A desigualdade social causa exclusão e violência no Brasil. Muitas crianças e jovens crescem em famílias precárias sem estrutura ou oportunidades, o que pode levá-los a se tornarem marginais ou desocupados. As autoridades precisam projetar uma vida mais digna para pessoas de baixa renda através de educação e trabalho para reduzir a desigualdade.
2. A Desigualdade Social
A desigualdade social acontece quando a distribuição de renda é feita de forma diferente sendo que a maior parte fica nas
mãos de poucos. No Brasil a desigualdade social é uma das maiores do mundo. Por esses acontecimentos existem jovens
vulneráveis hoje principalmente na classe de baixa renda, pois a exclusão social os torna cada vez mais supérfluos e
incapazes de ter uma vida digna. Muitos jovens de baixa renda crescem sem ter estrutura na família devido a uma série de
conseqüências causadas pela falta de dinheiro sendo: briga entre pais, discussões diárias, falta de estudo, ambiente familiar
precário, educação precária, más instalações, alimentação ruim, entre outros.
A desigualdade social tem causado o crescimento de crianças e jovens sem preparação para a vida e muitos deles não
conseguem oportunidades e acabam se tornando marginais ou desocupados, às vezes não porque querem, mas sim por não
sobrarem alternativas. Outro fator que agrava essa situação é a violência que cresce a cada dia.
Podemos perceber que o ódio que faz com que uma pessoa se torne violenta sempre tem razões anteriores. Na maioria das
vezes que vemos depoimentos de pessoas envolvidas com violência, as mesmas tiveram na infância situações onde o pai era
ausente ou se presente espancava a mãe, a miséria fazia com que os pais vendessem drogas por um prato de comida, pais
entregavam filhos para adoção ou até mesmo abandonavam os filhos ao invés de tentar reverter à situação. Alguns casos, as
pessoas hoje violentas foram vítimas de abuso sexual quando mais jovens e essa série de situações trazem uma ira e desejo
de vingança não só dos mal-feitores, mas também das autoridades que sabem de todos esses possíveis acontecimentos e não
tomam posição.
Hoje traficantes têm tomado o poder de algumas grandes cidades brasileiras e prejudicado cidadãos de bem com o intuito de
atingir as autoridades. A cada dia que passa pessoas são mortas, espancadas e abusadas para que alguém excluído do
mundo mostre que alguma coisa ele sabe fazer, mesmo que isso seja ruim.
O fato é que, as autoridades são as principais causadoras desse processo de desigualdade que causa exclusão e que gera
violência. É preciso que pessoas de alto escalão projetem uma vida mais digna e com oportunidades de conhecimento para
pessoas com baixa renda para que possam trabalhar e ter o sustento do lar entre outros.
3. Desigualdade Economica
A desigualdade econômica (chamada imprecisamente de
desigualdade social, que ela acaba por provocar) é um problema
que afeta atualmente a maioria dos países, mas principalmente
os países menos desenvolvidos. Isso se dá pela distribuição
desigual de renda de um país. A desigualdade social vem
acontecendo em todos os países e o Brasil é o oitavo país que
tem o maior indíce de desigualdade social e econômica no
mundo.
Em relação à posição econômica entre negros e brancos, pôde-
se constatar que 60% dos pobres no Brasil são constituídos por
negros. Além disso, dentre as pessoas consideradas como
indigentes 70% são negros.
De um modo geral, de acordo com os dados da pesquisa, 50%
das pessoas negras ou pardas são pobres, enquanto que apenas
25% dos brancos apresentam a mesma condição social.
4. Políticas de Combate a desigualdade social
Políticas de combate a desigualdade Social
Para o enfrentamento da pobreza como insuficiência de desenvolvimento, são necessárias políticas universais na área social, no
entanto, há a necessidade de adotar políticas sociais locais voltadas ao desenvolvimento, pois, para desenvolver é preciso
crescer de maneira sustentável. Quando se fala aqui em desenvolvimento, fala-se em desenvolvimento socioeconômico, melhoria
de vida para a sociedade como um todo, em especial para a sociedade menos favorecida economicamente.
Muitos outros fatores são colocados como de fundamental importância para que se chegue a uma sociedade mais justa e
solidária. No entanto, a má formulação de algumas políticas leva a maiores desigualdades e concentrações, realidade essa
enfrentada fortemente pelos países de terceiro mundo.
As políticas de exportações de produtos agrícolas são comprovadamente responsáveis por grande parte da pobreza e exclusão
social, em especial nas zonas rurais, pois, conforme demonstra Strahn (1992), a prática de exportação desses produtos agrava
frequentemente o abastecimento da população local, tendo também outro agravante, os produtores são extremamente mal
remunerados pela sua produção.
Um exemplo importante citado por Strahn (1992) foi o da cultura de soja para a exportação, que em 1982 em 8,2 milhões de
hectares de terra era produzido soja suficiente para a produção de forragem para a engorda de 40 milhões de porcos, se nesta
mesma área fosse cultivado feijão, seria suficiente para a alimentação de 35 milhões de brasileiros ou com a produção de milho
cobriria as necessidades de 59 milhões de brasileiros.
Observando o exposto acima, verifica-se que o aumento da produção de alimentos não é suficiente para reduzir a pobreza e a
fome, para que isso aconteça é necessário que o diferencial de renda existente seja melhor distribuído, ou seja, os pobres e
excluídos precisam ter emprego e renda suficientes para sua sobrevivência, pois a fome não é simplesmente uma conseqüência
da falta de alimentos e sim de poder aquisitivo, o que afligi com mais freqüência os moradores de favelas, desempregados e
camponeses sem terra. (Strahn, 1992).
As favelas e periferias das grandes metrópoles vivem de perto esse problema econômico devido a dependência econômica
dessas, pois fornecem mão-de-obra barata para as metrópoles, e em contrapartida compram produtos caros. Devido ao baixo
poder aquisitivo dessa população, em relação à população das grandes cidades, são gerados outros problemas como a
criminalidade, que envolve em maior número a população jovem devido ao fato de não se conformarem com as desigualdades
enfrentadas.
O êxodo rural é também um dos grandes problemas que os países subdesenvolvidos tem enfrentado, pois, o número de
empregos nas cidades não cresce em proporções iguais ao crescimento do êxodo rural, e devido a isso se formam os “exércitos
indústrias de reserva,” que vem a contribuir para a diminuição dos salários e, conseqüentemente, para o aumento da pobreza e
exclusão social.
Para a correção dos problemas relacionados acima, decorrentes da exclusão social que grande parte da população brasileira
enfrenta, verifica-se então a necessidade de intervenção do Governo por meio de políticas distributivas. Conforme Franco (2000),
para maior eficiência das políticas e programas sociais, numa democracia, como é o caso do Brasil, uma das principais questões
a se colocar é uma maior participação da sociedade, pois, o papel de uma sociedade informada e atuante não é o de esperar tudo
do Estado, pois o Estado e a sociedade não podem ser considerados como compartimentos estanques, sendo importante a
participação da sociedade principalmente na área de fiscalização.