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Coletânea de Cantigas
 Medievais, Líricas e
      Satíricas.



         Anna Beatriz   1
Anna Beatriz   2
Os primeiros registros escritos
da literatura portuguesa datam
  do século XII, momento que
  coincide com a expulsão dos
 árabes da Península Ibérica e
   com a formação do Estado
           português.

               Anna Beatriz       3
Esses escritos iniciais
constituem a produção da
primeira época medieval e
  foram registrados em
    galego-português,
    caracterizando o
      Trovadorismo.

            Anna Beatriz    4
O marco inicial do
 Trovadorismo é a “Cantiga
  da Ribeirinha”, também
conhecida como “Cantiga da
 Guarvaia”, escrita por Pai
Soares de Taveirós no ano de
            1189.

              Anna Beatriz     5
Esta fase da literatura
portuguesa vai até o ano
de 1418, quando começa
    o Quinhentismo.




            Anna Beatriz   6
Anna Beatriz   7
A poesia não era escrita para
    ser lida por um leitor
solitário. Era poesia cantada
     (daí o nome cantiga),
 geralmente acompanhada
      por um coro e por
   instrumentos musicais.

              Anna Beatriz      8
Seu público não era,
portanto, constituído de
    leitores, mas de
        ouvintes.



           Anna Beatriz    9
Só tardiamente as cantigas
   passaram a ser escritas e
 agrupadas, sendo divididas
   em dois estilos: cantigas
  líricas e cantigas satíricas,
    com o intuito de não se
perderem ao longo do tempo.

          Anna Beatriz        10
Essas cantigas eram
manuscritas e reunidas em
 livros, conhecidos como
Cancioneiros (coletânea do
  que era cantado pelos
       trovadores).


        Anna Beatriz     11
Os autores das cantigas
   eram pessoas cultas,
  quase sempre nobres,
chamados de trovadores.




       Anna Beatriz        12
As cantigas compostas pelos
 trovadores eram musicadas e
  interpretadas pelos jograis,
pelos segréis e pelos menestréis,
artistas agregados às cortes ou
   que perambulavam pelas
        cidades e feiras.

           Anna Beatriz        13
As cantigas se dividem em dois
             tipos:
   líricas (cantigas de amigo e
           de amor) e
      satíricas ( cantigas de
   escárnio e de maldizer).


          Anna Beatriz            14
Anna Beatriz   15
As cantigas de amigo se
    originaram na própria
  Península Ibérica, em suas
 festas rurais e populares, em
sua música e dança, nas quais
    prevalecem vestígios da
         cultura árabe.

          Anna Beatriz       16
Apresentam normalmente
ambientação rural, linguagem e
  estrutura simples; seu tema
frequente é o lamento amoroso
    da moça cujo namorado
  (amigo) partiu para guerra
       contra os árabes.

           Anna Beatriz     17
Ondas do mar de Vigo, // se vistes meu
   amigo! // E ai Deus, se verrá cedo! //
  Ondas do mar levado, // se vistes meu
 amado! // E ai Deus, se verrá cedo! // Se
vistes meu amigo, // o por que eu sospiro!
  // E ai Deus, se verrá cedo! // Se vistes
meu amado, // por que hei gran cuidado!
        // E ai Deus, se verrá cedo!
                Martim Codax




               Anna Beatriz              18
Anna Beatriz   19
As cantigas de amor
     possuem origem em
 Provença, região do sul da
França. Pelo nome, tratam
do relacionamento amoroso
  e inauguram a forma do
         amor cortês.

         Anna Beatriz         20
Os trovadores declaram
  seu amor a uma dama,
pedindo-lhe que aceite sua
  devoção e colocando-se,
submisso, à sua disposição.



         Anna Beatriz         21
Esta posição de submissão,
  apresenta relação muito
parecida com a suserania e
 vassalagem, percebida na
estrutura social medieval.



        Anna Beatriz     22
A tarde agoniza // Ao santo acalanto // Da
noturna brisa. // E eu, que também morro,
     // Morro sem consolo, // Aí nem te
  humaniza // O pranto quer tanto // Nas
   faces desliza // Do amante que pede //
 Suplicantemente // Teu amor, Elisa! // Ri,
desdenha, pisa! // Meu canto, no entanto, //
Mais te diviniza, // Mulher diferente, // Tão
       indiferente, // Desumana Elisa!
                 Martim Codax



                 Anna Beatriz               23
Anna Beatriz   24
As cantigas de escárnio, ao
 contrário do que se pode
    pensar, não eram,
necessariamente, canções
       de protesto;



             Anna Beatriz     25
mas, canções de cunho
humorístico, já que se buscava,
    geralmente, parodiar as
 cantigas de amor, ironizar o
 clero, as classes abastadas da
sociedade, bem como a miséria
         dos infanções.

              Anna Beatriz        26
Sobre vós, senhora, eu quero dizer verdade //
  E não já não sobre o amor que tenho por
vós: // Senhora, bem maior é vossa estupidez
  // Do que a de quantas outras conheço no
     mundo; // Tanto na feiúra quanto na
 maldade // Não vos vence hoje senão a filha
     de um rei. // Eu não vos amo nem me
 perderei // De saudade por vós, quando não
                     vos vir.
                  Pero Larouco



                      Anna Beatriz              27
Anna Beatriz   28
As cantigas de maldizer
 eram feitas diretamente,
 identificando o nome da
pessoa satirizada, fazendo-
lhe uma critica direta, em
   forma de zombaria,
    ridicularizando-a;

        Anna Beatriz          29
o vocabulário era
     composto por
obscenidades e palavras
     de baixo calão
      (palavrões).



           Anna Beatriz   30
Nos tempos que lá vão, na Monarquia, // Era entre
     nós vetusta tradição, // Atribuir o “Dom”, por
cortesia, // Aos homens de nobreza e condição. // Pois
 bem, chegou de Espanha, noutro dia, // Uma revista
  sobre viação; // E na legenda à foto que aparecia, //
Chamam “D. Marco Lino”... a um vilão! // Que ele era
“D. Juan”, como o Tenório, // Era um fato para todos
 bem notório... // Mas, “D. Marco”... porém, ... oh que
ironia!... // Que vão lá passear “nuestros hermanos”...
  // Pois que tratar por “Dom” a tais fulanos, // É um
  ultraje à velha Fidalguia!... (Pero Garcia Burgalés)



                        Anna Beatriz                  31
Anna Beatriz   32
A literatura brasileira, em
       suas primeiras
 manifestações, prende-se
   aos modelos literários
        trazidos pelos
colonizadores portugueses.


              Anna Beatriz    33
As primeiras
    manifestações da
  literatura brasileira
  ocorreram durante o
período colonial, de 1500
         a 1822.


        Anna Beatriz        34
Evidentemente, essa produção
  foi fortemente marcada pelas
     influências da cultura da
 literatura portuguesa, uma vez
    que nossos escritores eram
portugueses ou tinham formação
    universitária em Portugal.


           Anna Beatriz      35
Mas, a grande expansão da
    trova no Brasil com
 repercussão imediata em
Portugal, deu-se mesmo a
   partir de 1956, com o
   lançamento de “Meus
  Irmãos, os trovadores”,

        Anna Beatriz        36
uma coletânea de duas mil
trovas, organizada por Luiz
     Otávio, na época, o
  trovador mais conhecido
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A.Apres.Cantigas.Medievais.Literatura

  • 1. Coletânea de Cantigas Medievais, Líricas e Satíricas. Anna Beatriz 1
  • 3. Os primeiros registros escritos da literatura portuguesa datam do século XII, momento que coincide com a expulsão dos árabes da Península Ibérica e com a formação do Estado português. Anna Beatriz 3
  • 4. Esses escritos iniciais constituem a produção da primeira época medieval e foram registrados em galego-português, caracterizando o Trovadorismo. Anna Beatriz 4
  • 5. O marco inicial do Trovadorismo é a “Cantiga da Ribeirinha”, também conhecida como “Cantiga da Guarvaia”, escrita por Pai Soares de Taveirós no ano de 1189. Anna Beatriz 5
  • 6. Esta fase da literatura portuguesa vai até o ano de 1418, quando começa o Quinhentismo. Anna Beatriz 6
  • 8. A poesia não era escrita para ser lida por um leitor solitário. Era poesia cantada (daí o nome cantiga), geralmente acompanhada por um coro e por instrumentos musicais. Anna Beatriz 8
  • 9. Seu público não era, portanto, constituído de leitores, mas de ouvintes. Anna Beatriz 9
  • 10. Só tardiamente as cantigas passaram a ser escritas e agrupadas, sendo divididas em dois estilos: cantigas líricas e cantigas satíricas, com o intuito de não se perderem ao longo do tempo. Anna Beatriz 10
  • 11. Essas cantigas eram manuscritas e reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros (coletânea do que era cantado pelos trovadores). Anna Beatriz 11
  • 12. Os autores das cantigas eram pessoas cultas, quase sempre nobres, chamados de trovadores. Anna Beatriz 12
  • 13. As cantigas compostas pelos trovadores eram musicadas e interpretadas pelos jograis, pelos segréis e pelos menestréis, artistas agregados às cortes ou que perambulavam pelas cidades e feiras. Anna Beatriz 13
  • 14. As cantigas se dividem em dois tipos: líricas (cantigas de amigo e de amor) e satíricas ( cantigas de escárnio e de maldizer). Anna Beatriz 14
  • 16. As cantigas de amigo se originaram na própria Península Ibérica, em suas festas rurais e populares, em sua música e dança, nas quais prevalecem vestígios da cultura árabe. Anna Beatriz 16
  • 17. Apresentam normalmente ambientação rural, linguagem e estrutura simples; seu tema frequente é o lamento amoroso da moça cujo namorado (amigo) partiu para guerra contra os árabes. Anna Beatriz 17
  • 18. Ondas do mar de Vigo, // se vistes meu amigo! // E ai Deus, se verrá cedo! // Ondas do mar levado, // se vistes meu amado! // E ai Deus, se verrá cedo! // Se vistes meu amigo, // o por que eu sospiro! // E ai Deus, se verrá cedo! // Se vistes meu amado, // por que hei gran cuidado! // E ai Deus, se verrá cedo! Martim Codax Anna Beatriz 18
  • 20. As cantigas de amor possuem origem em Provença, região do sul da França. Pelo nome, tratam do relacionamento amoroso e inauguram a forma do amor cortês. Anna Beatriz 20
  • 21. Os trovadores declaram seu amor a uma dama, pedindo-lhe que aceite sua devoção e colocando-se, submisso, à sua disposição. Anna Beatriz 21
  • 22. Esta posição de submissão, apresenta relação muito parecida com a suserania e vassalagem, percebida na estrutura social medieval. Anna Beatriz 22
  • 23. A tarde agoniza // Ao santo acalanto // Da noturna brisa. // E eu, que também morro, // Morro sem consolo, // Aí nem te humaniza // O pranto quer tanto // Nas faces desliza // Do amante que pede // Suplicantemente // Teu amor, Elisa! // Ri, desdenha, pisa! // Meu canto, no entanto, // Mais te diviniza, // Mulher diferente, // Tão indiferente, // Desumana Elisa! Martim Codax Anna Beatriz 23
  • 25. As cantigas de escárnio, ao contrário do que se pode pensar, não eram, necessariamente, canções de protesto; Anna Beatriz 25
  • 26. mas, canções de cunho humorístico, já que se buscava, geralmente, parodiar as cantigas de amor, ironizar o clero, as classes abastadas da sociedade, bem como a miséria dos infanções. Anna Beatriz 26
  • 27. Sobre vós, senhora, eu quero dizer verdade // E não já não sobre o amor que tenho por vós: // Senhora, bem maior é vossa estupidez // Do que a de quantas outras conheço no mundo; // Tanto na feiúra quanto na maldade // Não vos vence hoje senão a filha de um rei. // Eu não vos amo nem me perderei // De saudade por vós, quando não vos vir. Pero Larouco Anna Beatriz 27
  • 29. As cantigas de maldizer eram feitas diretamente, identificando o nome da pessoa satirizada, fazendo- lhe uma critica direta, em forma de zombaria, ridicularizando-a; Anna Beatriz 29
  • 30. o vocabulário era composto por obscenidades e palavras de baixo calão (palavrões). Anna Beatriz 30
  • 31. Nos tempos que lá vão, na Monarquia, // Era entre nós vetusta tradição, // Atribuir o “Dom”, por cortesia, // Aos homens de nobreza e condição. // Pois bem, chegou de Espanha, noutro dia, // Uma revista sobre viação; // E na legenda à foto que aparecia, // Chamam “D. Marco Lino”... a um vilão! // Que ele era “D. Juan”, como o Tenório, // Era um fato para todos bem notório... // Mas, “D. Marco”... porém, ... oh que ironia!... // Que vão lá passear “nuestros hermanos”... // Pois que tratar por “Dom” a tais fulanos, // É um ultraje à velha Fidalguia!... (Pero Garcia Burgalés) Anna Beatriz 31
  • 33. A literatura brasileira, em suas primeiras manifestações, prende-se aos modelos literários trazidos pelos colonizadores portugueses. Anna Beatriz 33
  • 34. As primeiras manifestações da literatura brasileira ocorreram durante o período colonial, de 1500 a 1822. Anna Beatriz 34
  • 35. Evidentemente, essa produção foi fortemente marcada pelas influências da cultura da literatura portuguesa, uma vez que nossos escritores eram portugueses ou tinham formação universitária em Portugal. Anna Beatriz 35
  • 36. Mas, a grande expansão da trova no Brasil com repercussão imediata em Portugal, deu-se mesmo a partir de 1956, com o lançamento de “Meus Irmãos, os trovadores”, Anna Beatriz 36
  • 37. uma coletânea de duas mil trovas, organizada por Luiz Otávio, na época, o trovador mais conhecido em todo o país. Anna Beatriz 37