SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 69
Faculdade de Medicina de Lisboa Mecanismos da Doença 3.º ano Medicina Prof. Doutor Mário MascarenhasTP 8 CASO CLÍNICO- PATOLOGIA GÁSTRICA - Carolina CorreiaFernando AzevedoTelma CaladoVânia Caldeira
CASO CLÍNICO Sr. Alfredo B. 65 A Pedreiro História pregressa: ,[object Object]
Factor de alívio inconstante - ingestão de alimentos,[object Object]
Gonartrose bilateral há 3 anos  medicado com nimesulide
Hábitos tabágicos (1 maço/dia)
Hábitos etílicos (30 g etanol/dia)
Motivo da consulta: aumento da frequência dos episódios dolorosos
Foram pedidos: EDA e análises,[object Object]
Glóbulos vermelhos: 4,8 x 1012/L		(4,5 - 5,9)
Hemoglobina: 14 g/dL			(16 ± 2)
Hematócrito: 45 %				(47 ± 6)
Leucócitos: 4,9 x 109/L		 	(4 - 10)
Plaquetas: 250 x 109/L		 	(150 - 400)
CASO CLÍNICO - Exames complementares de diagnóstico - ,[object Object]
Úlcera gástrica no antro (pequena curvatura), sobre mucosa hiperemiada, comcerca de 8 mm de diâmetro,bordos regulares e fundonacarado
Biopsados: bordos e fundoda úlcera, corpo e antroFig. 1 - Úlcera gástrica benigna
CASO CLÍNICO - Exames complementares de diagnóstico - ,[object Object]
Em 2 dos fragmentos - mucosa gástrica com processo inflamatório e aspectos hiperplásicos epiteliais regenerativos, fibrina e tecido de granulação
Em 4 dos fragmentos - gastrite crónica activa intensa, com atrofia moderada, metaplasia intestinal completa multifocal e grande quantidade de bacilos H. pyloriFig. 2 - Metaplasia intestinal gástrica Fig. 3 - H. pylori
DIAGNÓSTICO ÚLCERA PÉPTICA E GASTRITE CRÓNICA COM INFECÇÃO POR H. PYLORI
CASO CLÍNICO ,[object Object]
Omeprazol
Claritromicina
Amoxicilina
Doente assintomático em 5 dias
2 meses depois - nova EDA
Revelou pequena cicatriz da úlcera
Estudo histológico - gastrite crónica		            - menor infiltrado inflamatório		            - sem H. pylori,[object Object]
 Fase faríngea
 Fase esofágicaFig. 4
FISIOLOGIA DO ESÓFAGO Fig. 5 Movimentos peristálticos: ,[object Object],Fig. 6 - Manometria intraluminal
ANATOMIA DO ESTÔMAGO Fig.  7
FISIOLOGIA DO ESTÔMAGO ,[object Object]
Armazenamento
Fragmentação
Mistura dos alimentos
Relaxamento
Movimentos lentos
Movimentos fortes
Esvaziamento,[object Object]
Muco
Bicarbonato
Pepsinogénio  Pepsina
HCl
Factor intrínseco de Castle
Gastrina (prod. células G do antro)
Lipase gástrica
Amilase salivar
Água
Electrólitosou oxíticas ou pépticas Fig. 8 - Glândula gástrica
SECREÇÃO DE HCl ,[object Object]
Efeito directo
Activação dopepsinogénio
pH ácidoBomba de protões H+/K+ ATPase Fig. 9 e 10
FISIOLOGIA DA SECREÇÃO GÁSTRICA Fig. 11 e 12
FISIOLOGIA DA SECREÇÃO GÁSTRICA AGONISTAS - Ach - Histamina - Gastrina ANTAGONISTAS - SNS - Somatostatina - Secretina - Prostaglandinas - Factor de crescimento - VIP
FASES DA SECREÇÃO GÁSTRICA ,[object Object]
Estimulada pela visão, odor, paladar do alimento, pensamento
Fase gástrica(50 %)
Entrada do bolo alimentar no estômago
Estimulado pela  - distensão do estômago                               - contacto directo dos alimentos
Faseintestinal (5 %)
Passagem do quimo pelo duodeno
Fase interdigestiva (15 %)
Secreção ácida durante o resto do dia,[object Object]
Bicarbonato
Potencial eléctrico (40 mV)
Aderência
Renovação celular

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
 
Abdome agudo
Abdome agudoAbdome agudo
Abdome agudo
 
.pdf
.pdf.pdf
.pdf
 
Colecistite aguda e crônica
Colecistite aguda e crônicaColecistite aguda e crônica
Colecistite aguda e crônica
 
Pancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
Pancreatite Aguda - Clínica CirúrgicaPancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
Pancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
 
Sindrome do abdome agudo
Sindrome do abdome agudoSindrome do abdome agudo
Sindrome do abdome agudo
 
Colelitíase
ColelitíaseColelitíase
Colelitíase
 
Aula 4 gastrite
Aula 4 gastriteAula 4 gastrite
Aula 4 gastrite
 
Úlcera Gástrica
Úlcera GástricaÚlcera Gástrica
Úlcera Gástrica
 
Abdome agudo
Abdome agudoAbdome agudo
Abdome agudo
 
Refluxo Gastroesofágico
Refluxo GastroesofágicoRefluxo Gastroesofágico
Refluxo Gastroesofágico
 
Derrames Pleurais
Derrames PleuraisDerrames Pleurais
Derrames Pleurais
 
Refluxo gastroesofágico
Refluxo gastroesofágicoRefluxo gastroesofágico
Refluxo gastroesofágico
 
Sinais e sintomas urinários
Sinais e sintomas urináriosSinais e sintomas urinários
Sinais e sintomas urinários
 
Apendicite aguda
Apendicite agudaApendicite aguda
Apendicite aguda
 
Aspectos Clínicos e Radiológicos da Obstrução Intestinal
Aspectos Clínicos e Radiológicos da Obstrução IntestinalAspectos Clínicos e Radiológicos da Obstrução Intestinal
Aspectos Clínicos e Radiológicos da Obstrução Intestinal
 
Apresentação pancreatite
Apresentação pancreatite Apresentação pancreatite
Apresentação pancreatite
 
Infecção do Trato Urinário (Davyson Sampaio Braga)
Infecção do Trato Urinário (Davyson Sampaio Braga)Infecção do Trato Urinário (Davyson Sampaio Braga)
Infecção do Trato Urinário (Davyson Sampaio Braga)
 
Apendicite
ApendiciteApendicite
Apendicite
 
Hiper e hipotireoidismo
Hiper e hipotireoidismoHiper e hipotireoidismo
Hiper e hipotireoidismo
 

Semelhante a Úlcera Péptica e Gastrite

Dietoterapia -problemas[1]
Dietoterapia  -problemas[1]Dietoterapia  -problemas[1]
Dietoterapia -problemas[1]Abel Zito Buce
 
Úlceras pepticas e apendicite e o processo de enfermagem
Úlceras pepticas e apendicite e o processo de enfermagemÚlceras pepticas e apendicite e o processo de enfermagem
Úlceras pepticas e apendicite e o processo de enfermagemSamuel Olivera
 
ÚLcera Péptica
ÚLcera PépticaÚLcera Péptica
ÚLcera Pépticagutsaac
 
Caso clínico abdome agudo
Caso clínico abdome agudoCaso clínico abdome agudo
Caso clínico abdome agudoProfessor Robson
 
Caso clínico – Sistema digestório
Caso clínico – Sistema digestórioCaso clínico – Sistema digestório
Caso clínico – Sistema digestórioLUAH
 
Síndromes Abdominais
Síndromes AbdominaisSíndromes Abdominais
Síndromes Abdominaisdapab
 
Trabalho semiologia do abdome.
Trabalho semiologia do abdome.Trabalho semiologia do abdome.
Trabalho semiologia do abdome.Mariana Andrade
 
Assistência de enfermagem ao paciente submetido a cirurgia do aparelho digestivo
Assistência de enfermagem ao paciente submetido a cirurgia do aparelho digestivoAssistência de enfermagem ao paciente submetido a cirurgia do aparelho digestivo
Assistência de enfermagem ao paciente submetido a cirurgia do aparelho digestivoCassio Fernando Pereira de Lima Bezelga
 
Avaliação laboratorial da Função Pancreática Exócrina e Endócrina
Avaliação laboratorial da Função Pancreática Exócrina e EndócrinaAvaliação laboratorial da Função Pancreática Exócrina e Endócrina
Avaliação laboratorial da Função Pancreática Exócrina e EndócrinaLuana Joana Barreto Cabral
 
Anátomo Clínico R2 Klécida Nunes Rodrigues
Anátomo Clínico R2 Klécida Nunes RodriguesAnátomo Clínico R2 Klécida Nunes Rodrigues
Anátomo Clínico R2 Klécida Nunes Rodriguesguest864f0
 
Radiologia do estômago e duodeno
Radiologia do estômago e duodenoRadiologia do estômago e duodeno
Radiologia do estômago e duodenoleonel_netto
 

Semelhante a Úlcera Péptica e Gastrite (20)

Aula EstôMago
Aula EstôMagoAula EstôMago
Aula EstôMago
 
Fisiologia gastrointestinal
Fisiologia gastrointestinal Fisiologia gastrointestinal
Fisiologia gastrointestinal
 
Dietoterapia -problemas[1]
Dietoterapia  -problemas[1]Dietoterapia  -problemas[1]
Dietoterapia -problemas[1]
 
Dorabdominal[1]
Dorabdominal[1]Dorabdominal[1]
Dorabdominal[1]
 
Dorabdominal[1]
Dorabdominal[1]Dorabdominal[1]
Dorabdominal[1]
 
Úlceras pepticas e apendicite e o processo de enfermagem
Úlceras pepticas e apendicite e o processo de enfermagemÚlceras pepticas e apendicite e o processo de enfermagem
Úlceras pepticas e apendicite e o processo de enfermagem
 
ÚLcera Péptica
ÚLcera PépticaÚLcera Péptica
ÚLcera Péptica
 
Caso clínico abdome agudo
Caso clínico abdome agudoCaso clínico abdome agudo
Caso clínico abdome agudo
 
Gastroenterite
GastroenteriteGastroenterite
Gastroenterite
 
Caso clínico – Sistema digestório
Caso clínico – Sistema digestórioCaso clínico – Sistema digestório
Caso clínico – Sistema digestório
 
Caso Clínico
Caso ClínicoCaso Clínico
Caso Clínico
 
Síndromes Abdominais
Síndromes AbdominaisSíndromes Abdominais
Síndromes Abdominais
 
Nauseas e vomitos
Nauseas e vomitosNauseas e vomitos
Nauseas e vomitos
 
Trabalho semiologia do abdome.
Trabalho semiologia do abdome.Trabalho semiologia do abdome.
Trabalho semiologia do abdome.
 
Assistência de enfermagem ao paciente submetido a cirurgia do aparelho digestivo
Assistência de enfermagem ao paciente submetido a cirurgia do aparelho digestivoAssistência de enfermagem ao paciente submetido a cirurgia do aparelho digestivo
Assistência de enfermagem ao paciente submetido a cirurgia do aparelho digestivo
 
Avaliação laboratorial da Função Pancreática Exócrina e Endócrina
Avaliação laboratorial da Função Pancreática Exócrina e EndócrinaAvaliação laboratorial da Função Pancreática Exócrina e Endócrina
Avaliação laboratorial da Função Pancreática Exócrina e Endócrina
 
Anátomo Clínico R2 Klécida Nunes Rodrigues
Anátomo Clínico R2 Klécida Nunes RodriguesAnátomo Clínico R2 Klécida Nunes Rodrigues
Anátomo Clínico R2 Klécida Nunes Rodrigues
 
Radiologia do estômago e duodeno
Radiologia do estômago e duodenoRadiologia do estômago e duodeno
Radiologia do estômago e duodeno
 
Pancreatite
PancreatitePancreatite
Pancreatite
 
Sistema gastrointestinal
Sistema gastrointestinalSistema gastrointestinal
Sistema gastrointestinal
 

Mais de guest58bcdaa

Mais de guest58bcdaa (6)

Drepanocitose
DrepanocitoseDrepanocitose
Drepanocitose
 
Meningite
MeningiteMeningite
Meningite
 
Sistema Renina Angiotensina
Sistema Renina AngiotensinaSistema Renina Angiotensina
Sistema Renina Angiotensina
 
Melanoma Maligno
Melanoma MalignoMelanoma Maligno
Melanoma Maligno
 
Anemia
AnemiaAnemia
Anemia
 
Amigdalite Bacteriana
Amigdalite BacterianaAmigdalite Bacteriana
Amigdalite Bacteriana
 

Último

Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxssuser4ba5b7
 
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.ColorNet
 
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICO
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICOFUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICO
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICOJessicaAngelo5
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfNelmo Pinto
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 

Último (7)

Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
 
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
 
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICO
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICOFUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICO
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICO
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 

Úlcera Péptica e Gastrite

  • 1. Faculdade de Medicina de Lisboa Mecanismos da Doença 3.º ano Medicina Prof. Doutor Mário MascarenhasTP 8 CASO CLÍNICO- PATOLOGIA GÁSTRICA - Carolina CorreiaFernando AzevedoTelma CaladoVânia Caldeira
  • 2.
  • 3.
  • 4. Gonartrose bilateral há 3 anos  medicado com nimesulide
  • 6. Hábitos etílicos (30 g etanol/dia)
  • 7. Motivo da consulta: aumento da frequência dos episódios dolorosos
  • 8.
  • 9. Glóbulos vermelhos: 4,8 x 1012/L (4,5 - 5,9)
  • 12. Leucócitos: 4,9 x 109/L (4 - 10)
  • 13. Plaquetas: 250 x 109/L (150 - 400)
  • 14.
  • 15. Úlcera gástrica no antro (pequena curvatura), sobre mucosa hiperemiada, comcerca de 8 mm de diâmetro,bordos regulares e fundonacarado
  • 16. Biopsados: bordos e fundoda úlcera, corpo e antroFig. 1 - Úlcera gástrica benigna
  • 17.
  • 18. Em 2 dos fragmentos - mucosa gástrica com processo inflamatório e aspectos hiperplásicos epiteliais regenerativos, fibrina e tecido de granulação
  • 19. Em 4 dos fragmentos - gastrite crónica activa intensa, com atrofia moderada, metaplasia intestinal completa multifocal e grande quantidade de bacilos H. pyloriFig. 2 - Metaplasia intestinal gástrica Fig. 3 - H. pylori
  • 20. DIAGNÓSTICO ÚLCERA PÉPTICA E GASTRITE CRÓNICA COM INFECÇÃO POR H. PYLORI
  • 21.
  • 26. 2 meses depois - nova EDA
  • 28.
  • 31.
  • 33.
  • 40.
  • 41. Muco
  • 44. HCl
  • 49. Água
  • 50. Electrólitosou oxíticas ou pépticas Fig. 8 - Glândula gástrica
  • 51.
  • 54. pH ácidoBomba de protões H+/K+ ATPase Fig. 9 e 10
  • 55. FISIOLOGIA DA SECREÇÃO GÁSTRICA Fig. 11 e 12
  • 56. FISIOLOGIA DA SECREÇÃO GÁSTRICA AGONISTAS - Ach - Histamina - Gastrina ANTAGONISTAS - SNS - Somatostatina - Secretina - Prostaglandinas - Factor de crescimento - VIP
  • 57.
  • 58. Estimulada pela visão, odor, paladar do alimento, pensamento
  • 60. Entrada do bolo alimentar no estômago
  • 61. Estimulado pela - distensão do estômago - contacto directo dos alimentos
  • 63. Passagem do quimo pelo duodeno
  • 65.
  • 71.
  • 73. Humanos constituem o principal reservatório
  • 77.
  • 78.
  • 82.
  • 83.
  • 84.
  • 85. Interrupções da mucosa → submucosa
  • 90.
  • 93. Margens não são elevadas
  • 95. Base da úlcera – lisa e limpa
  • 96. Mucosa circundante - edemaciadaFig. 20
  • 97. Manifestações Clínicas da Úlcera péptica Desconforto epigástrico Dor Naúseas e vómitos Perda de peso Complicações: Hemorragia GI Perfuração Obstrução gástrica Fig. 21 – Úlcera gástrica profunda. Fig. 22 – Úlcera gástrica benigna, no antro.
  • 98. Manifestações Clínicas da Úlcera péptica Fig. 23 – Anti-ácido. Tabela 2 – Dor na úlcera péptica.
  • 99. Complicações da Úlcera péptica Fig. 24 – Hemorragia GI. Fig. 25 – Úlcera perfurada. Fig. 26 – Obstrução gástrica e colocação de stent.
  • 100. Várias causas que imitam sintomas O mais frequente: Dispepsia funcional ou dispepsia essencial Outros: Tumores GI RGE Pancreatite crónica e cólicas biliares Doença de Crohn Diagnóstico Diferencial
  • 101.
  • 102. 8% UG benignas radiologicamente → malignas ED
  • 103. ED - documentação fotográfica e biopsiasFig. 28 – RX estômago com contraste.
  • 104. Gastrite Inflamação da mucosa gástrica. É um diagnóstico histológico, podendo ser aguda – presença de inflitrado neutrofílico – ou crónica – infiltrado linfocítico e plasmocítico, com metaplasia intestinal e atrofia gástrica. Pode também ser classificada com base na distribuição anatómica e mecanismo patogénico. Tabela 3 – Vários tipos de gastrite.
  • 105. Gastrite Aguda Processo inflamatório transitório hemorragia + erosão mucosa Associada a: AINEs Infecções Álcool e tabaco Quimioterapia Stress intenso Causas iatrogénicas Infecção aguda pelo H. pylori – se não tratada: gastrite crónica Manifestações clínicas: Assintomática Dor epigástrica variável Náuseas, vómitos Hemorragia, hematemeses, melenas Fig. 29 – Gastrite Aguda.
  • 106. Gastrite Crónica Infiltrado inflamatório de linfócitos e plasmócitos Atrofia mucosa e metaplasia intestinal -> displasia: base para carcinoma Tabela 4 – Fases da Gastrite Crónica.
  • 107. Gastrite Crónica 85 – 100% doentes UD 65% doentes UG Permanece após cicatrização úlcera Infecção pelo H. pylori – demonstrável Tipo A e tipo B Manifestações clínicas: Poucos sintomas Náuseas, vómitos desconforto epigástrico Hipocloridria Fig. 30 – Gastrite Crónica erosiva.
  • 108. Gastrite Crónica – Tipo A Menos comum Predominante no fundo e corpo Associada à anemia perniciosa Presença de anticorpos contra células parietais – gastrite auto-imune 50% doentes com gastrite Fig. 31 – Gastrite crónica. Acloridria Deficiência vit. B12 Gastrinémia
  • 109. Predominante no antro – 90% doentes Infecção pelo Helicobacter pylori Maioria assintomática Maior risco úlcera péptica e cancro gástrico 2 padrões: Predominantemente antral Pangastrite + atrofia multifocal Gastrite Crónica – Tipo B Fig. 32 – Gastrite crónica com sinais de metaplasia intestinal.
  • 110. Infecção pelo H. pylori e Gastrite Crónica Antibioterapia Níveis colonização ↑ com idade H. pylori – encontra-se: Camada de muco superficial e entre as microvilosidades Distribuição focal e irregular Histologia melhora após erradicação nº ↓↓↓ com progressão para atrofia gástrica Factor risco cancro gástrico - 3 a 6 vezes superior Fig. 33 – Helicobacter pylori.
  • 111. ARTIGO 1 Nogueira et al; “Helicobacter pylori genotypes may determine gastric histopathology”; in American Journal of Pathology; 2001 Introdução:gastrite atrófica Colonização persistente úlcera péptica por Helicobacter pylori carcinoma gástrico Objectivo: Genótipos Infecção pela Helicobacter bactéria e suas pylori complicações Factores do hospedeiro e do patogénio ?
  • 112. Nogueira et al; “Helicobacter pylori genotypes may determine gastric histopathology”; in American Journal of Pathology; 2001 Genes estudados: vacA – citotoxina de vacuolização  lesão tecido epitelial 2 constituintes: região s e região m alelos: s1/s2 e m1/m2 cagA – gene de associação à citotoxina; marcador de patogenicidade  gastrite atrófica e carcinoma gástrico alelos: cagA+ e cagA- iceA – gene induzido pelo contacto com o epitélio  úlcera péptica (?) alelos: iceA1 e iceA2
  • 113. Nogueira et al; “Helicobacter pylori genotypes may determine gastric histopathology”; in American Journal of Pathology; 2001 Materiais e Métodos População em estudo 370 pacientes infectados com Helicobacter pylori 192 portugueses 178 colombianos Endoscopia Biópsia tecido gástrico 2 amostras antro (A1 e A2) 1 amostra corpo (B1)
  • 114. Nogueira et al; “Helicobacter pylori genotypes may determine gastric histopathology”; in American Journal of Pathology; 2001 Tratamento Histopatológico Preparações das amostras biopsadas: Formalina, parafina, H&E, ácido azul periódico de Schiff, Giemsa modificado Patologistas sem informação clínica dos doentes Parâmetros Avaliados Densidade Helicobacter pylori Inflamação crónica Actividade polimorfonuclear Atrofia glandular Metaplasia intestinal Lesão epitelial
  • 115. Nogueira et al; “Helicobacter pylori genotypes may determine gastric histopathology”; in American Journal of Pathology; 2001 Resultados a) Densidade de Hp Tabela 5 Gráfico 1
  • 116. Nogueira et al; “Helicobacter pylori genotypes may determine gastric histopathology”; in American Journal of Pathology; 2001 b) Inflamação Crónica / c) Actividade Neutrofílica / d) Atrofia Glandular Gráfico 2 Gráfico 3
  • 117. Nogueira et al; “Helicobacter pylori genotypes may determine gastric histopathology”; in American Journal of Pathology; 2001 e) Metaplasia Intestinal f) Lesão Epitelial Gráfico 5 Gráfico 4
  • 118. Nogueira et al; “Helicobacter pylori genotypes may determine gastric histopathology”; in American Journal of Pathology; 2001 Tabela 6
  • 119. Nogueira et al; “Helicobacter pylori genotypes may determine gastric histopathology”; in American Journal of Pathology; 2001 Discussão / Conclusão Infecção por Hp causa gastrite crónica e está associada ao desenvolvimento de úlcera péptica e carcinoma gástrico Nem todos os indivíduos infectados, desenvolvem patologia gástrica severa Factores do hospedeiro e do patogénio têm papel nesta infecção Confirmação importância vacA s1 (estudos anteriores) Nova implicação: vacA m1  lesão epitelial, actividade neutrofílica, gastrite atrófica, metaplasia intestinal iceA sem grandes associações neste estudo (excepto portugueses) Distribuição geográfica desigual dos alelos e das complicações associadas aos mesmos Maior prevalência de cancro gástrico na Europa (Portugal, Áustria, Itália, Espanha) versus maior prevalência infecção por Hp (África, Índia)??? Diferentes genótipos de Hp estão associados a complicações clínicas diferentes na patologia gástrica
  • 120.
  • 121. Sequência gene MUC1 totalmente conhecida
  • 122. Grande variedade alélica  25-125 repetições na região VNTRgene MUC1 Lesões precursoras Carcinoma Gástrico Factores do hospedeiro (genéticos/ ambientais)
  • 123. Silva et al; “MUC1 gene polymorphism in the gastric carcinogenesis pathway”; inEuropean Journal of Human Genetics; 2001 Objectivo: Lesões precursoras Polimorfismo carcinoma gástrico: Gene MUC1 - gastrite atrófica crónica - metaplasia intestinal ?
  • 124. Silva et al; “MUC1 gene polymorphism in the gastric carcinogenesis pathway”; inEuropean Journal of Human Genetics; 2001 Materiais e Métodos População em estudo 174 pacientes com gastrite crónica portugueses (Viana Castelo) Idade: 43,8 ± 9 Sexo: 9,2 ♂: 1♀ 49 pacientes com atrofia glandular (CAG) 48 com metaplasia intestinal (IM) Análises sanguíneas Biópsia tecido gástrico População controlo 323 dadores de sangue 159 doentes com carcinoma gástrico
  • 125. Silva et al; “MUC1 gene polymorphism in the gastric carcinogenesis pathway”; inEuropean Journal of Human Genetics; 2001 Análise polimorfismos Isolamento DNA e digestão com EcoRI Electroforese e Southern blotting MUC1 “large” (L) – alelos 1-5 Alelos MUC1 “small” (S) – alelos 6-15 LL Genótipos Het SS
  • 126. Silva et al; “MUC1 gene polymorphism in the gastric carcinogenesis pathway”; inEuropean Journal of Human Genetics; 2001 Tratamento Histopatológico Preparações das amostras biopsadas: -80ºC, formalina, parafina Parâmetros Avaliados Gastrite Crónica Atrófica Não Atrófica Metaplasia Intestinal Completa Incompleta
  • 127. Silva et al; “MUC1 gene polymorphism in the gastric carcinogenesis pathway”; inEuropean Journal of Human Genetics; 2001 Resultados Gráfico 6
  • 128. Silva et al; “MUC1 gene polymorphism in the gastric carcinogenesis pathway”; inEuropean Journal of Human Genetics; 2001 Gráfico 7
  • 129. Silva et al; “MUC1 gene polymorphism in the gastric carcinogenesis pathway”; inEuropean Journal of Human Genetics; 2001 Tabela 7
  • 130. Silva et al; “MUC1 gene polymorphism in the gastric carcinogenesis pathway”; inEuropean Journal of Human Genetics; 2001 Gastrite Crónica Não-Atrófica Het Gastrite Crónica Atrófica LL/SS Carcinoma Gástrico Gastrite Crónica SS Metaplasia Intestinal Incompleta SS Metaplasia Intestinal Completa LL Sem Metaplasia Intestinal Het
  • 131.
  • 132. Doentes com gastrite crónica apresentaram frequências alélicas do gene MUC1 diferentes dos grupos de controlo
  • 133. Apenas um pequena população dos doentes com gastrite crónica tem risco acrescido de desenvolver cancro (alelo 10)
  • 134. Atrofia glandular é uma lesão frequente em doentes com gastrite crónica, sendo mais frequente nos homozigóticos (LL e SS)
  • 135. A heterozigotia parece ter um efeito protector para a susceptibilidade à atrofia glandular
  • 136. Genótipos MUC1 também se reflectem no risco de desenvolvimento de metaplasia intestinal (incompleta – SS / completa – LL)
  • 137.
  • 138. É a 2ª causa de morte por cancro (600.000 mortes/ano)
  • 139. Vários factores condicionam o desenvolvimento de CG num indivíduo infectado por Helicobacter pyloripolimorfismos genéticos (genes das citocinas) risco de CG - IL-1B e IL-1RN - Maior virulência Hp + maior susceptibilidade risco aumentado de CG hospedeiro (polimorfismos)
  • 140. Machado et al; “A Proinflammatory Genetic Profile Increases the Risk for Chronic Atrophic Gastritis and Gastric Carcinoma”; inAmerican Gastroenterological Association; 2003 ? Objectivos: Genótipos Risco de Gastrite Atrófica Crónica TNF α (GAC) e Carcinoma Gástrico (CG) Combinação polimorfismos Risco de GAC e CG pró-inflamatórios Combinação genótipos TNF α Risco de CG e genótipos bacterianos ? ?
  • 141. Machado et al; “A Proinflammatory Genetic Profile Increases the Risk for Chronic Atrophic Gastritis and Gastric Carcinoma”; inAmerican Gastroenterological Association; 2003 Genes / Polimorfismos estudados: IL-1B  citocina IL-1β  pró-inflamatória IL-1B-511 alelos: C e T IL-1RN citocina IL-1ra (antagonista receptor IL-1β)  anti-inflamatória IL-1RN VNTR alelos: S (alelo 2) e L (alelos 1, 3, 4, 5) TNFα citocina TNFα  pró-inflamatória TNFα-308 alelos: G e A
  • 142. Machado et al; “A Proinflammatory Genetic Profile Increases the Risk for Chronic Atrophic Gastritis and Gastric Carcinoma”; inAmerican Gastroenterological Association; 2003 Materiais e Métodos População em estudo 814 pacientes (Norte Portugal) 306 controlos 221 com gastrite crónica (GAC/GNAC) 287 com carcinoma gástrico Endoscopia Biópsia tecido gástrico Avaliação da infecção por Hp Pacientes c/ GC (98,6%) Pacientes c/ CG (61,3%)
  • 143. Machado et al; “A Proinflammatory Genetic Profile Increases the Risk for Chronic Atrophic Gastritis and Gastric Carcinoma”; inAmerican Gastroenterological Association; 2003 Tratamento Histopatológico Preparações das amostras biopsadas: Formalina, parafina, H&E, ácido azul periódico de Schiff, Giemsa modificado Patologistas sem informação clínica dos doentes Tipos de CG (Lauren): Intestinal (n=128) Difuso (n=90) Atípico (n=69) Genotipagem Polimorfismos genéticos IL-1B, IL-1RN e TNFα Indivíduos infectados por Hp: genes vacA e cagA
  • 144. Machado et al; “A Proinflammatory Genetic Profile Increases the Risk for Chronic Atrophic Gastritis and Gastric Carcinoma”; inAmerican Gastroenterological Association; 2003 Resultados a) Polimorfismos e patologia gástrica Tabela 8
  • 145. Machado et al; “A Proinflammatory Genetic Profile Increases the Risk for Chronic Atrophic Gastritis and Gastric Carcinoma”; inAmerican Gastroenterological Association; 2003 b) Polimorfismos  tipos histológicos e localização anatómica CG Tabela 9 c) Combinação polimorfismos genéticos Tabela 10
  • 146. Machado et al; “A Proinflammatory Genetic Profile Increases the Risk for Chronic Atrophic Gastritis and Gastric Carcinoma”; inAmerican Gastroenterological Association; 2003 d) Combinação genótipos Hp e TNFα-308 Tabela 11
  • 147. Machado et al; “A Proinflammatory Genetic Profile Increases the Risk for Chronic Atrophic Gastritis and Gastric Carcinoma”; inAmerican Gastroenterological Association; 2003 Discussão / Conclusão A infecção por Hp leva à activação de células do SI, entre as quais, citocinas pró-inflamatórias (IL-1β e TNFα) e de moléculas reguladoras (IL-1ra) Alelos IL-1B-511*T e IL-1RN*2  ↑ produção IL-1β Alelo TNFα-308*A  ↑ produção TNFα Polimorfismos genéticos associados ao risco de CG e GAC Diferenças na frequência genotípica entre indivíduos com GAC e CG não foram significativas s/ associação com o tipo histológico ou localização tumoral Combinação polimorfismos  ↑ risco de GAC e CG Combinação genótipos de Hp e TNFα não significativos Um perfil genético pró-inflamatório aumenta o risco de GAC e CG Genotipagem do hospedeiro e da estirpe de Hp parece importante para a identificação de pacientes com alto risco para CG
  • 148.
  • 149. Kasper, D. et al: Harrison’s Principles of Internal Medicine 17th edition; McGraw-Hill Companies Inc., 2008, EUA
  • 150. Kumar, V. et al: Robbins and Cotran Pathologic Basis of Disease 7th edition; Elsevier Sauders, 2005, Filadélfia, EUA
  • 151.