel totalizaram US$ 545,86 milhões. Este cenário caracteriza aumento de 8,12% em relação ao mês de março, quando o valor exportado de tais produtos foi de US$ 504,88 milhões. As exportações de celulose e papel somaram, em abril, US$ 408,56 milhões, caracterizando acréscimo expressivo de 15,65% em relação ao mês de março, quando as exportações desses produtos somaram US$ 353,28 milhões. Em relação às exportações brasileiras de madeira, o total exportado, em abril, foi de US$ 137,3 milhões, enquanto que este montante em março foi de US$ 151,60 milhões. Fonte: CEPEA.
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42. MERCADO DE CARBONO O metano é um dos gases mais nocivos ao planeta, com capacidade 23 vezes maior do que o carbono em segurar calor na atmosfera. O gado das fazendas industriais representam 18% do total desses gases emitidos no mundo, de acordo com o relatório de 2006 da Food and Agriculture Organization.
43. Existem Projetos para redução da emissão de metano na atmosfera em granjas de porcos e criadouros confinados , assim como em aterros sanitários . Dessa forma pode-se reduzir as emissões em até 21 vezes , pois o Metano será transformado em CO2. Essa redução pode ser negociado em Bolsas de Valores especificas para esse tipo de ação, como a CCX de Chicago – EUA. Os compradores dessas ações são as Grandes Empresas poluidoras , como a automobilística, prolífica, entre outras . Fazem isso para mitigar / compensar as emissões lançadas na atmosfera causadas pelas suas empresas.