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Tema III - Estrutura e dinâmica da Geosfera Métodos para o estudo do interior da geosfera 16.1
Situação problema As ilhas vulcânicas do arquipélago açoriano situam--se num enquadramento tectónico muito particular –a Junção Tripla dos Açores 2
3
A geodinâmica associada ao arquipélago dos Açores está condicionada pela junção tripla entre as placas litosféricas Norte-americana, Euroasiática e Africana 4
O Rifte da Terceira, uma zona de expansão oceânica perpendicular à Dorsal Médio-Oceânica, passa pela ilha Graciosa, pela ilha Terceira e pela parte ocidental da ilha de São Miguel. 5
O Rifte da Terceira faz parte de um limite tectónico mais amplo - a fronteira entre as placas Euroasiática e Africana - designado Falha Açores-Gibraltar. 6
O limite entre estas duas placas é complexo 7
Por sua vez, a Dorsal Médio-Atlântica é cortada por diversas falhas activas. 8
Dado o seu enquadramento geotectónico, a região dos Açores apresenta importante actividade vulcânica e sísmica  9
10
Os Açores situam-se num quadro tectónico original, que confere a essas ilhas uma geodinâmica muito activa, nomeadamente no que se refere ao vulcanismo e à sismicidade.  Não parece haver uma estrutura tectónica única e bem definida entre a placa Euro-asiática e a placa Africana na região dos Açores, mas antes uma larga faixa de acomodação das tensões entre estas duas placas. 11
Os geólogos consideram que o vulcanismo açoriano poderá não estar associado à dorsal médio-Atlântica, mas às falhas que delimitam a microplaca.  O magma ascenderá por estas falhas compondo aparelhos vulcânicos, que  são inicialmente submarinos, podendo formar ilhas quando o volume de material emitido é elevado.  12
Métodos para o estudo do interior da geosfera 13
14
Métodos directos Exploração de jazidas minerais em minas e escavações Observação e estudo directo da superfície visível Métodos  directos Sondagens Magmas e xenólitos 15
Métodos directos Permitem recolher informações sobre o interior da Terra. No entanto estas informações limitam-se apenas a alguns metros de profundidade A exploração de jazidas minerais em minas 16
17
Métodos directos Permite-nos concluir acerca da existência de dobras ou de falhas, qual o tipo de rocha e respectiva idade. Estas observações limitam-se a poucos metros de profundidade. Observação directa da superfície terrestre 18
Métodos directos permitem retirar colunas de rochas relativas a milhões de anos de história da Terra.  Conseguimos determinar qual a rocha e a sua idade; A presença ou ausência de falhas e dobras. Sondagens 19
20
Península de Kola,     12 023 m;  Pacífico central, 2000m sob fundo oceânico a -3000m de profundidade.   21
Métodos directos Permite atingir maior profundidade Tarolos de sondagem Sondagens 22
23
Métodos directos Os furos de sondagem para exploração petrolífera que ultrapassam os 1700 m de profundidade designam-se furos profundos. Furos de sondagem 24
As sondagens não podem atingir profundidades elevadas devido a razões técnicas e financeiras. 25
26
Perfurar a Terra até aos 7 mil metros - Expedição ChikyuHakken 27
A temperatura e a pressão aumentam com a profundidade e os materiais utilizados teriam que conseguir resistir a estas condições. http://www.jamstec.go.jp/chikyu/eng/ChikyuImages/science.html 28
Métodos directos Fornece-nos importantes informações sobre o interior da Terra, até cerca de 150Km de profundidade. Um vulcão quando entra em actividade lança para o exterior materiais que se encontram no interior da Terra. A análise desses materiais permite-nos conhecer a composição da parte superior da crosta terrestre. Actividade vulcânica 29
Métodos directos Um vulcão não nos fornece apenas a lava como fonte de estudo, mas também fragmentos da chaminé e da câmara magmática - xenólitos Actividade vulcânica Xenólitos 30
31
Tectónica de placas Nos limites convergentes de placas, as forças de compressão, actuando durante dezenas de milhões de anos, são capazes de criar deformações da litosfera tão intensas, que vestígios de um fundo oceânico podem surgir no alto de uma montanha, a milhares de metros de altitude 32
Ofiólito Sequência rochosa típica de crusta oceânica. Um ofiolito apresenta da base para o topo, a seguinte sucessão: a) rochas residuais, normalmente peridotitos.b) cumulados de rochas ultramáficas e máficas (peridotitos, piroxenitos e gabros, respectivamente).c) diques verticais (sheeted diques).d) rochas vulcânicas basálticas, que tendem a apresentar estrutura em lavas em almofada (pillow lavas).e) rochas sedimentares pelágicas, tais como, calcários, entre outros. 33
Os ofiólitos ocorrem à superfície por acção dos processos tectónicos de obducção, podendo ser encontrados afloramentos ofiolíticos a grandes altitudes, fazendo parte de cadeias montanhosas.  34

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16.1 Métodos Directos

  • 1. Tema III - Estrutura e dinâmica da Geosfera Métodos para o estudo do interior da geosfera 16.1
  • 2. Situação problema As ilhas vulcânicas do arquipélago açoriano situam--se num enquadramento tectónico muito particular –a Junção Tripla dos Açores 2
  • 3. 3
  • 4. A geodinâmica associada ao arquipélago dos Açores está condicionada pela junção tripla entre as placas litosféricas Norte-americana, Euroasiática e Africana 4
  • 5. O Rifte da Terceira, uma zona de expansão oceânica perpendicular à Dorsal Médio-Oceânica, passa pela ilha Graciosa, pela ilha Terceira e pela parte ocidental da ilha de São Miguel. 5
  • 6. O Rifte da Terceira faz parte de um limite tectónico mais amplo - a fronteira entre as placas Euroasiática e Africana - designado Falha Açores-Gibraltar. 6
  • 7. O limite entre estas duas placas é complexo 7
  • 8. Por sua vez, a Dorsal Médio-Atlântica é cortada por diversas falhas activas. 8
  • 9. Dado o seu enquadramento geotectónico, a região dos Açores apresenta importante actividade vulcânica e sísmica 9
  • 10. 10
  • 11. Os Açores situam-se num quadro tectónico original, que confere a essas ilhas uma geodinâmica muito activa, nomeadamente no que se refere ao vulcanismo e à sismicidade. Não parece haver uma estrutura tectónica única e bem definida entre a placa Euro-asiática e a placa Africana na região dos Açores, mas antes uma larga faixa de acomodação das tensões entre estas duas placas. 11
  • 12. Os geólogos consideram que o vulcanismo açoriano poderá não estar associado à dorsal médio-Atlântica, mas às falhas que delimitam a microplaca. O magma ascenderá por estas falhas compondo aparelhos vulcânicos, que são inicialmente submarinos, podendo formar ilhas quando o volume de material emitido é elevado. 12
  • 13. Métodos para o estudo do interior da geosfera 13
  • 14. 14
  • 15. Métodos directos Exploração de jazidas minerais em minas e escavações Observação e estudo directo da superfície visível Métodos directos Sondagens Magmas e xenólitos 15
  • 16. Métodos directos Permitem recolher informações sobre o interior da Terra. No entanto estas informações limitam-se apenas a alguns metros de profundidade A exploração de jazidas minerais em minas 16
  • 17. 17
  • 18. Métodos directos Permite-nos concluir acerca da existência de dobras ou de falhas, qual o tipo de rocha e respectiva idade. Estas observações limitam-se a poucos metros de profundidade. Observação directa da superfície terrestre 18
  • 19. Métodos directos permitem retirar colunas de rochas relativas a milhões de anos de história da Terra. Conseguimos determinar qual a rocha e a sua idade; A presença ou ausência de falhas e dobras. Sondagens 19
  • 20. 20
  • 21. Península de Kola, 12 023 m; Pacífico central, 2000m sob fundo oceânico a -3000m de profundidade. 21
  • 22. Métodos directos Permite atingir maior profundidade Tarolos de sondagem Sondagens 22
  • 23. 23
  • 24. Métodos directos Os furos de sondagem para exploração petrolífera que ultrapassam os 1700 m de profundidade designam-se furos profundos. Furos de sondagem 24
  • 25. As sondagens não podem atingir profundidades elevadas devido a razões técnicas e financeiras. 25
  • 26. 26
  • 27. Perfurar a Terra até aos 7 mil metros - Expedição ChikyuHakken 27
  • 28. A temperatura e a pressão aumentam com a profundidade e os materiais utilizados teriam que conseguir resistir a estas condições. http://www.jamstec.go.jp/chikyu/eng/ChikyuImages/science.html 28
  • 29. Métodos directos Fornece-nos importantes informações sobre o interior da Terra, até cerca de 150Km de profundidade. Um vulcão quando entra em actividade lança para o exterior materiais que se encontram no interior da Terra. A análise desses materiais permite-nos conhecer a composição da parte superior da crosta terrestre. Actividade vulcânica 29
  • 30. Métodos directos Um vulcão não nos fornece apenas a lava como fonte de estudo, mas também fragmentos da chaminé e da câmara magmática - xenólitos Actividade vulcânica Xenólitos 30
  • 31. 31
  • 32. Tectónica de placas Nos limites convergentes de placas, as forças de compressão, actuando durante dezenas de milhões de anos, são capazes de criar deformações da litosfera tão intensas, que vestígios de um fundo oceânico podem surgir no alto de uma montanha, a milhares de metros de altitude 32
  • 33. Ofiólito Sequência rochosa típica de crusta oceânica. Um ofiolito apresenta da base para o topo, a seguinte sucessão: a) rochas residuais, normalmente peridotitos.b) cumulados de rochas ultramáficas e máficas (peridotitos, piroxenitos e gabros, respectivamente).c) diques verticais (sheeted diques).d) rochas vulcânicas basálticas, que tendem a apresentar estrutura em lavas em almofada (pillow lavas).e) rochas sedimentares pelágicas, tais como, calcários, entre outros. 33
  • 34. Os ofiólitos ocorrem à superfície por acção dos processos tectónicos de obducção, podendo ser encontrados afloramentos ofiolíticos a grandes altitudes, fazendo parte de cadeias montanhosas. 34