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Transformadores
Heitor Bruno Oliveira Galvão
1
SUMÁRIO
1. Necessidade da transformação das correntes alternadas
2. Princípios de construção do transformador trifásico
3. Principio de funcionamento do transformador
3.1 Funcionamento a vazio
3.1.1 Relação de Transformação
3.2 Funcionamento a carga
4. Principio de Construção do Transformador Trifásico
5. Núcleos envolvidos e núcleos envolventes
6. Tipos de enrolamentos
6.1 Enrolamentos concêntricos ou tubulares
6.2 Enrolamentos bobinas em disco ou intercaladas
7. Construção dos enrolamentos
8. Resfriamento dos Transformadores
8.1 Transformador a Seco
8.2 Transformador Imerso em Liquido Isolante
9. Perdas no transformador
9.1 Perdas no cobre
9.2 Ensaio a curto-circuito
9.3 Perdas no ferro
2
SUMÁRIO
9.4 Ensaio a vazio
10. Rendimento
3
1. Necessidadeda transformaçãodas
correntes alternadas
• Exigências técnicas e econômicas impõem a construção de
grandes usinas hidrelétricas.
• Necessidade do transporte da energia elétrica por meio de
linhas de comprimento notável.
• Estas realizações são possíveis em virtude da corrente
alternada poder ser transformada facilmente de baixa para
alta tensão e vice-versa.
• Por meio de uma maquina simples e rendimento elevado:
transformador. 4
2. Princípiosde construçãodo transformador
trifásico
• O funcionamento do transformador baseia-se nos fenômenos
de Mútua indução entre dois circuitos eletricamente isolados
mais magneticamente ligados.
• Para que a ligação magnética ocorra entre circuitos
eletricamente isolados, mas magneticamente ligados, é
necessário que estejam enrolados sobre um núcleo
magnético de pequena relutância
• Este núcleo deve ter elevada permeabilidade e por isso seus
entreferros devem ser muito reduzidos
5
2. Princípiosde construçãodo transformador
trifásico
• O enrolamento alimentado pela
tensão V1 chama-se enrolamento
primário, e o outro que fornece a
tensão V2 chama-se
enrolamento secundário.
• A relação entre estas duas tensões
chama-se relação de transformada.
• Analogamente as duas tensões V1 e
V2 são denominadas de tensão
primaria e tensão secundaria 6
2. Princípiosde construçãodo transformador
trifásico
• As correntes I1 e I2 que
atravessarão os dois enrolamentos
constituem a corrente primária e a
secundária
• Os fenômenos de mútua indução
são reversíveis, então nenhuma
distinção pode ser feita entre os
circuitos primário e secundário.
• Nenhuma distinção pode ser feita
entre os enrolamentos primário e
secundário, pois os dois podem
funcionar indiferentemente como
primário ou secundário.
7
3. Principio de funcionamento do
transformador
• Para entendimento e análise do principio de funcionamento
do transformador é necessário analisar um transformador
ideal ( no qual as resistências elétricas dos enrolamentos são
nulas, as perdas no ferro e as dispersões magnéticas)
• Considera-se antes os seguintes funcionamentos:
-> Funcionamento a vazio
-> Funcionamento com carga
8
3.1 Funcionamento a vazio
• Se ligarmos o enrolamento
primário a uma fonte de
tensão alternada o fluxo
produzido no núcleo
induzirá tensão tanto no
enrolamento primário
como no secundário.
• Os valores eficazes das
duas f.e.m. primária e
secundária, são dados por:
• E1 = (10-8)*(ω)*(φM)*N1 =
(10-8)*(
2𝜋𝑓
2
)*(φM)*N1
• E2 = (10-8) *(ω)*(φM)*N2 =
(10-8)*(
2𝜋𝑓
2
)*(φM)*N2
• Onde dividindo membro a
membro obtém-se:
•
𝐸1
𝐸2
=
𝑁1
𝑁2
• A diferença entre a tensão
induzida no primário e no
secundário deve-se ao diferente
número de espiras.
• Se o secundário tiver um
numero de espiras maior que o
primário é um transformador
elevador, onde a tensão
induzida no secundário é maior
do que a do primário, na
proporção do número de
espiras.
9
3.1.1Relação de Transformação
• Nos transformadores, assim
como em qualquer outro tipo
de dispositivo, é valido o
princípio da conservação de
energia, ou seja, “a energia
não poder ser criada nem
destruída e sim transformada
de uma forma para outra”.
• Assim, a potência do lado
primário dever ser igual à
potência no lado secundário
do transformador.
• Em termos de equações:
P = V*I
P1 = P2
V1*I1 = V2*I2
Isolando tensões e correntes de
um mesmo lado:
V1
V2
=
I2
I1
10
3.2 Funcionamento a carga
• Supondo que uma impedância seja ligada
entre os terminais do enrolamento
secundário, de modo que a tensão
induzida imponha uma corrente de carga ,
que irá circular pelo enrolamento
secundário de espiras
• Quando a corrente de carga circula no
enrolamento secundário, a fmm que ela
gera é cancelada por uma fmm igual e
oposta no enrolamento primário,
produzida por um aumento apropriado da
corrente primária.
• Assim, igualando as fmm devido às
correntes de carga:
(i1)*(N1) = (i2)*N2
• Com a ajuda do tópico anterior conclui-se
que:
•
𝐸1
𝐸2
=
𝑁1
𝑁2
=
𝐼2
𝐼1
11
4. Principio de Construção do
Transformador Trifásico
• Para a transformação dos sistemas trifásicos podem-se
empregar três transformadores monofásicos distintos e iguais
entre si.
• Os três enrolamentos primários destes transformadores serão
alimentados pela linha trifásica primária através de
agrupamento estrela ou triângulo.
• Dos três enrolamentos secundários que são também
agrupados em estrela ou triângulo, sai a linha trifásica
secundária.
12
4. Principio de Construção do
Transformador Trifásico
13
4. Principio de Construção do
Transformador Trifásico
• Os três núcleos monofásicos
estão agrupados em estrela, isto
é, cada coluna externa abriga
tanto o enrolamento primário
com o secundário de uma fase.
• A coluna central é desprovida de
enrolamentos. Se os três
enrolamentos primários possuem
o mesmo número de espiras N1 e
são alimentados por três tensões
iguais e defasadas de 120° entre
si, também os fluxos nas três
colunas externas resultam iguais
entre si e defasadas a 120° um
com respeito ao outro
14
4. Principio de Construção do
Transformador Trifásico
• A resultante destes três fluxos é
nula: a coluna central não é
atravessada por fluxo magnético,
o que permite elimina-la sem que
a distribuição dos fluxos nas
colunas remanescentes resulte
alterada.
• No caso exposto, cada coluna é
atravessada por um fluxo igual e
oposto à resultante dos outros
dois fluxos; cada coluna, portanto
funcionará como retorno dos
fluxos das duas outras 15
4. Principio de Construção do
Transformador Trifásico
• Com a eliminação da coluna
central e dada a necessidade da
construção laminada, o núcleo
trifásico pode ser feito segunda a
disposição da figura ao lado.
• Com esta disposição consegue-se
a vantagem de diminuir
notavelmente o peso.
• As correntes magnetizantes
relativas as três colunas
resultarão, portanto iguais entre
si, isto é, constituem um sistema
trifásico e equilibrado. 16
4. Principio de Construção do
Transformador Trifásico
• Nos transformadores trifásicos
normais, com o intuito de
simplificar a construção abandona-
se a condição de simetria, e dá-se
ao núcleo a forma indicada ao lado.
• As três colunas são assim colocadas
no mesmo plano para ligá-las entre
si com uma simples travessa
superior e inferior.
• As relutância das três colunas
adquire valores diferentes e as
correntes magnetizantes também
serão diferentes entre si. 17
5. Núcleos envolvidos e núcleos
envolventes
• Tipos de circuitos magnéticos: núcleo envolvido e núcleo envolvente
• Núcleo envolvido: neste tipo de núcleo os enrolamentos colocados
sobre as colunas envolvem o respectivo circuito magnético sem
serem envolvidos por estes
Monofásico Trifásico
18
5. Núcleos envolvidos e núcleos
envolventes
• Núcleo Envolvente ou
Encouraçado:
• No núcleo envolvente aumenta a
quantidade de material ferro
magnético, e consequentemente
aumenta o rendimento, isso se dá
porque o fluxo encontra dois
caminhos paralelos internamente
ao ferro.
• Obtêm-se dessa forma, o máximo
de acoplamento magnético,
entretanto, necessita de tecnologia
mais avançada na construção.
Nesse tipo de transformador o
núcleo envolve as bobinas.
Trifásico
Monofásico
19
6. Tipos de enrolamentos
• Independente do tipo de construção do transformador, os dois
enrolamentos o de alta tensão (A.T) e o de baixa tensão (B.T)
são em geral colocados na mesmo coluna. Com a intenção de
reduzir a dispersão de fluxo magnético.
• Nos transformadores industriais há varias maneiras de dispor
os enrolamentos. Existem dois tipos de enrolamentos, o
concêntrico ou tubular e em disco ou intercalado
20
6.1 Enrolamentos concêntricos ou
tubulares
• Nesta construção os dois
enrolamentos são dispostos um dentro
do outro.
• Quando o transformador é de alta e
baixa tensão, são separados por um
material isolante.
• Nesta mesma figura é possível
observar também que o enrolamento
de baixa tensão está próximo do
núcleo, isso não é por acaso, essa
medida é tomada por motivos de
segurança. O enrolamento de alta é
dividido em varias bobinas sobrepostas
e devidamente distanciadas em razão
do maior número de espiras nos
transformadores abaixadores. 21
6.1 Enrolamentos concêntricos ou
tubulares
• Às vezes o enrolamento de B.T é
subdividido em 2 bobinas, a
primeira próxima ao núcleo e o
outro externamente ao
enrolamento de A.T, como pode
ser visto na figura. Este arranjo
das bobinas diminui
consideravelmente a dispersão
de fluxo.
22
6.2 Enrolamentos bobinas em disco ou
intercaladas
• Nesta construção as bobinas são
subdivididas em pequenas
bobinas de comprimento axial
pequeno em relação ao diâmetro
(disco) ou panqueca. As bobinas
de A.T e B.T se sobrepõem
alternadamente como se pode
ver na figura
• As bobinas extremas são de
baixa tensão, estas possuem
metade da espessura da bobina
normal de B.T, esse tipo de
disposição facilita a isolação
entre o núcleo e a carcaça e
diminui a dispersão de fluxo
23
7. Construção dos enrolamentos
• Os enrolamentos de A.T e B.T têm construções diferentes. No
enrolamento de A.T o problema principal é a isolação e o B.T
as dificuldades se concentram no manuseio mecânico, pois
elas possuem grande secção do condutor.
• O enrolamento de A.T tem uma grande quantidade de espiras
com secção do condutor pequena, enquanto o enrolamento
de B.T possui pequena quantidade de espiras com grande
secção transversal do condutor. A isolação das bobinas é feita
normalmente com esmalte ou algodão.
24
8. Resfriamento dos Transformadores
• Em todos os transformadores é necessário se utilizar algum
tipo de resfriamento, isso é de grande importância por que
mesmo o transformador sendo um equipamento de grande
eficiência, há perdas no núcleo e no cobre.
• Essa potência é dissipada por efeito Joule (na forma de calor).
Se a temperatura interna do transformador chegar a níveis
críticos, deteriora a isolação dos condutores causando um
curto-circuito interno, diminui a eficiência do equipamento,
causa redução da vida útil e envelhecimento do óleo isolante.
• Os tipos de resfriamento são: a seco e por óleo isolante. 25
8.1 Transformador a Seco
• Em um transformador a seco, a forma de resfriamento é o próprio ar
natural, que circula o transformador ou forçado por meio de
ventiladores.
Transformadores de potência encapsulados em resina epóxi sob alto
vácuo
26
8.2 Transformador Imerso em Liquido
Isolante
• O transformador imerso em
líquido isolante necessita de um
tanque de aço onde a parte ativa
do transformador (núcleo e
bobinas) fica completamente
imerso no líquido isolante.
• Esse líquido isolante possui duas
finalidades importantes, a primeira
é isolar os elementos sob tensão
do tanque e possibilitar que os
arcos elétricos internos ao
transformador devido às
diferenças de tensão entre o
primário e o secundário e tanque
(carcaça), sejam rapidamente
interrompidos.
Transformadores de potência
monofásicoimersoemóleo.
27
8.2 Transformador Imerso em Liquido
Isolante
• A outra finalidade importante é de
resfriar o transformador dissipando o
calor produzido na parte ativa por
condução e por convecção.
• O óleo, em contato com as partes
aquecidas do transformador fica
menos denso, mais leve, o que causa
um movimento ascendente, o óleo
mais afastado da parte ativa fica mais
denso, mais pesado, o que causa um
movimento descendente, resultando
uma lenta movimentação do óleo no
tanque do transformador, no
processo chamado de convecção.
• Com esse processo transfere-se calor
da parte interna para o exterior
através do tanque por condução.
Transformadores de potência
monofásicoimersoemóleo.
28
8.2 Transformador Imerso em Liquido
Isolante
• O líquido isolante é submetido à
variação de temperatura o que faz
aumentar o volume quando a
temperatura cresce e reduzir
quando a temperatura diminui.
• Por esta razão no tanque deve
existir um espaço chamado de
“colchão de ar” para possibilitar
“respiração do transformador”, pela
variação de volume do líquido
isolante e do vapor do líquido
isolante decorrente da elevação da
temperatura sem comprometer a
pressão interna do tanque.
Transformador de potência
monofásicoimersoemóleo.
29
8.3 Radiadores
• Os radiadores tubulares ligam
a lateral inferior, a lateral
superior do tanque do
transformador.
• No interior dos radiadores
tubulares passa o óleo
dissipando o calor para o
ambiente externo. Cumpre
assim a necessidade de
aumento da superfície do
tanque em contato com o
ambiente.
Transformadorcom radiadortubular
30
8.3 Radiadores
• Os radiadores de chapa ou
achatados têm a mesma
finalidade do radiador tabular,
porém com a vantagem de
utilizar maior quantidade de
radiador ocupando menor
espaço que o radiador tubular
ocuparia.
• Nesse radiador o óleo passa
por um tubo achatado com
maior área e menor espessura
por seu interior dissipando o
calor para o ambiente externo.
Radiadordechapascomconservadorde
óleo
31
8.4 Tipos de óleo isolante
• O líquido isolante utilizado nos transformadores é o óleo mineral, a
função desse óleo é a de isolação e resfriamento.
• O óleo mineral é um isolante melhor que o ar. Os transformadores
de distribuição, com tensão acima de 1,2kV, são construídos de
maneira a trabalharem imersos em óleos isolantes.
• Os óleos isolantes possuem dupla finalidade: garantir isolação entre
os componentes do transformador e dissipar para o exterior o calor
gerado nos enrolamentos e no núcleo.
• Para que o óleo possa cumprir satisfatoriamente as duas condições
acima, deve estar perfeitamente livre de umidade e outras
impurezas para garantir seu alto poder dielétrico. É considerado
bom, o óleo com rigidez dielétrica superior a 30kV/mm.
32
8.4 Tipos de óleos isolantes
• Óleo mineral de base naftênica: O de base naftênica (tipo A),
utilizado em equipamentos para tensões superiores a 145kV.
• Óleo mineral de base parafínica :o de base parafínica (tipo B), é
usado em equipamentos com tensão igual ou inferior a 145kV.
• Óleo de silicone: ao contrário dos óleos minerais, este tipo de fluido
possui baixa inflamabilidade, reduzindo sensivelmente uma eventual
situação de incêndio. Pois no caso de combustão do óleo, forma-se
na superfície uma camada de sílica extinguindo a chama.
• Óleo vegetal isolante para transformadores: é usado também o óleo
rtemp que é um óleo vegetal isolante de alto ponto de fulgor com
características semelhantes ao silicone.
33
9. Perdas no transformador
• A energia no primário é transferida para o secundário, mas
parte dessa energia é dissipada em forma de calor no cobre
(condutores do primário e secundário) e no ferro (correntes
parasitas ou Foucault e Histerese).
• Para reduzir estas perdas haverá necessidade de resfriamento
do transformador ou instalá-lo em local bem ventilado
34
9.1 Perdas no cobre
• As perdas no cobre representam a energia dissipada nos condutores
dos enrolamentos.
• A perda no cobre varia com a carga do transformador. Ao passar
corrente nos enrolamentos, há perdas de energia por efeito Joule, a
equação seguinte calcula a potência dissipada no cobre.
P = (R)*(I²)
• R - Resistencia elétrica do enrolamento primário ou secundário
• I - Corrente do primário ou do secundário
35
9.2 Ensaio a curto-circuito
• No ensaio a curto-circuito do transformador pode-se medir a perda nos
enrolamentos (no cobre), e utilizado para determinar o seu rendimento.
• Alimentando-se com tensão variável, pelo lado de tensão mais alta e estando os
terminais de tensão mais baixa em curto-circuito, até que a corrente nominal
primária 𝐼𝑛1 seja lida no amperímetro. Neste ponto lê-se também a tensão de
curto-circuito (𝑉𝑐𝑐) e a potencia de curto-circuito (𝑃𝑐𝑐).
• Com estes valores pode-se calcular a impedância equivalente, 𝑍𝑒=𝑉𝑐/𝐼𝑛1 e a
resistência equivalente, 𝑅𝑒=𝑃𝑐𝑐/𝐼𝑛12.
• A resistência equivalente do transformador de terminada no ensaio e curto-
circuito representa unicamente a perda no cobre por feito Joule e depende
diretamente da carga ligada ao transformador.
36
9.3 Perdas no ferro
• Quando um fluxo magnético atravessa uma massa metálica (núcleo),
essa massa fica sujeita a uma fmm, que produz grandes correntes
chamadas de correntes parasitas ou correntes de Foucault. Estas
correntes não transferem energia para o secundário, apenas aquecem o
núcleo. Uma forma de reduzir essas correntes parasitas é aumentar a
resistência elétrica do núcleo.
37
9.3 Perdas no ferro
• Outra perda no ferro é a histerese
magnética. Essa perda depende do
material usado na construção do
núcleo.
• Quando uma corrente alternada no
primário inverte seu sentido, há
também inversão de polaridade no
campo magnético circulante no
núcleo.
• A inversão do campo no núcleo
consome certa quantidade de
energia na forma de calor que
representa a perda por histerese.
• Alguns materiais, como o aço silício
de grãos orientados, mudam a
polaridade do campo facilmente
por que os grãos estão orientados
no sentido do fluxo magnético, isso
reduz as perdas por histerese.
• A perda por histerese é
representada pelo ciclo histerético
cuja forma depende da qualidade
do material ferromagnético do
núcleo
38
9.3 Perdas no ferro
Ciclo de histerese para materiais diferentes
39
9.4 Ensaio a vazio
• No ensaio a vazio do transformador pode-se medir a perda no
ferro (núcleo), e utilizado para determinar o seu rendimento.
• Alimentando-se com tensão e freqüência nominais, pelo lado
de tensão mais baixa e estando os terminais de tensão mais
alta em aberto, mede-se a tensão nominal (𝑉𝑛), corrente de
magnetização (𝐼𝑚) e a potencia a circuito aberto, (𝑃𝑐𝑎).
• Assim obtêm-se as perdas no núcleo caracterizadas pelas
perdas por correntes parasitas e pela histerese magnética,
considerando que no enrolamento em aberto a corrente é
nula sendo, portanto igual a zero a perda Joule. 40
10. Rendimento
• O rendimento de um transformador é a relação entre a
potência de saída e a potência de entrada, desconsiderando-
se as perdas na transformação e o tipo de carga alimentada,
(resistiva, indutiva ou capacitiva)
𝜂=𝑃2/𝑃1
• 𝑃2=𝑃𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑠𝑎í𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑜 (𝑊)
• 𝑃1=𝑃𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑝𝑟𝑖𝑚á𝑟𝑖𝑜 (𝑊)
• A diferença entre a potência de entrada e a potência de saída
corresponde às perdas no cobre, correntes parasitas e
histerese
41
10. Rendimento
• 𝑃1−𝑃2 = 𝑃𝐹𝑒+𝑃𝐶𝑜
• Lembrando que: 𝑃𝐹𝑒= 𝑃𝐻+𝑃𝑐𝑝
• Considerando as perdas fixas e sem importar o tipo de carga
nem o nível de carregamento do transformador, ou seja, da
quantidade de potencia alimentada em relação a potencia
nominal do transformador
• 𝜂=𝑃2/(𝑃2+𝑃𝐶𝑜+𝑃𝑐𝑝+𝑃𝐻)
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  • 2. SUMÁRIO 1. Necessidade da transformação das correntes alternadas 2. Princípios de construção do transformador trifásico 3. Principio de funcionamento do transformador 3.1 Funcionamento a vazio 3.1.1 Relação de Transformação 3.2 Funcionamento a carga 4. Principio de Construção do Transformador Trifásico 5. Núcleos envolvidos e núcleos envolventes 6. Tipos de enrolamentos 6.1 Enrolamentos concêntricos ou tubulares 6.2 Enrolamentos bobinas em disco ou intercaladas 7. Construção dos enrolamentos 8. Resfriamento dos Transformadores 8.1 Transformador a Seco 8.2 Transformador Imerso em Liquido Isolante 9. Perdas no transformador 9.1 Perdas no cobre 9.2 Ensaio a curto-circuito 9.3 Perdas no ferro 2
  • 3. SUMÁRIO 9.4 Ensaio a vazio 10. Rendimento 3
  • 4. 1. Necessidadeda transformaçãodas correntes alternadas • Exigências técnicas e econômicas impõem a construção de grandes usinas hidrelétricas. • Necessidade do transporte da energia elétrica por meio de linhas de comprimento notável. • Estas realizações são possíveis em virtude da corrente alternada poder ser transformada facilmente de baixa para alta tensão e vice-versa. • Por meio de uma maquina simples e rendimento elevado: transformador. 4
  • 5. 2. Princípiosde construçãodo transformador trifásico • O funcionamento do transformador baseia-se nos fenômenos de Mútua indução entre dois circuitos eletricamente isolados mais magneticamente ligados. • Para que a ligação magnética ocorra entre circuitos eletricamente isolados, mas magneticamente ligados, é necessário que estejam enrolados sobre um núcleo magnético de pequena relutância • Este núcleo deve ter elevada permeabilidade e por isso seus entreferros devem ser muito reduzidos 5
  • 6. 2. Princípiosde construçãodo transformador trifásico • O enrolamento alimentado pela tensão V1 chama-se enrolamento primário, e o outro que fornece a tensão V2 chama-se enrolamento secundário. • A relação entre estas duas tensões chama-se relação de transformada. • Analogamente as duas tensões V1 e V2 são denominadas de tensão primaria e tensão secundaria 6
  • 7. 2. Princípiosde construçãodo transformador trifásico • As correntes I1 e I2 que atravessarão os dois enrolamentos constituem a corrente primária e a secundária • Os fenômenos de mútua indução são reversíveis, então nenhuma distinção pode ser feita entre os circuitos primário e secundário. • Nenhuma distinção pode ser feita entre os enrolamentos primário e secundário, pois os dois podem funcionar indiferentemente como primário ou secundário. 7
  • 8. 3. Principio de funcionamento do transformador • Para entendimento e análise do principio de funcionamento do transformador é necessário analisar um transformador ideal ( no qual as resistências elétricas dos enrolamentos são nulas, as perdas no ferro e as dispersões magnéticas) • Considera-se antes os seguintes funcionamentos: -> Funcionamento a vazio -> Funcionamento com carga 8
  • 9. 3.1 Funcionamento a vazio • Se ligarmos o enrolamento primário a uma fonte de tensão alternada o fluxo produzido no núcleo induzirá tensão tanto no enrolamento primário como no secundário. • Os valores eficazes das duas f.e.m. primária e secundária, são dados por: • E1 = (10-8)*(ω)*(φM)*N1 = (10-8)*( 2𝜋𝑓 2 )*(φM)*N1 • E2 = (10-8) *(ω)*(φM)*N2 = (10-8)*( 2𝜋𝑓 2 )*(φM)*N2 • Onde dividindo membro a membro obtém-se: • 𝐸1 𝐸2 = 𝑁1 𝑁2 • A diferença entre a tensão induzida no primário e no secundário deve-se ao diferente número de espiras. • Se o secundário tiver um numero de espiras maior que o primário é um transformador elevador, onde a tensão induzida no secundário é maior do que a do primário, na proporção do número de espiras. 9
  • 10. 3.1.1Relação de Transformação • Nos transformadores, assim como em qualquer outro tipo de dispositivo, é valido o princípio da conservação de energia, ou seja, “a energia não poder ser criada nem destruída e sim transformada de uma forma para outra”. • Assim, a potência do lado primário dever ser igual à potência no lado secundário do transformador. • Em termos de equações: P = V*I P1 = P2 V1*I1 = V2*I2 Isolando tensões e correntes de um mesmo lado: V1 V2 = I2 I1 10
  • 11. 3.2 Funcionamento a carga • Supondo que uma impedância seja ligada entre os terminais do enrolamento secundário, de modo que a tensão induzida imponha uma corrente de carga , que irá circular pelo enrolamento secundário de espiras • Quando a corrente de carga circula no enrolamento secundário, a fmm que ela gera é cancelada por uma fmm igual e oposta no enrolamento primário, produzida por um aumento apropriado da corrente primária. • Assim, igualando as fmm devido às correntes de carga: (i1)*(N1) = (i2)*N2 • Com a ajuda do tópico anterior conclui-se que: • 𝐸1 𝐸2 = 𝑁1 𝑁2 = 𝐼2 𝐼1 11
  • 12. 4. Principio de Construção do Transformador Trifásico • Para a transformação dos sistemas trifásicos podem-se empregar três transformadores monofásicos distintos e iguais entre si. • Os três enrolamentos primários destes transformadores serão alimentados pela linha trifásica primária através de agrupamento estrela ou triângulo. • Dos três enrolamentos secundários que são também agrupados em estrela ou triângulo, sai a linha trifásica secundária. 12
  • 13. 4. Principio de Construção do Transformador Trifásico 13
  • 14. 4. Principio de Construção do Transformador Trifásico • Os três núcleos monofásicos estão agrupados em estrela, isto é, cada coluna externa abriga tanto o enrolamento primário com o secundário de uma fase. • A coluna central é desprovida de enrolamentos. Se os três enrolamentos primários possuem o mesmo número de espiras N1 e são alimentados por três tensões iguais e defasadas de 120° entre si, também os fluxos nas três colunas externas resultam iguais entre si e defasadas a 120° um com respeito ao outro 14
  • 15. 4. Principio de Construção do Transformador Trifásico • A resultante destes três fluxos é nula: a coluna central não é atravessada por fluxo magnético, o que permite elimina-la sem que a distribuição dos fluxos nas colunas remanescentes resulte alterada. • No caso exposto, cada coluna é atravessada por um fluxo igual e oposto à resultante dos outros dois fluxos; cada coluna, portanto funcionará como retorno dos fluxos das duas outras 15
  • 16. 4. Principio de Construção do Transformador Trifásico • Com a eliminação da coluna central e dada a necessidade da construção laminada, o núcleo trifásico pode ser feito segunda a disposição da figura ao lado. • Com esta disposição consegue-se a vantagem de diminuir notavelmente o peso. • As correntes magnetizantes relativas as três colunas resultarão, portanto iguais entre si, isto é, constituem um sistema trifásico e equilibrado. 16
  • 17. 4. Principio de Construção do Transformador Trifásico • Nos transformadores trifásicos normais, com o intuito de simplificar a construção abandona- se a condição de simetria, e dá-se ao núcleo a forma indicada ao lado. • As três colunas são assim colocadas no mesmo plano para ligá-las entre si com uma simples travessa superior e inferior. • As relutância das três colunas adquire valores diferentes e as correntes magnetizantes também serão diferentes entre si. 17
  • 18. 5. Núcleos envolvidos e núcleos envolventes • Tipos de circuitos magnéticos: núcleo envolvido e núcleo envolvente • Núcleo envolvido: neste tipo de núcleo os enrolamentos colocados sobre as colunas envolvem o respectivo circuito magnético sem serem envolvidos por estes Monofásico Trifásico 18
  • 19. 5. Núcleos envolvidos e núcleos envolventes • Núcleo Envolvente ou Encouraçado: • No núcleo envolvente aumenta a quantidade de material ferro magnético, e consequentemente aumenta o rendimento, isso se dá porque o fluxo encontra dois caminhos paralelos internamente ao ferro. • Obtêm-se dessa forma, o máximo de acoplamento magnético, entretanto, necessita de tecnologia mais avançada na construção. Nesse tipo de transformador o núcleo envolve as bobinas. Trifásico Monofásico 19
  • 20. 6. Tipos de enrolamentos • Independente do tipo de construção do transformador, os dois enrolamentos o de alta tensão (A.T) e o de baixa tensão (B.T) são em geral colocados na mesmo coluna. Com a intenção de reduzir a dispersão de fluxo magnético. • Nos transformadores industriais há varias maneiras de dispor os enrolamentos. Existem dois tipos de enrolamentos, o concêntrico ou tubular e em disco ou intercalado 20
  • 21. 6.1 Enrolamentos concêntricos ou tubulares • Nesta construção os dois enrolamentos são dispostos um dentro do outro. • Quando o transformador é de alta e baixa tensão, são separados por um material isolante. • Nesta mesma figura é possível observar também que o enrolamento de baixa tensão está próximo do núcleo, isso não é por acaso, essa medida é tomada por motivos de segurança. O enrolamento de alta é dividido em varias bobinas sobrepostas e devidamente distanciadas em razão do maior número de espiras nos transformadores abaixadores. 21
  • 22. 6.1 Enrolamentos concêntricos ou tubulares • Às vezes o enrolamento de B.T é subdividido em 2 bobinas, a primeira próxima ao núcleo e o outro externamente ao enrolamento de A.T, como pode ser visto na figura. Este arranjo das bobinas diminui consideravelmente a dispersão de fluxo. 22
  • 23. 6.2 Enrolamentos bobinas em disco ou intercaladas • Nesta construção as bobinas são subdivididas em pequenas bobinas de comprimento axial pequeno em relação ao diâmetro (disco) ou panqueca. As bobinas de A.T e B.T se sobrepõem alternadamente como se pode ver na figura • As bobinas extremas são de baixa tensão, estas possuem metade da espessura da bobina normal de B.T, esse tipo de disposição facilita a isolação entre o núcleo e a carcaça e diminui a dispersão de fluxo 23
  • 24. 7. Construção dos enrolamentos • Os enrolamentos de A.T e B.T têm construções diferentes. No enrolamento de A.T o problema principal é a isolação e o B.T as dificuldades se concentram no manuseio mecânico, pois elas possuem grande secção do condutor. • O enrolamento de A.T tem uma grande quantidade de espiras com secção do condutor pequena, enquanto o enrolamento de B.T possui pequena quantidade de espiras com grande secção transversal do condutor. A isolação das bobinas é feita normalmente com esmalte ou algodão. 24
  • 25. 8. Resfriamento dos Transformadores • Em todos os transformadores é necessário se utilizar algum tipo de resfriamento, isso é de grande importância por que mesmo o transformador sendo um equipamento de grande eficiência, há perdas no núcleo e no cobre. • Essa potência é dissipada por efeito Joule (na forma de calor). Se a temperatura interna do transformador chegar a níveis críticos, deteriora a isolação dos condutores causando um curto-circuito interno, diminui a eficiência do equipamento, causa redução da vida útil e envelhecimento do óleo isolante. • Os tipos de resfriamento são: a seco e por óleo isolante. 25
  • 26. 8.1 Transformador a Seco • Em um transformador a seco, a forma de resfriamento é o próprio ar natural, que circula o transformador ou forçado por meio de ventiladores. Transformadores de potência encapsulados em resina epóxi sob alto vácuo 26
  • 27. 8.2 Transformador Imerso em Liquido Isolante • O transformador imerso em líquido isolante necessita de um tanque de aço onde a parte ativa do transformador (núcleo e bobinas) fica completamente imerso no líquido isolante. • Esse líquido isolante possui duas finalidades importantes, a primeira é isolar os elementos sob tensão do tanque e possibilitar que os arcos elétricos internos ao transformador devido às diferenças de tensão entre o primário e o secundário e tanque (carcaça), sejam rapidamente interrompidos. Transformadores de potência monofásicoimersoemóleo. 27
  • 28. 8.2 Transformador Imerso em Liquido Isolante • A outra finalidade importante é de resfriar o transformador dissipando o calor produzido na parte ativa por condução e por convecção. • O óleo, em contato com as partes aquecidas do transformador fica menos denso, mais leve, o que causa um movimento ascendente, o óleo mais afastado da parte ativa fica mais denso, mais pesado, o que causa um movimento descendente, resultando uma lenta movimentação do óleo no tanque do transformador, no processo chamado de convecção. • Com esse processo transfere-se calor da parte interna para o exterior através do tanque por condução. Transformadores de potência monofásicoimersoemóleo. 28
  • 29. 8.2 Transformador Imerso em Liquido Isolante • O líquido isolante é submetido à variação de temperatura o que faz aumentar o volume quando a temperatura cresce e reduzir quando a temperatura diminui. • Por esta razão no tanque deve existir um espaço chamado de “colchão de ar” para possibilitar “respiração do transformador”, pela variação de volume do líquido isolante e do vapor do líquido isolante decorrente da elevação da temperatura sem comprometer a pressão interna do tanque. Transformador de potência monofásicoimersoemóleo. 29
  • 30. 8.3 Radiadores • Os radiadores tubulares ligam a lateral inferior, a lateral superior do tanque do transformador. • No interior dos radiadores tubulares passa o óleo dissipando o calor para o ambiente externo. Cumpre assim a necessidade de aumento da superfície do tanque em contato com o ambiente. Transformadorcom radiadortubular 30
  • 31. 8.3 Radiadores • Os radiadores de chapa ou achatados têm a mesma finalidade do radiador tabular, porém com a vantagem de utilizar maior quantidade de radiador ocupando menor espaço que o radiador tubular ocuparia. • Nesse radiador o óleo passa por um tubo achatado com maior área e menor espessura por seu interior dissipando o calor para o ambiente externo. Radiadordechapascomconservadorde óleo 31
  • 32. 8.4 Tipos de óleo isolante • O líquido isolante utilizado nos transformadores é o óleo mineral, a função desse óleo é a de isolação e resfriamento. • O óleo mineral é um isolante melhor que o ar. Os transformadores de distribuição, com tensão acima de 1,2kV, são construídos de maneira a trabalharem imersos em óleos isolantes. • Os óleos isolantes possuem dupla finalidade: garantir isolação entre os componentes do transformador e dissipar para o exterior o calor gerado nos enrolamentos e no núcleo. • Para que o óleo possa cumprir satisfatoriamente as duas condições acima, deve estar perfeitamente livre de umidade e outras impurezas para garantir seu alto poder dielétrico. É considerado bom, o óleo com rigidez dielétrica superior a 30kV/mm. 32
  • 33. 8.4 Tipos de óleos isolantes • Óleo mineral de base naftênica: O de base naftênica (tipo A), utilizado em equipamentos para tensões superiores a 145kV. • Óleo mineral de base parafínica :o de base parafínica (tipo B), é usado em equipamentos com tensão igual ou inferior a 145kV. • Óleo de silicone: ao contrário dos óleos minerais, este tipo de fluido possui baixa inflamabilidade, reduzindo sensivelmente uma eventual situação de incêndio. Pois no caso de combustão do óleo, forma-se na superfície uma camada de sílica extinguindo a chama. • Óleo vegetal isolante para transformadores: é usado também o óleo rtemp que é um óleo vegetal isolante de alto ponto de fulgor com características semelhantes ao silicone. 33
  • 34. 9. Perdas no transformador • A energia no primário é transferida para o secundário, mas parte dessa energia é dissipada em forma de calor no cobre (condutores do primário e secundário) e no ferro (correntes parasitas ou Foucault e Histerese). • Para reduzir estas perdas haverá necessidade de resfriamento do transformador ou instalá-lo em local bem ventilado 34
  • 35. 9.1 Perdas no cobre • As perdas no cobre representam a energia dissipada nos condutores dos enrolamentos. • A perda no cobre varia com a carga do transformador. Ao passar corrente nos enrolamentos, há perdas de energia por efeito Joule, a equação seguinte calcula a potência dissipada no cobre. P = (R)*(I²) • R - Resistencia elétrica do enrolamento primário ou secundário • I - Corrente do primário ou do secundário 35
  • 36. 9.2 Ensaio a curto-circuito • No ensaio a curto-circuito do transformador pode-se medir a perda nos enrolamentos (no cobre), e utilizado para determinar o seu rendimento. • Alimentando-se com tensão variável, pelo lado de tensão mais alta e estando os terminais de tensão mais baixa em curto-circuito, até que a corrente nominal primária 𝐼𝑛1 seja lida no amperímetro. Neste ponto lê-se também a tensão de curto-circuito (𝑉𝑐𝑐) e a potencia de curto-circuito (𝑃𝑐𝑐). • Com estes valores pode-se calcular a impedância equivalente, 𝑍𝑒=𝑉𝑐/𝐼𝑛1 e a resistência equivalente, 𝑅𝑒=𝑃𝑐𝑐/𝐼𝑛12. • A resistência equivalente do transformador de terminada no ensaio e curto- circuito representa unicamente a perda no cobre por feito Joule e depende diretamente da carga ligada ao transformador. 36
  • 37. 9.3 Perdas no ferro • Quando um fluxo magnético atravessa uma massa metálica (núcleo), essa massa fica sujeita a uma fmm, que produz grandes correntes chamadas de correntes parasitas ou correntes de Foucault. Estas correntes não transferem energia para o secundário, apenas aquecem o núcleo. Uma forma de reduzir essas correntes parasitas é aumentar a resistência elétrica do núcleo. 37
  • 38. 9.3 Perdas no ferro • Outra perda no ferro é a histerese magnética. Essa perda depende do material usado na construção do núcleo. • Quando uma corrente alternada no primário inverte seu sentido, há também inversão de polaridade no campo magnético circulante no núcleo. • A inversão do campo no núcleo consome certa quantidade de energia na forma de calor que representa a perda por histerese. • Alguns materiais, como o aço silício de grãos orientados, mudam a polaridade do campo facilmente por que os grãos estão orientados no sentido do fluxo magnético, isso reduz as perdas por histerese. • A perda por histerese é representada pelo ciclo histerético cuja forma depende da qualidade do material ferromagnético do núcleo 38
  • 39. 9.3 Perdas no ferro Ciclo de histerese para materiais diferentes 39
  • 40. 9.4 Ensaio a vazio • No ensaio a vazio do transformador pode-se medir a perda no ferro (núcleo), e utilizado para determinar o seu rendimento. • Alimentando-se com tensão e freqüência nominais, pelo lado de tensão mais baixa e estando os terminais de tensão mais alta em aberto, mede-se a tensão nominal (𝑉𝑛), corrente de magnetização (𝐼𝑚) e a potencia a circuito aberto, (𝑃𝑐𝑎). • Assim obtêm-se as perdas no núcleo caracterizadas pelas perdas por correntes parasitas e pela histerese magnética, considerando que no enrolamento em aberto a corrente é nula sendo, portanto igual a zero a perda Joule. 40
  • 41. 10. Rendimento • O rendimento de um transformador é a relação entre a potência de saída e a potência de entrada, desconsiderando- se as perdas na transformação e o tipo de carga alimentada, (resistiva, indutiva ou capacitiva) 𝜂=𝑃2/𝑃1 • 𝑃2=𝑃𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑠𝑎í𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑜 (𝑊) • 𝑃1=𝑃𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑝𝑟𝑖𝑚á𝑟𝑖𝑜 (𝑊) • A diferença entre a potência de entrada e a potência de saída corresponde às perdas no cobre, correntes parasitas e histerese 41
  • 42. 10. Rendimento • 𝑃1−𝑃2 = 𝑃𝐹𝑒+𝑃𝐶𝑜 • Lembrando que: 𝑃𝐹𝑒= 𝑃𝐻+𝑃𝑐𝑝 • Considerando as perdas fixas e sem importar o tipo de carga nem o nível de carregamento do transformador, ou seja, da quantidade de potencia alimentada em relação a potencia nominal do transformador • 𝜂=𝑃2/(𝑃2+𝑃𝐶𝑜+𝑃𝑐𝑝+𝑃𝐻) 42