SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 30
ADAPTADO DO PROFº FÁBIO AUGUSTO BRUGNEROTTO
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
FATERN/GAMA FILHO
AULA: 01
INTRODUÇÃO À SAÚDE PÚBLICA - PROFESSORA: SANDRA BEZERRIL
Brasil Colônia (1500 - 1889)
A “priori” o Brasil dava ilusão de paraíso terreno. A
beleza e a grandiosidade das paisagens, a riqueza da
alimentação, a pureza das águas e o clima ameno
combinavam, aos olhos do europeu, com a saúde dos
habitantes do Novo Mundo.
Essa visão durou pouco, no séc. XVII a colônia
portuguesa era identifica com o “inferno”, onde os
colonizadores brancos e os escravos tinham poucas
chances de sobrevivência.
Continuação:
Principais doenças: Varíola, Febre amarela e cólera.
Condições precárias: poucos médicos (europeus),
tratamento feito pelos curandeiros e/ou padres. Não
existia saneamento básico
Principal justificativa das epidemias: “Miasmas.”
Brasil República
1889
Principal idéia: Modernizar o Brasil: “Ordem e
Progresso” sob o lema do positivismo (sistema
filosófico que afirma que o conhecimento científico se
limita à descrição dos fatos observados e
experimentados. Pretendia reformar o Estado e a
sociedade sob o domínio da Ciência).
A Medicina
Moderna
Louis Pasteur (1882 - 1878): Bacteriologia
Claude Bernard (1813 – 1878): Fisiologia
Resistência das primeiras Faculdades de Medicina no
Brasil (Rio e Bahia).
No Brasil cria-se um novo campo do conhecimento,
voltado para o estudo e a prevenção das doenças e
para o desenvolvimento de formas de atuação nos
surtos epidêmicos: A Saúde Pública.
Saúde
Pública
Entre 1800 e 1900, o Rio de Janeiro e as principais
cidades brasileiras continuaram a ser assaltadas por
varíola e febre amarela e ainda por peste bubônica,
Febre tifóide e cólera, que mataram milhares de
pessoas;
Onda Higienista: financiada pelo Estado, esse
movimento é conhecido como o nascimento da
Política de Saúde Brasileira que foi descrita com as
Políticas Sociais.
Processo
Civilatório:
Os lucros produzidos pelo café foram parcialmente
aplicados nas cidades. Isso favoreceu a
industrialização, a expansão das atividades
comerciais e o aumento acelerado da população
urbana, engrossada pela chegada dos imigrantes
desde o final do século XIX.
Característica das idéias da medicina européia
imposta ao Brasil (oligarquia).
Continuaçã
o:
Interesses e financiamento pelos grandes
latifundiários, com o foco nas capitais.
Fiscalização mais efetiva para evitar doenças infecto
contagiosa.
Construção do processo de hegemonização ao trato
da doença e cura(médicos institucionalizados).
A Era dos
Institutos
1892 – Criação de laboratórios: Bacteriológico
Vacinogênico e de Análises Clínicas e Farmacêuticas.
Ampliados logo depois, transformaram-se,
respectivamente, nos institutos Butantã, biológico e
bacteriológico (Adolfo Lutz).
1899 – Instituto Soroterápico de Manguinnhos
1903 – Contratação de pesquisadores estrangeiros.
1908 – Instituo Oswaldo Cruz.
A Doença de Chagas
1909 Descoberta do agente causador da doença de
chagas (Tripanosoma Cruzi);
“Jeca Tatu” representava o cabloco brasileiro. Era um
homem fraco e desanimado, cujas as enfermidades o
impediam de participar no esforço de fazer o Brasil
progredir;
Situação muito grave no Brasil em conseqüência da
grande migração e pobreza no país.
Princípios da Eugenia
Ciência que estuda as características raciais dos
grupos humanos. No início do século, afirmava que os
brancos eram os mais perfeitos representantes da
espécie humana; as demais raças teriam alguma dose
de inferioridade biológica;
1904 – revolta da Vacina (contra o modelo social
preconceituoso);
Gripe espanhola (1918) - Ricos e pobres foram
envolvidos na mesma calamidade.
A Era Vargas (1930 –
1945)
Ministério da educação e saúde
Compromisso de zelar pelo bem-estar sanitário da
população.
Centralização da Saúde.
Estado novo 1937 – Caixa de aposentadoria e
pensões e os institutos de previdência. (questão da
tuberculose).
Continuaçã
o:
 Atuação do governo na questão da saúde era
considerada avançada se comparada com a anterior;
1943, criada a CLT Consolidação das leis do trabalho.
Assistência médica, licença remunerada, gestante
trabalhadora e a jornada de trabalho de oito horas;
Educação em saúde (higienização).
Base
Eugênica
Fascismo: Doutrina política e corrente ideológica que
defendem a criação de um regime ditatorial e
antidemocrático baseado na supremacia do Estado
sobre a sociedade.
Benito Mussolini instaurou o regime fascista na Itália
1922.
Ariano: Raça superior
Nazismo: Hitler 1933.
Influências na Administração de
Vargas
Mudanças de abordagem a partir de 1942. Base
Norte-americana, processo de americanização.
Controle das doenças epidêmicas nos grandes centros
urbanos do sudeste e do Sul do país. Por outro lado,
cresceram as chamadas doenças de massa.
Fundação Rockefeller. (hospitalocêntrico)
Democratização e Saúde (1945 –
1964)
Período conhecido como o da redemocratização:
marcado pelas eleições diretas para os principais
cargos políticos, pelo pluripartidarismo e pela
liberdade de atuação da imprensa, das agremiações
políticas e sindicatos.
Criação do Ministério da saúde, porém com problemas
estruturais e de receita
Continuaçã
o:
Infecção da malária;
Intervenção da (OPAS), órgão regional da Organização
Mundial da Saúde;
Dificuldades técnicas e operacionais e o clientelismo;
Da receita curta previdenciária a pressão da classe
médica;
Lei orgânica da Previdência Social (LLOPS).
Medicina e
Política
O exercício da medicina deixou de ser entendido
apenas como utilização de técnicas voltadas para
melhorar a saúde da população, sem qualquer relação
social. Prática social capacitada para lutar.
João Goulart, comprometido com o programa de
REFORMA DE BASE.
Ricos versus pobres.
A Saúde No Regime Militar de 1964
31 de março de 1964 fim a democracia populista.
Combater o avanço comunista, corrupção e garantir a
segurança.
Regime tecnocrata (Econômico e técnico);
Milagre brasileiro (PIB);
Evolução da Medicina: Esporte e rendimento.
Continuaçã
o:
Tempo do Brasil Grande e das frases de efeito
patriótico como: Brasil, ame-o ou deixe-o e Ninguém
segura este país.
É também os tempos duros da repressão política e
policial, do desrespeito aos direitos humanos e do
aviltamentos dos direitos de cidadania.
Saúde na Ditadura
Militar
Receita diminuída para o ministério da Saúde;
A individualização da saúde pública;
Epidemias silenciosas (meningite e Dengue);
Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
(Unificação privatista e corrupção);
Ministério da Previdência e Assistência social (MPAS).
( Nova promessa).
Ainda na
“Ditadura”
1974 Dataprev;
PPA – Plano de Pronta Ação, casos de urgência;
1975 – Sistema Nacional de saúde, mais uma
tentativa;
1976 – Salário a insalubridade para as atividades
arriscadas;
Problemas estruturais do modelo social (leucopenia).
Saúde um Bom Negócio para o
Estrangeiro
Entrada do capital estrangeiro;
As classes médias privilegiadas com o “milagre
econômico”, encontraram nas companhias de seguro-
saúde o caminho de acesso ao atendimento rápido e
eficiente;
Caso Golden Cross;
Indústria Farmacêutica.
A saúde nos anos 80
e 90
Falência do regime militar (inflação);
Crise econômica;
Surtos de cólera e Dengue e altos índices de pessoas
atingidas por tuberculose, doença de Chagas e
doenças mentais, confirmando a permanência história
do trágico estado da saúde popular.
Continuação
:
Na década de 80, os projetos identificados pelas
siglas PREV-SAÚDE, CONASP e AIS mantiveram
sempre a mesma proposta: reorganizar de forma
racional as atividades de proteção e tratamento da
saúde individual e coletiva, evitar as fraudes e lutar
contra o monopólio das empresas particulares de
saúde.
SUDS/SU
S
Movimento sanitarista (ABRASCO, CEBES);
Direito Universal à Saúde;
Acesso à assistência médico-sanitária é direito do
cidadão e dever do Estado;
Constituição de 1988.
SUDS – Integração de todos os serviços de saúde,
públicos particulares, deveria constituir uma rede
hierarquiza e regionalizada, com a participação da
comunidade na administração das unidades locais.
O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS
De concreto houve apenas a integração, mesmo que
imperfeita, dos serviços mantidos pelo Estado, sem a
participação das empresas particulares. Surgiu assim
o Sistema Unificado de Saúde (SUS), encarregado de
organizar, no plano regional, as ações do Ministério da
Saúde, do INAMPS e dos serviços de saúde estaduais
e municipais.
Mas os Problemas Permanecem...
Desigualdade social;
Desigualdade regional;
Subnutrição e falta de saneamento;
Ainda assistimos a um processo que se perpetua pela
falta de efetividade e não de idéias. No Brasil,
enquanto perpetuar o modelo de apropriação do
“homem pelo homem” o acesso a saúde ainda é uma
utopia.
Saúde a Partir do Ano 2000
É preciso ressaltar que a proteção a saúde depende
sobretudo das decisões políticas. É a participação da
sociedade o elemento mais importante para garantira
a melhoria da saúde no país, através da concretização
das intenções que por enquanto são apenas
propostas. Somando esses fatores, talvez ainda seja
possível que, até o ano 200, o Brasil cumpra uma
parcela importante do compromisso selado com OMS
(FILHO,1995).
FIM

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

vigilância epidemiológica
vigilância epidemiológica vigilância epidemiológica
vigilância epidemiológica Gladyanny Veras
 
Saúde pública no Brasil
Saúde pública no BrasilSaúde pública no Brasil
Saúde pública no BrasilAndreia Morais
 
Entidades de classes - Enfermagem
Entidades de classes - EnfermagemEntidades de classes - Enfermagem
Entidades de classes - EnfermagemPedro Miguel
 
SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAO
SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAOSISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAO
SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAOJorge Samuel Lima
 
Aula 1 politicas de saude no brasil
Aula 1   politicas de saude no brasilAula 1   politicas de saude no brasil
Aula 1 politicas de saude no brasilkellyschorro18
 
Aula promoao a saude
Aula promoao a saudeAula promoao a saude
Aula promoao a saudedavinci ras
 
Programa nacional de atenção integral à saúde da Mulher
Programa nacional de atenção integral à saúde da MulherPrograma nacional de atenção integral à saúde da Mulher
Programa nacional de atenção integral à saúde da MulherFernanda Marinho
 
Sistematização da assistência de enfermagem
Sistematização da assistência de enfermagemSistematização da assistência de enfermagem
Sistematização da assistência de enfermagemDanilo Nunes Anunciação
 
Slide Vigilância Epidemiológica
Slide Vigilância EpidemiológicaSlide Vigilância Epidemiológica
Slide Vigilância EpidemiológicaIlca Rocha
 
Saúde Pública aula 1
Saúde Pública aula 1Saúde Pública aula 1
Saúde Pública aula 1profsempre
 
Programa nacional de imunizacao pni-aula-nadja
Programa nacional de imunizacao pni-aula-nadjaPrograma nacional de imunizacao pni-aula-nadja
Programa nacional de imunizacao pni-aula-nadjaNadja Salgueiro
 

La actualidad más candente (20)

Lei 8080.90
Lei 8080.90Lei 8080.90
Lei 8080.90
 
vigilância epidemiológica
vigilância epidemiológica vigilância epidemiológica
vigilância epidemiológica
 
Saúde pública no Brasil
Saúde pública no BrasilSaúde pública no Brasil
Saúde pública no Brasil
 
Entidades de classes - Enfermagem
Entidades de classes - EnfermagemEntidades de classes - Enfermagem
Entidades de classes - Enfermagem
 
SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAO
SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAOSISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAO
SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAO
 
A Reforma Sanitária Brasileira
A Reforma Sanitária BrasileiraA Reforma Sanitária Brasileira
A Reforma Sanitária Brasileira
 
Aula 1 politicas de saude no brasil
Aula 1   politicas de saude no brasilAula 1   politicas de saude no brasil
Aula 1 politicas de saude no brasil
 
Aula promoao a saude
Aula promoao a saudeAula promoao a saude
Aula promoao a saude
 
Programa nacional de atenção integral à saúde da Mulher
Programa nacional de atenção integral à saúde da MulherPrograma nacional de atenção integral à saúde da Mulher
Programa nacional de atenção integral à saúde da Mulher
 
Aula 3 - SUS
Aula 3 - SUSAula 3 - SUS
Aula 3 - SUS
 
Sistematização da assistência de enfermagem
Sistematização da assistência de enfermagemSistematização da assistência de enfermagem
Sistematização da assistência de enfermagem
 
Slide Vigilância Epidemiológica
Slide Vigilância EpidemiológicaSlide Vigilância Epidemiológica
Slide Vigilância Epidemiológica
 
SUS - Aula
SUS - AulaSUS - Aula
SUS - Aula
 
Saúde Pública aula 1
Saúde Pública aula 1Saúde Pública aula 1
Saúde Pública aula 1
 
Processo saúde doença
Processo saúde doençaProcesso saúde doença
Processo saúde doença
 
História da Saúde Pública no Brasil
História da Saúde Pública no BrasilHistória da Saúde Pública no Brasil
História da Saúde Pública no Brasil
 
Atenção Primária à Saúde
Atenção Primária à SaúdeAtenção Primária à Saúde
Atenção Primária à Saúde
 
Slides grupo8
Slides grupo8Slides grupo8
Slides grupo8
 
Programa nacional de imunizacao pni-aula-nadja
Programa nacional de imunizacao pni-aula-nadjaPrograma nacional de imunizacao pni-aula-nadja
Programa nacional de imunizacao pni-aula-nadja
 
História da saúde no brasil parte 1
História da saúde no brasil  parte 1História da saúde no brasil  parte 1
História da saúde no brasil parte 1
 

Similar a Aula 2 -_histria_da_sade_pblica_no_brasil

Organização e funcionamento do SUS
Organização e funcionamento do SUSOrganização e funcionamento do SUS
Organização e funcionamento do SUSJaime Freitas
 
Aula-Início-da-Saúde-no-Brasil.pptx
Aula-Início-da-Saúde-no-Brasil.pptxAula-Início-da-Saúde-no-Brasil.pptx
Aula-Início-da-Saúde-no-Brasil.pptxWanessaSales6
 
FACULDADE DE PARA DE MINAS.docx
FACULDADE DE PARA DE MINAS.docxFACULDADE DE PARA DE MINAS.docx
FACULDADE DE PARA DE MINAS.docxTaisdeJesusSantos
 
Síntese Politica de Saúde Pública
Síntese Politica de Saúde PúblicaSíntese Politica de Saúde Pública
Síntese Politica de Saúde PúblicaSebástian Freire
 
Evolução Histórica daSaúde, Constituição
Evolução Histórica daSaúde, ConstituiçãoEvolução Histórica daSaúde, Constituição
Evolução Histórica daSaúde, ConstituiçãoKaiannyFelix
 
Matriz das Políticas de Saúde no Brasil
Matriz das Políticas de Saúde no Brasil Matriz das Políticas de Saúde no Brasil
Matriz das Políticas de Saúde no Brasil Helenice Alexandrino
 
1ª história da saúde pública
1ª   história da saúde pública1ª   história da saúde pública
1ª história da saúde públicaHamilton Reis Reis
 
Saúde Pública Grupo 2
Saúde Pública Grupo 2Saúde Pública Grupo 2
Saúde Pública Grupo 2ANDRESSA-LOPES
 
A saúde coletiva no brasil slides atual 2.1 (1)
A saúde coletiva no brasil slides atual 2.1 (1)A saúde coletiva no brasil slides atual 2.1 (1)
A saúde coletiva no brasil slides atual 2.1 (1)ANDRESSA-LOPES
 
Políticas e práticas em saúde coletiva (2)
Políticas e práticas em saúde coletiva (2)Políticas e práticas em saúde coletiva (2)
Políticas e práticas em saúde coletiva (2)Feernascimento
 
Política de saúde no Brasil
Política de saúde no Brasil Política de saúde no Brasil
Política de saúde no Brasil Ismael Costa
 

Similar a Aula 2 -_histria_da_sade_pblica_no_brasil (20)

Organização e funcionamento do SUS
Organização e funcionamento do SUSOrganização e funcionamento do SUS
Organização e funcionamento do SUS
 
Aula-Início-da-Saúde-no-Brasil.pptx
Aula-Início-da-Saúde-no-Brasil.pptxAula-Início-da-Saúde-no-Brasil.pptx
Aula-Início-da-Saúde-no-Brasil.pptx
 
FACULDADE DE PARA DE MINAS.docx
FACULDADE DE PARA DE MINAS.docxFACULDADE DE PARA DE MINAS.docx
FACULDADE DE PARA DE MINAS.docx
 
Síntese Politica de Saúde Pública
Síntese Politica de Saúde PúblicaSíntese Politica de Saúde Pública
Síntese Politica de Saúde Pública
 
Evolução Histórica daSaúde, Constituição
Evolução Histórica daSaúde, ConstituiçãoEvolução Histórica daSaúde, Constituição
Evolução Histórica daSaúde, Constituição
 
Matriz das Políticas de Saúde no Brasil
Matriz das Políticas de Saúde no Brasil Matriz das Políticas de Saúde no Brasil
Matriz das Políticas de Saúde no Brasil
 
1ª história da saúde pública
1ª   história da saúde pública1ª   história da saúde pública
1ª história da saúde pública
 
Slide da apresentação
Slide da apresentaçãoSlide da apresentação
Slide da apresentação
 
Saúde Pública
Saúde PúblicaSaúde Pública
Saúde Pública
 
Saúde pública
Saúde públicaSaúde pública
Saúde pública
 
Saúde Pública Grupo 2
Saúde Pública Grupo 2Saúde Pública Grupo 2
Saúde Pública Grupo 2
 
Saúde pública
Saúde públicaSaúde pública
Saúde pública
 
Saúde pública
Saúde públicaSaúde pública
Saúde pública
 
A saúde coletiva no brasil slides atual 2.1 (1)
A saúde coletiva no brasil slides atual 2.1 (1)A saúde coletiva no brasil slides atual 2.1 (1)
A saúde coletiva no brasil slides atual 2.1 (1)
 
Saúde pública
Saúde públicaSaúde pública
Saúde pública
 
Políticas e práticas em saúde coletiva (2)
Políticas e práticas em saúde coletiva (2)Políticas e práticas em saúde coletiva (2)
Políticas e práticas em saúde coletiva (2)
 
Saúde pública
Saúde públicaSaúde pública
Saúde pública
 
Saúde pública
Saúde públicaSaúde pública
Saúde pública
 
Saude pública.
Saude pública.Saude pública.
Saude pública.
 
Política de saúde no Brasil
Política de saúde no Brasil Política de saúde no Brasil
Política de saúde no Brasil
 

Aula 2 -_histria_da_sade_pblica_no_brasil

  • 1. ADAPTADO DO PROFº FÁBIO AUGUSTO BRUGNEROTTO HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL FATERN/GAMA FILHO AULA: 01 INTRODUÇÃO À SAÚDE PÚBLICA - PROFESSORA: SANDRA BEZERRIL
  • 2. Brasil Colônia (1500 - 1889) A “priori” o Brasil dava ilusão de paraíso terreno. A beleza e a grandiosidade das paisagens, a riqueza da alimentação, a pureza das águas e o clima ameno combinavam, aos olhos do europeu, com a saúde dos habitantes do Novo Mundo. Essa visão durou pouco, no séc. XVII a colônia portuguesa era identifica com o “inferno”, onde os colonizadores brancos e os escravos tinham poucas chances de sobrevivência.
  • 3. Continuação: Principais doenças: Varíola, Febre amarela e cólera. Condições precárias: poucos médicos (europeus), tratamento feito pelos curandeiros e/ou padres. Não existia saneamento básico Principal justificativa das epidemias: “Miasmas.”
  • 4. Brasil República 1889 Principal idéia: Modernizar o Brasil: “Ordem e Progresso” sob o lema do positivismo (sistema filosófico que afirma que o conhecimento científico se limita à descrição dos fatos observados e experimentados. Pretendia reformar o Estado e a sociedade sob o domínio da Ciência).
  • 5. A Medicina Moderna Louis Pasteur (1882 - 1878): Bacteriologia Claude Bernard (1813 – 1878): Fisiologia Resistência das primeiras Faculdades de Medicina no Brasil (Rio e Bahia). No Brasil cria-se um novo campo do conhecimento, voltado para o estudo e a prevenção das doenças e para o desenvolvimento de formas de atuação nos surtos epidêmicos: A Saúde Pública.
  • 6. Saúde Pública Entre 1800 e 1900, o Rio de Janeiro e as principais cidades brasileiras continuaram a ser assaltadas por varíola e febre amarela e ainda por peste bubônica, Febre tifóide e cólera, que mataram milhares de pessoas; Onda Higienista: financiada pelo Estado, esse movimento é conhecido como o nascimento da Política de Saúde Brasileira que foi descrita com as Políticas Sociais.
  • 7. Processo Civilatório: Os lucros produzidos pelo café foram parcialmente aplicados nas cidades. Isso favoreceu a industrialização, a expansão das atividades comerciais e o aumento acelerado da população urbana, engrossada pela chegada dos imigrantes desde o final do século XIX. Característica das idéias da medicina européia imposta ao Brasil (oligarquia).
  • 8. Continuaçã o: Interesses e financiamento pelos grandes latifundiários, com o foco nas capitais. Fiscalização mais efetiva para evitar doenças infecto contagiosa. Construção do processo de hegemonização ao trato da doença e cura(médicos institucionalizados).
  • 9. A Era dos Institutos 1892 – Criação de laboratórios: Bacteriológico Vacinogênico e de Análises Clínicas e Farmacêuticas. Ampliados logo depois, transformaram-se, respectivamente, nos institutos Butantã, biológico e bacteriológico (Adolfo Lutz). 1899 – Instituto Soroterápico de Manguinnhos 1903 – Contratação de pesquisadores estrangeiros. 1908 – Instituo Oswaldo Cruz.
  • 10. A Doença de Chagas 1909 Descoberta do agente causador da doença de chagas (Tripanosoma Cruzi); “Jeca Tatu” representava o cabloco brasileiro. Era um homem fraco e desanimado, cujas as enfermidades o impediam de participar no esforço de fazer o Brasil progredir; Situação muito grave no Brasil em conseqüência da grande migração e pobreza no país.
  • 11. Princípios da Eugenia Ciência que estuda as características raciais dos grupos humanos. No início do século, afirmava que os brancos eram os mais perfeitos representantes da espécie humana; as demais raças teriam alguma dose de inferioridade biológica; 1904 – revolta da Vacina (contra o modelo social preconceituoso); Gripe espanhola (1918) - Ricos e pobres foram envolvidos na mesma calamidade.
  • 12. A Era Vargas (1930 – 1945) Ministério da educação e saúde Compromisso de zelar pelo bem-estar sanitário da população. Centralização da Saúde. Estado novo 1937 – Caixa de aposentadoria e pensões e os institutos de previdência. (questão da tuberculose).
  • 13. Continuaçã o:  Atuação do governo na questão da saúde era considerada avançada se comparada com a anterior; 1943, criada a CLT Consolidação das leis do trabalho. Assistência médica, licença remunerada, gestante trabalhadora e a jornada de trabalho de oito horas; Educação em saúde (higienização).
  • 14. Base Eugênica Fascismo: Doutrina política e corrente ideológica que defendem a criação de um regime ditatorial e antidemocrático baseado na supremacia do Estado sobre a sociedade. Benito Mussolini instaurou o regime fascista na Itália 1922. Ariano: Raça superior Nazismo: Hitler 1933.
  • 15. Influências na Administração de Vargas Mudanças de abordagem a partir de 1942. Base Norte-americana, processo de americanização. Controle das doenças epidêmicas nos grandes centros urbanos do sudeste e do Sul do país. Por outro lado, cresceram as chamadas doenças de massa. Fundação Rockefeller. (hospitalocêntrico)
  • 16. Democratização e Saúde (1945 – 1964) Período conhecido como o da redemocratização: marcado pelas eleições diretas para os principais cargos políticos, pelo pluripartidarismo e pela liberdade de atuação da imprensa, das agremiações políticas e sindicatos. Criação do Ministério da saúde, porém com problemas estruturais e de receita
  • 17. Continuaçã o: Infecção da malária; Intervenção da (OPAS), órgão regional da Organização Mundial da Saúde; Dificuldades técnicas e operacionais e o clientelismo; Da receita curta previdenciária a pressão da classe médica; Lei orgânica da Previdência Social (LLOPS).
  • 18. Medicina e Política O exercício da medicina deixou de ser entendido apenas como utilização de técnicas voltadas para melhorar a saúde da população, sem qualquer relação social. Prática social capacitada para lutar. João Goulart, comprometido com o programa de REFORMA DE BASE. Ricos versus pobres.
  • 19. A Saúde No Regime Militar de 1964 31 de março de 1964 fim a democracia populista. Combater o avanço comunista, corrupção e garantir a segurança. Regime tecnocrata (Econômico e técnico); Milagre brasileiro (PIB); Evolução da Medicina: Esporte e rendimento.
  • 20. Continuaçã o: Tempo do Brasil Grande e das frases de efeito patriótico como: Brasil, ame-o ou deixe-o e Ninguém segura este país. É também os tempos duros da repressão política e policial, do desrespeito aos direitos humanos e do aviltamentos dos direitos de cidadania.
  • 21. Saúde na Ditadura Militar Receita diminuída para o ministério da Saúde; A individualização da saúde pública; Epidemias silenciosas (meningite e Dengue); Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). (Unificação privatista e corrupção); Ministério da Previdência e Assistência social (MPAS). ( Nova promessa).
  • 22. Ainda na “Ditadura” 1974 Dataprev; PPA – Plano de Pronta Ação, casos de urgência; 1975 – Sistema Nacional de saúde, mais uma tentativa; 1976 – Salário a insalubridade para as atividades arriscadas; Problemas estruturais do modelo social (leucopenia).
  • 23. Saúde um Bom Negócio para o Estrangeiro Entrada do capital estrangeiro; As classes médias privilegiadas com o “milagre econômico”, encontraram nas companhias de seguro- saúde o caminho de acesso ao atendimento rápido e eficiente; Caso Golden Cross; Indústria Farmacêutica.
  • 24. A saúde nos anos 80 e 90 Falência do regime militar (inflação); Crise econômica; Surtos de cólera e Dengue e altos índices de pessoas atingidas por tuberculose, doença de Chagas e doenças mentais, confirmando a permanência história do trágico estado da saúde popular.
  • 25. Continuação : Na década de 80, os projetos identificados pelas siglas PREV-SAÚDE, CONASP e AIS mantiveram sempre a mesma proposta: reorganizar de forma racional as atividades de proteção e tratamento da saúde individual e coletiva, evitar as fraudes e lutar contra o monopólio das empresas particulares de saúde.
  • 26. SUDS/SU S Movimento sanitarista (ABRASCO, CEBES); Direito Universal à Saúde; Acesso à assistência médico-sanitária é direito do cidadão e dever do Estado; Constituição de 1988. SUDS – Integração de todos os serviços de saúde, públicos particulares, deveria constituir uma rede hierarquiza e regionalizada, com a participação da comunidade na administração das unidades locais.
  • 27. O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS De concreto houve apenas a integração, mesmo que imperfeita, dos serviços mantidos pelo Estado, sem a participação das empresas particulares. Surgiu assim o Sistema Unificado de Saúde (SUS), encarregado de organizar, no plano regional, as ações do Ministério da Saúde, do INAMPS e dos serviços de saúde estaduais e municipais.
  • 28. Mas os Problemas Permanecem... Desigualdade social; Desigualdade regional; Subnutrição e falta de saneamento; Ainda assistimos a um processo que se perpetua pela falta de efetividade e não de idéias. No Brasil, enquanto perpetuar o modelo de apropriação do “homem pelo homem” o acesso a saúde ainda é uma utopia.
  • 29. Saúde a Partir do Ano 2000 É preciso ressaltar que a proteção a saúde depende sobretudo das decisões políticas. É a participação da sociedade o elemento mais importante para garantira a melhoria da saúde no país, através da concretização das intenções que por enquanto são apenas propostas. Somando esses fatores, talvez ainda seja possível que, até o ano 200, o Brasil cumpra uma parcela importante do compromisso selado com OMS (FILHO,1995).
  • 30. FIM