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Ocupação Antrópica
e Ordenamento do
    Território
O crescimento da população gerou a ocupação de
grandes áreas da superfície terrestre pelo Homem –
Ocupação Antrópica – que acarretou alterações nas
paisagens naturais.

A ocupação desordenada do território, considerando
os espaços urbanos e rurais, acarretou vários
impactos negativos ao meio ambiente.
Para evitar que a ocupação antrópica acentue cada vez
mais os impactos negativos, é necessário definir regras
de Ordenamento do Território.




O Ordenamento do Território é o conjunto de
processos integrados de organização do espaço
biofísico, tendo com objectivo a sua ocupação,
utilização e transformação de acordo com as
capacidades do referido espaço.
A ocupação antrópica gera situações de risco
especialmente no tocante à água., às zonas costeiras e
às zonas de vertente.
Bacias Hidrográficas
Dentre todos os agentes naturais que actuam sobre a superfície
da Terra, a água é, provavelmente, aquele que mais modificação
provoca na paisagem.
A ocupação antrópica em regiões próximas aos cursos de água
muitas vezes deve-se ao facto de muitos rios serem utilizados
para o transporte, fácil acesso à água, energia e alimento e à
existência de solos férteis.

Com o aumento da população mundial e ocupação desenfreada para
industrialização e moradia de terrenos ribeirinhos, surgiu um
problema grave no meio ambiente. Isso somado à clássica iniciativa
nociva de aterrar pântanos e banhados gera a cada temporada de
chuvas, nas margens de rios e próximo a elas, o problema da
enchente, que desabriga muitas famílias repetitivamente a cada
ano.
Bacias Hidrográficas
          Rio – Curso de água,
          superficial e regular que
          pode desaguar num outro
          rio, num lago ou no mar.


          Bacias Hidrográficas – é o
          conjunto de meios hídricos
          cujos cursos (ou leitos) tem
          o   mesmo      sentido    de
          drenagem e se interligam
          numa única saída
Estrutura geomorfológica de um rio

      Perfil transversal de um rio

                             Leito




                Margens
Leito – terreno coberto pelas águas, quando não influenciado por
cheias.
Margem – Faixa de terreno contígua
            ao leito ou sombranceiro à linha que
            limita o leito das águas




           Nascente - é o local do qual se inicia um
Nascente
           curso de água (rio, ribeirão, córrego),
           seja grande ou pequeno. As nascentes
           (ou mananciais) se formam quando o
           aquífero    atinge  a    superfície     e,
           consequentemente, a água armazenada
           no subsolo começa a minar.
     Foz

            Foz - é o local onde desagua um rio,
            podendo dar-se em outro rio, em um
            lago ou no oceano.
Montante - é qualquer ponto ou secção do rio que se localize antes
 (isto é, em direcção à nascente) de um outro ponto referencial
 fixado.

 Jusante - é qualquer ponto ou secção do rio que se localize depois
 (isto é, em direcção à foz) de um outro ponto referencial fixado.

                                                    Rio Douro

                              Nascente:      Espanha     -    Serra     de    Urbion.
          Montante            Extensão da nascente à foz (Porto): 927 Km.
                              Bacia Hidrográfica: 97.682 Km2, (a maior dos rio
                              Ibéricos), dos quais 18.710 Km2 são em território
Jusante                                              português.
                              Principais afluentes portugueses: Rio Côa, Rio Sabor,
                              Rio Tua, Rio Ceira, Rio Varosa, Rio Corgo, Rio Ovil, Rio
          ponto referencial
                              Paiva, Rio Sardoura, Rio Tâmega, Rio Mau, Rio Arda, Rio
                              Uima,              Rio              Sousa               .
                              No Douro existem oito barragens portuguesas:
                              Miranda, Picote e Bemposta, no Douro internacional e
                              Pocinho, Valeira, Régua, Carrapatelo e Crestuma, no
                              troço nacional.
Rede Hidrográfica - é o conjunto dos cursos de água
mais ou menos organizado de uma determinada
região.
Actividade geológica de um rio
 A actividade geológica de um rio pode ser sintetizada em 3 processos:

1. Erosão: desgaste e remoção       dos   materiais   rochosos   que
   constituem o leito de um rio.
2. Transporte: transporte dos detritos rochosos erodidos (carga do rio)
   pela corrente de água.
  A carga do rio é constituída por materiais dissolvidos, em suspensão
  e materiais que se deslocam por tracção (rolamento, arrastamento e
  saltação).
3. Sedimentação: processo de deposição dos materiais, quer ao longo
do leito do rio, quer nas suas margens quando a capacidade de
transporte deste diminui.

A sedimentação é, geralmente ordenada de acordo com a dimensão e
peso dos detritos e com a velocidade da corrente.
Normalmente os detritos de maiores dimensões depositam-se para
montante (próximo da nascente) e os de pequena e mais finos à
jusante (próximo da foz).
Os processos de erosão, transporte e sedimentação ocorrem com
maior ou menor frequência, de acordo com as condições
climatéricas, principalmente com a pluviosidade
Factores condicionantes da acção geológica dos
                     rios
    Erosão: Fundo e nas margens do rio;



    A água desloca-se por acção da gravidade, sendo o declive do leito um

    factor importante no comportamento do rio;

    D (débito:m3/s)= A (área de secção do leito:m2) x V (velocidade

    média- m/s);

    A (área do leito)= L (largura) X P (profundidade);



    Competência do Rio- quantidade de sedimentos transportados por

    unidade de volume, contribui para a função erosiva do Rio.
    Quanto maior a carga maior será a capacidade erosiva.
Erosão e sedimentação dos rios

É condicionada pela:
   - Velocidade das águas, depende
   do declive, da forma e
   constituição do leito
   (normalmente é maior no centro
   que nas margens e à superfície
   que em profundidade)
   - Competência: Transporte de
   sedimentos por:
         - Rolamento
         - Arrastamento
         - Saltação
         - Suspensão
         - Dissolução
Sedimentação

  Detritos depositados: areia e

  cascalho.
 Bancos - amontoados de
  sedimentos ao longo do leito.
 Quando o declive e a velocidade
  diminuem e varia na razão
  directa da densidade dos
  detritos.
 Formação de meandros –
  simultânea erosão na parte
  côncava de uma curva de um rio
  e a sedimentação na parte
  convexa da mesma.
Evolução dos rios
    Fase juventude: Domina a erosão e o transporte; perfil irregular, declive

    acentuado e formação de rápidos;

    Fase de maturidade : grande capacidade de transporte, declive menos

    acentuado, vales profundos e apertados, perfil mais regularizado;

    Fase de senilidade: vales amplos, vertentes afastadas e degradadas, domina

    a sedimentação.

             Estas fases podem ser alteradas devido a :
         - uma descida ou subida do nível do mar;
         - alterações climatéricas; elevação dos vales fluviais
Os rios terminam no mar:
   - estuários: constituem o troço final dos rios sujeitos a acções continentais
   e marinhas. A sedimentação é determinada pela inversão do sentido das
   marés, duas vezes por dia, de que resulta a alternância de fenómenos de
   erosão e sedimentação.
   - delta, onde o rio mistura-se com o mar através de vários canais ou braços.
   No entanto, um delta pode considerar-se também uma região estuáriana.
    Ex: Delta do Nilo, Ria de Aveiro.
Factores de risco associados às bacias hidrográficas

                      1. Cheias
2. Barragens
3. Extracção de inertes
Inertes: termo aplicado para classificar materiais resultantes de
diferentes processos naturais ou processos onde ocorre a intervenção do
Homem.
Zonas Costeiras
    Zonas privilegiadas para actividades culturais, desportivas,

    económicas, turísticas e de lazer
    80% da população mundial encontra-se nestas zonas;

    Portugal tem 900 km de costa.

    O impacto das ondas provoca desgaste sobre a costa – Abrasão

    marinha
    Na transição do continente para o oceano, é possível distinguir

    duas formas distintas: as arribas e as praias.
Arribas

    As arribas são constituídas por

    material rochoso consolidado, com
    inclinação acentuada com pouca ou
    nenhuma cobertura vegetal.
    Dizem-se vivas quando predominam

    fenómenos de abrasão marinha,
    quando deixa de ser trabalhada pela
    acção do mar diz-se morta ou fóssil.




                                              Arriba a sul da praia do Magoito
      Arriba Fóssil Lagoa de Albufeira                 (M. Marcelino)
Nos locais onde predominam forças de abrasão é possível observar um
conjunto de formas, tais como Plataforma de abrasão, as cavernas, os
leixões e os arcos litorais.
Na base das arribas é possível observar
plataformas de abrasão (superfícies aplanadas
e irregulares muito próximas do nível do mar),
as cavernas, os leixões e os arcos litorais. Nas
plataformas de abrasão encontram-se blocos
e outros sedimentos de grandes dimensões.




                                                         Plataforma de abrasão




                                                   Leixão da Gaivota
             Caverna



     Algarve




                                                   Leixão – penedo alto e isolado da
                                                   costa marítima
Praias
  Local de acumulação de

  sedimentos de variados tamanho
  e formas;
 Geologicamente e ecologicamente
  são mais frágeis do que as
  arribas;
 Impedem o avanço das águas do
  mar para o interior;
 Por vezes em algumas praias é
  possível observar dunas litorais
  que    assumem     uma     enorme
  importância pois, impedem de um
  modo natural o avanço das águas
  do mar, protege a terra da
  intensidade do vento e do avanço
  das areia;
                                      Dunas/ Piauí- Brasil
Dinâmica faixa litoral
A dinâmica do litoral é condicionada pela intervenção de fenómenos
naturais e antrópicos.

                         Fenómenos naturais
  A alternância entre regressões e transgressões marinhas;

 A alternância entre períodos de glaciações e interglaciações;
 A deformação das margens dos continentes, devido a movimentos
  tectónicos.
                         Fenómenos antrópicos
  Agravamento do Efeito de Estufa, (queima de combustíveis fósseis e

  desflorestação)
 Ocupação da faixa do litoral com estruturas de lazer e de engenharia;
 Diminuição da quantidade de sedimentos que chegam ao litoral;
 Destruição das defesas naturais (devido ao pisoteio das dunas,
  construção desordenada, arranque da cobertura vegetal e a extracção
  de inertes para a construção civil).
Principais causas para o aumento da erosão costeira
- Diminuição, em cerca de 80% , do fluxo de sedimentos
transportados pelos rios, que ficam retidos nas albufeiras das
barragens.

- Excessiva exploração de areias nos estuários dos principais rios
portugueses.

- Destruição sistemática das dunas litorais.

- Modificação sensível do regime de ondulação costeira, pela
construção de obras portuárias sem um estudo exaustivo de
avaliação do impacto ambiental.
Medidas de prevenção

    Obras de engenharia: enrocamentos ou paredões, quebra-

    mares e molhes ou esporões;

    Alimentação artificial em sedimentos em certas praias;



    POOC (Planos de Ordenamento da Orla costeira): Identificar

    áreas de risco, promover a reabilitação, requalificar as praias
    balneares, estabelecer regras para a utilização da orla
    costeira.

    FINISTERRA- Programa de Intervenção na Orla Costeira

No sentido de minimizar os efeitos da erosão costeira e de
estabilizar a linha da costa, podem ser tomadas diversas medidas. As
medidas leves, consideradas actualmente mais desejáveis que as medidas
estruturais pesadas ( “obras de protecção”) , passam pela protecção e
estabilização das dunas, utilizando plantas e estruturas de estacas e pela
dragagem de areias no alto mar e sua deposição nas praias. O inconveniente
deste tipo de intervenção prende-se com o seu elevado custo, uma vez que
precisa de ser repetido periodicamente.

 Em termos de estabilização pesada, existem estruturas paralelas e
 estruturas perpendiculares à costa.

 • Obras longitudinais aderentes: enrocamentos ou paredões.


 • Obras longitudinais não aderentes; quebra-mar

 • Obras transversais: molhes e esporões
Obras longitudinais aderentes: enrocamentos ou
                         paredões.

Enrocamentos ou paredões– colocação de grande quantidade de enormes
blocos rochosos dispostos paralelamente à costa. O inconveniente dos
enrocamentos é o seu elevado custo e a necessidade de ser renovado,
aproximadamente, de 4 em 4 anos.
Obras longitudinais não aderentes


                         Quebra-mar - muros
                         dispostos no mar
                         paralelamente à costa.
                         Os quebra-mar
                         provocam a deflecção
                         da energia das ondas,
                         provocando um
                         estreitamento da praia
                         e eventualmente o seu
                         desaparecimento.
Obras transversais: molhes e esporões

Molhe - pontão, ou estrutura alongada que é introduzida nos mares ou
oceanos, afixada no leito aquático por meio de bases que o sustentam
firmemente, e que permitam que emerja da superfície aquática.
Constituí o único meio de se atracar uma embarcação nas costa que não
contam com águas suficientemente profundas.
Os esporões estruturas perpendiculares à costa constituindo uma
oposição ao transporte litoral de areias que se faz, geralmente, de Norte
para Sul, daí resultando uma deficiente retenção de areias a sul, a que
está associada uma erosão intensa.
É evidente que as medidas de protecção da linha da costa podem ser
eficazes na protecção de construções, mas raramente o são na
preservação das praias.


   Ordenamento do território
Zonas de vertente
São locais de erosão rápida e
intensa, provocada:
a) pela água das chuvas: Erosão lenta e
 gradual, os materiais arrancados às
 vertentes são, quase sempre, em
 pequena quantidade e de pequenas
 dimensões.
 b) por movimentos de terreno -
 movimentos em massa: movimentação
 brusca e inesperada, ao longo de uma
 vertente.
Erosão das vertentes




                                     Movimentos de vertente no interior da caldeira do Faial
Cicatriz do movimento de vertente
Movimentos em massa
Causas dos movimentos em massa

                    • Factores Condicionantes – correspondem às
                    condições mais ou menos permanentes que podem
                    favorecer ou não os movimentos em massa.
                           - Força da gravidade
                           - Contexto geológico
                           - Tipo e características das rochas
                           - Inclinação da vertente
                           - Grau de alteração e fracturação

• Factores desencadeantes – correspondem a factores que resultam de
alguma alteração que foi introduzida numa determinada vertente.
   - Precipitação
   - Acção Antrópica : destruição do coberto vegetal, remoção de
   terrenos para construção.
   - Sismos e tempestades no mar.
Acção Antrópica


                   Terreno antes da construção



                                                 Deslizamento
                                                 de materiais




Terreno saturado em água


              Terreno sem cobertura
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Medidas de Prevenção
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Ocupação Antrópica

  • 2. O crescimento da população gerou a ocupação de grandes áreas da superfície terrestre pelo Homem – Ocupação Antrópica – que acarretou alterações nas paisagens naturais. A ocupação desordenada do território, considerando os espaços urbanos e rurais, acarretou vários impactos negativos ao meio ambiente.
  • 3. Para evitar que a ocupação antrópica acentue cada vez mais os impactos negativos, é necessário definir regras de Ordenamento do Território. O Ordenamento do Território é o conjunto de processos integrados de organização do espaço biofísico, tendo com objectivo a sua ocupação, utilização e transformação de acordo com as capacidades do referido espaço.
  • 4. A ocupação antrópica gera situações de risco especialmente no tocante à água., às zonas costeiras e às zonas de vertente.
  • 5. Bacias Hidrográficas Dentre todos os agentes naturais que actuam sobre a superfície da Terra, a água é, provavelmente, aquele que mais modificação provoca na paisagem. A ocupação antrópica em regiões próximas aos cursos de água muitas vezes deve-se ao facto de muitos rios serem utilizados para o transporte, fácil acesso à água, energia e alimento e à existência de solos férteis. Com o aumento da população mundial e ocupação desenfreada para industrialização e moradia de terrenos ribeirinhos, surgiu um problema grave no meio ambiente. Isso somado à clássica iniciativa nociva de aterrar pântanos e banhados gera a cada temporada de chuvas, nas margens de rios e próximo a elas, o problema da enchente, que desabriga muitas famílias repetitivamente a cada ano.
  • 6. Bacias Hidrográficas Rio – Curso de água, superficial e regular que pode desaguar num outro rio, num lago ou no mar. Bacias Hidrográficas – é o conjunto de meios hídricos cujos cursos (ou leitos) tem o mesmo sentido de drenagem e se interligam numa única saída
  • 7. Estrutura geomorfológica de um rio Perfil transversal de um rio Leito Margens
  • 8. Leito – terreno coberto pelas águas, quando não influenciado por cheias.
  • 9. Margem – Faixa de terreno contígua ao leito ou sombranceiro à linha que limita o leito das águas Nascente - é o local do qual se inicia um Nascente curso de água (rio, ribeirão, córrego), seja grande ou pequeno. As nascentes (ou mananciais) se formam quando o aquífero atinge a superfície e, consequentemente, a água armazenada no subsolo começa a minar. Foz Foz - é o local onde desagua um rio, podendo dar-se em outro rio, em um lago ou no oceano.
  • 10. Montante - é qualquer ponto ou secção do rio que se localize antes (isto é, em direcção à nascente) de um outro ponto referencial fixado. Jusante - é qualquer ponto ou secção do rio que se localize depois (isto é, em direcção à foz) de um outro ponto referencial fixado. Rio Douro Nascente: Espanha - Serra de Urbion. Montante Extensão da nascente à foz (Porto): 927 Km. Bacia Hidrográfica: 97.682 Km2, (a maior dos rio Ibéricos), dos quais 18.710 Km2 são em território Jusante português. Principais afluentes portugueses: Rio Côa, Rio Sabor, Rio Tua, Rio Ceira, Rio Varosa, Rio Corgo, Rio Ovil, Rio ponto referencial Paiva, Rio Sardoura, Rio Tâmega, Rio Mau, Rio Arda, Rio Uima, Rio Sousa . No Douro existem oito barragens portuguesas: Miranda, Picote e Bemposta, no Douro internacional e Pocinho, Valeira, Régua, Carrapatelo e Crestuma, no troço nacional.
  • 11. Rede Hidrográfica - é o conjunto dos cursos de água mais ou menos organizado de uma determinada região.
  • 12. Actividade geológica de um rio A actividade geológica de um rio pode ser sintetizada em 3 processos: 1. Erosão: desgaste e remoção dos materiais rochosos que constituem o leito de um rio. 2. Transporte: transporte dos detritos rochosos erodidos (carga do rio) pela corrente de água. A carga do rio é constituída por materiais dissolvidos, em suspensão e materiais que se deslocam por tracção (rolamento, arrastamento e saltação).
  • 13. 3. Sedimentação: processo de deposição dos materiais, quer ao longo do leito do rio, quer nas suas margens quando a capacidade de transporte deste diminui. A sedimentação é, geralmente ordenada de acordo com a dimensão e peso dos detritos e com a velocidade da corrente. Normalmente os detritos de maiores dimensões depositam-se para montante (próximo da nascente) e os de pequena e mais finos à jusante (próximo da foz). Os processos de erosão, transporte e sedimentação ocorrem com maior ou menor frequência, de acordo com as condições climatéricas, principalmente com a pluviosidade
  • 14. Factores condicionantes da acção geológica dos rios Erosão: Fundo e nas margens do rio;  A água desloca-se por acção da gravidade, sendo o declive do leito um  factor importante no comportamento do rio; D (débito:m3/s)= A (área de secção do leito:m2) x V (velocidade  média- m/s); A (área do leito)= L (largura) X P (profundidade);  Competência do Rio- quantidade de sedimentos transportados por  unidade de volume, contribui para a função erosiva do Rio. Quanto maior a carga maior será a capacidade erosiva.
  • 15. Erosão e sedimentação dos rios É condicionada pela: - Velocidade das águas, depende do declive, da forma e constituição do leito (normalmente é maior no centro que nas margens e à superfície que em profundidade) - Competência: Transporte de sedimentos por: - Rolamento - Arrastamento - Saltação - Suspensão - Dissolução
  • 16. Sedimentação Detritos depositados: areia e  cascalho.  Bancos - amontoados de sedimentos ao longo do leito.  Quando o declive e a velocidade diminuem e varia na razão directa da densidade dos detritos.  Formação de meandros – simultânea erosão na parte côncava de uma curva de um rio e a sedimentação na parte convexa da mesma.
  • 17. Evolução dos rios Fase juventude: Domina a erosão e o transporte; perfil irregular, declive  acentuado e formação de rápidos; Fase de maturidade : grande capacidade de transporte, declive menos  acentuado, vales profundos e apertados, perfil mais regularizado; Fase de senilidade: vales amplos, vertentes afastadas e degradadas, domina  a sedimentação. Estas fases podem ser alteradas devido a : - uma descida ou subida do nível do mar; - alterações climatéricas; elevação dos vales fluviais Os rios terminam no mar: - estuários: constituem o troço final dos rios sujeitos a acções continentais e marinhas. A sedimentação é determinada pela inversão do sentido das marés, duas vezes por dia, de que resulta a alternância de fenómenos de erosão e sedimentação. - delta, onde o rio mistura-se com o mar através de vários canais ou braços. No entanto, um delta pode considerar-se também uma região estuáriana. Ex: Delta do Nilo, Ria de Aveiro.
  • 18. Factores de risco associados às bacias hidrográficas 1. Cheias
  • 20. 3. Extracção de inertes Inertes: termo aplicado para classificar materiais resultantes de diferentes processos naturais ou processos onde ocorre a intervenção do Homem.
  • 21. Zonas Costeiras Zonas privilegiadas para actividades culturais, desportivas,  económicas, turísticas e de lazer 80% da população mundial encontra-se nestas zonas;  Portugal tem 900 km de costa.  O impacto das ondas provoca desgaste sobre a costa – Abrasão  marinha Na transição do continente para o oceano, é possível distinguir  duas formas distintas: as arribas e as praias.
  • 22. Arribas As arribas são constituídas por  material rochoso consolidado, com inclinação acentuada com pouca ou nenhuma cobertura vegetal. Dizem-se vivas quando predominam  fenómenos de abrasão marinha, quando deixa de ser trabalhada pela acção do mar diz-se morta ou fóssil. Arriba a sul da praia do Magoito Arriba Fóssil Lagoa de Albufeira (M. Marcelino)
  • 23. Nos locais onde predominam forças de abrasão é possível observar um conjunto de formas, tais como Plataforma de abrasão, as cavernas, os leixões e os arcos litorais.
  • 24. Na base das arribas é possível observar plataformas de abrasão (superfícies aplanadas e irregulares muito próximas do nível do mar), as cavernas, os leixões e os arcos litorais. Nas plataformas de abrasão encontram-se blocos e outros sedimentos de grandes dimensões. Plataforma de abrasão Leixão da Gaivota Caverna Algarve Leixão – penedo alto e isolado da costa marítima
  • 25. Praias Local de acumulação de  sedimentos de variados tamanho e formas;  Geologicamente e ecologicamente são mais frágeis do que as arribas;  Impedem o avanço das águas do mar para o interior;  Por vezes em algumas praias é possível observar dunas litorais que assumem uma enorme importância pois, impedem de um modo natural o avanço das águas do mar, protege a terra da intensidade do vento e do avanço das areia; Dunas/ Piauí- Brasil
  • 26. Dinâmica faixa litoral A dinâmica do litoral é condicionada pela intervenção de fenómenos naturais e antrópicos. Fenómenos naturais A alternância entre regressões e transgressões marinhas;   A alternância entre períodos de glaciações e interglaciações;  A deformação das margens dos continentes, devido a movimentos tectónicos. Fenómenos antrópicos Agravamento do Efeito de Estufa, (queima de combustíveis fósseis e  desflorestação)  Ocupação da faixa do litoral com estruturas de lazer e de engenharia;  Diminuição da quantidade de sedimentos que chegam ao litoral;  Destruição das defesas naturais (devido ao pisoteio das dunas, construção desordenada, arranque da cobertura vegetal e a extracção de inertes para a construção civil).
  • 27. Principais causas para o aumento da erosão costeira - Diminuição, em cerca de 80% , do fluxo de sedimentos transportados pelos rios, que ficam retidos nas albufeiras das barragens. - Excessiva exploração de areias nos estuários dos principais rios portugueses. - Destruição sistemática das dunas litorais. - Modificação sensível do regime de ondulação costeira, pela construção de obras portuárias sem um estudo exaustivo de avaliação do impacto ambiental.
  • 28. Medidas de prevenção Obras de engenharia: enrocamentos ou paredões, quebra-  mares e molhes ou esporões; Alimentação artificial em sedimentos em certas praias;  POOC (Planos de Ordenamento da Orla costeira): Identificar  áreas de risco, promover a reabilitação, requalificar as praias balneares, estabelecer regras para a utilização da orla costeira. FINISTERRA- Programa de Intervenção na Orla Costeira 
  • 29. No sentido de minimizar os efeitos da erosão costeira e de estabilizar a linha da costa, podem ser tomadas diversas medidas. As medidas leves, consideradas actualmente mais desejáveis que as medidas estruturais pesadas ( “obras de protecção”) , passam pela protecção e estabilização das dunas, utilizando plantas e estruturas de estacas e pela dragagem de areias no alto mar e sua deposição nas praias. O inconveniente deste tipo de intervenção prende-se com o seu elevado custo, uma vez que precisa de ser repetido periodicamente. Em termos de estabilização pesada, existem estruturas paralelas e estruturas perpendiculares à costa. • Obras longitudinais aderentes: enrocamentos ou paredões. • Obras longitudinais não aderentes; quebra-mar • Obras transversais: molhes e esporões
  • 30. Obras longitudinais aderentes: enrocamentos ou paredões. Enrocamentos ou paredões– colocação de grande quantidade de enormes blocos rochosos dispostos paralelamente à costa. O inconveniente dos enrocamentos é o seu elevado custo e a necessidade de ser renovado, aproximadamente, de 4 em 4 anos.
  • 31. Obras longitudinais não aderentes Quebra-mar - muros dispostos no mar paralelamente à costa. Os quebra-mar provocam a deflecção da energia das ondas, provocando um estreitamento da praia e eventualmente o seu desaparecimento.
  • 32. Obras transversais: molhes e esporões Molhe - pontão, ou estrutura alongada que é introduzida nos mares ou oceanos, afixada no leito aquático por meio de bases que o sustentam firmemente, e que permitam que emerja da superfície aquática. Constituí o único meio de se atracar uma embarcação nas costa que não contam com águas suficientemente profundas.
  • 33. Os esporões estruturas perpendiculares à costa constituindo uma oposição ao transporte litoral de areias que se faz, geralmente, de Norte para Sul, daí resultando uma deficiente retenção de areias a sul, a que está associada uma erosão intensa.
  • 34. É evidente que as medidas de protecção da linha da costa podem ser eficazes na protecção de construções, mas raramente o são na preservação das praias. Ordenamento do território
  • 35. Zonas de vertente São locais de erosão rápida e intensa, provocada: a) pela água das chuvas: Erosão lenta e gradual, os materiais arrancados às vertentes são, quase sempre, em pequena quantidade e de pequenas dimensões. b) por movimentos de terreno - movimentos em massa: movimentação brusca e inesperada, ao longo de uma vertente.
  • 36. Erosão das vertentes Movimentos de vertente no interior da caldeira do Faial Cicatriz do movimento de vertente
  • 38. Causas dos movimentos em massa • Factores Condicionantes – correspondem às condições mais ou menos permanentes que podem favorecer ou não os movimentos em massa. - Força da gravidade - Contexto geológico - Tipo e características das rochas - Inclinação da vertente - Grau de alteração e fracturação • Factores desencadeantes – correspondem a factores que resultam de alguma alteração que foi introduzida numa determinada vertente. - Precipitação - Acção Antrópica : destruição do coberto vegetal, remoção de terrenos para construção. - Sismos e tempestades no mar.
  • 39. Acção Antrópica Terreno antes da construção Deslizamento de materiais Terreno saturado em água Terreno sem cobertura vegetal (removida)
  • 41. Medidas de estabilização das vertentes
  • 42. Medidas de estabilização das vertentes