2. AS ILHAS ATLÂNTICAS: A MADEIRA E OS AÇORES A Madeira e os Açores devem o seu nome ás imagens que mais impressionaram os primeiros navegadores portugueses que aí chegaram. No primeiro caso à mancha florestal que à distancia tudo parecia cobrir e no segundo aos grupos de açores que sobrevoavam na altura os céus da região. Quer os Açores quer a Madeira são arquipélagos , isto é, conjuntos de ilhas situadas na proximidade umas das outras. São também ambos de origem vulcânica. sendo as suas superfícies determinadas pela parte não submersa de vulcões
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4. Desabitadas , perdidas no atlântico no meio do nada, estas regiões pela sua pequena área e pela relativa pobreza dos seus recursos naturais nunca foram cobiçadas pelas grandes nações e impérios, que conhecendo a sua localização e características, estavam ,mais interessados na procura do ouro , da prata nos escravos ,e outros bens e riquezas de que dependiam as suas civilizações e modos de vida. Deixaram-nas estar… E assim permaneceram desertas até ao século XV.
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6. Ocupados a mando do Infante, os Arquipélagos da Madeira e dos Açores, serão colonizados pelos respectivos descobridores, sob sua orientação. Para tal os arquipélagos foram divididos em talhões, as capitanias Governando sob ordens do infante, com o titulo de capitão –donatário, cabia a cada um dos descobridores, Gonçalves Zarco ,Tristão Vaz Teixeira e Bartolomeu Perestrelo , o povoamento exploração defesa e desenvolvimento das suas capitanias .
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8. Era preciso não abandonar o rebanho de Deus , assegurar a obediência, dos crentes , impedir o ócio, e claro arrecadar o dízimo . Mas enquanto para a colonização da madeira , iniciada mais cedo, facilmente se encontrou uma população pobre e disponível, sobretudo composta por algarvios ,e por condenados ao degredo, nos Açores as coisas passaram-se de forma diferente.
9. Desde logo porque o infante D. Pedro decide ocupar o arquipélago à revelia da vontade de D..Afonso IV, que tinha doado as terras a D. Henrique. E depois porque ao contrário do que se passou na Madeira colonização dos Açores, foi bastante mais problemática já que na altura a mão de obra necessária escasseava. Mesmo dentre a baixa nobreza ninguém se mostrou disposto a assumir o controle das capitanias que reproduziam o sistema de colonização ensaiado com êxito na Madeira. Afinal os Açores ficavam longe … O INFANTE D.PEDRO
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13. Na Madeira “Mediterrânica “ a cana do açúcar a vinha e as arvores de fruto foram as culturas de maior sucesso . O trigo o gado e as plantas tintureiras como a urzela deram-se bem com o clima atlântico e húmido dos açores.
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17. No entanto a cultura da urzela , planta de que se extraia um pigmento raro e muito apreciado para colorir os mais ricos tecidos, e a criação de gado, revelaram-se actividades muito lucrativas para os seus colonos. A localização da capitania na ilha de Santiago ,uma das mais próximas da costa africana, fez também de Cabo Verde , um quase obrigatório , ponto de escala nas viagens africanas e um importante entreposto do comércio de escravos .
18. A colonização da costa Africana fez-se de forma diferente .Para o continente africano não foram enviadas populações em grande número. Não se tratava de povoar ou de trabalhar a terra ,mas sim de negociar ou tomar posse das riquezas da região. De facto os únicos locais em que os portugueses se estabeleciam em termos mais ou menos duradouros, foram as Feitorias em torno das quais se desenvolveu o sistema de colonização utilizado em África. A COSTA OCIDENTAL AFRICANA
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28. O sistema de colonização utilizado pelos portugueses na Índia, baseou-se na conquista e na administração de importantes cidades no seu litoral, onde se ergueram as principais feitorias. Tal como em Africa, aí se centralizava, em torno do Feitor toda a actividade comercial .
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35. A Índia era também como já dissemos o berço de religiões milenárias como o Hinduísmo e o budismo. Religiões milenares muito anteriores ao cristianismo. Era também uma região de forte presença e influencia árabe. Povo que desde o século VIII, no seu movimento expansionista aí se tinha instalado . Tanto paganismo estava mesmo a pedir a intervenção divina. Sobretudo quando havia tamanhas riquezas e oportunidades a explorar. . O que para nobres e clérigos até vinha a calhar no contexto da “guerra santa “que por todo o lado opunha árabes a cristãos.