Este documento fornece uma introdução aos conceitos de organização, empresa, meio envolvente, classificação e tipos de empresas. Aborda especificamente a sociedade anônima e discute seus tipos, vantagens e desvantagens. Também discute brevemente os conceitos de motivação e liderança.
1. Serform, lda
Contabilidade secretariado e administração
Modulo de: Introdução à Gestão
Formadora Letícia Ferreira
Trabalho elaborador por:
Eunice Fernandes
Joana Martins
2. Introdução á Gestão
2010
Índice
INTRODUÇÃO......................................................................................................................................3
ORGANIZAÇÃO....................................................................................................................................4
TIPOS DE ORGANIZAÇÃO.....................................................................................................................5
EMPRESA............................................................................................................................................5
O MEIO ENVOLVENTE DA EMPRESA.....................................................................................................6
CLASSIFICAÇÃO DE EMPRESA...............................................................................................................9
TIPOS DE EMPRESA...........................................................................................................................11
SOCIEDADE ANÓNIMA.......................................................................................................................12
MOTIVAÇÃO......................................................................................................................................14
A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO PROFISSIONAL..............................................................................14
LIDERANÇA........................................................................................................................................15
A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA........................................................................................................16
CONCLUSÃO......................................................................................................................................17
BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................................18
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Introdução
O trabalho que se segue foi-nos proposto pela docente Dr. Letícia
Ferreira no âmbito do Módulo de Introdução à Gestão.
Os pressupostos que se seguem tem como intuito uma abordagem na
vertente prática da área de introdução à gestão mais propriamente nos temas
relacionados com as empresas, as organizações, a motivação e liderança,
ferramentas muito importantes para uma boa gestão dentro de uma empresa
ou organização.
Ao longo deste trabalho iremos abordar os temas propostos de forma
clara, objectiva e simples.
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Organização
Recorrendo ao conceito clássico, podemos definir qualquer organização
como um conjunto de duas ou mais pessoas que realizam tarefas, seja em
grupo, seja individualmente mas de forma coordenada e controlada,
actuando num determinado contexto ou ambiente, com vista a atingir um
objectivo pré-determinado através da pretensão eficaz de diversos meios e
recursos disponíveis, liderados ou não por alguém com as funções de
planear, organizar, liderar e controlar. É relevante referir que todas as
empresas são organizações mas nem todas as organizações são empresas.
O conceito anteriormente descrito para organização, pode ser aplicado
a qualquer tipo de organização seja ela empresarial ou não, ou seja com fins
lucrativos ou não. Uma das diferenças reside nos objectivos de base a que
cada uma se propõe.
No caso das organizações empresariais, ou seja, com fins lucrativos, o
objectivo base será a satisfação de todos os seus membros e colaboradores e
da produção e/ou distribuição de bens e serviços a fim de satisfazer
necessidades concretas dos seus consumidores.
Se nos referirmos a organizações não empresariais como são os
hospitais, as escolas, os clubes desportivos, as associações sindicais, ou
outras, os principais objectivos mudam ligeiramente, embora o objectivo seja
sempre a satisfação de necessidades ou a defesa de interesses de um
conjunto particular de pessoas ou da sociedade em geral. Desta forma, no
caso dos hospitais, o principal objectivo será a saúde da população a que se
destina, enquanto que das escolas será a aprendizagem dos seus alunos, o
dos clubes desportivos será a obtenção de bons resultados desportivos e o
das associações sindicais será a defesa dos direitos dos trabalhadores.
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Tipos de Organização
Organização Formal - pode ser entendido como as regras escritas
ou estipuladas por alguma autoridade, bem como estruturas, normas da
empresa, procedimentos e processos. Por exemplo, horário de entrada, se
para falar com o director precisa agendar um horário com a secretária, avisos
no quadro quanto ao uso de equipamentos de segurança, etc.
Organização Informal – refere-se ao comportamento das pessoas,
especialmente se esses comportamentos vão distanciando-se do padrão
formal, também se refere a comunicação informal, quando existe o
"conversa" no corredor, a interacção entre os funcionários e a influência e
impacto dessas relações para a empresa (que normalmente não são
previsíveis).
Organização de sistema Aberto - Um sistema aberto interage com
seu ambiente. Em outras palavras, há um fluxo de entradas e saídas por todos
os limites do sistema.
Organização de sistema Fechado - Um sistema fechado não há
qualquer interacção com o ambiente. Por isso é que existem poucos sistemas
deste tipo.
Empresa
É um agrupamento humano hierarquizado, que mobiliza meios humanos,
materiais, financeiros para extrair, transformar, transportar, e distribuir
produtos ou prestar serviços e que, atendendo a objectivos definidos por uma
direcção, faz intervir nos diversos escalões hierárquicos as motivações do lucro
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e da utilidade social (satisfação das necessidades da comunidade)
(maximização do lucro).
O meio envolvente da empresa
De uma forma geral e simples o meio envolvente de uma empresa é o
contexto em que ela existe e realiza a sua actividade, e que de algum modo
influencia a forma como se comporta e desenvolve.
A sobrevivência das empresas depende da sua capacidade de interacção
com o meio envolvente.
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Meio Envolvente Contextual
O meio envolvente contextual é composto por quatro contextos distintos
mas inter-relacionados:
o Contexto económico: determina as trocas de bens e serviços, dinheiro
e informação na sociedade
o Contexto sócio-cultural: reflecte os valores, costumes e tradições da
sociedade
o Contexto político-legal: condiciona a alocação de poder e providencia
o enquadramento legal da sociedade
o Contexto tecnológico: traduz o progresso técnico da sociedade
A monitorização do meio envolvente deve ser um exercício prático, no
sentido de identificar o impacto esperado das tendências observadas no
desempenho da empresa.
Sempre que possível e desejável, as empresas deve tentar influenciar a
evolução dos vários contextos do meio envolvente.
Exemplo:
− Contexto Económico
o PIB/inflação/taxa de juro/taxa de câmbio/desemprego/taxa
de poupança/custos energéticos/balança comercial
− Contexto Sócio-Cultural
o Estilos de vida (inserção das mulheres no mercado de
trabalho)
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o Valores sociais/taxa de natalidade/estrutura etária/nível
educacional/distribuição geográfica da população
− Contexto Político-Legal
o Estabilidade política /política económica /legislação laboral/
nível de corrupção /burocracia nos licenciamentos
− Contexto Tecnológico
o Inovações tecnológicas /de processos /protecção de
patentes /incentivos à investigação /normas internacionais
de qualidade
Meio Envolvente transaccional
O meio envolvente é constituído por todos os agentes e factores que
interagem directamente com a indústria em que a empresa actua.
Os principais elementos do meio envolvente transaccional são:
o Clientes: compradores e/ou utilizadores dos produtos e serviços da
indústria.
o Concorrentes: competidores directos (actuais ou potenciais) e
indirectos (substitutos) que satisfazem as mesmas necessidades dos
clientes da indústria.
o Fornecedores: organizações e pessoas que fornecem à indústria os
inputs necessários à sua elaboração incluem os fornecedores de
matérias-primas, componentes, recursos humanos, capital, informação,
tecnologia e serviços diversos.
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o Comunidade: elementos específicos da localidade ou país onde a
indústria está instalada.
Exemplo:
− Clientes
o Segmentação de mercado (critérios operacionalizáveis e
mensuráveis)
− Concorrentes
o Capacidades /objectivos /estratégias /pressupostos
o Concorrentes actuais e potenciais
o Produtos substitutos
o Mapa de Grupos Estratégicos
− Fornecedores
o Perspectiva alargada dos inputs requeridos pelas empresas
− Comunidade
o Governo /sindicatos /patrões /ecologistas /defesa do
consumidor
Classificação de empresa
As empresas são organizações económicas particulares, públicas ou
mistas que oferecem bens e ou serviços tendo, em geral, o lucro como
objectivo (numa visão mais moderna, o lucro é uma consequência, ou retorno
esperado pelos investidores, do processo produtivo e, para as empresas
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públicas ou “entidades sem fins lucrativos” é representado pela “rentabilidade
social”). Existem diversos tipos de empresas.
Podemos classificar as empresas de acordo com o sector económico, a
quantidade de sócios, tamanho, fins ou objectivos, organização ou natureza:
o Sector primário: sector agrícola;
o Sector secundário: indústrias;
o Sector terciário: serviços;
As micro, pequenas, médias e grandes empresas são definidas em
função dos efectivos de que dispõem e do seu volume de negócios ou do seu
balanço total anual.
o Uma microempresa é definida como uma empresa que
emprega menos de 10 pessoas e cujo volume de negócios ou
balanço total anual não excede 2 milhões de euros.
o Uma pequena empresa é definida como uma empresa que
emprega menos de 50 pessoas e cujo volume de negócios ou
balanço total anual não excede 10 milhões de euros.
o Uma média empresa é definida como uma empresa que
emprega menos de 250 pessoas e cujo volume de negócios
não excede 50 milhões de euros ou cujo balanço total anual
não excede 43 milhões de euros.
o Um Grande empresa terá mais de 250 trabalhadores.
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Tipos de empresa
Sociedade Limitada - É o tipo de sociedade mais comum adoptada
pelas pequenas empresas. Conta com responsabilidade limitada dos sócios -
restrita ao valor de suas quotas - e é de constituição mais simples.
Sociedade em Nome Colectivo - deve ser constituída somente por
pessoas físicas, sendo que todos os sócios respondem solidária e
ilimitadamente pelas obrigações sociais.
Sociedade em Comandita Simples: tipo de sociedade onde, ao lado
dos sócios de responsabilidade ilimitada e solidária, existem aqueles que
entram apenas com o capital, não participando da gestão do negócio, tendo,
portanto, sua responsabilidade restringida ao capital subscrito;
Sociedade Anónima - tem o capital dividido em acções, e a
responsabilidade dos sócios ou accionistas será limitada ao preço de emissão
das acções subscritas ou adquiridas.
Sociedade em Comandita por Acções - tem o capital dividido em
acções, regendo-se pelas normas relativas às sociedades anónimas, ou seja,
são regidas pelas normas das sociedades anónimas porque tem seu capital
dividido em acções
Empresa individual - quando o proprietário da empresa é apenas uma
pessoa; geralmente, neste tipo de organização o capital particular do
proprietário se confunde com o da empresa.
Empresa de Responsabilidade Limitada (ou sociedade por
quotas) - é o tipo mais comum, onde os sócios são responsáveis pela empresa
de acordo com a quantidade de quotas.
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Sociedade Simples - é aquela formada por pessoas que exercem
profissão de natureza intelectual, científica, artística ou literária, mesmo sem
contar com colaboradores.
Sociedade Empresária - é aquela onde a actividade económica
organizada é exercida de forma profissional constituindo elemento de empresa.
Sem fins lucrativos - organizações onde toda a receita é revertida para
as actividades que mantém.
Sociedade Anónima
É uma sociedade de responsabilidade limitada no rigoroso sentido do
conceito, porquanto os sócios limitam a sua responsabilidade ao valor das
acções por si subscritas. Assim, os credores sociais só se podem fazer pagar
pelos bens sociais.
Vantagens:
o Existe uma maior facilidade na transmissão dos títulos
representativos da sociedade, seja por subscrição privada ou
pública.
o A responsabilidade dos sócios está confinada ao valor da sua
participação, não respondendo de forma solidária com os
sócios pelas dívidas da sociedade.
o A obtenção de montantes de capital mais elevados é mais fácil,
seja pela via da emissão e venda de novas acções da empresa
ou através de financiamento bancário.
Desvantagens:
o Existe, em regra, uma maior diluição do controlo sobre a
empresa. Existem regras para a protecção dos accionistas
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minoritários, que podem bloquear decisões importantes, como
fusões e aquisições de empresas.
o É uma forma de organização mais dispendiosa, pois requer
procedimentos burocráticos mais complexos ao nível da sua
constituição e dissolução.
o Se for cotada num mercado de capitais, a empresa está sujeita
a uma fiscalização muito mais apertada por parte das
entidades reguladoras (em Portugal, a Comissão do Mercado
de Valores Mobiliários - CMVM) e do próprio mercado em
geral.
Recomendação:
A sociedade anónima é, sobretudo, indicada para empresas com volumes
de negócios de alguma dimensão que precisam de garantir financiamentos
(seja através do crédito bancário, seja da entrada de novos accionistas) de
alguma envergadura para crescer.
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Motivação
É uma força interior que se modifica a cada momento durante toda a
vida, onde direcciona e intensifica os objectivos de um indivíduo. Dessa forma,
quando dizemos que a motivação é algo interior, ou seja, que está dentro de
cada particular erramos em dizer que alguém nos motiva ou desmotiva, pois
ninguém é capaz de fazê-lo.
Porém podemos concordar que o interior é diariamente influenciado pelo
meio externo, isso inclui pessoas e coisas. Podemos nos sentir influenciados
pelo entusiasmo de alguém que nos motiva a fazer algo. Já em determinadas
situações e dependendo do temperamento da pessoa, ou mesmo da sua
personalidade geral, podemos oferecer certa independência ao meio externo.
Ou seja, sua força interior de motivação é alta e "não precisa" de ajuda ou
baixa e "precisa de apoio".
O nível de motivação é influenciado por diversos factores como a
personalidade, percepções individuais do meio ambiente, interacções humanas
e emoções.
A importância da motivação profissional
As empresas contratam corpo e mente, braços, mãos, cérebro, emoção, tudo o
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que o indivíduo tem. A falta de Motivação, cria desinteresse pelo trabalho, faz
do indivíduo um mero cumpridor de tarefas, limitando sua visão e desviando-o
do processo como um todo. Quando uma pessoa está motivada, sente uma
carga energética percorrendo dentro de si, o brilho nos olhos, o desejo à flor da
pele. Mesmo grupos desmotivados e decadentes ressurgem das cinzas quando
expostos a ambientes motivados. Isso faz diferença no desempenho da
organização, bem como eleva o grau de felicidades de todos. Um sistema de
troca justa eleva a vontade de trabalhar nesta ou naquela organização, mas
isso tudo depende do potencial da empresa em obter lucro. Afinal de contas, é
a composição humana que acorda todos os dias e dedica suas habilidades e
criatividade para que o produto fique pronto, agrade ao cliente e traga
benefícios para a empresa. Felizmente, algumas empresas já realizam essa
vertente e esforçam-se para satisfazer os seus clientes internos, porém, as
direcções de outras agem como se tudo estivesse perfeito e nunca se dispõem
a discutir problemas com os seus funcionários, aumentando a falta de
comprometimento com a integridade para os negócios e valores da empresa.
Liderança
A Liderança está intimamente relacionada com as competências de
comunicação e de transmissão de ideias.
É o processo de conduzir um grupo de pessoas, transformando-o numa
equipa que gera resultados. É a habilidade de motivar e influenciar os liderados,
de forma ética e positiva, para que contribuam voluntariamente e com
entusiasmo para alcançarem os objectivos da equipa e da organização.
Ser líder é diferente de ser administrador, gerente ou chefe. Liderar é
lidar com pessoas, administrar é lidar com recursos, papéis, coisas, processos.
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Um chefe pode ser nomeado numa hierarquia, independentemente de possuir
ou não as qualidades necessárias. Você pode ser um gerente e não conseguir
ser o líder da equipa e pode ser o líder da equipa sem ser o chefe. Um bom
líder precisa possuir várias virtudes, entre elas: competência (conhecimento,
habilidades e atitude/acção), ética (integridade e honestidade), entusiasmo,
empatia, autoconfiança, sensibilidade, humildade, imparcialidade, saúde,
autoconhecimento, motivação e inteligência acima da média. É fundamental
que goste de se relacionar com pessoas, que saiba ouvir e que seja observador.
Para os gestores actuais, são necessárias não só as competências do
chefe, mas principalmente as de líder.
A importância da liderança
Na perspectiva da organização a liderança (influência social em que o
líder pretende a participação voluntária dos seus subordinados para obter
determinados fins) é vital na determinação do comportamento individual e de
grupo.
O sucesso de uma empresa depende de um bom líder, que é quem
comanda, chefia, orienta, direcciona e apoia o seu grupo de trabalho na
execução das actividades propostas. Uma boa liderança minimiza ou extingue
problemas como insatisfação de funcionários, descontrole de stock, atrasos em
relação a mercadorias, e outras coisas considera-se uma falta de organização.
A liderança é considerada como uma importante aliada das organizações
modernas, dinâmicas e flexíveis, pois actualmente a intensidade e a rapidez
com que ocorrem as transformações, o surgimento de novas empresas e novas
tecnologias, a concorrência cada vez maior, faz com que as organizações
necessitem de pessoas com capacidade de conduzir as empresas no rumo certo
destas mudanças.
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Conclusão
Este projecto foi desenvolvido no âmbito do módulo de introdução à
gestão, tendo como objecto de análise o tema proposto.
Tentamos de uma forma modesta e objectiva descrever qual a
importância de todos os temas nomeadamente o tipo de sociedade
desenvolvido que foi sociedade anónima e as breves definições em estudo.
E Podemos assim concluir que os temas em estudo no módulo de
introdução á gestão são muito importantes para qualquer tipo de função ou
cargo dentro de uma empresa ou organização, pois é importante para cada um
de nós podermos desenvolver todos os meios possíveis para um bom
funcionamento e organização no nosso meio de trabalho.
Foi uma mais valia estudar este tema porque além da teoria podemos ter
uma outra visão na vertente da prática.
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