2. CONCEITOS
“quando uma rede de computadores conecta uma
rede de pessoas e organizações é uma rede
social” (Garton, Haythornthwaite, Wellman)
3. REDES SOCIAIS NÃO SÃO NOVIDADE
• Desde que o homem abandonou o nomadismo as redes sociais
evoluem.
• Com o surgimento da ideia de comunidade os laços sociais se
tornam mais fortes.
• A evolução da comunidade, até a criação do conceito de Estado,
reforça ainda mais a noção de pertencimento.
4. O TODO PELA PARTE
• Pensamento cartesiano (para entender o todo era
preciso analisar uma parte)
• Conceito de sistema – século XX (analisar o fenômeno
em sua totalidade )
• Teoria Geral dos Sistemas – tudo está interligado
(Ludwig Von Bertalanffy, 1975)
5. ARPANET
• Origens militares da Internet (Advanced Research
Projects Agency Network).
• Guerra Fria (Exterminador do Futuro)
• Fim do comando central – comando distribuído em rede
• Uso civil – ambiente universitário
• Minitel – âmbito francês
6. INTERNET
• Revolução na comunicação (= prensa de Gutemberg)
• Campo acadêmico (ruptura epistemológica?)
• Transformação social
• Acesso ainda restrito
7. O MEIO É A MENSAGEM
• Aldeia global (encurtamento de distância através dos
meios tecnológicos)
• Paradigma da televisão (transmissões via satélite a partir
dos 60s)
• Meios como extensão do corpo (vide celulares) não se
separa mais mensagens do meio
• Prótese técnica – pós humano (ciborgue, mutante)
• Mensagem é determinada muito mais pelo meio que a
veicula do que pelas intenções do emissor.
8. SOCIEDADE EM REDE
• Mercados interligados (volatilidade financeira,
globalização, transnacionalização corporativa)
• Comunicações definitivamente globalizadas
• Relações sociais mediadas por suportes tecnológicos
• Fluxos informacionais determinam as transformações*
“Nessas comunidades virtuais vivem duas populações muito diferentes: uma
pequena minoria de aldeões electrónicos que residem na fronteira electrónica e uma
multidão transitória para a qual suas incursões casuais equivalem à exploração de
várias existências na modalidade do efémero” (Castells, 1999)
* Para Castells a sociedade em rede não estabelece um determinismo tecnológico.
9. SOCIEDADE EM REDE
• A informação é a matéria-prima fundamental;
• A penetrabilidade dos efeitos das novas tecnologias: o
processamento de informação está presente em todos os domínios
do sistema económico-social;
• A lógica de redes: morfologia bem adaptada à crescente
complexidade das interacções e a modelos imprevisíveis de
desenvolvimento;
• A flexibilidade, entendida como a capacidade de reconfiguração
constante sem destruir a organização;
• A convergência de tecnologias específicas para um sistema
altamente integrado.
10. WEB 2.0
• Nova configuração da rede – todos para todos
• Modelo colaborativo
• Nova dinâmica do processo comunicacional (fim da
fórmula clássica emissor-mensagem-receptor)
• Fluxos informacionais multiplicados ao infinito
• Todos podem “produzir conteúdo” (não
necessariamente informação)
11. A REDE É A MENSAGEM
“Redes sociais tornaram‐se a nova mídia, em cima da
qual a informação circula, é filtrada e repassada;
conectada à conversação, onde é debatida, discutida e,
assim, gera a possibilidade de novas formas de
organização social baseadas em interesses das
coletividades” (Recuero, 2011).
Ou seja, as redes são o meio e a mensagem!
12. HORIZONTALIZAÇÃO DOS PROCESSOS COMUNICACIONAIS
• Modelo anterior
Poucos emissores – muitos receptores (comunicação verticalizada)
• Modelo atual
Número de emissores e receptores é potencialmente equilibrado
(comuicação horizontalizada)
• Democratização da infomação
13. ELEMENTOS DAS REDES SOCIAIS
• Atores – pessoas envolvidas na rede (nós)*
Impessoalização – os atores são os perfis, os blogs, fotologs, etc.
• Conexões
“Em termos gerais, as conexões em uma rede social são constituídas
pelos laços sociais, que, por sua vez, são formados através da
interação social entre os atores”. (Recuero, 2009)
• Interação: Matéria prima das redes sociais. Precisa do outro.
• Relações: variadas e diferentes das relações em outro contexto, são
elas que vão estabelecer os laços sociais.
14. ELEMENTOS DAS REDES SOCIAIS
• Laços socias - formados pelo contato, diálogo, proximidade,
fluxos de informação, etc.
(Adaptado de Recuero, 2009)
Tipo de laço Tipo de interação Exemplo
Laço associativo Interação reativa Decidir ser amigo de
alguém no Facebook,
enviar um link, etc.
Laço dialógico Interação mútua Conversar com alguém
no MSN, Facebook, etc.
15. CRONOLOGIA DAS REDES SOCIAIS
1978 – BBS
• Precursor da Internet
• Comunicação não era instantânea (correio eletrônico)
16. 1993
Mosaic
- Primeiro navegador
- Abriu a Internet para o público
GeoCities
- - Primeiro hospedeiro de sites
- Trabalhava a ideia de sites como cidades
17. 1996
ICQ (I seek you)
- Primeiro comunicador instantâneo de relevância global
18. 1997
Google
- Cria uma nova forma de exibir resultados, através da
relevância entre os sites
- Torna-se referência em pesquisas na rede (desbancando
Yahoo!, Altavista)
- Domínio no cenário web (diversificação de produtos e serviços)
AOLim
- Compartilhamento de arquivos
- Conversa multiusuários
m
19. 1998 Blogger
Blogosfera (Ablogalipse?)
• Primeira rede social global
• Criada na Inglaterra, logo se espalha pelo Reino Unido e Europa
• Depois de ser comprado, revendido (bolha, Y! = GCities) e desativado, foi relançado como
“banco de memórias”.
20. 2000
- Pânico com o “bug do milênio”
(voltaríamos à Idade das Trevas)
- 70 milhões de computadores conectados no mundo
21. 2002
MySpace
- Rede social já com as características que
conhecemos hoje.
- Acabou tendo um viés mais musical (bandas, etc.)
- Perdeu relevância com o crescimento do
Facebook
22. 2003
LinkedIn
• Site de relacionamentos profissionais
• Virtualização dos antigos eventos de “networking”
• 150 milhões de usuários (2012)
24. Comparativo Facebook versus Orkut no Brasil (2012)
Facebook
46,3 milhões de usuários (atrás apenas dos EUA, com 152 milhões)
Orkut
35 milhões de usuários
Fontes: Social Bakers e comScore.
25. 2005
Revoluciona o ato de “assistir”
MTV decreta o fim do videoclipe
Time escolhe YouTube personalidade do ano
• News Corp compra o MySpace por US$ 580 milhões
(revende em 2011 por US$ 35 milhões).
• Viacom oferece R$ 75 mi pelo Facebook.
26. 2006
Twitter – surge com conceito novo de microblog
(baseado em formato de antigas ferramentas de
comunicação comunicação)
• Yahoo oferece US$ 1 bi e Viacom US$ bi 1,5 pelo Facebook – recusado
novamente.
27. 2007
• Apple lança o iPhone (convergência começa a se desenhar).
• Facebook ultrapassa o MySpace.
• Google oferece US$ 15 bi pelo Facebook.
28. 2008
Tumblr – no início apenas mais um local para postar
fotos , mas aplicativos vão agregando novos valores
ao modelo.
• Facebook tenta comprar o Twitter por US$ 500 milhões.
• Campanha Obama.
29. 2009
• Microsoft lança o Bing
• Twitter entra de vez como ferramenta de informação (acidente
no Rio Hudson).
• Enquanto Friends Reunited é comprado a preço de banana...
• MySpace despenca para menos de 60 milhões de usuários e...
• o Facebook ultrapassa a marca de 400 milhões usuários
30. 2010
• Para tentar competir com o Facebook o Google lança o Buzz (junto ao Gmail).
• Apple apresenta o primeiro iPad (convergência estabelecida).
• Plataformas de Internet assumem o primeiro lugar de busca de informações
e notícias nos EUA (movimento que é tendência para o resto do mundo).
• Instagram (comprado recentemente pelo Facebook por 1 bilhão).
• Expectativa de uma nova bolha da internet.
31. 2011
• Lançado o Pinterest e o Google +.
• Números:
Tumblr atinge 1 bilhão de visualizações por mês e 2 milhões de postagens diárias.
Facebook 550 milhões, 65 milhões de tweets diários, 2 bilhões de vídeos assistidos por dia
no Youtube, 100 milhões de pessoas no LinkedIn.
As redes sociais como ferramentas de mobilização política
sociedade (Primavera Árabe, Toma la Calle, Ocupy, Anonimus).
32. 2012
• Google Drive – 5 GB de capacidade em Cloud computing
• Facebook abre seu capital na Bolsa (Nasdaq). Ideia inicial era valorização de
US$ 10 bi, mas atinge US$100 bi, um recorde na bolsa.
• Cowbird – baseado em pequenas histórias, menos pop, mais cool.
• Pinstagram - http://pinstagram.co/
34. Jornalismo em Rede Desafios, oportunidades e tendências
“Periodismo Integrado” Para Salaverria, é imprescindível que as empresas
midiáticas implantem o conceito de “periodismo integrado”.
“Jornalismo cidadão” Jornalismo cidadão, jornalismo open-source, jornalismo é
nóis, etc. Caso Ohmynews (Coréia do Sul). Dan Gilmor “Nós, os medias”.
“Credibilidade” “Não há jornalismo sem jornalistas” (conferência em Madrid
com os “grandes” da mídia).
• Confirmar e Contextualizar – o modelo Al Jazeera.
35. Transformação do trabalho do jornalista
• Tempo real - Fim do deadline, ou deadline contínuo. Informações minuto a minuto. O furo
não pode ser guardado por muito tempo.
• Alteração das rotinas
Jornalista em pé x jornalista sentado
Alteração dos fluxos informacionais.
• Possibilidade de ampliação das coberturas
Contextualização dos eventos
as redes sociais como fontes produtoras de informação;
redes sociais como filtros de informação;
redes sociais como espaços de reverberação dessas informações. (Recuero).
36. • Acesso a fontes
Caso ARPO (Ajude um repórter)
Contato direto com entrevistados “difíceis”.
A voz da fonte (“offrecord” versus “online”)
Diferenciação do jornalista amador (“vc repórter”, etc.)
Prevalência da técnica, embasada pela teoria.
Velhas técnicas em um novo cenário (?).
Fazendo valer o diploma.
37. Tendências
• Ambientação midiática - contexto situacional que definirá o conteúdo
• Segmentação – assinatura parcial de jornais (modelo iTunes).
• Publicidade – personalização de campanhas publicitárias.
• Sobrevivência – criatividade e diferenciação.
• Empreendedorismo – jornalista “visionário”.
• Qualidade – seleção natural - os bons sobrevivem.
Retorno às antigas teorias?
Teoria Matemática (Weaver) - Cibernética
Two Step Flow (Lazarsfeld) - compartilhamento