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Um Overview de Metodologias para Computação Ubíqua
               Relacionando com MPS.BR

               Adolfo Guimarães                      Kharylim Machado                        Daniel Barreto

                                     Letícia Gindri                Rogério Nascimento

                                            Departamento de Computação - UFS
  {adolfopg, kharylimms}@dcomp.ufs.br, {daniel.aspx, tixa1984}@gmail.com, rogerio@ufs.br

ABSTRACT                                                          Umbiquitous Computing
At the beginning of the 80’s, when all attention was turned
to personal computers, Mark Weiser visualized a future sce-       RESUMO
nario for computational applications. This scenario, later        Quando no in´  ıcio dos anos 80 todas as aten¸oes estavam
                                                                                                                       c˜
called Ubiquitous Computing, foresaw the computing pre-           voltadas aos computadores pessoais, Mark Weiser visualizou
sent in the most diverse devices and increasingly impercep-       um cen´rio futuro para aplica¸˜es computacionais. Esse ce-
                                                                         a                           co
tible to the end user. Despite being a bit utopic at that time,   n´rio, mais tarde chamado de Computa¸ao Ub´
                                                                   a                                           c˜       ıqua, previu
the Ubiquitous Computing is becoming reality in recent ye-        a computa¸ao presente nos mais diversos dispositivos e cada
                                                                             c˜
ars. The number of ubiquitous systems is growing and the          vez mais impercept´   ıvel ao usu´rio final. Apesar de ser um
                                                                                                      a
need for new development methodologies as well. This pa-                   o                 e
                                                                  tanto ut´pico naquela ´poca, a Computa¸ao ub´ c˜       ıqua est´ se
                                                                                                                                  a
per presents an overview of some methodologies for the ubi-       tornando realidade nos ultimos anos. O n´mero dos cha-
                                                                                                ´                  u
quitous applications development, as Banavar’s Model, the         mados sistemas ub´   ıquos vem crescendo e a necessidade de
Grimm’s Model, the Model-Driven Development applied in            novas metodologias de desenvolvimento tamb´m. Este tra-
                                                                                                                      e
Ubiquitous Systems and the POCAp. Banavar’s Model is              balho apresenta uma vis˜o geral de algumas metodologias
                                                                                                a
a more general model and considers a paradigm change of           para o desenvolvimento de aplica¸oes ub´
                                                                                                         c˜      ıquas, sendo elas
the applications’ space for construction of ubiquitous sys-       o Modelo de Banavar, o Modelo de Grimm, o Desenvolvi-
tems. The Grimm’s Model is a more specific model and               mento Dirigido a Modelos aplicado em Sistemas Ub´           ıquos e
considers an architecture that provide common services in         o POCAp. O Modelo de Banavar ´ um modelo mais geral
                                                                                                          e
pervasive applications. The Model-Driven Development ap-          e prop˜e uma mudan¸a de paradigma do espa¸o de apli-
                                                                         o                  c                             c
plied in Ubiquitous Systems considers a methodology that          ca¸oes para constru¸ao de sistemas ub´
                                                                    c˜                   c˜                   ıquos. O Modelo de
makes use of the MDD to get efficiency in the ubiquitous            Grimm ´ um modelo mais espec´
                                                                           e                            ıfico e prop˜e uma arqui-
                                                                                                                     o
software development. The POCAp is a process created in           tetura que provˆ servi¸os comuns em aplica¸oes pervasivas.
                                                                                   e        c                      c˜
the USP university and presents a methodology for ubiqui-         O Desenvolvimento Dirigido a Modelos aplicado em Siste-
tous systems that make use of context information. The            mas Ub´ ıquos prop˜e uma metodologia que faz uso do MDD
                                                                                     o
presented approach uses ontologies to represent these infor-      para obter eficiˆncia no desenvolvimento de software ub´
                                                                                   e                                                ı-
mation. After that it presents a suggestion of how to apply       quo. O POCAp ´ um processo criado na universidade da
                                                                                     e
the MPS.BR to POCAp in order to obtain a better control           USP e apresenta uma metodologia para sistemas ub´             ıquos
in the development process quality.                               que fazem uso de informa¸oes do contexto. A abordagem
                                                                                                  c˜
                                                                  apresentada faz uso de ontologias para representar estas in-
Categories and Subject Descriptors                                forma¸oes. Em seguida ´ apresentada uma sugest˜o de como
                                                                        c˜                    e                           a
H.4 [Information Systems Applications]: Miscellane-               aplicar o MPS.BR ao POCAp afim de obter uma melhor
ous; D.2.8 [Software Engineering]: Metrics—complexity             controle na qualidade do processo de desenvolvimento.
measures, performance measures
                                                                  1.   INTRODUÇÃO
General Terms                                                     O conceito de Computa¸ao Ub´
                                                                                           c˜    ıqua surgiu em um artigo do
Keywords                                                          cientista-chefe do Centro de Pesquisa Xerox PARC, Mark
                                                                  Weiser. Neste artigo, intitulado The Computer for the 21st
                                                                  Century, Weiser previu que ocorreria um aumento nas funci-
                                                                  onalidades e na disponibilidade dos servi¸os de computa¸ao
                                                                                                           c              c˜
                                                                  para os usu´rios finais e que a visibilidade destes servi¸os
                                                                               a                                          c
                                                                  seria a menor poss´ıvel [10]. Numa ´poca em que os usu´-
                                                                                                      e                     a
                                                                  rios dispunham apenas de computadores de mesa e grande
                                                                  parte da aten¸˜o e do conhecimento estava na opera¸ao do
                                                                                 ca                                   c˜
                                                                  computador em si, Weiser visualizou que futuramente o foco
                                                                  dos usu´rios estaria voltado para a tarefa, e n˜o mais para
                                                                          a                                      a
                                                                  a ferramenta utilizada, usufruindo da computa¸ao sem per-
                                                                                                                 c˜
ceber e sem necessitar de conhecimentos t´cnicos. Hoje,
                                           e                     do processo de desenvolvimento de software - como solu¸˜o
                                                                                                                       ca
pode-se dizer que ap´s uma transi¸ao pelo per´
                     o            c˜          ıodo da In-        juntamente com as metodologias apresentadas.
ternet e da Computa¸ao Distribu´
                     c˜          ıda, entramos na Era da
Computa¸ao Ub´
         c˜     ıqua, onde existem diversos computadores         A seguir, na se¸˜o 2 ser˜o apresentadas modelos e meto-
                                                                                 ca         a
compartilhando cada um de n´s [6].
                             o                                   dologias que podem ser usadas para o desenvolvimento de
                                                                 sistemas ub´
                                                                            ıquos. Nesta mesma se¸ao ser´ dada uma vis˜o
                                                                                                     c˜     a                a
Pode-se definir a Computa¸ao Ub´
                            c˜     ıqua como a integra¸ao
                                                        c˜       geral do MPS.BR, apresentando seus n´  ıveis, processos e atri-
entre a mobilidade dos sistemas e a presen¸a distribu´ de
                                           c         ıda         butos. Nas se¸ao 3 ser´ mostrado como podemos aplicar o
                                                                               c˜        a
maneira impercept´ıvel e inteligente, contando com grande        MPS.BR em uma das metodologias anteriormente apresen-
integra¸ao dos computadores e das suas aplica¸oes e promo-
       c˜                                    c˜                  tadas. E por fim as se¸oes 4 e 5 apresentam as conclus˜es
                                                                                         c˜                                 o
vendo maior comodidade ao usu´rio.
                                 a                               do trabalho e as referˆncias, respectivamente.
                                                                                       e

Tendo em mente o cen´rio em que a Computa¸ao Ub´
                         a                        c˜      ıqua   2.    CONCEITOS E TECNOLOGIAS
est´ inserida, pode-se visualizar um importante problema
   a
                                                                 A seguir, ser˜o expostos modelos, metodologias e um pro-
                                                                              a
para os desenvolvedores de aplica¸oes para esse meio: com
                                    c˜
                                                                 grama de melhoria de software que podem ser utilizados
um grande n´mero e variedade de dispositivos m´veis exis-
              u                                     o
                                                                 no desenvolvimento de aplica¸oes utilizadas em dispositivos
                                                                                             c˜
tentes, a implementa¸˜o torna-se complicada, uma vez que
                      ca
                                                                 ub´
                                                                   ıquos.
cada um desses dispositivos possui limita¸oes quanto a inter-
                                          c˜          `
face e ao hardware. Devido a isso, ressalta-se a importˆncia
                                                        a
da escolha da metodologia de desenvolvimento de software         2.1     Modelo de Banavar
para aplica¸oes ub´
            c˜     ıquas a ser utilizada. Assim, neste artigo,   ´
                                                                 E proposto por [2] um modelo baseado em uma mudan¸a         c
ser˜o abordados alguns modelos e metodologias que podem
   a                                                             de paradigma, desafiando a comunidade a adotar uma nova
ser utilizados na implementa¸ao de aplica¸oes ub´
                              c˜           c˜      ıquas, mas    vis˜o de dispositivos, aplica¸oes e ambientes. Esta refor-
                                                                    a                          c˜
que ainda n˜o s˜o totalmente vi´veis.
             a a                  a                              mula¸˜o de conceitos pode ser resumida em 3 id´ias princi-
                                                                      ca                                          e
                                                                 pais: (i) Um dispositivo ´ um portal, num espa¸o de apli-
                                                                                           e                      c
                                                                 ca¸ao/dados, e n˜o um reposit´rio de software customizado
                                                                   c˜             a              o
1.1   Trabalhos Relacionados                                     gerenciado pelo usu´rio, (ii) Uma aplica¸ao ´ um meio pelo
                                                                                      a                    c˜ e
Na UFPE, foi implementado um framework que proporciona           qual o usu´rio realiza uma tarefa, e n˜o um trecho de c´digo
                                                                           a                           a                o
o desenvolvimento de artefatos ub´ıquos educacionais. Esse       escrito para explorar as capacidades do dispositivo e (iii) O
framework utiliza as t´cnicas de Etnografia R´pida e Cen´-
                      e                     a           a                                  e            c            c˜
                                                                 ambiente computacional ´ uma espa¸o de informa¸ao, es-
rios e tem como embasamento te´rico a Teoria da Atividade.
                                o                                tendido para o usu´rio. E n˜o um espa¸o virtual que existe
                                                                                     a        a           c
                                                                 para armazenar e rodar softwares.
Segundo [4], a primeira t´cnica citada prop˜e uma observa-
                          e                 o
c˜o mais direcionada e estreita para reduzir o tempo gasto
¸a                                                               Para que seja poss´ ıvel modelar essas aplica¸oes, [2] diz que
                                                                                                              c˜
no processo. Assim, o desenvolvedor deve acompanhar o            ´ necess´rio que o ciclo de vida de uma aplica¸ao deve ser
                                                                 e         a                                      c˜
usu´rio em suas atividades no trabalho para, ent˜o, poder
    a                                             a              dividida em trˆs partes: (i) Tempo de projeto (design-time):
                                                                                e
levantar os requisitos necess´rios para a implementa¸ao [8].
                             a                       c˜          ´
                                                                 E quando o desenvolvedor cria, mant´m e aprimora a apli-
                                                                                                        e
A segunda baseia-se na cria¸ao de quatro cen´rios (1 atual,
                             c˜               a
                                                                 ca¸ao, (ii) Tempo de carga (load-time): O sistema comp˜e,
                                                                   c˜                                                        o
1 futuro e 2 futuros caricaturados - um positivo e outro ne-
                                                                 adapta e carrega os componentes em uma instˆncia da apli-
                                                                                                                 a
gativo) com a utiliza¸ao dos esquemas obtidos dos conceitos
                     c˜
                                                                 ca¸ao em um dispositivo de hardware em particular e (iii)
                                                                   c˜
da Teoria da Atividade. Quanto a Teoria da Atividade, essa
                                  `
                                                                 Tempo de execu¸ao (run-time): Quando o usu´rio final in-
                                                                                  c˜                              a
permite a estrutura¸ao dos dados brutos obtidos na fase de
                    c˜
                                                                 voca a aplica¸˜o e utiliza suas funcionalidades. O sistema
                                                                               ca
etnografia r´pida e a modela¸ao dos mesmos de acordo com
            a                 c˜
                                                                 provˆ um ambiente onde a aplica¸ao possa rodar e adapta a
                                                                      e                            c˜
o Triˆngulo de Engestr¨m.
      a                 o
                                                                 aplica¸ao a varia¸oes neste ambiente.
                                                                        c˜        c˜
Como estudo de caso deste artigo da UFPE, foram coleta-
dos dados em uma sala de 2a s´rie do Ensino Fundamental
                                 e                               2.1.1    Tempo de projeto (design-time)
em Recife. A partir destes, foi idealizado o “Livro Vivo” que    Nesta fase do ciclo de vida, ´ importante que o desenvol-
                                                                                               e
´ composto por um projetor, munido de gravador e auto-
e                                                                vedor esteja completamente ciente da reformula¸ao de con-
                                                                                                                c˜
falante e um conjunto de livros associados. A integra¸˜o  ca     ceitos proposta no modelo de Banavar: Se o “dispositivo ´ e
desses dispositivos seria feita atrav´s da tecnologia Blueto-
                                      e                          um portal”, ent˜o a aplica¸ao n˜o deve ser escrita com um
                                                                                a           c˜ a
oth. O funcionamento do livro seria da seguinte maneira:         determinado dispositivo em mente. Assim, n˜o se deve fazer
                                                                                                            a
quando a professora passasse as p´ginas do livro, a imagem
                                    a                            suposi¸oes sobre tamanho de tela ou capacidades de hard-
                                                                        c˜
da p´gina tocada seria mostrada no projetor e o ´udio da
     a                                               a           ware. Por exemplo, o sistema pode vir a executar em um
mesma seria reproduzido.                                         dispositivo sem tela, usando um sintetizador de voz e um
                                                                 fone. A interface n˜o deve incluir informa¸oes espec´
                                                                                     a                      c˜         ıficas
Por outro lado, nenhum dos trabalho acima apresentam um          sobre um determinado dispositivo, portanto, o front-end da
controle no processo de desenvolvimento. Sabe-se que hoje        aplica¸ao deve ser dispositivo-neutra.
                                                                       c˜
em dia a metodologia por si s´ n˜o ´ suficiente para a ga-
                              o a e
rantia de um bom software. O controle da qualidade do            Se estas aplica¸oes s˜o dispositivo-neutras, o desenvolvedor
                                                                                c˜    a
processo de desenvolvimento ´ t˜o importante quanto o uso
                             e a                                 n˜o deve iniciar a constru¸ao da aplica¸ao a partir da ca-
                                                                   a                         c˜           c˜
de uma metodologia apropriada. Com base nisso, este tra-         mada de apresenta¸ao, e ent˜o partir para a l´gica. A tarefa
                                                                                    c˜        a                o
balho apresenta o MPS.BR - programa brasileiro apoiado           l´gica deve ser principal e n˜o uma decomposi¸ao r´
                                                                  o                           a                  c˜ ıgida da
           e         e
pelo Minist´rio da Ciˆncia e Tecnologia que visa a melhoria                                             c˜
                                                                 intera¸ao. A decomposi¸ao da intera¸ao deve ser dirigida
                                                                       c˜                  c˜
pela estrutura e defini¸ao das tarefas, assim sendo, a apli-
                      c˜
  c˜
ca¸ao deve capturar o prop´sito da intera¸ao com o usu´rio
                          o              c˜            a           Tabela 1: Principais necessidades de um sistema ub´
                                                                                                                     ıquo
em um alto n´ıvel.                                                          Necessidade           Servi¸o One.World
                                                                                                        c
                                                                               Busca              Motor de busca
Se um ambiente de uma aplica¸ao ´ definida como sens´
                                 c˜ e                    ıvel        Aramazenamento de Dados I/O Estruturado
ao contexto, ent˜o n˜o se deve assumir que um determinado
                 a a                                                        Comunica¸˜o
                                                                                      ca          Eventos remotos
servi¸o est´ dispon´
     c     a        ıvel. De mesmo modo, podem vir a existir                 Localiza¸ao
                                                                                     c˜           Descoberta
     c
servi¸os dispon´           a a
                ıveis que n˜o s˜o conhecidos pelo desenvolve-             Prote¸ao a falhas
                                                                               c˜                 Check-pointing
dor no design-time, mas que podem ser uteis para a tarefa.
                                          ´                                  Mobilidade           Migra¸ao
                                                                                                        c˜
As aplica¸oes devem ser capazes de utilizar tais servi¸os.
          c˜                                          c

N˜o h´ uma metodologia ideal para o desenvolvimento deste
  a a                                                              ii) tuplas, respons´veis por prover uma forma simplificada
                                                                                      a
modelo, mas ´ importante que seja qual for a metodologia
              e                                                          de armazenamento;
escolhida, que o desenvolvimento da aplica¸ao seja essenci-
                                          c˜
almente focado na tarefa do usu´rio, ao inv´s da intera¸ao
                                a          e           c˜          iii) eventos ass´ıncronos, capazes de fornecer a notifica¸ao
                                                                                                                           c˜
do mesmo com a interface.                                                expl´
                                                                             ıcita de uma mudan¸a de contexto;
                                                                                                  c
                                                                   iv) e os ambientes, tratando-se de contˆiners para cada apli-
                                                                                                          a
2.1.2    Tempo de carga (load-time)                                      ca¸ao e seus respectivos dados.
                                                                           c˜
Aplica¸oes e servi¸os “vivem” em um ambiente f´
       c˜         c                                 ısico e dis-
tribu´
     ıdo, portanto, ´ necess´rio um mecanismo para identi-
                    e       a
ficar e enumerar essas aplica¸oes e servi¸os neste ambiente.
                              c˜           c                       Para testar a validade do seu modelo, Grimm desenvolveu
Os dispositivos devem realizar uma descoberta dinˆmica so-
                                                      a            algumas aplica¸oes junto a sua equipe. A primeira delas,
                                                                                  c˜
bre quais recursos est˜o dispon´
                      a                      a
                                 ıveis, e ent˜o o sistema deve                                                             e
                                                                   denominada Chat, foi um sistema de conversa¸ao atrav´s de
                                                                                                                 c˜
adaptar-se e integrar-se a eles.                                   mensagens de texto e ´udio. O Chat era capaz de geren-
                                                                                           a
                                                                   ciar mudan¸as de localiza¸˜o os usu´rios, e provou que as
                                                                               c              ca         a
No tempo de carga tamb´m ´ necess´rio que dispositivos
                           e e         a                           tuplas eram estruturas suficientemente poderosas para ar-
negociem requisitos e capacidades para rodar os servi¸os que
                                                     c             mazenar dados complexos como sons. Outra aplica¸ao que
                                                                                                                        c˜
disp˜em. Ou seja, a aplica¸ao deve balancear capacidades
    o                       c˜                                     vale a pena mencionar, ´ o projeto Labscape, onde foi criado
                                                                                           e
e requisitos atrav´s de algum algoritmo de media¸ao para
                  e                                c˜              um assistente digital que transmitia dados para o dispositivo
negociar um ponto que satisfa¸a estas duas propriedades que
                              c                                    mais pr´ximo de um pesquisador em um laborat´rio de bi-
                                                                           o                                         o
competem entre si.                                                 ologia.

Por fim, o sistema deve suportar a sele¸ao dinˆmica de uma
                                       c˜     a                    2.3   O Processo POCAp
interface apropriada para a aplica¸ao, a partir de um con-
                                   c˜                              Desenvolver aplica¸oes ub´
                                                                                       c˜    ıquas inclui, entre outros, quatro
junto de interfaces, baseada nos recursos do dispositivo.          temas de pesquisas principais: interfaces naturais, captura
                                                                   e acesso automatizados de atividades humanas, computa-
                                                                   cao sens´
                                                                   ¸˜       ıvel ao contexto e computa¸˜o no cotidiano. As
                                                                                                        ca
2.1.3    Tempo de execução (run-time)
                                                                   interfaces naturais tem como foco estudar novas forma de
A aplica¸ao em tempo de execu¸ao deve sempre monitorar os
         c˜                    c˜
                                                                   intera¸ao usu´rio-sistema de forma a facilitar a capacidade
                                                                         c˜       a
recursos do portal (dispositivo), e ambientes h´spedes que
                                               o
                                                                   de comunica¸ao usando formas naturais como a voz, por
                                                                                 c˜
participam da execu¸ao da aplica¸ao. Assim, o run-time
                     c˜            c˜
                                                                   exemplo. A captura de acesso automatizado de atividades
deve conduzir uma mudan¸a de contexto quando ocorrer
                            c
                                                                   refere-se ao uso autom´tico das informa¸˜es do cotidiano. A
                                                                                          a                co
uma mudan¸a de ambiente, durante uma tarefa, e manipular
            c
                                                                   computa¸ao sens´ ao contexto usa informa¸oes que est˜o
                                                                             c˜      ıvel                        c˜           a
erros n˜o esperados, queda em servi¸os ou problemas no
        a                             c
                                                                   presentes ao redor do usu´rio para fornecer servi¸os basea-
                                                                                             a                       c
pr´prio portal.
  o
                                                                   dos nestas. E por fim, a computa¸ao no cotidiano fornecem
                                                                                                     c˜
                                                                   suporte computacional cont´  ınuo - 24h por dia, 7 dias por
2.2     Modelo de Grimm (one.world)                                semana. O trabalho que ser´ descrito a seguir leva em con-
                                                                                               a
[7] apresenta outra proposta de modelo mais espec´
                                                 ıfica. Trata-      sidera¸ao apenas o segundo tema, as aplica¸oes sens´
                                                                         c˜                                    c˜       ıveis ao
se, de fato, de uma arquitetura (framework) para a constru-        contexto.
c˜o de aplica¸oes pervasivas. Denominada “One.world”, ela
¸a             c˜
define servi¸os que simplificam necessidades fundamentais
             c                                                     O POCAp (Process for Ontological Context-aware Applica-
de um sistema ub´  ıquo.                                           tions) foi um processo desenvolvido na USP e leva em con-
                                                                   sidera¸ao sistemas que seguem o terceiro tema acima apre-
                                                                         c˜
As principais necessidades seriam:                                 sentado: computa¸ao sens´ ao contexto. Como represeta-
                                                                                     c˜      ıvel
                                                                   cao das informa¸oes de contexto foi usado ontologias para a
                                                                   ¸˜              c˜
Para implementar estes servi¸os e conseq¨entemente suprir
                             c           u                         formaliza¸ao destas. Ambas abordagens ser˜o explicadas a
                                                                             c˜                               a
as necessidades de aplica¸˜es ub´
                         co     ıquas, o modelo de Grimm           seguir.
define 4 fundamentos principais. Os fundamentos principais
do One.world s˜o:
               a                                                   Segundo [5] informa¸ao sens´ ao contexto ´ qualquer infor-
                                                                                      c˜       ıvel            e
                                                                   ma¸˜o que possa ser utilizada para caracterizar um entidade.
                                                                      ca
                                                                   Um entidade ´ uma pessoa, lugar ou objeto considerado rele-
                                                                                 e
i) uma m´quina virtual, para lidar com a heterogeneidade
         a                                                         vante para uma intera¸ao entre um usu´rio e uma aplica¸˜o,
                                                                                         c˜               a                ca
     de dispositivos e sistemas operacionais;                      incluindo o usu´rio e a aplica¸ao em quest˜o. Levando essa
                                                                                   a             c˜           a
Figura 1: Diagrama geral do POCAp



defini¸ao para um aspecto mais pr´tico, imagine um sistema
      c˜                           a
de localiza¸ao baseado em GPS. A primeira informa¸ao de
           c˜                                           c˜
contexto que o sistema faria uso seria a posi¸ao do usu´rio.
                                               c˜         a
Baseado nessa, outras informa¸oes podem ser obtidas: ou-
                               c˜
tros usu´rios e localiza¸ao de pr´dios, por exemplo. Saber
         a              c˜       e                                                            ´
                                                                 Figura 2: Diagrama da fase ANALISE E ESPECI-
representar essas informa¸oes ´ de suma importˆncia para o
                          c˜ e                    a              FICACAO
                                                                      ¸ ˜ do POCAp
desenvolvimento de aplica¸oes sens´
                           c˜        ıveis ao contexto .

As ontologias se mostram uma abordagem bem aceit´vel    a
para essas representa¸ao, uma vez que possuim as caracte-
                     c˜                                          servi¸os, (ii) projeto de extens˜o de servi¸os e (iii) projeto
                                                                      c                          a          c
r´
 ısticas de formalidade, portabilidade, abstra¸ao de imple-
                                              c˜                 de novos servi¸os. Nesta fase o projetista tem a fun¸ao de
                                                                                 c                                       c˜
menta¸ao e a possibilidade das aplica¸oes inferirem sobre
       c˜                              c˜                        desenvolver uma projeto arquitetural do software baseando-
as informa¸˜es de contexto. Isso permite formalizar a re-
             co                                                  se nos requisitos previamente levantados e no modelo on-
          c˜                             c˜
presenta¸ao da diversidade das informa¸oes contextuais e                                      a
                                                                 tol´gico. Trˆs artefatos s˜o produzidos nesta fase: (i) do-
                                                                    o          e
consequentemente a copera¸ao de dispositivos heterogˆneos
                           c˜                         e          cumento de descri¸ao de reuso de servi¸os, (ii) documento
                                                                                     c˜                   c
[5].                                                             de descri¸ao de extens˜o de servi¸os e (iii) documento de
                                                                           c˜             a         c
                                                                 descri¸˜o de novos servi¸os. O primeiro documento define
                                                                        ca                  c
O POCAp apresenta em detalhes as 4 principais fases do           quais servi¸os podem ser reutilizados baseando-se nos re-
                                                                             c
desenvolvimento de software, s˜o elas: (i) an´lise e especi-
                                 a               a               quisitos funcionais, n˜o-funcionais e no modelo ontol´gico.
                                                                                        a                                 o
fica¸ao, (ii) projeto, (iii) desenvolvimento e (iv) verifica¸ao
    c˜                                                     c˜    O segundo usa o primeiro e especifica quais destes servi¸os  c
e valida¸ao. Para cada uma destas s˜o apresentadas pap´is
        c˜                             a                    e    podem ser estendidos. O terceiro especifica novos servi¸os, c
e a dinˆmica de trabalho. A figura 1 mostra a dinˆmica
        a                                               a        caso os j´ especificados anteriormente n˜o s˜o suficientes
                                                                           a                                a a
entre as fases e o relacionamento com cada papel definido.        para atender todas as necessidades do sistema. Todos esses
Os pap´is definidos est˜o relacionados com cada uma das
        e                 a                                      artefados s˜o usados como entrada para a pr´xima fase, a
                                                                             a                                  o
fases descritas, s˜o eles: analista, projetista, desenvolvedor
                  a                                              de desenvolvimento.
e validador.
                                                                 Na fase de desenvolvimento, o desenvolvedor deve basear-
Na Figura 2 ´ demonstrado a fase de an´lise e especifica-
              e                              a                   se no modelo ontol´gico da applica¸ao para escolher todo
                                                                                        o                c˜
c˜o. Essa fase ´ subdividida em quatro outras: (i) an´lise e
¸a              e                                        a       suporte computacional que deve ser usado para processar
especifica¸˜o de requisitos, (ii) an´lise e especifica¸ao de in-
          ca                        a                c˜          a linguagem de ontologia usada. Com os artefatos gerados
forma¸ao contextual, (iii) an´lise e especifica¸ao de re´so do
      c˜                     a                 c˜        u       pela fase de projeto, o desenvolvedor deve decidir quais fer-
modelo e (iv) an´lise e especifica¸ao de extens˜o do modelo.
                  a               c˜            a                ramentas computacionais s˜o suficientes para atender suas
                                                                                                a
Os principais artefatos produzidos nesta fase s˜o: o docu-
                                                  a              necessidades de projeto de cada servi¸o a ser reusado, es-
                                                                                                           c
mento de requisitos e o documento de modelo ontol´gico da
                                                      o          tendido e implementado. Importante lembrar, como afirma
aplica¸ao. O documento de requisitos, gerado atrav´s da
      c˜                                                  e      [X], que o processo POCAp ´ neutro com respeito a tecnolo-
                                                                                                 e                    `
primeira subfase, ´ uma descri¸ao - na forma de requisitos
                    e            c˜                              gia utilizada para o desenvolvimento deste tipo de aplica¸ao.
                                                                                                                            c˜
funcionais e n˜o funcionais - dos requisitos dos usu´rios e
               a                                        a        Caracter´ ıstica essa essencial no desevolvimento de aplica¸oes
                                                                                                                            c˜
da aplica¸ao. Este documento tanto ser´ utilizado nas de-
         c˜                                a                     ub´ıquas.
mais subfases como tamb´m ´ entrada para a pr´xima fase.
                          e e                      o
Baseando-se neste documento e juntamente com um levanta-         Na fase de verifica¸ao e valida¸ao, o validador deve fazer uso
                                                                                    c˜          c˜
mento das informa¸oes de contexto ´ gerado o segundo arte-
                    c˜                e                          dos seguintes artefatos de entrada: (i) documento de requi-
fato principal: o documento de modelo ontol´gico. Este do-
                                               o                 sitos, (ii) documento de re´so do modelo, (iii) documento
                                                                                              u
cumento deve ser formulado juntamente com um engenheiro          de modelo ontol´gico da aplica¸ao e (iv) a imaplementa¸ao
                                                                                  o               c˜                       c˜
de ontologias e descreve de maneira formal o que pode ser´   a   da aplica¸ao em si. Tanto os requisitos funcionais quanto os
                                                                            c˜
considerado informa¸ao de contexto para esta aplica¸ao.
                      c˜                                c˜       n˜o-funcionais devem ser devidamente testados neste tipo de
                                                                   a
                                                                 aplica¸ao. Segundo [5], os requisitos funcionais precisam ser
                                                                        c˜
            e                                       e
Na Figura 3 ´ apresentada a fase de Projeto. Tamb´m sub-                                                                  c˜
                                                                 testados para analisar se a aplica¸ao atende as especifica¸oes
                                                                                                   c˜         `
dividida, mas desta vez em 3 fases: (i) projeto de reuso de      determinadas. J´ em rela¸ao aos n˜o-funcionais, principal-
                                                                                  a         c˜        a
Figura 4: Principais conceitos das dimens˜es
                                                                                                              o


                                                                 ver a necessidade da troca de um dispositivo por outro mais
                                                                 moderno.

                                                                 Em rela¸ao ao desenvolvimento dos sistemas, deve-se consi-
                                                                          c˜
                                                                 derar (i) como desenvolver um software para sistemas ub´     ı-
                                                                 quos que por tr´s do fluxo tradicional de funcionalidades e
                                                                                   a
                                                                 informa¸oes, permita uma espec´
                                                                         c˜                      ıfica intera¸ao objeto-objeto
                                                                                                             c˜
                                                                 para obter funcinalidades adicionais, permitindo, entre ou-
                                                                 tras, o aumento da eficiˆncia e da robustez do sistema, (ii)
                                                                                          e
Figura 3: Diagrama da fase PROJETO do POCAp                      como a prover a manuten¸ao e a evolu¸ao dos sistemas de
                                                                                             c˜           c˜
                                                                 informa¸ao de maneira que permita a inclus˜o de novos re-
                                                                         c˜                                     a
                                                                 quisitos, funcionalidades ou tecnologias, e (iii) o qu˜o baixo
                                                                                                                       a
mente a interoperabilidade e aramazenamento. Outro ques-         deve ser o n´ de abstra¸ao em que o solftware ser´ desen-
                                                                              ıvel          c˜                         a
t˜o importante a ser analisada ´ a inferˆncia dos modelos
 a                              e       e                        volvido.
ontol´gicos, o tempo de resposta das maquinas de inferˆn-
     o                                                e
cias utilizadas podem atrapalhar um bom desempenho do            O Model-Driven Development (MDD), em portuguˆs ‘De-  e
sistema.                                                         senvolvimento Orientado a Modelos’, centrando o desenvol-
                                                                 vimento nos modelos e na automatiza¸˜o da transforma¸ao
                                                                                                      ca                  c˜
Com fases e atividades bem definidas, o POCAp prop˜e um
                                                    o            dos modelos e gera¸ao do c´digo final oferece um meio de a
                                                                                    c˜      o
arquitetura real para o desenvolvimento de aplica¸oes ub´
                                                 c˜       ı-     judar os desenvolvedores de softaware ub´ıquo a lidar com a
quas. O uso de ontologias auxilia na formaliza¸ao de infor-
                                              c˜                 complexidade inerente a esses softwares. Oferece benef´ ıcios
ma¸oes e principalmente, na intera¸˜o destas informa¸oes
   c˜                              ca                  c˜        em potencial que podem ser utilizados para a concep¸ao e
                                                                                                                        c˜
como os mais diversos tipos de dispositivos. No entando,         evolu¸ao dos sistemas de informa¸˜o ub´
                                                                      c˜                          ca    ıquos.
o processo de desenvolvimento estudado n˜o se baseia em
                                          a
nenhuma abordagem para o controle da qualidade deste.            Apesar disso, o uso dos conceitos do MDD s˜o importantes,
                                                                                                            a
Mais a frente, esta metodologia ser´ relacionada com um
                                    a                                                           ´
                                                                 mas ainda n˜o s˜o suficientes. E necess´ria uma abordagem
                                                                             a a                       a
abordagem de melhoria do processo de desenvolvimento de          que enquanto adota t´cnicas, ferramentas e conceitos mo-
                                                                                       e
software, o MPS.BR.                                              dernos e apropriados, estabele¸a uma estrat´gia de desen-
                                                                                                c             e
                                                                 volvimento adequada para o desenvolvimento dos softwares
                                                                 ub´
                                                                   ıquos.
2.4   Model-Driven Development
Esta metodologia, desenvolvida como trabalho de doutorado        Como metodologia, o autor apresenta trˆs dimens˜es de de-
                                                                                                        e        o
na Universidade do Minho, Portugal, busca contribuir para a      senvolvimento e uma abordagem do MDD para o desenvolvi-
eficiˆncia e efic´cia do desenvolvimento de software, servi¸os
    e          a                                         c       mento de sistemas ub´
                                                                                     ıquos. A figura 4 descreve rapidamente
e aplica¸oes suportadas por esse tipo de sistema.
        c˜                                                       cada uma dessas dimens˜es.
                                                                                        o
Segundo [1], quando se pretende desenvolver software para
sistemas ub´ıquos, algumas carater´  ısticas relevantes desses   2.4.1    Dimensão de classe
sistemas devem ser levadas em conta, como o elevado n´-     u    Os dispositivos podem ser agrupados em classes, de acordo
mero de dispositivos, as constantes inova¸oes tecnol´gicas, a
                                           c˜         o          com caracter´ ısticas, recursos e capacidades comuns desses
heterogeneidade dos dispositivos e a potencial complexidade      dispositivos (veja Figura 5). Esta perspectiva de agrupa-
das intera¸oes entre os dispositivos.
          c˜                                                     mento dos dispositivos por propriedades comuns constitui a
                                                                 Dimens˜o de Classe. Se necess´rio, essas classes podem ser
                                                                         a                        a
A concep¸ao e a constante evolu¸ao do software para siste-
          c˜                      c˜                             classificadas em subclasses de dispositivos. Ent˜o, pode-se
                                                                                                                   a
mas ub´ ıquos requer abordagens adequadas que considerem         afirmar que os dispositivos pertencentes a uma determinada
as exigˆncias e as caracter´
       e                    ısticas particulares desses siste-   classe (ou subclasse) possuem caracter´ ısticas e capacidades
mas. Com base nisso surgem algumas considera¸oes que c˜          espec´ıficas, permitindo que a eles sejam delegadas funciona-
podem ser levadas em conta na escolha do Model-Driven De-        lidades espec´ıficas.
velopment para o desenvolvimento de sistemas ub´   ıquos. Em
rela¸ao as funcionalidades, deve-se considerar que (i) novos
    c˜ `                                                         2.4.2    Dimensão de função
dispositivos podem ser integrados ao sistema, (ii) uma nova      A classifica¸ao dos dispositivos em classes possui apenas uma
                                                                            c˜
fun¸ao pode ser adicionada a um dispositivo e (iii) pode ha-
    c˜                                                           dimens˜o relativa ao desenvolvimento de um sistema ub´
                                                                        a                                                   ı-
Figura 6: Estruturas de desenvolvimento para os
                                                                Perfis Funcionais de Classes


                                                                transforma¸oes e da gera¸ao de c´digo, a fim de chegar ao
                                                                           c˜            c˜     o
                                                                software que re´ne as funcionalidades correspondentes ao
                                                                                u
Figura 5: Classes e SubClasses de dispositivos, ba-             respectivo perfil funcional.
seada em [6]
                                                                Sobre a utiliza¸ao do MDD, destacam-se duas fases: (i) O
                                                                                c˜
quo. Considerando que a mesma classe de dispositivos pode       Plataform Independent Model (PIM), ou em portuguˆs “Mo-
                                                                                                                     e
executar diferentes fun¸˜es ou diferentes conjuntos de funci-
                        co                                      delo Independente de Plataforma”, enfoca a opera¸˜o de um
                                                                                                                  ca
onalidades, pode ent˜o ser concebida uma outra dimens˜o:
                      a                                   a     sistema escondendo os detalhes da plataforma. Nesse passo
a Dimens˜o de Fun¸˜o. Essa dimens˜o agrupa os dispo-
          a          ca                 a                       s˜o adicionados os detalhes computacionais ao modelo. O
                                                                 a
sitivos pelo conjunto de funcionalidades que as classes (de     uso da plataforma ´ descrito com grau de abstra¸ao sufici-
                                                                                     e                            c˜
dispositivos) podem ser respons´veis por realizar. Estes s˜o
                                a                          a    ente para que seja poss´ utilizar em diferentes plataformas
                                                                                        ıvel
conjuntos de funcionalidades s˜o chamados de Perfis Fun-
                               a                                e (ii) O Plataform Specific Model (PSM), ou em portuguˆs  e
cionais. Um perfil funcional compreende um conjunto de           “Modelo Espec´  ıfico de Plataforma”, combina as especifica-
funcionalidades que s˜o esperadas do sistema e que s˜o atri-
                      a                              a          coes do PIM com os detalhes que especificam como o sistema
                                                                ¸˜
                                                                                             ´
                                                                interage com a plataforma. E aplicada uma transforma¸ao c˜
bu´ıdas a uma determinada classe de dispositivos.
                                                                ao PIM para que seja gerado o PSM, para isso, uma ou mais
Para um melhor entendimento, pode ser citado o exemplo de       plataformas s˜o escolhidas e um mapeamento para estas pla-
                                                                              a
um ambiente m´dico utilizando PDAs. O sistema permite
                 e                                              taformas ´ constru´
                                                                          e         ıdo. O PSM pode ser usado para gerar o
o controle da fila de espera de um hospital ao permitir que      c´digo do sistema ou ser refinado em outro PSM.
                                                                 o
a agenda de atendimentos seja transferida da base de dados
para os dispositivos m´veis. Quando um paciente chega ao
                         o                                      Para cada uma das estruturas desenvolvimento, o trabalho
          e                         a
hospital, ´ recebido por um funcion´rio que porta um PDA;       e
                                                                ´ realizado em trˆs n´                                    ıvel
                                                                                    e ıveis, partindo de um alto n´ de abs-
o hor´rio de chegada do paciente ´ registrado e seus dados
      a                           e                                 c˜                  e              ıvel            c˜
                                                                tra¸ao, o modelo, at´ um baixo n´ de abstra¸ao, o c´digo,      o
s˜o conferidos, podendo ser feitas pequenas altera¸oes ou
 a                                                 c˜           como pode ser visto na Figura 7. Esses n´           ıveis podem ser
o cadastramento como novo paciente. O paciente ´ enca-
                                                    e           descritos como: (i) Alto N´       ıvel - neste n´ ıvel, o PIM para
minhado para o m´dico, que realiza o atendimento, insere
                     e                                          cada classe de dispositivos deriva de modelos resultantes do
dados referentes a consulta, doen¸a, medica¸ao e no mo-
                   `               c         c˜                 desenvolvimento inicial do sistema, onde todos os dispositi-
mento em que a consulta ´ finalizada, informa ao sistema a
                           e                                    vos computacionais s˜o integrados; (ii) N´ Intermedi´rio -
                                                                                         a                      ıvel            a
conclus˜o, sendo lan¸ada automaticamente na tela do PDA
        a              c                                        neste n´ıvel, coexistem modelos PIM e PSM que tanto podem
a informa¸ao do pr´ximo paciente a ser atendido [3].
          c˜         o                                          ser associados com subclasses de dispositivos, quanto podem
                                                                projetar decis˜es refletindo escolhas espec´
                                                                                o                                ıficas e respeitando
Ent˜o, neste caso, a Classe de dispositivos tomada como
    a                                                           a plataforma (arquitetura, tecnologia, etc) e que de alguma
base para a Dimens˜o de Fun¸ao ´ a Classe A (da Figura
                     a        c˜ e                              maneira introduz certo grau de dependˆncia. Dependendo
                                                                                                              e
5). Uma parte desses PDAs foi destinada para uso dos fun-       do ponto de vista, um modelo intermedi´rio pode ser visto
                                                                                                                a
cion´rios da recep¸ao, enquanto a outra parte foi destinada
     a            c˜                                            como um PIM ou um PSM; se o modelo for visto a partir
para ser utilizada pela equipe m´dica. Como esses PDAs
                                 e                              de um n´ de abstra¸ao maior pode ser considerado como
                                                                          ıvel             c˜
prestam diferentes servi¸os para os m´dicos e os funcion´-
                        c             e                   a     PSM se, ou pode ser considerado como um PIM se for obser-
rio da recep¸ao, pode-se identificar que nesse caso ter-se-´
            c˜                                             a    vado a partir de um n´ de abstra¸ao inferior e (iii) Baixo
                                                                                           ıvel            c˜
pelo menos dois perfis funcionais atribu´ıdos ao conjunto de     N´ıvel - nesse n´ ıvel encontram-se os ultimos PSMs, a partir
                                                                                                            ´
                                                                                                              ´
                                                                dos quais o c´digo final ser´ produzido. E importante desta-
                                                                               o                a
PDAs. Logo, pode-se visualizar que uma classe de disposi-
tivos pode englobar diversos perfis funcionais (veja a Figura    car que a partir de um unico PSM ´ poss´ derivar dois, ou
                                                                                            ´            e     ıvel
6), a depender do sistema.                                      mais, diferentes c´digos, devido a diferen¸as na plataforma
                                                                                     o                            c
                                                                onde o c´digo ser´ gerado.
                                                                          o          a
2.4.3    Dimensão de abstração
Considerando que, para cada estrutura de desenvolvimento        2.5    MPS.BR
existe uma respectiva abstra¸ao top-bottom durante o seu
                            c˜                                  O aumento da competitividade entre empresas desenvolve-
desenvolvimento, pode ser ent˜o concebida outra dimens˜o
                             a                          a       doras de software fez com que elas passassem a se preocupar
de desenvolvimento: a Dimens˜o de Abstra¸ao. Na dimen-
                              a           c˜                    mais com a qualidade dos produtos de software e de servi¸os
                                                                                                                        c
s˜o de abstra¸˜o, o desenvolvedor concentra os esfor¸os no
 a           ca                                     c           correlatos. Assim, percebe-se que qualidade ´ um fator de
                                                                                                             e
emprego do Model-Driven Develoment (MDD), do modelo             sucesso para a ind´stria de software do mesmo modo que
                                                                                   u
Figura 8: Componentes do MPS.BR


                                                              definido, (v) E - Parcialmente definido, (vi) F - Gerenciado
                                                              e (vii) G - Parcialmente gerenciado.

                                                              Os n´ıveis, como mostrado anteriormente, possuem uma letra
Figura 7: Ilustra¸˜o do processo de abstra¸˜o, base-
                 ca                       ca                  associada a eles e est˜o sendo mostrados em ordem decres-
                                                                                    a
ada em [6]                                                    cente. Assim, o primeiro n´ que uma empresa pode obter
                                                                                          ıvel
                                                              ´ o G - Parcialmente Gerenciado e o ultimo ´ o A - Em
                                                              e                                         ´      e
                                                              otimiza¸ao. Cada um desses n´
                                                                      c˜                       ıveis de maturidade permite
´ para outros setores. Com o intuito de se formar um se-
e                                                             prever o desempenho futuro da organiza¸ao ao executar um
                                                                                                        c˜
tor de software competitivo, nacional e internacionalmente,   ou mais processos e possui associado a ele perfis e atributos
´ necess´rio que empres´rios do setor destaquem a eficiˆn-
e       a               a                               e     de processos (AP). A figura 5 mostra de maneira mais clara
cia e efic´cia de seus processos, visando atender a padr˜es
         a                                              o     os sete n´ıveis com seus processos e atributos de processos
internacionais de qualidade.                                  relacionados. O atributos s˜o: (i) AP 1.1 - O processo ´
                                                                                            a                            e
                                                              executado, (ii) AP 2.1 - O processo ´ gerenciado, (iii) AP
                                                                                                      e
Buscando seguir esses padr˜es, foi criado o programa bra-
                           o                                  2.2 - Os produtos de trabalho do processo s˜o gerenciados,
                                                                                                            a
sileiro MPS.BR [9] ou Melhoria de Processo do Software        (iv) AP 3.1 - O processo ´ definido, (v) AP 3.2 - O processo
                                                                                        e
Brasileiro que ´ coordenado pela Associa¸ao para Promo¸ao
               e                        c˜            c˜         a                                           e
                                                              est´ implementado, (vi) AP 4.1 - O processo ´ medido, (vii)
da Excelˆncia do Software Brasileiro (SOFTEX), contando
         e                                                    AP 4.2 - O processo ´ controlado, (viii) AP 5.1 - O processo
                                                                                   e
                      e         e
com apoio do Minist´rio da Ciˆncia e Tecnologia (MCT),        e                 c˜                              e
                                                              ´ objeto de inova¸oes e (ix) AP 5.2 - O processo ´ otimizado
Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e Banco Inte-      continuamente.
ramericano de Desenvolvimento (BID).
                                                              Os processos e atributos de processos do MPS.BR n˜o ser˜o
                                                                                                                a    a
Busca-se adequar o MPS.BR ao perfil de empresas com di-        explicados nesse artigo uma vez que o intuito deste ´ mos-
                                                                                                                  e
ferentes tamanhos e caracter´  ısticas, embora com um foco    trar uma vis˜o geral do programa. Entretanto, na pr´xima
                                                                           a                                       o
                                     e
maior para as micro, pequenas e m´dias empresas. Tamb´m e       c˜      a                 c˜
                                                              se¸ao, ser´ feita uma aplica¸ao do MPS.BR na metodologia
´ esperado que esse programa, utilizando toda a competˆn-
e                                                       e     POCAp e alguns processos ser˜o melhor descritos.
                                                                                             a
cia existente nos padr˜es e modelos de melhoria de processo
                        o
 a
j´ dispon´                                  o
          ıveis, seja compat´ com os padr˜es de qualidade
                            ıvel                              3.   ESTUDO DE CASO LOCAL
aceitos internacionalmente.                                   Dentre as metodologias apresentadas, a POCAp foi selecio-
                                                              nada para o estudo de caso da aplica¸ao do MPS.BR. Como
                                                                                                   c˜
O MPS.BR baseia-se nos conceitos de maturidade e capaci-      apresentado em [5] uma das sugest˜es de trabalho futuro ´
                                                                                                 o                    e
dade de processo para a avalia¸ao e melhoria da qualidade
                                c˜                            exatamente a escolha de metodologia que possa auxiliar na
e produtividade de produtos de software e servi¸os. Dentro
                                               c              qualidade do processo de desenvolvimento para computa¸oes
                                                                                                                   c˜
desse contexto, o MPS.BR possui trˆs componentes: Modelo
                                     e                        ub´
                                                                ıquas. Este artigo prop˜e o uso da MPS.BR.
                                                                                        o
de Referˆncia (MR-MPS), M´todo de Avalia¸ao (MA-MPS)
         e                   e              c˜
e Modelo de Neg´cio (MN-MPS). A figura 4 mostra como
                  o                                           Como foi visto na se¸ao anterior, o MPS.BR apresenta uma
                                                                                   c˜
funciona essa divis˜o, as subdivis˜es de cada um dos com-
                    a              o                          s´rie de n´
                                                               e        ıveis e processos, processos estes que podem ser
ponentes anteriores e os padr˜es e normas que o MPS.BR
                               o                              associados como as fases de desenvolvimento do POCAp.
utiliza como referˆncia.
                  e
                                                              Como foi visto, a figura 9 mostra todos os processos e n´
                                                                                                                     ıveis
Nesse artigo, s´ ser´ abordado um dos componentes do MPS.BR
               o a                                            do MPS.BR. Alguns deste foram selecionados para mostrar
que ´ o Modelo de Referˆncia. Esse cont´m os requisitos que
    e                    e              e                     sua reala¸ao com o POCAp, no entando, todas estes proces-
                                                                       c˜
os processos das organiza¸oes devem cumprir para estar em
                           c˜                                 sos podem ser aplicados no desenvolvimento, os selecionados
conformidade com o MR-MPS. Al´m disso, nele s˜o defi-
                                   e               a          foram aqueles julgados mas relevantes para o tipo de apli-
nidos sete n´ıveis de maturidade que caracterizam est´gios
                                                      a       ca¸ao. S˜o eles:
                                                                c˜     a
de melhoria da implementa¸ao de processos na organiza¸ao,
                             c˜                        c˜
sendo estes: (i) A - Em otimiza¸ao, (ii) B - Gerenciado
                                  c˜                          N´ıvel E - Gerˆncia de Reutiliza¸˜o: uma das carac-
                                                                              e                   ca
quantitativamente, (iii) C - Definido, (iv) D - Largamente     ter´
                                                                 ısticas do POCAp ´ a reutiliza¸ao de artefados durante
                                                                                  e            c˜
los s´lidos j´ existentes. Com base nisso, pode-se supor que
                                                                    o       a
                                                               essas metodologias j´ nascem com um embasamento con-
                                                                                      a
                                                               sistente, uma vez que apoiam-se em modelos bem sucedi-
                                                               dos, sendo esta uma vantagem em rela¸ao a metodologias
                                                                                                        c˜
                                                               que tenham sido criadas unicamente para serem aplicadas a  `
                                                               computa¸˜o ub´
                                                                         ca     ıqua.

                                                               Contudo, uma metodologia pr´pria para a computa¸ao ub´
                                                                                             o                      c˜    ı-
                                                               qua teria a vantagem se ser especifica e de, quem sabe, n˜oa
                                                               ter processos desnecess´rios para o caso espec´
                                                                                      a                       ıfico. Deve-se
                                                               considerar que, como n˜o foi encontrada uma metodologia
                                                                                       a
                                                               puramente criada para a computa¸ao ub´
                                                                                                  c˜      ıqua, os modelos
                                                               nos quais as metodologias atuais se baseiam podem n˜o ser
                                                                                                                      a
                                                               t˜o adequados ou podem n˜o estar t˜o bem adaptados.
                                                                a                         a         a

                                                               4.2   Trabalhos Futuros
                                                               Como trabalho futuro, sugere-se a cria¸ao de uma metodo-
                                                                                                       c˜
                                                               logia espec´
                                                                          ıfica para Computa¸ao Ub´
                                                                                               c˜     ıqua, visto que adap-
                                                               ta¸oes de outros modelos podem n˜o se encaixar perfeita-
                                                                 c˜                                 a
                                                               mente ao dom´ ınio do problema. Como se sabe, a tecnologia
                                                               est´ sempre em evolu¸ao e novos dispositivos ub´
                                                                  a                  c˜                            ıquos po-
                                                               dem vir a ser agregados ao sistema. As metodologias devem
                                                               levar em conta essa caracter´ıstica, que seguramente ´ mais
                                                                                                                      e
                                                               um obst´culo para a utiliza¸ao de uma metodologia base-
                                                                        a                   c˜
                                                               ada em modelos existentes. Por outro lado, pode-se apontar
                                                               como outro trabalho futuro a continuidade da adequa¸˜o das
                                                                                                                     ca
                                                               metodologias existentes, de modo que solucione problemas
                                                               como o de separar a implementa¸ao de hardware e software.
                                                                                                c˜
        Figura 9: Componentes do MPS.BR
                                                               5.    REFERÊNCIAS
o desenvolvimento. Tanto na fase de an´lise quanto na de
                                         a                      [1] Model-driven development for pervasive information
projeto, infoma¸oes de contexto e de servi¸os s˜o reutiliza-
                c˜                          c   a                   systems, 2000.
das para o desenvolvimento das novas funcionalidades do         [2] G. Banavar. Challenges: An application model for
sistema. Desta forma uma boa gerˆncia no controle do que
                                   e                                pervasive computing, 2000. Dispon´ em ıvel
pode ser reutilizado e como deve ser reutilizado pode ser de        http://www.research.ibm.com/PIMA/Documents/Mobicom2000
importante valia para o melhor desenvolvimento do sistema.          Acessado em 17 Nov 2008.
                                                                [3] K. Brito, A. Silveira, and A. C. Garcia. Utiliza¸ao de
                                                                                                                      c˜
N´ ıvel D - Verifica¸˜o e Valida¸˜o: esses dois n´
                     ca            ca             ıveis es-                                                 e
                                                                    pdas e redes wireless no ambiente m´dico. In III
t˜o presentes como uma das fases do POCAp. Um maior
 a                                                                  Simp´sio Brasileiro de Qualidade de Software,
                                                                          o
controle nesta fase afim de selecionar os m´todos adequa-
                                           e                        Bras´ılia, DF, Brasil, 2004.
dos para tal tarefa pode resultar em um melhor controle no      [4] T. P. da Rocha Falc˜o and A. S. Gomes. Modelagem
                                                                                          a
processo.                                                           de solu¸oes ub´
                                                                            c˜     ıquas para uso em salas de aula do
                                                                    ensino fundamental. In GCETE 2004 - Global
N´ıvel D - Integra¸˜o do Produto: ter essa garantia den-
                    ca                                              Congress on Engineering and Technology Educatio,
tro do processo de desenvolvimento pode ser fundamental no          2004.
desenvolvimento de software ub´   ıquos. A grande quantidade    [5] R. de Freitas Bulc˜o Neto. Um processo de software e
                                                                                        a
de tipos de dispositivos, redes e informa¸˜es exige um maior
                                          co                        um modelo ontol´gico para apoio ao desenvolvimento
                                                                                      o
controle nesse conceito para que garanta a total integra¸ao
                                                         c˜         de aplica¸˜es sens´
                                                                               co       ıveis a contexto. PhD thesis,
entre sistema e servi¸os.
                      c                                             Instituto de Ciˆncias Matem´ticas e de Computa¸ao -
                                                                                    e               a                    c˜
                                                                    ICMC-USP, 2006.
4.    CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS                            [6] F. Domingues. Computa¸ao ub´
                                                                                               c˜     ıqua 2008, 2008.
Ap´s o estudo das metodologias apresentadas neste artigo,
   o                                                            [7] R. Grimm. One.world: Experiences with a pervasive
´ poss´
e     ıvel perceber um razo´vel grau de imaturidade das
                             a                                      computing architecture. Pervasive computing, 2004.
mesmas. Tendo em vista que a computa¸ao ub´
                                          c˜      ıqua ainda    [8] J. M. Rubio. Knowledge management in the
´ muito recente e que novas metodologias est˜o surgindo,
e                                               a                   ubiquitous software development. In First
sem que se tenha havido tempo suficiente para coloc´-las a           International Workshop on Knowledge Discovery and
em pr´tica a larga escala, ainda ´ cedo para um palpite de
      a                          e                                  Data Mining (WKDD 2008), pages 6–9. ACM, 2008.
qual metodologia ter´ futuro promissor ou ser´ a mais usada.
                    a                        a                  [9] D. Scalet. Mps.br - melhoria de processo do software
                                                                    brasileiro: Guia geral (vers˜o 1.2), 2007.
                                                                                                  a
4.1   Vantagens e Desvantagens                                 [10] M. Weiser. The computer for the 21st century.
Ao longo do artigo ´ poss´ perceber que as metodologias
                   e     ıvel                                       Scientific American, 265:94–104, Setembro 1991.
para computa¸˜o ub´
             ca     ıqua apresentadas fazem uso de mode-

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Manuscrito Computação Ubíqua

  • 1. Um Overview de Metodologias para Computação Ubíqua Relacionando com MPS.BR Adolfo Guimarães Kharylim Machado Daniel Barreto Letícia Gindri Rogério Nascimento Departamento de Computação - UFS {adolfopg, kharylimms}@dcomp.ufs.br, {daniel.aspx, tixa1984}@gmail.com, rogerio@ufs.br ABSTRACT Umbiquitous Computing At the beginning of the 80’s, when all attention was turned to personal computers, Mark Weiser visualized a future sce- RESUMO nario for computational applications. This scenario, later Quando no in´ ıcio dos anos 80 todas as aten¸oes estavam c˜ called Ubiquitous Computing, foresaw the computing pre- voltadas aos computadores pessoais, Mark Weiser visualizou sent in the most diverse devices and increasingly impercep- um cen´rio futuro para aplica¸˜es computacionais. Esse ce- a co tible to the end user. Despite being a bit utopic at that time, n´rio, mais tarde chamado de Computa¸ao Ub´ a c˜ ıqua, previu the Ubiquitous Computing is becoming reality in recent ye- a computa¸ao presente nos mais diversos dispositivos e cada c˜ ars. The number of ubiquitous systems is growing and the vez mais impercept´ ıvel ao usu´rio final. Apesar de ser um a need for new development methodologies as well. This pa- o e tanto ut´pico naquela ´poca, a Computa¸ao ub´ c˜ ıqua est´ se a per presents an overview of some methodologies for the ubi- tornando realidade nos ultimos anos. O n´mero dos cha- ´ u quitous applications development, as Banavar’s Model, the mados sistemas ub´ ıquos vem crescendo e a necessidade de Grimm’s Model, the Model-Driven Development applied in novas metodologias de desenvolvimento tamb´m. Este tra- e Ubiquitous Systems and the POCAp. Banavar’s Model is balho apresenta uma vis˜o geral de algumas metodologias a a more general model and considers a paradigm change of para o desenvolvimento de aplica¸oes ub´ c˜ ıquas, sendo elas the applications’ space for construction of ubiquitous sys- o Modelo de Banavar, o Modelo de Grimm, o Desenvolvi- tems. The Grimm’s Model is a more specific model and mento Dirigido a Modelos aplicado em Sistemas Ub´ ıquos e considers an architecture that provide common services in o POCAp. O Modelo de Banavar ´ um modelo mais geral e pervasive applications. The Model-Driven Development ap- e prop˜e uma mudan¸a de paradigma do espa¸o de apli- o c c plied in Ubiquitous Systems considers a methodology that ca¸oes para constru¸ao de sistemas ub´ c˜ c˜ ıquos. O Modelo de makes use of the MDD to get efficiency in the ubiquitous Grimm ´ um modelo mais espec´ e ıfico e prop˜e uma arqui- o software development. The POCAp is a process created in tetura que provˆ servi¸os comuns em aplica¸oes pervasivas. e c c˜ the USP university and presents a methodology for ubiqui- O Desenvolvimento Dirigido a Modelos aplicado em Siste- tous systems that make use of context information. The mas Ub´ ıquos prop˜e uma metodologia que faz uso do MDD o presented approach uses ontologies to represent these infor- para obter eficiˆncia no desenvolvimento de software ub´ e ı- mation. After that it presents a suggestion of how to apply quo. O POCAp ´ um processo criado na universidade da e the MPS.BR to POCAp in order to obtain a better control USP e apresenta uma metodologia para sistemas ub´ ıquos in the development process quality. que fazem uso de informa¸oes do contexto. A abordagem c˜ apresentada faz uso de ontologias para representar estas in- Categories and Subject Descriptors forma¸oes. Em seguida ´ apresentada uma sugest˜o de como c˜ e a H.4 [Information Systems Applications]: Miscellane- aplicar o MPS.BR ao POCAp afim de obter uma melhor ous; D.2.8 [Software Engineering]: Metrics—complexity controle na qualidade do processo de desenvolvimento. measures, performance measures 1. INTRODUÇÃO General Terms O conceito de Computa¸ao Ub´ c˜ ıqua surgiu em um artigo do Keywords cientista-chefe do Centro de Pesquisa Xerox PARC, Mark Weiser. Neste artigo, intitulado The Computer for the 21st Century, Weiser previu que ocorreria um aumento nas funci- onalidades e na disponibilidade dos servi¸os de computa¸ao c c˜ para os usu´rios finais e que a visibilidade destes servi¸os a c seria a menor poss´ıvel [10]. Numa ´poca em que os usu´- e a rios dispunham apenas de computadores de mesa e grande parte da aten¸˜o e do conhecimento estava na opera¸ao do ca c˜ computador em si, Weiser visualizou que futuramente o foco dos usu´rios estaria voltado para a tarefa, e n˜o mais para a a a ferramenta utilizada, usufruindo da computa¸ao sem per- c˜
  • 2. ceber e sem necessitar de conhecimentos t´cnicos. Hoje, e do processo de desenvolvimento de software - como solu¸˜o ca pode-se dizer que ap´s uma transi¸ao pelo per´ o c˜ ıodo da In- juntamente com as metodologias apresentadas. ternet e da Computa¸ao Distribu´ c˜ ıda, entramos na Era da Computa¸ao Ub´ c˜ ıqua, onde existem diversos computadores A seguir, na se¸˜o 2 ser˜o apresentadas modelos e meto- ca a compartilhando cada um de n´s [6]. o dologias que podem ser usadas para o desenvolvimento de sistemas ub´ ıquos. Nesta mesma se¸ao ser´ dada uma vis˜o c˜ a a Pode-se definir a Computa¸ao Ub´ c˜ ıqua como a integra¸ao c˜ geral do MPS.BR, apresentando seus n´ ıveis, processos e atri- entre a mobilidade dos sistemas e a presen¸a distribu´ de c ıda butos. Nas se¸ao 3 ser´ mostrado como podemos aplicar o c˜ a maneira impercept´ıvel e inteligente, contando com grande MPS.BR em uma das metodologias anteriormente apresen- integra¸ao dos computadores e das suas aplica¸oes e promo- c˜ c˜ tadas. E por fim as se¸oes 4 e 5 apresentam as conclus˜es c˜ o vendo maior comodidade ao usu´rio. a do trabalho e as referˆncias, respectivamente. e Tendo em mente o cen´rio em que a Computa¸ao Ub´ a c˜ ıqua 2. CONCEITOS E TECNOLOGIAS est´ inserida, pode-se visualizar um importante problema a A seguir, ser˜o expostos modelos, metodologias e um pro- a para os desenvolvedores de aplica¸oes para esse meio: com c˜ grama de melhoria de software que podem ser utilizados um grande n´mero e variedade de dispositivos m´veis exis- u o no desenvolvimento de aplica¸oes utilizadas em dispositivos c˜ tentes, a implementa¸˜o torna-se complicada, uma vez que ca ub´ ıquos. cada um desses dispositivos possui limita¸oes quanto a inter- c˜ ` face e ao hardware. Devido a isso, ressalta-se a importˆncia a da escolha da metodologia de desenvolvimento de software 2.1 Modelo de Banavar para aplica¸oes ub´ c˜ ıquas a ser utilizada. Assim, neste artigo, ´ E proposto por [2] um modelo baseado em uma mudan¸a c ser˜o abordados alguns modelos e metodologias que podem a de paradigma, desafiando a comunidade a adotar uma nova ser utilizados na implementa¸ao de aplica¸oes ub´ c˜ c˜ ıquas, mas vis˜o de dispositivos, aplica¸oes e ambientes. Esta refor- a c˜ que ainda n˜o s˜o totalmente vi´veis. a a a mula¸˜o de conceitos pode ser resumida em 3 id´ias princi- ca e pais: (i) Um dispositivo ´ um portal, num espa¸o de apli- e c ca¸ao/dados, e n˜o um reposit´rio de software customizado c˜ a o 1.1 Trabalhos Relacionados gerenciado pelo usu´rio, (ii) Uma aplica¸ao ´ um meio pelo a c˜ e Na UFPE, foi implementado um framework que proporciona qual o usu´rio realiza uma tarefa, e n˜o um trecho de c´digo a a o o desenvolvimento de artefatos ub´ıquos educacionais. Esse escrito para explorar as capacidades do dispositivo e (iii) O framework utiliza as t´cnicas de Etnografia R´pida e Cen´- e a a e c c˜ ambiente computacional ´ uma espa¸o de informa¸ao, es- rios e tem como embasamento te´rico a Teoria da Atividade. o tendido para o usu´rio. E n˜o um espa¸o virtual que existe a a c para armazenar e rodar softwares. Segundo [4], a primeira t´cnica citada prop˜e uma observa- e o c˜o mais direcionada e estreita para reduzir o tempo gasto ¸a Para que seja poss´ ıvel modelar essas aplica¸oes, [2] diz que c˜ no processo. Assim, o desenvolvedor deve acompanhar o ´ necess´rio que o ciclo de vida de uma aplica¸ao deve ser e a c˜ usu´rio em suas atividades no trabalho para, ent˜o, poder a a dividida em trˆs partes: (i) Tempo de projeto (design-time): e levantar os requisitos necess´rios para a implementa¸ao [8]. a c˜ ´ E quando o desenvolvedor cria, mant´m e aprimora a apli- e A segunda baseia-se na cria¸ao de quatro cen´rios (1 atual, c˜ a ca¸ao, (ii) Tempo de carga (load-time): O sistema comp˜e, c˜ o 1 futuro e 2 futuros caricaturados - um positivo e outro ne- adapta e carrega os componentes em uma instˆncia da apli- a gativo) com a utiliza¸ao dos esquemas obtidos dos conceitos c˜ ca¸ao em um dispositivo de hardware em particular e (iii) c˜ da Teoria da Atividade. Quanto a Teoria da Atividade, essa ` Tempo de execu¸ao (run-time): Quando o usu´rio final in- c˜ a permite a estrutura¸ao dos dados brutos obtidos na fase de c˜ voca a aplica¸˜o e utiliza suas funcionalidades. O sistema ca etnografia r´pida e a modela¸ao dos mesmos de acordo com a c˜ provˆ um ambiente onde a aplica¸ao possa rodar e adapta a e c˜ o Triˆngulo de Engestr¨m. a o aplica¸ao a varia¸oes neste ambiente. c˜ c˜ Como estudo de caso deste artigo da UFPE, foram coleta- dos dados em uma sala de 2a s´rie do Ensino Fundamental e 2.1.1 Tempo de projeto (design-time) em Recife. A partir destes, foi idealizado o “Livro Vivo” que Nesta fase do ciclo de vida, ´ importante que o desenvol- e ´ composto por um projetor, munido de gravador e auto- e vedor esteja completamente ciente da reformula¸ao de con- c˜ falante e um conjunto de livros associados. A integra¸˜o ca ceitos proposta no modelo de Banavar: Se o “dispositivo ´ e desses dispositivos seria feita atrav´s da tecnologia Blueto- e um portal”, ent˜o a aplica¸ao n˜o deve ser escrita com um a c˜ a oth. O funcionamento do livro seria da seguinte maneira: determinado dispositivo em mente. Assim, n˜o se deve fazer a quando a professora passasse as p´ginas do livro, a imagem a suposi¸oes sobre tamanho de tela ou capacidades de hard- c˜ da p´gina tocada seria mostrada no projetor e o ´udio da a a ware. Por exemplo, o sistema pode vir a executar em um mesma seria reproduzido. dispositivo sem tela, usando um sintetizador de voz e um fone. A interface n˜o deve incluir informa¸oes espec´ a c˜ ıficas Por outro lado, nenhum dos trabalho acima apresentam um sobre um determinado dispositivo, portanto, o front-end da controle no processo de desenvolvimento. Sabe-se que hoje aplica¸ao deve ser dispositivo-neutra. c˜ em dia a metodologia por si s´ n˜o ´ suficiente para a ga- o a e rantia de um bom software. O controle da qualidade do Se estas aplica¸oes s˜o dispositivo-neutras, o desenvolvedor c˜ a processo de desenvolvimento ´ t˜o importante quanto o uso e a n˜o deve iniciar a constru¸ao da aplica¸ao a partir da ca- a c˜ c˜ de uma metodologia apropriada. Com base nisso, este tra- mada de apresenta¸ao, e ent˜o partir para a l´gica. A tarefa c˜ a o balho apresenta o MPS.BR - programa brasileiro apoiado l´gica deve ser principal e n˜o uma decomposi¸ao r´ o a c˜ ıgida da e e pelo Minist´rio da Ciˆncia e Tecnologia que visa a melhoria c˜ intera¸ao. A decomposi¸ao da intera¸ao deve ser dirigida c˜ c˜
  • 3. pela estrutura e defini¸ao das tarefas, assim sendo, a apli- c˜ c˜ ca¸ao deve capturar o prop´sito da intera¸ao com o usu´rio o c˜ a Tabela 1: Principais necessidades de um sistema ub´ ıquo em um alto n´ıvel. Necessidade Servi¸o One.World c Busca Motor de busca Se um ambiente de uma aplica¸ao ´ definida como sens´ c˜ e ıvel Aramazenamento de Dados I/O Estruturado ao contexto, ent˜o n˜o se deve assumir que um determinado a a Comunica¸˜o ca Eventos remotos servi¸o est´ dispon´ c a ıvel. De mesmo modo, podem vir a existir Localiza¸ao c˜ Descoberta c servi¸os dispon´ a a ıveis que n˜o s˜o conhecidos pelo desenvolve- Prote¸ao a falhas c˜ Check-pointing dor no design-time, mas que podem ser uteis para a tarefa. ´ Mobilidade Migra¸ao c˜ As aplica¸oes devem ser capazes de utilizar tais servi¸os. c˜ c N˜o h´ uma metodologia ideal para o desenvolvimento deste a a ii) tuplas, respons´veis por prover uma forma simplificada a modelo, mas ´ importante que seja qual for a metodologia e de armazenamento; escolhida, que o desenvolvimento da aplica¸ao seja essenci- c˜ almente focado na tarefa do usu´rio, ao inv´s da intera¸ao a e c˜ iii) eventos ass´ıncronos, capazes de fornecer a notifica¸ao c˜ do mesmo com a interface. expl´ ıcita de uma mudan¸a de contexto; c iv) e os ambientes, tratando-se de contˆiners para cada apli- a 2.1.2 Tempo de carga (load-time) ca¸ao e seus respectivos dados. c˜ Aplica¸oes e servi¸os “vivem” em um ambiente f´ c˜ c ısico e dis- tribu´ ıdo, portanto, ´ necess´rio um mecanismo para identi- e a ficar e enumerar essas aplica¸oes e servi¸os neste ambiente. c˜ c Para testar a validade do seu modelo, Grimm desenvolveu Os dispositivos devem realizar uma descoberta dinˆmica so- a algumas aplica¸oes junto a sua equipe. A primeira delas, c˜ bre quais recursos est˜o dispon´ a a ıveis, e ent˜o o sistema deve e denominada Chat, foi um sistema de conversa¸ao atrav´s de c˜ adaptar-se e integrar-se a eles. mensagens de texto e ´udio. O Chat era capaz de geren- a ciar mudan¸as de localiza¸˜o os usu´rios, e provou que as c ca a No tempo de carga tamb´m ´ necess´rio que dispositivos e e a tuplas eram estruturas suficientemente poderosas para ar- negociem requisitos e capacidades para rodar os servi¸os que c mazenar dados complexos como sons. Outra aplica¸ao que c˜ disp˜em. Ou seja, a aplica¸ao deve balancear capacidades o c˜ vale a pena mencionar, ´ o projeto Labscape, onde foi criado e e requisitos atrav´s de algum algoritmo de media¸ao para e c˜ um assistente digital que transmitia dados para o dispositivo negociar um ponto que satisfa¸a estas duas propriedades que c mais pr´ximo de um pesquisador em um laborat´rio de bi- o o competem entre si. ologia. Por fim, o sistema deve suportar a sele¸ao dinˆmica de uma c˜ a 2.3 O Processo POCAp interface apropriada para a aplica¸ao, a partir de um con- c˜ Desenvolver aplica¸oes ub´ c˜ ıquas inclui, entre outros, quatro junto de interfaces, baseada nos recursos do dispositivo. temas de pesquisas principais: interfaces naturais, captura e acesso automatizados de atividades humanas, computa- cao sens´ ¸˜ ıvel ao contexto e computa¸˜o no cotidiano. As ca 2.1.3 Tempo de execução (run-time) interfaces naturais tem como foco estudar novas forma de A aplica¸ao em tempo de execu¸ao deve sempre monitorar os c˜ c˜ intera¸ao usu´rio-sistema de forma a facilitar a capacidade c˜ a recursos do portal (dispositivo), e ambientes h´spedes que o de comunica¸ao usando formas naturais como a voz, por c˜ participam da execu¸ao da aplica¸ao. Assim, o run-time c˜ c˜ exemplo. A captura de acesso automatizado de atividades deve conduzir uma mudan¸a de contexto quando ocorrer c refere-se ao uso autom´tico das informa¸˜es do cotidiano. A a co uma mudan¸a de ambiente, durante uma tarefa, e manipular c computa¸ao sens´ ao contexto usa informa¸oes que est˜o c˜ ıvel c˜ a erros n˜o esperados, queda em servi¸os ou problemas no a c presentes ao redor do usu´rio para fornecer servi¸os basea- a c pr´prio portal. o dos nestas. E por fim, a computa¸ao no cotidiano fornecem c˜ suporte computacional cont´ ınuo - 24h por dia, 7 dias por 2.2 Modelo de Grimm (one.world) semana. O trabalho que ser´ descrito a seguir leva em con- a [7] apresenta outra proposta de modelo mais espec´ ıfica. Trata- sidera¸ao apenas o segundo tema, as aplica¸oes sens´ c˜ c˜ ıveis ao se, de fato, de uma arquitetura (framework) para a constru- contexto. c˜o de aplica¸oes pervasivas. Denominada “One.world”, ela ¸a c˜ define servi¸os que simplificam necessidades fundamentais c O POCAp (Process for Ontological Context-aware Applica- de um sistema ub´ ıquo. tions) foi um processo desenvolvido na USP e leva em con- sidera¸ao sistemas que seguem o terceiro tema acima apre- c˜ As principais necessidades seriam: sentado: computa¸ao sens´ ao contexto. Como represeta- c˜ ıvel cao das informa¸oes de contexto foi usado ontologias para a ¸˜ c˜ Para implementar estes servi¸os e conseq¨entemente suprir c u formaliza¸ao destas. Ambas abordagens ser˜o explicadas a c˜ a as necessidades de aplica¸˜es ub´ co ıquas, o modelo de Grimm seguir. define 4 fundamentos principais. Os fundamentos principais do One.world s˜o: a Segundo [5] informa¸ao sens´ ao contexto ´ qualquer infor- c˜ ıvel e ma¸˜o que possa ser utilizada para caracterizar um entidade. ca Um entidade ´ uma pessoa, lugar ou objeto considerado rele- e i) uma m´quina virtual, para lidar com a heterogeneidade a vante para uma intera¸ao entre um usu´rio e uma aplica¸˜o, c˜ a ca de dispositivos e sistemas operacionais; incluindo o usu´rio e a aplica¸ao em quest˜o. Levando essa a c˜ a
  • 4. Figura 1: Diagrama geral do POCAp defini¸ao para um aspecto mais pr´tico, imagine um sistema c˜ a de localiza¸ao baseado em GPS. A primeira informa¸ao de c˜ c˜ contexto que o sistema faria uso seria a posi¸ao do usu´rio. c˜ a Baseado nessa, outras informa¸oes podem ser obtidas: ou- c˜ tros usu´rios e localiza¸ao de pr´dios, por exemplo. Saber a c˜ e ´ Figura 2: Diagrama da fase ANALISE E ESPECI- representar essas informa¸oes ´ de suma importˆncia para o c˜ e a FICACAO ¸ ˜ do POCAp desenvolvimento de aplica¸oes sens´ c˜ ıveis ao contexto . As ontologias se mostram uma abordagem bem aceit´vel a para essas representa¸ao, uma vez que possuim as caracte- c˜ servi¸os, (ii) projeto de extens˜o de servi¸os e (iii) projeto c a c r´ ısticas de formalidade, portabilidade, abstra¸ao de imple- c˜ de novos servi¸os. Nesta fase o projetista tem a fun¸ao de c c˜ menta¸ao e a possibilidade das aplica¸oes inferirem sobre c˜ c˜ desenvolver uma projeto arquitetural do software baseando- as informa¸˜es de contexto. Isso permite formalizar a re- co se nos requisitos previamente levantados e no modelo on- c˜ c˜ presenta¸ao da diversidade das informa¸oes contextuais e a tol´gico. Trˆs artefatos s˜o produzidos nesta fase: (i) do- o e consequentemente a copera¸ao de dispositivos heterogˆneos c˜ e cumento de descri¸ao de reuso de servi¸os, (ii) documento c˜ c [5]. de descri¸ao de extens˜o de servi¸os e (iii) documento de c˜ a c descri¸˜o de novos servi¸os. O primeiro documento define ca c O POCAp apresenta em detalhes as 4 principais fases do quais servi¸os podem ser reutilizados baseando-se nos re- c desenvolvimento de software, s˜o elas: (i) an´lise e especi- a a quisitos funcionais, n˜o-funcionais e no modelo ontol´gico. a o fica¸ao, (ii) projeto, (iii) desenvolvimento e (iv) verifica¸ao c˜ c˜ O segundo usa o primeiro e especifica quais destes servi¸os c e valida¸ao. Para cada uma destas s˜o apresentadas pap´is c˜ a e podem ser estendidos. O terceiro especifica novos servi¸os, c e a dinˆmica de trabalho. A figura 1 mostra a dinˆmica a a caso os j´ especificados anteriormente n˜o s˜o suficientes a a a entre as fases e o relacionamento com cada papel definido. para atender todas as necessidades do sistema. Todos esses Os pap´is definidos est˜o relacionados com cada uma das e a artefados s˜o usados como entrada para a pr´xima fase, a a o fases descritas, s˜o eles: analista, projetista, desenvolvedor a de desenvolvimento. e validador. Na fase de desenvolvimento, o desenvolvedor deve basear- Na Figura 2 ´ demonstrado a fase de an´lise e especifica- e a se no modelo ontol´gico da applica¸ao para escolher todo o c˜ c˜o. Essa fase ´ subdividida em quatro outras: (i) an´lise e ¸a e a suporte computacional que deve ser usado para processar especifica¸˜o de requisitos, (ii) an´lise e especifica¸ao de in- ca a c˜ a linguagem de ontologia usada. Com os artefatos gerados forma¸ao contextual, (iii) an´lise e especifica¸ao de re´so do c˜ a c˜ u pela fase de projeto, o desenvolvedor deve decidir quais fer- modelo e (iv) an´lise e especifica¸ao de extens˜o do modelo. a c˜ a ramentas computacionais s˜o suficientes para atender suas a Os principais artefatos produzidos nesta fase s˜o: o docu- a necessidades de projeto de cada servi¸o a ser reusado, es- c mento de requisitos e o documento de modelo ontol´gico da o tendido e implementado. Importante lembrar, como afirma aplica¸ao. O documento de requisitos, gerado atrav´s da c˜ e [X], que o processo POCAp ´ neutro com respeito a tecnolo- e ` primeira subfase, ´ uma descri¸ao - na forma de requisitos e c˜ gia utilizada para o desenvolvimento deste tipo de aplica¸ao. c˜ funcionais e n˜o funcionais - dos requisitos dos usu´rios e a a Caracter´ ıstica essa essencial no desevolvimento de aplica¸oes c˜ da aplica¸ao. Este documento tanto ser´ utilizado nas de- c˜ a ub´ıquas. mais subfases como tamb´m ´ entrada para a pr´xima fase. e e o Baseando-se neste documento e juntamente com um levanta- Na fase de verifica¸ao e valida¸ao, o validador deve fazer uso c˜ c˜ mento das informa¸oes de contexto ´ gerado o segundo arte- c˜ e dos seguintes artefatos de entrada: (i) documento de requi- fato principal: o documento de modelo ontol´gico. Este do- o sitos, (ii) documento de re´so do modelo, (iii) documento u cumento deve ser formulado juntamente com um engenheiro de modelo ontol´gico da aplica¸ao e (iv) a imaplementa¸ao o c˜ c˜ de ontologias e descreve de maneira formal o que pode ser´ a da aplica¸ao em si. Tanto os requisitos funcionais quanto os c˜ considerado informa¸ao de contexto para esta aplica¸ao. c˜ c˜ n˜o-funcionais devem ser devidamente testados neste tipo de a aplica¸ao. Segundo [5], os requisitos funcionais precisam ser c˜ e e Na Figura 3 ´ apresentada a fase de Projeto. Tamb´m sub- c˜ testados para analisar se a aplica¸ao atende as especifica¸oes c˜ ` dividida, mas desta vez em 3 fases: (i) projeto de reuso de determinadas. J´ em rela¸ao aos n˜o-funcionais, principal- a c˜ a
  • 5. Figura 4: Principais conceitos das dimens˜es o ver a necessidade da troca de um dispositivo por outro mais moderno. Em rela¸ao ao desenvolvimento dos sistemas, deve-se consi- c˜ derar (i) como desenvolver um software para sistemas ub´ ı- quos que por tr´s do fluxo tradicional de funcionalidades e a informa¸oes, permita uma espec´ c˜ ıfica intera¸ao objeto-objeto c˜ para obter funcinalidades adicionais, permitindo, entre ou- tras, o aumento da eficiˆncia e da robustez do sistema, (ii) e Figura 3: Diagrama da fase PROJETO do POCAp como a prover a manuten¸ao e a evolu¸ao dos sistemas de c˜ c˜ informa¸ao de maneira que permita a inclus˜o de novos re- c˜ a quisitos, funcionalidades ou tecnologias, e (iii) o qu˜o baixo a mente a interoperabilidade e aramazenamento. Outro ques- deve ser o n´ de abstra¸ao em que o solftware ser´ desen- ıvel c˜ a t˜o importante a ser analisada ´ a inferˆncia dos modelos a e e volvido. ontol´gicos, o tempo de resposta das maquinas de inferˆn- o e cias utilizadas podem atrapalhar um bom desempenho do O Model-Driven Development (MDD), em portuguˆs ‘De- e sistema. senvolvimento Orientado a Modelos’, centrando o desenvol- vimento nos modelos e na automatiza¸˜o da transforma¸ao ca c˜ Com fases e atividades bem definidas, o POCAp prop˜e um o dos modelos e gera¸ao do c´digo final oferece um meio de a c˜ o arquitetura real para o desenvolvimento de aplica¸oes ub´ c˜ ı- judar os desenvolvedores de softaware ub´ıquo a lidar com a quas. O uso de ontologias auxilia na formaliza¸ao de infor- c˜ complexidade inerente a esses softwares. Oferece benef´ ıcios ma¸oes e principalmente, na intera¸˜o destas informa¸oes c˜ ca c˜ em potencial que podem ser utilizados para a concep¸ao e c˜ como os mais diversos tipos de dispositivos. No entando, evolu¸ao dos sistemas de informa¸˜o ub´ c˜ ca ıquos. o processo de desenvolvimento estudado n˜o se baseia em a nenhuma abordagem para o controle da qualidade deste. Apesar disso, o uso dos conceitos do MDD s˜o importantes, a Mais a frente, esta metodologia ser´ relacionada com um a ´ mas ainda n˜o s˜o suficientes. E necess´ria uma abordagem a a a abordagem de melhoria do processo de desenvolvimento de que enquanto adota t´cnicas, ferramentas e conceitos mo- e software, o MPS.BR. dernos e apropriados, estabele¸a uma estrat´gia de desen- c e volvimento adequada para o desenvolvimento dos softwares ub´ ıquos. 2.4 Model-Driven Development Esta metodologia, desenvolvida como trabalho de doutorado Como metodologia, o autor apresenta trˆs dimens˜es de de- e o na Universidade do Minho, Portugal, busca contribuir para a senvolvimento e uma abordagem do MDD para o desenvolvi- eficiˆncia e efic´cia do desenvolvimento de software, servi¸os e a c mento de sistemas ub´ ıquos. A figura 4 descreve rapidamente e aplica¸oes suportadas por esse tipo de sistema. c˜ cada uma dessas dimens˜es. o Segundo [1], quando se pretende desenvolver software para sistemas ub´ıquos, algumas carater´ ısticas relevantes desses 2.4.1 Dimensão de classe sistemas devem ser levadas em conta, como o elevado n´- u Os dispositivos podem ser agrupados em classes, de acordo mero de dispositivos, as constantes inova¸oes tecnol´gicas, a c˜ o com caracter´ ısticas, recursos e capacidades comuns desses heterogeneidade dos dispositivos e a potencial complexidade dispositivos (veja Figura 5). Esta perspectiva de agrupa- das intera¸oes entre os dispositivos. c˜ mento dos dispositivos por propriedades comuns constitui a Dimens˜o de Classe. Se necess´rio, essas classes podem ser a a A concep¸ao e a constante evolu¸ao do software para siste- c˜ c˜ classificadas em subclasses de dispositivos. Ent˜o, pode-se a mas ub´ ıquos requer abordagens adequadas que considerem afirmar que os dispositivos pertencentes a uma determinada as exigˆncias e as caracter´ e ısticas particulares desses siste- classe (ou subclasse) possuem caracter´ ısticas e capacidades mas. Com base nisso surgem algumas considera¸oes que c˜ espec´ıficas, permitindo que a eles sejam delegadas funciona- podem ser levadas em conta na escolha do Model-Driven De- lidades espec´ıficas. velopment para o desenvolvimento de sistemas ub´ ıquos. Em rela¸ao as funcionalidades, deve-se considerar que (i) novos c˜ ` 2.4.2 Dimensão de função dispositivos podem ser integrados ao sistema, (ii) uma nova A classifica¸ao dos dispositivos em classes possui apenas uma c˜ fun¸ao pode ser adicionada a um dispositivo e (iii) pode ha- c˜ dimens˜o relativa ao desenvolvimento de um sistema ub´ a ı-
  • 6. Figura 6: Estruturas de desenvolvimento para os Perfis Funcionais de Classes transforma¸oes e da gera¸ao de c´digo, a fim de chegar ao c˜ c˜ o software que re´ne as funcionalidades correspondentes ao u Figura 5: Classes e SubClasses de dispositivos, ba- respectivo perfil funcional. seada em [6] Sobre a utiliza¸ao do MDD, destacam-se duas fases: (i) O c˜ quo. Considerando que a mesma classe de dispositivos pode Plataform Independent Model (PIM), ou em portuguˆs “Mo- e executar diferentes fun¸˜es ou diferentes conjuntos de funci- co delo Independente de Plataforma”, enfoca a opera¸˜o de um ca onalidades, pode ent˜o ser concebida uma outra dimens˜o: a a sistema escondendo os detalhes da plataforma. Nesse passo a Dimens˜o de Fun¸˜o. Essa dimens˜o agrupa os dispo- a ca a s˜o adicionados os detalhes computacionais ao modelo. O a sitivos pelo conjunto de funcionalidades que as classes (de uso da plataforma ´ descrito com grau de abstra¸ao sufici- e c˜ dispositivos) podem ser respons´veis por realizar. Estes s˜o a a ente para que seja poss´ utilizar em diferentes plataformas ıvel conjuntos de funcionalidades s˜o chamados de Perfis Fun- a e (ii) O Plataform Specific Model (PSM), ou em portuguˆs e cionais. Um perfil funcional compreende um conjunto de “Modelo Espec´ ıfico de Plataforma”, combina as especifica- funcionalidades que s˜o esperadas do sistema e que s˜o atri- a a coes do PIM com os detalhes que especificam como o sistema ¸˜ ´ interage com a plataforma. E aplicada uma transforma¸ao c˜ bu´ıdas a uma determinada classe de dispositivos. ao PIM para que seja gerado o PSM, para isso, uma ou mais Para um melhor entendimento, pode ser citado o exemplo de plataformas s˜o escolhidas e um mapeamento para estas pla- a um ambiente m´dico utilizando PDAs. O sistema permite e taformas ´ constru´ e ıdo. O PSM pode ser usado para gerar o o controle da fila de espera de um hospital ao permitir que c´digo do sistema ou ser refinado em outro PSM. o a agenda de atendimentos seja transferida da base de dados para os dispositivos m´veis. Quando um paciente chega ao o Para cada uma das estruturas desenvolvimento, o trabalho e a hospital, ´ recebido por um funcion´rio que porta um PDA; e ´ realizado em trˆs n´ ıvel e ıveis, partindo de um alto n´ de abs- o hor´rio de chegada do paciente ´ registrado e seus dados a e c˜ e ıvel c˜ tra¸ao, o modelo, at´ um baixo n´ de abstra¸ao, o c´digo, o s˜o conferidos, podendo ser feitas pequenas altera¸oes ou a c˜ como pode ser visto na Figura 7. Esses n´ ıveis podem ser o cadastramento como novo paciente. O paciente ´ enca- e descritos como: (i) Alto N´ ıvel - neste n´ ıvel, o PIM para minhado para o m´dico, que realiza o atendimento, insere e cada classe de dispositivos deriva de modelos resultantes do dados referentes a consulta, doen¸a, medica¸ao e no mo- ` c c˜ desenvolvimento inicial do sistema, onde todos os dispositi- mento em que a consulta ´ finalizada, informa ao sistema a e vos computacionais s˜o integrados; (ii) N´ Intermedi´rio - a ıvel a conclus˜o, sendo lan¸ada automaticamente na tela do PDA a c neste n´ıvel, coexistem modelos PIM e PSM que tanto podem a informa¸ao do pr´ximo paciente a ser atendido [3]. c˜ o ser associados com subclasses de dispositivos, quanto podem projetar decis˜es refletindo escolhas espec´ o ıficas e respeitando Ent˜o, neste caso, a Classe de dispositivos tomada como a a plataforma (arquitetura, tecnologia, etc) e que de alguma base para a Dimens˜o de Fun¸ao ´ a Classe A (da Figura a c˜ e maneira introduz certo grau de dependˆncia. Dependendo e 5). Uma parte desses PDAs foi destinada para uso dos fun- do ponto de vista, um modelo intermedi´rio pode ser visto a cion´rios da recep¸ao, enquanto a outra parte foi destinada a c˜ como um PIM ou um PSM; se o modelo for visto a partir para ser utilizada pela equipe m´dica. Como esses PDAs e de um n´ de abstra¸ao maior pode ser considerado como ıvel c˜ prestam diferentes servi¸os para os m´dicos e os funcion´- c e a PSM se, ou pode ser considerado como um PIM se for obser- rio da recep¸ao, pode-se identificar que nesse caso ter-se-´ c˜ a vado a partir de um n´ de abstra¸ao inferior e (iii) Baixo ıvel c˜ pelo menos dois perfis funcionais atribu´ıdos ao conjunto de N´ıvel - nesse n´ ıvel encontram-se os ultimos PSMs, a partir ´ ´ dos quais o c´digo final ser´ produzido. E importante desta- o a PDAs. Logo, pode-se visualizar que uma classe de disposi- tivos pode englobar diversos perfis funcionais (veja a Figura car que a partir de um unico PSM ´ poss´ derivar dois, ou ´ e ıvel 6), a depender do sistema. mais, diferentes c´digos, devido a diferen¸as na plataforma o c onde o c´digo ser´ gerado. o a 2.4.3 Dimensão de abstração Considerando que, para cada estrutura de desenvolvimento 2.5 MPS.BR existe uma respectiva abstra¸ao top-bottom durante o seu c˜ O aumento da competitividade entre empresas desenvolve- desenvolvimento, pode ser ent˜o concebida outra dimens˜o a a doras de software fez com que elas passassem a se preocupar de desenvolvimento: a Dimens˜o de Abstra¸ao. Na dimen- a c˜ mais com a qualidade dos produtos de software e de servi¸os c s˜o de abstra¸˜o, o desenvolvedor concentra os esfor¸os no a ca c correlatos. Assim, percebe-se que qualidade ´ um fator de e emprego do Model-Driven Develoment (MDD), do modelo sucesso para a ind´stria de software do mesmo modo que u
  • 7. Figura 8: Componentes do MPS.BR definido, (v) E - Parcialmente definido, (vi) F - Gerenciado e (vii) G - Parcialmente gerenciado. Os n´ıveis, como mostrado anteriormente, possuem uma letra Figura 7: Ilustra¸˜o do processo de abstra¸˜o, base- ca ca associada a eles e est˜o sendo mostrados em ordem decres- a ada em [6] cente. Assim, o primeiro n´ que uma empresa pode obter ıvel ´ o G - Parcialmente Gerenciado e o ultimo ´ o A - Em e ´ e otimiza¸ao. Cada um desses n´ c˜ ıveis de maturidade permite ´ para outros setores. Com o intuito de se formar um se- e prever o desempenho futuro da organiza¸ao ao executar um c˜ tor de software competitivo, nacional e internacionalmente, ou mais processos e possui associado a ele perfis e atributos ´ necess´rio que empres´rios do setor destaquem a eficiˆn- e a a e de processos (AP). A figura 5 mostra de maneira mais clara cia e efic´cia de seus processos, visando atender a padr˜es a o os sete n´ıveis com seus processos e atributos de processos internacionais de qualidade. relacionados. O atributos s˜o: (i) AP 1.1 - O processo ´ a e executado, (ii) AP 2.1 - O processo ´ gerenciado, (iii) AP e Buscando seguir esses padr˜es, foi criado o programa bra- o 2.2 - Os produtos de trabalho do processo s˜o gerenciados, a sileiro MPS.BR [9] ou Melhoria de Processo do Software (iv) AP 3.1 - O processo ´ definido, (v) AP 3.2 - O processo e Brasileiro que ´ coordenado pela Associa¸ao para Promo¸ao e c˜ c˜ a e est´ implementado, (vi) AP 4.1 - O processo ´ medido, (vii) da Excelˆncia do Software Brasileiro (SOFTEX), contando e AP 4.2 - O processo ´ controlado, (viii) AP 5.1 - O processo e e e com apoio do Minist´rio da Ciˆncia e Tecnologia (MCT), e c˜ e ´ objeto de inova¸oes e (ix) AP 5.2 - O processo ´ otimizado Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e Banco Inte- continuamente. ramericano de Desenvolvimento (BID). Os processos e atributos de processos do MPS.BR n˜o ser˜o a a Busca-se adequar o MPS.BR ao perfil de empresas com di- explicados nesse artigo uma vez que o intuito deste ´ mos- e ferentes tamanhos e caracter´ ısticas, embora com um foco trar uma vis˜o geral do programa. Entretanto, na pr´xima a o e maior para as micro, pequenas e m´dias empresas. Tamb´m e c˜ a c˜ se¸ao, ser´ feita uma aplica¸ao do MPS.BR na metodologia ´ esperado que esse programa, utilizando toda a competˆn- e e POCAp e alguns processos ser˜o melhor descritos. a cia existente nos padr˜es e modelos de melhoria de processo o a j´ dispon´ o ıveis, seja compat´ com os padr˜es de qualidade ıvel 3. ESTUDO DE CASO LOCAL aceitos internacionalmente. Dentre as metodologias apresentadas, a POCAp foi selecio- nada para o estudo de caso da aplica¸ao do MPS.BR. Como c˜ O MPS.BR baseia-se nos conceitos de maturidade e capaci- apresentado em [5] uma das sugest˜es de trabalho futuro ´ o e dade de processo para a avalia¸ao e melhoria da qualidade c˜ exatamente a escolha de metodologia que possa auxiliar na e produtividade de produtos de software e servi¸os. Dentro c qualidade do processo de desenvolvimento para computa¸oes c˜ desse contexto, o MPS.BR possui trˆs componentes: Modelo e ub´ ıquas. Este artigo prop˜e o uso da MPS.BR. o de Referˆncia (MR-MPS), M´todo de Avalia¸ao (MA-MPS) e e c˜ e Modelo de Neg´cio (MN-MPS). A figura 4 mostra como o Como foi visto na se¸ao anterior, o MPS.BR apresenta uma c˜ funciona essa divis˜o, as subdivis˜es de cada um dos com- a o s´rie de n´ e ıveis e processos, processos estes que podem ser ponentes anteriores e os padr˜es e normas que o MPS.BR o associados como as fases de desenvolvimento do POCAp. utiliza como referˆncia. e Como foi visto, a figura 9 mostra todos os processos e n´ ıveis Nesse artigo, s´ ser´ abordado um dos componentes do MPS.BR o a do MPS.BR. Alguns deste foram selecionados para mostrar que ´ o Modelo de Referˆncia. Esse cont´m os requisitos que e e e sua reala¸ao com o POCAp, no entando, todas estes proces- c˜ os processos das organiza¸oes devem cumprir para estar em c˜ sos podem ser aplicados no desenvolvimento, os selecionados conformidade com o MR-MPS. Al´m disso, nele s˜o defi- e a foram aqueles julgados mas relevantes para o tipo de apli- nidos sete n´ıveis de maturidade que caracterizam est´gios a ca¸ao. S˜o eles: c˜ a de melhoria da implementa¸ao de processos na organiza¸ao, c˜ c˜ sendo estes: (i) A - Em otimiza¸ao, (ii) B - Gerenciado c˜ N´ıvel E - Gerˆncia de Reutiliza¸˜o: uma das carac- e ca quantitativamente, (iii) C - Definido, (iv) D - Largamente ter´ ısticas do POCAp ´ a reutiliza¸ao de artefados durante e c˜
  • 8. los s´lidos j´ existentes. Com base nisso, pode-se supor que o a essas metodologias j´ nascem com um embasamento con- a sistente, uma vez que apoiam-se em modelos bem sucedi- dos, sendo esta uma vantagem em rela¸ao a metodologias c˜ que tenham sido criadas unicamente para serem aplicadas a ` computa¸˜o ub´ ca ıqua. Contudo, uma metodologia pr´pria para a computa¸ao ub´ o c˜ ı- qua teria a vantagem se ser especifica e de, quem sabe, n˜oa ter processos desnecess´rios para o caso espec´ a ıfico. Deve-se considerar que, como n˜o foi encontrada uma metodologia a puramente criada para a computa¸ao ub´ c˜ ıqua, os modelos nos quais as metodologias atuais se baseiam podem n˜o ser a t˜o adequados ou podem n˜o estar t˜o bem adaptados. a a a 4.2 Trabalhos Futuros Como trabalho futuro, sugere-se a cria¸ao de uma metodo- c˜ logia espec´ ıfica para Computa¸ao Ub´ c˜ ıqua, visto que adap- ta¸oes de outros modelos podem n˜o se encaixar perfeita- c˜ a mente ao dom´ ınio do problema. Como se sabe, a tecnologia est´ sempre em evolu¸ao e novos dispositivos ub´ a c˜ ıquos po- dem vir a ser agregados ao sistema. As metodologias devem levar em conta essa caracter´ıstica, que seguramente ´ mais e um obst´culo para a utiliza¸ao de uma metodologia base- a c˜ ada em modelos existentes. Por outro lado, pode-se apontar como outro trabalho futuro a continuidade da adequa¸˜o das ca metodologias existentes, de modo que solucione problemas como o de separar a implementa¸ao de hardware e software. c˜ Figura 9: Componentes do MPS.BR 5. REFERÊNCIAS o desenvolvimento. Tanto na fase de an´lise quanto na de a [1] Model-driven development for pervasive information projeto, infoma¸oes de contexto e de servi¸os s˜o reutiliza- c˜ c a systems, 2000. das para o desenvolvimento das novas funcionalidades do [2] G. Banavar. Challenges: An application model for sistema. Desta forma uma boa gerˆncia no controle do que e pervasive computing, 2000. Dispon´ em ıvel pode ser reutilizado e como deve ser reutilizado pode ser de http://www.research.ibm.com/PIMA/Documents/Mobicom2000 importante valia para o melhor desenvolvimento do sistema. Acessado em 17 Nov 2008. [3] K. Brito, A. Silveira, and A. C. Garcia. Utiliza¸ao de c˜ N´ ıvel D - Verifica¸˜o e Valida¸˜o: esses dois n´ ca ca ıveis es- e pdas e redes wireless no ambiente m´dico. In III t˜o presentes como uma das fases do POCAp. Um maior a Simp´sio Brasileiro de Qualidade de Software, o controle nesta fase afim de selecionar os m´todos adequa- e Bras´ılia, DF, Brasil, 2004. dos para tal tarefa pode resultar em um melhor controle no [4] T. P. da Rocha Falc˜o and A. S. Gomes. Modelagem a processo. de solu¸oes ub´ c˜ ıquas para uso em salas de aula do ensino fundamental. In GCETE 2004 - Global N´ıvel D - Integra¸˜o do Produto: ter essa garantia den- ca Congress on Engineering and Technology Educatio, tro do processo de desenvolvimento pode ser fundamental no 2004. desenvolvimento de software ub´ ıquos. A grande quantidade [5] R. de Freitas Bulc˜o Neto. Um processo de software e a de tipos de dispositivos, redes e informa¸˜es exige um maior co um modelo ontol´gico para apoio ao desenvolvimento o controle nesse conceito para que garanta a total integra¸ao c˜ de aplica¸˜es sens´ co ıveis a contexto. PhD thesis, entre sistema e servi¸os. c Instituto de Ciˆncias Matem´ticas e de Computa¸ao - e a c˜ ICMC-USP, 2006. 4. CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS [6] F. Domingues. Computa¸ao ub´ c˜ ıqua 2008, 2008. Ap´s o estudo das metodologias apresentadas neste artigo, o [7] R. Grimm. One.world: Experiences with a pervasive ´ poss´ e ıvel perceber um razo´vel grau de imaturidade das a computing architecture. Pervasive computing, 2004. mesmas. Tendo em vista que a computa¸ao ub´ c˜ ıqua ainda [8] J. M. Rubio. Knowledge management in the ´ muito recente e que novas metodologias est˜o surgindo, e a ubiquitous software development. In First sem que se tenha havido tempo suficiente para coloc´-las a International Workshop on Knowledge Discovery and em pr´tica a larga escala, ainda ´ cedo para um palpite de a e Data Mining (WKDD 2008), pages 6–9. ACM, 2008. qual metodologia ter´ futuro promissor ou ser´ a mais usada. a a [9] D. Scalet. Mps.br - melhoria de processo do software brasileiro: Guia geral (vers˜o 1.2), 2007. a 4.1 Vantagens e Desvantagens [10] M. Weiser. The computer for the 21st century. Ao longo do artigo ´ poss´ perceber que as metodologias e ıvel Scientific American, 265:94–104, Setembro 1991. para computa¸˜o ub´ ca ıqua apresentadas fazem uso de mode-