Este documento discute políticas públicas brasileiras para a conservação de energia, incluindo programas como o Procel, que promove a eficiência energética, e o CONPET, que incentiva o uso eficiente de derivados de petróleo e gás natural. O documento também analisa fontes renováveis versus não renováveis e a importância da eficiência energética no Brasil e no mundo.
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Políticas públicas para a conservação de energia e fontes renováveis
1. POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
Prof. Ricardo Henrique dos Santos Fabiano Facó
Gerenciamento do Uso da Energia Juliana Rodrigues
MBA Gestão Ambiental e Práticas de Sustentabilidade Raquel Valery Meyer
Instituto Mauá de Tecnologia Taisa Cecilia de Lima Caíres
3. Nos últimos vinte anos aproximadamente, com crescimento da
população e o consumo acelerado em todos os setores
ocorrem ações e estudos para melhora da qualidade de vida da
população em relação ao meio ambiente e práticas
sustentáveis.
E o setor de energia passa a ter, uma atenção especial através
de estudos específicos em relação a busca e descobrimento de
uma eficiência energética.
4. Eficiência energética é a capacidade de utilizar menos
energia para produzir a mesma quantidade de iluminação,
aquecimento, transporte e outros serviços baseados no
consumo de energia.
Fonte: MENKES:2004
Com o desenvolvimento de novas tecnologias,
automaticamente consumimos mais energia.
No Brasil, assim como em outros países os investimento nesta
área aumentaram bastante, alternando a política energética
conforme a gestão governamental.
5. Conforme dados obtidos no relatório de Balanço Energético
Nacional de 2009:
O consumo de energia do setor residencial apresentou
crescimento no último ano, de aproximadamente 5%,
O setor comercial apresentou aumento acima da média, 7% e
As indústrias apresentaram pequena variação da ordem de 3%.
Hoje temos o setor industrial como o maior consumidor de
energia do País, seguido pelo residencial, comercial e público.
6. Atualmente no Brasil, com a entrada de mais de 19 milhões de
pessoas das camadas mais pobres no mercado de consumo
entre 2001 e 2008, e a realização da Copa do Mundo em 2014
e da Olimpíada em 2016, as oportunidades abertas pelo plano
de expansão do sistema elétrico nacional se multiplicam - da
geração à distribuição.
Fonte: Revista Valor Econômico S. A. – Valor Especial de maio de 2010
7. Principais fontes (estruturas) de energia do Brasil, geradoras de
eletricidade:
Hidroelétricas (74%),
Termoelétricas (14%) (biomassa, gás natural, carvão mineral,
óleo combustível e óleo diesel),
Usinas nucleares (3%) e
Energia importada (9%).
As fontes renováveis são predominantes na produção de
energia elétrica no Brasil aproximadamente 89% correspondem
a esta realidade.
HENRIQUE:2010
8. Apenas com este cenário, a previsão é de que o consumo de
energia passe de 400 mil gigawatts hora (GWh) para 600 mil
GWh até 2017.
Estima-se que:
30% da energia virá de termoelétricas movidas a biomassa,
centrais eólicas e pequenas centrais Hidrelétricas e
70% vai ser suprido por usinas hidrelétricas.
Fonte: Revista Valor Econômico S. A. – Valor Especial de maio de 2010
9. Os investimentos no Brasil, voltados para a geração de energia
especificamente de fontes eólicas e hidrelétricas, tem
empreendimentos previstos para diversas regiões, tais como:
Nos rios Parnaíba, Teles Pires, Belo Monte, Rio Xingu.
Os investimentos no Brasil devem ser na grande maioria, de
empresas internacionais, com parcerias públicas e privadas.
Conforme previsto nas políticas públicas nacionais, estes
investimentos devem ocorrer mais precisamente no campo de
energia renovável e com incentivos ao desenvolvimento de
novas tecnologias que beneficiem e preservem os nossos
recursos naturais.
Fonte: Revista Valor Econômico S. A. – Valor Especial de maio de 2010
10. Busca-se, assim, delinear um novo papel para o Estado, no
qual este se fortaleça mais como regulador e
regulamentador das ações.
Isso exige uma nova postura não somente por parte do próprio
poder público, mas da sociedade como um todo, que deverá
estar mais integrada na nova ordem social, econômica e
política.
Fonte: MENKES:2004
12. Atualmente tradicionais fontes de energia como
petróleo e gás, por enquanto, são indispensáveis
para atender à demanda em todo o mundo.
Por causa da limitação de suas reservas e da
poluição ambiental causada por eles (petróleo e
gás), a necessidade de desenvolver estudos
direcionados à eficiência energética, bem como
incremento de recursos de energia alternativos,
em especial, utilização de recursos renováveis.
13. O que é Eficiência Energética?
Definição simplificada: a eficiência energética
consiste da relação entre a quantidade de energia
empregada em uma atividade e aquela
disponibilizada para sua realização.
Definição abrangente: otimização das
transformações, transporte e do uso dos recursos
energéticos, desde suas fontes primárias até seu
aproveitamento (Porto).
14. Evolução da oferta total de energia primária
no mundo entre 1971 e 2006 por combustível
(carvão petróleo gás nuclear
Hidrelétrica combustíveis renováveis resíduos outros)
Fonte: OCDE / AIE 2008.
15. O choque do petróleo na década de 70, não foi
suficiente para diminuir a demanda por este
combustível. A indústria pode ter deixado de
consumir petróleo passando para sistemas de
geração térmica a carvão e gás, mas o
desenvolvimento dos meios de transportes em
todo o mundo se ocupou em consumir o
petróleo economizado
16. Embora as primeiras iniciativas de conservar
energia surjam na década de 1970, em virtude,
principalmente, das crises do petróleo de 1973 e
1979, a questão da eficiência energética toma
vulto, na década de 1990. As discussões sobre o
aumento das emissões de gases do efeito estufa,
que se acentuam especialmente após a
Conferência Mundial do Meio Ambiente,
propiciaram, entre outros resultados, um acordo
internacional sobre Mudanças Climáticas
17. Evolução do consumo final total de petróleo
entre 1971 e 2006 por setor (Mtpe)
(indústria transportes outros setores uso não-energético)
Fonte: OCDE / AIE 2008
18. As fontes de energias renováveis (excluindo a biomassa e
a hidráulica) crescem em média, neste cenário, a uma
taxa superior a qualquer outra fonte (7,2% ao ano).
Contudo, como partem de uma base muito restrita, sua
participação na matriz energética permanece muito
reduzida, como pode ser observado no gráfico a seguir.
19. Demanda mundial por energia primária no
Cenário Referência (Mtpe)
Fonte: IEA
20. Estudos apontam que a energia renovável tenha sua
participação ampliada em 40% em 2030, porém, as
políticas que favorecem este cenário não estão
consolidadas
21. Outras fontes de economia
energética
Construção civil com alguns tipos de certificações como o
Green Building que avalia a construção sustentável.
co-processamento, de alguns tipos de resíduos utilizados
como combustível nos fornos de cimentos que consomem
grande quantidade de energia.
No Brasil de acordo com pesquisas chegamos à
substituição de 15% de combustíveis tradicionais adotado
pelo co-processamento.
22. A reciclagem também é uma fonte de conservação de
energia, 107 mil toneladas de alumínio reciclado em
novas chapas do material, a partir da captação de latas
do mercado local e daqueles para onde exporta.
Para produção de uma tonelada de alumínio são
necessárias cinco toneladas de bauxita, processo que pode
ser evitado com a reciclagem, gerando uma economia de
95% da energia elétrica para a produção do metal
primário
23. Estas questões não são simples de resolver, muitos fatores
estão envolvidos para encontrar as melhores alternativas:
“se existe uma tecnologia mais eficiente é preciso
conhecê-la, saber de suas vantagens e apontar os seus
resultados financeiros.
Isso se choca um pouco com a cultura existente no Brasil,
ações voltadas para resultados de curto prazo e com a
formação dos nossos engenheiros e administradores,
ainda carentes em análises econômicas de projetos desse
setor”,
mas estudos são realizados e as melhores alternativas
estão em avaliação pelos governos, visando os aspectos
ambientais, sociais e econômicos.
25. Em quase todos os países desenvolvidos já existem políticas
públicas bem definidas. Os governantes destas regiões, criaram
instituições, que em sua grande maioria são agências
governamentais ligadas à área ambiental, para tratar da
eficiência energética.
Estas agências possuem muitos objetivos a serem atingidos, mas
o maior desafio, é o de criar estratégias para diminuir as
emissões de gases de efeito estufa.
Fonte: MENKES:2004
26. Cada agência desenvolve uma pauta de assuntos a serem
discutidos ou implementados, conforme a necessidade e
interesse dos próprios governantes e da participação da
sociedade.
As agências desenvolvem e promovem parcerias com empresas
privadas e / ou instituições, dependendo a pauta e o tema em
questão.
Fonte: MENKES:2004
27. A criação das agências específicas de eficiência energética
visa:
Promover assessoria técnica para os governos e para a
população,
Promover a eficiência energética, fazendo uma espécie de
“lobby” em diversos países,
Atuar na coordenação das atividades em eficiência energética,
Atuar na mediação de acordos gerais com diversos governos e
países,
Coordenar a elaboração de planos e legislação de eficiência
energética
Outros.
Fonte: MENKES:2004
29. Política Pública - são conceitos de Política e da Administração
que orienta a tomada de decisões para assuntos de interesse
público, políticos e coletivos.
Políticas Públicas é “o conjunto de ações coletivas voltadas
para a garantia dos direitos sociais, configurando um
compromisso público que visa dar conta de determinada
demanda, em diversas áreas”.
(Guareschi, Comunello, Nardini & Hoenisch, 2004, pág. 180).
30. Decisões políticas ≠ políticas públicas
Nem toda decisão política é uma política pública,
mas a política pública, envolve também uma
decisão política.
Política pública é a conexão entre a teoria e a
ação e está relacionada com questões de
liberdade e igualdade, ao direito à satisfação
das necessidades básicas, como emprego, educação,
saúde, habitação, acesso à terra, infra-estrutura, meio
ambiente, transporte etc.
31. No Brasil, as políticas públicas no setor elétrico vêm se
intensificado a partir das crises do petróleo (1973 e 1979).
Iniciam-se ações e políticas públicas com o objetivo de
racionalização do uso da energia.
Diante da constante dependência das importações do
petróleo , passou-se a rever os programas de energia no
Brasil.
32. PRINCIPAIS POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS
Programa Brasileiro de Etiquetagem / INMETRO
(Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial)
Envolvidos: Ministério da Indústria e do Comércio e a
Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica –
ABINEE
Tem por objetivo prover os consumidores de
informações que permitam-lhes avaliar e otimizar o consumo
de energia dos equipamentos eletrodomésticos, selecionar
produtos de maior eficiência em relação ao consumo, e
melhor utilizar eletrodomésticos, possibilitando economia
nos custos de energia.
33. A adesão ao Programa
Brasileiro de Etiquetagem é
voluntária;
Cada linha de eletrodoméstico
possui sua própria etiqueta,
mudando as características
técnicas de cada produto
34. PRINCIPAIS POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS
PROCEL - Programa Nacional de Conservação de
Energia Elétrica
Envolvidos: Ministérios de Minas e Energia e da Indústria
e Comércio, uma Secretaria Executiva subordinada a
ELETROBRÁS (Centrais elétricas Brasileiras S.A);
Só em 1991 se tornou programa de governo e teve como
principal objetivo a promoção da racionalização da
produção e do consumo de energia elétrica, para
eliminar os desperdícios e se reduzir os custos e os
investimentos setoriais.
35. PROCEL
Em 1993, foi criado o Selo Procel que tem por objetivo:
- orientar o consumidor, na escolha de produtos com melhor nível de eficiência
energética e
- estimular os fabricantes a melhorar suas tecnologias e gerar produtos com maior
eficiência energética.
Os produtos contemplados com o Selo Procel são caracterizados pela faixa “A” da
Etiqueta Nacional de Conservação de Energia.
A adesão das empresas é voluntária.
36. PRINCIPAIS POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS
CONPET - Programa Nacional de Racionalização do
Uso de Derivados de Petróleo e do Gás Natural
Programa do Ministério de Minas e Energia, coordenado
por representantes de órgãos do governo federal e da
iniciativa privada (Grupo coordenador do CONPET).
O objetivo é incentivar o uso eficiente de energia das
fontes de energia não renováveis (derivados do petróleo e
gás natural) no transporte, nas residências, no comércio, na
indústria e na agropecuária.
37. CONPET
O Selo CONPET de eficiência energética, é destinado aos aparelhos consumidores
de gás que obtenham menores índices de consumo do combustível - em vigor
desde agosto de 2005.
O selo foi lançado em 2009, durante a cerimônia de entrega do Prêmio
Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia.
O selo é concedido, anualmente, de forma voluntária a todos os produtos que
obtiverem o conceito “A” (mais eficiente) nos ensaios laboratoriais realizados pelo
Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE).
Os critérios para a concessão são baseados nos dados divulgados pelo Inmetro.
38. PRINCIPAIS POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS
Lei 9.427 de 26 de Dezembro de 1996 - Agência Nacional de Energia
Elétrica – ANEEL
Lei que cria a ANEEL, vinculada ao Ministério de Minas e Energia – MME.
A missão da ANEEL é proporcionar condições favoráveis para que o mercado de
energia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em benefício da
sociedade.
39. PRINCIPAIS POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS
RCE – Rede Cidades Eficientes em Energia Elétrica
Parceria entre a Eletrobrás/PROCEL e o IBAM (Instituto Brasileiro de
Administração Municipal),
Objetivo facilitar e fortalecer o intercâmbio de informações sobre eficiência
energética entre os municípios associados, compartilhando experiências ou projetos
de sucesso nas áreas de consumo de energia elétrica (iluminação pública, sistemas
de saneamento, prédios públicos, legislação e educação) e utilização de novas
tecnologias.
40. PRINCIPAIS POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS
Lei Nº 9.991, de 24 de julho de 2000
Dispõe sobre a realização de investimentos em pesquisa e desenvolvimento e em
eficiência energética por parte das empresas concessionárias, permissionárias e
autorizadas do setor de energia elétrica.
Parte destes investimentos das concessionárias, serão posteriormente, também
investidos no Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética
(CGIEE), instituído no decreto 4059, de 2001.
41. PRINCIPAIS POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS
Lei 10.295 de 17 de outubro de 2001 - (Regulamentada pelo Decreto Nº
4.059 de 19 de dezembro de 2001)
Esta lei aborda a política nacional de conservação e uso racional de energia e
estabelece que os níveis máximos de consumo de energia, ou mínimos de eficiência
energética, de máquinas e aparelhos consumidores de energia fabricados ou
comercializados no país, bem como as edificações construídas, serão
estabelecidos com base em indicadores técnicos e regulamentação específica
coordenados pelo Ministério de Minas e Energia.
42. PRINCIPAIS POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS
Decreto Nº 4.059, de 19 de Dezembro de 2001
Este decreto Regulamenta a Lei no 10.295, de 17/10/2001, que dispõe sobre a
Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia. Institui um Comitê
Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética (CGIEE) e determina
que os níveis mínimos de eficiência energética que devem ser estabelecidos segundo
regulamentação específica.
Determina ainda que, o Ministério de Minas e Energia (MME) deverá
constituir um Comitê Técnico para adotar procedimentos de avaliação da eficiência
energética de equipamentos consumidores de energia, bem como das edificações e
criar indicadores técnicos referenciais do consumo de energia das mesmas.
43. PRINCIPAIS POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS
Resolução 492, de 03/09/2002 - Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL)
Estabelece que as concessionárias e permissionárias do serviço público de
distribuição de energia elétrica devem aplicar, no mínimo, 0,5 % do seu
faturamento anual em programas para incremento da eficiência energética no
uso final de energia elétrica.
44. PRINCIPAIS POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS
PROCEL EDIFICA - Programa de Eficiência Energética em Edificações
Promove condições para o uso eficiente da eletricidade nas edificações,
reduzindo os desperdícios de energia, de materiais, e os impactos sobre o meio
ambiente.
O Plano de Ação foi lançado em 2003,
Envolvidos: diversos agentes ligados à construção civil e universidades.
45. PROCEL EDIFICA
Tem como metas:
Investir em capacitação tecnológica e profissional, de forma a reduzir o
consumo de energia elétrica nas edificações;
Atrair um número cada vez maior de parceiros ligados aos diversos segmentos
da construção civil, melhorando a qualidade e a eficiência das edificações
brasileiras;
Divulgar os conceitos e práticas do bioclimatismo, nos cursos de Arquitetura
e Engenharia, formando uma nova geração de profissionais preocupados com
a sustentabilidade do País;
Apoiar a implantação da Regulamentação da Lei de Eficiência Energética
(Lei 10.295/2001) no que toca às Edificações Brasileiras, e orientar tecnicamente os
agentes envolvidos e técnicos de Prefeituras, para adequar seus Códigos de Obras e
Planos Diretores.
46. PRINCIPAIS POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS
PROINFA – Programa de Incentivo as Fontes Alternativas de Energia
Elétrica
Foi instituído, conforme Decreto nº 5.025 de 2004, com o objetivo de
aumentar a participação da energia elétrica produzida por empreendimentos
concebidos com base em fontes eólicas, biomassa e pequenas centrais
hidrelétricas (PCH) no Sistema Elétrico Interligado Nacional (SIN).
Diversificando a matriz energética nacional.
47. PRINCIPAIS POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS
Norma Brasileira de Desempenho Térmico para Edificações – NBR 15220/
2005 (ABNT)
Define métodos de cálculo e o zoneamento bioclimático brasileiro dando diretrizes
construtivas para habitações unifamiliares de interesse social nas diversas regiões
brasileiras.
48. PRINCIPAIS POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS
Norma de Desempenho de Edificações - NBR15575/2008 (ABNT)
Refere-se ao desempenho de edifícios de até cinco pavimentos,
independentemente dos seus materiais constituintes e do sistema construtivo
utilizado.
O foco desta norma está nas exigências dos usuários para o edifício habitacional e
para o comportamento em uso dos seus subsistemas (estrutura, pisos internos,
vedações verticais internas e externas, coberturas e sistemas hidrossanitários), e não
na prescrição de como os sistemas são construídos.
49. PRINCIPAIS POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS
Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de
Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C)
Objetivo de criar condições para a Etiquetagem Voluntária do nível de eficiência
energética de edifícios comerciais, de serviços e públicos,
Trazer especificações dos requisitos técnicos e métodos necessários para a
avaliação, quanto à Eficiência Energética,
Mostra especificamente os itens avaliados - Envoltória, Sistema de Iluminação e
Sistema de Condicionamento de Ar - e traz as equações para os cálculos de
eficiência energética destes itens em um edifício.
51. Conceito de Cogeração:
Cogeração pode ser definida como a produção simultânea
e seqüenciada, de no mínimo duas ou mais formas de
energia a partir de um único combustível. Considerando o
uso da biomassa ou gás natural, o processo mais utilizado é
a produção de eletricidade e energia térmica seja por calor
ou frio. (COGEN)
É um processo operado numa instalação específica para
fins da produção combinada das utilidades calor e energia
mecânica, esta geralmente convertida total ou
parcialmente em energia elétrica, a partir da energia
disponibilizada por uma fonte primária. (ANEEL,2006)
54. Tecnologias disponíveis:
Motores a combustão;
Turbinas à gás natural;
Geradores elétricos, transformadores e equipamentos
elétricos associados;
Sistemas de chillers de absorção, que utilizam calor (vapor
ou água quente) para produção de frio (ar condicionado);
Equipamentos e sistemas de controle de geração e de uso
final de energia;
Sistemas de ciclo combinado (turbinas a vapor e gás
natural) numa mesma central;
Fonte: COGEN
55. Aplicações:
Setor Industrial – Calor de Processo – Produção de Vapor
Onde: Indústria Química, Petroquímica e Farmacêutica; Indústria de
Alimentos e Bebidas; Indústria de Papel e Celulose; Indústria Têxtil.
Setor Industrial – Aquecimento Direto – Forno Alta
Temperatura Onde: Indústria de Vidro; Indústria de Cimento;
Siderúrgica.
Setor Comercio e Serviços – Ar-Condicionado Central,
Aquecimento de Água
Onde: Shopping Center; Centros Comerciais; Supermercado; Hotel;
Hospital; Lavanderia e Tinturaria; Clubes Desportivos.
Setor Sucroenergético – Bioeletricidade
Onde: Usinas de açúcar e etanol que cogeram energia elétrica a partir
do bagaço da cana de açúcar e também da sua palha e pontas.
Fonte: COGEN
56. Vantagens da Cogeração
Menor custo de energia (elétrica e térmica);
Maior confiabilidade de fornecimento de energia e
eficiência energética;
Melhor qualidade da energia produzida;
Evitar custos de transmissão e de distribuição de
eletricidade;
Menor emissão de poluentes ambientais;
Criar novas oportunidades de trabalho e de negócios.
Fonte: COGEN
57. Viabilidade Técnico-Econômica:
Eficiência das máquinas térmicas;
Custo de investimento, operação e manutenção;
Custo de combustível, incluindo análise de tendência de preço ao longo
da vida do projeto;
Disponibilidade de um combustível de reserva;
Preço da energia elétrica;
Custo da Demanda Suplementar de Reserva (DSR) ou back-up;
Perfil de operação da planta (base ou peak-load);
Disponibilidade da planta;
Custos relativos a operação em carga parcial;
Possibilidade de venda de excedente de energia elétrica e vapor;
Depreciação, Impostos, Custo do financiamento, Seguro
Restrições do órgão ambiental e Custos de partida e comissionamento;
Fonte: CUNHA
58. Cenário futuro:
Oferta de gás natural no Brasil possui um cenário de abundância;
Potencial hidráulico do Brasil remanescente está na região Norte, com
restrições ambientais, operacionais e com um custo agregado de
transmissão;
Infra-estrutura de gás natural no Brasil amadureceu muito nos últimos
dez anos;
Tecnologia de produtos e gás natural tem evoluído bastante e está cada
vez mais presente no mercado brasileiro;
Projetos de cogeração possuem uma excelente viabilidade econômica
além de ser uma estratégia chave para projetos de eficiência energética;
Pode-se adotar soluções híbridas de ar condicionado, como ponta a gás;
Áreas deslocadas de tanques de termo-acumulação ou de diesel podem
ser utilizadas para o core business do empreendimento.
Fonte: ComGás
60. Atualmente com a difusão do problema do aquecimento global, outras
fontes de energia têm sido difundidas ou como altamente poluentes ou
como alternativas para impactar menos o meio ambiente, juntamente com
a questão do desenvolvimento do país, onde a população tem maior acesso
a trabalho e renda, conseqüentemente aumenta seus padrões de consumo.
Mesmo assim, faz-se necessário o investimentos e metodologias de ensino
que permitam maior compreensão e envolvimento da população de forma
aplicada ao cotidiano, cujas instituições de ensino têm papel fundamental.
Este é o grande desafio do século, tornar o conhecimento e políticas
públicas desenvolvidas por especialistas ligados às áreas tecnológicas, de
domínio comum a população por meio de estratégias educacionais,
tornando as de fato rotina da população brasileira.
61. Usina de Cogeração de Energia Elétrica Cocamar
http://www.youtube.com/watch?v=4a7bOASnY8E&feature=related
Muito Obrigado !!
Fabiano Facó
Juliana Rodrigues
Raquel Valery Meyer
Taisa Cecilia de Lima Caíres
Junho - 2010